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– INTRODUÇÂO: • A IC se caracteriza como um distúrbio cardíaco estrutural ou funcional que prejudica a capacidade dos ventrículos de se encher ou ejetar sangue. EPIDEMIOLOGIA: • Nos Estados Unidos, estima-se que a IC afete 12.000 a 35.000 crianças com idade inferior a 19 anos nos Estados Unidos a cada ano • No Brasil, existem menos diagnósticos devido a pouca testagem; são 0,8 casos a cada 100.000 nascidos • 14 mil hospitalizações pediátricas por ano nos EUA em decorrência de IC ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA: CRIANCAS COM CORAÇÃO ESTRUTURALMENTE NORMAL: São crianças com coração normal ao nascer, porém apresentam IC em algum momento da vida Cardiomiopatia: a principal causa na pediatria é citomegalovírus; ela é responsável por 60% dos casos Miocardite: ocorre principalmente por infecção viral (inflamação no miocárdio); frequentemente resulta em disfunção ventricular e IC. Isquemia/Infarto Agudo do Miocárdio: principal causa são coronárias anômalas, por exemplo, bebês nascidos com artéria coronária esquerda anômala originada da artéria pulmonar (ALCAPA) geralmente apresentam sintomas e sinais de isquemia/infarto do miocárdio e frequentemente apresentam IC Arritmias: pode ocorrer por bloqueio cardíaco completo que posteriormente podem levar a IC Drogas: pacientes com câncer pediátrico, ou demais patologias que demandam uso de agentes quimioterápicos, apresentar risco vitalício de desenvolvimento de IC Lúpus/HIV CRIANCAS COM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS: Comunicação Interarterial: Na comunicação interatrial, os dois átrios se comunicam. Com isso, o lado direito do coração (responsável por receber o sangue do corpo e mandá-lo para ser oxigenado no pulmão) acaba recebendo também o sangue já oxigenado que vem do lado esquerdo. Persistência do Canal Arterial: é preciso usar medicações para manter o canal aberto, caso seja fechado, ocorre óbito por parada cardiorrespiratória devido ao shunt da direita para esquerda. Comunicação Interventricular (CIV): orifício/defeito no septo interventricular (SIV), podendo ocorrer em qualquer parte do mesmo, ser único ou múltiplo, com tamanho e forma variáveis. A sua existência condiciona, por isso, uma passagem de sangue entre os dois ventrículos. Shunt da esquerda para direita. Estenose Aórtica: defeito na válvula aórtica, gerando sobrecarga de pressão e posteriormente desenvolvimento de ICC; decorrente de febre reumática em grande parte. Coarctação de Aorta: clinicamente diagnosticado por divergência de pulso; é uma patologia congestiva que pode causar IC; assimetria de amplitude dos pulsos dos MMII e MMSS) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Lactentes: dispneia, cianose, irritabilidade ao mamar, mamadas curtas, baixo ganho de peso, fadiga fácil, sudorese durante as mamadas Crianças <6anos: sintomas do TGI (dor abdominal, náusea, vomito, falta de apetite, baixo ganho de peso), tosse crônica ou recorrente com sibilos, fadiga fácil, dispneia. Crianças >6 anos: fadiga, intolerância ao exercício, anorexia, dor abdominal, sibilos, dispneia, edema, palpitações, dor torácica ou sincope OBS: • Os sintomas do TGI ocorrem por baixo fluxo sanguíneo abdominal insuficiência cardíaca em crianças HAM – IV: pediatria – • Quanto mais velha a criança mais parecidos são os sintomas com os da ICC adulta QUANDO PENSAR EM ICC NA CRIANÇA? História clínica: anamnese e exame físico; antecedente pessoal ou familiar, tossir ao correr (asma subclínica), não ganho de peso adequadamente; o exame físico pediátrico é dinâmico – aproveitar o momento – se o bebê estiver dormindo já aproveita pra fazer ausculta Achados Cardíacos de ICC pediátrica: • ritmo de galope (3ª bulha) • má perfusão (s/ outros achados de má perfusão); Obs: causas de choque = hipovolemia e sepse; se não houver presença de nenhum, suspeitar de IC. • Taquicardia sem outro achado compatível (sinal clínico mais prevalente da IC e mais inespecífico) Achados Pulmonares de ICC pediátrica: • Taquipneia com uso de musculatura acessória (tiragem subcostal mais de boa; tiragem intercostal está mais ferrado; tiragem de fúrcula aí o negócio está mais que sério) • Batimento de asa nasal • Balancete de cabeça em busca de ar • Sibilos e estertores na ausculta Achados Sistêmicos de ICC pediátrica: • Congestão sistêmica (hepatomegalia, edema periférico, ascite e esplenomegalia, distensão venosa jugular • Sopro DIAGNÓSTICO: 1. História clínica: antecedentes pessoais e familiares, sintomatologia 2. Exames de imagem: radiografia de tórax, ECG e Ecocardiografia 3. Exames laboratoriais: BNP (peptídeo natriurético), troponina, hemograma Achados da radiografia de tórax: Hipertrofia cardíaca (cardiomegalia); sinais de insuficiência congestiva Achados ECG: Aumento do complexo QRS, onda Q profunda, anormalidades do segmento ST Achados Ecocardiograma: Principal modalidade de exame complementar para avaliação de ICC; o Eco vê tamanho e funcionalidade dos ventrículos. Achados laboratoriais: BNP é usado como fator prognóstico (se diminuir é um achado laboratorial de que a criança está melhorando) Troponina: suspeita de lesão miocárdica Hemograma: observar se há anemia associada Avaliações adicionais: Ressonância magnética (só faz se houver dúvida do ecocardiograma) Cateterismo (caráter curativo, já se tem o diagnostico e necessita de stent; serve para tratamento apenas) CARACTERÍSTICO DE ICC: • Ritmo de galope • Taquicardia desproporcional a outros sintomas • Perfusão sistêmica diminuída • Hepatomegalia sem achados clínicos compatíveis • Esforço respiratório progressivo sem patologia compatível EXAMES DIAGNÓSTICO DE ICC: • ECG • Ecocardiografia • Radiografia OBS: Cuidar com diagnostico de aumento de área cardíaca, pois o paciente deitado possui uma área cardíaca aumentada em decorrência da posição Exame geral mais usado para diagnostico de ICC = exame físico + antecedentes pessoais/familiares; exame complementar mais usado para diagnostico de ICC = ecocardiografia