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Fisioterapia em Saúde Coletiva. Unidade.IV No modelo assistencial em saúde, o fisioterapeuta atua em programas para promoção da saúde e na prevenção de variadas patologias como: doenças cardiovasculares desencadeadas por fatores de risco como: obesidade, tabagismo, diabetes e hipertensão. A fisioterapia atua nas orientações de saúde, sendo essas fundamentais para a prevenção de doenças e para o incentivo de aumento da qualidade e interesse pela saúde por parte dos indivíduos, evidenciando ações como: os benefícios da prática de atividades físicas monitoradas e a prática de hábitos saudáveis, atuar junto às famílias, com ações interdisciplinares, enfatizando a assistência, acessibilidade e a inclusão social de pessoas com deficiência; orientações para saúde do trabalhador, grupos especiais, gestantes, dentre outras. As desigualdades sociais em saúde e a exclusão social devem permear as prioridades da atuação do fisioterapeuta na saúde coletiva. Atenção básica da população idosa: o fisioterapeuta deve desenvolver ações e estratégias em saúde para fortalecer campanhas que aumentem a aderência a práticas de bons modos de viver de maneira mais saudável; suporte e orientações ao idoso, familiares e cuidadores na prevenção de quedas, o que é um fenômeno grave no cenário de saúde pública, atuar nas incapacidades e deformidades; construção de espaços para práticas de atividade física, troca de experiências comunitárias, espaços para prática de atividades que trabalhe os aspectos motores, sensoriais e cognitivos. Prática de atividades: hortas e jardinagem comunitária, artesanato, danças coletivas, jogos e brincadeiras são excelentes estratégias para trabalhar a promoção da saúde desse grupo populacional. Presença do Fisioterapeuta no âmbito comunitário: a fisioterapia na atenção básica, obedecendo aos princípios do atual modelo de saúde – denominado biopsicossocial – possibilita um conhecimento amplo do indivíduo, priorizando seu estado biopsicossocial e espiritual, o que consequentemente promove a melhoria da qualidade de vida da população. Princípios norteadores que auxiliam na atuação do fisioterapeuta no nível primário em saúde: � Deve atuar juntamente com a equipe multiprofissional visando à participação interdisciplinar em prol da integralidade assistencial; � Conhecer o ambiente em que a população esteja inserida, proporcionando diálogo e a prática do cuidado continuado; � Viabilizar a participação populacional e integração dos saberes em prol da promoção da saúde local; � Articular ações nos diversos pilares que compõem a sociedade, priorizando atenção multiprofissional aos fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco na população; � Formação profissional para consolidação do modelo de fisioterapia coletiva; � Trabalhar e reconhecer a fisioterapia como profissão que visa auxiliar a população nos pilares da promoção e prevenção. Fisioterapia em situações coletivas: oportunidade e estratégia para atender a uma grande demanda daquela determinada comunidade. Vantagens de adesão e continuidade do tratamento e fortalecimento de vínculos com a equipe de saúde ao atendimento domiciliar. Nesse nível de atenção que a realidade dos indivíduos é evidenciada ao profissional, possibilitando a realização de abordagens educativas ao indivíduo e aos familiares. Saúde da mulher: atua no processo gestacional, diversas mudanças fisiológicas e anatômicas acontecem, como: as mudanças posturais, no processo de marcha/deambulação, possíveis edemas, diminuição do retorno venoso, dores lombares e desconforto respiratório. Orientações quanto às posturas corporais, prescrição de exercícios de alongamento, relaxamento e auxílio ao retorno venoso, orientações sobre o aparelho respiratório, prevenindo lombalgias e promovendo o fortalecimento perineal, além de incentivar no processo de aleitamento e nas orientações de como cuidar do bebê. Trabalhos de grupos com gestantes: atividades em grupo abrangem um espaço para situações vivenciadas entre as futuras mães, inseguranças, expectativas e experiências. Permitem um contato humanizado e relevante, sempre buscando a qualidade de vida nesse período gestacional. Vale ressaltar a presença de outros profissionais, a fim de aumentar o cuidado e prestação de uma assistência de qualidade. Política Nacional de Humanização (PNH) – HumanizaSUS, elaborada em meados de 2003 Assegura a presença em todas as políticas e programas relacionados ao SUS. Propõe o acolhimento, processo constitutivo das práticas de produção e promoção de saúde que implica responsabilização do trabalhador/equipe pelo usuário, desde a sua chegada até a sua saída. O paciente recebe atenção integral, desde o início da busca pelo atendimento de saúde, onde o profissional inicia ouvindo sua queixa, levando em consideração suas preocupações, anseios e angústias, utilizando da técnica da escuta ativa e qualificada, que permita analisar a demanda e os limites necessários, além de garantir atenção integral, resolutiva e responsável por meio do acionamento/articulação das redes internas dos serviços (visando à horizontalidade do cuidado) e redes externas, com outros serviços de saúde, para continuidade da assistência quando necessário.
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