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Doença do Refluxo Gastroesofágico e DRGE

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Doença do Refluxo Gastroesofágico e DRGE
Conceitos
➔ Refluxo Gastroesofágico: consiste na
passagem de conteúdo gástrico para o
esôfago com ou sem regurgitação e/ou
vômito → é fisiológico em lactentes
podendo se resolver até os 2 anos de vida.
➔ Doença do Refluxo Gastroesofágico:
quando há sintomatologia ou complicações
associadas.
➔ Crianças que apresentam doenças
subjacentes estão sob maior risco de
apresentar DRGE crônica e mais grave:
neuropatas, crianças operadas de atresia de
esôfago, portadores de hérnia hiatal,
portadores de doenças respiratórias
crônicas.
➔ Overfeeding: alimentação em excesso ao
bebê → “criança chora e a mãe alimenta”
ou bebê regurgita e a mãe o alimenta
novamente.
Epidemiologia
➔ A incidência de DRGE vem aumentando nos
últimos anos.
➔ É uma das queixas mais frequentes na
pediatria.
Características
➔ Em lactentes sem sintomas e sem sinais de
alerta não há necessidade de terapia
medicamentosa → “vomitadores felizes”.
➔ Em crianças maiores e adolescentes, com
sintomas mais claros e específicos, a
esofagite de refluxo é mais frequente, o
tratamento farmacológico é mais indicado.
➔ Presença de 2 ou episódios ou mais por
pelo menos 3 semanas e ausência de
complicações (náuseas, hematêmese,
aspiração, etc).
Quadro Clínico
➔ É heterogêneo e os sinais e sintomas são
inespecíficos, com gravidade variável,
incluindo desde as simples regurgitações
até as condições que ameaçam a vida do
paciente.
➔ Os vômitos e as regurgitações são os
sintomas mais frequentes em lactentes.
Manejo Clínico
➔ Acompanhar a evolução natural com
resolução dos sintomas até os 12 meses.
➔ Tranquilizar os pais e orientá-los quanto aos
cuidados ambientais e dietéticos.
➔ Permanecer no colo em posição vertical por
cerca de 20 a 30 min após a cada mamada.
➔ Dormir em posição supina com elevação da
cabeceira em 30°.
➔ Se alimento materno, mantê-lo exclusivo.
➔ Rever a técnica de amamentação.
➔ Se bebê em aleitamento misto ou apenas
com a fórmula introduzir a fórmula
espessada.
Diagnóstico
É CLÍNICO:
➔ História.
➔ Exames complementares*:
◆ Esofago-estomago-duodeno
contrastado: suspeita de alteração
anatômica.
◆ EDA com biópsia: suspeita de lesão
de mucosa.
◆ pHmetria: episódios de refluxo
ácido.
* não são sempre realizados.
Tratamento
➔ Os principais objetivos do tratamento da
DRGE são a promoção de crescimento e
ganho de peso adequados, o alívio dos
sintomas, a cicatrização das lesões
teciduais e a prevenção da recorrência das
complicações.
1) Tratamento Conservador:
➔ Não medicamentoso.
➔ Recomendadas para todos os portadores
de RGE e de DRGE, independentemente da
gravidade.
➔ Medidas dietéticas (adolescentes): não
comer muito; não comer comidas muito
gordurosas; não comer e deitar, não ingerir
café, chá e refrigerantes com muita
frequência.
2) Tratamento Medicamentoso:
-Antiácidos e Protetores de mucosa:
➔ Para sintomas esporádicos ou diminuição
da acidez noturna.
➔ Sucralfato (citoprotetor): pode também ser
usado na tentativa de proteger a mucosa
gástrica e melhorar os sintomas.
-Procinéticos:
➔ Para controlar os sintomas, principalmente
de vômitos e regurgitação.
➔ Aumentam o tônus do EEI e melhoram a
depuração esofágica e o esvaziamento
gástrico.
-IBP:
➔ Quando sintomas como dor retroesternal e
azia e/ou complicações, como a esofagite,
estão associados à ação do ácido no
esôfago ou em outros órgãos, como os
sintomas respiratórios.
Exemplos: omeprazol, pantoprazol, esomeprazol, lansoprazol,
rabeprazol e dexlansoprazol.
3) Tratamento Cirúrgico:
➔ Casos graves ou refratários ao tratamento
clínico.
➔ Ou naqueles que necessitam de tratamento
medicamentoso contínuo e em casos de
grande hérnia hiatal ou esôfago de Barrett.

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