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Gestão Financeira e Orçamentária UniRitter – Protagonistas de um Novo Mundo Escola de Engenharias Fernando Nunes | 2021 Missão: Expandir a experiência acadêmica aliada à responsabilidade socioambiental, formando pessoas para transformar o mundo. KICKOFF > VISÃO INICIAL > 01 > 02 > 03 > 04 > 05 > 06 > 07 > 08 > 09 > 10 > 11 > 12 > 13 > 14 > 15 KICKOFF > VISÃO INICIAL > 01 > 02 > 03 > 04 > 05 > 06 > 07 > 08 > 09 > 10 > 11 > 12 > 13 > 14 > 15 Bem-vindos! Apresentação Inicial fernando.nunes@uniritter.edu.br Objetivos 1. Identificar os tipos de orçamento aplicáveis em diferentes estilos de gestão; 2. Elaborar orçamentos destinados às pessoas físicas e jurídicas; 3. Interpretar os demonstrativos projetados; 4. Analisar os demonstrativos financeiros relacionados à gestão do capital de giro, do ciclo financeiro e do processo de criação de valor nas organizações; 5. Conhecer indicadores financeiros; KICKOFF > VISÃO INICIAL > 01 > 02 > 03 > 04 > 05 > 06 > 07 > 08 > 09 > 10 > 11 > 12 > 13 > 14 > 15 Missão: Expandir a experiência acadêmica aliada à responsabilidade socioambiental, formando pessoas para transformar o mundo. Referências Bibliográficas KICKOFF > VISÃO INICIAL > 01 > 02 > 03 > 04 > 05 > 06 > 07 > 08 > 09 > 10 > 11 > 12 > 13 > 14 > 15 0. Apresentação da Disciplina KICKOFF > VISÃO INICIAL > 01 > 02 > 03 > 04 > 05 > 06 > 07 > 08 > 09 > 10 > 11 > 12 > 13 > 14 > 15 Plano de Ensino 1. Visão Geral do Orçamento 2. Origens do Orçamento 3. Sistema de Informações Gerenciais 4. Tipos de Orçamento 5. Orçamento de Vendas, Produção e Capacidade 6. Orçamento de Materiais e Estoque 7. Orçamento de Despesas Departamentais T → 29/09 A1 → 06/10 8. Orçamento de Investimentos e Financiamentos 9. Orçamento em Entidades Não-Industriais 10. Orçamento Familiar 13. 14. Índices Econômicos e Financeiro A2 → 01/12 PS → 08/12 11. Projeção e Análise das Demonstrações Financeira 12. Controle Orçamentário Avaliação da Disciplina N1: Trabalho em Grupo = 3,0 Pontos Primeira Prova (A1) = 7,0 Pontos N2: Atividades Supervisionadas = 1,0 Ponto Segunda Prova (A2) = 9,0 Pontos MF = (N1 * 0,4) + (N2 * 0,6) SUB: O aluno que não realizar a A2 ou não atingir MF igual ou superior a 6,0 (seis), poderá fazer a Substituição para A2. KICKOFF > VISÃO INICIAL > 01 > 02 > 03 > 04 > 05 > 06 > 07 > 08 > 09 > 10 > 11 > 12 > 13 > 14 > 15 > 16 Trabalho da Disciplina (Peso 3.0 em N1) • Divisão em grupos o Bb de no máximo 9 integrantes • O Grupo escolhe uma área de aplicação (Comércio, Indústria, Serviços, Construção, etc.) • O Grupo define o ramo de atividade (Comércio de Alimentos, Fabricação de Móveis, etc.) • O Grupo define o porte da empresa (Micro, Pequena, Média, Grande) e defende o uso de um tipo de orçamento: - Orçamento Estático Básico - Orçamento Flexível Básico - Orçamento de Gestão por Atividades - Budget e Forecast - Rolling Budgeting e Rolling Forecasting (Orçamento contínuo e projeção contínua) - Orçamento Base Zero (OBZ) - Orçamento Base Histórico (OBH) - Orçamento Matricial - Orçamento Colaborativo • Postar no Bb um dia antes do dia de apresentação (Slide Plano de Ensino), apenas um do grupo deve postar • Apresentação de 5min a 10min e todos devem estar presentes KICKOFF > VISÃO INICIAL > 01 > 02 > 03 > 04 > 05 > 06 > 07 > 08 > 09 > 10 > 11 > 12 > 13 > 14 > 15 > 16 Integrantes do Grupo (Nome Completo): 1. Área da Empresa, Ramo de Atividade e Porte 5. Orçamento 3. Principais Receitas 2. Descreva a Proposta de Valor da Empresa 4. Principais Despesas6. Defenda o Modelo e Tipo de Orçamento Escolhido TRABALHO DA DISCIPLINA > TIPOS DE ORÇAMENTO - - - - - - - - - - - - Recorrentes: - - - - Eventuais: - - - Fixas: - - - Variáveis: - - - - Modelo: Tipo: Resumo do Tipo de Orçamento: - - Mural Compartilhado As contribuições no Padlet impactam a nota de Atividade Prática Supervisionada. APS = 1,0 ponto em N2 <50% Participação = Zero 50%<75% Participação = 0,5 >75% Participação = 1,0 Construindo conhecimentos em conjunto com interatividade KICKOFF > VISÃO INICIAL > 01 > 02 > 03 > 04 > 05 > 06 > 07 > 08 > 09 > 10 > 11 > 12 > 13 > 14 > 15 Ferramenta para Didática Interativa https://pt-br.padlet.com/dashboard • Estabilidade dos Negócios Texto (2): https://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2021/07/09/novo- pronampe-esta-disponivel-veja-as-regras-e-como-solicitar- emprestimo.ghtml KICKOFF > VISÃO INICIAL > 01 > 02 > 03 > 04 > 05 > 06 > 07 > 08 > 09 > 10 > 11 > 12 > 13 > 14 > 15 Visão Inicial 30 min 1) Na sua opinião, porque tantas empresas fecham no Brasil? • Má gestão financeira • Ausência do fluxo de caixa • Falta de capital e falta de lucro • Inadimplência 2) O que é o PRONAMPE? Você considera suficiente? Por que? Gestão Financeira e Orçamentária Aula 01 Visão Geral do Orçamento Fernando Nunes | 2021 Missão: Expandir a experiência acadêmica aliada à responsabilidade socioambiental, formando pessoas para transformar o mundo. 01 > FUNÇÃO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO Gestão Financeira A Gestão Financeira está relacionada ao controle e a avaliação das atividades financeiras de uma empresa. O principal objetivo é potencializar os resultados obtidos na empresa tornando os dados mais acessíveis e reais, equilibrando as informações bancárias para garantir a continuidade da empresa. A gestão coordenada do Contas a Pagar e o Contas a Receber, considerando as datas críticas de entrada e saída, auxilia na antecipação da tomada de decisão. Para um Gestão Financeira eficaz, a organização precisa planejar e controlar as contas. O orçamento é uma das ferramentas que ajudam a controlar a saúde financeira. 01 > FUNÇÃO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO Fonte: ALMEIDA, Martinho. Manual de planejamento estratégico: desenvolvimento de um plano estratégico com a utilização de planilhas Excel 01 > FUNÇÃO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO Os 3 Níveis do Planejamento Estratégico • Nível estratégico: são planejadas as decisões que afetam o todo da entidade. Decisões que afetam a longo prazo. • Nível administrativo, também conhecido como tático ou integrativo, faz a ligação entre decisões estratégicas e operacionais. • Nível operacional, em que as ações realmente acontecem. Estabelece a realidade interna e externa da empresa Fonte: OLIVEIRA, Djalma. Planejamento Estratégico. Fases do Planejamento Estratégico I. Diagnóstico Estratégico II. Missão da Empresa III. Instrumentos do Plano IV. Controle e Avaliação Define a situação que se deseja e como chegar nela Verificação do “como a empresa está indo”, para a situação estabelecida na fase anterior Conceitua e estabelece a razão de ser da empresa 01 > FUNÇÃO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO Os Níveis de Controle O nível institucional realiza o controle estratégico, o nível intermediário os controles táticos, e o nível operacional, os controles operacionais. Os três níveis devem se relacionar e compartilhar informações fluidas. Guardadas as proporções, o processo é exatamente o mesmo para todos os níveis: monitorar e avaliar as atividades e operações da organização. Fonte: OLIVEIRA, Djalma. Planejamento Estratégico | CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 01 > FUNÇÃO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO A Função de Controle está fortemente relacionada com o processo administrativo, e tem como finalidade analisar e comparar o que está sendo realizado com o que foi planejado. O resultado final do processo de controle é a informação. Portanto, o executivo deve estabelecer um sistema que permita constante e efetiva avaliação. Antes de iniciar o controle e avaliação deve-se estar atento a determinados aspectos de motivação, capacitação, informação e tempo. Fonte: OLIVEIRA, Djalma. Planejamento Estratégico 01 > FUNÇÃO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO Função de Controle Fonte: OLIVEIRA, Djalma. Planejamento Estratégico 01 > FUNÇÃO DE CONTROLE E AVALIAÇÃOFinalidades da Função de Controle e Avaliação Identificar problemas, falhas e erros que se transformam em desvios do planejado, com a finalidade de corrigi-los e de evitar sua reincidência; Verificar se as estratégias e políticas estão proporcionando os resultados esperados, dentro das situações existentes e previstas; Proporcionar informações gerenciais periódicas, para que seja rápida a intervenção no desemprenho do processo. Fazer com que os resultados obtidos com a realização das operações estejam, tanto quanto possível, próximos dos resultados esperados e possibilitem o alcance dos desafios e consecução dos objetivos; Fonte: OLIVEIRA, Djalma. Planejamento Estratégico 01 > FUNÇÃO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO Aspectos que podem prejudicar a eficiência, eficácia e efetividade do Controle e Avaliação Lentidão e deficiência nas informações Insuficiência de informações Sistemas de controle complicados Planos mal elaborados e implantados Estrutura organizacional inadequada Incapacitação dos recursos humanos Resistência ao Controle e Avaliação 01 > FUNÇÃO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO O executivo deve estar sempre atento às possíveis resistências. Quando o sistema de Controle e Avaliação é entendido e aceito ele gera cooperação, caso contrário pode gerar conflitos e resistência. Principais motivos de resistência: • Falta de conhecimento do sistema de controle • Padrões de controle inadequados • Avaliações incorretas • Ações corretivas focadas em críticas pessoais Fonte: OLIVEIRA, Djalma. Planejamento Estratégico • Resistência ao Controle e Avaliação Fonte: Prosci, Inc. Certificador de Gestão da Mudança Debate em Grupo 15 min Com base na empresa onde você trabalha ou na vida cotidiana, descreva uma situação de resistência. Quais ações poderiam ser adotadas nessa situação? 01 > FUNÇÃO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO Fonte: OLIVEIRA, Djalma. Planejamento Estratégico 01 > FUNÇÃO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO Decisão e Processo de Controle e Avalição O processo de controle e avalição possui relação com o processo decisório. As informações são necessárias para o processo de controle e avaliação, e esse processo gera informações. Controle e Avaliação Avalia-se as atividades e resultados atingidos para que o executivo possa efetuar, de maneira adequada, o controle e a avaliação do planejamento. Os gestores usam grande parte de seu tempo observando, revendo e avaliando o desempenho de pessoas, de unidades organizacionais, de máquinas e equipamentos, de produtos e serviços em todos os três níveis organizacionais: estratégico, tático e operacional. 1. ESTABELECER PADRÕES DE MEDIDA E DE AVALIAÇÃO 2. MEDIR OS DESEMPENHOS APRESENTADOS 4. ADOTAR A AÇÃO CORRETIVA NECESSÁRIA 3. COMPARAR O REALIZADO COM O ESPERADO INFLUÊNCIA Fonte: OLIVEIRA, Djalma. Planejamento Estratégico | CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos. 01 > FUNÇÃO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO Fonte: As 4 perspectivas de Desempenho, Porsche Consulting O primeiro passo é estabelecer os objetivos e padrões que se almeja atingir. Os objetivos são pontos de referência mais que devem nortear o resultado de uma empresa, unidade ou processo. Tipo de padrão que será mais trabalhado na disciplina Os padrões podem ser tangíveis ou intangíveis, vagos ou específicos, explícitos ou implícitos, bem como referirem- se a quantidade, qualidade e tempo 1. Estabelecer Padrões de Medida e de Avaliação MANUTENÇÃO - POA Perspectivas Objetivos Meta Motivação, Segurança e Quantidades Auditorias de EPI Número de Colaboradores Faltas e Atrasos (h) Melhorias Implementadas Qualidade Satisfação dos clientes Média de km sem panes 5S (%) Nota Checklist Financeiros (Custo) Desempenho Orçamentário (%) Desvio Custos com Serviço Externo (R$) Valor Custos com Peças e Acessórios (R$) Valor Custos com Hora Extra (R$) Valor Entrega (Tempo) Manutenções preventivas em dia (%) 1 Lead Time (Ex: Geom., Preventivas...) 2 Lead Time (Ex: Ar, Para-brisa...) 3 Lead Time (Ex: Tirantes, Balanceam...) 01 > FUNÇÃO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO 2. Medir os Desempenhos Apresentados Todo o sistema de controle depende do conhecimento de seu histórico e da informação imediata a respeito do desempenho atual. Para facilitar uma comparação entre o desempenho e o objetivo ou padrão previamente estabelecido é importante definir critérios e unidade de mensuração. Atenção: considere os aspectos humanos da equipe que atua no processo avaliado. Evite focar a mensuração em falhas e erros, incentive a melhoria do desempenho. 01 > FUNÇÃO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO Fonte: OLIVEIRA, Djalma. Planejamento Estratégico 3. Comparar o Realizado com o Esperado 01 > FUNÇÃO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO O resultado da comparação precisa estar dentro de critérios de coerência que atendem todos os níveis da organização. As comparações podem apresentar algumas situações: Se o desvio exceder um pouco as “fronteiras do que era esperado”, o executivo deverá continuar sua ação, mas com alguns ajustes que possibilitem retornar à situação adequada, ou seja, estar dentro das fronteiras que delimitam o que era esperado ou possível de ser esperado acontecer Se o desvio apresentado estiver dentro das “fronteiras do que for estabelecido”, o executivo deve apenas acompanhar Se o desvio exceder muito as “fronteiras do que era esperado”, o executivo deverá interromper as ações até que as causas sejam identificadas, analisadas e eliminadas 4. Adotar a Ação Corretiva Necessária 01 > FUNÇÃO DE CONTROLE E AVALIAÇÃO Podem ser tomadas para eliminar desvios significativos detectados ou para reforçar aspectos positivos. Em todos os casos o sistema de controle e avaliação deve: • Focar em pontos críticos para evitar perdas • Estar bem explicado, compreensão de todos • Ser rígido e preciso, porém dinâmico ao ambiente incerto • Ser realista e operacionalizável em sua completude • Deve apresentar custo menor do que seu benefício • Ser ágil, proporcionar medidas de correção rápidas • Ter objetividade, sempre deve desencadear ações Fonte: OLIVEIRA, Djalma. Planejamento Estratégico Gestão Financeira e Orçamentária Aula 02 Origens do Orçamento Fernando Nunes | 2021 Missão: Expandir a experiência acadêmica aliada à responsabilidade socioambiental, formando pessoas para transformar o mundo. 02 > ORIGENS DO ORÇAMENTO > CONCEITOS BÁSICOS Origens do Orçamento A necessidade de orçar é tão antiga quanto à humanidade. Os homens das cavernas precisavam prever a necessidade de comida para os invernos e desenvolveram práticas antigas de orçamento A palavra orçamento tem sua origem atrelada a uma bolsa de tecido chamada fiscus e utilizada pelos antigos romanos para coletar os impostos Mais tarde, a palavra foi utilizada para denominar as bolsas de tesouraria Fonte: LUNKES, Rogério João. Manual de Orçamento 02 > ORIGENS DO ORÇAMENTO > CONCEITOS BÁSICOS Origens do Orçamento Na França, o termo era conhecido como “bougue”, provavelmente dando origem ao termo “budget” do vocabulário inglês em meados de 1400 Até mesmo a Constituição Inglesa de 1689 teve como fundamento as práticas de orçamento, pois estabelecia que o Rei podia cobrar certos impostos e definia quais gastos podiam ser feitos Por volta de 1750 na Inglaterra, os planos de despesas do governo eram levados pelo primeiro-ministro ao parlamento em uma bolsa grande de couro, cerimonial esse denominado “opening of the budget” Fonte: LUNKES, Rogério João. Manual de Orçamento 02 > ORIGENS DO ORÇAMENTO > CONCEITOS BÁSICOS Origens do Orçamento Em torno de 1860, a França desenvolve um sistema de contabilidade uniforme, o qual era aplicado a todos os departamentos do governo Estabeleceu-se um ano fiscal padrão, além de convenções de tempo para prestação de contas, a fim de que os departamentos explicassem a programação fiscal das contas para todos os recursos que foram alocados Também nessa épocasurgiram os procedimentos padrão e relatórios de fim de ano que comparavam estimativas com gastos Fonte: LUNKES, Rogério João. Manual de Orçamento 02 > ORIGENS DO ORÇAMENTO > CONCEITOS BÁSICOS Evolução do Orçamento Nos Estados Unidos, no início do século XX, foram desenvolvidos conceitos e uma série de práticas para planejamento e administração financeira Estas práticas se tornaram conhecidas como o “movimento do orçamento público” Em 1907, New York, foi a primeira cidade a implementar o orçamento público Fonte: LUNKES, Rogério João. Manual de Orçamento 02 > ORIGENS DO ORÇAMENTO > CONCEITOS BÁSICOS Origens do Orçamento No Brasil, o orçamento passou a ser foco de estudos a partir de 1940, porém só começou a ser amplamente usado na década de 1970, quando as empresas passaram a adotá-lo com mais frequência. Recentemente, a Lei de Responsabilidade Fiscal nº. 101/2000, conhecida como LRF, veio regulamentar uma série de questões relacionadas à administração pública que surgiram em períodos de gestões orçamentárias e financeiras desastrosas, as quais foram responsáveis em grande parte pela difícil situação econômica do País Fonte: LUNKES, Rogério João. Manual de Orçamento 02 > ORIGENS DO ORÇAMENTO > CONCEITOS BÁSICOS Lei de Responsabilidade Fiscal Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição. § 1º A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, [...] Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm 02 > ORIGENS DO ORÇAMENTO > CONCEITOS BÁSICOS • Orçamentação pequenos negócios Fonte: Boletim anual do Mapa de Empresas, Ministérios da Economia Debate em Grupo 15 min Você é um empreendedor e quer abrir um mercado em um bairro residencial. Quais custos/despesas fixos ou variáveis você consideraria para um orçamento inicial? 02 > ORIGENS DO ORÇAMENTO > CONCEITOS BÁSICOS Fonte: OLIVEIRA (2014) e STEDRY (1999) Defina os Seguintes Conceitos: A Cultura Organizacional é o resultado de uma colisão entre pessoas, como elas interagem entre si em um ambiente e como esse ambiente evolui baseado nessas interações. Orçamento, para Stedry (1999, p. 22), é “a expressão quantitativa de um plano de ação e ajuda à coordenação e implementação de um plano”. Orçar significa processar todos os dados do sistema de informação contábil de hoje, introduzindo os dados previstos para o próximo exercício e considerando as alterações já definidas para o próximo exercício É o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com os fatores externos – Não controláveis – e atuando de forma inovadora e diferenciada. OLIVEIRA, Djalma (2014). Cultura Organizacional Planejamento Estratégico Orçamento Empresarial 02 > ORIGENS DO ORÇAMENTO > CONCEITOS BÁSICOS Fonte: VICECONTI, Paulo; DAS NEVES, Silvério. Contabilidade de custos: um enfoque direto e objetivo. Conceituação de Custos e Despesas O aluguel do espaço custo ou despesa? E o salário dos funcionários? A compreensão destes conceitos ajuda na organização dos gastos da sua empresa. Como definir o que é Custo? Todo valor relacionado com serviços e recursos, que seja fundamental para a produção de algo. Sempre que eliminamos custo pode afetar a produção. Ex: Funcionários, insumos, equipamentos, etc... E a Despesa, como definir? Todo valor relacionado com a administração da empresa. Aquilo que é necessário para manter a estrutura da empresa funcionando. Ex: Aluguel, publicidade, impostos etc... [...] as despesas são contabilizadas imediatamente contra o resultado do período, enquanto somente os custos relativos aos produtos vendidos terão idêntico tratamento. Os custos relativos aos produtos em elaboração e aos produtos acabados que não tenham sido vendidos estarão ativados nos estoques destes produtos.” 02 > ORIGENS DO ORÇAMENTO > CONCEITOS BÁSICOS Plano Orçamentário A base da Controladoria Operacional é o processo de planejamento e controle orçamentário, também denomina do de planejamento e controle financeiro ou planejamento e controle de resultados. O orçamento é a ferramenta de controle por excelência de todo o processo operacional da empresa, pois envolve todos os setores da companhia. Objetivos de Aplicação Orçamento como sistema de autorização Um meio para projeções e planejamento Um canal de comunicação e coordenação Um instrumento de motivação (limites aprovados) Um instrumento de avaliação e controle Uma fonte de informação para tomada de decisão Fonte: PADOVEZE, Clóvis Luís. Planejamento Orçamentário 02 > ORIGENS DO ORÇAMENTO > CONCEITOS BÁSICOS Fonte: ALMEIDA, Martinho. Manual de planejamento estratégico: desenvolvimento de um plano estratégico com a utilização de planilhas Excel Conceito de Orçamento O Orçamento consiste em um plano que auxilia a administração financeira a compreender como estão os negócios da organização, nele são previstas as receitas, despesas, investimentos e custos futuros em um determinado período de tempo. A ferramenta é utilizadas para estabelecer as metas, definindo onde a empresa quer chegar e as diretrizes para alcançar as metas do Planejamento Estratégico. O resultado final é um mapa para que a organização possa utilizar como bussola da sua Visão de Futuro. 02 > ORIGENS DO ORÇAMENTO > CONCEITOS BÁSICOS • Atividade no Padlet Prática de Iniciação 15 min Você ocupa cargo de gestão na empresa XYZ que atua no segmento de Consultoria de Gestão Ambiental e sua equipe é composta 10 Consultores, cada um alocado em um projeto diferente. Liste e justifique os padrões financeiros que você gostaria de controlar e avaliar. 02 > ORIGENS DO ORÇAMENTO > CONCEITOS BÁSICOS Gestão Financeira e Orçamentária Aula 03 Sistema de Informações Gerenciais Fernando Nunes | 2021 Missão: Expandir a experiência acadêmica aliada à responsabilidade socioambiental, formando pessoas para transformar o mundo. 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Princípios Gerais Destinados à estruturação do plano orçamentário: 1. Orientação para objetivos: o orçamento deve direcionar para os objetivos e que estes sejam atingidos eficiente e eficazmente. 2. Envolvimento dos gestores: todos os gestores responsáveis por um orçamento específico devem participar ativamente dos processos de planejamento e controle. Comprometimento. 3. Comunicação integral: compatibilização entre o sistema de informações, o processo de tomada de decisões e a estrutura organizacional. 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Princípios Gerais Destinados à estruturação do plano orçamentário: 4. Expectativas realísticas: para que o sistema seja motivador, apresente objetivos gerais e específicos. 5. Aplicação flexível: o sistema orçamentário não é um instrumento de dominação. Assim, o sistema deve permitir correções, ajustes, revisões de valores e planos. 6. Reconhecimento dos esforços individuais e de grupos: o sistema orçamentário é um dos principais instrumentos de avaliação de desempenho. 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Modelo de Estrutura Básica do Orçamento O orçamento operacional se caracteriza como principal: formado pelos orçamentos de vendas, de estoque final, de fabricação, de custos dos materiais, da mão de obra direta, de custos indiretos de fabricação e de despesas departamentais.O orçamento financeiro é composto pelos orçamentos de capital, de caixa, pelo balanço patrimonial e pela demonstração do exercício projetado Fonte: LUNKES, Rogério João. Manual de Orçamento 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Organização e Processo de Elaboração O sistema orçamentário compreende o conjunto de pessoas, tecnologia administrativa, sistemas de informação, recursos materiais disponibilizados e a administração do sistema para execução dos planos orçamentários. Cabe ao Controller a administração do sistema orçamentário, e ele recebe essa delegação da cúpula da empresa. Ele também deve liderar a organização do processo orçamentário, tanto na sua estrutura informacional como nos cronogramas de execução. 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Fonte: PADOVEZE, Clóvis Luís. Planejamento Orçamentário 1) Organização do Orçamento 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Decidirá pela visão maior do orçamento anual, composto pelas diretorias, o Controller e o responsável direto. I. Comitê Orçamentário II. Premissas Orçamentárias III. Modelo do Processo Orçamentário IV. Estrutura Contábil Define o modelo de condução do processo orçamentário, esse modelo deve convergir com valores da empresa O Controller, considerando a missão e os objetivos da empresa, estruturar e monitorar o sistema de informação contábil, que atenda os princípios orçamentários definidos Cabe ao comitê orçamentário a definição das regras maiores e gerais a vigorarem para o próximo orçamento Fonte: PADOVEZE, Clóvis Luís. Planejamento Orçamentário IV. Estrutura Contábil • Definição dos critérios de contabilização das receitas e despesas • Definição dos critérios de distribuição de gastos, se houver necessidade • Manualização dos procedimentos citados • Estruturação da conta contábil • Definição das áreas de responsabilidade para incorporação à conta contábil • Definição e criação das tabelas de unidades de negócios, centros de lucros e centros de custos e suas respectivas ligações hierárquicas • Estruturação do plano de contas contábil 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO O tópico tem as seguintes necessidades Fonte: PADOVEZE, Clóvis Luís. Planejamento Orçamentário 1) Organização do Orçamento 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Controller define as tecnologias de informação e dos sistemas de apoio para execução dos cálculos e lançamentos orçamentários no sistema de informação contábil. V. Sistemas de Apoio VI. Relatórios VII. Cronograma Controller lidera a execução do cronograma orçamentário, em todas as suas etapas (previsão, reprojeção e controle). Controller define os relatórios orçamentários de preparação dos orçamentos, bem como dos relatórios para acompanhamento e controle. Fonte: PADOVEZE, Clóvis Luís. Planejamento Orçamentário 2) Preparação do Plano Orçamentário • Estabelecer a missão e os objetivos corporativos • Estruturar as aceitações ambientais, a partir destas, determinar o fator limitante • Elaborar o orçamento a partir do fator limitante • Elaborar os outros orçamentos, coordenando-os com o fator limitante e os objetivos corporativos • Sintetizar e produzir o orçamento-mestre. • Rever o orçamento-mestre à luz dos objetivos • Aceitar orçamento-mestre, ou voltar ao passo 2 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Fonte: PADOVEZE, Clóvis Luís. Planejamento Orçamentário 3) Processo de Elaboração do Orçamento 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Fonte: PADOVEZE, Clóvis Luís. Planejamento Orçamentário ControleReprojeçãoPrevisão Previsão: Comporta todo o trabalho de cálculo propriamente dito em que se coloca no papel aquilo que a empresa espera e prevê que vá acontecer para o próximo exercício. É a etapa de elaboração dos quadros orçamentários. Deve ser iniciada em torno de 6 meses antes do exercício analisando o cenário econômico. Reprojeção: Os dados orçados são submetidos aos setores responsáveis, e após o retorno das peças orçamentárias e respectivas críticas, são acertadas as previsões iniciais. Pronto 2 meses antes do exercício. Controle: Quando se verifica se os objetivos previstos foram atingidos, por meio da análise das variações, em que se avalia o desempenho das áreas de responsabilidade e eventuais correções necessárias. Consolidado do Modelo Genérico de Etapas 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Fonte: PADOVEZE, Clóvis Luís. Planejamento Orçamentário Esse modelo de processo orçamentário parte do pressuposto de que a Controladoria é o setor ideal para elaborar a primeira versão dos orçamentos, já que detêm a informação global. Modelo Participativo de Etapas 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Fonte: PADOVEZE, Clóvis Luís. Planejamento Orçamentário Esse modelo tende a ser mais demorado, pois as metas e desejos dos gestores nem sempre estão alinhados com a empresa. Porém, ambos são eficazes e a empresa pode seguir aquele que melhor de maior aderência. • Orçamento Genérico x Participativo Fonte: Pesquisa livre no Google News Modelo de etapas 10 min Você já participou ou acompanhou algum processo de orçamento? Se sim, qual modelo foi usado? Funcionou bem? Se não, qual você mais se identifica? Por que? 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Sistemas de Informações Gerenciais 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Os sistemas atuais permitem integração de dados do sistema contábil com softwares de modelos matemáticos e estatísticos para tratamento e análises avançadas dos dados. Contudo, ainda é muito comum a utilização exclusiva de planilhas eletrônicas tipo Excel nesse processo. Utilização de Ferramentas 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Exemplo de Planilha Tradicional para Cronograma do Processo Orçamentário Utilização de Ferramentas 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Exemplo de Ferramentas mais atuais para Cronograma do Processo Orçamentário (Smartsheet) Também é possível utilizar softwares como MS Project, Jira, GanttPro, Asana, Azure DevOps, etc. Construção de Cenários 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Deve ser realizado após a leitura do ambiente, e o objetivo é fundamentar as premissas orçamentárias É comum que essa etapa seja elaborada por uma empresa especializada ou consultoria. Os dados são os existentes na mídia, nas publicações especializadas, etc. Devem ser analisados e transformados para indicar os caminhos mais prováveis a se seguir (normalmente usamos o “Moderado” como o Mais Provável) Premissas Orçamentárias 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Após a escolha do cenário mais provável, a Controladoria prepara o quadro de premissas, as quais deverão ser aprovadas pelo Comitê Orçamentário Premissas orçamentárias são os dados que tendem a afetar, direta ou indireta mente, toda a empresa, devem ser rigorosamente respeitadas Fonte: PADOVEZE, Clóvis Luís. Planejamento Orçamentário Sistema de Informação de Orçamento 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Exemplos de ERPs (Enterprise Resource Planning) que integram módulo de Orçamento Protheus tecnologia TOTVSTec (Brasil) SAP One comercializado pela SAP SE (Alemanha) Sistema de Informação de Orçamento 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO O sistema de informações de orçamento é um prolongamento do sistema de Contabilidade Geral (Fiscal e Societária). As informações constantes do sistema contábildevem compor o orçamento O conjunto deve contemplar os três seguintes módulos de maneira integrada: Informações Contábeis do Passado Informações Contábeis do Presente Informações Contábeis do Futuro (Orçamento) Relatórios Gerenciais 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO sistema orçamentário fornece os seguintes relatórios principais: • Relatório de pré-orçamento (proposta ainda não aprovada) • Orçamento por centros de custos ou departamentos • Orçamento por divisões ou unidades de negócio • Orçamento geral da empresa • Orçamento original e orçamentos ajustados • Orçamento em várias moedas • Orçamento consolidado de períodos • Relatórios de controle orçamentário (real versus orçado e análise das variações). Além disso, deve fornecer informações para: • Formação de custo-padrão (planejado) • Formação e/ou análise de preços de venda • Planejamento e simulação de resultados • Avaliação de projetos e investimentos Controle Orçamentário 03 > ETAPAS DO ORÇAMENTO > RELATÓRIOS GERENCIAIS > CONTROLE ORÇAMENTÁRIO Gestão Financeira e Orçamentária Aula 04 Tipos de Orçamento Fernando Nunes | 2021 Missão: Expandir a experiência acadêmica aliada à responsabilidade socioambiental, formando pessoas para transformar o mundo. 04 > TIPOS DE ORÇAMENTO Modelos de Gestão – Top Down 04 > MODELOS DE GESTÃO > TIPOS DE ORÇAMENTO Empresas que adotam o Modelo de Gestão Top Down tem a tendência de escolher o Modelo Genérico de processo orçamentário. Caso essa combinação de modelos for aplicada de forma impositiva, sem nenhuma participação dos gestores, há grande probabilidade de produzir resultados inferiores do que sob outra proposta de condução. Contudo, seu uso moderado em um determinado período de tempo pode gerar disciplina e saving. Modelos de Gestão – Bottom Up 04 > MODELOS DE GESTÃO > TIPOS DE ORÇAMENTO Empresas que adotam o Modelo de Gestão Bottom Up tem a tendência de escolher o Modelo Participativo de processo orçamentário. O processo orçamentário conduzido totalmente democrático também traz problemas. Há possibilidade de que os desejos, as necessidades e os objetivos setoriais não estejam coerentes com os da organização. Não é incomum nesse modelo, que alguns gestores estipulem metas e objetivos exagerados, tanto no lado de incremento como no de redução de atividades. Então qual escolher? 04 > MODELOS DE GESTÃO > TIPOS DE ORÇAMENTO Ambas as posturas, de forma extrema, fatalmente levarão a problemas de comprometimento, motivação e coordenação de objetivos. O entendimento da nossa disciplina é de que o modelos deve conter o máximo possível de democracia e participação, para o comprometimento dos gestores setoriais. Porém, vamos reservar aos responsáveis dos escalões mais altos, a possibilidade de ajustes dos objetivos em todos os níveis. O ponto fundamental é que o orçamento deve estar totalmente integrado com a cultura empresarial. Críticas ao Processo Orçamentário 04 > MODELOS DE GESTÃO > TIPOS DE ORÇAMENTO Atualmente, temos visto críticas ao processo orçamentário, principalmente da instituição Beyond Budgeting Round Table (BBRT). segundo PADOVEZE (2010), elas se concentram nos seguintes pontos: Ferramental ineficiente para o processo de gestão e frustração Orçamento “engessado” impedindo a criatividade, medo e insatisfação Adoção de modelos que que inadequados Dificuldade de obter dados para prever volatilidade do futuro Excesso de rotinas contábeis e retrabalhos Falta de maturidade e cultura orçamentária Uso de tecnologias de informação inadequadas Estudos KPMG: Orçamentos ineficientes roubam 20% a 30% do tempo dos executivos Orçamentos preparados sem alinhamento com a estratégia Foco apenas financeiro, não leva em conta o desempenho não-financeiro Acesso à informação muito restrito, não-gerenciável Gestores jogam com custos em CCs trocados para ficar na meta • Beyond Budgeting Round Table (BBRT) Fonte: https://targetteal.com/pt/blog/beyond-budgeting/ Processo Orçamentário 15 min Escolha um dos problemas ou críticas do processo orçamentário. Em seguida, leia o texto proposto para identificar princípios do Beyound Budgeting que podem mitigar esse problema. Resuma no Padlet. 04 > MODELOS DE GESTÃO > TIPOS DE ORÇAMENTO Orçamento Estático Básico 04 > MODELOS DE GESTÃO > TIPOS DE ORÇAMENTO É o orçamento mais comum. Elaboram-se todas as peças orçamentárias a partir da fixação de determina dos volumes de produção ou vendas. Esses volumes, por sua vez, também determinarão o volume das demais atividades e setores da empresa. O orçamento é considerado estático quando a administração do sistema não permite nenhuma alteração nas peças orçamentárias. Exemplo: Se um plano fixa R$100.000 com marketing, o valor gasto não pode ser maior do que este número, mesmo que a empresa fature mais que o previsto e que tenha caixa para investir. 1) Facilidade de acompanhar as peças orçamentárias em um único documento 2) Equipe menor para gerenciar, pois não há revisões 3) Com o tempo os gestores aprendem a prever de maneira mais eficiente 1) Causa o que chamamos de “engessamento” 2) O cenário orçado pode ficar obsoleto e perder valor 3) Afeta negativamente o processo criativo Orçamento Flexível Básico 04 > MODELOS DE GESTÃO > TIPOS DE ORÇAMENTO Para solucionar o problema do orçamento estático surgiu o conceito de orçamento flexível. conforme Horngren (1985, p. 137), o “orçamento flexível é um conjunto de orçamentos que pode ser ajustado a qualquer nível de atividades”. A base para a elaboração do orçamento flexível é a perfeita distinção entre custos fixos e variáveis. Os custos variáveis seguirão o volume de atividade, e os custos fixos terão o tratamento tradicional. Outro enfoque do orçamento flexível é não assumir nenhuma faixa de quantidade ou nível de atividade esperado. Faz-se apenas o orçamento unitário. 1) Acompanha as variações de venda e de produção 2) Orçamento ganha maior relevância, pois todos os itens precisam ser acompanhados 3) Maior engajamento operacional e liberdade de investimentos 1) Necessidade de acompanhamento mais de perto 2) Nem todas as empresas possuem dados estruturados para o monitoramento 3) De certa forma, foge do fundamento básico de orçamento que é prever Exemplo de Orçamento Flexível Básico 04 > MODELOS DE GESTÃO > TIPOS DE ORÇAMENTO O enfoque do orçamento flexível é possibilidade de uma mensuração unitária, que correspondem aos dados variáveis. Associando-se aos volumes possíveis, pode-se fazer quantos orçamentos flexíveis forem necessários ou desejados. Os gastos fixos continuam sendo apresenta dos dentro do enfoque tradicional do orçamento, que é o orçamento estático. Orçamento de Gestão por Atividades 04 > MODELOS DE GESTÃO > TIPOS DE ORÇAMENTO O Orçamento Baseado em Atividades reflete os custos associados às atividades e os processos de negócio. Exemplo: os recursos (funcionários, máquinas, tecnologia, materiais) utilizados para a produção de um bem ou serviço. Começamos esse tipo de orçamento com a previsão do volume de vendas para o período. Depois, estimamos todas as atividades necessárias para produzir ou entregar o volume estimado. Por fim, o cálculo de custos é feito a partir dos recursos. Esse orçamento não elimina o tradicional da empresa. Ele mede os custos do recursos necessários para atender a demanda prevista. 1) Precisão de ajustes. Custos e Atividades associados de forma clara. 2) Possibilita a eliminação de atividades desnecessárias 3) Visibilidade sobre os processos de cada área 1) Processo caro e trabalhoso, não recomendado para empresas pequenas ou com poucos produtos 2) Não recomendado se não há mapeamento de processos 3) Foca no processoatual e prejudica a visão de longo prazo Orçamento Budget e Forecast 04 > MODELOS DE GESTÃO > TIPOS DE ORÇAMENTO A terminologia inglesa budget é a mais utilizada entre as empresas multinacionais e refere-se basicamente ao orçamento dentro do conceito estático. O nome forecast é utilizo da para o conceito de projeções. É muito comum, chamar de forecast a soma dos dados reais mensais já acontecidos no período, mais os dados restantes do orçamento a cumprir. Exemplo: a empresa tem R$1.200.000 para gastar no ano (R$100.000/mês). Ao revisar o orçamento no fim de abril, constatam que já foram gastos R$600.000. Sendo assim, nos próximos 8 meses o orçamento será de R$75.000 por mês. 1) Garante que, mesmo com mudanças não planejadas, a meta anual será alcançada 2) Não se preocupa com variações do passado 3) Considerada uma das melhores projeções para todo o período 1) Exige tempo da equipe de monitoramento 2) Empresa precisa ter uma cultura adepta às mudanças 3) Não permite gastar mais do que o orçado no acumulado final Orçamento Rolling Budgeting e Rolling Forecasting 04 > MODELOS DE GESTÃO > TIPOS DE ORÇAMENTO Esses termos podem ser traduzidos como orçamento contínuo e projeção contínua. São conceitos recentes sobre o orçamento, com o objetivo de tornar esse instrumento de planejamento e controle flexível e retirar dele o cará ter estático. Exemplo: supondo que o orçamento seja feito para 12 meses (Jan/Ano1 – Dez/Ano1). Fechado o período de Jan/Ano1, orça-se já o orçamento de Jan/Ano2. Assim, o novo período fica: Fev/Ano1 a Jan/Ano2. 1) Evitamos a parada de troca de período que ocorrer normalmente em dezembro e janeiro 2) Orçamento se mantém sempre atualizado 3) Indicada para demonstrações financeiras projetadas envolvendo só controladoria 1) O processo toma grande tempo da empresa 2) Necessidade de revisar a previsão de cenários continuamente 3) Requer profissionais especializados em previsão contínua Orçamento Base Zero (OBZ) 04 > MODELOS DE GESTÃO > TIPOS DE ORÇAMENTO O OBZ se diferencia dos demais porque inicia a partir de uma base zerada, sem olhar para os históricos de custos, despesas e receitas. De fato não é convencional tentar prever o futuro sem olhar para o passado, porém esse tipo de orçamento parte do racional de que olhar para o que já foi pode gerar repetições fora da realidade. Em resumo, todas as premissas de receitas, despesas, custos e investimentos são previstos conforme planos e estratégias de futuro, sem considerar o passado. 1) Os valores de previsão são analisados com mais atenção 2) Incentiva a alocação de recursos de forma mais eficiente 3) Ajuda a identificar orçamentos inflados, custos e gastos desnecessários 1) Muito tempo de dedicação de todos os envolvidos 2) Necessidade de treinar a equipe para atuar dessa forma 3) Exige grande alinhamento da gestão e estratégia Orçamento Base Histórico (OBH) 04 > MODELOS DE GESTÃO > TIPOS DE ORÇAMENTO O OBH é justamente o oposto do OBZ, iniciamos o planejamento orçamentário usando como base os números do exercício anterior. Normalmente é aplicado um percentual de crescimento do valor das receitas, considerando o valor estratégico de crescimento da empresa para o período. Além do percentual de aumento nas receitas, os custos e despesas também devem ser reajustados. 1) Processo mais rápido de orçamento 2) Envolvimento de um número menor de pessoas 3) Evita desvios a medida que aprende com anos anteriores 1) Pode resultar em um orçamento inchado e descolado da realidade 2) O menor envolvimento pode desmotivar os gestores 3) As equipes setoriais dificilmente se apropriam das metas Orçamento Matricial 04 > MODELOS DE GESTÃO > TIPOS DE ORÇAMENTO Também conhecido como Gerenciamento Matricial de Despesas (GMD), ele tem a capacidade de cruzar receitas, despesas, custos e investimentos com as divisões da empresa (centros de custo, unidades, departamentos, subdepartamentos, etc.) Neste modelo os gestores não são responsáveis pelos centros de custos ou departamentos e sim por pacotes de custos/despesas/receitas. Exemplo: O(A) gestor(a) de RH é responsável pelos custos de Salários e Encargos e no caso de desvio em algum departamento ou centro de custo, é esta pessoa de RH que responde pelo desvio. 1) Cada pacote de custos/despesas/receitas é gerido pelo especialista no assunto 2) Trabalho de planejamento é dividido 3) Gera participação e engajamento se as pessoas certas forem escolhidas 1) Pode gerar conflito com o gestor da divisão da empresa 2) Insatisfação de gestores, prevalece a prioridade do responsável pelo pacote 3) A realização dentro do orçamento fica a cargo da capacidade de influenciar do dono do pacote Orçamento Colaborativo 04 > MODELOS DE GESTÃO > TIPOS DE ORÇAMENTO O objetivo aqui é descentralizar o processo orçamentário e obter engajamento de um número maior de pessoas. Os gestores das áreas colaboram ativamente na definição, planejamento e acompanhamento do orçamento. Este tipo de orçamento normalmente é combinado com algum dos outros tipos, de maneira a gerar colaboração total dos envolvidos 1) Os gestores tem grande autonomia para orçar 2) Gera um sentimento de responsabilidade 3) Potencializa o engajamento 1) Apenas empresas com cultura de autonomia podem aplicar 2) Sem maturidade, não funciona 3) Sem o uso de ferramentas adequadas, perde-se muito tempo Gestão Financeira e Orçamentária Aula 05 Orçamento de Vendas, Produção e Capacidade Fernando Nunes | 2021 Missão: Expandir a experiência acadêmica aliada à responsabilidade socioambiental, formando pessoas para transformar o mundo. 05 > ORÇAMENTO DE VENDAS, PRODUÇÃO E CAPACIDADE > EXERCÍCIOS 1. Visão Geral do Orçamento Midpoint da Prova 1 2. Origens do Orçamento 4. Tipos de Orçamento 6. Orçamento de Materiais e Estoque 8. Orçamento de Investimentos e Financiamentos T → 27/04 P1 → 04/05 3. Sistema de Informações Gerenciais 5. Orçamento de Vendas, Produção e Capacidade 7. Orçamento de Despesas Departamentais 05 > ORÇAMENTO DE VENDAS, PRODUÇÃO E CAPACIDADE > EXERCÍCIOS Orçamento de Vendas, Produção e Capacidade 05 > ORÇAMENTO DE VENDAS, PRODUÇÃO E CAPACIDADE > EXERCÍCIOS Geralmente o início do processo de elaboração das peças orçamentárias é o Orçamento de Vendas. Os dados de demanda dos produtos e serviços da empresa para o período a ser orçado é que guiam o planejamento orçamentário operacional. Assim, o volume de vendas é considerado um fator limitante para todo o processo orçamentário. Contudo, negócios como alimentos em natura e minério, que o mercado está disposto a comprar toda a produção, é o orçamento de vendas que decorre do operacional. Aspectos Gerais do Orçamento de Vendas Em essência o Orçamento de vendas compreende as seguintes partes: • Previsão de vendas em quantidades para cada produto • Previsão dos preços para os produtos e seus mercados • Identificação dos impostos sobre as vendas • Orçamento de vendas em moeda corrente do país 05 > ORÇAMENTO DE VENDAS, PRODUÇÃO E CAPACIDADE > EXERCÍCIOS Dificuldades na Previsão de Vendas 05 > ORÇAMENTO DE VENDAS, PRODUÇÃO E CAPACIDADE > EXERCÍCIOS Cada empresa tem o seu grau de dificuldade de estimar as quantidades a serem vendidas para os próximos períodos. Essas dificuldades são resultado da imprevisibilidade de situações econômicas e sazonalidades existentes. A empresa deve elaborar modelos e cenários que permitam um mínimo de leitura do ambiente para definir probabilidades de vendas futuras. Os melhores recursos da empresa em competência de previsão devem ser alocados nesse processo. Elaboração da Previsão de Vendas 05 > ORÇAMENTO DE VENDAS, PRODUÇÃO E CAPACIDADE > EXERCÍCIOS Quando o fator limitante é as vendas e não a produção, iniciamos peladeterminação das quantidades orçadas para vendas usando os métodos que seguem: Métodos Estatísticos Utilizando quando há muita dificuldade de prever vendas: • Correlação com o crescimento do setor ou do PIB • Análise de tendência (regressão linear, mínimos quadrados) • Pesquisa de mercado • Correlação ou participação no tamanho do mercado Coleta de Dados Informações de pontos de venda tratadas pela Controladoria • Pedidos de cada vendedor • Ordens de compra recebidas pelos gerentes de cada filial • Pedidos dos pontos de venda • Informações coletadas com as franqueadas e concessionárias. Uso Final do Produto Consultar o que seu cliente vai vender é um método + seguro • Fornecedores de auto peças para a indústria automobilística • Fornecedores de aeronaves consultam previsão de viagens para o próximo período • Fornecedores de embalagens consulta previsão de clientes Exemplo de Orçamento de Vendas Analisando uma empresa que vende o Produto X e Produto Y, que compartilham o processo produtivo e suas peças de reposição são vendidas separadas como Produtos Complementares. Estes são vendidos no mercado Interno e Externo. Para o Orçamento de Quantidades dos Produtos Principais pode ser feita uma estimativa por mercado, já os Produtos Complementares são orçados aplicando um percentual de demanda por componentes de reposição nas vendas: O percentual de reposição dos Produtos Complementares pode ser aplicado posteriormente, assim conseguimos reduzir a complexidade da análise. 05 > ORÇAMENTO DE VENDAS, PRODUÇÃO E CAPACIDADE > EXERCÍCIOS Exemplo de Orçamento de Vendas Utilizamos a Coluna 2 para expressar o Preço-Base dos produtos, usando R$ para os produtos do mercado interno e US$ para o mercado externo. Além disso, incorporamos premissas da política de preços Para o Mercado 1 estimamos um aumento de 2% em abril e 4% em setembro, sempre acumulados sobre os preços dos meses anteriores. No Mercado 2 adotamos um aumento de preços de 4% apenas no mês de junho. * Para fins de simplificação, não utilizaremos no exemplo vendas à vista e a prazo. 05 > ORÇAMENTO DE VENDAS, PRODUÇÃO E CAPACIDADE > EXERCÍCIOS Identificação dos Impostos sobre Vendas A tributação de produtos pode variar conforme os seus mercados e regiões. Como exemplo, temos os impostos estaduais e municipais, bem como zonas de incentivo Existe, ainda, a possibilidade de tributação diferenciada para clientes ou setores, como projetos governamentais. No nosso exemplo identificamos, apenas os principais impostos, separando Mercado 1 e Mercado 2. Deixamos de incluir o atual Impostos sobre Produtos Industrializados – IPI e o ISS, para simplificação. 05 > ORÇAMENTO DE VENDAS, PRODUÇÃO E CAPACIDADE > EXERCÍCIOS Orçamento da Receita das Vendas 05 > ORÇAMENTO DE VENDAS, PRODUÇÃO E CAPACIDADE > EXERCÍCIOS O exemplo ao lado demonstra o cálculo para o mês de Junho e usa o fator de 10% de incremento de receita para Produtos Complementares. Além da Receita Operacional Bruta e Líquida, também é aconselhado fazer a Provisão para Créditos Incobráveis. Estimamos um saldo de perdas com créditos incobráveis em 2% e um prazo médio de recebimento de vendas de 28 dias, ambos calculados sobre a Receita Operacional Bruta. Cálculo da Provisão de Créditos Incobráveis – Digite o valor encontrado no Padlet Fonte: Exercício do Autor 1. Processo Orçamentário 10 min Você foi convocado para calcular a Provisão de Créditos Incobráveis do Produto A no mês de janeiro e recebeu os seguintes dados do mesmo mês para sua análise: • Orçamento de vendas deste produto no período é de 2.000 unidades • O valor unitário de venda para cada produto é US$ 100,00 (US$ 1,00 = R$ 5,00) • Os impostos sobre a venda representam 25% do valor • Estimamos um saldo de perdas com créditos incobráveis em 2% Qual o valor da Provisão de Créditos Incobráveis do Produto A em reais? 05 > ORÇAMENTO DE VENDAS, PRODUÇÃO E CAPACIDADE > EXERCÍCIOS Orçamento de Produção O Orçamento de Produção é quantitativo, neste passo não há necessidade de valorizar a produção para fins de orçamento. Posteriormente os Orçamentos de Consumo e Compra de Material serão valorizados. O Orçamento de Produção necessita de dois dados: • Orçamento de vendas em quantidades por produto • Política de estocagem de produtos acabados Empresas que operam sem estoques, aplicando o conceito just-in-time, terão seu orçamento de produção = vendas. 05 > ORÇAMENTO DE VENDAS, PRODUÇÃO E CAPACIDADE > EXERCÍCIOS Política de Estocagem 05 > ORÇAMENTO DE VENDAS, PRODUÇÃO E CAPACIDADE > EXERCÍCIOS Devemos sempre buscar o mínimo investimento em capital de giro e, desse modo, também em estoques, sejam eles de produtos acabados, intermediários ou de materiais. Normalmente, a política de estocagem de produtos acabados é traduzida em dias de vendas, por tipo de produto. A empresa tem informações e experiência que permitem fixar qual deve ser o estoque mínimo. Orçamento de Produção 05 > ORÇAMENTO DE VENDAS, PRODUÇÃO E CAPACIDADE > EXERCÍCIOS O Produto X tem como política manter em estoque o equivalente à média de 15 dias de vendas. Como a previsão de vendas é 2.000 unidades para janeiro, o estoque final previsto é de 1.000 unidades. Calcule os valores para todos os produtos – Digite os valores encontrado no Padlet Fonte: Exercício do Autor 2. Processo Orçamentário 15 min Os dados apresentados a seguir referem-se ao último mês de exercício encerrado de uma empresa industrial: 05 > ORÇAMENTO DE VENDAS, PRODUÇÃO E CAPACIDADE > EXERCÍCIOS A empresa estima no próximo mês vender 10% a mais de A, 5% a mais de B, 8% a mais de C e nenhum aumento para D. A política de estocagem deve considerar 15 dias. a) Orçamento de quantidades b) Orçamento de estoque final c) Orçamento de Produção Gestão Financeira e Orçamentária Aula 06 Orçamento de Capacidade e Logística Orçamento de Materiais e Estoque Fernando Nunes | 2021 Missão: Expandir a experiência acadêmica aliada à responsabilidade socioambiental, formando pessoas para transformar o mundo. 06 > ORÇAMENTO DE CAPACIDADE E LOGÍSTICA > ORÇAMENTO DE MATERIAIS E ESTOQUE Gabaritos da Aula Anterior 06 > ORÇAMENTO DE CAPACIDADE E LOGÍSTICA > ORÇAMENTO DE MATERIAIS E ESTOQUE Exercício 1: • Orçamento de vendas em quantidades: 2.000 un. • Valor unitário de US$ 100,00 (US$ 1,00 = R$ 5,00) • Impostos sobre a venda representam 25% do valor • Saldo de perdas com créditos incobráveis em 2% Receita Bruta = 2.000 * 100 * 5 = R$ 1.000.000 Atenção! Provisão de Créditos Incobráveis considera a Receita Bruta e não Receita Líquida. Créditos Incobráveis = 1.000.000 * 0,02 = R$ 20.000 Exercício 2: P Histórico Vendas Estoque Anterior A 10.000 2.000 B 12.000 3.000 C 7.000 200 D 5.000 900 P Orç. Vendas Política Estoque Orç. Produção A 10.000 * 1,1 = 11.000 11.000 * 30 / 15 = 5.500 14.500 B 12.000 * 1,05 = 12.600 12.600 * 30 / 15 = 6.300 15.900 C 7.000 * 1,08 = 7.560 7.560 * 30 / 15 = 3.780 11.140 D 5.000 5.000 * 30 / 15 = 2.500 6.600 Orçamento de Capacidade e Logística A Capacidade das empresas costumam oscilar (em torno de 10%) durante os períodos, e normalmente trabalham com a opção de turnos ou horários extraordinários. Porém, se identificada a real necessidade de aumento ou redução da capacidade futura, esta análise deve ser feita em conjunto com a avaliação da cadeia logística. Partindo do conceito básico da Teoria das Restrições, devemos avaliar os fluxos de maneira sistêmica para identificar quais recursos precisam de ajuste de capacidade. Ajustes de aumento de capacidade podem ser eliminado desperdícios ou investindo em ampliações. 06 > ORÇAMENTO DE CAPACIDADE E LOGÍSTICA > ORÇAMENTO DE MATERIAIS E ESTOQUE Capacidade Logística Geralmente os serviços ligados aos processos logísticos são terceirizados. Assim, a análise da capacidade logística exige o desenvolvimento do conceito de parceria. Nesta etapa buscamos verificar se os parceiros logísticos esupridores estarão preparados para operacionalizar os volumes dos programas de produção e vendas. A área Financeira conta com a participação ativa da área de Suprimentos para essa análise. 06 > ORÇAMENTO DE CAPACIDADE E LOGÍSTICA > ORÇAMENTO DE MATERIAIS E ESTOQUE Capacidade de Equipamentos No exemplo a seguir a diferença positiva será excesso de capacidade e a diferença negativa será a falta de capacidade, e medidas terão de ser tomadas a tempo, antes de se iniciar a execução do programa de produção orçamentado, para se conseguir o suprimento da capacidade. 06 > ORÇAMENTO DE CAPACIDADE E LOGÍSTICA > ORÇAMENTO DE MATERIAIS E ESTOQUE Calcule o valor total de horas para os produtos – Digite o valor encontrado no Padlet Fonte: Exercício do Autor 3. Capacidade de Recursos Humanos 10 min Utilizando os dados do orçamento de produção do exercício realizado na aula anterior e o valor mensal de 180h produtivas / colaborador, Considere as horas de mão-de-obra direta para produção de cada unidade: Produto A exige 0,5 horas Produto B exige 1,0 horas Produto C exige 0,5 horas Produto D exige 2,0 horas Qual a Capacidade de horas de mão-de-obra direta e quantos colaboradores serão necessários para executar o programa de produção orçado? 06 > ORÇAMENTO DE CAPACIDADE E LOGÍSTICA > ORÇAMENTO DE MATERIAIS E ESTOQUE Materiais e Estoque A partir da definição de informações-chave das quantidade a ser vendidas e produzidas, é o momento de orçar os recursos para operacionalizar os programas de produção e vendas. Consideramos nesse passo do orçamento todos os gastos com materiais para produção. As despesas que os departamentos vão ter para produzir e vender as quantidades planejadas serão considerados na próxima aula. 06 > ORÇAMENTO DE CAPACIDADE E LOGÍSTICA > ORÇAMENTO DE MATERIAIS E ESTOQUE Materiais e Estoque O orçamento de consumo de materiais é o primeiro a ser elaborado e indica o custo dos materiais que serão consumidos pelo programa de produção. O orçamento de estoque de materiais é decorrente da política de estocagem. O orçamento de compras é decorrente dos dois anteriores, ele atende as necessidades de consumo e estocagem. O orçamento de compras determina o orçamento do saldo final a pagar aos fornecedores, usa-se indicadores médios de prazo de pagamento. 06 > ORÇAMENTO DE CAPACIDADE E LOGÍSTICA > ORÇAMENTO DE MATERIAIS E ESTOQUE 1. Orçamento de CONSUMO de materiais 2. Orçamento de ESTOQUE de materiais. 3. Orçamento de COMPRAS de materiais. 4. Orçamento SALDO FINAL de Contas a Pagar Tipos de Materiais Materiais Diretos Aqueles que estão ligados à estrutura dos produtos da empresa. Exemplos de materiais diretos: • Matérias-primas básicas dos produtos finais e complementares • Componentes agregados às matérias-primas transformadas • Materiais de embalagem 06 > ORÇAMENTO DE CAPACIDADE E LOGÍSTICA > ORÇAMENTO DE MATERIAIS E ESTOQUE Materiais Indiretos Aqueles necessários para o processo fabril, o processo comercial e áreas administrativas. Exemplos de materiais indiretos: • Materiais auxiliares, usados no processo mas que não se incorporam aos produtos finais. (ferramentas por exemplo) • Materiais para manutenção • Materiais de expediente, necessários aos processos administrativos Comportamento da Demanda Materiais Diretos possuem comportamento de demanda dependente e a grande parte dos materiais indiretos tem comportamento independente da demanda. Contudo, existem aqueles materiais auxiliares que, apesar de serem indiretos, podem se comportar dependendo da demanda. 06 > ORÇAMENTO DE CAPACIDADE E LOGÍSTICA > ORÇAMENTO DE MATERIAIS E ESTOQUE Estrutura dos Produtos A Estrutura dos Produtos é criada pela Engenharia de Produtos ou Engenharia de Desenvolvimento. Compreende todos os materiais que formam o produto final, normalmente seguindo a hierarquia de Produto Final, Conjuntos, Subconjuntos e Partes. Além da descrição, a estrutura também deve estar acompanhada do detalhamento de quantidades utilizadas para cada produto. 06 > ORÇAMENTO DE CAPACIDADE E LOGÍSTICA > ORÇAMENTO DE MATERIAIS E ESTOQUE Liste a Estrutura do Produto no Padlet Fonte: Exercício do Autor Estrutura do Produto 10 min 06 > ORÇAMENTO DE CAPACIDADE E LOGÍSTICA > ORÇAMENTO DE MATERIAIS E ESTOQUE Elabore a Estrutura do Produto Combo do BigMac, contendo os materiais, as quantidades e as unidades de medidas. Estime também os custos de cada parte da Estrutura do Produto. Custo Unitário de Materiais por Produto Construímos o custo unitário de materiais de cada produto com a estrutura de cada produto e as informações dos preços de aquisição de materiais do sistema de compras. O método mais indicado é o de fixar os preços em uma data-base e depois, ao elaborar o orçamento de consumo, aplicar percentuais previstos de variações nos preços. A tabela ao lado apresenta um exemplo de custo unitário de materiais por produtos, contendo as informações mínimas para preparar o orçamento de consumo de materiais. 06 > ORÇAMENTO DE CAPACIDADE E LOGÍSTICA > ORÇAMENTO DE MATERIAIS E ESTOQUE Calcule os custos diretos dos Produtos e digite os valores encontrados no Padlet Fonte: Exercício do Autor 4. Processo Orçamentário 15 min 06 > ORÇAMENTO DE CAPACIDADE E LOGÍSTICA > ORÇAMENTO DE MATERIAIS E ESTOQUE Considerando os valores em reais do slide anterior, as quantidades da tabela ao lado e uma variação de preços de 3% para o mercado nacional e 5% para o mercado internacional no mês de julho, responda as questões para o período de julho: 1) Custo Total para materiais nacionais do Produto X? 2) Custo Total para materiais nacionais do Produto Y? 3) Custo Total para materiais Importados do Produto X? 4) Custo Total para materiais nacionais do Produto Y? Gastos de Fabricação Os gastos de fabricação decorrem das despesas gerais da área industrial. Para o nosso exemplo acadêmico, vamos considerar que a área de industrial utiliza 60% dos recursos para a fabricação do Produto X e 40% dos recursos para o Produto Y. Utilizando um valor pré-calculado de R$ 300.000 por mês com gastos de fabricação podemos fazer o seguinte rateio nos produtos: Produto X = 300.000 * 0,6 = R$ 180.000 Produto Y = 300.000 * 0,4 = R$ 120.000 06 > ORÇAMENTO DE CAPACIDADE E LOGÍSTICA > ORÇAMENTO DE MATERIAIS E ESTOQUE Orçamento de Impostos a Recolher Sobre Mercadorias Como complemento do orçamento de materiais é necessário concluir o orçamento dos impostos incidentes sobre as vendas e sobre as compras de materiais. Nosso exemplo considera uma indústria que está enquadrada no sistema não-cumulativo para todos os impostos. Assim, o recolhimento de cada imposto se dá pela diferença entre o valor do imposto calculado sobre as vendas menos o valor do imposto creditado e pago sobre as compras. 06 > ORÇAMENTO DE CAPACIDADE E LOGÍSTICA > ORÇAMENTO DE MATERIAIS E ESTOQUE Obs: Para fins de simplificação do conceito, não aplicamos o Passivo Circulante. Gestão Financeira e Orçamentária Aula 07 Orçamento de Despesas Departamentais Fernando Nunes | 2021 Missão: Expandir a experiência acadêmica aliada à responsabilidade socioambiental, formando pessoas para transformar o mundo. 07 > ORÇAMENTO DE DESPESAS DEPARTAMENTAIS > TRABALHO DA DISCIPLINA Gabaritos da Aula Anterior Exercício 3 Orçamento de Produção a Considerar: Produto A = 14.500 unidades Produto B = 15.900 unidades Produto C = 11.140 unidades Produto D = 6.600. unidades Tempo de Produção por produto: Produto A = 0,5h * 14.500 un. = 7.250h Produto B = 1,0h * 15.900 un. = 15.900h Produto C = 0,5h * 11.140 un. = 5.570h Produto D = 2,0h * 6.600. un. = 13.200h Colaboradores Mín. Necessários = 41.920h / 180h = 233 Exercício 4: Material Custo Un. Variação Custo Julho Nacional de X R$ 121,00 +3% Nacional de Y R$ 183,50 +3% Importado de X R$ 25,00 +5% Importado de Y R$ 35,00 +5% 07 > ORÇAMENTO DE DESPESAS DEPARTAMENTAIS > TRABALHO DA DISCIPLINA Produto Produção Julho X 2.200 Y1.100 Material Custo Total dos Materiais em Julho Nacional de X 2.200 * 121,00 * 1,03 = R$ 274.186 Nacional de Y 1.100 * 183,50 * 1,03 = R$ 207.906 Importado de X 2.200 * 25,00 * 1,05 = R$ 57.750 Importado de Y 1.100 * 35,00 * 1,05 = R$ 40.425 Orçamento de Despesas Departamentais Após a conclusão da 1ª fase orçamentária de Vendas, Produção e Capacidade e 2ª fase com o orçamento de Materiais e Estoque, iniciamos a 3ª fase de Despesas Departamentais. Esta é a parte mais trabalhosa do orçamento, pois é necessário elaborar uma peça orçamentária para cada setor da empresa. Oriento que o orçamento de despesas departamentais seja o mais analítico possível, evitando elaborações sintéticas 07 > ORÇAMENTO DE DESPESAS DEPARTAMENTAIS > TRABALHO DA DISCIPLINA Aspectos Gerais do Orçamento de Despesas Lista dos principais aspectos que devem ser observados nessa etapa do orçamento: 1. Orçamento seguindo a hierarquia estabelecida 2. Departamentalização 3. Orçamento para cada área de responsabilidade 4. Custos controláveis 5. Quadro de premissas 6. Levantamento das informações-base 7. Observação do comportamento dos gastos 8. Orçar cada despesa segundo sua natureza e comportamento 07 > ORÇAMENTO DE DESPESAS DEPARTAMENTAIS > TRABALHO DA DISCIPLINA Organograma Empresarial e Departamentalização O orçamento segue a hierarquia da empresa, que pode ser visualizada dentro de um organograma. A estruturação dentro de um organograma facilita o processo de análise dos gastos e identificação dos setores. O critério mais utilizado para estruturar o sistema de informação contábil orçamentário que incorpora o organograma empresarial é a departamentalização e o conceito de centro de custo. 07 > ORÇAMENTO DE DESPESAS DEPARTAMENTAIS > TRABALHO DA DISCIPLINA Organograma Empresarial e Departamentalização 07 > ORÇAMENTO DE DESPESAS DEPARTAMENTAIS > TRABALHO DA DISCIPLINA Accountability e Custos Controláveis Cada responsável, desde o menor nível de decisão da hierarquia, deve ter seu próprio orçamento. O fundamento dessa responsabilidade é o conceito de custo controlável, onde devemos orçamos para cada centro de custo (setor e departamento) unicamente os custos gerenciados e controlados pelo responsável. Em linhas gerais, accountability é a responsabilidade do gestor de prestar contas de seus atos ou a obrigação de reportar os resultados obtidos (Nakagawa, 1999, p. 208). 07 > ORÇAMENTO DE DESPESAS DEPARTAMENTAIS > TRABALHO DA DISCIPLINA Rateio de Despesas Departamentais Algumas despesas são de uso comum, os gastos são efetuados de uma só vez para uso de duas ou mais áreas. Exemplos: Serviço de limpeza predial, custos com água, eletricidade de escritórios compartilhados, etc. Como regra geral de Accountability devemos evitar ao máximo rateios. O mais adequando é que a área responsável pelo contrato do serviço fique com o controle da despesa. 07 > ORÇAMENTO DE DESPESAS DEPARTAMENTAIS > TRABALHO DA DISCIPLINA Relacione as despesas abaixo nos departamentos conforme os critérios de Accountability. Fonte: Exercício do Autor 5. Accountability 10 min 07 > ORÇAMENTO DE DESPESAS DEPARTAMENTAIS > TRABALHO DA DISCIPLINA Limpeza dos Escritórios Materiais de Produção Ferramentas de Produção Publicidade e Propaganda Software e Armazenamento Treinamentos Despesas Bancárias Energia dos Escritórios Veículos dos Executivos Redes Sociais Manut. Predial Industrial Diretoria RH Financeiro TI Marketing Características Comportamentais dos Gastos Dentre as características, a principal é de que a variação de seu valor tem relação com alguma outra variável (interna ou externa). Cada despesa deve ser orçada segundo suas características comportamentais no intuito de ter maior assertividade na previsão. De modo geral, a experiência empresarial é suficiente para a classificação dos custos em relação a seu comportamento diante das diversas variáveis. 07 > ORÇAMENTO DE DESPESAS DEPARTAMENTAIS > TRABALHO DA DISCIPLINA Determinação do Comportamento dos Custos Analise da relação entre o Volume de Produção em Quantidade e os Custos Fixos e Variáveis 07 > ORÇAMENTO DE DESPESAS DEPARTAMENTAIS > TRABALHO DA DISCIPLINA Premissas Orçamentárias (Fatores de Ajuste) 07 > ORÇAMENTO DE DESPESAS DEPARTAMENTAIS > TRABALHO DA DISCIPLINA Exemplos de Premissas com Dados-Base 07 > ORÇAMENTO DE DESPESAS DEPARTAMENTAIS > TRABALHO DA DISCIPLINA A turma será dividida nos grupos, conforme distribuição realizada em aulas anteriores. Fonte: Exercício do Autor Trabalho em Grupo 45 min 07 > ORÇAMENTO DE DESPESAS DEPARTAMENTAIS > TRABALHO DA DISCIPLINA As salas serão criadas e os alunos devem entrar na sala com a numeração do seu grupo. Os alunos terão o time-box ao lado para trabalhar na atividade da disciplina. Gestão Financeira e Orçamentária Trabalho – 29/09/2021 Avaliação – 06/10/2021 Fernando Nunes | 2021 Missão: Expandir a experiência acadêmica aliada à responsabilidade socioambiental, formando pessoas para transformar o mundo. TRABALHO > PROVA
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