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Terapêutica 2 Farmacologia Letícia Leão Antifúngicos: Infecções fúngicas (micoses): Mais difíceis de tratar por: crescimento lento dos fungos, ocorrência em tecidos de difícil acesso, tempo de tratamento longo Geralmente associadas à pele e anexos Fungos: Célula eucarionte e sem mobilidade Podem viver em comensalismo com humano O aumento do uso de antibióticos gerou também aumento do número de infecções fúngicas, devido a diminuição das bactérias que competiam com os fungos. Aumento das infecções oportunistas Grupo de risco para infecções fúngicas: Idosos Diabéticos Gestantes Pós queimadura Imunossuprimidos (quimioterapia, corticoides...) Uso de catéteres Infecções fúngicas superficiais: 1. Dermatomicoses: pele, cabelo e unhas- tinhas 2. Candidíase: boca, vagina, esôfago... 3. Mais graves e sistêmicas: meningite, endocardite, mucormicose rinocerebral, blastomicose, histoplasmose Fármacos: Polienos e equinocandinos Azois e pirimidinas fluoradas Inibidores da estabilidade da membrana fúngica: Anfotericina B: Streptomyces (é um antibiótico pelo conceito) Macrolídeo polienico Mecanismo de Ação: forma poros nas membranas por meio da ligação com o ergocolesterol. Esse poro interfere na permeabilidade da membrana e nas funções de transporte, causando alterações no equilíbrio iônico com perda de potássio. Gera lise do fungo. Padrão ouro para Aspergillus e Candida Farmacocinética: o Baixa lipossolubilidade o Seletividade ao ergosterol (pouco ao colesterol) diminuindo a toxicidade para o humano. o Pouca absorção VO o Uso tópico, EV, Intratecal, intraocular e intra-articular o Penetra pouco nos tecidos, no humor vítreo, LCR e liquido aminiótico. o Eliminação lenta (urina) Efeitos adversos: o Nefrotoxicidade o Hipocalemia e hipomagnesemia o Arritmias o Anemia o Comprometimento hepático o Trombocitopenia o Náusea, vômito, dor abdominal o Anafilaxia Obs: meningite fúngica: utilização de anfotericina B + outro, pois tem baixa penetração no LCR Obs: também é usada no tratamento da leishmaniose Terapêutica 2 Farmacologia Letícia Leão Formas disponíveis: Desoxicolato: mais usada e mais barata Lipossomal: menos toxicidade, mais caro. Nistatina: Mesmo MA da Anfotericina B Uso: cândida Não é absorvida (efeito local) Indicações: candidíase cutânea, oral, esofagiana e intestina Efeitos adversos: (raros) o Náusea, vômitos, diarreia o Dermatite Obs: Risco C para gestantes. Grisefulvina: Agente antifúngico de pequeno espectro MA: interfere na mitose pela ligação com os microtúbulos fúngicos. Indicação: infecções dermatofíticas da pele ou unhas quando o tratamento local for ineficaz Superada por outros medicamentos Farmacocinética: o VO; Absorção variável o Induz potencialmente as enzimas do citocromo P450 e causa várias interações farmacológicas. Efeitos adversos: o TGI: vômitos, dor abdominal, náusea o Cefaleia o Reações alérgicas Risco C para gravidas Equinocandinas: Baseados na equinocandina B MA: inibe síntese de um polímero necessário para a estrutura da parede celular. Sem ele, a parede perde sua forma e se destrói. Caspofungina IV: e anidulafungina Efeitos adversos: náusea, diarreia e exantema Inibidores da síntese do ergosterol: MA: inibem uma enzima fúngica 3A CYP450 que converte lanosterol em ergosterol. A depleção desse componente altera o funcionamento da membrana. Azóis: núcleos imidazol- cetoconazol, miconazol Núcleo triazol: Itraconazol, voriconazol, fluconazol Cetoconazol: Tóxico Recidiva comum VO e tópica; Boa absorção no TGI (ácido) Boa distribuição pelo corpo (menos SNC) Metabolização no fígado Excreção pela bile e urina Indicações: blastomicose, histoplasmose, coccidioidomicose, paracoccidiodoidomicose, dermatofitoses, tinea versicolor, candidíase mucocutânea, vulvovaginite por cândida, candidíase oral e esofagiana... Efeitos adversos: Toxicidade hepática TGI (náusea, vômitos, anorexia...) Prurido, exantema alérgico Diminuição da testosterona- ginecomastia em homens Interações: Ciclosporina e astemizol inibem CYP e aumentam a concentração de cetoconazol. Rifampicina e antiácidos diminuem a absorção desse fármaco. Fluconazol: VO, EV. Boa absorção Boa concentração no LCR, humor vítreo Usado na meningite fúngica Alcança tecidos vaginais, saliva, pele, unhas Eliminado sem alteração na urina Efeitos adversos: Náusea Cefaleia Terapêutica 2 Farmacologia Letícia Leão Dor abdominal Lesões de pele Hepatite Risco C para gestantes Itraconazol: Dermatófitos Lipossolúveis porem não vão para o LCR EV, VO Efeitos adversos: Hepatotoxicidade Cefaleia Prolongamento do intervalo QT (arritmias) (contraindicado para insuficiência cardíaca) Reações alérgicas Interações com relação ao CYP Indicações: candidíase, dermatomicoses, onicomicoses, aspergilose, criptococose, histoplasmose, esperotricose... Caterogia C para gestantes Miconazol: Tópico: oral e EV Alcança ossos, articulações e pulmão Não vai para o SNC Inativado no fígado Indicações: tinea, onicomicoses. Efeitos adversos: Prurido, urticária Discrasia sanguínea Hiponatremia Lesão hepática Contraindicação: paciente com função hepática comprometida e risco C gestantes Outros azóis: Clotrimazol, econazol, tioconazol, sulconazol- uso tópico Clotrimazol: MA: interfere no transporte de aa Podem ser somados aos AIES Posaconazol e voriconazol: aspergilose Flucitosina: VO Não é tão boa sozinha pois gera resistência rapidamente Associado a anfotericina MA: inibe a síntese de DNA Boa distribuição no LCR Efeitos adversos: TGI, anemia e neutropenia Terbiafina: Uso tópico ou VO (boa absorção) MA: inibe enzima que sintetiza ergosterol Indicações: dermatofitoses citaneas e onicomicose. Efeitos adversos: cefaleia, prurido, erupções cutâneas, tonturas e dores articulares. Obs: contraindicado: gestantes, nefropatas e hepatopatas.
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