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Introdução a radiologia veterinária

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Introdução a Radiologia Veterinária 
- Os raios X foram descobertos em 8 de novembro 
de 1895 por Wilhelm Conrad Roentgen, um físico 
alemão. Esta nova modalidade foi colocada em prática 
rapidamente para fins médicos. Mais de 110 anos após 
esta descoberta, os raios X continuam a ser 
amplamente utilizados na radiografia e tomografia 
computadorizada em pessoas e animais. 
- Qual a melhor forma de usar raixo x sem causar 
muito malefícios? – usar a menor quantidade possível 
de radiação 
 
Princípios físicos da radiologia 
 
Raios X e raios gamas 
- Os raios X e raios gama fazem parte de um espectro 
de radiação eletromagnética (junção de campo 
magnético com campo elétrico que se propaga no 
vácuo transportando energia sob a forma de radiação 
eletromagnética) 
. A única distinção entre eles é a sua fonte, onde raios 
X são produzidos pela interação de elétrons fora do 
núcleo, e raios gama são liberados a partir de núcleos 
instáveis com excesso de energia. 
- A energia de um raio X depende da energia do 
elétron que interage com um átomo. 
 
Propriedades do raio x 
- Não possuem carga 
- Não possuem massa 
- Propagam-se à velocidade da luz 
- São invisíveis 
- Não podem ser sentidos 
- Viajam em uma linha reta 
- Não podem ser desviados por campos magnéticos 
- Penetram, em algum grau, toda a matéria 
- Fazem com que certas substâncias se tornem 
fluorescentes 
- Podem expor emulsões fotográficas 
- Podem ionizar átomos 
 
Radioproteção 
- O objetivo na radiologia diagnóstica é obter o 
máximo de informações diagnósticas com exposição 
mínima à radiação do paciente, funcionários e público 
em geral. 
- “Longe da vista, longe do coração”, seria uma espécie 
de “o que os olhos não veem o coração não sente”, 
pois pelos raios x não serem vistos ou sentidos alguns 
profissionais ignoram o potencial perigoso da 
exposição aos raios no trabalho, desenvolvendo uma 
atitude arrogante e colocando a si e aos seus 
funcionários em risco. 
 
Abordagem descuidada para radiografia. O 
radiologista foi negligente e não usou as luvas de 
proteção, levando à exposição dos dedos ao feixe 
primário de raios X. Estes hábitos descuidados são 
perpetuados por causa das propriedades furtivas dos 
raios X e conduzem à exposição pessoal desnecessária 
que poderia tornar-se biologicamente significante. 
Dose absorvida e equivalente 
- Cada tecido tem uma capacidade máxima de 
absolver a radiação x. Essa capacidade se chama dose 
absorvida, já a menor dose de radiação para fazer uma 
imagem se chama dose equivalente. 
 Dose absorvida: capacidade máxima de 
radiação que o tecido consegue absorver 
 Dose equivalente: menor dose de radiação 
possível para fazer a imagem 
 
- Exposição à radiação e absorção de radiação não são 
as mesmas. Alguns tecidos absorvem a radiação de 
forma mais eficaz do que outros, o que significa que 
a mesma dose de exposição pode resultar em 
diferentes doses absorvidas. Além do que os efeitos 
biológicos da mesma dose absorvida também pode 
ser diferente. 
 
Dois materiais foram expostos a um mesmo número 
de fótons de raios X, representados pelas setas. Assim, 
a dose de exposição é a mesma para ambos, porém a 
eficiência de absorção dos raios X não é a mesma. O 
material à esquerda absorve mais do que o material 
à direita, sendo assim sua a dose absorvida é maior 
apesar de a dose de exposição ser a mesma. Um 
exemplo na vida real deste fenômeno é um membro, 
no qual o osso seria o absorvente de alta eficiência e 
a gordura ou o músculo, o absorvente de baixa 
eficiência. 
 
Segurança da radiação 
- São baseados no estabelecimento de diretrizes para 
evitar a exposição indesejável e desnecessária à 
radiação ionizante. 
- A proteção é importante pois um baixo nível de 
exposição à radiação é permitido e não levará a 
anormalidades observáveis ou doença, porém se 
passar do recomendado pode gerar efeitos adversos. 
- Os efeitos adversos podem ser classificados como 
determinístico ou estocástico. 
 Efeitos determinísticos: têm um limite de 
dose. Abaixo de uma dose não há efeito, mas 
acima da dose limiar a gravidade do efeito 
está relacionada com a dose. Cataratas 
induzidas por radiação são um exemplo. 
 Efeitos estocásticos (aleatórios): não têm 
limite de dose, e a gravidade do efeito é 
independente da dose. Câncer induzido por 
radiação é um exemplo. 
 DMP (dose máxima permissível): quantidade 
máxima de radiação absorvida que pode ser 
administrada a um indivíduo e ainda ser 
considerada segura. 
 
Embora o efeito de doses muito baixas de radiação 
não seja bem esclarecido qualquer quantidade de 
radiação terá algum efeito sobre o indivíduo, e tomar 
medidas para minimizar a sua dose abaixo da DMP é 
importante. Uma analogia pode ser feita com um 
indivíduo que fuma um cigarro apenas uma vez por 
mês. Não há evidência de que danos físicos resultem 
desta frequência de tabagismo, mas com o aumento 
da frequência a probabilidade de danos físicos 
aumenta em virtude de um efeito cumulativo. 
 
ALARA – “as low as reasonably achievable” 
- Significa “tão abaixo quanto razoavelmente possível” 
- É usado para limitiar a exposição a radiação o 
máximo possível 
 
Os pilares da ALARA são: 
 Distância: ir para o mais longe do foco 
 Tempo: se expor o menor tempo possível. Pode 
ser feito um rodizio da equipe para não deixar 
uma mesma pessoa em contato com a 
radiação direto 
 Blindagem: usar estruturas que conseguem 
absorver toda radiação x formando uma zona 
segura. Roupas de proteção, luvas, óculos, 
protetores de tireoide também são métodos 
de blindagem 
 
Exemplos de más condutas 
 
- A: o médico está segurando a cabeça do animal sem 
luvas, deixando sua mão justamente no feixe primário 
que é onde o raio é mais potente. Mesmo que 
estivesse com luvas não é certo ficar com o corpo 
nessa região do raio x, pois a luva é feita pra quem 
fica próximo ao feixe primário (no feixe secundário) 
e não em debaixo dele. 
- B: o médico está segurando as orelhas do animal 
sem luvas. Embora a mão esteja na zona secundária, 
nessa parte a radiação não é tão potente quanto na 
primária, porém ela não deixa de existir, sendo 
necessário usar a luva 
- C: ao invés de usar luvas está sendo usado um 
avental, o que não protegeu em nada a mão do 
médico. Além disso ele está com a mão sobre o feite 
primário, zona que já foi dita anteriormente que não 
se deve ficar. 
- E: ao invés de calçar a luva o médico apenas a 
colocou por cima da mão, o que não esta protegendo 
em nada, já que depois que é emitida a radiação 
incide sobre os objetos e é refletida por todo lado. 
 
Regras básicas de segurança da radiação 
- Apenas o pessoal envolvido no procedimento deve 
ficar na sala de raios X no momento da exposição. 
- Pessoas menores de 18 anos e mulheres grávidas 
não devem permanecer na sala de raios X durante o 
exame. 
- As pessoas que auxiliam os exames radiográficos 
devem trabalhar em esquema de rodízio, para 
minimizar a exposição para qualquer pessoa. 
- Sacos de areia, esponjas, fitas, ou outros materiais 
para contenção devem ser usados para posicionar o 
paciente ao invés da contenção manual. 
- Anestésicos ou tranquilizantes devem ser usados, 
sempre que possível, para facilitar a contenção do 
paciente. 
- Nenhuma parte do corpo do tecnólogo deve estar 
no feixe primário, protegida ou não por luvas ou 
aventais. 
- Aventais de proteção devem sempre ser usados ao 
posicionar um animal. 
- Luvas de proteção devem ser usadas se as mãos 
são colocadas próximas do feixe primário. 
- Óculos de proteção devem ser usados se a carga de 
trabalho for pesada ou quando radiografar animais de 
grande porte. 
- Protetores de tireoide devem ser considerados. 
Estes são “miniaventais” que são usados ao redor do 
pescoço para proteger a glândula tireoide. 
- O feixe primário deve ser colimado de modo que 
cada filme tenha uma margem não exposta, provando 
que o feixe primário não exceda o tamanho do 
cassete.- Todo o pessoal envolvido com a radiografia do 
paciente deve usar um crachá de radiação durante o 
horário de trabalho. 
- O procedimento radiográfico deve ser 
cuidadosamente planejado e os ajustes do aparelho 
devem ser checados duas vezes. 
 
Formação da imagem radiográfica 
- Os raios x são produzidos em um equipamento 
chamado tubo de raios x quando elétrons em alta 
velocidade atingem metais. 
 
Tubo de raio x 
 
 
Tubo dentro da ampola 
 
- Não existe nenhuma estrutura radioativa dentro da 
ampola de raio x, ela não fica emitindo radiação 
enquanto está desligada. 
- Dentro do tubo existem dois polos: o anodo (polo 
positivo) e o catodo (polo negativo) 
- A interação entre a roda de metal e os elétrons 
gera a radiação x e calor, por isso a necessidade do 
óleo de resfriamento e a placa de chumbo para que 
evitar que a radiação vaze. 
 
Miliamperagem – MaS: quantidade de radiação x 
(quantidade de elétrons presente) 
Kilovoltagem – Kv: potência do raio (quantidade de 
elétrons jogados na roda de metal) 
 
 
 
Colimador: componente capaz de limitar o campo de 
incidência da radiação de modo que fique de tamanho 
ideal para realizar a imagem 
 
Formação da imagem radiográfica 
Dispersão coerente – é eu usar menos do que preciso 
- Muda a direção, sem absorção 
- Não auxiliam na formação da imagem 
- Radiação dispersa 
 
Efeito fotoelétrico – radiação perfeita 
- Leva a formação da imagem 
- Absorção completa do feixe de raio x 
- Formação do fotoelétron 
 
Dispersão de Compton – é eu usar mais do que 
preciso 
- Maneira da radiação dispersa 
- Fóton de raio x é disperso em outra direção 
 
Técnica radiográfica 
Como calcular a Kv 
Kv = E x 2 + CF 
Kv= kilovoltagem 
E = espessura 
CF = constante do filme (normalmente entre 20 e 
40) 
 
- Não se usa Kv menor do que 60 por questão de 
proteção; se usa sempre acima de 60 
 
Como calcular a MaS 
Para osso: MaS = Kv 
Para abdômen: MaS = Kv x 2 
Para tórax: MaS = Kv/10 
 
Distorção da imagem – tomar cuidado com ela 
 
- Tentar deixar o mais reto possível para a imagem 
sair o mais real possível; a contenção deve ser bem 
feita para evitar distorções. 
- A imagem ao lado por exemplo era pra está com os 
dois fêmur iguais, mas pelo mau posicionamento o 
fêmur esquerdo saiu menor na imagem. 
 
 
- Não se usa raio x com uma posição só, é necessário 
pelo menos duas posições que se complementem pra 
formar uma imagem tridimensional, pois pode ocorrer 
distorções como por exemplo essa faca que não está 
dentro do animal, mas ele apenas está deitado por 
cima. 
 
Terminologia radiográfica 
Densidades radiográficas 
 
- Ar 
- Gordura 
- Água 
- Osso 
- Metal 
 
Radiopaco - Como se chama o branco no raio x 
Radioluscente – Como se chama o preto no raio x 
 
- As vezes algumas estruturas não são visíveis no 
raio x (sem o uso de contraste) pois por terem 
densidades parecidas acabam se misturando na hora 
da visualização 
 
- Por exemplo na imagem o coração e pulmão não 
ficaram visíveis por conta de um acumulo de liquido 
na cavidade torácica 
 
Efeito silhueta 
- É quando duas estruturas da mesma densidade 
estão em contato, fazendo suas margens percam 
definição, sendo visível como se fosse tudo uma única 
estrutura 
 
 
Efeito de adição 
- É quando duas estruturas estão sobrepostas 
 
 
Projeções radiográficas
 
- O nome da projeção se dá pelo local que o raio 
entrou e o local que ele saiu. Por exemplo: animal de 
barriga pra cima = projeção ventro-dorsal. 
 
Interpretação radiográfica 
Sinais de roentger 
- Tamanho 
- Forma 
- Localização 
- Número 
- Contornos 
- Radiopacidade 
“TA.. FO. LO. NU. CON. RA”

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