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Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 1 x x Arranjo Físico Industrial Felipe Cerchiareto Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 2 x x2 Layout de Fábrica e tipos básicos de arranjo físico Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 3 x x Layout e arranjo físico Problemas envolvendo layout são complexos e difíceis de serem formulados, pois envolvem um grande conjunto de combinações viáveis e possuem características subjetivas que dificultam um tratamento puramente matemático. As decisões sobre layout são importantes, pois contribuem para a eficiência das operações de longo prazo. Elas possuem implicações estratégicas, pois estabelecem prioridades competitivas da organização em relação à capacidade, aos processos, à flexibilidade e ao custo, entre outros. Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 4 x x Objetivos de um bom Layout Determinação de recursos, equipamentos e instalações físicas; Determina a organização fundamental na produção e os padrões de fluxo de materiais; Maior utilização do espaço, equipamentos e pessoas. Melhor fluxo de informações, materiais ou pessoas. Melhor moral dos empregados e condições de trabalho mais seguras. Melhor interação com os consumidores e clientes. Aumentar a flexibilidade. Atenção novos projetos de planta, pois os custos para se projetar planta são altos. Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 5 x x Determinação para elaboração de um layout Um layout adequado tende a determinar: O equipamento de manuseio de material; A capacidade e a necessidades de espaço; O ambiente e a estética; Os fluxos de informações; O custo de movimentação (deslocamento) entre as diferentes áreas de trabalho. Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 6 x x Dados para compor os arranjos: Os dados iniciais que darão suporte às soluções do arranjo físico são: Produto (P): tipo de produto; Quantidade (Q): quanto de cada item deve ser produzido; Roteiro do processo (R): otimização dos processos com melhor sequência de movimentação de material (Sistema de Produção); Serviços de apoio (S): manutenção, ferramentaria, SMS, etc. Tempo (T): para produzir ou quando produzir. Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 7 x x Princípios para o layout ótimo Princípio da integração – trata-se em dispor os equipamentos e máquinas de forma harmônica, integrados; Princípio da mínima distância – o movimento de material em processo não agrega valor ao produto (pensamento Lean); Princípio de obediência ao fluxo de operações – materiais, equipamentos, pessoas, em observância ao processo lógico de manufatura; Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 8 x x Princípios para o layout ótimo Princípio do uso das três dimensões – este princípio trata da preocupação da ocupação dos espaços (volume dos objetos, área de circulação de ar, espaços de movimentação na operação); Princípio da satisfação e segurança – satisfação e o conforto das pessoas, como cores, iluminação, temperatura ambiente, ruídos, limpeza, odor, etc; Princípio da flexibilização – trata-se da necessidade em prever mudanças de produto, máquinas (inovações), métodos e sistema de trabalho. Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 9 x x Arranjo Físico e Fluxo O projeto correto do arranjo físico de uma instalação impacta nos seguintes aspectos: Mudança de arranjo físico é frequentemente uma atividade difícil e de longa duração por causa das dimensões físicas dos recursos de transformação movidos; O rearranjo físico de uma operação pode interromper seu funcionamento, levando à insatisfação do cliente ou a perdas na produção. Desta forma, deve ser realizado com grande planejamento. Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 10 x x Arranjo Físico e Fluxo • Um arranjo físico inadequado pode levar a: padrões de fluxo longos ou confusos; estoque excessivo de materiais; filas de produtos ao longo da operação; inconveniências para os clientes; tempos de processamento longos; operações inflexíveis; fluxos imprevisíveis; altos custos. Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 11 x x Que tipo de layout utilizar? Devemos levar em consideração vários fatores, como o objetivo da empresa, os produtos ou serviços que serão fabricados ou oferecidos, a relação volume X variedade, além das vantagens e desvantagens de cada tipo de layout. A importância do fluxo para uma operação dependerá de suas características de volume e variedade. Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 12 x x Projeto: Variedade x Volume Volume Variedade Baixo Alto Ênfase de projeto na operação Baixo Alto Projeto de produto ou serviço Projeto de processo Padronização de produto ou serviço Baixa Alta Localização Pode ser descentralizado Geralmente centralizado Fluxo Intermitente Contínuo Tecnologia de Processo Propósito geral Específico Habilidade de funcionários Tarefa Sistema Vo lu m e Va rie da de Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 13 x x Seleção de Arranjo Decisão 1 TIPO DE PROCESSO Decisão 2 TIPO DE ARRANJO FÍSICO Decisão 3 PROJETO DETALHADO DO ARRANJO FÍSICO POR PROJETO JOBBING EM LOTES OU BATELADA EM MASSA CONTÍNUO SERVIÇOS PROFISSINAIS LOJA DE SERVIÇOS SERVIÇO EM MASSA VOLUME E VARIEDADE OBJETIVOS DE DESEMPENHO ESTRATÉGICO ARRANJO POSICIONAL ARRANJO POR PROCESSO ARRANJO CELULAR ARRANJO POR PRODUTO POSIÇÃO FÍSICA DE TODOS OS RECURSOS DE TRANSFORMAÇÃO FLUXO DE PRODUTO TRANSFORMADO PELA PRODUÇÃO Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 14 x x Seleção de Arranjo Físico A maioria dos arranjos físicos, na prática, deriva de apenas quatro tipos básicos de arranjo físico: arranjo físico posicional; arranjo físico por processo; arranjo físico celular; arranjo físico por produto Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 15 x x Arranjo Físico Posicional Os recursos transformados não se movem entre os recursos transformadores. Ao invés de materiais, informações ou clientes, fluírem por uma operação, quem sofre o processamento fica estacionário, enquanto equipamento, maquinário, instalações e pessoas movem-se na medida do necessário. Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 16 x x Arranjo Físico Posicional Adequado quando o produto ou sujeito do serviço é muito grande ou muito delicado para ser movimentado. Vantagens: fácil acesso, gestão visual, possibilidade de terceirização, facilidade para implementação de softwares e técnicas de controle da produção. Desvantagens: alto custo de movimentação do produto, necessidade de galpões e áreas grandes, complexa supervisão geral, baixo volume de produção e padronização. Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 17 x x Arranjo Físico Posicional Exemplos: Construção de rodovia Cirurgia de Coração Estaleiros (Construção Naval) Restaurantes “ultra gourmet VIP” Aviões Edifícios Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 18 x x Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 19 x x Arranjo Físico por Processo As necessidades e conveniências dos recursos transformadores que constituem o processo na operação e dominam a decisão sobre o arranjo. Neste arranjo, processos similares (ou com necessidades similares) podem ser localizados juntos, buscando a conveniência para a operação, em busca do beneficiamento da utilização dos recursos transformadores. Ou seja, todos os processos e equipamentos do mesmo tipo e função estão na mesma área, por isso também é conhecido como arranjo funcional. Arranjo é flexível, ficando mais evidente quando da necessidade de produzir vários tipos de produtos, pois cada um possuirá um roteiro de produção específico / próprio. Arranjo mais comum nas organizações, onde o produto sofre transformação em um equipamento e vai para o outro sofrernova transformação, e seguir para a próxima etapa / equipamento... Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 20 x x Arranjo Físico por Processo Os equipamentos utilizados são mais genéricos, podendo ser aplicados para mais funções, diferente do arranjo em linha, onde os equipamentos são específicos. Exemplo: Hospital Usinagem de peças Supermercado Salão de beleza: O recurso a ser transformado (pessoa) vai para a cadeira de lavagem, depois para a cadeira de corte, depois para a área de tintura, etc. Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 21 x x Arranjo Físico por Processo Vantagens: Grande flexibilidade para atender às demandas do mercado; Aumento da motivação profissional, por exigir qualificação e especialização da mão de obra; Atende a produtos diversificados em diferentes quantidades ao mesmo tempo; Desvantagens: Fluxo longo dentro da fábrica; Dificuldade de balanceamento, devido à constante alteração de produtos; Para sua implantação, sugere-se: 1 – Identificar fluxo de materiais e operações; 2 – levantar a área necessária para cada agrupamento de trabalho; 3 – Identificar o relacionamento entre tais agrupamentos (conveniência de aproximar certos tipos de operações); 4 – Elaborar arranjo. Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 22 x x Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 23 x x Arranjo Físico Celular É aquele em que os recursos transformados, ao entrar na operação, são pré- selecionados para movimentar-se para uma parte específica da operação (ou célula) na qual todos os recursos transformadores necessários a atender a suas necessidades imediatas de processamento se encontram. A célula de produção deve ter a capacidade de produzir todo o produto, porém pode possuir a flexibilidade de produzir subprodutos do produto ou seja, célula especialista (termo conceitualmente equivocado), mas a célula pode ser usada momentaneamente para produzir partes do processo; Ex: Uma bolaria possui uma cozinha completa para produzir o bolo (uma célula), e outra cozinha completa para produzir a calda ou acabamentos do bolo (outra célula). Atualmente, a decisão é essa, mas no futuro, ambas as células poderão produzir bolos completos, pois elas possuem capacidade e flexibilidade para tal. Ou seja, uma célula deve ser pensada para produzir exatamente o que uma outra faz. Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 24 x x Arranjo Físico Celular Este arranjo é considerado mais caro e complexo de ser gerido, pois cada célula pode replicar recursos de outra, possibilitando a ociosidade dos seus recursos. No entanto, pode ser que, por demanda do cliente ou do próprio negócio da empresa, este tipo de organização seja interessante pois facilita a segmentação de linhas de produtos, trabalho com demandas irregulares de clientes e produtos sazonais. A célula em si pode ser arranjada segundo um arranjo físico por processo ou por produto. O arranjo físico celular é uma tentativa de diminuir a complexidade de fluxo que caracteriza o arranjo físico por processo. Exemplos: Maternidade em um Hospital Lojas de Departamentos Células de Planejamento de empresa de C&M – Cada célula atende a uma plataforma, e possui um profissional para cada função: 1 comprador, 1 planejador, um gerente de projeto, etc. Nem sempre todas as plataformas possuirão a mesma demanda, deixando alguns profissionais ou equipamentos ociosos em algum momento. Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 25 x x Ex: Loja de departamento - Cada setor processa suas atividades e possui um caixa – autossuficiente; - Caso a demanda diminua para o setor, pessoas e equipamentos poderão ficar ociosos; Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 26 x x Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 27 x x Arranjo Físico por Produto Envolve localizar os recursos produtivos transformadores inteiramente segundo a melhor conveniência do recurso que está sendo transformado. Cada produto, elemento de informação ou cliente segue um roteiro predefinido no qual a sequência de atividades requerida coincide com a sequência na qual os processos foram arranjados fisicamente Também conhecido como Arranjo em Fluxo ou Arranjo em Linha Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 28 x x Arranjo Físico por Produto O fluxo de produtos, informações ou clientes é muito claro e previsível, o que faz deste um arranjo relativamente fácil de controlar. É a uniformidade dos requisitos que leva a operação a escolher este arranjo, explicitando, assim, a maior especialização de equipamentos e pessoas (recursos), resultando em menor variedade de produtos a serem produzidos. Exemplos: Montagem de Automóveis Montagem de Eletrodomésticos Restaurante Self-Service Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 29 x x Arranjo Físico Mistos Em linha / produto = bandejão (roteiro pré-definido) Celular = Buffet com repetição de recursos (opções iguais de alimentos) Por Processo = Buffet (com algumas ilhas especializadas) Posicional = A La Carte Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 30 x x Bandejão: Fluxo definido, em que não há possibilidade de retorno. Seu produto final passa pela linha toda. Arranjo em linha. A la carte: Trabalho em forma de jobbing ou por projeto, onde os recursos são deslocados para que o prato exclusivo seja montado. Arranjo posicional; Buffet ou self service: Quando um restaurante oferta ilhas de comidas (ou somente uma), onde as pessoas podem passar por ambos os lados, e encontrarão as mesmas opções de alimentos a servir, considera-se Arranjo celular; Neste arranjo mais de uma célula é necessária, com recursos repetidos. Não existe Planta de produção com arranjo celular, com somente uma célula de produção, pois desta forma o arranjo seria por processo ou em linha. Quando um restaurante oferta ilhas especializadas de serviços (área de carnes, saladas, etc), onde o recurso a ser transformado pode passar ou não por algumas das áreas, considera-se Arranjo por processo. Ex: Restaurante Brazão. Arranjo Físico Mistos – Serviços de Restaurantes Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 31 x x Layout Vantagens Desvantagens Posicional - Alta flexibilidade e mix de produto; - Alta variedade de tarefas para a mão de obra. - Elevado custo unitário; - Complexa programação de espaços e atividades; - Alta movimentação de equipamentos e mão de obra. Processo - Relativamente robusto em caso de interrupção de etapas; - Fácil supervisão de equipamentos e instalações. - Baixa utilização de recursos; - Alto estoque em processo ; - Dificuldade em controlar o fluxo completo. Celular - Bom equilíbrio entre custo e flexibilidade para operações com variedade relativamente alta; - Maior motivação por trabalho em grupo. - A reconfiguração de arranjo físico por ser cara; - Pode requerer capacidade adicional (mais equipamentos); - Pode reduzir níveis de utilização de recursos (mais ocioso). Produto - Baixo custo unitário para altos volumes; - Oportunidade para especialização de equipamentos; - Movimentação convenientes de clientes e materiais - Baixa flexibilidade de mix; - Suscetível a interrupções; - Pode haver trabalho repetitivo. Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 32 x x Relação Processo x Arranjo Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 33 x x Volume – Variedade e Tipo de Arranjo Físico Posição do processo “volume X variedade” influencia seu arranjo físico e, consequentemente o fluxo dos recursos transformados. Curso de Engenharia de Produção – Prof. Carlos Eduardo 34 x x34 Obrigado! Felipe Cerchiareto felipecerchi@gmail.com
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