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PATOLOGIA DO FÍGADO E SISTEMA BILIAR Funções do fígado: síntese de colesterol e ácidos biliares, metabolismo e conjugação de pigmentos biliares, síntese de proteínas plasmáticas, fatores de coagulação, produção alfa e beta globulinas/albumina, armazenamento de glicogênio, filtração do sangue (defesa pelas células de Kupffer) e transformação da amônia em ureia para ser excretada. Vasos que chegam: (oxigenado) pela artéria hepática advinda da artéria aorta e veia porta (vem do intestino trazendo consigo amônia, aminoácidos, compostos tóxicos, medicamentos). Vasos que saem com sangue desoxigenado: veia hepática indo para veia cava o sangue. Organização/histologia: lóbulos que são vistos em caso de necrose, como fígado-noz-moscada, presença do espaço porta (tríade portal: colédoco, veia porta e artéria hepática), os sangues se misturam e passam para capilares sinusoides, nos quais se distribuem por hepatócitos (difusão) e então desemboca na veia centrolobular que, ao final, se unem até formar a veia hepática e desembocar na veia cava. Fluxo é da periferia para o centro do lóbulo, sangue. Obs.: as veias centrolobulares sofrem muitos danos, por causa primordial de uma hipóxia que diminui a oxigenação e fluxo sanguíneo. Região que mais faz metabolismo por conta de enzimas/citocromo P450. Obs.: o fluxo biliar é inverso do sangue. Indo do centrolobular para periferia, até desembocar no colédoco/vesícula (onde realiza o teste na necropsia). - cordão de hepatócitos, canalículos biliares entre hepatócitos que vão para bile, vaso capilar sinusoide, célula estrelada (armazena e secreta a vitamina A, no fígado normal. Quando começa a ter lesão grave no parênquima, a célula para de armazenar e secretar a vit. A, na qual passa a ter produção de tecido conjuntivo fibroso, sendo responsável pela fibrose/cirrose no fígado). - hemólise extravascular (baço, fígado e MO) onde os macrófagos reconhecem a hemácia antiga, fagocitam e degradam formando a porção heme será convertida em pigmentos e a globina é reciclada para uma nova. A porção heme pode virar hemossiderina e bilirrubina. A bilirrubina não solúvel (não conjugada) vai para o fígado para virar solúvel (conjugada) e, então, ser eliminada. Ocorre-se muita fagocitose em doenças que estimulam o mesmo, ocorrendo hemólise extravascular. - hemólise intravascular é quando hemácia se rompe dentro da corrente sanguínea, como na Babesiose. Essa hemoglobina será fagocitada e dando origens a pigmentos e globina reciclada. Se houver uma lesão hepática, haverá acumulo de bilirrubina não conjugada no sangue, logo terá uma icterícia hepática. Se houver um excesso de hemólise, não conseguindo conjugar, ou seja, bilirrubina não conjugada, ficando acumulada e livre no sangue, icterícia pré-hepática. Hepatócito/fígado normal, mas foi para o canalículo biliar e essa bilirrubina conjugada não consegue ser excretada, logo, icterícia pós-hepática, devido a alguma obstrução no canal. Lipidose/esteatose/degeneração hepática Pode ter gordura, principalmente triglicerídeos, vindo do TGI, ou então, muito comum em animal causado por doença que está causando anorexia, logo, levando a busca de glicose como fonte energética que será quebrada e, então, terá diminuição da mesma levando a hipoglicemia, assim, levando a procura do tecido adiposo produzindo moléculas de ácidos graxos (fonte energética). Os triglicerídeos advindos do quilomicron entram no hepatócito para serem metabolizados e formarem outros compostos (triglicerídeos podem ser formados novamente, membrana plasmática – colesterol, fosfolipídios). Para o triglicerídeo não ficar na dentro da célula, ele precisa ser liberado, logo ele precisa conjugar a apoproteina, virando VLDL (lipoproteína baixa densidade) e ser liberado na circulação. Patogênia: Quando há acumulo é devido pela baixa apoproteina (proteínas) que não se ligaram o suficiente nos triglicerídeos para virar VLDL e serem liberados. Tem-se baixa apoproteina na célula, haverá acumulo de triglicerídeos, logo, causando uma lipidose. Existem doenças genéticas que tem correlação com deficiência de apoproteina. Excesso de entrada de triglicerídeos sobrecarrega e não terá apoproteina para todos, levando acumulo. A falta de ATP atrapalha também metabolismo para liberação. Hipóxia, toxinas (antifúngicas) inibem microtubulos que fazem parte do citoesqueleto da célula, na qual ajuda a movimentação da célula atrapalham a liberação dos triglicerídeos. - acúmulo de triglicerídeos - triglicerídeos são absorvidos (alimentação, metabolização do tec. adiposo), então vai para a circulação e podem ficar em forma de triglicerídeos ou quilomícron, logo, entram nos hepatócitos e são quebrados em ácidos graxos (fonte de energia e formação de outros lipídeos). Portanto, triglicerídeos em excesso causa lipidose e formam o VLDL para não acumular no fígado, o VLDL vai para a circulação e vai para o músculo estriado e adipócitos, VLDL em excesso = Aterosclerose! - Outras causas: situações que levam a hipóxia, dificuldade de eliminação dos triglicerídeos do hepatócito, mutações gênicas de proteínas, cetose (síndrome de gasto de energia), pós-parto (demanda muita energia), distúrbios endócrinos (diabete mellitus – hipóxia da célula devido a não entrada de glicose), hipotiroidismo (redução do metabolismo), pancreatite Causas: Hipóxia e toxinas excesso de ingestão de lipídeos diabetes melitus (cães principalmente. Deficiência na produção de insulina ou resistência da insulina ao receptor. Sendo importante para a glicose que está na circulação para parte intravascular, levando ao acumulo de energia e usando) e hipotireoidismo (acumular gordura em poucos lugares devido ao baixo metabolismo) em alguns animais, maior demanda energética não supre quando apenas pela alimentação (inadequada), como pico de lactação (demanda energética muito alta dependendo a alimentação adequada), final de gestação e gestação gemelar-ovinos (toxemia prenhez depende da alimentação adequada para acompanhar, se não tiver, vai ter outra demanda energética tendo quebra do tecido adiposo periférico). Fígado pálido, amarelado, aumentado = macroscópico. Aumento de triglicerídeos leva ao aumento de ácidos graxos entram no ciclo de Krebs que formarão os corpos cetonicos (são tóxicos), causando uma CETOSE (síndrome). Clinicamente apresenta sinais neurológicos pela lesão no neurônio central. Pode liberar através da urina esse corpo cetonico. Lipidose hepática felina: animais obesos, deficiência nutricional, estressados, jejum. Tendo sinais clínicos como vomito anorexia, perda de peso, icterícia e hepatomegalia, necrose do centro do lóbulo (não chegam sangue). Acabam tendo aumento de mobilização e capitação de ácidos graxos, alteração na formação e liberação de VLDL, e menor oxidação de triglicerídeos. Geralmente, podendo ser primaria ou secundaria* (diabetes melitus, pancreatite e neoplasias). Hiperlipoproteinemia idiopática (Schnauzer): lipemia, maior VLDL e hiperquilomicronemia Hiperlipoproteinemia familiar (gatos): defeito da lipase – há um acúmulo de lipídeos em vários órgãos. Acumulo de glicogênio - acumulo de glicogênio - Causas: perturbações metabólicas (diabetes melitus), degeneração hepatocelular induzida por glicocorticoide (glicogênio sintetase), hiperadrenocorticismo hipofisario (secundário) ou adrenal (primário) excesso de estimulo que produzem ACTH, como em casos de neoplasias de hipófise. Assim ACTH estimula o córtex da adrenal a produzir mais cortisol (quando tem carcinoma lateral, a outra vai atrofiar), distúrbios hereditários pela deficiência de vitaminas (deficiência de 6-glicose-fosfatase que é uma enzimaem Maltês glicose em deficiência levando a hipoglicemia ficando apático, convulsão, não brinca) Visualização macroscópica: fígado aumentado e pálido, hepatócitos aumentados até 10x, da para palpar facilmente. Contribui para abdômen ficar aumentado de volume. Amiloidose - deposição de amiloides no espaço Disse, sendo proteína mutada. - comprime os hepatócitos, perdendo o parênquima hepático pode levar a uma insuficiência hepatica e, posteriormente, a uma síndrome nefrotica quando deposita no glomérulo. - imunoglobulinas (AL) e proteínas séricas (AA) - estimulação antigênica prolongada por infecções crônicas, inoculações repetidas, inflamações graves - discrasias plasmocitárias**/linfocitárias neoplasias, por exemplo, mieloma múltiplo** - cavalos pelo soro produzido para vacinas - Sharpei pela alteração genética que tem por conta da mutação exacerbada pode haver uma mutação da proteína amiloide Aspecto macroscópico: comprimi os hepatócitos, mais corados Aspecto microscópico fígado alaranjado Doença do armazenamento de cobre - excesso de cobre podendo vir pela alimentação e o fígado pode armazenar, metabolizar e excreção. - cofator para enzimas que auxiliam para a função das mesmas como formação do colágeno que precisa de cobre Intoxicação/distúrbio metabólico (metabolismo e excreção) linear para acumulo, metabolismo e excreção do cobre. - Porém, existe um linear para o acumulo de cobre, logo, cada espécie possui sua quantidade máxima, sendo ovino, espécie com menor quantidade para acumular. Seguida de bovinos, suínos e cães (Doberman e West, Cocker) Etiologia para causas da intoxicação: - suplementação excessiva oral ou parenteral (não comum) - pastagem contaminada com sulfato de cobre (herbicidas) - ovinos com acesso a formulações de bovinos (predominância) - Senecio brasiliensis, Echium plantagineum e Crotalaria spp (cai na circulação causando lise de membrana, logo hemólise intravascular) - pastos com concentração normal de cobre, mas com pouca quantidade de molibdênio (antagonista na absorção/armazenamento, levando a mais absorção?) Aguda: fígado alaranjado, rins escuros; necrose centrolobular e medizonal; hepatite e/ou colangihepatite Crônica: hemólise intravascular severa (anemia, ictéricas e hemoglobinúria); em ovinos pela pastagens de 15 a 20 mg/kg de cobre; necrose de hepatócitos, inflamação crônica e fibrose IH em cães - hemólise aguda grave levando a dois casos: necrose hepática e hemoglobinúria, levando a necrose tubular aguda renal (cor de Coca-Cola) - filoeritrina = fotoativo (reage a luz) - a filoeritina fica livre na circulação e se deposita nos tecidos, produzindo radicais livres e fazendo uma lesão inflamatória devido à exposição à radiação. - em casos graves leva a úlceras - todo herbívoro produz a filoeritrina, porém é eliminado pela bilirrubina normalmente, nos canais biliares - as lesões cutâneas avermelhadas são característica desse distúrbio a demarcação é certinha na região branca da pele do animal, podendo também na mucosa ocular ou outras mucosas. Na região preta é devido melanina (proteção) - leva a obstrução dos canalículos biliares Alimentam-se de verde (capim) onde contém clorofila, na qual será degradada no rumén produzindo vários compostos (filoeritrina), liberando filoeritrina que se depositam no fígado e saem nos canais biliares. Mecanismo normal. O problema é quando essa filioeritrina não consegue ser excretada pelos canais biliares que podem estar obstruídos, onde se acumulam e, posteriormente, na pele do animal causando lesões cutâneas avermelhadas quando expostos na luminosidade que forma uma reação com o composto que induz ao processo inflamatório. Principalmente em ingestão de Brachiaria que causam obstrução, em alguns bovinos. Anomalias de desenvolvimento/congênitas do parênquima - cistos múltiplos: comum em gatos e suínos. Doença hepática policística (rara) podendo vir até junto com a doença policística renal. - doença cística congênita: presente em cães e gatos persas - conexão anormal entre: artéria hepática e veia porta (intra-hepático); veia porta e outra veia sistêmica (extra-hepática) Obs.: os cistos são originados pelo ducto biliar/canalículo biliar que dilatam e tem aspecto/material a bile, ou seja, amarelado- esverdeado. Obs.: um único cisto não compromete a função total do parênquima. Dessa forma, os múltiplos comprometem funções do parênquima. Fistula arteriovenosa - comunicação/canal através da artéria/ramo e veia/ramo - congênito podendo ter quadro adquirido em questão da ascite etc Isso ocorre dentro do parênquima hepático (microscópico), porém reflete no funcionamento hepático em geral. À esquerda (azul) apresenta fígado com lóbulos hepáticos, veia centrolobular, espaço porta (ramo da veia porta, artéria hepática e ducto biliar). Do intestino é a veia porta (mais avermelhado) e a veia cava. Os animais podem nascer/congênito com ligações dentro do parênquima hepático com ligações do ramo da artéria hepática e ramo da veia porta por ser uma má-formação, ou seja, uma alteração gênica no desenvolvimento do fígado, fazendo com que essas estruturas se comunicam. No entanto, pode ser focal (dificilmente enxerga alteração no fígado), porém, o problema é quando é multifocal a fistula, ou seja, grave (quantidade) e em vários lóbulos (PROBLEMA), pois quando há mistura do sangue (mais comum é que o sangue da artéria vá para veia por questão da parede/pressão por causa da fistula), indo o sangue arterial para veia em vários locais do parênquima, levando a diminuição do fluxo devido ao enchimento da veia porta/ramo. Assim, em longo prazo, fora do fígado, pode levar a um quadro de ascite (adquirido), devido a não entrada/complicação de sangue vindo do intestino, logo, leva a uma congestão (muito sangue retido na VP) com aumento de pressão hidrostática (hipertensão) e diminuição da oncótica. Pode ocorrer também, é quando tem obstrução vascular de forma crônica, as células endoteliais farão novos vasos ligando a VP em VS (principalmente a veia cava) quando rompidos desvios portosistêmico/neovascularizaçãoes. São vasos finos que se desembocam na veia cava/ázigos, por isso leva a amônia para o SNC. Ajuda escoar o sangue, mas o problema é que a VP leva ao fígado substancias para serem metabolizadas como aminoácidos/glicoses/toxinas. A principal toxina a ser convertida no fígado é amônia que caiará na circulação sistêmica, sendo que uma parte não será convertida. Logo, a amônia poderá levar a alteração da permeabilidade vascular, vasculite, porém, faz muita lesão neuronal (atrapalha neurotransmissores, edema cerebral, necrose neuronal) adquiridos!!!! Leva a quadro neurológico (convulsão/epiléticos/coma/agitados) e em quadro clínico, encefalopatia hepática. - ramos da artéria hepática ramos da veia porta - arteriolização e hipertensão portal - desvios portosistêmicos extra-hepático adquirido Anomalias de desenvolvimento: desvios vasculares (shunts) portosistêmicos congênito - conecta o sistema venoso portal a circulação venosa sistemia - intra-hepático: raro acontecer! - persistência do ductus venosus fetal (esquerdo) - cães de raça grande - extra-hepático: - veia porta: veia azigo ou cava - cães de raça pequena e gatos - quadro clínico: depressão, convulsão, subdesenvolvimento, encefalopatia hepática (mais comum de ocorrer) - macroscopicamente: fígado diminuído sem presença de ascite - microscopicamente: atrofia lobular, veia porte pequena ou ausente e vazia, arteríolas hepáticas tortuosas e numerosas, vasos linfáticos dilatados - é diferente de relações adquiridas O fígadoapresentará lobos todos direitinhos, espaço porta correto sem comunicação. Porém, a comunicação acontece fora do fígado (nasce assim), ou seja, a VP extra-hepática tendo comunicação (vaso – Shunt porto-caval) com a veia cava. Esse vaso que é congênito é mais calibrado, possui um vaso e, logico, maior calibre, mais desvio de sangue. Toxinas irão para veia cava e, posteriormente, para circulação sistêmica, sendo quadro clinico encefalopatia hepática (quadros convulsivos). NÃO TEM ASCITE, pois não há cogestão/obstrução!!! Há cirurgia quando descoberto antes em que se coloca um anel que vai fechando aos poucos esse desvio. Necrose/degeneração hepática - degeneração é inicial evoluindo para necrose - necrose centrolobular (zonal): doenças cardíacas, anemia, causas de hipóxia e toxinas associada à hipóxia, ICD, etc. Sendo que em quadros de toxinas leva a necrose devido à metabolização do citocromo P450 (metabolismo muito ativo) que formam muitos outros compostos tóxicos. - necrose perriportal (zonal): não comum! Geralmente agentes infecciosos. - necrose difusa: infarto, torção do fígado e extensos números zonais. Quando vai aumentando sem a causa retirada. - necrose aleatória multifocal: mais comum! Protozoários (T. canis), vírus (Herpesvirus), bactérias (septicemias em neonatos – Salmonelose e Listeriose), doença do armazenamento de cobre (em excesso). É quando não tem zona certa para necrose, ou seja, pode acontecer em varias zonas. Agentes infecciosos se fixam/localizam e causam lesão hepatite. Obs.: quando é tratado, ou seja, a causa primaria da doença seja tratado-retirada pode acontecer regeneração do fígado (e também pela presença de células tronco e hepatócitos que consigam se multiplicar). Principalmente, para regeneração, é importante quando há presença de fibras reticulares que se organizam e formam novos cordões (que se apoiam) para arquitetura do fígado. Se a lesão for grave e as fibras forem danificadas, por mais que tenha hepatócitos se regenerando, não se organiza mais em cordão. Figura 1: áreas pálidas multifocais - necrose. Em quadros de hemorragias ficam avermelhadas. Figura 2: cordões de hepatócitos presentes, mas na região superior apenas células necróticas. Toxoplasmose, herpesvírus. Figura 3: áreas multifocais coalescentes pálidas. Ao corte, as manchas (pálidas) continuam do parênquima adentro. Figura 4: áreas centrolobulares (C), com cordões de hepatócitos visíveis. Áreas claras são de necroses que perdem arquitetura. No espaço porta, notório que há pontes (unificam-se), ou seja, progressão da necrose. Obs.: foram feitas necroses graves, levando a lesão e perda das fibras reticulares para regeneração. Haverá estimulo para formação de novos hepatócitos (multiplicação e organização desordenada), mas como não tem fibras, começam a formar estruturas nodulares. Assim, as células estreladas, quando há lesão grave, produz tecido conjuntivo fibroso, na qual fica fibrosado o local de necrose (crônico). Também tem estimulo e proliferação de ductos biliares desordenados. REGENERÇÃO NODULAR – FIBROSE. Aspecto de noz-moscada - congestão + necrose centrolobular Quando é difuso, se caracteriza como cirrose (tem que apresentar as três caracteritiscas). Cirrose – estágio terminal (não retorno) - regeneração nodular (tentativa de regenerar. Ele prolifera, mas de forma desorganizada) - fibrose - hiperplasia de ductos biliares - causas: insultos tóxicos crônicos, obstrução biliar, hepatite e congestão hepática passiva crônica (cirrose cardíaca sendo oriunda da ICCD – acaba morrendo antes) qualquer doença crônica leva a cirrose. - macroscópico: amarelado (devido à bilirrubina não conjugada que não consegue conjugar), nódulos (LEMBRAR DE CHOKITO!). - microscópico: nódulos, necrose, difuso, desorganizado. - já é diagnostico morfológico. Não há mais lóbulos, apenas tecidos conjuntivo. Ducto biliar proliferado, não tem mais visão de espaço porta... sem arquitetura de um fígado. Na seta da imagem 2, é área de hepatócito tentando se regenerar (nódulos) e o resto tudo fibrose. Clínico/anatopatológicos: icterícia, hipoalbunemia, edema, atrapalhar no metabolismo de triglicerídeos, fator de coagulaçãodanificado, etc. Distúrbios metabólicos da insuficiência hepática - encefalopatia hepática: leva ao aumento de amônia - hemorragias - fotossenssibilização - hipoalbuminemia (baixa pressão oncótica) + hipertensão portal (aumento de pressão hidrostática na veia porta) = ascite = neovascularização porto- caval adquirida. Veia porta não consegue mandar o sangue para dentro do parênquima (sem estrutura – ficando armazenado na veia porta, podendo levar a formação de novos vasinhos). Obs.: Não precisa ter todas alterações para levar ao quadro de cirrose, apenas um é o bastante. Depende de cada caso. Shunt extra-hepático - congênito X adquirido - fígado pequeno: retraído devido à fibrose. Com nódulos de regeneração. LEMBRAR DE CHOKITO! Figura 1: apresenta neovascularizações (adquirido). Figura 2: ascite amarelada devido a bilirrubina não conjugada (icterícia) Processos inflamatórios - hepatite - vias de entradas de agentes: hematógena, penetração direta (reticulo pericardite traumáticas) e ascendente pelo sistema biliar (vindo do ducto biliar que desemboca no duodeno que é cheio de bactérias, principalmente a Salmonela) - hepatite = inflamação do hepatócitos - colangite = inflamação do sistema biliar (ducto biliar/canalículo) - colângio-hepatite = envolve as duas coisas, principalmente em gatos que fazem muitos - pericolangite = inflamação ao redor dos ductos biliares do espaço porta - hepatite portal = geralmente, quando a inflamação é apenas no espaço porta. As vezes, secundários a vasculite ou inflamação dos ductos biliares. Período de evolução: Hepatite aguda (período de 15 dias: ou recupera ou morre) hepatite crônica (depois de 15 dias – fibrose no parênquima) Hepatite crônio-ativa (casos como Leptospirose, onde apresentou o quadro agudo e não veio a óbito, porém, o agente infeccioso ainda esta no local, assim, animal parece estar assintomático – crônico. Mas, passa um tempo, volta ao quadro agudo). Hepatite 1. Hepatite viral - não frequente, pois, geralmente, os animais são vacinados. A vacina contempla o vírus. Geralmente, acomete cães não vacinados, filhote, não concluiu completamente a vacinação. Animais de rua e fazenda. É causado por adenovírus tipo I, uma das características importante é a realização da vasculite, pois o vírus ele tem tropismo por celular endotelial (na qual faz a lesão por vasculite), realizando um quadro inflamatório no vaso. Faz-se lesão endotelial, o animal poderá apresentar como consequência: trombo, edema (ascite), hemorragia. O que chama atenção é a formação dos trombos, pois não consegue ser visualizado macroscopicamente, mas pode levar a áreas de infarto. E, também, outro local que ocorre a proliferação do vírus é nos hepatócitos, realizando o quadro de hepatite necrotizante multifocal aleatória. Em quadros graves/agudo, leva ao óbito rapidamente, porque faz vários pontos de necrose com processo inflamatório, com edema, hemorragia. Logo, nessa fase adulta é palpável o fígado, pois o mesmo se encontra aumentado/doloroso, diarreia, vomito. Uma consequência da lesão vascular com a formação de múltiplos trombos é a CID (coagulação intravascular disseminada) que ocorre lesões em múltiplos vasos ao mesmo tempo com formação de trombos, alguns animais morrem por esse quadro. Como ocorre em microvasos (CID), leva a pequenos infartos em outros órgãos (falência múltipla de órgãos). Glomerulites/glomerulonefritepode sofrer em casos de vasos. Está tendo vasculite, então, os fatores de coagulação vai até o local para estancar o lesão/sangue, realizando múltiplos trombos. Mas o fígado também está sendo lesionado ao mesmo tempo. Os fatores de coagulação, portanto, estão sendo consumidos, porém, que os produz é o fígado (está afuncional), se a lesão está grave, não produz, levando a um quadro = diátese hemorrágica (sangramento de vários locais). Dependendo do estagio que vier ao óbito, pode ter presença de CID ou diátese hemorrágica (aguda – em menos de 10 dias, óbito). Insuficiencia hepática aguda já pode ocorrer distúrbios hemorrágicos, não necessariamente chegar a uma cirrose, pois, a meia-vida de fatores de coagulação é baixa (consumo e produção direta). Em caso de albumina, só se encontra baixa no exame, se o fígado estiver na fase crônica, pois a meia-vida da mesma é longa. Figura 1 no slide: Figado fica avermelhado, com areas multifocais de necrose, aumentado, hiperemia, etc. Figura 2: Estomago fechado com focos de hemorragia coalescentes. Figura 3: coração com areas de hemorragia. Podem ser vistas em qualquer local. Figura 4: microscopicamente, as áreas vermelhas são focos de hemorragias podendo ter infiltrado inflamatório (não grande) Figura 5: o vírus faz uma lesão característica, como degeneração hialina ou corpúsculo de inclusão (intranuclear) no núcleo dos hepatócitos. Figura 6: animais que sobrevivem à fase aguda (difícil) desenvolvem formação de imunocomplexos e lesão corneal (edema de córnea – azul). Não é exclusividade da canina, qualquer uma pode fazer (Erliquiose). Pode ficar cego ou não, depende da gravidade. Obs.: diagnostico diferencial para herpevirus canino, pois também faz corpúsculo de inclusão. Porém, é mais raro. Acomete mais em neonato (1 mês de idade). PCR, imunohistoquímica. Obs.: ascite + fibrina (por aumento da permeabilidade vascular – exsudato inflamatório) Obs.: lesão na vesícula biliar (edema na parede da vesícula biliar) nos casos de hepatite pode levar ao edema, ficando com a parede espessada. 1.1. Outros vírus - peritonite infecciosa felina (PIF): inflamação piogranulomatosa/fibrinosa (depende da resposta imunológica do animal). Muita fibrina com esteatose. No caso da figura. - anemia infecciosa equina (AIE): hepatite portal - adenovírus (tipo II): cordeiros, cabritos e bezerros, ou seja, acomete mais filhotes/reprodução. Faz necrose hepatocelular, colangite e necrose biliar. 2. Hepatite bacteriana - abscessos hepáticos: trueperella pyogenes (em bovinos, que faz glomerulonefrite também), staphylococcus spp, salmonela (intestino ou via ascendente do ducto biliar ou sepse em bezerros). - necrotizante: fusobacterium necrophorum (é uma bactéria oportunista, faz muita necrose. Ou seja, o animal apresenta uma lesão prévia, a bactéria por ser oportunista vai migrar e penetrar nessa lesão, aproveitando a área que tem hipóxia, assim, se proliferando e produzindo mais toxinas, aumentando a necrose do local. Geralmente, chega ao fígado secundário à lesão ruminal – ruminite – é questão de manejo. A infecção pode ser por extensão pelo contato do fígado com rúmen ou via sistema porta extensas áreas de necrose), leptospira interrogans sorovar grippotyphosa (realiza muita hepatite – animal vai a óbito por quadro agudo ou crônico-agudo, alguns animais podem desenvolver cirrose) - hemoglobinúria biliar: clostridium haemolyticium e novyi (quadro semelhante ao haemolyticum, porém, não faz hemólise. A toxina faz apenas necrose hepática. O animal faz febre rápida e alta, antes do óbito. Dessa forma, na necropsia, animal muito autolisado – pseudomelanosa hepatite necrotizante em bovinos ou doença negra). Figura 1: rúmen de veado com múltiplos focos de ulceras na mucosa (não muito grave) Figura 2: no figado com areas palidas (necrose de hepatocitos) que não se vê a bacteria, mas as vezes encontra. Obs.: porta de entrada para filhotes, umbigo. Para formaçao de abcessos em questao de staplylococcus/trueperella etc. já em adulto é pelo rúmen ou lesões graves. 2.1. Hemoglobinúria biliar - bovinos e ovinos - agente etiológico: Clostridium haemolyticum -trematódeo Fascíola hepática (formas imaturas/larvais) O agente etiológico também fica no ambiente, se penetra no organismo por lesão, ficando “armazenado” nas células de Kuppfer (macrófagos que fagocitam) e fica na forma latente fígado normal. Se ocorrer situação de anoxia/hipóxia que desenvolva necrose no parênquima hepática, esses bacilos se reativam (vírus)/se proliferam e, posteriormente, produzindo uma toxina (fosfolipase C), levando a uma consequência como necrose de hepatócitos (aumenta a área que já havia de necrose) e hemólise instravascular. Essa doença pode acontecer qualquer estimulo prévio, mas muito comum em regiões de fasciolose (fascíola hepática – trematódeo) que em adultos fica no ducto biliar, porém, até chegar ao ducto, ele vai migrando no parênquima realizando necrose. O animal adquire fascíola por metacercaria (larva jovem). - aspecto macroscópico: áreas de necrose no parênquima acompanhada de hemorragia, icterícia e hemoglobinúria (necrose tubular) - aspecto microscópico: inflamação, necrose, hemorragia 3. Hepatite parasitaria 3.1. Nematoides: áscaris suum, stephanurus dentatus, strongylus e toxocara canis ficam no insteniso, mas causa hepatite pela migração das larvas migrans visceral (L3 e L4) que passa pelo fígado, podendo levar granuloma/necrose/hepatite. Hepatite eosinofilica. A migração ocorre em animais adultos. Obs.: a fêmea prenha, no final da gestação, por estimulo hormonal, as larvas migram para o feto placentária. Em casos de toxocara canis. 3.2. Cestodeos: taenia hydatigena (cães), echinococus granulosus – parasita adulto, que libera as larvas nas fezes (cisto hidáticos – forma imatura das larvas no centro deles) Obs.: taenia é adulto e cisticerco a larva (presente no fígado) em que essa larva fica englobada numa capsula cisto hidático. 3.3. Trematódeos: fascíola hepática (ducto biliar na fase adulta. Pode fazer colangite, obstrução do ducto etc). maior que platynosoma. Obs.: Fígado local que passa muito parasitas, ponto de passagem. Obs.: Platynosoma phastoso em felino = trematódeo. Parasita em vesícula biliar. É minúscula. Realiza colangite e muitos são assintomáticos. O intermediário é a lagartixa/taruíra presente na vesícula biliar. 4. Hepatite nutricional 4.1. Hepatose dietética - suínos jovens (crescimento rápido) - deficiência de vitamina E/selênio doença da amora, necrose hemorrágica. Dessa forma, faz um ou ambos. Necrose de musculo e fica branco, mas em suíno pode ficar avermelhado porque juntamente tem necrose vascular. - aspecto macroscópico: necrose centrolobular a massiva - aspecto microscópico: necrose, infiltrado inflamatório 5. Hepatite tóxicas - 80% de suprimento sanguíneo vêm da veia porta - capacidade de biotransformação – bioativar formas tóxicas (citocromo P450). Como aflotoxina que vai para ser metabolizada e acaba produzindo formar mais tóxicas. Plantas tóxicas: Cestrum laevigatum (coerana, bauna) realiza uma hepatite necrotizante aguda, com necrose bem grave centrolobular disseminada no parênquima encefalopatia hepática, hemorragia. Tendo quadro/diagnostico diferencial a raiva; Cica revoluta (agudo). Aflatoxina: Aspergillus flavus e A. parasiticus - toxina fungica (fungo de cereais ou rações) e carcinógeno (não desenvolve quadro agudo, pode fazer lesão acumulativa no DNA e alguns anos ter neoplasia hepática) - aflantoxinas no fígado intermediários tóxicos se ligam DNA (mutação), RNA (mutação)e alterações nas proteínas - fase aguda: hemorragia e necrose, em cães - fase crônica: degeneração, necrose, hiperplasia biliar, fibrose (pode levar a cirrose, dependendo da espécie e dose/ingestão) e megalocitose (característica predominante – célula grande com núcleo grande, porque muitas vezes, as células multiplica o material genético, mas por alterações não se dividem, ficando com hepatócitos aumentados por vezes, diagnostico!!!). Figura 1: Fígado com fibrose e esteatose, estômago com sangue (hemorragia – espontâneo por fatores de coagulação) e intestino com sangue digerido. Icterícia nas mucosas e órgãos. Às vezes, a contaminação pode vir por causa primária. Na ração existe um linear que pode ter a presença assim como em amendoim, mas é uma toxina muito potente levando a quadro agudo pela quantidade ingerida de uma única vez. Porém, a forma mais comum é quando consumida de pouco em pouco, em quantidade, levando a quadro crônico. Figura 2: muita fibrose e vacúolos de esteatose (ingestão de lipídeos, a falta de proteínas, citoesqueleto prejudicado). Citoesqueleto é o robô para movimentação das vesículas para liberação, como a aflotoxina faz alteração/lesiona nele e também no DNA, acaba acumulando. 6. Hepatite toxica medicamentosa - grandes doses pode fazer hepatite tóxica, principalmente, proprietários que ministram de forma inadequada. - gatos com deficiência de glucoroniltransferase - caprofeno em labradores - principal em tratamento com primidona e fenobarbital anticonvulsantes que fazem tratamentos prolongados e, então, pode induzir a mesma. - sinais como insuficiência hepática sendo estagio terminal pode levar a cirrose PATOLOGIAS DE DUCTOS BILIAR E DA VESICULA BILIAR 1. Obstrução biliar: agressão hepatocelular inflamação fibrose. Pós-hepática. 2. Colangite: inflamação do ducto biliar/canalículo. 3. Colecistite: inflamação na vesícula biliar - hepatite infecciosa canina: edema e hemorragia - Salmonella enteritidis: em bovinos. Faz lesão de duodeno e por via ascendente chega ao ducto biliar causando um exsudato fibrinoso que gruda na mucosa. Patagnômonico da salmonela membrana de fibrina aderida é Salmonella. - Colescitite crônica: infecções bacterianas crônicas, colelitos e parasitas. 4. Hiperplasia biliar: cães senis – hiperplasia cística da mucosa. Alterações hiperplásicas e neoplásicas - hiperplasia nodular hepatocelular (não é de cirrose!!!). Cães idosos tem hiperplasia nodular, mas pode ser uma neoplasia, saberá por exames. - hiperplasia colangiocelular (reação do fígado a agressão) - adenoma hepatocelular/carcinoma hepatocelular = hepatócitos - adenoma colangiocelular/carcinoma colangiocelular (colangiocarcinoma) = ducto biliar (mais comum) - neoplasias metastáticas - hemangiossarcoma por ser muito vascularizado
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