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Fisiologia da menstruacão


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Introdução 
❀ Por definição, a menstruação é o fenômeno 
de descamação do endométrio devido à 
queda de progesterona e de estrogênio, 
hormônios produzidos na ovulação. 
❀ As mudanças hormonais, correlacionadas 
com as mudanças morfológicas e autócrino-
parácrinas no ovário, do ciclo menstrual são 
um dos fenômenos mais extraordinários da 
biologia. 
Para o melhor entendimento do ciclo menstrual, 
divide-se o ciclo em três fases: fase folicular, 
ovulação e fase lútea. 
❀ O ciclo menstrual normal tem de 21 a 35 
dias, sendo em média 28. 
❀ O sangramento pode durar de 2 a 7 dias, 
sendo acima de 7 dias considerado um valor 
de alteração. 
❀ O volume menstrual é de difícil 
quantificação, podendo ser 
indiretamente estipulado pelo 
número de absorventes utilizados. 
❥ A média normal é 60ml. 
❥ 80ml de sangramento leva à anemia. 
Há, também, a distinção de fases do ciclo 
menstrual por fase ovariana e fase endometrial. 
❀ Ovários: folicular e lútea; Endométrio: pro-
liferativa e secretora. 
❀ Os hormônios produzidos no ciclo menstrual 
afetam tanto o endométrio quanto o fun-
cionamento ovariano. 
Aspectos neurológicos 
❀ Eixo hipotalâmico (hipotálamo fica na base do 
encéfalo) 
❀ O hipotálamo produz hormônios neuro-
transmissores, em especial o GnRH (hormônio 
liberador de gonadotrofina), que age na 
hipófise. 
❀ Os hormônios da hipófise, FSH e LH, são os 
hormônios que agem no ciclo menstrual. 
❥ Eles agem no ovário, tornando possível a 
produção dos hormônios progesterona, 
estrogênio e testosterona. 
O eixo hipotalâmico-hipofisário-ovariano é o 
grande maestro do ciclo menstrual. 
Sua integridade é crucial para a regulação 
fisiológica do ciclo. 
❀ O hipotálamo tem que estar funcionando 
bem, produzindo GnRH da maneira correta 
(pulsátil), para que a hipófise consiga perceber 
sua presença. 
© Barbara Antunes de Oliveira Kummer 🌸 Página de 1 6
Fisiologia do 
⋆ ˚。⋆୨୧˚ ciclo menstrual ˚୨୧⋆。˚ ⋆ 
Ginecologia e Obstetrícia 
Profª. Dra. Stella Catunda P. Burbulhan 
Aula dia 10.08.2022
FUNÇÕES DO GnRH
Síntese e armazenamento de FSH/LH
Liberação de FSH e LH da reserva
Liberação imediata de FSH/LH
❀ De maneira também pulsátil, a hipófise precisa 
conseguir produzir as gonadotrofinas. 
Um hormônio é capaz de regular a liberação 
de dois hormônios de forma coordenada. 
❀ O FSH e o LH são liberados em momentos 
diferentes, e são comandados por um mesmo 
hormônio. 
❀ Os ovários também precisam estar fun-
cionantes para a produção dos hormônios 
gonodais. 
O ciclo menstrual é, portanto, dependente de uma 
sucessão de eventos coordenados: uma estrutura 
regula a outra, e todas dependem da própria 
integralidade e da dos demais agentes. 
❀ Todos esses processos regulatórios possuem 
"alça curta” ou “alça longa” 
❥ Alça curta: hipotálamo regula a hipófise, o 
hipotálamo se regula, etc 
❥ Alça longa: a hipófise regula o hipotálamo 
que regula os ovários, etc. 
A comunicação é constante! 
❀ O hipotálamo se localiza perto de outras 
regiões neurológicas, como a região límbica 
(dos sentimentos) ou a área da memória. Essa 
relação íntima com outras regiões do cérebro 
faz com que neurotransmissores próximos ao 
hipotálamo acabem bloqueando o eixo 
hipotalâmico-hipofisário-ovariano. 
❥ Por exemplo, mulheres estressadas não 
menstruam, ou então menstruam co-
incidentemente com o episódio de stress; 
 
Neuro -endocrinologia 
Questionamento: como a hipófise 
(GnRH) sabe qual hormônio deve ser 
liberado (FSH ou LH)? 
❀ Fenômeno da pulsatilidade 
❥ O GnRH é pulsátil; sua funcionalidade é em 
pulso. 
❥ Uma liberação linear faz com que a presença 
do GnRH não seja sentida pela hipófise, 
mesmo que em altos níveis. 
© Barbara Antunes de Oliveira Kummer 🌸 Página de 2 6
Estrutura do hipotálamo (em 
verde) e da hipófise (em roxo)
❥ Na fase folicular “fast", o GnRH tem baixa 
amplitude e alta frequência, resultando na 
liberação de FSH. 
❥ Na fase lútea “low”, o GnRH tem baixa 
frequência, com menos quantidade de picos, 
mas a amplitude é maior, resultando na 
liberação de LH. 
❀ Vida dos folículos: 
❥ Dentro do ovário, há folículos, ali presentes 
desde a vida intra-uterina. 
❥ Com 20 semanas gestacionais, a mulher tem 
4 milhões de folículos (oócitos), que ficam em 
constante atividade. Eles eventualmente 
entram em apoptose. 
❥ Ao nascer, esse número é reduzido para 1 
milhão. 
❥ Até a puberdade, no primeiro ciclo 
menstrual, há 400 mil. 
❥ A cada ciclo, há recrutamento de torno de mil 
oócitos para que amadureçam e sejam 
ovulados. 
❥ O amadurecimento, no começo, é inde-
pendente. 
❥ Eventualmente, o estoque de oócitos acaba 
(menopausa). 
↳ Fatores como tabagismo e quimioterapia 
“queimam” folículos/oócitos, o que pode 
resultar numa menopausa mais precoce. 
❥ O folículo, durante o ciclo menstrual, sofre 
ação de vários órgãos para que seja sentido 
pelo LH e o FSH. 
❀ Início do ciclo: 
❥ Ocorre o recrutamento dos folículos, que 
serão maturados, até que comecem a sentir o 
FSH (na fase pré-antral e antral). 
A fase folicular 
❀ Nesta fase, uma sequência de eventos 
regrados acontece para garantir que o número 
necessário de folículos (mil) seja preparado 
para a ovulação. 
❥ Ao final dos eventos, espera-se um único 
folículo maduro sobrevivente. 
❀ Os folículos, a partir da frase pré-antral e 
antral, passarão a sentir o FSH, que sobe com 
a liberação de GnRH. 
❀ Os folículos respondem a subida de FSH, e 
produzem estradiol. 
❥ O folículo é o principal produtor de estradiol. 
❀ O estradiol sobe com o FSH. 
❀ Um dos folículos irá responder melhor à ação 
desses hormônios, então, ele lirá liberar as 
inibinas, para agir contra o FSH, que terá seus 
níveis diminuídos. 
❥ A diminuição de FSH impedirá que os demais 
folículos se desenvolvam. 
❥ O folículo escolhido é mais sensível ao FSH, 
então ele resiste mesmo com a queda do 
FSH, diferente dos demais folículos. 
Ainda, há um retro controle negativo: uma alça de 
feedback do hipotálamo sinaliza para que a 
liberação de FSH pare, pois a subida de estradiol é 
"suficiente”. 
© Barbara Antunes de Oliveira Kummer 🌸 Página de 3 6
AÇÕES DO FSH
Recrutamento folicular
Teca interna: indução de receptores de LH
Células granulosa: indução dos receptores de 
FSH; produção de inibina; aromatização de 
androgênios em estrogênios.
Fases do folículo 
❀ Folículos pré-antrais (~0,1-0,2 mm) : 
❀ desenvolvimento independente de FSH 
❀ Folículos antrais (~0,2-0,4 mm): 
❀ responsivos à gonadotropina 
❀
Eventos no endométrio 
❀ O endométrio, parte interior do útero (tecido 
que reveste a cavidade uterina), precisa se 
preparar para a gravidez. 
“O corpo quer que a mulher engravide.” 
❀ Considerando que a mulher esteja mens-
truando, o endométrio foi “varrido”, ficando 
fino em espessura. 
❥ O conteúdo do endométrio da mulher que 
não engravida é excretado, sendo esse o 
conteúdo do sangue da menstruação. 
❥ Simultaneamente, um novo endométrio co-
meça a ser preparado para a gravidez, o que 
é conseguido pela ação do estradiol, que 
prolifera o endométrio “Fase proliferativa 
endometrial”. 
A ovulação 
❀ O folículos que não foram “escolhidos" 
começam a atrofiar, fazendo o folículo 
maturado gerar um pico de estradiol. 
❀ O hipotálamo, ao perceber esse pico, libera o 
pico de LH, hormônio responsável por fazer o 
folículo ovular. 
❀ Sem o pico de LH, não ocorre ovulação. 
O anticoncepcional funciona pois ele fornece 
hormônios de forma contínua, impedindo a 
flutuação, como a oscilação de estradiol, que gera 
o pico de LH. 
❀ Após o pico de LH, o folículo sai do ovário 
para ovular no útero, sobrando o corpo lúteo. 
Resumo das etapas: 
Folículo primordial ➞ folículo primário ➞ folículo 
pré-antral ➞ folículo antral ➞ folículo pré-
ovulatório ➞ ovulação ➞ corpo lúteo. 
A fase lútea 
❀ Nessa fase, a progesterona começa a subir. 
❥ A progesterona ajuda no restante do 
desenvolvimento do endométrio e, em caso 
degravidez, manter a gestação até que a 
placenta esteja pronta para assumir. 
❥ O estradiol prolifera o endométrio, o dei-
xando mais espesso, restando, então, tra-
balhar as glândulas, papel da progesterona, o 
que denomina-se “fase secretora do 
endométrio”. 
❀ O corpo lúteo tem um estoque de pro-
gesterona. 
❀ Para o corpo lúteo sustentar uma gravidez, é 
preciso de uma gravidez, logo, se a mulher 
não engravidar e não fornecer HCG, a 
progesterona acaba e o corpo lúteo aguenta 
até 14 dias. 
 A TPM é o período da queda de progesterona 
© Barbara Antunes de Oliveira Kummer 🌸 Página de 4 6
AÇÕES DO LH
Postura ovular (pico)
Luteinização/ovulação do folículo
Manutenção corpo lúteo
Teca interna: produção de androgênios
Corpo lúteo: produção de progesterona
❀ Se a mulher engravidar e fornecer HCG, a 
progesterona dura mais tempo. 
❥ O primeiro sinal de gravidez é atraso 
menstrual. O corpo lúteo vivo impede a 
menstruação. 
A fase fixa do ciclo 
menstrual é a fase lútea! 
❀ 14 dias de um ciclo de 35 dias é de fase lútea. 
A produção de estradiol 
❀ Acontece devido à transformação da tes-
tosterona (aromatização) 
❀ Naturalmente, os ovários pegam colesterol 
(androgênios) 
❀ O pico de LH é responsável pelo acúmulo de 
androgênios em um compartimento do 
folículo. 
 Todo o estradiol produzido pelos folículos tem 
como precursor o androgênio. 
❀ O LH faz com que a célula da teca produza 
androgênio. Esses androgênios são des-
locados para a granulosa, onde são trans-
formados em estradiol via aromatase. Isso 
acontece em todos os ciclos e folículos. 
 Para o ideal desenvolvimento do folículo, ele 
precisa de um ambiente estrogênico. 
Precisa ter mais estradiol que androgênio. O 
excesso de androgênio limita a aromatase, 
impedindo a transformação em estrogênio 
(estradiol), gerando predominância androgênica. 
 
❀ Se houver problemas dentro do folículo e o 
ambiente não fica estrogênico, ele não se 
desenvolve. 
❥ Cenários onde a teca interna produz mais 
androgênio do que a granulosa é capaz de 
transformar em estradiol, o ambiente não fica 
propício para o desenvolvimento folicular. 
❥ "Teoria das duas células / duas gonadotro-
finas” 
↳ O hormônio que age na teca interna é o LH. 
↳ O hormônio que age na granulosa. 
↳ A principal ação do LH no folículo é produzir 
androgênio. 
↳ A principal ação do FSH é produzir es-
trogênio. 
USG transvaginal 
❀ Imagem mostra 
os folículos an-
trais, em desen-
volvimento, no 3º 
dia de ciclo. 
❀ Imagem mos-
tra o folículo 
dominante, ao 
12º dia do ciclo. 
❀ Ele é niti-
damente maior 
que os demais. 
Isso explica a 
dor, ou até mesmo sangramento, ao ovular. 
❀ Imagem mostra o 
folículo pré-ovula-
tório, com muitos 
vasos o nutrindo. 
© Barbara Antunes de Oliveira Kummer 🌸 Página de 5 6
O corpo lúteo 
❀ Ele mantém vasos a sua volta "cisto com 
intensa vascularização periférica (círculo de 
fogo)" 
❀ O corpo lúteo precisa de bastante vasos para 
se manter ativo e produzir progesterona. 
❀ Sua manutenção é por LH 
❀ Produz esteróides sexuais, inibina A (para 
segurar o FSH e durar os 14 dias) e ocitocina. 
❀ A morte do corpo lúteo significa a morte de 
progesterona e inibina, subindo TSH nova-
mente. 
Reafirmando: endométrio 
❀ A primeira fase do endométrio é a fase 
proliferativa (folicular) 
❀ Ele sofre várias mitoses e então ovula 
❀ Depois, ocorre a fase lútea (secretora) 
❀ Na fase secretora, as glandulas se desen-
volvendo se enchem de secreção. 
 
Resumo em gráfico 
———————————————— Referências 🌸 
Speroff, L; R.H, N.G. Endocrinologia Ginecológica Clínica e 
Fertilidade, 8ª ed, Ed. Manole Ltda, 2015. 
Ginecologia Básica. Williams, 2016. 
Pompei, L;C.E,F. Endocrinologia Feminina, 1ª ed. Manole Ltda, 
2016 
Apresentação Profa. Dra. Stella Catunda 
© Barbara Antunes de Oliveira Kummer 🌸 Página de 6 6
Estrogênio: muco fluido, filante, fenômeno de 
cristalização arboriforme
Progesterona: 
muco espesso, escasso

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