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bases propedeuticas has avaliação Quando a hipertensão é suspeita com base em leituras de consultório ou confirmadas com base em leituras de pressão arterial fora do consultório, deve ser realizada uma avaliação para determinar o seguinte: • A extensão do dano de órgão-alvo, se houver • A presença de doenças cardiovasculares ou renais estabelecidas • A presença ou ausência de outros fatores de risco cardiovasculares • Fatores de estilo de vida que poderiam potencialmente contribuir para a hipertensão • Substâncias potenciais de interferência (por exemplo, uso crônico de drogas anti- inflamatórias não esteroides [NSAIDs], contraceptivos orais contendo estrogênio) Nesta investigação, destacam-se alterações da glicemia ou da hemoglobina glicada, a obesidade abdominal (síndrome metabólica), a pressão de pulso > 65 mmHg em idosos, a história de pré-eclâmpsia/eclâmpsia e a história familiar de HA (em hipertensos limítrofes) A avaliação laboratorial básica deve fazer parte da rotina inicial de todo paciente hipertenso. São recomendadas: dosagem sérica de potássio, ácido úrico, creatinina, glicemia e perfil lipídico; e realização de um exame sumário de urina e de eletrocardiograma, para possível detecção de hipertrofia ventricular esquerda. história — A história deve procurar os fatos que ajudem a determinar a presença de fatores precipitados ou agravantes (incluindo medicamentos prescritos, NSAIDs não prescritos e consumo de álcool), a duração da hipertensão arterial, tentativas anteriores de tratamento, a extensão dos danos aos órgãos-alvo e a presença de outros fatores de risco conhecidos para doenças cardiovasculares. objetivos: 1 – Compreender as bases propedêuticas da HAS (exames e alterações) 2 – Entender mecanismos de ação e as classificações dos anti-hipertensivos 3 – Relembrar os tratamentos não farmacológicos da HAS exame físico — Avaliar os sinais de dano no órgão final, para doenças cardiovasculares estabelecidas e para evidências de possíveis causas de hipertensão secundária. O exame físico deve incluir o exame funduscópico subutilizado, mas importante, para avaliar a retinopatia hipertensiva. testes laboratoriais — Os seguintes testes devem ser realizados em todos os pacientes com hipertensão recém- diagnosticada: • Glicose em jejum • Analise de Urina • Perfil lipídeo (colesterol total, HDL e triglicerídeos) • Creatinina plasmática • Ácido Úrico plasmático • Potássio plasmático testes adicionais — Testes adicionais podem ser indicados em determinadas configurações: • Albumina urinária para proporção de creatinina. O aumento da albuminaria é reconhecido como fator de risco independente para doenças cardiovasculares; deve ser realizado em todos os pacientes com diabetes ou doença renal crônica. • A ecocardiografia é um meio mais sensível de identificar a presença de hipertrofia ventricular esquerda (LVH) do que um eletrocardiograma, mas seu uso é limitado por despesas e a falta de ensaios clínicos que definem diferenças de tratamento baseadas em resultados quando a LVH é diagnosticada. anti-hipertensivos tratamento medicamentoso: A proteção cardiovascular (CV) consiste no objetivo primordial do tratamento anti-hipertensivo. A redução da pressão arterial (PA) é a primeira meta, com o objetivo maior de reduzir desfechos CV e mortalidade associados à hipertensão arterial (HA). A redução de PA sistólica de 10 mmHg e diastólica de 5 mmHg com fármacos se acompanha de diminuição significativa do risco relativo de desfechos maiores: 37% para acidente vascular encefálico (AVE), 22% para doença arterial coronariana (DAC), 46% para insuficiência cardíaca (IC), 20% para mortalidade CV e 12% para mortalidade total. Princípios Gerais do Tratamento Medicamentoso A maioria dos pacientes hipertensos necessitará de fármacos em adição às modificações do estilo de vida para alcançar a meta pressórica. A hipertensão moderada pode ser controlada algumas vezes com monoterapia, mas a maioria dos pacientes requer mais de um fármaco para obter o controle. As recomendações atuais são de iniciar o tratamento com diurético tiazídico, IECA, bloqueador do receptor de angiotensina (BRA) ou bloqueador dos canais de cálcio (BCC). Se a pressão arterial não é controlada adequadamente, deve ser acrescentado o segundo fármaco, selecionado com base na minimização dos efeitos adversos do regime combinado e na obtenção da pressão arterial desejada. Pacientes com pressão arterial sistólica acima de 160 mmHg ou pressão arterial diastólica maior que 100 mmHg (ou pressão sistólica mais de 20 mmHg acima do objetivo ou diastólica mais de 10 mmHg acima do objetivo) devem ser iniciados em dois anti-hipertensivos simultaneamente. adesão ao tratamento anti-hipertensivo: causa mais comum para a falha do tratamento anti-hipertensivo. O paciente hipertenso normalmente é assintomático e é diagnosticado por triagem de rotina, antes da ocorrência de lesão óbvia sobre um órgão- alvo. O tratamento em geral é direcionado para evitar sequelas de doença futura, em vez de aliviar algum desconforto atual. É importante aumentar a adesão do paciente selecionando o regime de fármaco que reduz os efeitos adversos e também minimiza o número de dosificações necessárias por dia. A associação de duas classes de fármacos em um comprimido único, em dose-fixa, mostrou melhorar a adesão ao tratamento e aumentou o número de pacientes que alcançaram a pressão arterial desejada. As cinco principais classes de fármacos anti-hipertensivos são; Diuréticos (DIU), bloqueadores dos canais de cálcio (BCC), inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA) e betabloqueadores (BB). diuréticos: Diuréticos tiazídicos podem ser usados como tratamento farmacológico inicial contra a hipertensão, a menos que alguma razão obrigue a escolha de outro fármaco. Independentemente da classe, o mecanismo de ação inicial dos diuréticos é baseado na redução do volume, o que leva à diminuição da pressão arterial. O tratamento com doses baixas de diuréticos é seguro, barato e eficaz na prevenção de derrame, infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca. Devem-se monitorar os eletrólitos séricos rotineiramente em todos os pacientes que recebem diuréticos. DIURÉTICOS TIAZÍDICOS: diminuem a pressão arterial inicialmente por aumentar a excreção de sódio e água. Isso causa uma redução do volume extracelular, resultando em diminuição do débito cardíaco e do fluxo sanguíneo renal. Com o tratamento prolongado, o volume de plasma volta ao normal, mas persiste o efeito hipotensor relacionado com a diminuição da resistência periférica. (hidroclorotiazida e a clortalidona) Os tiazídicos são úteis no tratamento combinado com uma variedade de outros anti- hipertensivos, incluindo β-bloqueadores, IECAs, BRAs e diuréticos poupadores de potássio. Com exceção da metolazona, os diuréticos tiazídicos não são eficazes em pacientes com função renal inadequada (velocidade de filtração glomerular estimada menor que 30mL/min/m2). Nesses pacientes, podem ser necessários diuréticos de alça. Os diuréticos tiazídicos podem causar hipopotassemia, hiperuricemia e, em menor extensão, hiperglicemia em alguns pacientes. O efeito anti-hipertensivo inicial parece mediado pela diminuição do volume intravascular. Logo, os tiazídicos mostram-se particularmente efetivos em pacientes com hipertensão baseada no volume, como os que apresentam doença renal primária e pacientes afro-americanos. Esses fármacos induzem diminuição inicial do volume intravascular, que tem por efeito reduzir a pressão arterial ao diminuir o débito cardíaco. Entretanto, a diminuição do débito cardíaco estimula o sistema renina-angiotensina, levando a retenção de volume e atenuação do efeito dos tiazídicos sobre o estado do volume.Foi aventada a hipótese de que tais agentes exercem efeito vasodilatador que complementa a depleção de volume compensada, acarretando redução sustentada da pressão arterial. Essa hipótese é corroborada pela observação de que o efeito anti-hipertensivo máximo dos tiazídicos é frequentemente obtido com doses mais baixas do que as necessárias para produzir efeito diurético máximo. Sendo assim, esses fármacos exercem seus efeitos sobre a pressão arterial ao influenciar tanto o débito cardíaco quanto a resistência vascular sistêmica. DIURÉTICOS DE ALÇA: (furosemida, torsemida, bumetanida e ácido etacrínico) atuam rapidamente, bloqueando a reabsorção de sódio e cloreto nos rins, mesmo em pacientes com má função renal ou naqueles que não responderam ao diurético tiazídico. Os diuréticos de alça causam diminuição da resistência vascular renal e aumento do fluxo sanguíneo renal. Como os tiazídicos, eles podem causar hipopotassemia. Contudo, diferentemente dos tiazídicos, os diuréticos de alça aumentam o conteúdo de Ca2+ na urina, ao passo que os tiazídicos diminuem. Os diuréticos de alça raramente são usados isoladamente para tratar a hipertensão, mas são comumente usados para tratar sintomas de insuficiência cardíaca e edema DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO: Amilorida e triantereno (inibidores do transporte de sódio epitelial nos ductos distais e coletores), bem como espironolactona e eplerenona (antagonistas de receptor da aldosterona), reduzem a perda de potássio na urina. A aldosterona tem a vantagem adicional de diminuir a remodelação cardíaca que ocorre na insuficiência cardíaca. Os diuréticos poupadores de potássio são usados algumas vezes associados aos diuréticos de alça e aos tiazídicos para reduzir a espoliação do potássio causada por esses diuréticos. β-bloqueadores Os β-bloqueadores são opção de tratamento para pacientes hipertensos com doença ou insuficiência cardíaca concomitante. AÇÕES: Os β-bloqueadores reduzem a pressão arterial primariamente diminuindo o débito cardíaco. Eles também podem diminuir o efluxo simpático do sistema nervoso central (SNC) e inibir a liberação de renina dos rins, reduzindo, assim, a formação de angiotensina II e a secreção de aldosterona. O protótipo dos β-bloqueadores é o propranolol, que atua em receptores β1 e β2. Bloqueadores seletivos de receptores β1, como metoprolol e atenolol, estão entre os β- bloqueadores mais comumente prescritos. O nebivolol é um bloqueador seletivo de receptores β1 que aumenta também a produção de óxido nítrico, levando à vasodilatação. Os β-bloqueadores seletivos devem ser administrados cautelosamente em pacientes hipertensos que também têm asma. Os β-bloqueadores não seletivos, como propranolol e nadolol, são contraindicados devido ao bloqueio da broncodilatação mediada por β2. Os β-bloqueadores devem ser usados com cautela no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca aguda ou doença vascular periférica. USOS TERAPÊUTICOS: A vantagem terapêutica primária dos β-bloqueadores é observada em pacientes hipertensos com doença cardíaca concomitante, como taquiarritmia supraventricular (p. ex. fibrilação atrial), infarto do miocárdico prévio, angina pectoris e insuficiência cardíaca crônica. As condições que desaconselham o uso de β-bloqueadores incluem doença broncoespástica como asma, bloqueio cardíaco de segundo e terceiro graus e doença vascular periférica grave. Os betas bloqueadores tem como objetivo diminuir o tônus vascular simpático e o débito cardíaco. β-1: presente no coração. Quando há o bloqueio desse receptor há a redução da frequência cardíaca e da contratilidade, contribuindo para a redução do débito cardíaco. Importante lembrar que esse receptor também é responsável pela estimulação da produção de renina, então quando usado o beta bloqueador, ocorre a inibição do estimulo de produção de renina. (ex: propranolol, não seletivo e atenolol, beta 1 seletivo) inibidores da enzima conversora de angiotensina Os IECAs (enalapril e lisinopril) são recomendados como tratamento de primeira escolha contra hipertensão em pacientes com uma variedade de indicações, incluindo risco alto de doença coronária ou história de diabetes, AVE, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio ou doença renal crônica. AÇÕES: Os IECAs diminuem a pressão arterial reduzindo a resistência vascular periférica sem aumentar reflexamente o débito, a frequência ou a contratilidade cardíaca. Esses fármacos bloqueiam a ECA que hidrolisa a angiotensina I para formar o potente vasoconstritor angiotensina II. A ECA também é responsável pela degradação da bradicinina, um peptídeo que aumenta a produção de óxido nítrico e prostaciclinas nos vasos sanguíneos. Ambos, óxido nítrico e prostaciclinas, são potentes vasodilatadores. Os IECAs diminuem os níveis de angiotensina II e aumentam os de bradicinina. Ocorre vasodilatação de arteríolas e veias como resultado da menor vasoconstrição causada pela redução dos níveis de angiotensina II e maior vasodilatação devido ao aumento da bradicinina. Reduzindo os níveis de angiotensina II circulante, os IECAs também diminuem a secreção de aldosterona, resultando em menor retenção de sódio e água. Os IECAs diminuem a pré-carga e a pós-carga cardíaca, reduzindo, assim, o trabalho cardíaco. (fármacos terminados em pril) USOS TERAPÊUTICOS: Como os BRAs, os IECAs retardam a progressão da nefropatia diabética e diminuem a albuminúria. Por isso, são fortemente indicados para uso em pacientes com nefropatia diabética. Os efeitos benéficos na função renal podem resultar da diminuição da pressão intraglomerular devido à vasodilatação da arteríola eferente. Os IECAs são usados no cuidado de pacientes após infarto do miocárdio e são fármacos de primeira escolha no tratamento de pacientes com disfunções sistólicas. O tratamento crônico com IECAs obtém redução sustentada da pressão arterial, regressão da hipertrofia ventricular esquerda e prevenção do remodelamento ventricular, após infarto do miocárdio. Os IECAs são os fármacos de primeira escolha para tratar a insuficiência cardíaca, os pacientes hipertensos com doença renal crônica e os pacientes com risco elevado de doença arterial coronariana. Todos os IECAs são igualmente eficazes no tratamento da hipertensão, em doses equivalentes. bloqueadores do receptor de angiotensina ii Os BRAs como losartana e irbesartana são alternativas aos IECAs. Esses fármacos bloqueiam os receptores AT1, diminuindo a sua ativação pela angiotensina II. Seus efeitos farmacológicos são similares aos dos IECAs por produzirem dilatação arteriolar e venosa e bloqueio da secreção de aldosterona, reduzindo, assim, a pressão arterial e diminuindo a retenção de sal e água. Os BRAs não aumentam os níveis de bradicinina. Eles podem ser usados como fármacos de primeira escolha para o tratamento da hipertensão, especialmente em pacientes com forte indicação de diabetes, insuficiência cardíaca ou doença renal crônica. Os efeitos adversos são semelhantes aos dos IECAs, embora o risco de tosse e angioedema seja significativamente menor. Os BRAs não devem ser associados com IECA para o tratamento da hipertensão devido à similaridade de mecanismo e de efeitos adversos. Estes fármacos também são teratogênicos e não devem ser usados em gestantes. (ex: losartan, valsartan). inibidores da renina O inibidor seletivo da renina, alisquireno, está disponível para o tratamento da hipertensão. O alisquireno inibe diretamente a renina e, assim, atua mais precocemente no sistema renina- angiotensina-aldosterona do que os IECAs ou os BRAs . Ele reduz a pressão arterial com eficácia similar à dos BRAs, IECAs e tiazídicos. O alisquireno não deve ser usado rotineiramente associado com IECA ou BRA. O alisquireno pode causar diarreia, especialmente em doses altas, e pode causar também tosse e angioedema,mas possivelmente menos do que com IECAs. Como Diferença entre inibidores da ECA e dos Antagonistas do Receptor de Angiotensina II: inibidores da ECA inibem o metabolismo da bradicinina, que é responsável pela vasodilatação. Se não há destruição da bradicinina, consequentemente vai ter mais bradicinina sobrando, ocasionando mais vasodilatação. os IECAs e os BRAs, o aliquireno é contraindicado durante a gestação. O aliquireno é biotransformado pela CYP3A4 e é sujeito a interações de fármacos. bloqueadores dos canais de cálcio Os BCCs são uma opção de tratamento recomendado para hipertensos com diabetes ou angina. Doses elevadas de BCCs de curta duração devem ser evitadas devido ao maior risco de infarto do miocárdio por vasodilatação excessiva e acentuada estimulação cardíaca reflexa. CLASSES DE BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO • Difenilalquilaminas: O verapamil é o único representante dessa classe disponível nos EUA. O verapamil é o menos seletivo dos BCCs e apresenta efeitos significativos nas células cardíacas e no músculo liso vascular. Ele é usado também no tratamento da angina e das taquiarritmias supraventriculares, bem como para prevenir a enxaqueca e a cefaleia em salvas. • Benzotiazepínico: O diltiazem é o único membro dessa classe que está aprovado nos EUA atualmente. Como o verapamil, o diltiazem afeta tanto as células cardíacas quanto as do músculo liso vascular, mas apresenta efeito inotrópico cardíaco negativo menos pronunciado comparado ao efeito do verapamil. O diltiazem apresenta um perfil de efeitos adversos favorável. • Di-hidropiridinas: Esta classe de BCCs inclui nifedipino (o protótipo), anlodipino, felodipino, isradipino, nicardipino e nisoldipino. Esses fármacos diferem na farmacocinética, nos usos aprovados e nas interações farmacológicas. Todas as di- hidropiridinas apresentam muito maior afinidade pelos canais de cálcio vasculares do que pelos canais de cálcio do coração. Elas são, por isso, particularmente benéficas no tratamento da hipertensão. As di-hidropiridinas têm a vantagem de interagir pouco com outros fármacos cardiovasculares, como a digoxina ou a varfarina, que são frequentemente usados em conjunto com BCCs. AÇÕES: A concentração intracelular de cálcio tem um papel importante na manutenção do tônus da musculatura lisa e na contração do miocárdio. O cálcio entra nas células musculares através de canais de cálcio voltagem-sensíveis. Isso dispara a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático e da mitocôndria, aumentando adicionalmente o nível de cálcio citosólico. Os antagonistas de canais de cálcio bloqueiam a entrada de cálcio por se ligarem aos canais de cálcio do tipo L no coração e nos músculos lisos dos vasos coronarianos e arteriolares periféricos. Isso causa o relaxamento do músculo liso vascular, dilatando principalmente as arteríolas. Os BCCs não dilatam veias. USOS TERAPÊUTICOS: No tratamento da hipertensão, os BCCs podem ser usados como tratamento inicial ou adicional. Eles são úteis no tratamento de pacientes hipertensos que também têm asma, diabetes e/ou doença vascular periférica porque, diferentemente dos β- bloqueadores, eles não têm potencial de afetar adversamente essas condições. Todos os BCCs são úteis no tratamento da angina. Além disso, diltiazem e verapamil são usados no tratamento da fibrilação atrial. Usados como antiarritimicos (verapamil, nofedipina, diltiazem) Mecanismo de ação: há o bloqueio da contração muscular, vale também para a musculatura lisa dos vasos. bloqueadores dos adrenoceptores α Prazosina, doxazosina e terazosina produzem bloqueio competitivo de adrenoceptores α1. Eles diminuem a resistência vascular periférica e reduzem a pressão arterial, relaxando os músculos lisos de artérias e veias. Esses fármacos causam mudanças mínimas no débito cardíaco, no fluxo sanguíneo renal e na velocidade de filtração glomerular. Por isso, não ocorre taquicardia no tratamento prolongado, mas sim retenção de sal e água. Taquicardia reflexa e hipotensão postural ocorrem com frequência no início do tratamento e com o aumento da dose, exigindo lenta titulação do fármaco em doses divididas. Devido aos resultados fracos e ao perfil de efeitos adversos, os α-bloqueadores não são recomendados no tratamento inicial da hipertensão há muito tempo, mas podem ser usados para casos refratários. Outros α1- bloqueadores, com maior seletividade para o músculo da próstata, são usados no tratamento da hiperplasia prostática benigna. Esses receptores estão presentes na musculatura lisa dos vasos presentes na pele, em vísceras... causa redução do tônus vascular, causando vasodilatação. (ex: drogas terminadas em zosin... prazozin, doxazosin) bloqueadores dos adrenoceptores α e β Labetalol e carvedilol bloqueiam os receptores α1, β1 e β2. O carvedilol, embora eficaz como anti-hipertensivo, é usado principalmente no tratamento da insuficiência cardíaca. O carvedilol, bem como o succinato de metoprolol e o bisoprolol, revelaram-se capazes de reduzir a morbidade e a mortalidade associadas à insuficiência cardíaca. O labetalol é usado no tratamento da hipertensão gestacional e em emergências hipertensivas. bloqueadores adrenérgicos de ação central Tem como objetivo diminuir o tônus vascular simpático e o débito cardíaco. • Depressores do SNC: são agonistas do receptor α2, presentes na membrana pré- sináptica. Quando receptor α2 é ativado com fármaco, há um efeito de feedback negativo, resultando na diminuição de noradrenalina. (metildopa e clonidina) • Bloqueadores Ganglionares: tem como objetivo bloquear o receptor ganglionar (fibras pré ganglionares – receptor ganglionar – fibras pós ganglionares). O receptor na membrana ganglionar é um receptor nicotínico (acetilcolina), então e os bloqueadores ganglionares podem ser chamados também de antagonistas do receptor nicotínico. Os efeitos adversos são causados porque os receptores nicotínicos também estão presentes na membrana do sistema parassimpático, gerando efeitos de bloqueio tanto no simpático, quanto no parassimpático. (ex: trimetafano, decametânio) CLONIDINA: atua centralmente, produzindo inibição dos centros vasomotores simpáticos e diminuindo a estimulação simpática para a periferia. Isso leva à redução da resistência periférica total e à diminuição da pressão arterial. A clonidina é usada primariamente no tratamento da hipertensão que não responde adequadamente ao tratamento com dois ou mais fármacos. A clonidina não reduz o fluxo sanguíneo renal ou a filtração glomerular e, portanto, é útil no tratamento da hipertensão complicada por doença renal. A clonidina é bem absorvida após administração oral e é excretada pelos rins. Também está disponível como adesivo transcutâneo. Os efeitos adversos incluem sedação, boca seca e constipação. Ocorre hipertensão de rebote após interrupção súbita da clonidina. Por isso, se a interrupção for necessária, o fármaco deve ser retirado lentamente. METILDOPA: é um α2-agonista que é convertido em metilnorepinefrina no SNC, causando diminuição do efluxo adrenérgico. Os efeitos adversos mais comuns da metildopa são sedação e sonolência. Seu uso é limitado devido aos efeitos adversos e à necessidade de múltiplas dosificações diárias. É usada principalmente para o tratamento da hipertensão na gestação, por ter registros de segurança. vasodilatadores Os relaxantes de músculos lisos de ação direta, como a hidralazina e o minoxidil, não são usados como fármacos primários no tratamento da hipertensão. Esses vasodilatadores produzem relaxamento do músculo liso vascular, primariamente em artérias e arteríolas. Isso resulta em diminuição da resistência periférica e, por isso, da pressão arterial. Esses fármacos produzem estimulação reflexa do coração, resultando em aumentos reflexos da contratilidade miocárdica, da frequência cardíaca e do consumode oxigênio. Essas ações podem causar angina pectoris, infarto do miocárdio ou insuficiência cardíaca em indivíduos predispostos. Os vasodilatadores também aumentam a concentração plasmática de renina, causando retenção de sódio e água. Esses efeitos indesejados podem ser bloqueados pelo uso concomitante de um diurético e um β-bloqueador. Por exemplo, a hidralazina é administrada quase sempre em associação com um β-bloqueador, como propranolol, metoprolol ou atenolol (para compensar a taquicardia reflexa), e um diurético (para reduzir a retenção de sódio). Juntos, os três fármacos diminuem o débito cardíaco, o volume plasmático e a resistência vascular periférica. A hidralazina é uma medicação aceita no controle da hipertensão induzida pela gestação. Os efeitos adversos do tratamento com hidralazina incluem cefaleia, taquicardia, náusea, sudoração, arritmia e precipitação de angina. Uma síndrome semelhante ao lúpus pode ocorrer com doses elevadas, mas é reversível com a interrupção do uso do fármaco. O tratamento com minoxidil causa hipertricose (crescimento dos pelos do corpo). Atualmente, esse fármaco é usado topicamente no tratamento da calvície masculina padrão. Mecanismo de Ação de Vasodilatadores de Ação Direta: ativação da guanilil ciclase, que transforma GMP em CMPciclico, sendo este responsável pela estimulação e liberação de vasodilatadores, como por exemplo, o oxido nítrico. (exemplo: nitroposseto de Sódio – dilata a arteríola e a veia – reduz o débito cardíaco; usado em emergências hipertensivas) Outro meio em que os vasodilatadores podem atuar é bloqueando o canal de potássio. Com esse bloqueio, indiretamente, acaba bloqueando o canal de cálcio, diminuindo a contração da musculatura cardíaca (Minoxidil e diazóxido) tratamento não medicamentoso has O tratamento da hipertensão deve envolver terapia não farmacológica (também chamada de modificação do estilo de vida) isoladamente ou em conjunto com a terapia medicamentosa anti-hipertensiva. Sugerimos que pelo menos um aspecto da terapia não farmacológica deve ser abordado em cada visita ao escritório. • Restrição do sal dietético: O impacto global da redução moderada do sódio é uma queda na pressão arterial em indivíduos hipertensos e normotensos de 4,8/2,5 e 1,9/1,1 mmHg, respectivamente. • Suplementação de potássio: Preferencialmente por modificação alimentar, a menos que contraindicada pela presença de doença renal crônica ou uso de drogas que reduzam a excreção de potássio. • Perda de peso: A perda de peso em indivíduos com sobrepeso ou obesos pode levar a uma queda significativa na pressão arterial independente do exercício. O declínio da pressão arterial induzida pela perda de peso também pode ocorrer na ausência de restrição de sódio dietético, mas mesmo a restrição modesta do sódio pode produzir um efeito antihipertensivo aditivo. O declínio induzido pela perda de peso na pressão arterial geralmente varia de 0,5 a 2 mmHg para cada 1 kg de peso perdido • Dieta DASH: O padrão dietético Abordagens Dietéticas para Parar a Hipertensão Arterial (DASH) é rico em vegetais, frutas, laticínios com baixo teor de gordura, grãos integrais, aves, peixes e nozes e baixo em doces, bebidas adoçadas com açúcar e carnes vermelhas. O padrão dietético DASH é, consequentemente, rico em potássio, magnésio, cálcio, proteína e fibras, mas baixo em gordura saturada, gordura total e colesterol. A combinação do padrão dietético DASH com a modesta restrição de sódio produziu um efeito anti-hiper-atenuativo aditivo. • Exercício: O exercício aeróbico, de resistência dinâmica e de resistência isométrica pode diminuir a pressão sistólica e diastólica em, em média, 4 a 6 mmHg e 3 mmHg, respectivamente, independente da perda de peso. A maioria dos estudos que demonstram uma redução da pressão arterial tem empregado pelo menos três a quatro sessões por semana de exercício aeróbico de intensidade moderada com duração aproximada de 40 minutos por um período de 12 semanas. • Consumo limitado de álcool: Mulheres que consomem duas ou mais bebidas alcoólicas por dia e homens que bebem três ou mais bebidas por dia têm uma incidência significativamente maior de hipertensão em comparação com os não-bebedores. Homens e mulheres adultos com hipertensão devem consumir, respectivamente, não mais do que duas e uma bebidas alcoólicas diariamente.
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