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Ciclo Menstrual

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Fonte: Medcurso, Aula Medcell 
Endocrinologia reprodutiva 
 O ciclo menstrual normal ocorre devido à perfeita 
interação entre os diversos compartimentos do 
organismo feminino, principalmente entre 
hipotálamo, hipófise, ovários e os órgãos efetores, 
útero e endométrio. 
 A endocrinologia reprodutiva é o estudo dos 
hormônios e de fatores neuroendócrinos 
produzidos e/ou afetados por tecidos reprodutivos. 
Nesses tecidos incluem-se hipotálamo, adeno- -
hipófise, ovário, endométrio e placenta (em caso de 
gravidez). 
 A fisiologia do ciclo menstrual é determinada pela 
sincronia entre hormônios secretados por diversos 
órgãos. 
 Ela possui ação autocrina e parácrina e também 
pela atividade de neurotransmissores atuando 
como inibidores ou estimuladores dessa secreção 
de hormônios. 
Secreção endócrina: ação do hormônio secretado na 
circulação periférica, que exerce seu efeito em tecidos-
alvo distantes 
Secreção parácrina: refere-se à sinalização entre as 
células vizinhas. 
Secreção autócrina: ocorre quando uma célula libera 
substâncias que influenciam sua própria função. 
Secreção intrácrina: produção de uma substância 
dentro da célula que afete a própria célula antes de sua 
secreção. 
 Essa fisiologia ocorre em torno do eixo hipotálamo-
hipofise-ovariano e seus principais reguladores. 
Eixo hipotálamo-hipofise-ovariano 
o Os neurotransmissores do hipotálamo ativam a 
liberação do GnRH (hormônio liberador de 
gonadotrofinas) de maneira pulsátil, que atua no 
nível da hipófise pelo sistema porto-hipofisário, 
estimulando a adenohipófise (hipófise anterior) a 
secretarem gonadotrofinas hipofisária - FSH e LH - 
na circulação periférica e chegarem ao ovário. 
o Dentro do ovário, LH e FSH ligam-se às células tecais 
e da granulosa para estimular a foliculogênese e a 
produção ovariana de uma variedade de hormônios 
esteroides (androgênios, estrogênios e 
progesterona), de peptídeos gonadais (activina, 
inibina e folistatina) e de fatores de crescimento. 
o Existem 3 tipos de estrogênio: estriol (placentário), 
estradiol (ovariano) e estrona (periférico, produzido 
pelo tecido adiposo, hepatócito e miócito). 
o O estrogênio é importante no processo de 
preparação do endométrio (proliferação 
endometrial) para implantação embrionária, 
quando houver gravidez. 
Dica: o maior fator de risco para câncer de endométrio 
é a obesidade, ou seja, as pessoas obesas possuem 
maior produção de estrogênio, e fazem com que o 
endométrio sofra mais mitose e meiose, até o dia em 
que esse processo favorece um câncer. 
o A progesterona (pró gestação – a favor da gestação) 
também age sob o endométrio, favorecendo a 
secreção endometrial (mucopolissacarídeos), que é 
nutritiva para o embrião. Ela só vai ser produzida 
após o estrogênio agir no endométrio, espessando-
o. 
o Além disso, estes fatores de origem ovariana 
retroalimentam o hipotálamo e a hipófise para 
inibir ou, no pico intermediário do ciclo, aumentar a 
secreção de GnRH e de gonadotrofinas. 
o Feedbacks do estradiol: negativo sobre o FSH e 
positivo sobre o LH. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Para ocorrer essa sincronia hormonal, é necessário 
a adequação dos pulsos de GnRH. 
 Alguns fatores podem inibir esse ciclo: estresse, 
exercício físico exacerbado e desnutrição. 
Neuroendocrinologia reprodutiva 
 Como já foi comentado, o eixo Hipotálamo-
Hipófise-Ovário (HHO) é o cerne do estudo do ciclo 
menstrual. Mediante hormônios específicos 
secretados por cada compartimento e sob a 
influência de mecanismos de retroalimentação 
positivos ou negativos, o ciclo menstrual se 
completa. 
Hipotálamo 
 Ele desempenha um papel central na iniciação do 
ciclo menstrual, mas não atua de forma 
independente. 
 Está claro que a ciclicidade endócrina é 
consequência da retroação entre a secreção 
ovariana e o eixo hipotálamo-hipófise. 
 A estrutura funcional do hipotálamo é denominada 
de gerador hipotalâmico. Ele é responsável pela 
síntese e liberação do GnRH, de forma pulsátil. 
 Esta intermitência na liberação de GnRH é 
importante para o perfeito funcionamento do eixo 
HHO, pois a administração contínua deste 
hormônio, a longo prazo, determina interrupção na 
síntese e liberação de gonadotrofinas hipofisárias. 
 As emoções (estresse, depressão, ansiedade, 
fobias) podem influenciar a liberação pulsátil do 
GnRH hipotalâmico, culminando por alterar todo o 
eixo neuroendócrino determinando alteração do 
ciclo menstrual. 
 Também chamado de Hormônio de Liberação do 
Hormônio Luteinizante (LHRH), o GnRH constitui um 
dos principais produtos de liberação do hipotálamo. 
 O GnRH é único entre os hormônios de liberação 
porque controla simultaneamente a secreção de 
dois hormônios (gonadotrofinas) pelas células 
gonadotróficas basofílicas da hipófise anterior 
(adeno-hipófise), que correspondem ao Hormônio 
Folículo Estimulante (FSH) e Hormônio Luteinizante 
(LH). 
 Ele também é único porque deve ser secretado de 
forma pulsátil para uma função adequada. A 
secreção pulsátil contínua de GnRH é necessária em 
virtude da meia-vida muito curta (2 a 4 minutos) 
pela rápida clivagem proteolítica. 
Sua liberação pulsátil ocorre a cada 60-90 minutos no 
período anterior a ovulação (1ª fase ou fase folicular) 
e a cada 210-270 minutos após a ovulação (2ª fase ou 
fase lútea). 
 Os pulsos de GnRH são modulados pelo sistema 
supra-hipotalâmico norepinefrina-dopamina, com 
influência estimuladora da norepinefrina e inibidora 
da dopamina. Este sistema pode ser influenciado 
por opioides endógenos, catecolestrogênios e 
outros neurotransmissores. 
 Fase folicular: pulsos frequentes e de pequena 
amplitude. 
 Fase folicular tardia: aumento da frequencia e na 
amplitude destes pulsos. 
 Fase lútea: aumento gradativo do intervalo entre os 
pulsos, ou seja, há uma diminuição progressiva da 
frequência 
dos pulsos. 
Contudo, há 
uma a 
amplitude 
nesta fase é 
maior do 
que na fase 
folicular, 
diminuindo 
no decorrer 
de 2 
semanas. 
Hipófise 
 Embora os mecanismos envolvidos não sejam 
totalmente claros, sabe-se que o GnRH, originário 
do hipotálamo, age diretamente sobre as células 
gonadotróficas basofílicas da hipófise anterior, 
estimulando-as a secretar o hormônio luteinizante 
(LH) e o hormônio folículo estimulante (FSH) na 
circulação. 
 A “pulsatilidade” do eixo HHO é essencial ao seu 
funcionamento harmonioso. A secreção pulsátil de 
FSH e LH depende da secreção dos esteroides 
ovarianos. 
 As gonadotrofinas (FSH e LH) são hormônios 
glicoproteicos secretados de forma pulsátil pelos 
gonadotrofos, com frequência e amplitude que 
variam de acordo com a fase do ciclo. 
 O padrão pulsátil é diretamente relacionado à 
secreção pulsátil do GnRH. No entanto, a 
modulação da frequência e amplitude é resultado 
da retroação dos esteroides no hipotálamo e na 
hipófise. 
 Esses hormônios são responsáveis pela estimulação 
da foliculogênese, ovulação e regulação da 
produção dos hormônios esteroides pelos ovários. 
FSH 
o Eleva-se já no final do ciclo anterior (período pré-
menstrual) e é responsável pelo crescimento 
folicular. 
o O FSH atua aumentando o número de receptores 
de FSH e de LH (quanto maior o número de 
receptores de LH melhor será o funcionamento 
do corpo lúteo) nas células da granulosa; 
aumenta a síntese e liberação de inibina e ativina 
(ação inibitória e estimulatória seletiva da 
liberação do próprio FSH). 
o Os demais folículos sofrem atresia e o dominante 
é conduzido à ovulação. 
o A meia-vida do FSH é de quatro horas. 
LH 
o É sintetizado pela hipófise com ação sobre as 
células da teca, sintetizando principalmente 
androgênios, além dos outros esteroides sexuais. 
o Na fase folicular as concentrações de LH são 
baixas e com a elevação do estradiol no meio 
ciclo há incremento da liberação do hormônio 
luteotrófico, responsável direto pela ovulação(pico no meio ciclo). A meia-vida do LH é de 
aproximadamente 20 minutos. 
 
Ovários 
 São as gônadas femininas responsáveis pela 
produção de esteroides sexuais e pelo 
desenvolvimento dos folículos imaturos até sua 
fase final de amadurecimento. 
Ovário = produção de óvulos com capacidade de 
serem fecundados pelos espermatozóides + síntese de 
hormônios, que provocarão alterações no corpo da 
mulher, favorecendo a nidação e o desenvolvimento 
da gravidez. 
 Desde a 20ª semana de vida intrauterina até a 
menopausa, eles apresentam sinais de intensa e 
ininterrupta atividade. Os fenômenos mais 
marcantes da atividade ovariana são a maturação 
parcial e a subsequente atresia folicular. 
 Durante a vida fetal, em torno da 20ª semana de 
gestação, existem aproximadamente sete milhões 
de folículos primordiais. 
 Cada um deles contém um oócito “paralisado” na 
prófase da primeira divisão meiótica (diplóteno), 
até que o processo de ovulação se inicie. 
 Este pool de folículos imaturos vai se reduzindo 
dramaticamente, até que, ao nascimento, cada 
ovário possui cerca de um milhão de folículos 
primordiais. 
 Durante a menacme, em cada ciclo menstrual, 
quase 1.000 folículos são recrutados e quase a 
totalidade deles sofre atresia, pois, em geral, 
apenas um é predestinado à ovulação. 
 Do ponto de vista funcional, os ovários podem ser 
divididos em três compartimentos distintos: 
→ Folicular: neste compartimento o principal 
produto de secreção é o estrogênio. A inibina B 
também é produzida pelas células da granulosa. 
→ Corpo Lúteo: o principal produto é a 
progesterona. A inibina A também é produzida 
pelo corpo lúteo (células da granulosa 
luteinizadas). 
→ Estroma: os principais produtos são os 
androgênios. 
 Os ovários representam a principal fonte produtora 
de estrogênios na menacme. 
 Para isso, eles possuem dois tipos de células: teca e 
granulosa. Elas interagem entre si para que haja 
formação dos esteroides. 
 Os ovários normais tem a capacidade de sintetizar 
os três hormônios sexuais: estrogênios, 
progesterona e androgênios. 
 A progesterona tem ação conhecida na segunda 
fase do ciclo menstrual, enquanto os androgênios 
são utilizados como precursores dos estrogênios, 
elemento fundamental para a homeostase 
hormonal feminina. 
 Para que haja esteroidogênese ovariana adequada, 
deverá ocorrer interação harmoniosa entre o 
Sistema Nervoso Central (hipotálamo), hipófise e 
gônadas (ovários). 
Hipotálamo Interação do sistema neural com 
mecanismos bioquímicos formando o 
sistema neuroendócrino. 
Neurotransmissores hipotalâmicos 
(dopamina, serotonina, 
norepinefrina) influenciam a 
secreção de GnRH, o qual é 
sintetizado no núcleo arqueado e 
secretado de forma pulsátil. 
Hipófise Para que a hipófise exerça sua função 
é necessário estímulo prévio 
hipotalâmico. Se este mecanismo 
ocorrer de forma adequada, a 
hipófise secretará as gonadotrofinas 
(FSH e LH), que exercerão seu efeito 
à distância (ovários). 
Gônadas 
femininas 
As gônadas femininas sintetizam 
estrogênios que farão retrocontrole 
negativo sob a liberação de FSH/LH 
(hipófise) e GnRH (hipotálamo). 
 
 Os ovários possuem sistema de dupla célula que é 
responsável pela esteroidogênese: células da teca e 
granulosa. As primeiras sintetizam androgênios que 
são convertidos a estrogênios na camada granulosa. 
 Assim, de acordo com a Teoria da Dupla Célula 
Ovariana, as células da teca, sob estímulo de LH, 
sintetizam principalmente testosterona e 
androstenediona, a partir do colesterol, que serão 
convertidos ao estradiol e estrona, 
respectivamente, nas células da granulosa, sob 
ação da enzima aromatase. 
 
 
Retrocontrole ou retroalimentação ou 
feedback 
 Retroação, retrocontrole ou feedback corresponde 
à influência dos hormônios ovarianos sobre as 
gonadotrofinas 
hipofisárias e 
hipotalâmicas. 
 Na maior parte do ciclo 
menstrual, o 
retrocontrole é 
inibitório, ou seja, os 
hormônios ovarianos 
inibem a síntese e 
liberação das 
gonadotrofinas 
hipofisárias (FSH e LH), 
evitando o 
desenvolvimento de 
múltiplos folículos 
gonadais. 
 A retroação pode ser de alça longa (ovário-
hipotálamo), curta (ovário-hipófise; hipófise-
hipotálamo) ou ultracurta (hipotálamo, hipófise e 
ovário sobre as próprias secreções). 
 
 Retrocontrole negativo: é o bloqueio da secreção 
hipofisária e/ou hipotalâmica pelos hormônios 
esteroides (estradiol e progesterona) e não 
esteroides (inibina). Neste contexto, é possível 
concluir que retroação negativa consiste na inibição 
do eixo HHO. 
 Retrocontrole positivo: aumento da liberação de 
gonadotrofinas mediada pelos hormônios 
ovarianos. Este tipo de retroação é observado no 
período puberal: o estradiol produzido pelos 
ovários é capaz de estimular a síntese de LH. 
Variações hormonais no ciclo menstrual 
 Toda variação é modulada por uma série de 
hormônios, fatores de crescimento e por peptídeos 
autócrinos e parácrinos. 
 Ciberninas: substâncias responsáveis pela 
regulação do sistema HHO, ao lado de hormônios e 
neurotransmissores. 
Inibinas o São glicoproteínas compostas de duas 
subunidades, alfa (α) e beta (β). 
o As duas formas inibem a liberação 
hipofisária de FSH. 
o A inibina B é secretada 
principalmente pelas células da 
granulosa de folículos maduros, 
mediante o estímulo de FSH. 
Portanto, é a forma predominante no 
líquido folicular. Ela se eleva durante a 
fase folicular, diminui antes do pico de 
LH, apresenta elevação dois dias 
depois da ovulação e se mantém baixa 
durante a fase lútea 
o A inibina A aumenta na fase folicular 
tardia e atinge sua concentração 
máxima no dia do início do pico do LH. 
Após leve redução, a concentração de 
inibina A volta a subir em paralelo com 
a progesterona e atinge um platô 
durante o meio da fase lútea. A inibina 
A é secretada pelas células do corpo 
lúteo (células granulosas luteinizadas) 
sob controle de LH. 
Consequentemente, pelos motivos 
anteriormente expostos, predomina 
na fase lútea. 
Ativinas o São substâncias proteicas produzidas 
nas células granulosas e, ao contrário 
da inibina, têm ação positiva sobre a 
liberação de FSH. Ela estimula a 
liberação do FSH pela hipófise e 
potencializa sua ação no ovário. 
 
Fisiologia do ciclo menstrual 
 O ciclo menstrual possui um tempo de duração em 
média de 28 dias. Tendo mais ou menos 7 dias como 
variações normais. 
 O tempo de menstruação varia de 2-8 dias e o fluxo 
de 20-80 mL. 
 O primeiro dia do ciclo menstrual: é o primeiro dia 
de menstruação. 
 Do 1º ao 14º dia: fase proliferativa → estrogênio → 
espessamento/proliferação. 
 Do 14º ao 28º dia: fase secretora → progesterona 
→ secreção de mucopolissacarídeos para receber o 
óvulo fecundado. 
 A fase que pode ter a quantidade de dias mudado 
(deixando o ciclo mais longo ou mais curto) é a fase 
proliferativa. A fase lútea/secretora ela é PÉTREA, 
possui 14 dias sempre. 
COMEÇANDO PELO FSH: no primeiro dia de 
menstruação/primeiro dia de ciclo o FSH está ALTO! 
Fase proliferativa/folicular 
 No início do ciclo, o FSH está alto. Por que isso? O 
FSH significa hormônio folículo estimulante, ou 
seja, ele deve estimular os folículos (8-10) para 
começarem a crescer. 
 À medida que os folículos ovarianos vão crescendo, 
eles começam a produzir quantidades crescentes 
de estradiol. Com isso, o endométrio começa a se 
espessar. 
 No final da fase proliferativa, só pode ter um 
folículo, que irá ser um oócito, para ovular. Este 
folículo é chamado de FOLÍCULO DOMINANTE e 
continua produzindo estradiol até seu máximo 
(pico de estradiol no final da fase proliferativa), 
contudo chega uma hora que “cansa” e a produção 
diminui. 
 É importante lembrar que à medida que o estradiol 
aumenta, o FSH diminui (lembrar que eles possuem 
feedback negativo). 
 No momento em que há o pico de estradiol e 
depois ele começa adecrescer, o FSH começa a 
aumentar/subir novamente. 
 Enquanto isso, o LH (que possui feedback positivo 
com o estradiol), acompanha o estradiol até fazer 
um pico no final da fase proliferativa (metade do 
ciclo). 
Aproximadamente 12h após do pico de estradiol, há o 
pico de LH. 
 Esse pico de LH é fundamental para que ocorra a 
ruptura do folículo, culminando a saída do oócito e 
a consequente OVULAÇÃO. 
 Se a mulher tiver o LH sempre em alta, essa 
ovulação NÃO vai ocorrer, pois ela está 
intimamente relacionada com o PICO de LH, para 
que enzimas proteolíticas e hidrolíticas sejam 
produzidas na superfície do folículo, fazendo com 
que este se rompa e o oócito saia. 
Fase secretora/lútea 
 Após a saída do oócito, os “restos” do folículo 
formarão o corpo lúteo. Ele é responsável por 
continuar produzindo estradiol. 
 Além disso, o corpo lúteo também é capaz de 
produzir progesterona, que estava em níveis 
praticamente indetectáveis na fase proliferativa, e 
deixa-la em alta durante a fase secretora. 
 Por que a progesterona está alta? Após o 
endométrio ser espessado pelo estradiol, ele 
precisa secretar mucopolissacarídeos para receber 
o embrião. 
 Por que mesmo com o estradiol em alta, o 
endométrio não se espessa mais? A progesterona 
bloqueia o receptor endometrial de estrogênio por 
mais que ele esteja em níveis altos. Por isso o 
espessamento do endométrio é estável na fase 
secretora. 
 O corpo lúteo tem um tempo de vida de 14 dias, ou 
seja, o tempo de fase secretora é fixo em 14 dias. 
 Se em 14 dias não acontecer fecundação, o corpo 
lúteo fica velho, sofre uma morte celular 
programada (apoptose), a chamada luteólise. 
 No momento em que o corpo luteo começa a se 
degradar, os níveis de estradiol e progesterona 
caem e o endométrio começa a desmanchar → 
MENSTRUAÇÃO. 
 Além disso, quando o estradiol começa a cair no 
final da fase secretora, o FSH começa a subir para 
se iniciar o próximo ciclo menstrual e recrutar 
novos folículos. 
 
Fecundação 
 Quando o espermatozoide faz a fecundação do 
oócito, o ovo fecundado começa a produzir 
quantidades crescentes de HCG (gonadotrofina 
coriônica humana), que age no corpo lúteo e 
mantém ele produzindo progesterona. 
O que segura o corpo lúteo na superfície do ovário, 
mantendo-o produzindo progesterona é o HCG. 
 Isso ocorre até o momento em que a placenta 
assume a produção de progesterona. 
Outros hormônios 
 Inibina A 
→ Tem a função de inibir o FSH. 
→ Baixa na fase proliferativa e alta na fase 
secretora. (Lembrar do estradiol) 
→ Ela começa a cair juntamente ao estradiol, no 
final da fase secretora, liberando o FSH para 
subir e recrutar novos folículos. 
 Inibina B 
→ Tem a função de inibir o FSH. 
→ Está alta na fase proliferativa, inibindo o FSH 
nesta fase e ajudando o estradiol. 
→ Na fase secretora, ela está baixa. 
DICA 
A inibina inibe o FSH. 
o Em qual fase cada uma inibe? É o contrário da 
ordem alfabética. 
Inibina B: fase proliferativa. 
Inibina A: fase secretora. 
Esteroidogênese ovariana 
 
 Os primeiros folículos (primordiais) são formados 
por um oócito + uma camada de células em volta 
(granulosa), que se acoplam no gameta. 
 No nascimento, a menina possui em média de 1 
milhão de folículos. Contudo, o fenômeno de atresia 
“varre” meio milhão de folículos, deixando a 
menina com 500.000 folículos na sua puberdade. 
 Na puberdade, os folículos primordiais começam a 
se diferenciar. As células da granulosa fazem 
mitose, deixando sua camada fica mais espessa, e 
algumas células do estroma ovariano começam a se 
acoplar no folículo, formando uma camada mais 
externa (células da teca). 
 Agora, o folículo primordial começa a ser chamado 
de folículo primário. 
 A partir da sua menacme, a dinâmica folicular 
(recrutamento de folículos – seleção – dominância) 
faz com que o FSH comece a ser liberado com maior 
constância. 
 O FSH, por sua vez, age nos folículos primários, 
transformando-os em folículos secundários, que 
possuem as camadas de células da granulosa e da 
teca mais aumentadas e uma cavidade repleta de 
hormônios e prostaglandinas chamada de antro. 
 
Para formar o folículo secundário, é necessária a ação 
do FSH. Dessa forma, os folículos primários são 
recrutados a cada ciclo menstrual pelos FSH e eles 
começam a crescer e se transformam em folículos 
secundários, que são os folículos maduros e 
preparados para ovular. 
Aqui é importante entender que essa mudança de 
primário para secundário é mediada por HORMÔNIO, 
diferentemente do primordial para o primário, que é 
uma transformação natural. 
 O folículo é formado pelo/pela: oócito, células da 
granulosa e células da teca e antro. 
 Existe uma teoria chamada de teoria das duas 
células e duas gonadotrofinas, que acontece no 
folículo ovariano. 
 Esta diz que as células da teca (mais externa) 
possuem receptores de membrana plasmática 
para LH, o qual age nas células da teca e faz com 
que essa célula pegue o colesterol (substrato), e 
transforme-o em androgênio (androstenediona e 
testosterona). 
 Ainda no folículo, estes androgênios começam a 
passar por difusão para as células da granulosa 
(mais interna), que, por sua vez, possuem 
receptores para FSH. O FSH quando age sobre as 
células da granulosa, ele produz a enzima 
aromatase, responsável por pegar os androgênios 
das células da teca e catalisar em estradiol 
(estrogênio). 
Uma vez formado o estradiol, este não pode mais ser 
transformado em androgênio. 
 Então, por que mecanismo de duas células e duas 
gonadotrofinas? As duas células são teca e 
granulosa e as duas gonadotrofinas são LH e FSH. 
 Além dos androgênios passarem por difusão para 
as células da granulosa, uma parte deles vai para a 
circulação da paciente, entrando em contato com 
outros órgãos (fígado, tecido adiposo, músculo). 
 Neste caso, principalmente na gordura, há a 
aromatização periférica, que é a transformação dos 
androgênios em estrogênio periférico (estrona). 
Por isso, muitas pacientes com sobrepeso e 
obesidade, possuem bastante aromatização 
periférica. 
 
 E como ocorre a dominância dos folículos? O 
folículo dominante é aquele mais próximo dos 
vasos sanguíneos. Portanto, ele recebe o FSH mais 
rapidamente. Desta forma, ele vai produzir 
aromatase antes dos outros folículos, convertendo 
mais androgênio em estradiol. 
 O estradiol por sua vez, faz up regulation com os 
seus receptores de FSH, fazendo com que os 
receptores inativos fiquem ativos quanto mais 
tenha produção de estradiol. 
 Com o aumento do numero de receptores na 
membrana para FSH, o folículo consegue receber 
mais FSH e produzir mais aromatase, convertendo 
mais androgênio em estradiol. Por isso este folículo 
é o dominante e é o que vai ovular. 
Por que os outros folículos recrutados não conseguem 
continuar a produção de estradiol e participar da 
ovulação? Pois a dominância folicular acontece no 
final da fase proliferativa, ou seja, o FSH está 
diminuindo, então somente o dominante que capta 
mais FSH “ganha” na dominância. 
 Onde as inibinas entram nesta situação? Elas são 
produzidas nas células da granulosa e são 
responsáveis por inibir o FSH.

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