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eBook_desafios_da_logistica

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Apresentação
Prezados,
 
 Já não podemos mais remeter a logística ao transporte 
somente.
 Há tempos a cadeia produtiva tornou-se um processo 
integrado, que possui relações de interdependência 
envolvendo todo o ciclo, desde a produção, até a entrega ao 
cliente final. Transportadores e fornecedores de tecnologia 
também fazem parte do processo, já que esta integração é 
uma tendência mundial e já é realidade no Brasil.
 Contudo, a complexidade apresentada diariamente 
quando nos referimos a todos os processos que envolvem 
a logística, sempre nos obrigam a conhecer e desvendar 
as melhores soluções, no intuito de obter os melhores 
resultados, com eficiência nos processos envolvidos, sem 
prejudicar a qualidade do produto e, já antecipando como 
condição indiscutível, a satisfação de nossos clientes no 
resultado final do ciclo.
 Neste sentido, surgiu-nos a grata oportunidade 
de apresentar a clientes, amigos e parceiros de negócios, 
este ebook, focando em algumas situações perante o tema 
abordado, assim como suas soluções para as mesmas, no 
intuito de beneficiar aqueles que o possuírem, com uma 
alternativa rápida para uma visão alternativa aos diversos 
problemas operacionais e de gestão do dia-a-dia de suas 
empresas.
 Esperamos contribuir, com o conhecimento aqui 
inserido, com o despertar de ideias que sejam a solução para 
os problemas mais recentes nos desafios constantes que a 
logística nos apresenta.
 
Um forte abraço de toda equipe Strada e uma excelente 
leitura. Acompanhe também nossos canais, e fique sempre 
atualizado sobre o universo da logística e transporte:
ciranda.me/strada /stradasolucoesstradasolucoes.com.br
DESAFIOS
LOGÍSTICA
DA
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Sobre a
Strada Soluções
em Tecnologia
 
A Strada Soluções em Tecnologia é uma 
empresa que, desde 2005, vem crescendo 
devido ao seu comprometimento com a 
qualidade de seus Sistemas de Gestão. Esse 
sucesso é conquistado com o trabalho de 
profissionais qualificados, programadores, 
consultores e administradores, que, juntos, 
desenvolvem pesquisas para desenvolver 
softwares ideais para cada empresa em seus 
variados segmentos.
O foco da Strada é o desenvolvimento 
de Sistemas de Gestão Corporativa, 
direcionados a operadores logísticos, 
empresas com frotas próprias, 
transportadoras, entre outros segmentos 
envolvidos na logística do transporte, pois 
ela acredita que a integração tecnológica de 
todos os setores de uma empresa aperfeiçoa 
a cadeia produtiva para obter melhores 
resultados, proporcionando vantagem 
competitiva.
Saiba mais em:
stradasolucoes.com.br/sobre
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Índice
DESAFIOS
LOGÍSTICA
DA
O que você encontra neste ebook?
 
Topico 1
O que torna a logística de transporte de cargas no Brasil tão caótica?
página 5
Topico 2
Redução de custos com transporte de cargas é possível
página 6
Topico 3
Segurança: o que fazer com cargas perigosas
página 7
Topico 4
Impactos com jornada de trabalho de motoristas podem ser reduzidos
página 9
Topico 5
Controle efetivo de pátio: como reduzir custos
página 10
Topico 6
Escolha de modal pode tornar a logística mais efetiva
página 12
Topico 7
Super-safra: como reduzir custos extra
página 14
Topico 8
Logística de escoamento prejudica exportação e importação
página 16
Topico 9
Quais são as previsões de melhoria na infraestrutura de transporte do 
Brasil
página 17
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Tópico 1
O que torna a logística de transporte 
de cargas no Brasil tão caótica?
 No transporte nacional, cerca de 60% das cargas utilizam as rodovias (mesmo em 
transportes longos), economicamente isto beira o inviável, já que o custo é muito mais 
expressivo do que seriam outros modais de transporte, caso estes estivessem disponíveis. 
Um exemplo é a Rússia, grande concorrente internacional do Brasil, onde cerca de 80% 
das cargas são transportadas por trem, meio mais seguro e barato de transportar cargas a 
longa distância.
 E este é um dos principais problemas do país no ponto de vista logístico: a 
infraestrutura. Apesar da maioria dos transportes de cargas ser realizado pelas rodovias, 
pouco mais de 10% são pavimentadas - somadas resultam em menos de 250 mil quilômetros. 
Se compararmos a outros países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o 
atraso é gritante. A Rússia, por exemplo, tem mais de 600 mil quilômetros de estradas 
pavimentadas, a China e Índia têm, cada uma, cerca de 1,5 milhão de quilômetros. Mas 
vale destacar que nesses países as rodovias não são o meio de transporte mais expressivo.
 A malha ferroviária do Brasil soma pouco mais de 30 mil quilômetros, contra 63 mil 
quilômetros da Índia, 77 mil quilômetros da China e 87 mil quilômetros da Rússia. Apesar 
do Brasil possuir muitos rios, as hidrovias somam apenas 14 mil quilômetros, contra mais 
de 100 mil quilômetros que a Rússia e a China possuem cada uma. Além disso, o custo 
nos portos brasileiros é quase o dobro da média mundial: US$ 13 por tonelada contra US$ 
7. Toda essa falha na infraestrutura compromete o transporte e a logística de cargas no 
Brasil, tornando-a cara e ineficiente. 
 Somado a infraestrutura, o Brasil tem problemas relacionados à tecnologia, já que são 
poucos que utilizam sistemas apropriados e que forneçam dados precisos, com integração 
a outros sistemas e que possuam previsão de demanda. Com o crescimento econômico, 
a tendência é que essas falhas logísticas fiquem ainda mais acentuadas, chegando a um 
colapso logístico. 
 Uma solução a curto prazo, que pode reduzir esse caos, é a implantação de softwares 
que ajudem no controle de toda a cadeia de produção, oferecendo relatórios e dados 
confiáveis sobre a previsão de entrega e seu cumprimento.
 
 No decorrer deste eBook vamos explorar mais alguns casos específicos e apresentar 
algumas soluções.
DESAFIOS
LOGÍSTICA
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Tópico 2
Redução de custos com transporte de 
cargas é possível.
 Reduzir custos é uma das prioridades das transportadoras brasileiras no cenário 
atual, uma vez que a infraestrutura deficitária afeta diretamente na rentabilidade de seu 
negócio, em que os custos com transporte representam 11,5% do P.I.B. do país. O custo 
variável é um dos principais pontos responsáveis pela redução de rentabilidade. Entre 
eles estão: combustível, manutenção, pneus, pedágios e demais despesas operacionais 
afetados por fatores, como filas para carga e descarga, improdutividade na roteirização de 
percursos, péssimas condições de infraestrutura das estradas no país, congestionamento 
e mau planejamento logístico.
 Apesar da perspectiva de crescimento na movimentação de carga no Brasil, o país 
ainda sofre com a infraestrutura precária nas rodovias e vai exigir muito mais ações do 
governo (que passou muito tempo sem investir no setor e recentemente promoveu grandes 
investimentos, ações tardias, pois neste ano o Brasil já sofreu prejuízos no escoamento 
da safra de grãos) para oferecer melhores condições de locomoção, que pode afetar 
positivamente na produtividade das transportadoras.
 A tecnologia é a forte aliada para que estas empresas possam encontrar formas de 
enfrentar as barreiras e desafios, aumentando a rentabilidade, como a criação de pneus 
adaptáveis as condições das estradas, sistema basculante, cálculo de frete e softwares 
específicos para as necessidades do setor. Os sistemas de informação são, hoje, ferramentas 
primordiais para reduzir custos, pois além de ser uma fonte para tomada de decisões, 
são softwares que facilitam o controle e manutenção dos veículos, acompanhamento 
do percurso da carga, para garantir a segurança da mesma, facilitando e promovendo a 
administração eficaz de todas as atividades desenvolvidas pelas transportadoras. 
 Vale ressaltar que a organização que deseja melhores resultados deve sempre 
estar atenta às inovaçõese oportunidades do mercado. Uma boa opção é a utilização de 
Business Intelligence, viabilizando os diversos cenários dentro de um grupo de dados, que 
retornem elementos importantes para tomadas de decisão, viabilizando não somente a 
redução de custos operacionais, mas também a ampliação de oportunidades para inovar.
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Tópico 3
Segurança: o que fazer com cargas 
perigosas.
 A movimentação de produtos químicos perigosos merece cuidados de todos os setores 
envolvidos, desde a cadeia de produção, logística, armazenamento, até sua destinação 
final. É necessário que os profissionais envolvidos direta e indiretamente nestes processos 
sejam capacitados, treinados e atualizados, de forma a obter conhecimento sólido da 
legislação, das normas e procedimentos operacionais na manipulação, armazenagem e 
distribuição.
 A atenção especial deve estar voltada à manutenção preventiva e corretiva dos 
veículos que transportam este tipo de produtos, levando em consideração que os acidentes 
com produtos perigosos no modal rodoviário correspondem a 54% do total. Recentemente, 
em Londrina, no Paraná, houve uma blitz realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), 
direcionada aos veículos que transportam produtos perigosos. Em uma semana mais de 
1.700 veículos foram multados. É um número impressionante pela falta cometida por quem 
selecionou o transportador e não verificou as condições do veículo, falta cometida pelo 
transportador, por não atender às normas e legislação vigentes, e do motorista, por não 
utilizar o conhecimento obtido na capacitação para operação com a carga.
 As empresas de transporte de produtos químicos perigosos precisam utilizar 
ferramentas gerenciais que controlem e apontem as condições das manutenções do 
veículo e datas de vencimento dos extintores, o que reduz em muito os acidentes ou seus 
impactos, caso estes venham a acontecer. Essas ferramentas também podem ajudar no aviso 
ao responsável pelas CNHs a vencer, assim como cursos e capacitações que necessitem 
de atualizações periódicas, como é o caso do curso de Movimentação Operacional de 
Produtos Perigosos (MOPP). Uma boa ferramenta que pode ser utilizada, reduzindo custos 
e aumentando a segurança para as empresas e motoristas, é um software de gestão, que 
possua essas funcionalidades.
 Além do controle, rastreamento e manutenção periódica do veículo, deve-se tomar 
como medidas o respeito ao limite de velocidade, a acomodação adequada dos produtos 
e realizar o planejamento de rotas, paradas e o tempo necessário para o transporte seguro 
destes produtos.
DESAFIOS
LOGÍSTICA
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Continuação... Tópico 3
Segurança: o que fazer com cargas perigosas
 Outro grande fator, é certificar-se de que todos os documentos (como os certificados 
CIPP e MOPP) e a identificação dos produtos estejam corretos, pois, de acordo com a 
Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT ), para se realizar o transporte de cargas 
perigosas é necessário seguir regras e procedimentos específicos que constam nas 
Resoluções 3665/11 e 420/04, com base nas recomendações do Comitê de Peritos de 
Transporte de Cargas Perigosas das Nações Unidas. 
 Entre as exigências, podemos citar a autorização ambiental para transporte de 
produtos perigosos, um documento obrigatório desde junho de 2012 que deve ser solicitado 
junto ao IBAMA. Essas manutenções e controles são apenas algumas das condições básicas 
para iniciar uma viagem com segurança, além do fato de que é possível que os gestores 
tenham assessorias especializadas por meio de seus sindicatos e empresas de consultoria. 
Agradecimento especial:
André Moreira de Aguiar, Gerente Regional do Setcepar, Técnico em Meio Ambiente e Diretor Executivo da 
Harpia do Brasil, pelas informações concedidas para o desenvolvimento deste tópico.
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Tópico 4
Impactos com jornada de trabalho de 
motoristas podem ser reduzidos.
 A Lei 12.619, que regulamenta a jornada de trabalho dos motoristas profissionais 
de carga e de passageiros, propõe diversas mudanças que asseguram o estabelecimento 
do vínculo empregatício. Desta forma, o que se configura é a função, não propriamente a 
profissão, já que o cumprimento de suas atividades depende invariavelmente da atuação 
da figura do empregador.
 Assim, elementos como subordinação habitualidade esmagam a possibilidade de 
criar a dinâmica ética do profissional sem que tenha a interferência de seu empregador. 
Em outras palavras, o trabalhador se submete primeiramente às regras da empresa para 
a qual trabalha e, posteriormente, às definidas pela sua categoria. Acaba por delimitar os 
direitos e responsabilidades em nada fortalecidos pela classe a qual pertence.
 Observa-se uma verdadeira encruzilhada para o trabalhador que, por um lado assume 
os riscos de conduzir um veículo que notadamente possui vícios e por outro lado deve, 
em virtude de seu vínculo empregatício, submeter-se às ordens de seus superiores. Neste 
caso, o motorista deve impor sua avaliação, não podendo ela ser vista como insubordinação 
ou indisciplina, salvo se praticada sem justo motivo.
 Portanto se, de um lado aumenta a autonomia frente aos seus supervisores, por 
outro aumenta também a responsabilidade por eventuais danos causados pela falta de 
manutenção ou prevenção. Eis a razão pela qual a regulamentação da profissão de forma 
mais independente seria mais adequada, a exemplo da regulamentação dos aeronautas, 
pois a ética profissional prevaleceria diante das pressões dos empregadores e de suas 
ordens cujo principal interesse é o lucro.
 Para o empregador, a melhor forma de reduzir custos com a jornada de trabalho 
de seus motoristas, é o planejamento total do tempo do trajeto, evitando horas extras. A 
Lei 12.619 regulamenta o controle dos horários de trabalho, incluindo o tempo de espera 
que consiste em ficar aguardando para carga ou descarga do veículo no embarcador 
ou destinatário ou para fiscalização da mercadoria transportada em barreiras fiscais ou 
alfandegárias.
 E para que o contratante tenha controle sobre as horas trabalhadas do motorista, 
é importante que seja realizado o controle total do trajeto realizado pela mercadoria 
enquanto está sendo transportada, seja para o pátio de transbordo, seja para o cliente 
final. O respeito à jornada do motorista garante à empresa, além da redução de custos 
com honorários dos colaboradores, a segurança maior sobre a carga que está sendo 
transportada, reduzindo riscos de acidentes por excesso de cansaço físico ou desgaste do 
motorista.
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Tópico 5
Controle efetivo de pátio: como reduzir 
custos.
 Ao fechar um contrato para fornecimento de mercadorias, o desafio da empresa 
não está apenas na corrida interna de produção, com qualidade e baixo custo. Quando 
a mercadoria sai das imediações da organização, inicia a difícil tarefa de entregar a 
tempo no destino final. Esta tarefa, em grande parte das vezes, é de responsabilidade da 
transportadora, que deve superar dificuldades, como longas esperas, custos elevados de 
transporte e o risco à integridade do produto transportado, devido à precariedade das 
vias. Rotineiras no dia-a-dia de uma transportadora, esses danos podem ser evitados, com 
a previsibilidade do processo, em vez da contenção.
 Como o transporte pode impactar diretamente na confiabilidade, segurança dos 
produtos e tempo de entrega, podendo resultar na perca de credibilidade por parte do 
cliente da transportadora, é de suma importância para uma empresa de transportes poder 
minimizar problemas e possíveis riscos. O sistema logístico tem como principal componente 
o transporte, que pode ter a importância e o impacto dentro das organizações mensurados 
por meio de indicadores financeiros. Dentro das organizações, a representação, em média, 
do transporte é de 60% doscustos logísticos, aproximadamente 4% do faturamento e, às 
vezes, mais do que o dobro do lucro. Esses valores podem variar muito, de acordo com o 
setor e empresa.
 Segundo Paulo Fleury, presidente do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), 
a administração do transporte acarreta na tomada de decisões sobre diversos aspectos. 
“As decisões estratégicas se caracterizam pelos impactos de longo prazo, e se referem 
basicamente a aspectos estruturais. As decisões operacionais são geralmente de curto 
prazo e se referem às tarefas do dia-a-dia, dos responsáveis pelo transporte, como a 
escolha de modais, as decisões sobre propriedade da frota, seleção e negociação com 
transportadores e a política de consolidação de cargas. Dentre as principais decisões de 
curto prazo, podemos destacar planejamento de embarques, programação de veículos, 
roteirização, auditoria de fretes e gerenciamento de avarias”, explica.
 Além do controle do transporte interno, para as empresas que realizam o transbordo 
também é crucial saber o que está acontecendo com as outras organizações relacionadas 
ao processo. Por exemplo, empresa X acordou com a empresa Y de enviar 80 vagões para 
o transporte da carga que vem da empresa Z. Mas a empresa Y mandou apenas 50 vagões, 
ocasionando à empresa X a sobra de 30 caminhões carregados sem a possibilidade de 
descarregar. Isso vai acarretar em despesas extras para a empresa X, que vai precisar lidar 
com esses caminhões carregados, e para a empresa Z, que contava com o transporte dos 
80 caminhões com sua carga no tempo programado. Isso sem contar com a empresa K, 
que estava no final da operação, contando com o recebimento daquela carga.
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LOGÍSTICA
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Continuação... Tópico 5
Controle efetivo de pátio: como reduzir custos
 Esse tipo de problema pode ser evitado com um controle efetivo da logística de 
transporte, com um software que possibilite a comunicação entre as empresas envolvidas, 
para que não ocorram discrepâncias que levem a um prejuízo financeiro e de credibilidade 
às organizações envolvidas. A importância da aplicação de um software de controle de 
logística de pátio dentro de uma empresa pode ser medida de acordo com a representação 
do custo de transporte. Em uma indústria, por exemplo, este custo geralmente é o segundo 
maior, perdendo apenas para o custo de produção. Nos custos logísticos que englobam 
abastecimento, movimentação, armazenagem e distribuição, os encargos com o transporte 
variam entre 30% e 60% do total.
DESAFIOS
LOGÍSTICA
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Tópico 6
Escolha de modal pode tornar a logística 
mais efetiva.
 O transporte possui, basicamente, cinco modais para cargas: rodoviário, ferroviário, 
aquaviário, dutoviário e aéreo, cada um com características operacionais próprias, tornando-
os mais adequados de acordo com o tipo de operação e o produto a ser transportado. Os 
critérios que devem ser levados em conta para escolher o modal correto ou mais adequado 
para o transporte de uma carga, devem ser os de custo e de características de serviço. 
 Com diferenças de custo e valores substanciais entre si, vale a pena analisar bem 
qual seria o transporte mais adequado de acordo com a carga a ser transportadas e a 
distância que a carga vai percorrer. Além disso, deve ser considerada a qualidade do serviço 
oferecido em cada modal, como velocidade, consistência, capacitação, disponibilidade 
e frequência. Por exemplo, o transporte aéreo pode ser considerado o mais veloz, mas 
somente para distâncias médias ou grandes, já que o tempo de coleta e entrega também 
devem ser considerados. Porém, na prática, o rodoviário e ferroviário dependem do estado 
de conservação das vias e nível de congestionamento, que podem variar muito de região 
para região, modificando o desempenho dos modais.
 O duto é o transporte mais consistente, por não ser afetado por condições climáticas 
ou congestionamentos, podendo cumprir os tempos previstos. Já o modal aquaviário se 
destaca por seu desempenho em capacitação, que está relacionado à possibilidade de 
trabalhar com diversos volumes e variedades de produtos. Neste caso, o duto e o aéreo 
são os que possuem mais restrições e limitações. A disponibilidade é o ponto forte do 
transporte rodoviário no Brasil, já que é o modal que tem presença no maior número 
de localidades. Apesar de possuir mais de 8 mil quilômetros de costa e mais de 50 mil 
quilômetros de rios navegáveis, a precariedade da infraestrutura portuária, de terminais e 
sinalização, torna o modal aquaviário com baixa disponibilidade.
 Podendo ser acionado a qualquer momento, estando disponível 24h por dia, o duto 
também se destaca com relação à freqüência, ou seja, o número de vezes em que o modal 
pode ser utilizado em um dado horizonte de tempo. 
 No Brasil, em comparação com os Estados Unidos, tem uma utilização “exagerada” 
do modal rodoviário. São 61% de utilização no Brasil, contra 26% nos EUA. Por outro lado, 
o modal ferroviário é limitado no Brasil: 20% de utilização, contra 38% dos EUA. O excesso 
de oferta e a fragmentação que existe no setor rodoviário do Brasil pode explicar esse 
fator, já que com grande oferta, o custo do modal rodoviário fica bem mais competitivo, 
tornando os preços inferiores ao custo real. 
DESAFIOS
LOGÍSTICA
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Continuação... Tópico 6
Escolha de modal pode tornar a logística mais efetiva.
 O gerenciamento de transporte pode auxiliar a controlar os custos efetivos com os 
modais, auxiliando a planejar, executar, monitorar e controlar atividades relativas à carga.
 Com a utilização de um sistema efetivo, pode-se expedir, emitir documentos, 
controlar entregas e coletas de produtos, rastreabilidade da frota e de produtos, auditoria 
de fretes, apoio à negociação, planejamento de rotas e modais, entre outros. Este tipo de 
solução pode ser crucial para o negócio de empresas de transporte, que utilizam transporte 
próprio ou que utilizam transportes de terceiros.
DESAFIOS
LOGÍSTICA
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Tópico 7
Super-safra: como reduzir custos extra.
 A expectativa para 2014, no Brasil, segundo divulgado pela Companhia Nacional de 
Abastecimento (Conab) é de que a safra tenha colheita recorde, atingindo 195,9 milhões 
de toneladas, quantidade 4,8% maior do que a safra anterior. Esta “super-safra” é vista 
como uma ótima notícia pelo Governo, uma vez que o país é um dos celeiros do mundo 
e, com a safra maior, aumentam também as exportações. Este crescimento da colheita é 
consequência do aumento do plantio de grãos, com área 3,6% maior.
 Apesar do aumento da safra ser vista com bons olhos pelo secretário de Política 
Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, que tem a 
expectativa de que o Brasil supere os Estados Unidos na produção de soja, o país sofre 
com o problema de escoamento, que beira o caos. A maior parte da produção de soja 
é transportada por caminhões, além disso, grande parte da produção dos estados do 
Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Brasília) é escoada pelo porto de 
Santos, congestionando a cidade e os acessos rodoviários com filas de caminhões.
 Este ano, com uma safra quase 5% menor, a fila de caminhões no porto de Santos 
atingiu 25km em março, na rodovia Cônego Domênico Rangoni, em direção ao Guarujá. 
Segundo a concessionária da rodovia, a Ecovias, o que causou este congestionamento à 
época foi o tráfego de caminhões ligeiramente acima da média durante aquela semana. 
Para minimizar estes transtornos, o Governo Federal anunciou algumas medidas, como 
a abertura dos portos durante 24 horas, agilizando o escoamento da carga, evitando 
filas de caminhões nas estradas; ampliação da capacidade de armazenamento privado e 
público, para atender os quase 200 milhões de toneladas previstos pela Conab, além de 
disponibilizar R$ 25 milhões para financiamentos nos próximos anos,com juros de 3,5% 
ao ano e prazo de 15 anos para pagamento.
 Junto com essas medidas, o Porto de Santos contará com um sistema que 
sincroniza a chegada de caminhões. O objetivo da utilização deste sistema é evitar filas e 
engarrafamentos no período de escoamento da safra, que começa em fevereiro e tem pico 
nos meses de março, abril e maio.
 
 Muitas empresas poderiam efetuar a redução, ou anular, o desgaste com esta situação 
e filas causadas pelo período se utilizando de uma solução de agendamento de carga e 
deacarga. Com tal solução, as transportadoras se apropriam de meios mais eficazes de se 
comunicar com o um porto ou cooperativas de grãos, por exemplo, minimizando atrasos 
ou formação de esperas longas e cansativas em congestionamentos sem fim.
DESAFIOS
LOGÍSTICA
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Continuação... Tópico 7
Menos tempo de espera em filas reduz custos para o consumidor final
 Filas, congestionamento de caminhões e a demora no embarque geram muitos custos 
excedentes, como gastos extras com alimentação, estadias prolongadas de motoristas, 
combustível e diárias a mais dos navios, que ficam à espera da carga. Esses fatores também 
aumentam ainda mais o custo do frete, que é baseado no preço da carga e nos custos 
de transporte da mercadoria. Estes fatores aumentam ainda mais o repasse do valor aos 
consumidores finais.
DESAFIOS
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Super-safra: como reduzir custos extra.
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Tópico 8
Logística de escoamento prejudica 
exportação e importação.
 O Brasil é a sétima maior economia global, mas enfrenta falhas logísticas e de 
infraestrutura graves, que sofrem, principalmente, pela falta de investimentos adequados. 
Em 2012, o movimento registrado nos portos brasileiros, segundo estudo do Grupo AP 
Moller-Maersk, foi de apenas oito milhões de TEUs (contêiner intermodal de 20 pés), 
volume registrado apenas em um dos portos dos Estados Unidos. O maior problema 
enfrentado é a qualidade da infraestrutura portuária.
 A dependência do modal rodoviário, com estimativa do Ministério dos Transportes 
de que 58% das movimentações de carga do país são realizadas pelas estradas, eleva ainda 
mais os custos logísticos para o comércio. São diversos fatores que tornam o transporte 
rodoviário no Brasil de custo elevado, como acidentes, roubos, danos à carga e péssima 
qualidade das estradas. Apenas 16% das rodovias brasileiras são pavimentadas, o que 
torna a manutenção da qualidade da carga transportada ainda mais difícil.
 Em 2012, o Banco Mundial realizou um estudo que mostrava que o maior problema 
do Porto de Santos é o transporte terrestre. Segundo o estudo, o custo para o porto 
chega a ser de 25% a 40% mais caro do que para outros grandes portos mundiais. Os 
navios chegam para atracar a carga acabam tendo que esperar a chegada dos caminhões. 
Essa falta de controle logístico acarreta problemas em cadeia, já que pode atrapalhar o 
escoamento de outras cargas, porque com os navios no cais esperando, outras cargas 
precisam esperar que aqueles navios desocupem o local. 
 Existem casos de empresas que 80% dos caminhões, que deveriam fazer um fluxo 
regular até o Porto, acabam parados em Santos por uma semana e meia. Essa falha reflete 
na entrega do produto no cliente final e, em consequência, na credibilidade da empresa. 
Para minimizar esse tipo de problema, seria ideal o uso de agendador de cargas online, que 
faz o acompanhamento do processo logístico, sincronizando a chegada do navio ao cais 
do porto junto com a carga, por todos os portos e empresas que dependem do transporte 
terrestre para o escoamento de cargas. Dessa forma, mais empresas podem ser beneficiadas 
com a solução no destino final. É uma solução para que a logística de transbordo torne-
se menos caótica, aumentando a precisão de datas de entrega, minimizando os danos e 
custos com transporte de cargas.
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Tópico 9
Quais são as previsões de melhoria na 
infraestrutura de transporte do Brasil?
 Mudanças na infraestrutura do transporte brasileiro são mais profundas do que 
minimizar custos e danos às cargas, melhorias desse tipo têm reflexo direto e significativo 
no Produto Interno Bruto (PIB) do País. A melhoria na logística de transporte traz 
benefícios a toda a economia, em um efeito cascata. Essa reflexão é um dos motivos do 
olhar mais interessado do governo sobre as necessidades que o transporte no Brasil exige 
há décadas. Percebendo-se estes benefícios, é possível verificar que o que está em jogo 
não é o embarque no avião na hora certa, ou acabar com as pistas esburacadas, ter mais 
trilhos ou cais nos portos. O que está em jogo é o crescimento econômico do País como 
um todo.
 Segundo estimativas de consultorias especializadas, caso as licitações de estradas, 
aeroportos, portos e ferrovias previstas forem bem-sucedidas antes das eleições, estes 
investimentos já vão causar uma elevação de 3,5% no PIB ainda em 2014, resultado acima 
das expectativas em 1 ponto porcentual. Porém, é importante lembrar que essa perspectiva 
só é verdadeira caso todas as licitações sejam aprovadas e saiam do papel antes das 
eleições, o que é bastante improvável. Segundo relatório do Focus, do Banco Central, 
a previsão para o PIB no ano que vem é de 2,22%, na média, crescimento de 1,5% com 
relação ao ano anterior. 
 Para as empresas, indústrias e comércios que dependem dessa infraestrutura, o 
reflexo é muito maior em redução de custos. Porém, apesar dos dados otimistas das 
consultorias, é custoso ao produtor, ao empresário e ao industrialista esperar que seja 
realizada alguma mudança efetiva em pouco tempo, a ponto de melhorar a infraestrutura 
de forma que tenha reflexos significativos no balanço final de seus custos e lucros. Dessa 
forma, é importante que existam outras soluções, que consigam solucionar os gargalos 
causados pela infraestrutura deficitária e, ao mesmo tempo, permitam a redução de custos 
e de transtornos logísticos, causados pelas falhas de infraestrutura e, até mesmo, de 
comunicação.
Solução de agendamento de cargas para minimizar riscos
 A Bunge tem mais de 100 anos de dedicação ao agronegócio e à produção de 
alimentos e bioenergia no Brasil. É uma empresa global e integrada de agronegócio, 
alimentos e bioenergia, que opera em toda a cadeia produtiva, do campo à mesa do 
consumidor.
DESAFIOS
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Tópico 9
 No Brasil, a Bunge é uma das principais empresas de agronegócio e alimentos. Cerca 
de 20.000 colaboradores, é líder em originação de grãos e processamento de soja e trigo, 
na fabricação de produtos alimentícios e em serviços portuários. Desde 2006, atua também 
no segmento de açúcar e bioenergia. E para que pudesse reduzir custos e problemas com 
carga e descarga de seus produtos, além de poder cumprir com prazos, a Bunge utiliza a 
solução Carga Pontual, da Strada Soluções em Tecnologia, a fim de minimizar riscos.
 Segundo Luciano Bona, Coordenador de Operações Portuárias - Agronegócio & 
Logística da Bunge, o software solucionou os problemas logísticos e reduziu custos para a 
empresa. “Eu poderia dizer que o propósito foi concluído. Antigamente tínhamos problemas 
para sincronizar nosso espaço com os carregamentos que chegavam das origens. Temos 
pouco espaço, pedíamos para eles pararem de trazer as cargas e eles não paravam. Isso 
nos gerava diversos transtornos. Além disso, o agendador reduziu custos para a Bunge, 
principalmente de estadia. Não sei precisar quanto era antes e quanto é agora, mas com 
certeza reduziu”, comenta.
 Alexandre Vezzá, Gerente de Operações Portuárias de outra unidade da Bunge, 
ratifica que o Carga Pontual reduziu custos e riscos à empresa. “Sem um sistema que 
agende as cargas, você corre o risco de desbalanço na programação e chegar acima da 
capacidade de recebimento do terminal. Com o agendador, conseguimos estabelecer 
melhor a capacidade derecepção dos terminais e ter controle de todas as cargas ligadas 
à Bunge, inclusive aquelas em que o produtor entrega direto no porto, porque segue o 
mesmo critério de entrega das cargas que vão com frete pago pela empresa”, completa.
 Luciano Bona explica que o processo realizado pelo Carga Pontual poderia ser feito 
boca-a-boca, porém o uso da ferramenta é essencial para o negócio. “Com o agendador 
conseguimos, realmente, contar as cotas e o fornecedor consegue entender que, a partir 
do momento em que ele cadastra, é responsabilidade dele. Na prática, a gente avisando 
serviria, mas sem uma ferramenta, sem um sistema de gestão, que possa bloquear, as 
pessoas não cumprem. Então uma ferramenta, como o agendador, se torna essencial”, 
explica.de transporte da mercadoria. Estes fatores aumentam ainda mais o repasse do 
valor aos consumidores finais.
DESAFIOS
LOGÍSTICA
DA
20
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obtenher um novo olhar sob as atividades de gestão e inovação no dia-a-dia de sua emrpesa. 
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