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GERENCIAMENTO DA SEGURANÇA DO PACIENTE Enf. Integrada – 2022 “Pode parecer um princípio estranho anunciar como requisito básico, em um hospital, que não se deve causar dano ao doente.” Nightingale, 1863 ....... NA DÉCADA DO POLITICAMENTE CORRETO, DA QUALIDADE E DA SEGURANÇA.... No ambiente hospitalar : corremos riscos? Dirigir: 1 morte para cada 10.000 Bunjee Jumping e mountain: 10 a 100 mortes por ano Hospitais : 100.000 mortes por ano 1 boeing 747 caindo por dia Harvard,2002 • Institute of Medicine (IOM) em 1999 – 44.000 a 98.000 mortes por erro “médico” (EUA) • Health Grades – 195.000 pessoas morrem por erros evitáveis de tratamento em hospitais (EUA) • Qualidade inferior não gera economia na assistência à saúde • Baixa qualidade leva à complicações e tratamentos adicionais que elevam substancialmente os custos • $47.000 adicionais em tratamento por internação Segurança do Paciente Porter ME, Teisberg EO. Repensando a Saúde: estratégias para melhorar a qualidade e reduzir os custos. Mudança..... • Difícil? • Sim!!! • Impossível? • Não!!! • Em 2005 de 10 a 12% dos enfermeiros se posicionavam frente aos riscos e ações de segurança! • Em 2010 de 21 a 31% dos enfermeiros se posicionavam frente aos riscos e ações de segurança! Prevenção e Gerenciamento dos Riscos: única saída METAS DE SEGURANÇA DO PACIENTE Joint Commission International 2006/2007) • Meta 1: Identifique os pacientes corretamente • Meta 2: Melhore a comunicação efetiva • Meta 3: Melhore a segurança de medicamentos potencialmente perigosos • Meta 4: Elimine cirurgias de local-errado, paciente errado e procedimentos incorretos • Meta 5: Reduza o risco de infecções • Meta 6: Quedas reduza o risco de danos a CPRS SEGURANÇA DO PACIENTE: OMS • “Segurança do paciente corresponde à redução ao mínimo aceitável do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde” META 1- IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE IDENTIFICAÇÃO CORRETA DO PACIENTE • A identificação correta do paciente: • Assegura ao mesmo que é exatamente a ele destinado determinado procedimento/ cuidado ou tratamento • Finalidade de prevenir a ocorrência de erros e enganos que o possam ocasionar danos ao residente. • A utilização de pulseiras de identificação • Com no mínimo dois identificadores do paciente em qualquer fase da sua assistência. META 2- PREVENÇÃO DAS ULCERAS POR PRESSÃO (UP) ULCERAS POR PRESSÃO (UP) Avaliação do Risco • As escalas de risco servem para pontuar justamente o risco de uma população e têm grande importância ao constituírem estratégias para diminuir a incidência de formação da úlcera por pressão através da priorização de pacientes e intervenções preventivas mais eficazes. • A Escala de Braden é ultimamente a mais utilizada por ter sido submetida a diversos estudos e testes de confiabilidade e validade em diferentes populações, dentre as escalas mais conhecidas, quais sejam Norton, Gosnell e Waterloo. • Foi validade também para a Língua Portuguesa. Prevenção ✓ MUDANÇA DE DECÚBITO DE FORMA ADEQUADA: ✓ SISTEMÁTICA ✓ SEM CISALHAMENTO ✓ HIDRATAÇÃO ✓ NUTRIÇÃO ✓ PROTEÇÃO DE PROEMINÊNCIAS ÓSSEAS META 3- SEGURANÇA DA PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAÇÃO Segurança em Sistemas de Saúde • A cada ano 770.000 pessoas sofrem eventos adversos graves e 98.000 pessoas morrem por causas evitáveis • Aproximadamente 28% dos efeitos adversos são produzidos por medicamentos e são evitáveis • Em 1993, 7.000 americanos morreram por erro de medicação, contra 6.000 por acidentes de trabalho • Aproximadamente 56% dos erros acontecem durante a prescrição. Fonte: Improving the ICU* part 1. Chest. 2005;127:2,151-2164. Medical errors:IOM report an underestimate. Reactions Weekly. (803):3, May 27, 2000. Erros de Medicação • Qualquer acontecimento prevenível que pode causar dano ao usuário ou que dê lugar a uma utilização inapropriada dos medicamentos quando estes estão sob a responsabilidade dos profissionais de saúde, do doente ou do consumidor. • Estes incidentes podem estar relacionados com a prática profissional, com procedimentos ou com sistemas, incluindo falhas de prescrição, comunicação, rotulagem, embalagem, denominação, preparação, dispensa, distribuição, administração, educação, monitorização e utilização. Fonte: National Coordinating Council for Medication Error Reporting and Prevention (NCC MERP) CLASSIFICAÇÃO DOS INCIDENTES • Near miss: incidente que não atingiu o paciente Ex: uma unidade de sangue é conectada ao paciente de forma errada, mas o erro é detectado antes do início da transfusão • Incidente sem dano: evento que atingiu o paciente, mas não causou dano discernível Ex: a unidade de sangue acabou sendo transfundida para o paciente, mas não houve reação • Incidente com dano (evento adverso): incidente que resulta em dano ao paciente EX: é feita infusão da unidade errada de sangue no paciente e este morre por reação hemolítica META 4 – CIRURGIA SEGURA Cultura da Segurança em Saúde: paciente cirúrgico. • 234 milhões de cirurgias por ano • Países industrializados • Complicações perioperatórias – 3 a 17% • Mortes perioeratórias – 0,4 a 0,8% • Ainda maiores em países em desenvolvimento • Em 2008 a World Health Organization (WHO): • Guia com multiplas práticas para segurança do paciente cirurgico; • Check-list com 19 ações. Resultados do Checklistde Segurança Haynes et al. A surgical safety checklist to reduce morbidity and mortality in a global population. New England Journal, jan, 29, 2009. •Out. 2007 a set. 2008 •8 hospitais (Ásia, Europa, America do Norte, África) •Estudo prospectivo – 3.955 pacientes – após introdução do checklist e ações de prevenção: • Complicações: redução de 11% para 7% (P< 0.001) • Mortes: redução de 1,5% para 0,8% (P= 0.003) • Infecções de Sítio Cirúrgico: redução de 6,2% para 3,4% (P<0.001) META 5 – HIGIENE DAS MÃOS PREVENÇÃO IRAS KPC H1N1 MRSA Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde: onde estamos? http://www.safecarecampaign.org/SCC_2010/home.html OMS: • 1,4 MILHÕES DE PESSOAS COM IRAS • EM PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO O RISCO É 20x MAIOR World Health Organization. WHO guidelines on hand hygiene in health care. The first global patient safety challenge: clean care is safer care. Geneva: World Health Organization; 2009. Na América Latina foi realizado o Estudo Ibero-Americano de Eventos Adversos (IBEAS), focado para a segurança do paciente. Quanto à natureza dos eventos adversos, os resultados iniciais: Aliança Mundial para a Segurança do Paciente. Estudo IBEAS. OMS NATUREZA DO EVENTO ADVERSO FREQUÊNCIA (%) Relacionado com cuidados 13,4 Relacionado com medicação 8.3 Relacionado com infecção associada ao Atendimento na Saúde (IAAS) 37,1 Relacionado com um procedimento 28,5 Relacionado com o diagnóstico 6,2 Outras não especificadas 6,5 Higienização de Mãos (HM) • A grande evidência científica de sucesso para prevenção e controle de IRAS e doenças emergentes! • O grande desafio em saúde! • Em geral, a adesão dos profissionais de saúde para procedimentos recomendados de higiene de mão é “pobre”. • Os estudos apresentam em média taxas de adesão total de 40%. • As taxas de adesão variam conforme a ocupação do profissional de saúde. Adesão à Higienização de Mãos nos Hospitais O Ambiente pode ser um facilitador da disseminação cruzada de microorganismos ~ Contaminated surfaces increase cross-transmission ~ Abstract: The Risk of Hand and Glove Contamination after Contact with a VRE (+) Patient Environment. Hayden M, ICAAC, 2001, Chicago, IL. © Pavanello Saúde. META 6 – PREVENÇÃO DE QUEDAS CPRS POR QUE E PARA QUEM A QUEDA É UM PROBLEMA? Equipe : profissionais sujeitos a tensão no cotidiano do trabalho , efeitos psicológicos negativos , apresentam sentimento de culpa e duvidas relativas a competência profissional; (Brians e Col.1991) Instituição : o assunto quedaé considerado indicador de qualidade da assistência em várias instituições ; (JCI, Stanley, Foer, 1996) Assim , um alto índice de ocorrência de queda pode representar prejuízos éticos incluindo aspectos legais , morais e financeiros para instituição . Risco de Queda : Quando na avaliação o paciente apresentar apenas uma característica predisponentes; Alto Risco : Quando na avaliação o paciente apresentar idade > 60 anos , queda anterior , com três ou mais característica predisponentes; (Nevitt MC ,1989) CLASSIFICAÇÃO DO PACIENTE DE RISCO E ALTO RISCO PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS E PREVENÇÃO DE ERROS INTERVENÇÕES RESULTADOS Protocolos antibioticoterapia profilática 93% redução em infecção ferida operatória Uso prescrição informatizada 81% redução de erros de prescrição Protocolos cuidados CVC 92% redução infecção c/ cateter Equipes de atendimento de urgência 15 % redução de eventos PCR Protocolos p/ ventilação pulmonar mecânica 62% redução pneumonia associada Padronização dosagem insulina 63% redução episódio hipoglicemia Visita clínica farmacêuticos 66 a 78% redução erros de medicação Equipes treinadas assistência ao parto 50 % redução de eventos adversos c/RN Descrição e padronização práticas c/ medicação 60% redução de eventos adversos fonte:adaptado Leape e Berwick SEGURANÇA DO PACIENTE FLORENCE NIGHTINGALE , implantou o 1°modelo de Melhoria Contínua na Saúde. Atualmente contamos com vários programas de qualidade: • Acreditação • Normas ISSO • Sistemas de Gestão da Qualidade • Prêmio Nacional de Qualidade. Conscientização e Colaboração Ativa á a Chave do Sucesso
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