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VOLUME 119 EscOLhEr cOM sabEdOria | EnsinO MédiO Organizador: Mackenzie Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pelo Mackenzie livrO 1 • Ana Enésia Sampaio Machado • Paulo Henrique Correia Araujo da Cruz 1a série identificação de séries e disciplinas nas capas de acordo com o sistema de cores para daltônicos livrO dO prOfessOr Book_M1_EM_LD.indb 1 13/01/15 08:42 créditos EquipE MackEnziE TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO MACKENZIE. pROiBiDa a REpRODuÇÃO paRciaL Ou TOTaL, incLuSiVE DE iLuSTRaÇÕES E FOTOS. A equipe do Sistema Mackenzie de Ensino empenha-se para apresentar este material em conformidade com os mais altos padrões acadêmicos e editoriais. Em caso de dúvidas conceituais e questões relativas a tipografia e edição, a equipe encontra-se à disposição para a verificação e posterior correção do que for validado. Solicitamos que todos os apontamentos relativos a estes casos sejam enviados ao SME por e-mail (sme@mackenzie.br) ou por carta endereçada ao Sistema Mackenzie de Ensino - Dúvidas, Rua Itacolomi, 412, Higienópolis, São Paulo - SP - CEP 01239-020. O Sistema Mackenzie de Ensino não se responsabiliza pelo uso não autorizado desta publicação e se isenta de qualquer uso indevido do material didático, que desrespeite a legislação pertinente. Elaboração dE originais Ana Enésia Sampaio Machado Paulo Henrique Correia Araújo da Cruz dirEção Editorial Débora Bueno Muniz Oliveira CoordEnação Editorial Mônica Huertas Cerqueira CoordEnação pEdagógiCa Viviane Nery Lacerda Elaboração E CoordEnação do projEto Editorial Arlene Goulart Edição dE tExto E rEvisão pEdagógiCa Paulo Henrique Correia Araújo da Cruz oriEntação tEológiCo-filosófiCa Filipe Costa Fontes Mauro Fernando Meister rEvisão tEológiCo-filosófiCa Bruno de Lima Romano Wellington Castanha de Oliveira Ronaldo Barboza Vasconcelos (Integrando conhecimentos) prodUção Editorial Adriano Aguina pEsqUisa iConográfiCa Adriano Aguina rEvisão Ângela Maria Cruz Eliane Maria Barbosa Turibio Cedano Lopes VILLARRUEL REVISÃO, EDITORAÇÃO & ARTE LTDA Os textos das Escrituras Sagradas foram extraídos da Bíblia Sagrada, Nova Versão Internacional (NVI) [São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2000] e Almeida Revista e Atualizada (ARA) [São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993]. Rua da Consolação, 896 - Consolação São Paulo/SP | CEP 01302-907 Site: sme.mackenzie.br E-mail: sme@mackenzie.br EquipE aLTaMiRa ConCEpção E dirEção ExECUtiva dE projEto gráfiCo ConCEito / lingUagEm / sistEmas dE idEntifiCação dE sériEs E disCiplinas / aCEssibilidadE / ilUstraçõEs / Capas ALTAMIRA Editorial Equipe Alex Mazzini Alexandre Mazzini Diego Alves de Carvalho Produção de capas e assistência de projeto gráfico ESTúDIO PARCEIRO : ARNOLD Equipe : Victor de Bone, Lucas Andrade dirEção dE dEsign diagramação / ilUstraçõEs / infográfiCos / Capas / finalização ALTAMIRA Editorial Equipe Alex Mazzini Alexandre Mazzini Diego Alves de Carvalho Jennifer Sá de Almeida Murilo Emerick Jéssica Venâncio Finalização de capas Jennifer Sá de Almeida Assistência de design, diagramação e ilustração ESTúDIO PARCEIRO : STUDIO ABACATE Equipe : Luiz Gustavo Bacan, Rodrigo Corradini, Erik França Oliveira Revisão de diagramação e texto ESTúDIO PARCEIRO : STUDIO ABACATE Equipe : Manrico Patta Neto Mapas e cartografia ESTúDIO PARCEIRO : VESPúCIO Equipe : Carlos Henrique imprEssão bRAsILFoRM GRáFIcA / EdIToRA dAdos InTERnAcIonAIs dE cATALoGAção nA PubLIcAção (cIP) M149e Machado, Ana Enésia Sampaio. Escolher com sabedoria : Ensino Médio : Matemática, 1ª série : livro didático : Livro 1 : exemplar do professor / Ana Enésia Sampaio Machado, Paulo Henrique Correia Araújo da Cruz ; organizador: Mackenzie. – São Paulo: Ed. Mackenzie, 2014. 352 p. : il. ; 28 cm. – (Sistema Mackenzie de Ensino ; v. 119) Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pelo Mackenzie. ISBN 978-85-8293-145-5 1. Ensino médio. 2. Matemática. I. Cruz, Paulo Henrique Correia Araújo da. II. Instituto Presbiteriano Mackenzie. III. Título. IV. Série. CDD 372.7 Reimpressão: Dezembro de 2020 Modelo_Créditos_Final_07_LD_Professor.indd 2 22/11/16 08:42 Poucas coisas nos dão uma sensação material de infinito quanto o número de páginas de textos escritos que existem para serem lidas. Junto com as páginas, vem igualmente a infinita sensação de que há informações, ideias e conhecimentos que seriam conhecidos e adquiridos se dispuséssemos de um tempo imensurável. Por fim, nosso bom senso, ou pelo menos nosso senso comum, nos diz que fazemos escolhas sábias quanto mais dispomos desses bens que levaríamos uma eternidade para adquirir. As páginas que virão em seguida não carregam todos os conhe- cimentos, nem todas as informações ou ideias. Elas podem ser mui- tas, mas não são infinitas. E, ademais, foram cuidadosamente pensadas para que fossem possíveis de serem lidas e estudadas durante os anos desse período escolar: o Ensino Médio. São pági- nas que procuram auxiliar o leitor na compreensão dos conteúdos específicos normalmente requeridos nos vestibulares das universi- dades brasileiras, de forma significativa, atualizada e acadêmica. Para auxiliá-lo nesse estudo, houve um trabalho, não apenas sobre o que está escrito, mas também voltado para a maneira como os textos estão dispostos e se apresentam no espaço da folha. O livro foi organizado de forma a contemplar o leitor que tem dificuldade de concentração, ou de decodificação de palavras, ou mesmo dificul- dades de ficar muito tempo fazendo uma mesma atividade. Por fim, desfrute do que há nessas páginas; aproveite as infor- mações, as ideias e o conhecimento compartilhado. Porém, esteja ciente do seguinte: o que nós lhe oferecemos de mais valioso, nas páginas a seguir, são os princípios que acreditamos serem essen- ciais para adquirir sabedoria e entendimento para toda sua vida. São princípios que você pode adquirir dedicando o tempo que ti- ver, e que lhe valerão pela eternidade. Prefácio “De onde vem, então, a sabedoria? Onde habita o entendimento? [...] ‘No temor do Senhor está a sabedoria, e evitar o mal é ter entendimento’ “. Jó 28.20 e 28b (NVI) EquipE SME Book_M1_EM_LD.indb 3 13/01/15 08:42 “E sc ol he r c om s ab ed or ia ” GALHOS professor | transmissor | mediador CAULE força | estrutura | suporte RAIZ base | alicerce sólido | essência FOLHAS aluno | assimilação | crescimento Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem-sucedido. SALMOS 1.3 “PrincíPios E valorEs básicos da bíblia como lEntE” VISÃO CRISTà DE MUNDO APLICADA À EDUCAÇÃO “relação com deus, com o próximo e com o mundo” SM E Pr in cí Pi o s só li d o s gerar sabedoria FLORES / FRUTOS: aprendizagem significativa ABERTURA_INFOGRAFICO_atualizado3.indd 4 18/11/15 07:49 pr o je to pe d ag ó g ic o ideNtidade rapidez visual digital heterogeNia diversidade diNâmico Estabelecer projetos de vida. Prosseguir nos estudos e encarar os desafios de trabalho com o compromisso de servir a deus e a sociedade de maneira participativa e responsável. ampliar o conhecimento a respeito das diferentes possibilidades. Fazer escolhas com sabedoria. discutir os valores morais e sociais com vista à construção da criticidade e formação intelectual. compartilhar ideias e experiências. Book_M1_EM_LD.indb 5 13/01/15 08:42 Bom equilíbrio entre ascendentes, descendentes e altura x abcefgkjoxuascendente descendente X texto: MYRIAD PROtítulos: NEUTRA a fonte myriad apresenta alta legibilidade e grande variedade de pesos, ideal para trabalhar com hierarquias de texto. suas propriedades estruturais ajudam a diminuir o desconforto do dislexo. Fonte para títulos por obter uma força visual de impacto com sua forma moderna e dinâmica,principalmente quando usada em grande formato. l j t da c xyr S m 1a SÉRIE linhas ortogonais 2 a SÉRIE linhas diagonais 3a S ÉR IE li nh as o rt og on ai s RESPIRO E BRANCO a forma de um objeto é tão importante quanto o espaço em torno dele. e d iag on ais grÁFico projeto Um livro é um espelho fl exível da mente e do corpo. Seu tamanho e proporções gerais, a cor e a textura do papel, o som que produz quando as páginas são viradas, o cheiro do papel, da cola e da tinta, tudo se mistura ao tamanho, à forma e ao posicionamento dos tipos para revelar um pouco do mundo em que foi feito. Robert Bringhurst em Elementos do estilo tipográfi co, 2005, p.159 com o objetivo de informar de maneira concisa e efi caz, o projeto gráfi co faz uso de uma linguagem dinâmica, lúdi- ca, porém séria, para transmitir ao aluno o conteúdo de cada disciplina. interpreta-se cada matéria e tema criando uma atmosfera gráfi ca fazendo uso de cor, formato, tipografi a, ícones e ilustrações. nada é por acaso. tudo busca refl etir o que está sendo dito. veja nessa página alguns critérios utilizados para a construção dos livros de ensino médio do SME. liNguagem tipograFia além de transmitir por meio das palavras o conteúdo abordado, a tipografi a usada deve expressar visualmente através de sua forma e cor o que está sendo dito, assim como a imagem. CAPAS: atmosfera gráfi ca e identifi cação das séries através de tarjas que dividem o espaço e são impressas com cores neon. Uso do sistema coloradd para daltônicos. Book_M1_EM_LD.indb 6 13/01/15 08:42 iNtertÍtulo 1 inTerTÍTulo 2 INTERTÍTULO 3 SISTEMA DE DIVISÃO DO ESPAÇO capítulo2hierarQuia da iNFormaÇÃo INFORMAÇÃO VISUAL É utilizada uma linguagem sintética, que encontramos principalmente no meio digital. Ela consiste em formas planas e simples, com cores chapadas, que defendem a simplicidade e objetividade da informação. a ilustração, além dessas características, acrescenta ao texto um melhor entendimento de acordo com o assunto e seu traço evolui a cada série. UNIVERSO DIGITAL representação dinâmica e lúdica das imagens, ícones e cores. linguagem “sintética”. LEITURA VISUAL SUPORTE E ERGONOMIA a utilização de imagens adequa-se ao assunto/tema que será tratado e leva em conta os seguintes tópicos: imagens coloridas; layout das páginas; ampliadas e sangradas quando possível; abertas (fora de caixas); interação com os espaços em branco para ajudar na leitura (respiros) e composição com a tipografi a. todos as obras são impressas em papel importado Norbrite 66g/m2, que é mais leve e reduz o peso de cada livro em aproximadamente 30%, o que ajuda na locomoção e na saúde do aluno. as folhas, além de serem próprias para alta qualidade de impressão – o que também as tornam adequadas para a escrita do aluno – possuem uma leve tonalidade creme para que o refl exo da luz sobre o papel não seja tão intenso, proporcionando uma leitura mais confortável. im ag em 1a SÉRIE 2 a SÉRIE 3a S ÉR IEil u st ra Ç Ão RAIO x iNtertÍtulo 1 inTerTÍTulo 2 INTERTÍTULO 3 capítulo22capítulo2capítulohierarQuia da 2hierarQuia da 2iNFormaÇÃo Por meio de diferentes pesos dos textos (espessuras e tamanhos), aliados a um sistema de divisão de espaços (grid), a hierarquia de informação traz uma navegação/ordem de leitura efi caz e dinâmica. Podemos ver neste Grid exemplos de utilização neste projeto. ÍcoNes Book_M1_EM_LD.indb 7 13/01/15 08:42 acessibilidade dislexia e TdaH TexTo com serifa e jusTificados Baixo conTrasTe enTre figura-fundo A dislexia é uma combinação de habilidades e dificuldades que afetam o processo de aprendizagem exibindo uma vasta gama de dificuldades. TexTo “redemoinho” TexTo “desBoTado” Prezado aluno, Este livro foi desenvolvido com algumas características específicas que ajudam no estudo, principalmente, de pessoas com alguns quadros que podem dificultar a aprendizagem, tais como a dislexia e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Destacamos, a seguir, algumas dessas características. O tipo de letra usado possui estrutura formal que ajuda a diminuir possíveis confusões visuais, com equilíbrio entre as linhas ascendentes e descendentes, boas aberturas e espaços internos maiores, facilitando sua discriminação. Foram usados contrastes mais fortes entre as partes impressas e o fundo, também buscando aumentar a discriminação da informação relevante e diminuir as confusões visuais (ver quadros ao lado). As linhas foram alinhadas à esquerda, aumentando os recursos para o aluno se localizar durante a leitura de um texto. Adicionalmente, são explicitamente apontadas, ao longo dos capítulos, as informações que precisam ser recordadas por serem relevantes ao conteúdo atual (nos destaques intitulados “Vale lembrar”). Também são destacados, nos itens “Integrando conhecimentos”, trechos em que são discutidas ideias que vão além da matéria específica, unindo duas ou mais áreas diferentes de conhecimento. Sugerimos que você aproveite esse material desenvolvido com cuidado e rigor! Lembramos que você também pode adotar estratégias para facilitar sua aprendizagem. Primeiro, esteja consciente da sua forma de aprender. Descubra como você entende melhor, se é lendo em voz alta, escrevendo, fazendo desenhos ou esquemas, resumindo o texto, dentre outras possibilidades. Conheça seus pontos fortes e seus pontos fracos. Quando ler os capítulos, aproveite as várias dicas que o texto lhe oferece: analise o título, as imagens, as cores, as palavras em negrito e os quadros em destaque. Use seu livro: sublinhe o que achar relevante, faça resumos, desenhos, esquemas. Procure o significado das palavras que você não conhece. Anote suas dúvidas e discuta-as com seus professores. Se você quiser mais informações sobre a dislexia e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, sugerimos que visite os sites: www.dislexia.org.br/, www.andislexia.org.br/ e http://www.tdah.org.br/. Revise os conteúdos anteriores periodicamente. Você também pode ler o capítulo em casa antes da aula, o que facilitará a apreensão do conteúdo e o esclarecimento das dúvidas com os professores. ABAIXO: possíveis distorções presentes na visão de um disléxico. AcImA: características de formatação evitadas nesse projeto pois dificultam a leitura Qr code Para o rápido acesso a links sugeridos por meio de dispositivos móveis. A dislexia é uma combinação de habilidades e dificuldades que afetam o processo de aprendizagem exibindo uma vasta gama de dificuldades. A dislexia é uma combinação de habilidades e dificuldades que afetam o processo de aprendizagem exibindo uma vasta gama de dificuldades. A dislexia é uma combinação de habilidades e dificuldades que afetam o processo de aprendizagem exibindo uma vasta gama de dificuldades. A dislexia é uma combinação de habilidades e dificuldades que afetam o processo de aprendizagem exibindo uma vasta gama de dificuldades. ABERTURA_INFOGRAFICO_atualizado3.indd 8 18/11/15 07:49 vvoe/Shutters tock.com O QUE É? Visão do daltônico O daltonismo é uma limitação visual no indivíduo caracterizada pela incapacidade de identi� car/diferenciar todas ou algumas cores. SISTEMA DE CÓDIGOS DE COR PARA DALTÔNICOS Desenvolvido por Miguel Neiva coloradd@gmail.com / info@coloradd.net DALTONISMO O Código ColorADD assenta num processo de associação lógica e de fácil memorização permitindo ao daltônico, através do conceito de adição das cores, relacionar os símbolos e facilmente identi� car todas as cores. O branco e o preto orientam para as tonalidades claras e escuras. Cada implementação do Código é planejada para todos e não especi� camente para o universo dos daltônicos – incluir sem discriminar. O ColorADD é um código de fácil implementação com Inovação, Valor, Utilidade e Responsabilidade Social. O Daltonismo afeta aproximadamente10% dos homens e 0,5% das mulheres – cerca de 350 milhões em todo o mundo. No entanto, apesar deste número impressionante, não existiam respostas socialmente efetivas visando a inclusão desta “grande minoria” da população mundial. O Código ColorADD é um sistema de identi� cação de cores universal e transversal, cuja missão é facilitar a integração dos indivíduos daltônicos numa sociedade global na qual 90% da comunicação é efetuada através da cor. Portanto, o Código ColorADD tem como objetivo promover a compreensão da cor para todos, sempre que a cor for utilizada como fator de identi� cação, orientação ou escolha. O sistema ColorADD se encontra implementado em diversas áreas e em diversos países. Por exemplo, em hospitais, transportes, material escolar e didático, vestuário, tecnologias de informação, sinalização e orientação, entre outros. Neste projeto desenvolvido pelo SME, o ColorADD é utilizado para auxiliar na identi� cação de séries e disciplinas nas capas dos livros de ensino médio estando em consonância com o projeto de acessibilidade proposto pelos materiais didáticos do Mackenzie, o que ajuda a garantir um mundo mais acessível e igualitário para todos! Miguel Neiva CORES | SÍMBOLOS BRANCO | PRETO | CINZENTO Azul Verde Amarelo Laranja Vermelho Roxo Castanho PrataDouradoBranco Preto Cinza Claro Cinza Esc. TONS METALIZADOS TONS CLAROS TONS ESCUROS CO RE S D AS M AT ÉR IA S Matemática Português Física História Geogra� a Sociologia Química Espanhol Inglês Biologia Desenvolvido com base nas três cores primárias, sendo cada uma representada através de um símbolo grá� co monocromático. AZUL AMARELO VERMELHO BRANCO PRETO ABERTURA_INFOGRAFICO_atualizado3.indd 9 18/11/15 07:49 su ns etm an /S hu tte rst oc k.c om Sh aro nP ho to/ Sh utt ers toc k.c om pressxto/Shutterstock.compressxto/Shutterstock.com Elena Schweitzer/Shutterstock.com Ro mu lo Fia ldi ni MATEMÁTICA | 1a SÉRIE | UNIDADE 1 | CAPÍTULO 1 | 17 CAPÍTULO Conjuntos: uma organização matemática Talvez você já tenha ouvido mais de uma vez, quando era criança, frases como: “Arrume essa bagunça!” ou “Quero ver esse guarda-roupa todo organizado!”. Ou ainda, dependen- do dos hábitos alimentares da sua família e da convivência com os mais velhos: “Tem que separar o feijão” ou “Precisa escolher o arroz”. Todas essas frases trazem em si a mesma ideia: saber agrupar alguma coisa seguindo um critério preestabelecido. Vejamos outros modos de perceber ou expressar a busca por organização. • Observe, ao lado, a obra da artista Tarsila do Amaral. Em sua opinião, qual seria o ele- mento comum no que está sendo retratado? • A imagem ao lado reflete que tipo de ideia? • Com base no título deste capítulo, qual é a sua expec- tativa ao olhar, por exemplo, para os livros nas prateleiras de uma biblioteca? • Por fim, que tipo de informa- ção se deseja passar em um ambiente com esta imagem? Observe que, para indicar as ações cotidianas expressas nas imagens, torna-se necessário o uso de verbos como agrupar, classificar, ordenar e ex- cluir. Tais palavras são compreendidas em seus significados e têm um tipo específico de ação a ser executada, a qual intimamente ligada a procedi- mentos matemáticos ou a mecanismos desenvolvidos para vincular, desvin- cular e reordenar agrupamentos, algo que transmite a ideia de conjuntos. Para compreender melhor como esse e outros processos ocorrem, é preciso entender como se dá o pensamento matemático. 1 Alexey Pushkin/Shutterstock.com ES TR U TU RA D A O B RA Um livro tem uma forma de ser organizado. Conhecer essa organização lhe ajudará a utilizá-lo melhor. Apresentamos a seguir, comentários sobre cada uma das partes que você encontrará nas páginas do seu livro didático. ABERTURA DE UNIDADE Uma unidade, em nossos livros, reúne três capítulos. A Abertura de unidade, que trabalha sobre um pequeno texto, imagens, questões e trechos bíblicos, é uma apresentação dos assuntos contidos nesses capítulos. Ela se relaciona diretamente com outra seção, a Refletindo ideias e atitudes. ABERTURA DE CAPÍTULO A Abertura de capítulo trabalha sobre imagens (artes plásticas, cinema, literatura etc.) e um texto introdutório ao assunto principal que será desenvolvido. REFLETINDO IDEIAS E ATITUDES Seção que encerra três capítulos, ligando-se à Abertura de unidade. Seu objetivo é trazer reflexões sobre alguns dos conceitos e temas estudados na unidade, associando-os a situações do cotidiano, por meio de um texto, porções da Bíblia, questões e comentários relacionados à cosmovisão cristã. UNIDADE A foto abaixo é de uma formação geológica na forma de prismas encaixados, resultante de uma erupção vulcânica: Giant’s Causeway (Calçada dos Gigantes). Nela encontramos a junção da beleza dos elementos da natureza com a beleza dos elementos geométricos. Isto nos leva a pensar que, ao observar a natureza, seja no mundo mineral, vegetal ou animal, através de um microscópio ou de telescópio, percebe-se que existe uma ordem nos elementos constituintes, e é possível observarem-se padrões de repetição. Por exemplo: as formas geométricas presentes nas formações geológicas, em flocos de neve ou na anatomia humana, demonstram organização, harmonia e beleza. Perceba que até mesmo as leis presentes na construção do universo trazem o melhor aproveitamento da matéria, como é o caso da colmeia, cuja forma permite que haja maior volume de armazenamento de mel com a menor quantidade de cera utilizada nos alvéolos. Por meio desse presente divino que é a capacidade de observarmos a criação, e, com nosso raciocínio, compreendê-la em suas múltiplas formas, podemos também criar tanto objetos para o nosso cotidiano, tais como máquinas, edifícios e obras de arte, como leis abstratas, porém lógicas, que, traduzindo na nossa linguagem a estrutura da natureza, permitem que as apliquemos para cultivarmos a criação e cuidarmos de nosso bem-estar. • Na frase acima, quais elementos do universo Newton cita para sugerir a existência de Deus? De onde vem que a natureza nada faz em vão, e de onde surge toda a Ordem e Beleza que percebemos no mundo?... Não parece dos fenômenos que há um ser incorpóreo, vivo, inteligente, onipresente, que no espaço infinito, como que sensorialmente, vê as coisas em seu íntimo [...] e as compreende por inteiro apenas por estarem presentes diante dele?”. • Por que motivos devemos tentar compreender esse universo? Newton, I. Opticks: or, a Treatise of the Reflec- tions, Refractions, Inflections, and Colours of Light, London: 4 ed., 1730, p. 370. Obra, de domínio público, cujo original em inglês está disponível em http://www.gutenberg.org/fi- les/33504/33504-h/33504-h.htm acesso mar- ço/2013. Tradução Bruno L. Romano. 1SINAL DA ORDEM E COERÊNCIA“No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.” (Gênesis 1.1-5) CONJUNTOS DA REALIDADE CRIADA UNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADE111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111UNIDADEUNIDADE1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111UNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADE11111111UNIDADE1UNIDADE1UNIDADE1UNIDADE111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111UNIDADEUNIDADEUNIDADE1UNIDADE1UNIDADE1UNIDADE1UNIDADE1UNIDADE1UNIDADE1UNIDADE1UNIDADE111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111UNIDADEUNIDADEUNIDADE1UNIDADE1UNIDADE111111111111UNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADE1Ait orm mf oto /Sh utt ers toc k.c om bluehand/Shutterstock.com Photobank gallery/Shutterstock.com Igor Chekalin/Shutterstock.com sd ec ore t/S hu tte rst ock .co m OBSERVE AS TRÊS IMAGENS: Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso á outro dia; uma noite o revela a outra noite. Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz. Salmos 19:1-3 Observar o céu é uma prática humana, antiga, que nos remete à percepção do claro e do escuro, à contagem de pe- ríodos temporais: dias, semanas, estações. Mas isto foi apenas o começo da descoberta de padrões! A tentativa de reconhecer uma ordem no crescimento da quantidade de pessoas ou microrganismos, de valores monetários ou distâncias celestes, fez com que a humani- dade numa trajetória científica percebe-se que existe “harmonia em tudo isso”! 22UNIDADEUNIDADE UM PADRÃO EXPONENCIAL Animal marinho Nautilus, que habita uma concha Formação de um furacão, visto do espaço. Imagem telescópica da Galáxia M101. O que você vê de comum nos três “objetos de observação”? Ao longo desta unidade você será convidado a ver além das aparências, compreender padrões que se fazem presentes em coisas totalmente distintas, mas que possuem algo em comum: a Matemática. BOAS DESCOBERTAS! Que existe um padrão de comportamento descrito por uma variação que se encontra no expoente de uma potência. GRUPOS FAVORITOS M A C K b o o k notícias amigos colégio curso de inglês praia futebol fotos clube prédio banda mensagens arquivos amigos bra ck ish _n z/S hu tte rst oc k.c om $ $ $ MATEMÁTICA | 1a SÉRIE | UNIDADE 1 | CAPÍTULO 2 | 61 Capítulo2 Desde os tempos primitivos, o homem aprendeu a contar para organizar tudo o que há ao seu re- dor. Essa capacidade humana de diferenciar quantidades revela sua necessidade de viver em um mundo ordenado. Por exemplo, se um homem criava ovelhas, era de seu próprio interesse saber quantas podia vender e de quantas dispunha para alimentar a si mesmo e sua família. Ou seja, de forma prática, era preciso separar os animais em grupos, apriscos, diferentes. O que significa agrupar esses animais em conjuntos. Um exemplo moderno dessa necessidade de orga- nização são as páginas das redes sociais. Nelas é possível separar as pessoas no grupo das que você conhece pessoalmente e no grupo das que não conhece pessoalmente. Pode ainda separar amigos apenas conhecidos. Generalizando, você pode agrupar objetos distintos, como também distinguir mais de um grupo dentro do agrupamento maior. Por exemplo, dentro do grupo “amigos”, você pode organizar aquelas que são da família, da escola, do curso de línguas, do trabalho etc. Outro exemplo muito nítido da necessidade de agrupamentos, ainda nas redes sociais, são os chamados grupos, pois neles as pessoas estão inseridas de acordo com o que lhes é comum. Além dessa organização de elementos, em alguns casos é possível estabelecer uma relação entre dois conjuntos por meio da comparação de seus elementos. Observe os seguintes casos: • O conjunto dos alunos de uma escola e o conjunto das mães desses alunos. • O conjunto das quantias investidas pelos clientes de um banco na poupança e o conjunto dos lucros obtidos. Eles apontam para uma relação de dependência entre os elementos dos conjuntos em questão. Sendo assim, já que é possível estabelecer relações entre elementos de conjuntos distintos, é necessário estudar os tipos de relação possíveis. DE CONJUNTOS A FUNÇÃO: UMA QUESTÃO DE RELAÇÃO Ovelhas para alimentação Ovelhas para reproduçãoOvelhas para troca/venda UMA QUESTÃO DE RELAÇÃOUMA QUESTÃO DE RELAÇÃO 2 1...2...3.. 11 22 55 Af ric a S tud io/ Sh utt ers toc k.c om da ve mh un tp ho tog rap hy /S hu tte rst oc k.c om Nosso cotidiano é repleto de ações que, de tanto as repetirmos, se tornam tão habituais que não refleti- mos sobre elas. Por exemplo, quando se diz “Preciso organizar o meu dia”, “Tenho que arrumar a mala antes de viajar”, ou ainda, “Não mexa aí! Eu me acho nessa bagunça”, estamos, da maneira mais intuitiva possível e quase sem perceber, nos valendo de alguma percepção sobre como as coisas devem ser. Percebemos a falta de ordem e buscamos maneiras de corrigi-la, segundo um padrão ou uma estrutura que as coloque no lugar. Mas, é claro, colocar as coisas no lugar significa dizer que há uma forma para como elas devem ficar. É a isso que se chama “ordem”. Veja como C.S. Lewis, o autor das Crônicas de Nárnia, contou um pouco da criação do mundo de Nárnia pelo Leão Aslan: “O Leão andava de um lado para o outro na terra nua, cantando a nova canção. Era mais suave e ritmada do que a canção com a qual convocara as estrelas e o sol; uma canção doce, sussurrante. À medida que caminhava e cantava, o vale ia ficando verde de capim.[...] Todo esse tempo, prosseguiam a canção do Leão e seu majestoso caminhar, de um lado para outro, para a frente e para trás [...] Polly achava a canção cada vez mais interessante, pois começara a perceber uma ligação entre a música e as coisas que iam acontecendo. Quando uma fileira de abetos saltou a uns cem metros dali, sentiu que os mesmos estavam ligados a uma série de notas profundas e longas que o Leão cantara um segundo antes.” C.S. Lewis , O Sobrinho do Mago. No conto de fadas escrito por Lewis, Aslan cria Nárnia por meio de uma canção. Conforme ele canta, sua música gera os bosques e os campos esverdeados. Assim, por meio da ordem musical, Aslan ditou a ordem das coisas no mundo que criou. Diante disso, você já parou para pensar como o ser humano tem uma necessidade interior de compreender, ordenar, e então ma- nipular aquilo que o cerca? Em outras palavras, olhar o caos e encon- trar a ordem? “Ele muda as épocas e as estações; destrona reis e os estabelece. Dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos que sabem discernir. Revela coisas profundas e ocultas; conhece o que jaz nas trevas, e a luz habita com Ele.” Daniel 2.21-22 REFLETINDO IDEIAS E ATITUDESUN ID A D E 1 Getty Images/MedicalRF.com 282 | MATEMÁTICA | 1ª SÉRIE | UNIDADE 2 MATEMÁTICA | 1ª SÉRIE | UNIDADE 2 | 283 Se todo o corpo fosse olho, onde estaria a audição? Se todo o corpo fosse ouvido, onde estaria o olfato? De fato, Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade. Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Assim, há muitos membros, mas um só corpo. O olho não pode dizer à mão: “Não preciso de você!” Nem a cabeça pode dizer aos pés: “Não preciso de vocês!” Pelo contrário, os membros do corpo que parecem mais fracos são indispensáveis... (1 Coríntios 12:17-22) Se você possuir o mesmo hábito da maioria dos jovens e adoles- centes de hoje, provavelmente (a não ser que esteja em sala de aula) a leitura deste texto deve estar ocorrendo acompanhada de algum som de seu agrado, ouvido através de um fone. Embora calibrados de fabrica de modo a impedir intensidade sonora acima de 80 ou 85 dB, a utilização dos smartphones para apreciação de músicas e vídeos, tem conduzido os usuários a utili- zarem cada vez mais fones de ouvido em volumes que os “isolam” dos ruídos externos. Esses auscultadores, que podem chegar a 120dB, expõem o usuário, por um período além do recomendado, a intensidades que podem causar dano físico ao aparelho auditivo. Fato agravado quando o modelo é de inserção, ou intra-auriculares, pois o mesmo aumenta em até três vezes a intensidade sonora. QUAL A CONSEQUÊNCIA DISSO? Perdas auditivas esperadas para a faixa dos 60 anos de idade sendo diagnosticadas em pessoas de 30 anos. Pesquisas nacionais e inter- nacionais tem constatado um aumento significativo de problemas de audição em crianças e adolescentes. Em sua grande maioria oca- sionado pela exposição nociva à players de música, videogames etc. Mas você já se perguntou como isso acontece? O OUVIR! Essa funçãoimportantíssima do corpo humano se baseia numa das estruturas mais frágeis do or- ganismo. Observe a imagem am- pliada da parte interna do ouvido. REFLETINDO IDEIAS E ATITUDESUN ID A D E 2 Nin ell/ Sh utt ers toc k.c om Book_M1_EM_LD.indb 10 13/01/15 08:43 Em várias páginas, você encontrará ícones e termos como Conceito, Glossário e Localize que representam complementos ao tema e assuntos abordados, seja na forma de textos, de atividades, em sugestões de sites, � lmes e livros ou em chamadas à re� exão e memória. RECURSOS Conceito Traz a sistematização de um conceito-chave que merece destaque em meio à explicação de determinado assunto. Glossário Um pequeno dicionário com termos técnicos presentes no texto. Sugestões bibliográ� cas Sequencia de livros, sites, � lmes e outras fontes de informação para sua pesquisa extra livro. Código QR É um código de resposta (ou leitura) rápida (do inglês, Quick Response Code), indicado junto ao recurso Para acessar. A partir de um aplicativo de celular (que tenha câmera) ou tablet, o código QR pode identi� car rapidamente o site/blog. Na impossibilidade de usar o celular/tablet, você pode digitar o endereço virtual indicado. INTEGRANDO CONHECIMENTOS Tem como objetivo a integração do conteúdo com a cosmovisão cristã através da re� e xão sobre uma referência bíblica. MATEMÁTICA, TECNOLOGIA, SOCIEDADE E AMBIENTE Relaciona a matemática com as Ciências Humanas e da Natureza, mostrando pontos de conexão entre elas, como também o contexto histórico e/ou sociocultural que levaram ao desenvolvimento de um assunto do capítulo em questão. Ou ainda, conecta o saber matemático, desenvolvido no capítulo, a uma tecnologia. VALE LEMBRAR Resgate de conteúdos trabalhados anteriormente que servem no momento como pré-requisito para o novo saber. VOCÊ SABIA? Apresenta informações complementares e suplementares ao conteúdo abordado no capítulo. PRODUÇÃO DE PESQUISA Propostas de incentivo à busca de informações em outras fontes (algumas não escritas, como no caso de música ou de monumentos), para ampliação do conhecimento em determinado tema abordado no capítulo e iniciação ao processo de produção cientí� c a (individual ou coletiva). PARA REFLETIR Iniciação ao processo de produção cientí� c a individual ou coletiva. Indicação de pesquisa para aprofundar o conteúdo com orientações pedagógicas.. PARA ACESSAR Indicação de links, vídeos, � lmes, bibliogra� as , dicas culturais e literárias, dentre outras, para auxiliar na compreensão do tema abordado. PENSANDO MATEMÁTICA Apresentação de desa� os ma temáticos contemporâneos ou não, relacionados ao mundo da matemática, que necessariamente, não precisam ter aplicação prática atualmente. VAMOS PRATICAR Exercícios e/ou atividades de indução para sistematizar/analisar o conteúdo apresentado e indicação de outros exercícios no caderno de atividades. CADERNO DE ATIVIDADES Ícone que faz referência ao Caderno de Atividades, onde o aluno encontrará uma lista de exercícios, originais, do Enem e de vestibulares. Book_M1_EM_LD.indb 11 13/01/15 08:43 SUmário Capítulo 1 Conjuntos: UMA ORGANIZAÇÃO MATEMÁTICA18 Pensando Matematicamente22 Conjunto, elemento e pertinência25 Conjunto do todo, do um e do nada27 Número de elementos de um conjunto Unidade 1Conjuntos: sinal da ordem e coerência da realidade criada 14 Capítulo 2 De conjuntos à função, UMA QUESTÃO DE RE� ÇÃO62 Relação entre conjuntos63 O plano cartesiano67 Produto cartesiano70 Relação binária74 Relação inversa 76 Funções84 Classi� cação das funções100 Funções compostas105 Função inversa 111 Referências bibliográ� cas 111 Sugestões bibliográ� cas Capítulo 3 Começando a ESTABELECER PADRÕES113 Função a� m (polinomial do 1o grau)118 Aspectos da função a� m126 Inequação polinomial do 1o grau132 Função quadrática (polinomial do 2o grau) 134 Aspectos da Função Quadrática 145 Inequação polinomial do 2o grau 154 Função modular155 Módulo 156 Equações modulares160 Inequações modulares165 De� nição de uma função modular172 Refletindo ideias e atitudes 11 2 60 16 29 Subconjuntos31 Número de subconjuntos de um conjunto32 Propriedades dos conjuntos35 Operações entre conjuntos 35 União 36 Intersecção38 Número de elementos da união e da intersecção de dois conjuntos 39 Diferença 44 Conjuntos numéricos49 Fração geratriz51 A reta real52 Representação dos números reais em intervalos54 Operações com intervalos59 Referência bibliográ� ca59 Sugestões bibliográ� cas Book_M1_EM_LD.indb 12 13/01/15 08:43 Capítulo 4 Expoente, SEU VALOR VARIOU 180 Descobrindo um padrão na variação do expoente191 Propriedades e representação grá� ca da função exponencial198 Equações exponenciais204 Inequações exponenciais209 Referência bibliográ� ca209 Sugestão bibliográ� ca Capítulo 5 Expoente, SUA FORMA MUDOU 211 Manipulando números218 De� nição de logaritmo220 Propriedades iniciais do logaritmo222 Propriedades operatórias222 Propriedade do produto223 Propriedade do quociente223 Propriedade da potência224 Propriedade da raiz224 Principais bases logarítmicas240 Resolução de problemas247 Referências bibliográ� cas 247 Sugestão bibliográ� ca Unidade 2Um padrão exponencial 176 24 8 21 0 17 8 Capítulo 6 O expoente EM UMA NOVA FUNÇÃO 255 Funções logarítmicas259 Representação grá� ca da função logarítmica264 Função logarítmica e sua inversa 267 Equações logarítmicas273 Inequações logarítmicas 282 Refletindo ideias e atitudes Dó Ré# Mi Fá Si Book_M1_EM_LD.indb 13 13/01/15 08:43 A foto abaixo é de uma formação geológica na forma de prismas encaixados, resultante de uma erupção vulcânica: Giant’s Causeway (Calçada dos Gigantes). Nela encontramos a junção da beleza dos elementos da natureza com a beleza dos elementos geométricos. Isto nos leva a pensar que, ao observar a natureza, seja no mundo mineral, vegetal ou animal, através de um microscópio ou de telescópio, percebe-se que existe uma ordem nos elementos constituintes, e é possível observarem-se padrões de repetição. Por exemplo: as formas geométricas presentes nas formações geológicas, em � ocos de neve ou na anatomia humana, demonstram organização, harmonia e beleza. SINAL DA ORDEM E COERÊNCIA “No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.” (Gênesis 1.1-5) CONJUNTOS DA REALIDADE CRIADA Ait orm mf oto /Sh utt ers toc k.c om Book_M1_EM_LD.indb 14 13/01/15 08:43 UNIDADE Perceba que até mesmo as leis presentes na construção do universo trazem o melhor aproveitamento da matéria, como é o caso da colmeia, cuja forma permite que haja maior volume de armazenamento de mel com a menor quantidade de cera utilizada nos alvéolos. Por meio desse presente divino que é a capacidade de observarmos a criação, e, com nosso raciocínio, compreendê-la em suas múltiplas formas, podemos também criar tanto objetos para o nosso cotidiano, tais como máquinas, edifícios e obras de arte, como leis abstratas, porém lógicas, que, traduzindo na nossa linguagem a estrutura da natureza, permitem que as apliquemos para cultivarmos a criação e cuidarmos de nosso bem-estar. • Na frase acima, quais elementos do universo Newton cita para sugerir a existência de Deus? De onde vem que a natureza nada faz em vão, e de onde surge toda a Ordem e Beleza que percebemos no mundo?... Não parece dos fenômenos que há um ser incorpóreo, vivo, inteligente, onipresente, que no espaço infi nito, como que sensorialmente, vê as coisas em seu íntimo [...] e as compreende por inteiro apenas por estarem presentes diante dele?”. • Por que motivos devemos tentar compreender esse universo?Newton, I. Opticks: or, a Treatise of the Re� ec- tions, Refractions, In� ections, and Colours of Light, London: 4 ed., 1730, p. 370. Obra, de domínio público, cujo original em inglês está disponível em http://www.gutenberg.org/� - les/33504/33504-h/33504-h.htm acesso mar- ço/2013. Tradução Bruno L. Romano. 1UNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADE1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111UNIDADEUNIDADE111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111UNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADE111111111UNIDADE1UNIDADE11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111UNIDADEUNIDADEUNIDADE1UNIDADE1UNIDADE1UNIDADE1UNIDADE11111111111111111111111111111111111111111111111111111111UNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADE1UNIDADE1UNIDADE1111111UNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADEUNIDADE1 Book_M1_EM_LD.indb 15 13/01/15 08:43 Elena Schweitzer/Shutterstock.com CaPÍtulo Conjuntos: uma organização matemática Talvez você já tenha ouvido mais de uma vez, quando era criança, frases como: “Arrume essa bagunça!” ou “Quero ver esse guarda-roupa todo organizado!”. Ou ainda, dependen- do dos hábitos alimentares da sua família e da convivência com os mais velhos: “Tem que separar o feijão” ou “Precisa escolher o arroz”. Todas essas frases trazem em si a mesma ideia: saber agrupar alguma coisa seguindo um critério preestabelecido. Vejamos outros modos de perceber ou expressar a busca por organização. 1 Book_M1_EM_LD.indb 16 13/01/15 08:43 su ns etm an /S hu tte rst oc k.c om Sh aro nP ho to/ Sh utt ers toc k.c om pressxto/Shutterstock.compressxto/Shutterstock.com Ro mu lo Fia ldi ni MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 | 17 • Observe, ao lado, a obra da artista Tarsila do Amaral. Em sua opinião, qual seria o ele- mento comum no que está sendo retratado? • A imagem ao lado refl ete que tipo de ideia? • Com base no título deste capítulo, qual é a sua expec- tativa ao olhar, por exemplo, para os livros nas prateleiras de uma biblioteca? • Por fi m, que tipo de informa- ção se deseja passar em um ambiente com esta imagem? Observe que, para indicar as ações cotidianas expressas nas imagens, torna-se necessário o uso de verbos como agrupar, classifi car, ordenar e ex- cluir. Tais palavras são compreendidas em seus signifi cados e têm um tipo específi co de ação a ser executada, a qual intimamente ligada a procedi- mentos matemáticos ou a mecanismos desenvolvidos para vincular, desvin- cular e reordenar agrupamentos, algo que transmite a ideia de conjuntos. Para compreender melhor como esse e outros processos ocorrem, é preciso entender como se dá o pensamento matemático. Alexey Pushkin/Shutterstock.com Book_M1_EM_LD.indb 17 13/01/15 08:43 18 | MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 Não se associe com quem vive de mau humor, nem ande em companhia de quem facilmente se ira; do contrário você acabará imitando essa conduta e cairá em armadilha mortal. Provérbios 22.24-25 (nVi) Quando Deus criou todas as coisas Ele agrupou cada parte da criação, estrelas, animais terrestres, animais marinhos, de acordo com o seu conjunto. Quando fez isso ele não só estava unindo como estava distinguindo as coisas, mostrando que a criação é diversa. Quando nós nos agrupamos e formamos nossos conjuntos, também fazemos isso unindonos a algumas pessoas e distinguindonos de outras. Geralmente, distinguirse não é algo bem visto. Mas, em sua opinião, deveríamos nos unir a todas as pessoas? As companhias que preferimos dizem algo sobre quem nós somos? Pensando matematiCamente Você já pensou em como o conhecimento matemático foi construído? Embora não haja registros históricos que comprovem a ordem dos fatos, é possível imaginar que o homem precisou contar o dia e a noite, os ciclos da lua, os períodos de calor e frio, chuva e estiagem, assim como a quantidade de indi- víduos de um grupo para controle de alimento, a noção de espaço e delimitação de um território. Em suma, de forma muito simples, podemos dizer que o ser humano apren- deu a contar o que estava ao seu redor, ao mesmo tempo que realizava compa- ração entre objetos. Em seguida, por meio dessa comparação, ele passou a procurar formas de medir o mundo ao seu redor. E, para tanto, precisou não só observar, mas também estabelecer regras e procedimentos. Aliado a isso, com o avanço da linguagem e da escrita, o homem precisou de- senvolver dois mecanismos muito importantes: uma forma específi ca de regis- trar os valores obtidos por procedimentos e regras de contagem e medição, e a nomenclatura de objetos, procedimentos e regras. Mas por onde começar? O que serve de início, base, fundamento para desen- volver o resto? A Matemática chama esses objetos de entes primitivos, ou seja, ideias e conceitos relacionados a um objeto que possuem um signifi cado intuiti- vo, sem que haja necessidade de provas ou demonstrações. Book_M1_EM_LD.indb 18 13/01/15 08:43 r P ∝ MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 | 19 Podemos dizer que esses entes primitivos não têm definição, mas o significado deles é de compreensão geral. Como exemplos mais simples e práticos, temos, da geometria, o ponto, a reta e o plano. Se você consultar alguns dicionários, provavelmente encontrará, para a definição de ponto, algo parecido com uma marca ou um sinal de tamanho mínimo e formato arredondado. Embora essa definição nos dê uma noção do que seja um ponto, matematicamente, ela é imprecisa. Afinal, o que significa exatamente tamanho mínimo? Talvez o que se deseja dizer é que o ponto é adi- mensional (não possui dimensão, tamanho). Logo, pode ser tão pe- queno quanto se queira. E ainda, por não ter dimensão, não pode possuir formato, ou seja, o “arredondado” vem muito mais do objeto que se usa para representá-lo do que de uma forma específica. Talvez você esteja se perguntando: "Será que realmente não existe uma definição de ponto?". Para esclarecer melhor essa dúvida, pro- cure na internet, em dicionários ou livros de Matemática o significado de ponto, reta e plano. Além do que já foi mencionado aqui e em sala de aula, talvez você tenha encontrado as seguintes definições: • Ponto é o encontro de duas retas ou três planos. • Reta é a menor distância entre dois pontos ou o encontro de dois planos. • Plano é a superfície que passa por duas retas, uma reta e um ponto, ou por três pontos. Note que, para tentar definir ponto, reta e plano, é preciso usar reta, ponto ou plano? Ou seja, não se define o que cada um é, mas há apenas explicações. Book_M1_EM_LD.indb 19 13/01/15 08:43 r igor.stevanovic/Shutterstock.com 20 | MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 O que estamos querendo dizer é que nem tudo em Matemática é demonstrável! E se o que temos não for nem ente primitivo, nem axioma, o que ele será então? Se não é ente primitivo ou axioma (postulado), é algo que necessita de demonstração para ser considerado verdadeiro, e isso a matemática chama de teore- ma. Um exemplo muito conheci- do é o teorema de Pitágoras, que possui várias demonstrações de sua validade. Além dos objetos que não possuem definição, a Matemática também se uti- liza dos chamados axiomas ou postu- lados, que, segundo o dicionário, são ideias, afirmações que não necessitam de demonstração, de prova. Por exem- plo, ao dizermos “Em uma reta ou fora dela, existem infinitos pontos”, não é preciso demonstrar para afirmarmos que isso é verdade. Por isso, axiomas ou postulados são utilizados como hipóte- ses iniciais, de partida, para demonstra- ções de outras afirmações e conceitos. Book_M1_EM_LD.indb20 13/01/15 08:43 MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 | 21 Pois nele vivemos, nos movemos e existimos’, como disseram alguns dos poetas de vocês: ‘Também somos descendência dele’ Atos 17.28 Não conseguimos provar certas ideias ou hipóteses matemáticas. Apesar disso, usamos a todo o momento essas ideias e hipóteses, sem nos questionarmos sobre sua defi nição ou prova. Isso acontece porque esses conhecimentos são básicos, formam o ponto de partida para outros conhecimentos. Segundo a Bíblia, Deus é uma necessidade básica para o nosso conhecimento também. Apesar disso, muitas pessoas assumem com mais facilidade crenças matemáticas do que a crença em Deus. Em sua opinião, por que isso acontece? • Diante do que foi exposto, classifi que cada item abaixo como: ente primitivo, axioma (ou postulado) e teorema. Se necessário, busque informações em outras fontes de pesquisa, como livros e internet. a. O todo é maior que a parte. b. Conceito de igualdade. c. Todos os números inteiros positivos maiores que 1 podem ser decompostos num produto de números primos. D. Se quantidades iguais forem subtraídas das mesmas quantidades, os restos serão iguais. E. Conjunto. Axioma Ente primitivo Teorema, conhecido como teorema fundamental da aritmética Axioma Ente primitivo Book_M1_EM_LD.indb 21 13/01/15 08:43 Tyler Olson/Shutterstock.com 22 | MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 Conjunto, elemento Considerando que a imagem ao lado representa uma sala de aula do 1º ano do Ensino Médio, complete as frases: ______________________ é o grupo de alunos do Ensino Médio. ____________________ possui a característica de estudar no 1º ano do Ensino Médio. Observe que, para formalizar uma estrutura de organização da realidade ao nosso redor, é preciso recorrer primeiramente à noção de agrupar em um único lugar objetos com aspectos comuns ou então identificar a característica que um determi- nado ser ou objeto tem que o faz ser parte de um grupo. Tanto num caso quanto em outro, a Mate- mática irá utilizar entes primitivos, chamados conjunto e elemento. Para representá-los, contamos com, basicamente, três maneiras distintas. Por exemplo, considere o conjunto que possui os núme- ros 1, 2, 3, 4 e 5 como elementos: i. A primeira é enumerar seus elementos um a um, colocando-os entre colchetes, como no conjunto a seguir: Essa maneira tem a vantagem de permitir que se visualize cada elemento do conjunto, mas é pouco prática quando há muitos ou infinitos elementos. ii. A segunda maneira é descrever uma característica comum e exclusiva dos elementos, como no caso do mesmo conjunto do exemplo anterior, que pode ser escrito do seguinte modo: e Pertinência A sala de aula Cada aluno Book_M1_EM_LD.indb 22 13/01/15 08:43 1 3 54 2 a Georgios Kollidas/Shutterstock.com iPics/Shutterstock.com kingero/Shutterstock.com Alexander Chaikin/Shutterstock.com MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 | 23 iii. A terceira maneira de represen- tar um conjunto é por meio de um diagrama de Venn-Euler (ver ilustração ao lado). DiAGrAMAS DE VEnn-EuLEr Embora em muitos livros conste apenas diagramas de Venn, os diagramas de Venn-Euler são assim denominados porque esse tipo de epresentação foi, primeiro, usado por Leonhard Euler, no século XVIII, e, depois, por Jonh Venn, em um trabalho de lógica formal, em 1880. Leonhard Euler (1707-1783) John Venn (1834-1923) Agora que sabemos como representar um conjunto e seus ele- mentos, a pergunta a ser respondida é a seguinte: "O que faz deter- minado elemento pertencer, ou não, a um conjunto?". Em outras palavras, qual é o critério de pertinência? Analise cada imagem a seguir e determine, com suas palavras, o critério de organização dos elementos em cada conjunto abaixo representado. a. b. c. Sugestão de resposta: Torcer por um time ou equipe. Sugestão de resposta: Ser fl or e ter o mesmo tom de coloração. Sugestão de resposta: Ser militar. Book_M1_EM_LD.indb 23 13/01/15 08:43 24 | MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 Em Matemática, quando queremos afi rmar que um elemento 𝑥 pertence a um conjunto 𝐴 , usamos o símbolo ∈ (lê-se: “pertence a” ou “é elemento de”). Assim, nas imagens analisadas anteriormente, podemos supor que • se A é o conjunto dos torcedores de times de futebol da capital carioca, eles podem ser representados por • se B é o conjunto das fl ores com tonalidade rosa, então • se C é o conjunto dos militares brasileiros, então Em termos numéricos, dado um conjunto 𝐴 = {1, 2, 3}, pode- mos fazer três afi rmações usando o símbolo ∈: GlossÁrio O que é pertinência? A palavra “pertinência” é um substantivo que signifi ca "ser parte de algo". Em Matemática, a pertinência é a relação que se estabelece entre elementos e conjuntos. Na vida cotidiana, quando afi rmamos, por exemplo, que alguém fez observações pertinentes, queremos dizer que tais observações se referem ao assunto que está sendo discutido e que elas têm alguma importância. E para negar a pertinência, ou seja, para afi rmar que determinado ele- mento não pertence a um conjunto, usamos o símbolo ∉. Assim: • Um local que necessita de muita organização, tanto na disposição dos corredores quanto das prateleiras, é o supermercado. a. Geralmente, como um super- mercado é organizado? ∈ ∉ Sugestão de resposta: Em corredores com o mesmo grupo de produtos e prateleiras com produtos de mesmo gênero e/ou marca. Book_M1_EM_LD.indb 24 13/01/15 08:43 I. P ilo n/ Sh utt ers toc k.c om Ma dle n/ Sh utt ers toc k.c om Lis a S ./S hu tte rst oc k.c om Lis a S ./S hu tte rst oc k.c om An na Om elch enko /Shu ttersto ck.com MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 | 25 b. Cite quatro critérios para a organização dos produtos em forma de conjuntos. Não se es- queça de usar as representações aprendidas até o momento. c. Segundo a sua realidade local e chamando de S o maior supermercado de sua cidade, escreva (na notação de conjuntos), pelo menos, três produtos que não fazem parte dos produtos comercializados. Por exemplo: . Conjunto do todo, do um e do nada De acordo com o critério de pertinên- cia (ou não pertinência), escreva quan- tos elementos há em cada um dos conjuntos apresentados a seguir. Colher de madeira: Pino de cor vermelha: Flamingo azul: Sugestão de resposta: Book_M1_EM_LD.indb 25 13/01/15 08:43 26 | MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 Você acertou se respondeu que todas as colhe- res (20) são de madeira, que um único pino é ver- melho e que nenhum flamingo é azul. Esses três exemplos mostram que, entre os diversos tipos de conjunto existente, três se destacam pela impor- tância e generalidade. Ou seja, ao estabelecermos determinada condição de pertinência para os ele- mentos de um conjunto, podemos afirmar: • Se esse conjunto contém todos os elementos considerados, segundo a condição de perti- nência, ele é chamado de conjunto universo, geralmente representado por 𝑆 ou 𝑈 (caso das colheres). Perceba que qualquer conjunto po- de ser um conjunto universo, desde que ele represente o todo da situação em questão. • Se esse conjunto contém um único elemento segundo a condição de pertinência, ele é cha- mado de conjunto unitário (caso dos pinos), que pode ser escrito com o único elemento entre as chaves. • Se esse conjunto não contém nenhum elemento, ele é chamado de conjunto vazio e representado pelos símbolos { } ou ∅ (caso dos flamingos). Assim, em linguagem matemática, usando o símbolo ∀, que quer dizer para todo ou para qualquer, pode- mos escrever: Lê-se: Para todo (ou qualquer) 𝑥, 𝑥 não pertence ao conjunto vazio. O conjunto vazio sempre deve ser representa- do por um de seus símbolos: { } ou ∅. Ele nunca deve ser representadopelos dois símbolos ao mesmo tempo, isto é, não se deve usar {∅}, pois, nesse caso, estaremos representando um conjunto unitário, cujo único elemento é o conjunto vazio. { } ∅ {∅} Book_M1_EM_LD.indb 26 13/01/15 08:44 Ma dle n/ Sh utt ers toc k.c om Anna Omelchenko/Shutterstock.com MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 | 27 número de elementos de um Conjunto Voltando ao exemplo das colheres e dos flamingos, responda: "Quantos elementos têm os conjuntos apresen- tados a seguir?": Das colheres de madeira: Dos flamingos rosa? Provavelmente você deve estar se questionando sobre como fazer a con- tagem dos flamingos. Entretanto, você também já deve ter percebido que, embora haja na figura uma quantidade finita deles, a qualidade da imagem impossibilita a contagem completa. Logo, usando notação de conjuntos: O número de elementos do conjunto 𝑀 é: Observe outros exemplos de conjuntos representados pela notação: 𝑛( ) O número de elementos de cada um é: Assim, considerando que o nú- mero de elementos do conjun- to 𝐶 foi colocado como infinito, podemos dizer que 𝑛( F ) tam- bém é infinito? Não! Pois, infinito, por defini- ção, é aquilo que não tem fim, e por mais que a quantidade de flamingos, na foto, possa repre- sentar todos os flamingos do mundo, ainda estamos falando de uma quantidade finita, ou seja, um valor específico. 𝑛( ) Book_M1_EM_LD.indb 27 13/01/15 08:44 28 | MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 1. Dado o critério de formação de um conjunto e de um elemento aleatório, verifi que a relação de pertinência e escreva-a usando a notação de conjuntos: Exemplo: Conjunto dos números pares e número 3. a. Conjunto dos números primos e número 57. b. Conjunto dos números fracio- nários e número 9/5. c. Conjunto dos números negativos pares e número 0. 2. Observe os conjuntos e identifi que a quantidade de elementos. a. a. 3. Sabendo que os conjuntos podem ser classifi cados em universo, unitário e vazio, classifi que os conjuntos a seguir conforme a condição de pertinência dos elementos. b. b. c. D. E. F. D. E. F. Resolva a questão 1 do "Caderno de atividades". c. 3 0 3 infi nito 3 5 Vazio Unitário Unitário Vazio Vazio Universo Book_M1_EM_LD.indb 28 13/01/15 08:44 mypokcik/Shutterstock.com vseb/Shutterstock.com vseb/Shutterstock.com MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 | 29 subconjUntos Um conjunto, cujos elementos são maçãs, é muito amplo, pois existem vários tipos de maçã. O que pode ser feito pa- ra classificar mais detalhadamente determinado tipo de maçã é destacar uma característica específica, como a cor, o país produtor ou o nome popular. Por exemplo, maçã ver- de, maçã Fuji, maçã Gala. Maçã verde Maçã Fuji Maçã Gala Ao fazermos isso, formamos conjuntos dentro de um conjunto maior ou, melhor dizendo, criamos subconjuntos. Assim, matematicamente falando, quando todos os elementos de um conjunto 𝐴 são elementos de um conjunto 𝐵, dizemos que é 𝐴 subconjunto de 𝐵 (ou 𝐴 está con- tido em 𝐵) e representamos essa afirmação do seguinte modo: Ou seja, os elementos de A são também elementos de B. Nesse caso, podemos dizer ainda que B contém A. Outro exemplo do cotidiano é quando afirmamos que a farinha está contida nos ingredientes do bolo ou, mais comumente, que o bolo contém farinha. Para negarmos que um conjunto 𝐴 seja subconjunto de um conjunto B, utiliza- mos o símbolo ⊄. Por exemplo: , pois e ; , pois Book_M1_EM_LD.indb 29 13/01/15 08:44 30 | MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 Determine todos os elementos e todos os subconjuntos do conjunto 𝐴 = {∅, 1, {1, 3}}. Por definição, para negar a afirmação “𝐴 ⊂ 𝐵”, é necessário encontrar um elemento de 𝐴 que não seja elemento de 𝐵, como no exemplo anterior. Assim, considerando o conjunto vazio que não possui nenhum ele- mento, não se pode encontrar um elemento dele que não seja elemento de qualquer outro conjunto, conforme já mencionado. Logo, não pode- mos negar a seguinte afirmação: Se A é um conjunto, então . Outra observação importante é a de que um conjunto 𝐴 é sempre sub- conjunto de si mesmo ( ∀𝐴, 𝐴 ⊂ 𝐴), pela própria definição de subconjunto. Resolução: • Elementos de 𝐴 : Note que 3 ∉ 𝐴 e sim ao conjun- to {1, 3 }, que é elemento de 𝐴 . • Subconjuntos de 𝐴 com: Nenhum elemento: Apenas um elemento: ExErcício rESoLViDo Dois elementos: Três elementos: ConCeito O conjunto das partes de um conjunto 𝐴, representado por ℘( 𝐴), é o conjunto cujos elementos são todos os sub conjuntos de 𝐴. Por exemplo, se 𝐴 = {1, 2, 3}, então ℘( 𝐴) = {∅, {1}, {2}, {3}, {1,2}, {1,3}, {2,3}, 𝐴}. Book_M1_EM_LD.indb 30 13/01/15 08:44 MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 | 31 número de subConjuntos de um Conjunto Considerando, como visto anteriormente, que o conjunto vazio é um subconjunto de qualquer conjunto e que todo conjunto é subconjunto de si mesmo, tente estabelecer, numa situação muito simples, todos os subconjuntos dos conjuntos apresentados ao lado: Subconjuntos: Subconjuntos: Subconjuntos: Subconjuntos: Para representar a contagem dos subconjuntos obtidos dentro de cada conjunto utilizamos a seguinte tabela: Embora tenha sido possível representar esses subconjuntos, note que esse processo não é muito prático, uma vez que, se um conjunto possui 50, 100, ou 1000 elementos, torna-se humanamente impraticável a descrição, bem como a contagem de todos os seus subconjuntos. Assim, é preciso observar com mais atenção a segunda e a última coluna da tabela. Você percebe alguma relação? Note que, ao acrescentarmos um elemento a um conjunto, dobramos o número de seus subconjuntos. Desse modo, é possível generalizarmos os re- sultados com a seguinte afi rmação: “Se um conjunto possui elementos, então ele possui subconjuntos". conjunto SuBconjuntoS nÚMEro DE ELEMEntoS nÚMEro DE SuBconjuntoS Book_M1_EM_LD.indb 31 13/01/15 08:44 Spectral-Design/Shutterstock.com 32 | MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 Determine o número de subconjuntos de um conjunto que possui 10 elementos. ExErcício rESoLViDo Resolução: • O número de subconjuntos desse conjunto é 210 = 1024 subconjuntos. ProPriedades dos Conjuntos Agora que já fomos apresentados às princi- pais noções sobre conjuntos, vamos estu- dar algumas propriedades que facilitam sua comparação e organização. Para tanto, trabalharemos com alguns exemplos, utili- zando três conjuntos quaisquer: X, Y e W. 1ª ProPriedade: TransiTividade Exemplo: Seja X o conjunto dos moradores da cidade de São Paulo, Y o conjunto dos morado- res do Estado de São Paulo e W o conjunto dos moradores do Brasil, podem-se fazer as seguin- tes afirmações: • 𝑋 ⊂ 𝑌, pois quem mora na cidade de São Paulo mora no Estado de São Paulo; • 𝑌 ⊂ 𝑊, pois quem mora no Estado de São Paulo mora no Brasil. Como consequência: • 𝑋 ⊂ 𝑊, ou seja, quem mora na cidade de São Paulo mora no Brasil. Assim, para representar a primeira propriedade dos conjuntos, usamos: Se e , então . 2ª ProPriedade: igualdade de conjunTos Em 2011, após uma pesquisa com, aproximadamente, de 165 milhões de cadastros de pessoas físicas (CPFs), foi publicada na mídia uma lista com os 50 nomes mais utilizados no Brasil. Apresentamos a seguir a lista com os 20 primeiros: Book_M1_EM_LD.indb 32 13/01/15 08:44 MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 | 33 1º Maria 6º Ana 11º Pedro 16º Antônia 2º José 7º Luiz 12º Francisca 17º Marcelo 3º Antônio 8º Paulo 13º Marcos 18º Jorge 4º João 9º Carlos 14º Raimundo 19º Márcia 5º Francisco 10º Manoel 15º Sebastião 20º Geraldo Fonte: <http://mulher.uol.com. br/comportamento/noticias/ redacao/2011/11/28/maria-e- jose-sao-os-nomes-mais-comuns-no-brasil-veja-lista- com-os-50-mais-populares. htm>. Acesso em: maio 2013. Supondo que um conjunto seja formado com esses nomes, o que ocorreria se eles fossem colocados em ordem alfabética? Os elementos deixariam de ser os mesmos? Provavelmente você já deve ter percebido que, independente- mente da ordem, os elementos serão os mesmos. Assim, chaman- do de A o conjunto dos 20 primeiros nomes mais utilizados no Brasil por ordem de classifi cação e de B o conjunto dos 20 primei- ros nomes mais utilizados no Brasil por ordem alfabética, teremos: ou ainda que: Ou seja, independentemente da posição em que o mesmo elemento aparece, os elementos são os mesmos. Logo, os conjuntos são os mesmos. Assim, podemos representar essa propriedade do seguinte modo: Se e , então . ExErcício rESoLViDo (Mackenzie) Se , então: a. b. c. D. E. Resolução: • Os elementos 1, 2 e 3 estão em ambos os conjuntos; o elemento –1 está escrito no primeiro conjunto, mas não no segundo; e o elemento 4 está escrito no segundo con- junto, mas não no primeiro. Com essa comparação, podemos concluir, pela igualdade dos conjuntos, o seguinte: Resolvendo o sistema pelo método da soma, obtemos: Então, substituindo o valor de na primeira equação, temos: Logo, 𝑥 < 𝑦. Portanto, a alternativa “b” é a correta. Exemplo: Book_M1_EM_LD.indb 33 13/01/15 08:44 34 | MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 1. Escreva o conjunto daspartes do conjunto . 2. Determine quantos subconjuntos tem cada conjunto a seguir. a. b. c. D. E. F. 3. Seja um conjunto tal que: Quantos são os possíveis conjuntos? Escreva-os. 4. Sabendo que determine o valor de , . 5. Realize, agora, uma refl exão conceitual sobre os conjuntos! O diagrama apresentado a seguir indica os principais conceitos trabalhados até aqui, relacionando-os e mostrando o caminho de estudo. Termine de preenchê-lo. Resolva as questões 2 a 4 do "Caderno de atividades". 1 2 32 32 Infi nitos 1024 Os possíveis conjuntos X são quatro: . O valor de Book_M1_EM_LD.indb 34 13/01/15 08:44 estão contidos ( ) em um ou mais são em quantidadde de contêm ( ) um ou vários podem pertencer ( ) ou não pertencer ( ) aos co n j u n to S Subconjuntos infinita Elementos universo , então x = YSe x Y e possuem as seguintes propriedades se destacam, entre outros, em possuem quantidade por não ter por ter apenas um por, conforme sua caracteristica de formação, possuir todos os Se e Y W, então Ru be ns Ch av es /Fo lha pre ss Le o C ao be lli/ Fo lha pre ss oPerações entre conjUntos Quando trabalhamos com números, po- demos efetuar várias operações, como a soma, subtração, multiplicação, divisão etc. Porém, quando se trata de conjuntos, você deve estar se perguntando com ba- se no título dado: "Quais são as operações entre eles realizadas?". Diferentemente das operações com os números, para os conjuntos existem, basi- camente, três operações: união, intersec- ção e diferença. Veja como são elas! união O primeiro shopping a ser construído na América Latina foi o Shopping Iguatemi, em 1966, na cidade de São Paulo. Com área de total de 46.573 m2, 320 lojas distri- buídas em quatro pisos e 2.603 vagas de estacionamento. Embora os números sejam grandes, já foram, e muito, supera- do pelo maior shopping center da América Latina em 2013, o Centro Comercial Leste Arican- duva. Composto pelo Shopping Leste Aricanduva, Interlar Aricanduva (voltado para móveis) e Auto Shopping Aricanduva (voltado para carros e motos), totalizam 425.000 m2 de área construída. Possui 574 lojas, três hipermercados, 15 conces- sionárias de veículo, uma unidade do Detran, pis- ta de test-drive e 14.700 vagas de estacionamento. Shopping Iguatemi Centro Comercial Leste Aricanduva 2º para n elementos do conjunto Finita Vazio Unitário são formados por X Y Y W Y X Book_M1_EM_LD.indb 35 13/01/15 08:44 36 | MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 Mas o que isso tem a ver com conjuntos? O processo de agregar em um único espaço diversos tipos de comércio pode ser traduzido, em termos matemáticos, como unir vários elementos de conjuntos diversos, sem que exista algo em comum entre eles. O processo chamado de união ( ∪) de dois conjuntos 𝐴 e 𝐵, representado por 𝐴 ∪ 𝐵, nada mais é do que o conjunto que tem todos os ele- mentos de A e todos os elementos de 𝐵: O destaque do conectivo ou é para indicar que, para um elemento fazer parte do conjunto 𝐴 ∪ 𝐵, basta pertencer a um dos conjuntos em questão. Por fi m, fazendo a representação pelo diagrama de Venn-Euler, temos a imagem abaixo. a b Veja o exemplo a seguir: Dado o conjunto união é formado por ou ainda pelo diagrama de Venn-Euler: 1 6 futebol basquete vôlei bola3 5 42 7 Por exemplo, voltando ao caso do shopping center, se chamarmos de: • A o conjunto de lojas de roupa, • B o conjunto de lojas de calçados, • C o conjunto de fast-foods, • D o conjunto de lojas de eletrônicos, e assim por diante, poderemos afi rmar o seguinte: interseCção Qual é a relação entre futebol, vôlei e basquete? Provavelmente, se você conversou com seus colegas de classe, cada um percebeu uma ou até mesmo alguém não achou nenhuma relação. Mudemos a pergunta: "Quais esportes coleti- vos podem ser colocados no grupo dos que utili- zam bola?". Com certeza, essas três modalidades, no mínimo, seriam citadas. Mas existem várias modalidades de futebol, vôlei e basquete. Assim, podemos dizer que cada uma delas representa um conjunto com regras e formas de jogo diferentes entre si, mas que pos- suem pelo menos um elemento comum: o fato de necessitarem de uma bola para serem jogadas. Assim, utilizando as formas de representação de conjuntos, podemos representar a situação como: . elementos de A elementos de B OU Book_M1_EM_LD.indb 36 13/01/15 08:44 PhotoStock10/Shutterstock.com Maxisport/Shutterstock.com oliveromg/Shutterstock.com MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 | 37 a a b b Nessa situação, é possível perceber que o elemento comum “bola”, que antes estava muito subjetivo na primeira pergunta, na segunda se evidenciou como critério de interligação dos con- juntos (futebol, vôlei, basquete). Assim, podemos dizer que esse é o elemento comum entre essas modalidades esportivas, o elemento do conjunto intersecção entre elas. GlossÁrio intersecção: do latim intersectio, é a junção de dois termos: inter (entre) e sectio (seção), ou seja, do ponto de vista matemático signifi ca, entre seções. Dessa forma, chamamos de intersecção ( ∩) de dois conjuntos 𝐴 e 𝐵, representada por 𝐴 ∩ 𝐵, o conjunto que tem como elementos todos os elementos que são comuns a A e a B: O conectivo E é empregado para ressaltar que os elementos de 𝐴 ∩ 𝐵 devem pertencer simulta- neamente aos conjuntos em questão. Ou, ainda, fazendo a representação pelo dia- grama de Venn-Euler, temos a imagem abaixo. Caso não haja intersecção entre dois conjuntos dados, estes são chamados de conjuntos disjuntos ou de conjuntos mutuamente exclusivos (imagem abaixo). Nesse caso, . 𝐴𝐴 ∩ 𝐵𝐵 Por exemplo, para obtém-se: . ⊂ ∪ ∩ elementos de A elementos de B E Book_M1_EM_LD.indb 37 13/01/15 08:44 38 | MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 número de elementos da união e da interseCção de dois Conjuntos Pense na situação descrita a seguir. Em um colégio, o dono da cantina decidiu fazer uma pesquisa com os 35 alunos de uma sala de aula, para saber que produto novo valeria a pena ser oferecido aos fregueses. O questionário aplicado por ele continha apenas duas perguntas: 1. Você compraria salada de frutas na cantina? 2. Você compraria vitamina de frutas na cantina? APÓS A APLicAÇÃo oBtEVE o SEGuintE rESuLtADo: 25 alunos responderam “sim” à questão1. 20 alunos responderam “sim” à questão 2. Observe que o número de respostas “sim” é igual a 45 (25 + 20) , ou seja, ultrapassa o número de alunos pesquisados. Logo, é possí- vel concluir que há alunos que responderam “sim” às duas questões. Para contarmos corretamente quantos comprariam apenas um dos produtos ou os dois produtos novos, precisamos primeiramen- te saber quantos não comprariam nenhum dos produtos. Suponha que dois alunos tenham respondido “não” às duas ques- tões. A conta a ser feita, então, é: Em que 𝑥 é o número de alunos que responderam “sim” às duas questões. Esse número deve ser subtraído, porque foi contado entre os 25 que comprariam salada de frutas e também entre os 20 que comprariam vitamina. Desse modo, teremos a equação: Observe que, nesse exemplo, o número de alunos que comprariam ao menos um dos produtos é 33, que é o número de elementos da união dos dois conjuntos, sendo A o conjunto dos alunos que comprariam salada de frutas e B o conjunto dos alunos que comprariam vitamina. Assim, concluímos que 12 alunos comprariam os dois produtos. Podemos generalizar o que fi zemos acima usando a denomina- da Lei de De Morgan: a b U 13 2 812 Book_M1_EM_LD.indb 38 13/01/15 08:44 Mondadori/UIG/Latinstock Anna Chelnokova/Shutterstock.com Oleksiy Mark/Shutterstock.com MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 | 39 QuEM É DE MorGAn? Augustus De Morgan nasceu na Índia, em 1806. Apesar de cego de um olho, isso não o impediu de ser um notável matemático britânico, alcançando a distinção máxima em matemática, por Cambridge. Tratou, entre outras coisas, de álgebra, lógica e probabilidades, com destaque para o trabalho de continuidade em relação ao que George Boole desenvolvia sobre a teoria dos conjuntos. Considerado uma companhia agradável, foi professor da recémcriada Universidade de Londres, como também o primeiro presidente da London Mathematical Society. Deixava todos intrigados com sua idade, uma vez que, quando perguntado sobre ela, respondeu: “Eu tinha anos de idade no ano ”. Faleceu em 1871, na cidade de Londres. Augustus De Morgan (1806-1871) ExErcício rESoLViDo (UDESC) Considere, em um conjunto universo com 7 elementos, os subconjuntos A, B e C, com 3, 5 e 7 elementos, respectivamente. É correto afi rmar que: a. (𝐴 ∩ 𝐵) ∩ 𝘊 tem no máximo 2 elementos. b. (𝐴 ∩ 𝐵) ∩ 𝘊 tem no mínimo 1 elemento. c. 𝐵 ∩ 𝘊 tem 3 elementos. D. 𝐴 ∩ 𝘊 tem no mínimo 2 elementos. E. 𝐴 ∩ 𝐵 pode ser vazio. Resolução: • Como o conjunto 𝘊 possui 7 elementos, ele é igual ao conjunto universo. Sendo assim, ( 𝐴 ∩ 𝐵) ∩ 𝘊 = 𝐴 ∩ 𝐵. Quanto maior for o número de elementos de 𝐴 ∪ 𝐵 , menor será o número de elementos de 𝐴 ∩ 𝐵. O valor máximo de 𝑛( 𝐴 ∪ 𝐵) é 7 . • Nesse caso, como temos: . diFerença No ano 2000, o número de linhas de celular habilitadas no Brasil era de 17.855.894, e surpreendentemente em 2012 chegou a 254.948.934, ultrapassando a população nacional, que, na época, era de aproximadamente 190 milhões de habitantes. Aliado a esse crescimento, também é preciso registrar o avanço tecnológico que esses aparelhos receberam nos últimos anos. Não sendo muito justo comparar os primeiros aparelhos de telefonia móvel com os atuais smatphones. Book_M1_EM_LD.indb 39 13/01/15 08:44 40 | MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 Na verdade, com a criação desses aparelhos que são minicomputadores, começou uma diferencia- ção entre os aparelhos de telefonia móvel, de modo que uns são chamados apenas de celular e outros de smartphones. Entretanto, a cada dia que passa, essa diferença diminui. Trazendo essa informação para linguagem de conjuntos, é possível afi rmar que existe um gran- de conjunto genérico 𝐴 de aparelhos de telefonia móvel e outro conjunto 𝐵, mais específi co, de smartphones. E que se quisermos expressar um novo conjunto 𝐶 de aparelhos móveis que não sejam smartphones, deveremos retirar do primei- ro conjunto aqueles elementos que pertencem ao segundo conjunto. Com isso, fazendo uso das notações de conjuntos, podemos representar a situação como: B A C Assim, podemos dizer que a diferença de um conjunto 𝐴 em relação a um conjunto 𝐵, repre- sentada por 𝐴 - 𝐵, 𝐴\𝐵 ou , é o conjunto que tem como elementos todos os elementos de 𝐴 que não são elementos de 𝐵, também chamada de “o complementar 𝐵 de em relação a 𝐴”. De forma genérica, a representação da dife- rença 𝐴 - 𝐵 por meio do diagrama de Venn-Euler é feita conforme a fi gura abaixo: a a - b b Pensando num exemplo numérico, para Por fi m, podemos considerar como válida a afi rmação de que, para um conjunto universo 𝘚, um subconjunto 𝐴 qualquer e seu complemen- tar Ᾱ, tem-se que pelo diagrama de Venn-Euler pode serexpresso conforme imagem abaixo: A S S a a - A ExErcício rESoLViDo (UDESC) Uma das últimas febres da internet são os sites de compras coletivas, que fazem a intermediação entre anunciantes e o consumidor fi nal, oferecendo cupons com grande percentual de descontos na compra de produtos e/ou serviços. O gestor de um destes sites, preocupado em acompanhar essa tendência e ao mesmo tempo oferecer novas opções para seus clientes, tabulou os dados referentes aos negócios realizados por sua empresa durante o ano de 2011. De posse desses dados, ele (gestor) percebeu que em seu site foram ofertados cupons apenas nas seguintes categorias: Gastronomia, Entretenimento e Saúde & Beleza. Além disso, e é possível afi rmar o seguinte: Book_M1_EM_LD.indb 40 13/01/15 08:44 MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 | 41 G G E E S S considerando apenas os cinco mil clientes cadastrados que efetuaram a compra de pelo menos uma oferta do seu site, o gestor notou que 52% destes adquiriram cupons do segmento Gastronomia, enquanto 46% aderiram a ofertas de Saúde & Beleza e 44% compraram itens relacionados a Entretenimento. O gestor notou também que apenas 300 clientes compraram cupons dos três segmentos disponíveis, enquanto que 800 clientes adquiriram ofertas de Gastronomia e Entretenimento e 700 compraram itens de Gastronomia e Saúde & Beleza. Então a soma do número de clientes deste site que comprou as ofertas relacionadas, exatamente, a um dos três segmentos disponíveis é: a. 3800 b. 2600 c. 3200 D. 2200 E. 3000 Resolução: • Sejam G , E e S , respectivamente, os conjuntos dos clientes que efetuaram com- pras nas categorias de Gastronomia, Entretenimento e Saúde & Beleza. • Como 300 clientes compraram nas três categorias e 800 nas de Gastronomia e Entretenimento, deduzimos que 500 fi zeram compras apenas nas categorias de Gastronomia e Entretenimento. 1400 1400 1600 � X 1400 � X 300 300 500 500 400 400 X • Como 300 clientes efetuaram compras nas três categorias e 700 nas de Gastronomia e Saúde & Beleza, deduzimos que 400 efetuaram com- pras apenas nas categorias de Gastronomia e Entretenimento. • 52% de 5.000, ou seja, 2.600 clientes com- praram na categoria de Gastronomia. Sendo assim, os que compraram apenas em Gastro- nomia foram: • Seja 𝑥 o número de clientes que comprou apenas na categoria de Entretenimento e Saúde & Beleza. • 46% de 5.000 , ou seja, 2.300 clientes fi zeram compras na categoria de Saúde & Beleza. Sendo assim, os que o fi zeram apenas em Saúde & Beleza foram: 44% de 5.000, ou seja, 2.200 clientes efetuaram compras na categoria de Entretenimento. Então: Book_M1_EM_LD.indb 41 13/01/15 08:44 42 | MateMática | 1a série | Unidade 1 | caPítUlo 1 é o número de clientes que fez suas compras apenas na categoria de Entretenimento. • Sendo assim, 1. Dados os conjuntos e • Desse modo, o número de clientes do site que comprou ofertas relacionadas, exatamente, a um dos três segmentos disponíveis é: Assim, a alternativa correta é a letra “c”. , use o diagrama de Venn-Euler para estabelecer
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