Buscar

CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1. A Educação Especial deve, entre outros fatores, possibilitar o acesso aos conteúdos curriculares através de adoção de atividades que tenham sentido pedagógico, que se esgotem em si, sem uma finalidade aparente, caso queira atender com eficiência ao seu alunado, o qual aprende de forma peculiar, em um ritmo mais lento ou diferenciado.
Verdadeiro
Falso
	2. O professor especializado deve pautar seu ensino em práticas pedagógicas que exijam além do que parece ser o limite dos seus educandos. Tal fato indica que o professor deve mediar situações de aprendizagem, as quais favoreçam a apreensão de conhecimentos que ainda não sejam suficientemente passíveis de serem percebidos, com autonomia, em seus alunos.
Verdadeiro
Falso
	3. Sanches (1995) afirma também que todo o trabalho desenvolvido pela Educação Especial deve sensibilizar a família dos alunos e a comunidade escolar, de modo geral, contando com a colaboração desses dois segmentos para efetivá-lo. A autora ainda salienta, entre outros aspectos, a importância de se estabelecer uma relação de cumplicidade entre professor e aluno, que ela considera uma relação estreita, nomeando-a de relação afetiva negativa.
Verdadeiro
Falso
	4. Em 1989 a lei N. 7.853, de 24 de outubro de 1989 foi implantada e em linhas gerais dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiências, sua integração social, assegurando o pleno exercício de seus direitos individuais e sociais. Ao participar em 1990, em Jomtien, na Tailândia, o Brasil optou pela construção de um sistema inclusivo concordando com a Declaração Mundial de Educação para todos.
Verdadeiro
Falso
	5. Em1990 a lei nº 8.069/90 – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - de 13 de julho de 1990 estabelece entre outras determinações: Art. 5º - Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Art. 11. § 1º. A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão atendimento especializado.
Verdadeiro
Falso
	
1. EDUCAÇÃO ESPECIAL E A LEGISLAÇÃO
O Brasil demonstrou traços de uma política educacional inclusiva já na promulgação da Constituição Federal em 1988 no TÍTULO VIII capítulo Da Ordem Social: Art. 208. O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de: III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de 0 a 6 anos de idade. Art. 227 : II §- 1º criação de programas de prevenção e atendimento especializado para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e obstáculos arquitetônicos. § 2.º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.
2. EDUCAÇÃO ESPECIAL E A LEGISLAÇÃO II
Desde então o país vem reunindo esforços para assegurar o direito à educação de qualidade a todos os portadores de necessidades especiais preferencialmente em escolas regulares. Em 1989 a lei N. 7.853, de 24 de outubro de 1989 foi implantada e em linhas gerais dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiências, sua integração social, assegurando o pleno exercício de seus direitos individuais e sociais. Ao participar em 1990, em Jomtien, na Tailândia, o Brasil optou pela construção de um sistema inclusivo concordando com a Declaração Mundial de Educação para todos. Também em1990 a lei n º8.069/90 – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - de 13 de julho de 1990 estabelece entre outras determinações: Art. 5º - Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Art. 11. § 1º. A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão atendimento especializado.
3. EDUCAÇÃO ESPECIAL E A LEGISLAÇÃO III
As mudanças na educação especial continuam a acontecer. O Brasil esteve em consonância com as propostas da conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais em Salamanca (Espanha, 1994). Propostas denominadas DECLARAÇÃO DE SALAMANCA que tiveram a participação de delegados de 88 governos e 25 organizações internacionais e o objetivo de estabelecer princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas especiais. O documento oficial foi adaptado à terminologia educacional brasileira onde foi alterado o termo “necessidades educativas especiais“ por “necessidades educacionais especiais” e da mesma forma, a expressão “integrada” ou “integradora” foi também substituída por “inclusiva”. A expressão necessidades educacionais especiais é utilizada para referir-se a crianças e jovens cujas necessidades decorrem de sua elevada capacidade ou de suas dificuldades para aprender. Está associada, portanto, a dificuldades de aprendizagem, não necessariamente vinculada a deficiência(s).
4. SITUAÇÕES EM QUE SÃO IDENTIFICADAS AS NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
As Necessidades educacionais podem ser identificadas em diversas situações representativas de dificuldades de aprendizagem, como decorrência de condições individuais, econômicas ou socioculturais dos alunos: • crianças com condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais e sensoriais diferenciadas; • crianças com deficiência e bem dotadas; • crianças trabalhadoras ou que vivem nas ruas; • crianças de populações distantes ou nômades; • crianças de minorias lingüísticas, étnicas ou culturais; • crianças de grupos desfavorecidos ou marginalizados. É pertinente enfatizar que nessa perspectiva a atenção dada à diversidade cultural colabora para a melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem para todos.
5. EDUCAÇÃO ESPECIAL E A LEGISLAÇÃO IV
A educação especial como modalidade da educação escolar ganha mais um dispositivo legal e político-filosófico: a lei Nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 - LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL – capítulo V – Da educação especial : Art. 58 . Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. §1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial. §2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular. §3º A oferta da educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.
6. EDUCAÇÃO ESPECIAL E A LEGISLAÇÃO V
Art. 59 . Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades; II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãosoficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.
7. EDUCAÇÃO ESPECIAL E A LEGISLAÇÃO VI
Art. 60 . Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder público. Parágrafo único. O poder Público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo.
8. O SUCESSO DE POLÍTICAS INCLUSIVAS
Através do censo escolar é possível observar o crescimento de 640% das matrículas do ensino especial em escolas regulares/classes comuns de 1998 a 2006 resultados claros do sucesso da política inclusiva no Brasil. Com objetivo de organizar a modalidade de educação especial e aproximá-la cada vez mais dos pressupostos e da prática pedagógica social da educação inclusiva, em 20 de dezembro de 1999 o decreto nº. 3.298 regulamenta a lei nº. 7.853, a qual dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção e dá outras providências. A lei n 10.172/01 – aprova o Plano Nacional de Educação que estabelece vinte e oito objetivos e metas para a educação das pessoas com necessidades educacionais especiais que de forma sintética tratam: Ampliação da oferta de atendimento desde a educação infantil até a qualificação profissional dos alunos partindo do desenvolvimento de programas educacionais em todos os municípios com parcerias nas áreas de saúde e assistência social; Atendimento preferencial na rede regular de ensino e atendimento extraordinário em classes e escolas especiais; Estabelecimento de ações preventivas e parcerias necessárias ao pleno desenvolvimento do portador de necessidades educacionais especiais em escola inclusiva; Promoção da educação continuada de professores em exercício.
8. O SUCESSO DE POLÍTICAS INCLUSIVAS II
Em 2006 os objetivos e metas traçados pelo Plano Nacional de educação no que diz respeito à ampliação dos atendimentos da educação infantil até a qualificação profissional em escolas regulares já podem ser vistos através do censo escolar. Embora timidamente, os portadores de necessidades educacionais especiais estão sendo matriculados em quase todas as etapas e se concentram em sua maioria no ensino fundamental. A habilitação dos profissionais em exercício de 2002 a 2006 cresceu 33,3% resultado da política de incentivo na formação continuada de professores do Plano Nacional de Educação. Enfim após a análise histórica da legislação brasileira pode-se concluir que todas garantem o direito de qualquer aluno à educação regular e que esta política já vem dando resultados. O papel dos agentes envolvidos neste momento é de reflexão sincera, sem resistência às mudanças e inovações, a fim de promover a reforma estrutural e organizacional das instituições de ensino e assegurar efetivamente a inclusão dos portadores de necessidades especiais.
9. ADAPTANDO ESTRUTURAS E AGENTES EDUCACIONAIS
As escolas estão preparadas para receber portadores de necessidades especiais? A estrutura física é acessível/adaptada para todos? Existem profissionais capacitados para atender esse público? Não? Então como preparar a infraestrutura e todos os agentes envolvidos no processo? Basta seguir algumas instruções de especialistas experientes no assunto. Adaptando a escola: O que o educador pode fazer para adaptar a sua escola ou se capacitar para atender o público especial? Existem vários órgãos que podem auxiliar escolas e professores nesse sentido. Para a adaptação do espaço físico, por exemplo, existe a lei de acessibilidade (n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000), que segue normas específicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). “A escola pública precisa encaminhar um projeto ao FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) que, juntamente com a nossa secretaria, disponibilizará financiamento para a aquisição de material didático-pedagógico e para a capacitação de professores, incluindo adaptações na escola”. A escola privada deve prever todas essas adaptações e capacitações profissionais em seu planejamento, pois, nesse caso, os órgãos públicos podem ajudar com orientações, mas não financeiramente.
10. UM EXEMPLO
O Centro de Atividades Pré-Escolares Tistu, de Curitiba, trabalha com a inclusão há 27 anos, integrando crianças com Síndrome de Down, deficiência auditiva, visual, motora e distúrbios de comportamento. A escola desenvolveu um programa chamado PAE (Programa de Atendimento Especial) com o objetivo de melhor atender as necessidades dessas crianças. O PAE conta com uma sala de recursos e profissionais especializados em educação especial. Cada criança é atendida de acordo com a sua necessidade. São feitos encontros sistemáticos com a família e com os especialistas que as acompanham. O programa foca três pontos fundamentais: • A integração das crianças com seus colegas. • A integração entre os pais. • A capacitação de todos os professores e atendentes que trabalham com as crianças. Capacitando o seu corpo docente: O MEC (Ministério da Educação), através da SEESP (Secretaria de Educação Especial), deu início, em novembro de 2003, o programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade. Com apoio técnico da Unicef e da ONG Sorri Brasil, o projeto nasceu com o objetivo de transformar o
sistema de ensino brasileiro em um sistema educacional inclusivo. O grande foco do projeto é a capacitação de gestores e professores.
11. COMO CAPACITAR
O professor que deseja se informar sobre as capacitações deve acessar o site do MEC, onde há material instrucional e informações detalhadas sobre o projeto. Segundo Rita Thompson, psicomotriscista, psicopedagoga e mestre em educação, o papel do gestor na transformação de uma escola comum em uma escola inclusiva depende de alguns fatores, como a oferta de meios para que o professor possa aprender novas técnicas educacionais; o estabelecimento de relações pessoais entre os alunos; uma concepção de disciplina bem formada, que vigore em toda a escola; tornar a escola um ambiente acolhedor, como uma comunidade; promover uma filosofia baseada em princípios de igualdade, justiça e imparcialidade para todos.
13. REGRAS QUE MAXIMIZAM OS EFEITOS POSITIVOS DA INCLUSÃO
Rita Thompson lista seis regras fundamentais que devem ser seguidas pela escola e pelo professor para maximizar os efeitos positivos da inclusão: 1. Perceber discrepâncias entre o que o aluno quer fazer e o que permitem os atuais limites, relacionamentos e estruturas. 2. Adaptar esses limites, relacionamentos e estruturas para possibilitar os próximos passos para a inclusão. 3. Obter um maior conhecimento da realidade existente na escola, no que tange à inclusão escolar de crianças com necessidades especiais. 4. Abrir um espaço canalizador das angústias e dificuldades sentidas pelos docentes na busca de alternativas para solucionar as questões evidenciadas no cotidiano escolar. 5. Buscar mudanças atitudinais através de um olhar diferenciado para o aluno, que deixa de ser percebido como doente, para ser olhado como um indivíduo capaz de aprender. 6. Desenvolver um maior aprofundamento dos conhecimentos teóricos e práticos necessários para atuar frente à diversidade do alunado.
14. A RESOLUÇÃO CNE/CEB
A resolução CNE/CEB n° 2, de 11 de fevereiro de 2001, defende que “os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos”. Para Cláudia Griboski, secretária nacional de educação especial do MEC, essa resolução representa umamudança em relação ao que acontecia anos atrás. “Antigamente, um aluno ingressava na escola e tinha de se adaptar ao ambiente. A partir da resolução, que são as diretrizes nacionais de educação especial que aconteceram em 2001, o sistema de ensino é que se organiza para receber o aluno da educação especial”, explica. De acordo com o documento Política Nacional de Educação Especial, os portadores de necessidades educacionais especiais podem ser divididos em três grandes grupos: • Portadores de Altas Habilidades – Apresentam potencialidade acima da média em um ou mais dos seguintes aspectos: intelectualidade, aptidão acadêmica específica, criatividade, produtividade, capacidade de liderança, aptidão para as artes e psicomotricidade. • Portadores de Condutas Típicas – Têm alterações no comportamento social/emocional e dificuldade no relacionamento com pessoas. Encontra-se em indivíduos deste grupo características como déficit de atenção devido à hiperatividade, entre outras causas. • Portadores de Deficiências – Pessoas que apresentam comprometimento físico, mental ou sensorial. “
15. O QUE É EDUCAÇÃO ESPECIAL E QUEM É O ALUNADO?
Educação Especial é processo de desenvolvimento global das potencialidades de pessoas portadoras de deficiências, de condutas típicas e de altas habilidades e que abrange os diferentes níveis e graus do sistema de ensino. Fundamenta-se em referências teóricas e práticas, compatíveis com as necessidades específicas de seu alunado. O processo deve ser integral, fluindo desde a estimulação essencial até os graus superiores do ensino. Sob o enfoque sistêmico, a educação especial integral o Sistema Educacional vigente, identificando-se com sua finalidade que é a de formar cidadãos conscientes e participativos. O alunado da Educação Especial é constituído por educandos que requerem recursos pedagógicos e metodologias educacionais específicas. Genericamente chamados de portadores de necessidades especiais, classificam-se em: portadores de deficiências (visual, auditiva, mental, física e múltipla), portadores de condutas típicas (problemas de conduta decorrentes de síndromes de quadros psicológicos e neurológicos que acarretam atrasos no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social) e os de altas habilidades (com notável desempenho e elevada potencialidade em aspectos acadêmicos, intelectuais, psicomotores e/artísticos).
16. PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA, PESSOA PORTADORA DE NECESSIDADES ESPECIAIS E ALUNO COM NECESSID
Para ser um professor de Educação Especial é necessário que saiba fazer a distinção entre essas três especificidades. Pessoa portadora de deficiência é a que apresenta, em comparação com a maioria das pessoas, significativas diferenças físicas, sensoriais ou intelectuais, decorrentes de fatores inatos e/ou adquiridos, de caráter permanente e que acarretam dificuldades em sua interação com o meio físico e social. Pessoa portadora de necessidades especiais é a que, por apresentar, em caráter permanente ou temporário, alguma deficiência física, sensorial, cognitiva, múltipla, ou que é portadora de condutas típicas ou ainda de altas habilidades, necessita de recursos especializados para superar ou minimizar suas dificuldades. Aluno com necessidades educativas especiais: é aquele que, por apresentar dificuldades maiores que as dos demais alunos, no domínio das aprendizagens curriculares correspondentes à sua idade, (seja por causas internas, por dificuldades ou carências do contexto sócio-familiar, seja pela inadequação metodológica e didática, ou por história de insucessos em aprendizagens) necessita para superar ou minimizar tais dificuldades, de adaptações para o acesso físico (remoção de barreiras arquitetônicas) e/ou de adaptações curriculares significativas, em várias áreas do currículo.
17. AS COMPETÊNCIAS DE UM PROFESSOR DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
De acordo com Faingold (2001) ao professor especialista cabe administrar o andamento da classe como um todo, juntamente com as particularidades apresentadas pelo aluno, no processo educacional, identificando em que etapa de aprendizagem se encontra cada um. A referida autora acrescenta que, para conseguir realizar esse tipo de atuação, o professor especialista necessita, primeiramente, apresentar as competências profissionais relacionadas aos conhecimentos pedagógicos, adotando uma postura que lhe permita refletir sobre a sua prática, de sorte que possa se beneficiar da apropriação de novos elementos a serem implementados, de acordo com a necessidade. Ser professor especialista significa, entre outros fatores, exercer a função de um educador que atenda prioritariamente aos alunos com deficiência, estabelecendo uma prática educacional compromissada com a diversidade da sala de aula, ou seja, com as particularidades presentes em cada aluno ou em um grupo de alunos. Isso implica na promoção de uma formação consistente, que englobe os conteúdos e as estratégias metodológicas necessárias para que o professor possa atuar com alunos com deficiência de modo responsável, na promoção do processo de ensino e de aprendizagem.
18. AS COMPETÊNCIAS DE UM PROFESSOR DA EDUCAÇÃO ESPECIAL II
Para o exercício da atividade docente é relevante que o professor especialista considere que seu aluno, como qualquer aluno, independente das necessidades especiais que apresente ou da modalidade de ensino que frequente, possui um conjunto de peculiaridades que o torna indivíduo pertencente à mesma espécie, porém distinto dos demais. No caso de alunos com necessidades educacionais especiais não é diferente, pois, apesar de apresentarem condições biológicas, culturais e/ou socioeconômicas diferenciadas - temporárias ou permanentes - têm que se beneficiar da oferta que um serviço educacional que permita acessar o currículo escolar comum a partir das adequações que se fizerem necessárias. Sanches (1995), após ter realizado um estudo com professores da Educação Especial, na realidade educacional portuguesa, destaca que a prática pedagógica dos professores deve estar direcionada a efetivar o apoio direto, chamado de Dinamização do Processo Ensino-Aprendizagem, que é realizada a partir do levantamento de conteúdos curriculares, que irão ser desenvolvidos durante esse processo, bem como da adoção de métodos, estratégias, técnicas, atividades e materiais, de acordo com a especificidade de cada situação educacional.
19. AS COMPETÊNCIAS DE UM PROFESSOR DA EDUCAÇÃO ESPECIAL III
Sanches (1995) afirma também que todo o trabalho desenvolvido pela Educação Especial deve sensibilizar a família dos alunos e a comunidade escolar, de modo geral, contando com a colaboração desses dois segmentos para efetivá-lo. A autora ainda salienta, entre outros aspectos, a importância de se estabelecer uma relação de cumplicidade entre professor e aluno, que ela considera uma relação estreita, nomeando-a de relação afetiva positiva. Nessa relação, o papel principal é o do professor, tido como centralizador da comunicação verbal, em sala de aula, que deve atuar como um facilitador do início e do estabelecimento das trocas comunicativas ocorridas nesse ambiente, diminuindo, assim, comportamentos de ansiedade, quando são solicitados posicionamentos do professor, para responder as suas dúvidas e/ou questionamentos. A partir do estabelecimento dessa relação, constrói-se um ambiente agradável de ensino, baseado no respeito mútuo.
20. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Educação Especial deve, entre outros fatores, possibilitar o acesso aos conteúdos curriculares através de adoção de atividades que tenham sentido pedagógico, que não se esgotem em si, sem uma finalidade aparente, caso queira atender com eficiência ao seu alunado, o qual aprende de forma peculiar, em um ritmo mais lento ou diferenciado. A falsa idéia de que o aluno com deficiência é, necessariamente, um indivíduo com menores possibilidades de aprendizagem acaba, muitas vezes, por sedimentar em seus docentes a concepção errônea encontrada comumente no contexto social, que dissemina o aluno freqüentador da classe especial como umsujeito de menor valia. O perigo reside quando o educador fica preso às amarras do preconceito encontrado na esfera social, sedimentado em representações sociais que revelam julgamentos e atitudes inadequadas preconcebidas, sem fundamentação teóricocientífica. E, ao lidar com o aluno com deficiência, o educador adota tal posicionamento, restringindo o seu ensino a determinados conteúdos programáticos, por desacreditar nas possibilidades que o estudante tem de aprender. O professor especializado deve pautar seu ensino em práticas pedagógicas que exijam além do que parece ser o limite dos seus educandos. Tal fato indica que o professor deve mediar situações de aprendizagem, as quais favoreçam a apreensão de conhecimentos que ainda não sejam suficientemente passíveis de serem percebidos, com autonomia, em seus alunos.

Outros materiais