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Boa noite! Prof. Leonardo Martins da Silva Machado Prof. Viviane Rodrigues Tavares Avaliação Clínica e Psicossocial Em Enfermagem Avaliação Clínica e Psicossocial Em Enfermagem Potter e Perry, 2013, p. 83 Prof. Leonardo Martins da Silva Machado Prof. Viviane Rodrigues Tavares Quais são os cinco momentos da Higienização das Mãos? São medidas que fornecem dados fisiológicos, indicando as condições de saúde do indivíduo. SINAIS VITAIS - SSVV SINAIS VITAIS - SSVV Objetivo: Auxiliar na coleta de dados e avaliação das condições clínicas de saúde do indivíduo, bem como instrumentalizar o profissional na tomada de decisão sobre intervenções específicas. SINAIS VITAIS - SSVV Quando devem ser verificados? ❑ Na admissão do paciente. ❑ Antes e depois da administração de medicamentos que afetam as funções vitais. ❑ Na presença de alterações nas condições clínicas do cliente. ❑ Antes e após procedimentos invasivos. ❑ Antes, durante e após transfusão de qualquer tipo de hemoderivado. ❑ De acordo com a prescrição médica. Frequência Cardíaca Prof. Leonardo Martins da Silva Machado Pulso: O pulso é o latejar palpável do fluxo sanguíneo causado pela transmissão da onda de pressão do ventrículo esquerdo para as artérias periféricas. Corresponde a um batimento cardíaco. Em condições de normalidade, a onda do pulso é preferencialmente avaliada na artéria radial. Avaliar: ▪ * Número de batimentos ▪ * Intensidade / Amplitude ▪ * Ritmicidade ▪ * Comparação com a artéria contra-lateral ▪ Pulso - Locais de verificação Pulso Avaliar o pulso fornece indicações da função cardíaca e perfusão tecidual (circulação). Pulsos periféricos: Aferir em casos de estabilidade hemodinâmica. - Braquial, Radial, Poplíteo, Tibial e Pedial. Pulsos centrais: Aferir em pacientes com instabilidade hemodinâmica. - Carotídeo, Apical e Femural. Normalmente o pulso é palpável facilmente, o ritmo é regular e varia entre 60 a 100 bpm em adultos. Pulso - Terminologia Pulso Pulso apical ❑É a medida não invasiva mais acurada da frequência cardíaca. ❑Indicado quando se encontra ritmo irregular no pulso periférico. ❑É obtida com o uso de um estetoscópio. ❑Local de ausculta: Ponto de impulso máximo, quinto espaço intercostal na linha clavicular média esquerda. Pulso Avaliação do pulso Potter & Perry, 2013, p. 99 Pulso FREQUÊNCIA CARDÍACA AUMENTADA Situações fisiológicas: - Exercício - Emoção - Gravidez. Situações patológicas: - Dor - Estados febris - Hipovolemia. Temperatura Prof. Leonardo Martins da Silva Machado Prof. Viviane Rodrigues Tavares “A temperatura corporal é a diferença entre a quantidade de calor produzido por processos do corpo e a quantidade de calor perdido para o ambiente externo.” (POTTER & PERRY, 2013, p. 459) Calor produzido – Calor perdido = Temperatura corpórea Temperatura A medição da temperatura corporal visa à obtenção de uma média dos tecidos corporais internos. A faixa de temperatura de um adulto depende de idade, sexo, atividade física, estado de hidratação, presença de infecção. Temperatura Um paciente pode ajustar a temperatura corporal evitando extremos de temperatura, acrescentando ou removendo roupas externas ou cobertores e ingerindo líquidos e fármacos. Temperatura ✔ Região axilar ✔ Cavidade oral ✔ Vestíbulo retal (considerada a mais precisa) Locais de aferiçãoTemperatura - Parâmetros Axilar = 35,80C – 37,30C Oral = 36,00C – 37,40C Retal = 36,00C – 37,50C Termômetro de mercúrio Termômetro digital Temperatura Termômetro de membrana timpânica Temperatura Parâmetros Axilar = 35,80C – 37,30C Oral = 36,00C – 37,40C Retal = 36,00C – 37,50C Temperatura ▪ A febre pode ocorrer como uma resposta à infecção, mas também a lesões teciduais, processos inflamatórios e neoplasias. ▪ A febre é um importante mecanismo de defesa. Elevações da temperatura intensificam o sistema imune do organismo. A produção de leucócitos é estimulada durante o episódio febril. ▪ A hiperpirexia pode estar presente na Morte Encefálica, como resposta à desautonomia provocada pelo colapso sanguíneo encefálico. ▪ Sinais e sintomas da febre: Pele avermelhada, seca e quente ao toque, olhos avermelhados, taquicardia. Temperatura (POTTER & PERRY, 2013, p. 463) Temperatura Em Terapia Intensiva, considera-se febre a temperatura corporal acima de 38ºC. Temperatura Temperatura – MITOS SOBRE A FEBRETemperatura Avaliação da Temperatura Potter & Perry, 2013, p. 91 Temperatura Frequência Respiratória Prof. Leonardo Martins da Silva Machado Prof. Viviane Rodrigues Tavares FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA A determinação do padrão respiratório envolve avaliar a troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o ambiente, o sangue e as células. A frequência refere-se ao número de vezes que a pessoa respira, inspirando e expirando, em um minuto Inspeção Dinâmica ✔ Deve-se observar a dinâmica respiratória. ✔ A movimentação da caixa torácica é observada durante os movimentos ventilatórios. ✔ Observar a amplitude ou profundidade, frequência, rítmo, emprego da musculatura acessória, retrações e simetria. ✔ FR normal adulto: 10 a 20 ipm (JARVIS, 2016, p.26) | 12 a 20 ipm (BARROS, 2016, p.220) incursões respiratórias por minuto. ✔ FR normal criança: 30 a 40 incursões respiratórias por minuto. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA - Terminologia FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA - Semiotécnica Avaliação da Respiração Potter & Perry, 2013, p. 101 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA S TERIALAPRE RSÃO Prof. Leonardo Martins da Silva Machado Prof. Viviane Rodrigues Tavares MEDIR PRESSÃO? TIRAR PRESSÃO? AFERIR PRESSÃO? PRESSÃO ARTERIAL Esfigmomanômetro Aneróide PRESSÃO ARTERIAL O esfigmomanômetro inclui um manômetro de pressão, um manguito de tecido oclusivo ou vinila que envolve uma bolsa de borracha inflável e um bulbo de pressão com válvula de liberação que infla a bolsa. Esfigmomanômetro Aneróide E-S-F-I-G-M-O-M-A-N-Ô-M-E-T-R-O PRESSÃO ARTERIAL Esfigmomanômetro Aneróide PRESSÃO ARTERIAL O manômetro possui um medidor circular, com envoltório de vidro contendo uma agulha que registra medições em milímetro de mercúrio (mmHg) PRESSÃO ARTERIAL Esfigmomanômetro Aneróide Esfigmomanômetro Digital Esfigmomanômetro de coluna ou de mercúrio PRESSÃO ARTERIAL Esfigmomanômetro Digital Aparelhos eletrônicos automáticos medidores de pressão arterial são comuns, porém, estudos mostram que o valor da medida da pressão não é acurada. Níveis pressóricos mensurados por este tipo de equipamento podem se apresentar com valores mais elevados do que o real. PRESSÃO ARTERIAL Estetoscópio PRESSÃO ARTERIAL ✔DÉBITO CARDÍACO: Volume de sangue resultante do produto do volume sistólico e da frequência cardíaca que o VE (ventrículo esquerdo) ejeta para a aorta a cada minuto. ✔PRESSÃO ARTERIAL (PA): Pressão do sangue no sistema arterial de modo pulsátil, que determina o fluxo sanguíneo pela rede de artérias, determinada pelo débito cardíaco, volume sanguíneo e resistência arterial periférica. PRESSÃO ARTERIAL ❑ PRESSÃO SISTÓLICA é aquela que, durante a contração do VE, reflete o aumento progressivo da pressão dentro dessa câmara até que a valva aórtica se abra e o sangue escoe para a artéria aorta, até atingir um valor máximo. ❑ PRESSÃO DIASTÓLICA é aquela resultante da diástole ventricular quando a pressão dentro da aorta cai progressivamente até atingir um valor mínimo. PRESSÃO ARTERIAL DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO 2020 - Como ocorre a aferição da PA SONS DE KOROKTKOFF A aferição da PA usando o método auscultatório requer a detecção de sons da afluência de sangue. Ruídos audíveis durante a aferição da PA por meios não invasivos. Nikolai Koroktkoff, Médico russo, 1905. Os sons de Koroktkoff só são audíveis com o recursodo esfigmomanômetro. PRESSÃO ARTERIAL FASES DE KOROKTKOFF ■ Fase I: aparecimento do primeiro som, que é forte, seguido por batidas regulares (pressão sistólica). ■ Fase II: sons suaves e longos. ■ Fase III: sons se tornam mais crispados. ■ Fase IV: sons sofrem um nítido abafamento. ■ Fase V: desaparecimento dos sons (pressão diastólica). PRESSÃO ARTERIAL - Como ocorre a aferição da PA FASES DE KOROKTKOFF ■ Fase I: aparecimento do primeiro som, que é forte, seguido por batidas regulares (pressão sistólica). ■ Fase V: desaparecimento dos sons (pressão diastólica). PRESSÃO ARTERIAL - Como ocorre a aferição da PA • O paciente deve estar deitado sentado, com o braço apoiado e na altura do precórdio. • Medir após cinco minutos de repouso. • Evitar o consumo de cigarro e de bebidas com cafeína nos 30 minutos precedentes. • A câmara inflável deve cobrir pelo menos dois terços da circunferência do braço (Ver imagem no slide seguinte). • Apalpar o pulso braquial e inflar o manguito até 30mmHg acima do valor em que o pulso deixar de ser sentido. • Desinsuflar o manguito lentamente (2 a 4 mmHg/seg). Condições padronizadas para a aferição da pressão arterial Condições padronizadas para a aferição da pressão arterial • A pressão sistólica corresponde ao valor em que começarem a ser ouvidos os ruídos de Koroktkoff (fase I). • A pressão diastólica corresponde ao desaparecimento dos batimentos (fase V). • Na primeira vez, medir a pressão nos dois braços; se discrepantes, considerar o valor mais alto. Nas vezes subsequentes, medir no mesmo braço (o direito de preferência). Condições padronizadas para a aferição da pressão arterial Erros na medida de PA / Paciente Incorreto Correto Medir a PA após atividade física Descansar em ambiente calmo, temperatura agradável (5-10min) Comer, fumar, ingerir bebida alcoólica ou cafeína antes da medida Evitar isso pelo menos 30 min antes da medida Posição incorreta Na posição sentada, tronco recostado e relaxado, pernas sem cruzar Braço não alinhado no nível do coração Manguito no nível do coração, livre de roupas, palma voltada para cima e cotovelo ligeiramente fletido PRESSÃO ARTERIAL Erros na medida de PA / Observador Incorreto Correto Arredondar os valores de PA Anotar corretamente os valores lidos Pressionar excessivamente o estetoscópio, deformando a artéria Colocar o esteto firmemente, mas sem pressionar em excesso Inflar excessivamente o manguito, causando dor Inflar apenas 20-30 mmHg acima da pressão sistólica estimada Deflacionar rapidamente, alterando os valores da pressão Deflacionar numa velocidade de 2-4 mmHg por segundo Identificar incorretamente os sons das pressões sistólica e diastólica Identificar a PS no 1º som auscultado e a PD no desaparecimento dos sons Reavaliar a PS antes de terminar a deflação do manguito Desinsuflar totalmente o manguito e após 1-2 min reiniciar a medida PRESSÃO ARTERIAL - Erros na aferição de PAPRESSÃO ARTERIAL ■ Importante: o tamanho do manguito deve ser adequado para não alterar os valores obtidos. A largura do manguito deve corresponder a 40% da circunferência braquial e seu comprimento a 80% do tamanho do braço (Manguito para obeso, escolar e neonatal). PRESSÃO ARTERIAL - Fatores que influenciam a PAPRESSÃO ARTERIAL - FATORES DETERMINANTES DA PAPRESSÃO ARTERIAL - FATORES DETERMINANTES DA PAPRESSÃO ARTERIAL A medida incorreta da pressão arterial pode fazer com que pacientes que necessitam de tratamento não os receba, e que pacientes que não necessitam sejam tratados desnecessariamente. PRESSÃO ARTERIAL PRESSÃO ARTERIAL PRESSÃO ARTERIAL PRESSÃO ARTERIAL Notas complementares • A roupa do paciente não deve fazer constrição no braço. • A presença de arritmias importantes interfere na medida da PA. • A PA pode ser medida nas coxas, porém com manguitos especiais e com o estetoscópio localizado no foco poplíteo. PRESSÃO ARTERIAL PAM = (PAS + PAD) 2 PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA PAM = (120 + 80) = 100 mmHg 2 Dor Prof. Leonardo Martins da Silva Machado Prof. Viviane Rodrigues Tavares Dor A dor é um sentimento angustiante, muitas vezes causado por estímulos intensos ou prejudiciais. “Experiência sensitiva e emocional desagradável associada ou relacionada à lesão real ou potencial dos tecidos. Cada indivíduo aprende a utilizar esse termo através das suas experiências anteriores.” IASP - International Association for the Study of Pain Dor DOR - CLASSIFICAÇÃO A dor pode ser considerada como um sintoma ou manifestação de uma doença ou afecção orgânica, mas também pode vir a constituir um quadro clínico mais complexo. Existem muitas maneiras de se classificar a dor. Considerando a duração da sua manifestação, ela pode ser classificada em três tipos: aguda, crônica e recorrente. Dor Dor que se manifesta por um período relativamente curto (de minutos a semanas) associada a lesões em tecidos ou órgãos. Normalmente desaparece quando a causa é corretamente diagnosticada e quando o tratamento recomendado pelo especialista é seguido corretamente pelo paciente. Exemplo: - Dor pós-operatória (que ocorre após uma cirurgia); - Dor que ocorre após um traumatismo; - Dor durante o trabalho de parto; - Dor de dente; - As cólicas em geral, como nas situações normais (fisiológicas) do organismo que podem provocar dores agudas, como o processo da ovulação e da menstruação na mulher. Dor aguda Tem duração prolongada ( de meses a anos) e geralmente está associada a uma doença crônica. Exemplos: Dor ocasionada pela artrite reumatóide (inflamação das articulações), dor do paciente com câncer, dor relacionada a esforços repetitivos durante o trabalho, dor nas costas e outras. Dor crônica Apresenta períodos de curta duração que, no entanto, se repetem com frequência, podendo ocorrer durante toda a vida do indivíduo, mesmo sem estar associada a um processo específico. Um exemplo clássico deste tipo de dor é a enxaqueca. Dor recorrente Fatores que Influenciam a dor Biológicos Sociais Psicológicos A dor não é resultante apenas do estímulo doloroso, mas sofre influências de outros fatores como mostra o diagrama abaixo: Dor Dor Nota zero Dor ausente ou sem dor. Nota 3 Dor presente, havendo períodos em que é esquecida. Nota 6 A dor não é esquecida, mas não impede exercer atividades da vida diária. Nota 8 A dor não é esquecida, e atrapalha todas as atividades da vida diária, exceto alimentação e higiene. Nota 10 A dor persiste mesmo em repouso, está presente e não pode ser ignorada, sendo o repouso imperativo. Dor Dor Dor O tratamento da dor aguda deve ser centrado na remoção do estímulo doloroso e manejo dos sintomas até a melhora do quadro. Já a dor crônica, onde nem sempre podemos remover o estímulo que desencadeia o processo doloroso, o tratamento deve ser baseado em medidas farmacológicas e não farmacológicas (fisioterapia, massagens, acupuntura, métodos de relaxamento e distração). A dor que tratamos é a dor referida pelo paciente e não aquele que o profissional julga que ele tem. O paciente com dor deve ser tratado e reavaliado para avaliarmos se houve resposta satisfatória ou não à conduta tomada. Dor Você é importante no contexto social!!! UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Avaliação Clínica e Psicossocial em Enfermagem - ACPE DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO 2020 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP Avaliação Clínica e Psicossocial em Enfermagem - ACPE Sinal Vital Referência Pulso 60 a 100 bpm Temperatura 35,8ºC a 37,3ºC Respiração 10 (12)* a 20 (20)* (BARROS, 2016; JARVIS, 2016, P.25-6) BARROS, A. L. B. L. de B. Anamnese e Exame Físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. São Paulo: ARTMED, 2016. JARVIS, C. Exame físico e avaliação de saúde. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. Perry AG, Potter PA, Elkin MK. Procedimentos e intervenções de enfermagem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
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