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Tétano 1 🪓 Tétano @Igvetstudy Definição Enfermidade neuromuscular causada pela toxina tetanospasmina produzida pela bactéria anaeróbia Clostridium tetani, habitante normal da flora intestinal dos mamíferos, com predileção por feridas contaminadas, necróticas, anaeróbias (punção, cirurgia, lacerações, queimaduras, crioulceração, fraturas abertas, abrasões). A infecção se desenvolve quando há contato direto do agente com lesões na superfície cutânea. Esporos germinativos produzem exotoxinas potentes, a tetanospasmina (toxina tetânica), nas feridas; resistentes aos desinfetantes. Na maioria dos casos, os esporos são introduzidos nos tecidos através de ferimentos, particularmente aqueles por perfuração profunda, que proporcionam um ambiente anaeróbio adequado. O agente é encontrado nas fezes de animais, principalmente do cavalo, em solos contaminados por elas, além de fômites que permitem um ambiente anaeróbio, como peças enferrujadas e currais. Etiologia Causada pelas toxinas do Clostridium tetani. Bacilo gram-positivo anaeróbio. Reto, delgado e apresenta endósporos esféricos, tem uma de forma de “raquete, aos microrganismos esporulados. Identificação Cães- ocasionalmente Gatos- raras vezes Entradas do agente no organismo Ferida perfurante. Introdução do trato genital no momento do parto. Tétano 2 Infecção do cordão umbilical. Traumas tissular após procedimentos como orquiectomia, tosa, vacinas, injeções de medicamentos e extração dentária. Patogenia As infecções ocorrem quando endósporos são introduzidos nos tecidos traumatizados a partir do solo ou de fezes. A doença ocorre após uma ferida contaminada por Clostridium tetani, em que condições anaerobiose possibilitam a germinação do agente. As bactérias vegetativas, ao multiplicar-se em tecidos necróticos, produzem duas exoproteínas, uma neurotoxina ou tetanoespasmina e uma hemolisina ou tetanolisina. A tetanolisina causa necrose tissular e favorece a multiplicação de Clostridium tetani, já a tetanoespasmina é responsável pelos sinais clínicos. Também se multiplicam em feridas purulentas, pois os germes piogênicos consomem o O2, garantindo a condição de anaerobiose necessária. Sinais clínicos Período de incubação é de uma a 3 semanas, mas a média costuma ficar entre 10 a 14 dias Rigidez ou espasmos musculares Fraqueza Incoordenação Alteração da marcha e posição de cavalete Retração palpebral Trismo Disfagia: Dificuldade de alimentação Dispneia Cauda elevada Contração dos músculos faciais (riso sardônico) Orelhas eretas Testa franzida Salivação Tétano 3 Febre Disúria e constipação Óbito Diagnóstico diferencial Intoxicações que mimetizam o tétano (chumbo e estricina) Reação distônica a agentes neurolépticos (atropina, acepromazina) Raiva Meningoencefalite Polimiosite imunomediada Traumatismo da coluna vertebral Hipocalcemia Procurar por: lesão/traumatismo nos pés (coxins palmoplantares, unhas, espaços interdigitais), além de corpos estranhos em conjunto com feridas penetrantes Diagnóstico Geralmente é estabelecido clinicamente (possível exposição, presença de feridas penetrantes, sinais clínicos compatíveis) Cultura do soro ou material oriundo da ferida Hemograma: Leucopenia inicial AST e CPK podem ter algum aumento Tratamento Internação Pode haver a necessidade de sonda Hidratação Manter animal em local escuro e tranquilo Fluido-terapia Fenotiazínicos para controle dos espasmos reflexos e das convulsões ou diazepam ou clorpromazina Tétano 4 Antibióticos: Não tem efeito sobre a toxina já ligada: penicilina Antitoxina: Imunoglobulina antitetânica humana
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