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Antifúngicos e Antiparasitários

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1 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
aul� 9 - farmacologi�
Antifúngicos e Antiparasitários
Antifúngicos
Considerações
•Infecção por fungos: micose
- São com frequência crônicas
•As infecções podem ser super�iciais, subcutâneas
ou sistêmicas
•Fungos: células eucarióticas de vida livre sem
mobilidade
- Parede celular (quitina)
- Memb. Plasmática: ergosterol
•Infecções oportunistas: acomete principalmente
imunodeprimidos
- HIV, transplantados, quimioterapia, idosos,
gestantes
•Ação fungistático (inibe o crescimento) ou
fungicida (mata o fungo)
•Infecções fúngicas são resistentes a ATBs
Atenção
O uso generalizado de antibióticos de amplo
espectro erradicam populações de bactérias não
patogênicas as quais, em geral, competem com os
fungos pelos recursos nutricionais. Dessa forma,
há um aumento na incidência de infecções
fúngicas sistêmicas secundárias graves.
Classi�icação
Antifúngicos naturais
- Polienos
- Equinocandinas
Antifúngicos sintéticos
- Azóis
- Pirimidinas
- Fluoradas
Mecanismo de ação
✓Inibidores da síntese de ácidos nucleicos
- Flucitosina
✓Inibidores da mitose dos fungos
- Griseofulvina
✓Inibidores da estabilidade da membrana
- Anfotericina B
- Nistatina
✓Inibidores da via de síntese do ergosterol
- Azóis
- Inibidores da esqualeno epoxidase
✓Inibidores da síntese da parede celular
- Equinocandinas
Infecções super�iciais - Fármacos tópicos
Infecções sistêmicas - Fármacos orais
*Não é uma regra geral. A depender do caso,
pode-se fazer associação de preparações tópicas +
orais.
Infecções fúngicas clinicamente importantes
•Cryptococcus neoformans
•Candida albicans
•Aspergillus fumigatus
•Histoplasma capsulatum
Mic���� su���tâne�� � �is�êmi���
Considerações
2 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
São infecções graves
- Candidíase: mais comum
- Meningite criptocócica
- Mucormicose rinocerebral
- Aspergilose pulmonar
- Blastomicose
- Histoplasmose
- Paracoccidioidomicose
Anfotericina B
•Antifúngico natural
•Pode ser fungicida ou fungistático (depende do
microrganismo e [ ])
Fármaco de escolha para tratamento de micoses
sistêmicas
Mecanismo de ação
O fármaco se liga ao ergosterol nas MP das células
fúngicas. Ali ela forma poros que desorganizam a
função da membrana, permitindo o vazamento de
eletrólitos (potássio) e algumas moléculas
resultando em morte da célula.
Mecanismo de resistência: (infrequente)
- Está associada à diminuição do conteúdo de
ergosterol na membrana fúngica.
Espectro de ação (amplo)
Infecções invasivas graves
•Candida albicans
•Histoplasma capsulatum
•Cryptococcus neoformans
•Coccidioides immitis
•Blastomyces dermatitidis
•Aspergillus
*Utilizado no tratamento da Leishmaniose
(protozoário)
Farmacocinética
•Administração: infusão IV lenta, oral (infecção no
TGI superior)
•Apresentação: convencional e lipossomal
•Preparação lipossomal (não é solúvel em água)
- Reduz a toxicidade de infusão e renal
- Possui alto custo e é reservada para
paciente que não toleram a Anfotericina B
convencional
•Ampla distribuição pelo organismo
- É encontrada em baixas [ ] no LCR, olho e
líquido amniótico
•Liga-se intensamente às proteínas plasmáticas
•Atravessa a barreira placentária
•Excreção renal e biliar
*Não é necessário o ajuste de dose em hepatopatas
Efeitos adversos
•Febre e calafrios (1 a 3h após início da adm. IV)
- Pré-medicação com corticosteróide ou
antipirético ajuda na prevenção desse
problema
•Lesão renal (insu�iciência renal em doses
elevadas)
•Hipotensão
•Trombo�lebites (adm. heparina à infusão alivia)
•Anemia
*Evitar utilizar drogas em pacientes que utilizem
fármacos que provoquem �lutuações na [ ] de
potássio (digoxina)
Tem baixo índice terapêutico
✓Convencional: Dose total diária não deve
exceder 1,5 mg/kg/dia
✓Formulação lipídica: pode ser administrada até
10 mg/ kg/dia
Flucitosina (5-FC)
3 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
•Antifúngico sintético
•Antimetabólito
•Fungistático
•Pode ocorrer resistência com uso repetido
Mecanismo de ação
O fármaco entra na célula fúngica através de uma
enzima (citosina-especí�ica), que não está presente
nas células dos mamíferos. Após entrar na célula, o
fármaco se transforma em outros compostos
(5-�luorouracila (5-FU) e 5-�luorodesoxiuridina
5-monofosfato) que interrompem a síntese de
ácidos nucleicos e proteínas.
*A anfotericina B aumenta a permeabilidade celular,
permitindo que mais 5-FC entre na célula e gere
efeitos sinérgicos.
Mecanismo de resistência: diminuição dos níveis
das enzimas que convertem 5-FC em 5-FU ou pelo
aumento da síntese de citosina.
Não é utilizado como antifúngico único -
RESISTÊNCIA
*Deve ser associado a outro medicamento.
Espectro de ação
*Seu espectro é limitado. Atua principalmente
contra leveduras)
•Cryptococcus neoformans
•Candida spp
•Rhodotorula spp
•Saccharomyces cerevisiae
Uso clínico
•Cromoblastomicose (causa infecções cutâneas e
subcutâneas)
- 5-FC + Itraconazol
•Micoses sistêmicas e meningite (C. neoformans e C.
albicans)
- 5-FC + anfotericina B
•Candida no trato urinário
- Utilizado quando o uso de �luconazol não é
apropriado
Farmacocinética
•Bem absorvida por VO
•Ampla distribuição corporal (penetra bem no LCR)
•Excreção renal
- É necessário o ajuste de doses em pacientes
com disfunção renal.
•A 5-FC deve ser administrada por VO em quatro
doses divididas (25 mg/kg em intervalos de 6
horas) em pacientes adultos e pediátricos.
Efeitos adversos
•Neutropenia
•Trombocitopenia
•Depressão dose-dependente da MO
•Nefrotóxico
•Disfunção hepática (reversível)
- Elevação sérica das transaminases e
fosfatase alcalina
•Náuseas, vômitos, diarréia
•Enterocolite grave
•Teratogenicidade (evitar durante a gravidez)
*Cautela ao utilizar esse medicamentos em
pacientes submetidos à radiação, quimioterapia ou
que utilize algum fármaco supressor da MO
Atenção
É importante medir as [ ] séricas de 5-FC após 3 a
5 dias de terapia para reduzir os riscos de
toxicidade, principalmente a hematológica.
Interações medicamentosas
•Hidróxido de alumínio e Hidróxido de magnésio
(atrasam a absorção de 5-FC)
•Medicamentos com toxicidade semelhante:
zidovudina, ganciclovir ou
trimetoprim-sulfametoxazol
Terapia combinada
Anfotericina B
+ 5-FC
Pneumonia criptocócica grave
Meningoencefalite
Candidíase invasivas
5-FC + Meningoencefalite criptocócica
4 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
Fluconazol
Azóis
•Fungistáticos
•O tratamento prolongado causa resistência
•Terapia de 1ª linha para infecções fúngicas graves
*Esses fármacos são mais utilizados, pois possuem
menos efeitos colaterais comparados a Anfotericina
B.
São compostos por duas classes de fármacos:
✓Imidazóis: administração tópica. Utilizado para
tratamento de infecções cutâneas
✓Triazóis: administração sistêmica. Utilizados para
tratamento ou pro�ilaxia de infecções cutâneas ou
sistêmicas
- Fluconazol, itraconazol, posaconazol e
voriconazol.
Mecanismo de ação
Eles inibem a C-14 α-desmetilase (uma enzima
CYP450), bloqueando, assim, a desmetilação do
lanosterol em ergosterol, o principal esterol das
membranas dos fungos. A inibição da biossíntese do
ergosterol desorganiza a estrutura e a função da
membrana, inibindo o crescimento da célula
fúngica.
Mecanismo de resistência
•Mutações no gene da C-14 α-desmetilase, o que
diminui a ligação dos azóis
•Bombas de e�luxo
Uso clínico
• Candidíase
• Aspergilose
• Criptococose
• Histoplasmose
• Blastomicose
• Coccidioidomicose
• Pro�ilaxia de infecções fúngicas invasivas
Interações farmacológicas
•Alguns azóis são biotransformados pela CYP3A4 e
CYP450
•Todos os azóis inibem a isoenzima hepática
CYP3A4 em graus variados.
- Pacientes em uso de medicação
concomitante que são substratos para essa
enzima podem ter suas [ ] aumentadas
(maior risco de toxicidade)
•Rifampicina (indutor do CYP450)
•Ritonavir (inibidor potente do CYP450)
Contraindicação: Gestação (teratogênicos)
Fluconazol
•Classe: triazol
•Espectro limitado a leveduras e alguns fungos
dimór�icos
•Altamente ativo contra C. neoformans e Candida
(C. albicans e C. parapsilosis)
•Resistência:C. krusei e C. glabrata
Uso clínico
•Pro�ilaxia de infecções fúngicas invasivas e
receptores de transplante de medula
•Fármaco de escolha contra C. neoformans
•Tratamento da candidemia
- É e�icaz contra a maioria das formas
mucocutâneas da candidíase
•Coccidioidomicose
Não tem utilidade no tratamento da aspergilose
ou da zigomicose.
Farmacocinética
5 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
•Formas de administração: IV e VO
•Bem absorvido por VO
•Distribuição ampla pelo corpo (líquidos e tecidos)
•Excreção renal (ajuste de dose em pacientes com
disfunção renal
Efeitos adversos
•Náuseas, vômitos
•Cefaléia
•Urticária
•Hepatotoxicidade (cautela em uso nos
hepatopatas)
Itraconazol
•Classe: triazol
•Amplo espectro
Uso clínico
•Fármaco de escolha para o tratamento de
blastomicose, esporotricose, paracoccidioidomicose
e histoplasmose.
*Raramente utilizado para o tratamento de
infecções por espécies de Candida e Aspergillus
Farmacocinética
•Formas de administração
- Cápsula (VO): deve ser ingerido com
alimento e uma bebida ácida (melhora a
absorção)
- Solução oral: deve ser tomada com o
estômago vazio (o alimento diminui a
absorção)
•Boa distribuição corporal (ossos, tecido adiposo)
•Excreção renal e nas fezes
•Metabolismo hepático
Efeitos adversos
•Náuseas, vômitos
•Urticária, edema
•Hipopotassemia
•Hipertensão, cefaléia
•Hepatotoxicidade (quando administrado com
outros fármacos que afetam o �ígado)
Possui efeito inotrópico negativo. Deve ser
evitado em pacientes com evidência de disfunção
ventricular (insu�iciência cardíaca)
Posaconazol
•Classe: Triazol
•Amplo espectro
Uso clínico
•Tratamento e pro�ilaxia de infecções invasivas por
Candida e Aspergillus em pacientes gravemente
imunocomprometidos.
•Tratamento de infecções fúngicas invasivas
causadas por Scedosporium e Zygomycetes.
Farmacocinética
•Formas de administração: Suspensão oral,
comprimidos, IV
•Possui baixa disponibilidade oral (deve ser
administrado junto com alimentos)
•Possui meia-vida longa (comp. 1x ao dia)
Efeitos adversos
•Náuseas, vômitos, diarréia
•Cefaléia
•Elevação sérica das transaminases hepáticas
*Fármacos que alteram o PH gástrico como IBPs
podem diminuir a absorção deste medicamento
- Evitar uso quando possível
Contraindicações
*O posaconazol inibe intensamente a CYP3A4.
Dessa forma, deve-se evitar o uso concomitante com
os fármacos:
- alcalóides do ergot
- atorvastatina
- citalopram
- risperidona
- pimozida
- quinidina
Voriconazol
6 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
•Classe: Triazol
•Amplo espectro
Farmacocinética
•Formas de administração: VO, IV
•Alta biodisponibilidade oral
Equinocandinas
Mecanismo de ação: interfere na síntese da parede
celular fúngica (inibe a síntese de
b-(1,3)-D-glicano), levando à lise e à morte celular.
Representantes
•Caspofungina
•Micafungina
•Anidulafungina
•Boa penetração em todos os tecidos
•Metabolismo hepático (CYP450)
Uso clínico
•Tratamento de candidíase invasiva
•Fármaco de escolha contra aspergilose invasiva
•Tratamento de infecções graves causadas por
espécies de Scedosporium e Fusarium
Efeitos adversos
•Em altas [ ] podem causar alucinações visuais e
auditivas
•Hepatotoxicidade
Vantagens
Possui atividade contra (Candida spp, C. glabrata
e C. Krusei) - resistentes ao �luconazol
Baixo potencial de toxicidade renal e hepática
Poucas interações medicamentosas
7 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
*Classe mais tolerada (menos efeitos colaterais) e
mais segura
Farmacocinética
•Administração IV
•Dose única
Efeitos adversos
•Febre
•Urticária
•Flebite no local da injeção
•Reação tipo histamina (ruborização)
- Quando infundido muito rapidamente
Caspofungina
Primeira opção para tratamento de candidíase
invasiva e candidemia em pacientes nos quais a
anfotericina B ou o azol falharam ou não foram
tolerados.
*Não precisa ajuste de dose na disfunção renal
*É necessário o ajuste de dose na disfunção
hepática
*Não deve ser administrada junto a ciclosporina
(aumento das transaminases hepáticas)
*Pode ser utilizada em crianças com mais de 3
meses de idade
- Candidíase esofágica, candidíase invasiva,
neutropenia febril
Micafungina e anidulafungina
Elas são opções de primeira linha para o tratamento
de candidíase invasiva, incluindo candidemia.
A micafungina também é indicada para a pro�ilaxia
de infecção invasiva por Candida em pacientes que
serão submetidos ao transplante de células-tronco.
8 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
*Não é necessário o ajuste de dose em pacientes
com disfunção renal e hepática
Mic���� cu�âne��
Infecções cutâneas super�iciais: dermató�itos, tinhas
•Lesão em forma de anel ou manchas arredondadas
com centros mais claros
•Infecções de pele, cabelo e unhas + candidíase
Tinea capitis Couro cabeludo
Tinha cruris Virilha
Tinea pedis Pés (pé de atleta)
Tinea corporis Corpo
Candidíase super�icial Boca (sapinho), vagina,
pele
Etiologia
•Trichophyton
•Microsporum
•Epidermophyton
Inibidores da esqualeno epoxidase
Mecanismo de ação - Atuam bloqueando a síntese de
ergosterol. O acúmulo de quantidades tóxicas de
esqualeno resulta em aumento da permeabilidade da
membrana e morte da célula fúngica.
Terbina�ina
•A terbina�ina oral é o fármaco de escolha para o
tratamento da dermató�ito-onicomicose (infecção
fúngica das unhas).
- Tratamento longo (3 meses)
•A terbina�ina oral também pode ser usada contra
tinea capitis (infecção do escalpo).
•Terbina�ina tópica (pomada, gel ou solução a 1%) é
usada para combater tinea pedis, tinea corporis
(ringworm) e tinea cruris (infecção da virilha).
Espectro de ação: Trichophyton, Candida,
Epidermophyton e Scopulariopsis
Farmacocinética
•Formas de administração: VO, tópica
•Extensamente ligada às proteínas plasmáticas
9 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
- Se deposita na pele, unhas e tecido adiposo
- *Se acumula no leite (não deve ser
administrado a lactantes)
•Meia-vida longa (200 a 400 h)
•Metabolização hepática (CYP450)
•Excreção renal
*Deve ser evitada em pacientes com disfunção renal
grave ou disfunção hepática
Efeitos adversos
•Diarréia
•Dispnéia
•Náuseas
•Cefaléia
•Urticária
•Elevação das transaminases hepáticas
•Distúrbios de paladar e visão
Nafti�ina: ativa contra Trichophyton, Microsporum e
Epidermophyton.
- Formas de administração: creme e gel (uso
tópico)
- Uso clínico: tinea corporis, tinea cruris e
tinea pedis (tratamento dura 2 semanas)
Butena�ina: ativa contra Trichophyton rubrum,
Epidermophyton e Malassezia.
- Uso tópico (pomada)
- Combate infecções por tinea
Griseofulvina
•Ação fungistática
•Tratamentos longos (6-12 meses)
Mecanismo de ação: causa ruptura do fuso mitótico e
inibição da mitose do fungo.
Uso clínico
•Onicomicose
•Dermato�itoses do escalpo e dos cabelos
Farmacocinética
•Bem absorvido pelo TGI
- A absorção aumenta com a ingestão de
alimentos rico em gordura
•O fármaco se concentra na pele, pêlos, unhas e
tecido adiposo
•Induz a atividade da CYP450 hepática
Contraindicação
•Gestantes
•Portadores de por�iria
Nistatina
Uso clínico: Infecções cutâneas e orais por cândida
Farmacocinética
•Baixa absorção pelo TGI
•Não é utilizada por via parenteral (IV) - toxicidade
sistêmica
•A administração é feita como um fármaco oral
(“gargarejar e engolir" ou "gargarejar e cuspir”)
- Candidíase orofaríngea (afta, sapinho)
•Intravaginal: candidíase vulvovaginal
•Tópica: candidíase cutânea
Efeitos adversos
•Náuseas, êmese (adm. oral)
•Irritação cutânea (adm. tópica)
Imidazóis
•Derivados dos azóis
Representantes
•Butoconazol
•Clotrimazol
•Econazol
•Cetoconazol
•Miconazol
•Oxiconazol
•Sertaconazol
•Sulconazol
•Terconazol
•Tioconazol
Uso clínico
•Tinea corporis
•Tinea cruris
•Tinea pedis
10 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
•Candidíase orofaríngea e Vulvovaginal
Efeitos adversos
•Uso tópico: irritação vulvar, dermatite de contato e
edema
Ciclopirox
Mecanismo de ação - o fármaco atua no transporte
de elementos essenciais na célula fúngica,
interrompendo a síntese de DNA, RNA e proteínas.
Espectro de ação
•Trichophyton
•Epidermophyton•Microsporum
•Candida
•Malassezia
Farmacocinética - Formas de administração:
injetável, xampu, pomada, gel, suspensão
Uso clínico
•Tinea pedis
•Tinea corporis
•Tinea cruris
•Candidíase cutânea
•Tinea versicolor
Tolnaftato
Mecanismo de ação - distorce as hifas e interrompe
o crescimento micelial dos fungos suscetíveis.
Espectro de ação
•Epidermophyton
•Microsporum
•Malassezia furfur
*Não é e�icaz contra candida
Uso clínico
•Tinea pedis
•Tinea cruris
•Tinea corporis
Farmacocinética
•Forma de administração (tópica): pó, creme e
solução a 1%
Antihelmínticos
Considerações
•A prevalência de infecções causadas por
verminoses é maior nos países tropicais pobres
•A maioria dos vermes vive no TGI, no entanto,
existem vermes que vivem em outros tecidos
Classi�icação dos vermes
Nematelminto Platelminto
11 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
Pri���p�i� ��l���tías��
Ascaridíase
Etiologia - Ascaris lumbricoides
- Mais comum
Transmissão - Ingestão de água ou alimentos
contaminados com ovos de Ascaris.
Manifestações clínicas
*A maioria dos pacientes é assintomático.
•Síndrome de Loef�ler - sintomas respiratórios
(tosse seca, dispnéia, chiado no peito, escarro com
sangue e desconforto subesternal)
- Ciclo pulmonar da larva
•Sintomas intestinais - Desconforto abdominal,
náuseas, vômitos e diarréia
*Geralmente é autolimitada com o desaparecimento
dos sintomas de 5 a 10 dias.
Complicações - Obstrução intestinal,
comprometimento hepatobiliar e pancreático
(migração dos vermes para a árvore biliar e ducto
pancreático)
Tratamento - Benzimidazólicos
*TODOS os pacientes precisam ser tratados
(sintomáticos e assintomáticos)
Ancilostomíase
Etiologia - Ancylostoma duodenale e Necator
americanus.
Transmissão - Penetração das larvas �ilarióides na
pele
Manifestações clínicas
•Ciclo de Loss - Passagem das larvas pelo pulmão
- Síndrome de Loef�ler sintomas
respiratórios (tosse seca, dispnéia, chiado
no peito, escarro com sangue e desconforto
subesternal)
•Anemia (larvas retiram sangue da parede
intestinal)
•Erupção macupapular pruriginosa no local da
penetração das larvas
•Sintomas intestinais - Náusea, diarreia, vômito,
�latulência
Tratamento - Benzimidazólicos, Pamoato de
pirantel
Enterobíase
Etiologia - Enterobius vermicularis
*É mais comum em crianças de 5 a 10 anos
12 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
Transmissão - ingestão de água ou alimentos
contaminados com ovos ou pelo manuseio de
roupas de cama contaminados
Manifestações clínicas - Prurido perianal (migração
das fêmeas grávidas para o reto), náuseas, vômitos,
dor abdominal
Tratamento - Benzimidazólicos, Pamoato de
pirantel
*É importante realizar o tratamento de TODA a
família,
*Orientações: lavar bem as roupas de cama, cortar
as unhas e lavar as mãos com frequência.
Tricuríase
Etiologia - Trichuris trichiura
Transmissão - ingestão de água ou alimentos
contaminados com ovos
Manifestações clínicas - Disenteria, colite, prolapso
retal
*A maioria das infecções é assintomática
Tratamento - Benzimidazólicos, Ivermectina
Estrongiloidíase
Etiologia - Strongyloides stercoralis
Transmissão - Larvas �ilarióides penetram na pele
Manifestações clínicas - Erupção cutânea no local de
penetração das larvas, Síndrome de Loef�ler,
desconforto abdominal, diarréia, constipação,
anorexia
Complicação - Infecção disseminada e hiperinfecção
- Está geralmente associada a
imunossupressão
*A infecção pode ser crônica e assintomática por
anos
Tratamento - Ivermectina
Teníase
Etiologia - Taenia saginata(boi) e Taenia solium
(porco)
Transmissão - Ingestão de carne (porco/ boi)
infectada mal cozida
Manifestações clínicas - Náuseas, anorexia, dor
epigástrica
- Pode causar obstrução (apêndice, ducto
biliar e pancreático)
*A maioria das infecções é assintomática
Tratamento - Praziquantel
Esquistossomose
Etiologia - S mansoni, S japonicum, S haematobium
Transmissão - Cercárias penetram na pele
Manifestações clínica - febre de Katayama,
migração de ovos para órgãos
- Complicações: hipertensão portal
Tratamento - Praziquantel
An�i-he��ín�i��s
Benzimidazólicos
*Principais anti-helmínticos usados na prática
clínica
Representantes
•Mebendazol
•Tiabendazol
•Albendazol
Mecanismo de ação - atuam por meio da inibição da
polimerização da beta-tubulina helmíntica
(constituinte do citoesqueleto dos vermes), com
consequente redução do aporte da glicose
necessária para geração de ATP.
13 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
Albendazol
Espectro de ação
•Ascaridíase
•Enterobíase
•Tricuríase
•Neurocisticercose
•Ancilostomíase
*Tem ação precária na Estrongiloidíase
Farmacocinética
•Formas de administração: comprimidos e
suspensão
•Absorção irregular no TGI
•Sofre rápido metabolismo de primeira passagem
no �ígado (Sulfato de albendazol)
- Cautela em pacientes com disfunção
hepática
•Meia vida - 8 a 12 horas
•Excreção pelas fezes
*A posologia varia de acordo com o que se deseja
tratar
Efeitos colaterais
•Possui poucos efeitos colaterais
•Uso prolongado - elevação das transaminases,
icterícia, queda de cabelo, leucopenia e
plaquetopenia
Contraindicação
•Gestantes (teratogênico e embriotóxico)
•Crianças abaixo de 2 anos
Mebendazol
Espectro de ação
•Ascaridíase
•Enterobíase
•Tricuríase
•Ancilostomíase
•Toxocaríase
Farmacocinética
•Forma de administração - comprimido e xarope
•Baixa absorção intestinal (<10%)
•Meia-vida - 2 a 6 horas
•Excreção renal e biliar
*A posologia varia de acordo com o que se deseja
tratar
Efeitos colaterais (possui excelente tolerabilidade)
•Dor e distensão abdominal
•Diarreia
•Hiporexia
•Flatulência
•Náuseas e vômitos
Contraindicações
•Hipersensibilidade ao mebendazol
•Gestação
•Crianças menores de 1 ano
Tiabendazol
Espectro de ação
•Estrongiloidíase
•Larva Migrans Cutânea
Não deve ser prescrito para o tratamento de
Enterobíase, Ascaridíase, Tricuríase ou
Ancilostomíase, a não ser que não se disponha de
fármacos mais seguros.
Possui muitos efeitos colaterais
Farmacocinética
14 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
•Formas de administração - oral e tópica
•Rapidamente absorvido após ingestão
•Metabolização hepática
•Excreção renal
•Meia-vida - 1,2 hora
Efeitos colaterais
•Sonolência
•Náuseas
•Vômitos
•Sialorréia
•Dores abdominais
Contraindicações
•Gestantes
•Crianças com menos de 15 Kg
Uso com cautela
•Desnutrição
•Anemia grave
•Insu�iciência hepática ou renal
Ivermectina
Mecanismo de ação - imobilização dos vermes por
uma paralisia tônica da musculatura através da
ativação de canais de cloro sensíveis ao glutamato.
Espectro de ação
•Larva Migrans Cutânea
•Ascaridíase
•Escabiose
•Pediculose
Droga de escolha no tratamento da Estrongiloidíase
e Oncocercose
Farmacocinética
•Meia-vida - 16 horas
•Excreção fecal
*A posologia varia de acordo com o que se deseja
tratar
Efeitos colaterais
*Estão relacionados a carga parasitária e tempo de
evolução da doença
•Fadiga
•Náusea
•Vômitos
•Dor abdominal
•Erupção cutânea
No tratamento da Oncocercose os efeitos
adversos consistem na reação de Mazzotti que
começa no primeiro dia após a administração da
dose única oral e atinge o seu máximo no
segundo dia. A reação é causada pela morte das
micro�ilárias e não pela toxicidade do fármaco. A
clínica é de febre, cefaléia, tontura, sonolência,
fraqueza, erupção cutânea urticariforme, prurido,
diarreia, artralgia e mialgia, hipotensão,
taquicardia, linfadenite e edema periférico. Pode
ser controlada com aspirina e anti-histamínicos.
Contraindicações
•Hipersensibilidade à ivermectina
•Crianças menores de 5 anos
•Gestação
Atenção
A ivermectina aumenta a atividade do GABA.
Dessa forma, é melhor evitar o uso concomitante
de outros fármacos com efeitos semelhantes
(como barbitúricos, benzodiazepínicos e ácido
valpróico).
Praziquantel
Espectro de ação
•Cestódeos
•Trematódeos
•Esquistossomose**
15 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
Mecanismo de ação - O fármaco aumenta a
permeabilidade da membrana celular ao cálcio,
resultando em elevada contração, paralisia e morte
dos vermes.
Farmacocinética
•Rapidamenteabsorvido pelo TGI após uso oral
•Excreção urinária e biliar
•Meia-vida - 2 horas
Efeitos adversos
•Dor abdominal
•Anorexia
•Náuseas
•Tontura
•Cefaleia
*Podem surgir febre baixa, prurido, erupção
cutânea e eosino�ilia devido à liberação de proteínas
estranhas dos vermes mortos.
No tratamento da neurocisticercose pode ocorrer
nova reação neurológica ou exacerbação da
clínica já existente devido à in�lamação em torno
dos parasitas mortos no parênquima cerebral.
Contraindicações
•Gestação
•Cisticercose ocular
•Tarefas que exijam atenção mental (dirigir, operar
máquinas) - Sonolência
Oxamniquina
Uso clínico - Esquistossomose mansônica em
qualquer fase: hepatoesplenomegalia, fase aguda
(febre de katayama).
*Não é e�icaz contra o Schistosoma haematobium
ou Schistosoma japonicum.
Esquema terapêutico - 12 a 15mg/Kg, via oral,
dose única.
Mecanismo de ação - o fármaco provoca paralisia
dos vermes, fazendo com que eles se desprendam
das vênulas terminais e sejam deslocados para o
�ígado, onde morrem.
Farmacocinética
•Meia-vida - 2,5 horas
•Excreção renal
•Facilmente absorvido por VO
Efeitos adversos
•Tontura
•Sonolência
•Náuseas
•Vômitos
•Febre baixa
•Pigmentação alaranjada da urina
•Redução transitória da contagem dos leucócitos
•Elevação de enzimas hepáticas
•Eosino�ilia
•In�iltrados pulmonares transitórios, urticária e
febre em decorrência da morte dos parasitas e
liberação de antígenos
Contraindicações relativas
•Gestantes
•Crianças menores de 2 anos
•Tarefas que exijam atenção mental (dirigir, operar
máquinas) - sonolência
Dietilcarbamazina
Uso clínico
•Filariose
•Loíase
Esquema terapêutico
Loíase - 8 a 10mg/ Kg/dia divididos em 3 doses
diárias, por 21 dias.
Filariose - 6mg/Kg/dia em dose única ou
16 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
divididos em 3 doses diárias, durante 21 dias.
Mecanismo de ação - A Dietilcarbamazina imobiliza
as micro�ilárias e altera sua estrutura super�icial,
tornando-as mais sensíveis à destruição pelo
organismo do hospedeiro.
Farmacocinética
•Meia-vida - 2 a 3 horas
•Excreção renal
•Facilmente absorvido por VO
Efeitos adversos
•Cefaleia
•Mal-estar
•Anorexia
•Fraqueza,
•Náuseas
•Vômitos
*Ocorrem também eventos adversos em
consequência da morte dos parasitas como febre,
erupção cutânea, edema, dores musculares e
articulares e eosino�ilia.
Contraindicações
•Oncocercose (dano visual permanente)
•Cardiopatias
•Insu�iciência renal
•Gestação
Piperazina
Uso clínico - Tratamento alternativo para
ascaridíase
Esquema terapêutico - Ascaridíase 75mg/Kg/dia,
por via oral, durante 2 dias.
*Nas infecções maciças deve ser mantida por 3 a
4 dias ou repetida após uma semana.
*É usada também no tratamento não cirúrgico da
obstrução intestinal por Ascaris lumbricoides.
*Não é e�icaz no tratamento da Ancilostomíase,
Tricuríase ou Estrongiloidíase.
Mecanismo de ação - A Piperazina tem ação
anticolinérgica na junção mioneural, provocando
paralisia do verme que é então expulso pelo
peristaltismo intestinal.
Farmacocinética
•Meia-vida - 2 a 4 horas
•Excreção renal
•Facilmente absorvido por VO
Efeitos adversos
•Cefaleia
•Dor abdominal
•Anorexia
•Tontura
•Náuseas
•Vômitos
*Os pacientes com epilepsia podem sofrer
exacerbação das crises convulsivas.
Contraindicações
•Hipersensibilidade à droga
•Doenças hepáticas, renais e neurológicas
•1º trimestre da gestação
*Deve haver cautela no uso em pacientes com
diagnóstico de epilepsia e doenças neurológicas
crônicas.
Pamoato de pirantel
Mecanismo de ação - Provoca a paralisia dos vermes
pelo estímulo a receptores nicotínicos e inibição da
colinesterase. Após a paralisia os vermes são
expulsos pelo trato intestinal do hospedeiro.
Espectro de ação
•Enterobíase
•Ascaridíase
•Ancilostomíase
17 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
*Não é e�icaz na Tricuríase ou Estrongiloidíase.
Esquema terapêutico - 11mg/Kg em dose única
para tratamento da Ascaridíase e Enterobíase e
por 3 dias para o tratamento da Ancilostomíase.
Farmacocinética
•Meia-vida - 1 a 3 horas
•Excreção fecal
•Pouco absorvida no TGI
Efeitos adversos
•Cefaleia
•Dor e cólica abdominal
•Diarréia
•Sonolência
•Erupção cutânea
•Tontura
•Náuseas
•Vômitos
Contraindicações
•Hipersensibilidade à droga
•Doenças hepáticas (elevação das transaminases)
•Gestação
•Crianças menores de 2 anos
Pamoato de pirvínio
Uso clínico - Droga alternativa para Enterobíase
Esquema terapêutico - 10mg/ Kg, dose única, VO.
Mecanismo de ação - O fármaco interfere na
absorção de glicose exógena pelo intestino do
verme.
Farmacocinética
•Não é absorvido pelo TGI
•É totalmente eliminado pelas fezes
- Fezes �icam fortemente coradas (podem
manchar as roupas)
Efeitos adversos
•Náuseas
•Vômitos
•Cólicas
Contraindicações - Hipersensibilidade à droga
*Pode ser usado durante a gestação e lactação sob
orientação médica.
Antiprotozoários
Considerações
•Protozoários - microrganismos unicelulares
eucarióticos móveis
•Mais comuns em países subdesenvolvidos,
tropicais e subtropicais
Doenças causadas pelos protozoários
Amebíase
Etiologia - Entamoeba histolytica
*Transmissão fecal-oral
*A infecção pode ser aguda, crônica ou
assintomática
18 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
Manifestações clínicas
•Disenteria grave
•Colite amebiana fulminante
*A doença pode ser assintomática ou invasiva (E.
histolytica)
Tratamento
•Metronidazol
•Tinidazol
•Secnidazol
•Nitazoxanida
*TODAS as pessoas com infecção por E. histolytica
devem ser tratadas, mesmo na ausência de
sintomas, dado o risco potencial de desenvolver
doença invasiva e o risco de disseminação para
outros membros da família.
Classi�icação dos amebicidas
✓Luminais - atuam nos parasitas no lúmen do
intestino
✓Sistêmicos - são e�icazes contra as amebas na
parede intestinal e no �ígado
✓Mistos - são e�icazes contra as formas luminal e
sistêmica da doença
Metronidazol
*Amebicida misto
•Fármaco de escolha para o tratamento da
amebíase extraluminal
- Destrói os trofozoítas mas não os cistos de
E. Histolytica.
•Uso clínico - Amebíase, Trichomonas vaginalis,
cocos anaeróbios e bacilos gram-negativos
anaeróbios
- Fármaco de escolha para colite
pseudomembranosa
•Tratamento: Associar Metronidazol + Iodoquinol
ou paromomicina (maiores taxas de cura)
- Metronidazol: VO, 500 a 750mg a cada 8
horas, por 7 a 10 dias.
•Efeitos colaterais - náuseas, vômitos, tontura,
desconforto abdominal, gosto metálico, azia e
erupções cutâneas.
•Contraindicações - hipersensibilidade, gravidez e
lactação
•Evitar uso em pacientes leucopênicos, com
discrasias sanguíneas e pacientes com doenças do
SNC
Atenção
NÃO DEVE-SE INGERIR ÁLCOOL DURANTE O
TRATAMENTO
Efeito antabuse - caracteriza-se por desconforto
abdominal, rubor, vômitos e cefaleia e ocorre
quando o paciente ingere bebidas alcoólicas
durante o tratamento com metronidazol e outras
drogas.
Tinidazol
*Amebicida misto
•Tratamento
- 2g, via oral, uma vez ao dia por 3 dias
•Uso clínico - amebíases, abscesso amébico
hepático, giardíase e tricomoníase.
•Efeitos adversos - fadiga, mal-estar, tontura,
cefaleia, sabor metálico e náuseas.
•Contraindicações - hipersensibilidade à droga
•Evitar uso - gestantes e lactentes
Secnidazol
•Utilizado no tratamento da amebíase intestinal
•Administração oral
- via oral, na dose de 2g, dose única.
•Efeitos adversos - cefaléia, náusea, diarreia, dor
abdominal e vômitos.
•Contraindicações - Hipersensibilidade à droga e
gestantes
19 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
•Evitar uso durante a lactação
Nitazoxanida
•Utilizada no tratamento da diarreia causada pelo
Cryptosporidium parvum e Giardia lamblia
•Administração oral ou suspensão
- 1 comprimido, duas vezes ao dia por 3 dias
- Suspensão, 0,375ml (7,5mg) por kg, duas
vezes ao dia, durante 3 dias.
•Efeitos adversos - cefaléia, dor abdominal, náuseas
e urina esverdeada, diarreia, tontura, dispneia,
erupção cutânea e urticária.
•Contraindicações - hipersensibilidade, crianças
menores de 1 ano
*Pode ser usado na gestação após o 1º trimestre
Iodoquinol
*Amebicida luminal
•Uso clínico - E. histolytica eé e�icaz contra os
trofozoítos luminais e os cistos
•Efeitos adversos - urticária, diarreia e neuropatia
periférica (neurite óptica)
*O uso prolongado desse fármaco deve ser evitado
Paromicina
*Amebicida luminal
•Uso clínico - Amebíase (luminal), criptosporidiose
e a giardíase
•Efeitos adversos - desconforto gastrintestinal e
diarréia
Após completar o tratamento da doença amébica
invasiva intestinal ou extraintestinal, deve ser
administrado um fármaco luminal, como o
iodoquinol, o furoato de diloxanida ou a
paromomicina, para a eliminação de estados de
colonização assintomáticos.
Cloroquina
*Amebicida sistêmico
•Uso clínico - Abscessos hepáticos amebianos (não
é útil no tratamento da amebíase luminal), malária
•Tratamento - Associar com metronidazol
Desidroemetina
*Amebicida sistêmico
•Fármaco alternativo para tratamento da amebíase
•Formas de administração - IM, VO (irritante)
*Foi substituído pelo metronidazol (+ tóxico)
•Efeitos adversos - dor no local da injeção, náusea,
cardiotoxicidade (arritmias e insu�iciência cardíaca
congestiva), fraqueza neuromuscular, tonturas e
urticária.
Os amebicidas sistêmicos são úteis no tratamento
de abscessos hepáticos e infecções da parede
intestinal causados por amebas.
Giardíase
Etiologia - Giardia lamblia
*Transmissão - água e alimentos contaminados
(fecal-oral)
*Comum em crianças de creche e berçários e idosos
em asilos
*Os trofozoítos se localizam no intestino delgado
Manifestações clínicas
•Assintomático (+ comum)
•Diarréia
•Distensão abdominal
•Flatulências
•Diarréia crônica
•Má absorção (esteatorréia)
20 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
•Perda ponderal
Tratamento
•Metronidazol - via oral, na dose de 250mg, 3 vezes
ao dia ou 500mg, 2 vezes ao dia por 5 a 7 dias.
•Tinidazol - 2g, via oral, em dose única.
•Nitazoxanida - via oral na dose de 500mg a cada 12
horas por 3 dias.
Tricomoníase
Etiologia - Trichomonas vaginalis
*Doença sexualmente transmissível - causa vaginite
(mulheres) e uretrite (homens)
- Mulheres: corrimento vaginal abundante,
amarelo ou amarelo-esverdeado,
malcheiroso e bolhoso + ardência,
hiperemia e edema.
“Colo em framboesa”
Tratamento
•Metronidazol - 500mg, 2 vezes ao dia, por 7 dias.
•Tinidazol - 2g, via oral em dose única.
*Os parceiros devem ser tratados e as relações
sexuais devem ser suspensas durante o tratamento.
Toxoplasmose
Etiologia - Toxoplasma gondii
•Zoonose - os protozoários são eliminados nas fezes
de gatos contaminados
*Transmissão - ingestão de carne mal cozida (cistos
teciduais), ingestão de vegetais contaminados,
contato direto com fezes de gatos, infecção fetal
transplacentária (mãe com infecção aguda)
Manifestações clínicas
*Pessoas imunocompetentes são geralmente
assintomáticas, mas podem evoluir com infecção
sistêmica ou doença ocular.
•Febre
•Calafrios
•Cefaleia
•Mialgia
•Hepatoesplenomegalia
•Linfadenopatia cervical bilateral
•Erupção cutânea
A toxoplasmose aguda geralmente é autolimitada e
não necessita de tratamento. No entanto, os casos
que evoluem com sintomas graves ou prolongados
devem ser tratados.
A Toxoplasmose deve ser investigada através da
sorologia (IgG e IgM) durante o pré-natal devido
ao risco de Toxoplasmose congênita.
Tratamento
Associação dos fármacos:
•Pirimetamina - VO de 50 a 75mg/dia por 1 a 3
semanas.
- Contraindicação: Anemia megaloblástica
(↓folato)
*Ao primeiro sinal de urticária, a pirimetamina deve
ser suspensa, pois a hipersensibilidade a esse
fármaco pode ser grave
•Sulfadiazina - 1g para pacientes com menos de
60Kg ou 1,5g para aqueles com ≥60Kg, a cada 6
horas por pelo menos 6 semanas.
•Ácido folínico (protege contra a de�iciência de
folato)
Malária
Etiologia - Plasmodium (P. vivax, P. falciparum, P.
ovale e P. malariae)
21 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
Vetor - Mosquito fêmea Anopheles
Manifestações clínicas
•Febre
•Calafrios,
•Dores nas articulações
•Cefaleia
•Vômito repetitivo
•Convulsões generalizadas
•Anemia
•Esplenomegalia
•Icterícia
Os episódios repetitivos de febre resultam da
ruptura das hemácias com a liberação de
merozoítos e resíduos celulares.
- A depender da espécie de plasmodium a
febre pode ser terçã ou quartã, maligna ou
benigna.
P. falciparum 48 horas
Malária terçã maligna
*Espécie + perigosa
P. vivax 48 horas
Malária terçã benigna
*Espécie + branda
P. ovale 48 horas
P. malariae 72 horas
Malária quartã
Ciclo da malária
Os esporozoítos do Plasmodium são inoculados
na derme e entram na circulação após a picada do
mosquito Anopheles fêmea infectado. Estes
esporozoítos viajam até o �ígado, onde infectam
os hepatócitos. Os parasitos sofrem replicação
assexuada no interior dos hepatócitos, originando
esquizontes do estágio hepático. Ocorre uma
ruptura dos hepatócitos infectados, liberando
milhares de merozoítos na circulação, que
infectam as hemácias. Os merozoítos então
assumem uma forma anelar, tornando-se
trofozoítos que se transformam em esquizontes
sanguíneos assexuados. Com a ruptura das
hemácias infectadas esses esquizontes liberam
merozoítos que podem infectar novas hemácias à
sua volta. Uma parte dos merozoítos se
transforma em gametócitos (forma infectiva para
os mosquitos), que são ingeridos e vão para o
intestino médio do mosquito durante o repasto
sanguíneo. Em seguida se transformam em
gametas, que sofrem fertilização e se tornam
zigotos. Estes amadurecem nos oocistos, onde
ocorre replicação assexuada para gerar
esporozoítos, que por sua vez invadem as
glândulas salivares do mosquito, onde podem dar
início a uma nova infecção.
Os antimaláricos são utilizados para combater os
diferentes estágios do ciclo de vida do parasita.
*Nenhum fármaco é capaz de matar os esporozoítos
(forma infectante). Dessa forma, não é possível
prevenir a infecção. Os fármacos podem apenas
evitar o desenvolvimento da malária sintomática.
Tratamento
•Derivados da quinolona (Cloroquina, quinina e
primaquina)
•Inibidores da síntese de folato (pirimetamina e
proguanil)
•Antibióticos
•Atovaquona
•Derivados da Artemisinina
Cloroquina
•Mecanismo de ação - Ela interfere no metabolismo
e utilização da hemoglobina pelos parasitas. Além
de
inibir seu crescimento.
22 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
- A Cloroquina é um esquizonticida
sanguíneo. Não é ativa contra os parasitas
do estágio hepático.
•Pro�ilaxia - VO na dose de 500mg, semanalmente,
devendo ser iniciada 1 a 2 semanas antes da
exposição e interrompida 4 semanas após deixar a
área endêmica.
•Tratamento - VO na dose de 1g no dia 1, seguido de
500mg 6, 24 e 48 horas após a primeira dose.
- Fármaco de escolha no tratamento da
malária eritrocítica por P. falciparum, exceto
nas cepas resistentes.
•Efeitos colaterais - cefaleia, tontura, desconforto
abdominal, vômitos e diarreia.
•Contraindicações - hipersensibilidade à droga,
alterações na retina ou campo visual de qualquer
etiologia e portadores de psoríase ou por�iria.
- É considerada segura na gravidez
•Resistência - o protozoário P. falciparum é
resistente à cloroquina em locais como África e Ásia
(representa um grave problema médico)
Quinina
•Mecanismo de ação - atua na interrupção da
replicação e transcrição nos parasitas.
- A Quinina é um esquizonticida sanguíneo de
ação rápida e é e�icaz contra as quatro
espécies de parasitas da malária humana.
Não é ativa contra parasitas do estágio
hepático.
•Tratamento - VO na dose de 648mg a cada 8 horas,
por 3 dias, em combinação com doxiciclina,
tetraciclina ou clindamicina.
•Efeitos adversos - Cinconismo: zumbido, náusea,
cefaléia, tontura e distúrbios visuais (desaparecem
com o término do tratamento). Pode causar
hipoglicemia (estimula a liberação de insulina)
- Febre hemoglobinúrica - doença grave, rara,
caracterizada por hemólise pronunciada e
hemoglobinúria
•Contraindicações - Hipersensibilidade à droga.
- Deve-se interromper o tratamento na
presença de sinais de cinconismo graves ou
hemólise
- Deve ser evitado em pacientes com
problemas visuais e auditivos
*Ela é reservada para infestações graves e cepas de
malária resistentes à cloroquina.Primaquina
•Mecanismo de ação - não é bem conhecido.
- Atua contra os estágios hepáticos do
Plasmodium: formas exoeritrocíticas
(tecidos) de plasmódios e as formas
exoeritrocíticas secundárias de malárias
recorrentes (P. vivax e P. ovale).
- A forma sexuada são destruídas ou
impedidas de maturar, inibindo a
transmissão da doença
•Tratamento
- Malária por P vivax ou ovale: 30 mg, via oral,
uma vez ao dia por 14 dias, associada à
Cloroquina.
- Tratamento ou prevenção de recidiva da
malária por P vivax é usada na dose de 15
mg, via oral, uma vez ao dia, por 14 dias.
•Efeitos colaterais - náuseas, dor epigástrica,
cólicas, anemia hemolítica, cefaléia, leucopenia,
agranulocitose e arritmias cardíacas.
- As doses-padrão de Primaquina podem
causar hemólise
•Contraindicações - Deve ser evitada em pacientes
com história de granulocitopenia, gestantes ou
de�iciência de G6PD.
*Primaquina é o único fármaco que previne as
recaídas das malárias P. vivax e P. ovale, que podem
permanecer na forma exoeritrocítica no �ígado
depois que a forma eritrocítica foi eliminada.)
*A primaquina não é e�icaz contra o estágio
eritrocítico da malária e, por isso, é usada em
conjunto com fármacos que combatem a forma
eritrocítica [p. ex., cloroquina e me�loquina].)
Inibidores da síntese de folato - Pirimetamina
•Mecanismo de ação - impede a síntese de DNA do
parasita
- Deve ser utilizado em combinação com
outras drogas (Proguanil e cloroquina)
•Efeitos adversos - dor gastrointestinal e cefaléia.
- Devem ser usados com cautela na presença
de disfunção renal ou hepática.
•Contraindicação - hipersensibilidade a droga,
anemia megaloblástica secundária a de�iciência de
folato.
23 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
- Pode ser utilizado durante a gestação +
suplemento de folato
Antibióticos
•A Tetraciclina, a Doxiciclina e a Clindamicina são
ativas contra os esquizontes eritocíticos de todos os
tipos de Plasmodium mas têm uma ação mais lenta,
sendo usados geralmente associados a
antimaláricos de ação rápida (geralmente Quinina).
- A Tetraciclina não deve ser usada em
grávidas e crianças com menos de 8 anos.
Atovaquona
•Mecanismo de ação - Age sobre o complexo
mitocondrial dos parasitas, inibindo o transporte de
elétrons.
- É ativa contra parasitas do estágio
sanguíneo assexuado e hepático do P
falciparum.
•Utilizada em associação com Proguanil - 250mg de
Atovaquona para 100mg de Proguanil, via oral, uma
vez ao dia por 3 dias.
- Usados contra cepas de P. falciparum
resistentes à cloroquina
•Efeitos adversos - náuseas, dor abdominal,
vômitos, cefaleia, exantema e febre.
•Contraindicação - Hipersensibilidade à droga
*A associação deve ser tomada com alimento ou
leite para aumentar a absorção.
Derivados da artemisinina
•Representantes - Artemeter e Artesunato
•Possui ação rápida e ação gametocida, diminuindo
a transmissão do parasita
•São e�icazes no tratamento da malária grave por P
falciparum e contra estágios eritrocíticos
assexuados do P vivax.
•Formas de administração - VO, IM, EV e retal
•Tratamento
- Artesunato via endovenosa na dose de
2,4mg/Kg em 0, 12 e 24 horas.
- Artemeter + Lumefantrina = Devem ser
usados 4 comprimidos no momento do
diagnóstico, mais 4 depois de 8 horas e
então 4 comprimidos, 2 vezes ao dia nos 2
dias subsequentes, totalizando 24
comprimidos.
*Evitar uso isolado do fármaco para prevenir o
desenvolvimento de resistência
•Efeitos colaterais - náusea, vômitos e diarreia,
anormalidades neurológicas transitórias associadas
ao uso da droga, incluindo nistagmo e distúrbio do
equilíbrio.
•Contraindicações - hipersensibilidade à droga
- Evitar durante a gestação
São fármacos de primeira escolha, recomendados
para o tratamento de malária por P. falciparum
multirresistente.
Me�loquina
Fármaco único, e�icaz para pro�ilaxia e tratamento
de infecções causadas por formas multirresistentes
de P. falciparum.
Efeitos adversos - náuseas, êmese e tonturas a
desorientação, alucinações e depressão.
*Essa droga é reservada apenas para casos em que
os outros fármacos não podem ser bem utilizados
- Reações neuropsiquiátricas
Tripanossomíase
24 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
Etiologia - Trypanosoma brucei (doença do sono -
Africana), Trypanosoma cruzi (Americana - doença
de chagas)
Vetor - moscas hematófagas, barbeiro
Doença de chagas
Fases
Aguda - possui duração de 8 a 12 semanas
- Presença de tripomastigotas circulantes
no sangue
- Clínica: mal-estar, febre e anorexia ou
assintomática.
- Chagoma de inoculação, Sinal de romaña
Crônica
- Clínica: cardiopatia, megacólon e
megaesôfago.
Tratamento
•Pentamidina
•Benzonidazol
•Nifurtimox
Pentamidina
•Uso clínico - tripanossomíase africana,
leishmaniose, Pneumocystis jirovecii (fungo)
•Formas de administração - IM, IV
•Farmacocinética: não penetra no SNC, ine�icaz ao
2º estágio da doença que envolve o SNC
•Efeitos adversos - disfunção renal,
hiperpotassemia, hipotensão, pancreatite, diabetes
e hipo ou hiperglicemia.
Benzonidazol
•E�icaz contra as formas tripomastigotas e
amastigotas do T cruzi
•Mecanismo de ação - inibe a síntese de DNA, RNA e
proteínas do T cruzi
•Tratamento - VO na dose de 5 a 7mg/Kg/dia, divi-
didos em 2 doses diárias por 60 dias
•Efeitos adversos - erupções cutâneas, perda de
peso, dor abdominal e hiporexia
•Contraindicações - hipersensibilidade à droga
Nifurtimox (+ tóxico)
*Não tem efeito nas lesões orgânicas irreversíveis.
•Mecanismo de ação - não conhecido
•Tratamento do T. cruzi
- VO em adultos na dose de 8 a 10mg/Kg/ dia,
divididos em 3 a 4 doses di-
árias por 90 dias.
•Efeitos adversos - cefaléia, insônia, polineuropatia,
ana�ilaxia, convulsões, vertigem, náuseas, dor
abdominal, vômitos, artralgia e mialgia.
•Contraindicações - hipersensibilidade à droga
Leishmaniose
Etiologia - Leishmania
Manifestações clínicas - São variadas devido a
virulência do parasita e a variabilidade de resposta
imune do hospedeiro
Leishmaniose cutânea
25 Farmacologia丨 Mariana Oliveira丨P5
- Localizada: as lesões tendem a ocorrer em
áreas expostas da pele. Surge como uma
pápula rósea que aumenta e se transforma
em um nódulo, evoluindo com ulceração
central. É indolor e apresenta bordas
endurecidas
- Difusa: é rara. As lesões localizadas que não
ulceram, além de nódulos ou placas na face
extensora dos membros.
Localizada Difusa
Leishmaniose mucocutânea - há destruição da
mucosa, com descamação do tecido morto
principalmente em septo nasal e boca.
Leishmaniose visceral (Calazar) - Muitos pacientes
são assintomáticos. O início dos sintomas
geralmente é insidioso ou subagudo, envolvendo
mal-estar, febre, perda de peso e
hepatoesplenomegalia.
- Acomete o baço e o �ígado
Tratamento
•Estibogluconato de sódio (não disponível no
Brasil) •Antimoniato de N-metilglucamina
(Glucantime)
•Anfotericina B (antifúngico)
Antimoniato de N-Metilglucamina
Fármaco de escolha para o tratamento
•Mecanismo de ação - não é bem conhecido.
•Tratamento
- Leishmaniose visceral: 20mg/Kg/dia de
antimônio pentavalente, durante 20 dias
consecutivos.
- Leishmaniose Cutânea: de 10 a
20mg/Kg/dia de antimônio pentavalente
durante 20 dias.
- Leishmaniose Mucosa: de 20mg/ Kg/dia de
antimônio pentavalente, durante 30 dias
consecutivos.
•Efeitos adversos - artralgia, mialgia, náusea,
vômito, cefaleia, anorexia, aumento de
transaminases, alargamento do intervalo QT no
eletrocardiograma, além de arritmias.
*Antes e durante o tratamento deve ser realizado o
ECG, além da dosagem sérica de ureia e creatinina,
enzimas hepáticas e leucograma.
•Contraindicações - hipersensibilidade à droga,
gestantes e pacientes com insu�iciência renal,
cardíaca ou hepática.
Estibogluconato de sódio
•Administração parenteral (IV) - não é absorvido
por VO
•Efeitos adversos - dor no local de injeção,
pancreatite, aumento das enzimas hepáticas,
artralgias, mialgias, distúrbios GI e arritmias
cardíacas.
*As funções hepática e renal devem ser monitoradas
periodicamente.
Miltefosina
•Uso clínico - Leishmaniose visceral (pode ter
alguma atividade contra formas cutânease
mucocutâneas da doença)
•É ativo por VO
•Efeitos adversos - náuseas e êmese
•Contraindicação - Gestação (efeitos teratogênicos)

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