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Assistência e Patologias Cardiológicas Disciplina de Cardiologia FACULDADE SANTA MARCELINA MAYARA SUZANO DOS SANTOS TURMA XIV A 7º Semestre – 2022.1 CARDIOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 7º Semestre – 2022.1 2 PERICARDITE EPIDEMIOLOGIA ETIOLOGIA 85% dos casos é idiopática ou viral Infecciosa (2/3 dos casos): viral (ecovírus, coxsackie, influenza, CMV, adenovírus, rubéola, caxumba, HBV, HCV, HIV e outros), bacteriana (TB, Coxiella burnetii), fúngica (histoplasmose, aspergilose, candidíase) Não infecciosa (1/3 dos casos): ▪ Autoimune → artrite, LES, Sd Sjogren, vasculites, sarcoidose, Sd Behçet ▪ Pós lesão do pericárdio → pós-IAM (Sd Dressler), Pós-pericardiotomia, pós-traumática, iatrogenia ▪ Outras → autorreativa, neoplásica, metabólica, trauma e medicamentosa QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Sinais e sintomas: em alguns casos é assintomática ▪ Dor aguda precordial ventilatório-dependente ▪ Atrito pericárdico ▪ Sinais de derrame pericárdico novo ▪ Pode ocorrer febre baixa ▪ Sd Dressler (pericardite tardia) → 2-11 semanas pós IAM ocorrência de dor, febre e atrito Complicação: ▪ Tamponamento cardíaco → ↓ DC, hipotensão, bulhas hipofonéticas e abafadas, estase jugular, hipoperfusão sistêmica Pericardite: inflamação do pericárdio ▪ Constritiva → restrição do enchimento ventricular diastólico e redução de função, devido a espessamento pericárdico Clínico: ▪ História clínica ▪ Exame físico → AC com atrito pericárdico (pode ser necessário auscultar com o pct em diferentes posturas), bulhas hipofonéticas (derrame pericárdico) Exames complementares: ▪ Hemograma → leucocitose ▪ Marcadores inflamatórios → ↑ PCR e VHS ▪ Enzimas cardíacas → geralmente normais, mas pode estar presente se ocorrer lesão miocárdica associada ▪ ECG → supradesnivelamento ST difuso (pode ser com concavidade voltada para cima, diferente do IAM), alteração de PR; onda T apiculada ou invertida; baixa voltagem de QRS, se derrame pericárdico significativo ▪ RX tórax → aumento da área cardíaca, se derrame pericárdico importante ▪ Ecocardiograma → sinais de derrame pericárdico (derrame > 20 mm tem pior prognóstico e pode causar tamponamento) ▪ RNM → espessamento do pericárdio, derrame pericárdico ▪ Biópsia e análise do líquido pericárdico - Pericardiocentese → indicado na suspeita de TB purulenta, pericardite maligna ou tamponamento Diagnóstico diferencial1: IAM, TEP Os pct graves com febre ou suspeita de IAM, grandes derrames ou comprometimento hemodinâmico devem ser internados. Farmacológico: ▪ Tratar doença de base ▪ Etiologia viral → AAS 650 mg 6/6h ou Ibuprofeno VO 300-800 mg 8/8h por 3-4 semanas + Colchicina 0,6-1,2 mg/dia por 3 meses (aguda) ou 6 meses (crônica) ▪ Corticoides (somente casos selecionados) → Prednisona → ↑ risco de cronificação Cirúrgico: ▪ Pericardiocentese, se derrame pericárdico importante ou tamponamento cárdiaco ▪ Ressecção do pericárdio → fibrose/calcificação do pericárdio Prognóstico: ▪ Preditores de risco → Febre > 38°, sintomas insidiosos em imunossuprimidos, derrame pericárdico > 20 mm, não resposta aos AINES CARDIOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 7º Semestre – 2022.1 3 PERICARDITE DETALHES IMPORTANTES: QUADRO 1. Diagnóstico diferencial CARDIOLOGIA Mayara Suzano dos Santos – T XIV A 7º Semestre – 2022.1 4 REFERÊNCIAS: GOLDMAN, Lee. Goldman-Cecil Medicina. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2018.
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