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MT1-Problema1

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Anne Karolyne Morato – P4 
 
Tutoria 
 
 
Termos desconhecidos: 
Exame PSA: 
→ PSA = Antígeno Prostático Especifico. 
 É uma glicoproteína produzida 
principalmente pelas células epiteliais 
a próstata, secretada do liquido 
seminal, onde permanece em 
concentrações elevadas, e em 
concentrações normais no soro de 
homens normais. Isso significa que é 
normal que os homens tenham o 
PSA no sangue, desde que em 
valores em níveis baixos. 
→ É um exame utilizado como check-up 
principalmente para o diagnóstico de 
câncer de próstata, antes ou depois do 
aparecimento dos sintomas. 
→ Como o PSA também é produzido pelas 
células neoplásicas da próstata, esse 
exame é utilizado como marcador do 
câncer de próstata, juntamente com o 
exame digital retal (toque prostático) 
para a detecção precoce do câncer de 
próstata. 
→ Além do câncer, o PSA pode estar 
elevado em doenças não neoplásicas, 
como na hiperplasia prostática benigna e 
na prostatite. 
→ A soma do PSA livre e do PSA ligado a 
proteínas é chamado de PSA total. 
→ Dependendo dos valores do PSA total, a 
dosagem do PSA livre e a relação do 
PSA livre/PSA total podem ser utilizadas 
para aumentar a especificidade do PSA 
e melhorar a detecção do câncer de 
próstata. 
→ Qual o valor normal do PSA? 
 Medido em nanogramas por mililitro. 
 PSA total até 4,0 ng/mL é 
considerado valor normal. 
 PSA maior que 10 ng/mL tem risco 
elevado de câncer de próstata e se 
torna indicativo para biopsia retal 
diagnostica. 
 PSA entre 4 e 10 ng/mL são de 
difícil avaliação, podendo ser 
encontrada as doenças benignas, 
nesses casos é recomendado a 
dosagem do PSA livre e total e 
outros exames complementares. 
 
Compreender o ciclo celular 
(processos, etapas e regulação): 
Ciclo celular 
→ O ciclo celular é uma sequência 
ordenada de eventos pelos quais uma 
célula somática duplica seus conteúdos e 
se divide em duas. 
 Células eucarióticas: divide todo o 
material citoplasmático e genético. 
1. Crescimento celular e replicação 
cromossômica; 
2. Segregação cromossômica; 
3. Separação celular. 
 
 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
 
 
Fases do ciclo celular: 
→ O ciclo dura 24 horas, sendo 23 horas 
de intérfase e 1 hora de fase mitótica. 
→ Fase Mitótica (M): 
 É quando a célula está se dividindo. 
 Dura aproximadamente 1 hora e 
envolve 2 processos importantes: 
 Mitose: divisão nuclear 
(cromossômica); 
 Citocinese: divisão citoplasmática. 
→ Intérfase (G1, S e G2): 
 Dura aproximadamente 23 horas, 
com 1 fase e 2 intervalos. 
 Quando a célula está crescendo 
(duplicando o conteúdo 
citoplasmático e dobrando a 
quantidade de organelas). 
 Essa fase tem alta atividade 
metabólica, síntese proteica em 
níveis elevados e ocorre a 
reorganização do citoesqueleto. 
 Fase S: Duplicação do material 
genético, síntese de DNA. 
 G1 e G2: intervalos entre fase S e 
fase M, ocorre o crescimento celular. 
 
 
 
Controle do ciclo celular: 
→ São os “pontos de checagem” ou 
“pontos de verificação”. 
→ G1 – ponto de verificação do início, 
verifica se o ambiente é favorável (se é 
rico substrato hídrico e orgânico, se 
consegue material extracelular), depois 
disso a célula entra no ciclo celular e 
prossegue para a fase S. 
→ G2 – segundo ponto de verificação, 
acontece depois da fase S e verifica se 
todo o DNA foi replicado e que as 
células tenham o número de 
cromossomos corretos (caso um 
cromossomo não tenha se replicado, a 
célula identifica a falta da duplicação e 
tenta concertar o processo para evitar 
que entre na fase M e durante a 
segregação dê origem a células com 
números de cromossomos diferentes). 
Além disso, durante a fase G2 há 
novamente uma checagem para 
verificar se o ambiente é favorável. Após 
isso a célula está apta para entrar no 
processo de mitose. 
 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
→ M – na transição entre metáfase e 
anáfase há outro ponto de checagem, 
que verifica se todos os cromossomos 
estão ligados ao fuso, pois se não 
estiverem, a célula vai tentar concertar 
esse erro pra novamente permitir que 
durante a segregação (na anáfase) todas 
as células filhas recebam o mesmo 
número de cromossomos. 
→ Esse controle é importante para evitar 
que uma célula mãe dê origem a duas 
células filhas defeituosas ou mal 
formadas. 
→ Após a anáfase ocorre a citocinese. 
 
Componentes do sistema de 
controle do ciclo celular: 
→ Cinases dependentes da ciclina (CDK). 
 CDK – tem quantidade fixa na célula 
e a atividade regulada pela falta de 
ciclina. 
 Ciclina – é uma proteína, são 
sintetizadas à medida que o ciclo 
celular evolui. 
 À medida que a ciclina surge no ciclo 
celular ela se liga e ativa a CDK, a 
CDK por sua vez consegue 
“orquestrar” o início, meio ou fim do 
ciclo celular. 
 
 
 
1. Síntese de ciclina G1/S que ativa o 
complexo ciclina G1/S-CDK e é 
responsável pelo início do ciclo celular. 
2. A ciclina G1/S vai diminuindo sua atividade 
e a ciclina S se ativa e vai aumentando. 
3. O complexo S-CDK regula os eventos 
tanto na fase S quanto na fase G2. 
4. Entre S e G2 começa a sintetizar a 
ciclina M, que só vai ter seu pico de 
atividade quando entrar na fase M. 
5. A ciclina M ativa o complexo M-CDK 
que regula a segregação cromossômica 
e a citocinese. 
6. Ao final do processo todas as ciclinas 
ficam em níveis basais e as células filhas 
entram em G1. 
→ Durante o processo, caso haja algum 
evento inadequado ou feito de forma 
insuficiente, incorreta ou incompleta, os 
complexos interrompem a atividade e o 
ciclo fica interrompido naquele 
determinado momento, então ou a 
célula consegue corrigir aquele problema 
e seguir o ciclo ou caso não consiga 
resolver esse problema, ocorre o 
processo de morte celular programada 
(apoptose), evitando que a célula mãe 
dê origem a células filhas defeituosas. 
 Mecanismo de “altruísmo celular”. 
 
Anne Karolyne Morato – P4 
 
Mitose: 
→ Nessa fase, uma célula mãe gera 2 
células geneticamente idênticas. 
 O ser humano possui 46 
cromossomos no núcleo de suas 
células. Depois da fase S da interfase, 
cada cromossomo possui 2 DNAS, 
ou seja, 46 cromossomos com 92 
moléculas de DNA, que terá que ser 
separado na mitose. 
→ Prófase: 
 Os cromossomos formam o fuso 
mitótico. Há compactação dos 
cromossomos. 
→ Prometáfase (ainda faz parte da 
prófase): 
 Os cromossomos precisam entrar 
em contato com o fuso, então a 
célula fragmenta o envoltório nuclear, 
os cromossomos ficam soltos e 
podem se ligar ao fuso. 
→ Metáfase: 
 Ocorre o alinhamento de todos os 
cromossomos no meio, na placa 
equatorial. Possui seu próprio ponto 
de checagem que verifica se todos 
os cromossomos estão devidamente 
unidos ao fuso. 
→ Anáfase: 
 Ocorre a separação do DNA, cada 
metade para um lado. 
→ Telófase: 
 A célula descompacta o DNA para 
que a célula possa voltar a sua 
atividade normal no G1. Volta a 
montar o envelope nuclear de cada 
lado. Ocorre a citocinese, divisão do 
citoplasma, gerando então duas 
células geneticamente idênticas. 
 
 
 
Angiogênese: 
→ É a formação de vasos sanguíneos. 
→ As células cancerosas estimulam a 
angiogênese, pois elas precisam 
conseguir nutrientes e oxigênio, então 
elas imitem sinais químicos e novos 
vasos sanguíneos são formados. 
CURIOSIDADE: RARAMENTE UMA 
PESSOA COM SÍNDROME DE DOWN 
TEM CÂNCER. 
Por ter trissomia do cromossomo 21. 
O gene que inibe a angiogênese está no 
cromossomo 21, então como ele tem 3 
copias desse gene ele produz mais proteína 
que impede/inibe essa angiogênese. 
 
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Entender a interferência celular 
para a formação do câncer 
(fatores desencadeantes, etapas e 
reguladores): 
→ O mau funcionamento de qualquer um 
dos três pontos de controle do DNA nas 
fases G1, S e G2 do ciclo celular e dos 
pontos de controle de montagem do 
fuso na fase M pode provocar umacatástrofe mitótica – definida como uma 
falha em parar o ciclo celular antes da 
mitose ou na mitose, resultando em 
segregação cromossômica aberrante. 
→ A catástrofe mitótica pode levar a morte 
celular e ao desenvolvimento de células 
tumorais. Em condições normais, a 
morte dessas células ocorrera pela 
ativação do ciclo apoptótico. 
→ As células que falham em executar o 
ciclo apoptótico em resposta a lesão do 
DNA ou do fuso mitótico provavelmente 
de dividem assimetricamente no estágio 
seguinte da divisão celular. 
 Isso leva a geração de células 
aneuploides – que contem números 
de cromossomos anormais. 
 Por conseguinte, a catástrofe 
mitótica pode ser considerada como 
um dos mecanismos que contribuem 
para a oncogênese (desenvolvimento 
de células tumorais). 
→ O mau funcionamento do ponto de 
controle de restrição na fase G1 também 
pode resultar em transformações 
malignas das células. 
 
Resumo: 
→ Por exemplo, uma célula normal e 
saudável consegue realizar o processo 
de mitose (se divide e gera duas células 
filhas que carregam a mesma quantidade 
de cromossomos da célula mãe), as duas 
células filhas geradas também entram 
em mitose, mas durante esse processo 
acontece um erro que faz com que 
uma das células filhas geradas se torne 
uma célula anormal, uma célula anômala. 
→ Na maioria das vezes, esse erro é 
detectado e a célula entra em apoptose 
(morte programada), mas outras vezes 
essa célula consegue driblar o processo 
de apoptose e os pontos de checagem 
(efeito tumoral) e dão início a uma 
multiplicação tumoral, ou seja, dão 
origem a outras células filhas anormais. 
→ Células tumorais: 
 Não há formação de tecido 
verdadeiro; 
 Não se diferenciam a ponto de 
assumir uma função tecidual; 
 Se empacotam em montes; 
 Podem se transportar pelo corpo 
por meio de vasos sanguíneos ou 
capilares linfáticos, se instalar em 
outras regiões e iniciarem novo 
tumores (metástase). 
 
Neoplasia: 
→ Todos os tumores, benignos e malignos, 
tem dois componentes básicos: 
 Parênquima – constituído por células 
neoplásicas ou transformadas; 
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• Determina principalmente seu 
comportamento biológico, e é 
desse componente que deriva 
seu nome. 
 Estroma – constituído por tecido 
conectivo, vasos sanguíneos e células 
inflamatórias derivadas do hospedeiro. 
• É crucial para o crescimento da 
neoplasia, pois contem 
suprimento sanguíneo e da 
suporte ao crescimento das 
células parenquimatosas. 
 
Fatores de risco do câncer: 
→ Existem varias coisas que podem causar 
uma mutação no DNA da célula e fazer 
com que ela consequentemente se 
dívida descontroladamente. 
→ 15% são fatores hereditários, 30% 
alimentação deficiente, 30% tabagismo e 
os outros 25% outros fatores 
(infecções, obesidades, alcoolismo, 
exposição profissional, raios UV, drogas, 
poluição). 
 
Evolução do câncer: 
→ Primeira fase: iniciação. 
 A célula sofre um ataque (exemplo, 
por produtos químicos, vírus, 
radiação), chega uma hora que o 
processo de recuperação vai falhar e 
a célula sofre uma mutação. Após 
isso ela deveria entrar em apoptose, 
mas consegue driblar esse processo 
e segue com sua multiplicação 
descontrolada. 
→ Promoção e progressão: 
 Basicamente a célula cancerosa faz 
mitose descontroladamente 
→ Câncer: 
 Emite sinais químicos para receber 
novos vasos sanguíneos. 
(angiogênese), essas células 
cancerosas consomem todos os 
nutrientes e oxigênios das outras 
células. 
→ Metástase: 
 Essas células cancerosas se espalham 
por todo o organismo. 
 Metástase é a formação de um 
novo tumor a partir do primeiro, mas 
sem continuidade entre os dois. 
 
Descrever a ética médica 
oncológica: 
ARTIGO – O paciente idoso deve 
saber se ele estiver com câncer? 
→ Todo adulto que quer saber sobre si 
mesmo tem o direito de perguntar e o 
médico tem o dever moral e ético de 
responder à pergunta. 
→ Todo adulto que de uma forma ou de 
outra solicita não ser informado sobre 
algo que lhe diz respeito tem o direito 
de não ter de ouvir o médico impor-lhe 
a informação indesejada. 
→ Cabe ao médico oncologista pensar no 
melhor para o paciente, respeitando 
seus valores culturais. 
→ Embora isto pareça óbvio, muitas vezes 
é extraordinariamente difícil, 
especialmente quando existe 
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discordância entre filhos quanto ao grau 
de informação a ser passado ao 
paciente. 
→ Por último, existem situações raras em 
que familiares propõe sonegar 
informações dos pacientes mesmo que 
estes as procurem. Nestes casos, é 
perfeitamente possível que o médico 
não se sinta confortável em continuar 
como responsável pelos cuidados ao 
paciente, por considerar que os direitos 
deste não estão sendo respeitados. 
Neste caso, o melhor a fazer é procurar 
um outro médico que possa lidar com 
este conflito de maneira melhor, 
evitando assim um conflito entre 
familiares e médico, este sim, com 
consequências graves para os cuidados 
ao paciente. 
RAFAEL KALIKS – ONCOLOGISTA 
CLINICO E DIRETOR CIENTIFICO DO 
INSTITUTO ONCOGUIA. 
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/artigo-
o-paciente-idoso-deve-saber-se-ele-estiver-
com-cancer/644/8/ 
 
Código de Ética Médica: 
CAPITULO IV: DIREITOS HUMANOS. É 
VEDADO AO MÉDICO: 
→ Art. 22. Deixar de obter consentimento 
do paciente ou de seu representante 
legal após esclarecê-lo sobre o 
procedimento a ser realizado, salvo em 
caso de risco iminente de morte. 
 
→ Art. 23. Tratar o ser humano sem 
civilidade ou consideração, desrespeitar 
sua dignidade ou discriminá-lo de 
qualquer forma ou sob qualquer 
pretexto. 
→ Art. 24. Deixar de garantir ao paciente o 
exercício do direito de decidir livremente 
sobre sua pessoa ou seu bem-estar, 
bem como exercer sua autoridade para 
limitá-lo. 
→ Art. 25. Deixar de denunciar prática de 
tortura ou de procedimentos 
degradantes, desumanos ou cruéis, 
praticá-las, bem como ser conivente 
com quem as realize ou fornecer meios, 
instrumentos, substâncias ou 
conhecimentos que as facilitem. 
→ Art. 26. Deixar de respeitar a vontade de 
qualquer pessoa, considerada capaz fisica 
e mentalmente, em greve de fome, ou 
alimentá-la compulsoriamente, devendo 
cientificá-la das prováveis complicações 
do jejum prolongado e, na hipótese de 
risco iminente de morte, tratá-la 
→ Art. 27. Desrespeitar a integridade física 
e mental do paciente ou utilizar-se de 
meio que possa alterar sua personalidade 
ou sua consciência em investigação 
policial ou de qualquer outra natureza. 
→ Art. 28. Desrespeitar o interesse e a 
integridade do paciente em qualquer 
instituição na qual esteja recolhido, 
independentemente da própria vontade. 
 Parágrafo único. Caso ocorram 
quaisquer atos lesivos à personalidade 
e à saúde física ou mental dos 
pacientes confiados ao médico, este 
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/artigo-o-paciente-idoso-deve-saber-se-ele-estiver-com-cancer/644/8/
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/artigo-o-paciente-idoso-deve-saber-se-ele-estiver-com-cancer/644/8/
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/artigo-o-paciente-idoso-deve-saber-se-ele-estiver-com-cancer/644/8/
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estará obrigado a denunciar o fato à 
autoridade competente e ao 
Conselho Regional de Medicina. 
→ Art. 29. Participar, direta ou 
indiretamente, da execução de pena de 
morte. 
→ Art. 30. Usar da profissão para 
corromper costumes, cometer ou 
favorecer crime. 
 
Explicar como os fatores 
psicossociais influenciam no 
paciente, cuidadores e família: 
→ Vários estudos na área de 
psiconeuroimunologia (PNI) tem incitado 
interesse entre os cientistas e clínicos 
sobre os efeitos do estresse sobre o 
sistema imune. A PNI estuda a influência 
do comportamento nas interações entre 
SNC, endócrino e imunológico, bem 
como o impacto sobre a saúde. 
→ O SNC pode modular o sistema imuneatravés de uma comunicação 
bidirecional, formando uma rede 
complexa de interações. 
→ O estresse pode ser definido como um 
quadro de distúrbios físicos e 
emocionais, provocados por diferentes 
tipos de fatores, que alteram a 
homeostase (equilíbrio) do organismo. 
Existem basicamente dois tipos de 
agentes estressantes. 
 Psicológico – quando o SNC é 
ativado por mecanismos puramente 
mentais, sem qualquer contato com 
o organismo. 
 Físico – quando o organismo está 
diretamente envolvido. 
→ As alterações imunológicas celulares 
induzidas pelo estresse produzem um 
grande impacto sobre a vigilância 
imunológica, tornando um indivíduo mais 
susceptível a patologias. 
 
 
 
Anne Karolyne Morato – P4

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