Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LIV RO 3 2 a sé rie Or ga niz ad or : M ac ke nz ie Ob ra co let iva co nc eb ida , de se nv olv ida e pro du zid a pe lo Ma ck en zie ES CO LH ER CO M SA BE DO RIA | E NS IN O MÉ DI O • A na En és ia Sa mp aio M ac ha do VO LU ME 27 9 LIV RO D ID ÁT ICO DO PR OF ES SO R Ide nt i� c aç ão de sé rie s e d isc ipl ina s n as ca pa s de ac or do co m o s ist em a de co res pa ra da ltô nic os M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 1 05/07/16 13:53 EQUIPE MACKENZIE TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO MACKENZIE. PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL, INCLUSIVE DE ILUSTRAÇÕES E FOTOS. A equipe do Sistema Mackenzie de Ensino empenha-se para apresentar este material em conformidade com os mais altos padrões acadêmicos e editoriais. Em caso de dúvidas conceituais e questões relativas a tipogra� a e edição, a equipe encontra-se à disposição para a veri� cação e posterior correção do que for validado. Solicitamos que todos os apontamentos relativos a estes casos sejam enviados ao SME por e-mail (sme@mackenzie.br) ou por carta endereçada ao Sistema Mackenzie de Ensino - Dúvidas, Rua Itacolomi, 412, Higienópolis, São Paulo - SP - CEP 01239-020. O Sistema Mackenzie de Ensino não se responsabiliza pelo uso não autorizado desta publicação e se isenta de qualquer uso indevido do material didático, que desrespeite a legislação pertinente. ELABORAÇÃO DE ORIGINAIS Ana Enésia Sampaio Machado ELABORAÇÃO DOS INTEGRANDO CONHECIMENTOS E REFLEXÃO BÍBLICA Miguel Carlos dos Santos Junior DIREÇÃO EDITORIAL Débora Bueno Muniz Oliveira COORDENAÇÃO EDITORIAL Mônica Cotrin Huertas COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA Noemih Sá Oliveira Viviane Nery Lacerda ELABORAÇÃO E COORDENAÇÃO DO PROJETO EDITORIAL Arlene Goulart EDIÇÃO DE TEXTO E REVISÃO PEDAGÓGICA Denise Camargo Alves de Araújo Elizabeth Pereira Velame José Marcondes Vieira Medeiros ORIENTAÇÃO TEOLÓGICO-FILOSÓFICA Filipe Costa Fontes Mauro Fernando Meister REVISÃO TEOLÓGICO-FILOSÓFICA Bruno de Lima Romano Everton Levi Matos do Nascimento Wellington Castanha de Oliveira PRODUÇÃO EDITORIAL Adriano Aguina PESQUISA ICONOGRÁFICA Adriano Aguina REVISÃO Alessandra Ribeiro Faria Denis Cesar da Silva Rhennan Felipe Siqueira Santos Suzana Barreto Alves Rua da Consolação, 896 - Consolação São Paulo/SP | CEP 01302-907 Site: sme.mackenzie.br E-mail: sme@mackenzie.br EQUIPE ALTAMIRA DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO CIP CONCEPÇÃO E DIREÇÃO EXECUTIVA DE PROJETO GRÁFICO CONCEITO / LINGUAGEM / SISTEMAS DE IDENTIFICAÇÃO DE SÉRIES E DISCIPLINAS / ACESSIBILIDADE / ILUSTRAÇÕES / CAPAS ALTAMIRA Editorial Equipe Alex Mazzini Alexandre Mazzini Diego Alves de Carvalho Produção de capas Equipe Altamira Editorial Finalização de capas Jennifer Sá de Almeida DIREÇÃO DE DESIGN DIAGRAMAÇÃO / ILUSTRAÇÕES / INFOGRÁFICOS / CAPAS / FINALIZAÇÃO ALTAMIRA Editorial Equipe Alex Mazzini Alexandre Mazzini Diego Alves de Carvalho Jennifer Sá de Almeida Murilo Emerick Jéssica Venâncio Fábio Martins Felipe Grigoli Valéria Ferreira Renata Mori Mapas e cartografi a ESTÚDIO PARCEIRO : VESPÚCIO Equipe : Carlos Henrique EMENDAS DE PROVAS Zeta Design Studio IMPRESSÃO BRASILFORM GRÁFICA / EDITORA Os textos bíblicos foram extraídos de diferentes versões da Bíblia Sagrada. CRÉDITOS M149e Machado, Ana Enésia Sampaio. Escolher com sabedoria : Ensino Médio : Matemática, 2ª série : Livro didático e caderno de atividades do Professor : Livro 3 / Ana Enésia Sampaio Machado; organizador: Instituto Presbiteriano Mackenzie. – São Paulo : Ed. Mackenzie, 2016. 232 p. : il. ; 28 cm. – (Sistema Mackenzie de Ensino ; v. 279) Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pelo Mackenzie. ISBN 978-85-8293-486-9 1. Ensino Médio – 2º ano. 2. Matemática. I. Instituto Presbiteriano Mackenzie. II. Título. III. Série. CDD 372.7 Reimpressão: Junho de 2020 M2_Modelo_Créditos_Final_LD_Professor_L3.indd 2 22/11/16 18:53 Pouca s coisa s nos d ão um a sens ação m ateria l de in � nito quant o o núme ro de págin as de textos escrit os que existe m par a sere m lida s. Junto com a s pági nas, ve m igu almen te a in � nita sensa ção de que há info rmaçõ es, ide ias e c onhec iment os que seriam conhe cidos e adqui ridos s e disp usésse mos d e um t empo imen suráve l. Por � m, nosso bom senso , ou pe lo me nos no sso se nso co mum, nos d iz que fa zemos escol has sá bias q uanto mais dispom os des ses be ns que le varíam os um a eter nidad e para adqu irir. As pág inas q ue virã o em s eguid a não carreg am to dos os conhe - cimen tos, ne m tod as as i nform ações ou ide ias. Ela s pode m ser mui- tas, m as não são in � nitas . E, ad emais , foram cuida dosam ente pensa das pa ra que fosse m pos síveis de ser em lid as e es tudad as duran te os a nos de sse pe ríodo escola r: o En sino M édio. S ão pág i- nas qu e proc uram auxilia r o leit or na comp reensã o dos conte údos espec í� cos norma lment e requ eridos nos v estibu lares d as uni versi- dades brasil eiras, de for ma sig ni� cat iva, at ualiza da e a cadêm ica. Para a uxiliá- lo nes se estu do, ho uve um traba lho, nã o apen as sobre o que está e scrito, mas t ambé m volt ado p ara a m aneira como os tex tos est ão dis posto s e se aprese ntam no esp aço da folha. O livro foi org anizad o de fo rma a contem plar o leitor q ue tem di� cu ldade de con centra ção, o u de d ecodi� cação de pa lavras, ou me smo d i� cul- dades de � c ar mu ito tem po faz endo uma m esma ativida de. Por � m , desfr ute do que h á ness as pág inas; a prove ite as infor- maçõe s, as id eias e o con hecim ento c ompa rtilhad o. Poré m, est eja ciente do se guinte : o que nós lh e ofer ecemo s de m ais val ioso, n as págin as a se guir, s ão os princí pios q ue acr editam os ser em es sen- ciais p ara ad quirir sabed oria e enten dimen to par a toda sua v ida. São pr incípio s que você p ode ad quirir dedica ndo o temp o que tiver, e que lh e vale rão pe la eter nidad e. PREF ÁCIO “De on de vem , então , a sab edoria ? Ond e habi ta o ente ndime nto? [. ..] ‘No temor do Se nhor e stá a sabed oria, e evitar o mal é ter e ntend iment o’ “. Jó 28. 20 e 2 8b (NV I) EQUI PE SM E M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 3 05/07/16 13:53 “E sc ol he r c om s ab ed or ia ” GALHOS professor | transmissor | mediador CAULE força | estrutura | suporte RAIZ base | alicerce sólido | essência FOLHAS aluno | assimilação | crescimento Ele é como árvore plantada junto à corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem-sucedido. SALMOS 1.3 SM E PR IN CÍ PI O S SÓ LI D O S GERAR SABEDORIA FLORES / FRUTOS: aprendizagem signi� cativa “PRINCÍPIOS E VALORES BÁSICOS DA BÍBLIA COMO LENTE” VISÃO CRISTà DE MUNDO APLICADA À EDUCAÇÃO “relação com Deus, com o próximo e com o mundo” M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 4 05/07/16 13:53 PR O JE TO PE D A G Ó G IC O PR O JE TO PE D A G Ó G IC O PR O JE TO IDENTIDADE RAPIDEZ VISUAL DIGITAL HETEROGENIA DIVERSIDADE DINÂMICO Estabelecer projetos de vida. Prosseguir nos estudos e encarar os desa� os de trabalho com o compromisso de servir a Deus e a sociedade de maneira participativa e responsável. Ampliar o conhecimento a respeito das diferentes possibilidades. Fazer escolhas com sabedoria. Discutir os valores morais e sociais com vista à construção da criticidade e formação intelectual. Compartilhar ideias e experiências. M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 5 05/07/16 13:53 Branco e respiro A forma de um objeto é tão importante quanto o espaço em torno dele. Projeto GRÁFICOMSerifa slab TIPOGRAFIA Além de transmitir por meio das palavras o conteúdo abordado, a tipogra� a usada deve expressar visualmente através de sua forma e cor o que está sendo dito, assim como a imagem. A fonte Myriad continua compondo os textos de leitura corrente devido suas características fundamentais ao projeto, tais como alta legibilidade, variedade de pesos e suas propriedades estruturais que ajudam a diminuir o desconforto do dislexo. Para acompanhar as mudanças e trazer novos benefícios e possibilidades às páginas, a fonte de título escolhida para o segundo ano foi a Sanchez, pois apresenta uma boa legibilidade em vários pesos e possui grande � exibilidade em caixa alta e baixa, dando destaque aos títulos dos capítulos. MYRIAD PRO: Bom equilíbrio entre ascendentes, descendentes e altura x abcefgkjoxuascendentedescendente XSanchezCaixa alta e baixa A serifa slab, característica da Sanchez, tem uma estrutura forte. Por serem retas, uniformes e pesadas, proporcionam boa estabilidade no desenho da caixa de texto. Outro fator é a personalidade que difere dos textos de leitura corrente (Myriad), criando um contraste de forma interessante em termos de desenho e hierarquia. DIAGONAL Principal mudança que ocorreu na segunda série. Com o objetivo de trazer mais dinamismo ao projeto, está presente na capa e no decorrer do livro. Com o objetivo de informar de maneira concisa e e� caz, o projeto grá� co evoluiu na segunda série e traz algumas mudanças mas ainda prevalece o uso de uma linguagem dinâmica e lúdica, porém séria, para transmitir ao aluno o conteúdo de cada disciplina. Interpreta-se cada matéria e tema, criando uma atmosfera grá� ca através do uso de cores, formato, imagens, tipogra� a, ícones e ilustrações. Nada é por acaso. Toda informação visual busca re� etir o que está escrito. Veja nessa página alguns critérios utilizados na evolução do projeto grá� co para os livros da 2ª série de ensino médio do SME, re� etido em mudanças signi� cativas, com o propósito de acompanhar o crescimento dos alunos e os novos conhecimentos e experiências adquiridos por eles. Bom equilíbrio entre ascendentes, descendentes e altura x M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 6 05/07/16 13:53 IM AG EM SU PO RT E E ER GO NO MI A IL US TR AÇ ÃO To do s a s o br as sã o i mp res sa s em pa pe l im po rta do N or br ite 66 g/ m 2 , q ue é ma is l ev e e red uz o pe so de ca da liv ro em ap rox im ad am en te 30 %, o qu e a jud a n a l oc om oç ão e na sa úd e d o a lun o. As fo lha s, a lém de se rem pr óp ria s p ara al ta qu ali da de de im pr es sã o – o qu e tam bé m as to rn am ad eq ua da s pa ra a e scr ita do al un o – po ssu em um a l ev e t on ali da de cre me pa ra qu e o re � e xo da luz so br e o pa pe l n ão se ja tão int en so , p ro po rci on an do um a lei tu ra ma is c on for táv el. A l ing ua ge m sin tét ica e ob jet iva co nt inu a n a s eg un da sé rie , p or ém , o s e lem en to s a rre do nd ad os di mi nu íra m e for am su bs tit uíd os po r â ng ulo s r eto s. L inh as e for ma s so br ep os tas , tr an sp arê nc ia, de slo ca me nt os e a c ria çã o de pa dr õe s r efo rça m o c on ce ito e o a ma du rec im en to da lin gu ag em da ilu str aç ão e da s d isc ipl ina s. As pá gin as ga nh am di na mi sm o e pr ofu nd ida de a pa rti r d e i ma ge ns co lor ida s e m on oc ro má tic as , co m co rte s e re co rte s d iag on ais , n a ut iliz aç ão da tr an sp arê nc ia e d a s ob rep os içã o d e f or ma s g rá� ca s. A m es cla de sse s e lem en to s a mp lia os se nt ido s e tr az m atu rid ad e ao m ate ria l, m an ten do a es sê nc ia lúd ica da sé rie an ter ior e a pa rti cu lar ida de de ca da di sci pli na (re sp eit an do os te ma s a bo rd ad os e a s e sp ec i� c ida de s d e c ad a c on teú do ). OS ÍC ON ES fo ram re de se nh ad os co nt em pla nd o a s m ud an ça s da s il us tra çõ es e pr es erv an do su as ca rac ter íst ica s e sse nc iai s. “(...) A LINHA é o meio indispensável para tornar visível o que ainda não pode ser visto, por existir apenas na imaginação.” Sintaxe da Linguagem Visual - Donis A. Dondis Sin tax e d a Li ngu age m V isua l - D oni s A . Do ndi s “A TE XT UR A é o ele me nt o v isu al qu e co m fre qu ên cia se rve de su bs tit ut o p ara as qu ali da de s d e o ut ro se nt ido , o ta to. ” Matemática Português Física História Geogra� a Química Espanhol Inglês Biologia Infográfico_Projeto Gráfico_2a série_3a prova.indd 7 5/15/18 8:59 Acessibilidade Dislexia e TDAH TEXTO COM SERIFA E JUSTIFICADOS BAIXO CONTRASTE ENTRE FIGURA-FUNDO A dislexia é uma combinação de habilidades e di� culdades que afetam o processo de aprendizagem exibindo uma vasta gama de di� culdades. TEXTO “REDEMOINHO” TEXTO “DESBOTADO” Prezado aluno, Este livro foi desenvolvido com algumas características especí� cas que ajudam no estudo, principalmente, de pessoas com alguns quadros que podem di� cultar a aprendizagem, tais como a dislexia e o transtorno de dé� cit de atenção e hiperatividade (TDAH). Destacamos, a seguir, algumas dessas características. O tipo de letra usado possui estrutura formal que ajuda a diminuir possíveis confusões visuais, com equilíbrio entre as linhas ascendentes e descendentes, boas aberturas e espaços internos maiores, facilitando sua discriminação. Foram usados contrastes mais fortes entre as partes impressas e o fundo, também buscando aumentar a discriminação da informação relevante e diminuir as confusões visuais (ver quadros ao lado). As linhas foram alinhadas à esquerda, aumentando os recursos para o aluno se localizar durante a leitura de um texto. Adicionalmente, são explicitamente apontadas, ao longo dos capítulos, as informações que precisam ser recordadas por serem relevantes ao conteúdo atual (nos destaques intitulados “Vale lembrar”). Também são destacados, nos itens “Integrando conhecimentos”, trechos em que são discutidas ideias que vão além da matéria especí� ca, unindo duas ou mais áreas diferentes de conhecimento. Sugerimos que você aproveite esse material desenvolvido com cuidado e rigor! Lembramos que você também pode adotar estratégias para facilitar sua aprendizagem. Primeiro, esteja consciente da sua forma de aprender. Descubra como você entende melhor, se é lendo em voz alta, escrevendo, fazendo desenhos ou esquemas, resumindo o texto, dentre outras possibilidades. Conheça seus pontos fortes e seus pontos fracos. Quando ler os capítulos, aproveite as várias dicas que o texto lhe oferece: analise o título, as imagens, as cores, as palavras em negrito e os quadros em destaque. Use seu livro: sublinhe o que achar relevante, faça resumos, desenhos, esquemas. Procure o signi� cado das palavras que você não conhece. Anote suas dúvidas e discuta-as com seus professores. Se você quiser mais informações sobre a dislexia e o transtorno de dé� cit de atenção e hiperatividade, sugerimos que visite os sites: www.dislexia.org.br/, www.andislexia.org.br/ e http://www.tdah.org.br/. Revise os conteúdos anteriores periodicamente. Você também pode ler o capítulo em casa antes da aula, o que facilitará a apreensão do conteúdo e o esclarecimento das dúvidas com os professores. ABAIXO: possíveis distorções presentes na visão de um disléxico. ACIMA: características de formatação evitadas nesse projeto pois di� cultam a leitura QR CODE Para o rápido acesso a links sugeridos por meio de dispositivos móveis. A dislexia é uma combinação de habilidadese di� culdades que afetam o processo de aprendizagem exibindo uma vasta gama de di� culdades. A dislexia é uma combinação de habilidades e di� culdades que afetam o processo de aprendizagem exibindo uma vasta gama de di� culdades. A dislexia é uma combinação de habilidades e di� culdades que afetam o processo de aprendizagem exibindo uma vasta gama de di� culdades. A dislexia é uma combinação de habilidades e di� culdades que afetam o processo de aprendizagem exibindo uma vasta gama de di� culdades. M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 8 05/07/16 13:53 vvoe/Shutters tock.com O que é? Visão do daltônico O daltonismo é uma limitação visual no indivíduo caracterizada pela incapacidade de identi� car/diferenciar todas ou algumas cores. SISTEMA DE CÓDIGOS DE COR PARA DALTÔNICOS Desenvolvido por Miguel Neiva coloradd@gmail.com / info@coloradd.net Daltonismo O Código ColorADD assenta num processo de associação lógica e de fácil memorização permitindo ao daltônico, através do conceito de adição das cores, relacionar os símbolos e facilmente identi� car todas as cores. O branco e o preto orientam para as tonalidades claras e escuras. Cada implementação do Código é planejada para todos e não especi� camente para o universo dos daltônicos – incluir sem discriminar. O ColorADD é um código de fácil implementação com Inovação, Valor, Utilidade e Responsabilidade Social. O Daltonismo afeta aproximadamente 10% dos homens e 0,5% das mulheres – cerca de 350 milhões em todo o mundo. No entanto, apesar deste número impressionante, não existiam respostas socialmente efetivas visando a inclusão desta “grande minoria” da população mundial. O Código ColorADD é um sistema de identi� cação de cores universal e transversal, cuja missão é facilitar a integração dos indivíduos daltônicos numa sociedade global na qual 90% da comunicação é efetuada através da cor. Portanto, o Código ColorADD tem como objetivo promover a compreensão da cor para todos, sempre que a cor for utilizada como fator de identi� cação, orientação ou escolha. O sistema ColorADD se encontra implementado em diversas áreas e em diversos países. Por exemplo, em hospitais, transportes, material escolar e didático, vestuário, tecnologias de informação, sinalização e orientação, entre outros. Neste projeto desenvolvido pelo SME, o ColorADD é utilizado para auxiliar na identi� cação de séries e disciplinas nas capas dos livros de Ensino Médio, estando em consonância com o projeto de acessibilidade proposto pelos materiais didáticos do Mackenzie, o que ajuda a garantir um mundo mais acessível e igualitário para todos! Miguel Neiva CORES | SÍMBOLOS BRANCO | PRETO | CINZENTO Azul Verde Amarelo Laranja Vermelho Roxo Castanho PrataDouradoBranco Preto Cinza Claro Cinza Esc. TONS METALIZADOS TONS CLAROS TONS ESCUROS CO RE S D AS M AT ÉR IA S Matemática Português Física História Geogra� a Sociologia Química Espanhol Inglês Biologia Desenvolvido com base nas três cores primárias, sendo cada uma representada através de um símbolo grá� co monocromático. AZUL AMARELO VERMELHO BRANCO PRETO M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 9 05/07/16 13:53 ES TR U TU R A D A O B R A Um livro tem uma forma de ser organizado. Conhecer essa organização lhe ajudará a utilizá-lo melhor. Apresentamos a seguir, comentários sobre cada uma das partes que você encontrará nas páginas do seu livro didático. ABERTURA DE UNIDADE Uma unidade, em nossos livros, reúne três capítulos. A Abertura de unidade, que trabalha sobre um pequeno texto, imagens, questões e trechos bíblicos, é uma apresentação dos assuntos contidos nesses capítulos. Ela se relaciona diretamente com outra seção, a Re� etindo ideias e atitudes. ABERTURA DE CAPÍTULO A Abertura de capítulo trabalha sobre imagens (artes plásticas, cinema, literatura etc.) e um texto introdutório ao assunto principal que será desenvolvido. REFLETINDO IDEIAS E ATITUDES Seção que encerra três capítulos, ligando-se à Abertura de unidade. Seu objetivo é trazer re� exões sobre alguns dos conceitos e temas estudados na unidade, associando-os a situações do cotidiano, por meio de um texto, porções da Bíblia, questões e comentários relacionados à cosmovisão cristã. UNID ADE 3 Everett Historical/Shut terstock.com Comb inaçõe s e poss ibilida des para o dia a dia Em 1938, britânicos e aliados sofriam consecutivas e importantes der- rotas nas batalhas da Segunda Guerra Mundial. Os alemães planejavam e executavam ataques de maneira engenhosa e precisa. Antes mesmo de se recuperar de um ataque, os britânicos sofriam ou- tro golpe que lhes custava vidas e posições importantes no conflito. O Quartel General de Comunicações Governamentais (Government Communications Headquarters - GCHQ em inglês), um braço do Serviço de Inteligência Britânica (Secret Intelligence Service ou MI6), era capaz de interceptar as mensagens trocadas pelos ale- mães. Na realidade, interceptá-las era relativamente simples, já que as comunicações eram feitas via rádio; o grande desafio, porém, era compreender o que diziam. A dificuldade não era o idioma, mas o fato de os alemães possuírem uma máquina chamada enigma. Alguns historiadores atribuem decisiva impor- tância à equipe de Turing pela vitória sobre a Alemanha nazista em 1945. Turing, por sua vez, era um matemático e usou a matemática para de- terminar as regras de funcionamento de sua máquina, que foi capaz de analisar milhares de possíveis combinações de caracteres até encon- trar aquela que continha a mensagem procurada. Alguns estudiosos entendem a Máquina de Turing e seus desenvolvimentos matemáticos co- mo precursores do computador moderno, a exemplo do tablet, celular e softwares que depen- dem de senhas e códigos de segurança. Nesta unidade, estudaremos a Análise Combinatória, desenvolvendo ferramentas para efetuar a contagem de grandes quantidades de combinações e a Teoria das Probabilidades, rela- cionada diretamente com a análise formal acerca de chances, o que nos auxiliará para a to- mada de decisões. Máquina alemã en igma, exp osta em Nova York em a bril de 20 15. consideradas impossíveis de decifrar. Contudo, o que reforçava a crença nessa impossibilidade era a quantidade de códigos que a enigma po- dia gerar. Com inúmeras mensagens em mãos, mas in- capazes de compreendê-las, os britânicos assistiam, impotentes, a guerra tomar rumos que poderiam mudar drasticamente o mundo como conhecemos hoje. Mas, em 1939, uma equipe formada por jovens matemáticos e cientistas foi enviada, sob disfarce e em segredo, para uma base da GCHQ, em Bletchley Park, cerca de 80 km a noroeste de Londres. Um dos integrantes da equipe era Alan Turing (1912-1954), brilhante matemático da Universidade de Cambridge, especializado em códigos e criptogra- fia. Foram as ideias de Turing, desenvolvidas com a ajuda de seus companheiros de equipe, que permi- tiram a construção de uma máquina - que ficou conhecida posteriormente como Máquina de Turing - capaz de decifrar o código da enigma. Esse feito histórico permitiu ao Exército britânico e aos Aliados não só interceptar, mas interpretar as men- sagens alemãs, possibilitando que estes se preparassem para os ataques do inimigo. Enigma era uma máquina capaz de criar códigos complexos para mensagens cifradas – processo conhecido como criptografia – “O ent endim ento é fonte de vid a para aquel e que o têm , mas a inse nsatez traz ca stigo a os ins ensato s.” Prové rbios 16.22 (NVI) 16 6 3 2 2 Monkey Business Images/Shutterstock.com Me lic a/ Sh utt ers toc k.c om Ale x S tar os elt sev /Sh utt ers toc k.c om Afri ca S tudi o/Sh utter stock .com MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 | 17 CAPÍT ULO 7 Certamente, quando você era criança, ouviu al- gum professor dizer que a Matemática surgiu da necessidade, por exemplo, de pastores contaremsuas ovelhas. O fato é que estamos tão acostuma- dos a contar e enumerar coisas em nosso dia a dia que nem prestamos mais atenção nisso. Pense, por exemplo, em uma pessoa que mora em um apar- tamento e vai para seu trabalho de ônibus. Seu despertador contou quantas horas e minutos se passaram desde o momento em que ela dormiu. Essa pessoa acordou, checou quantas mensagens havia em seu celular, preparou seu café, contando quantas colheres de pó e de açúcar deveria usar, verificou quantos minutos faltavam até que ela tivesse de sair de casa. Arrumou-se, entrou no elevador, que indicava quantos andares ela esta- va distante do térreo. Saiu, tomou seu ônibus, separou seu dinheiro para dar ao cobrador e ve- rificou o troco (ou usou seu cartão de passagens e verificou o saldo restante), desceu no ponto e chegou ao seu trabalho. As contagens aparece- ram inúmeras vezes em seu dia – que, nesse ponto, mal começou. Anális e combi natóri a: as téc nicas de co ntage m Para as atividades no início de seu dia, a pes-soa do exemplo nem precisou pensar muito, mas imaginemos que ela trabalha em uma corretora de seguros e sua tarefa é medir os riscos que um novo cliente tem de correr para utilizar sua apó- lice (esses riscos vão determinar o preço que será cobrado do cliente). Para realizar seu trabalho, inúmeras contagens terão de ser feitas e, para realizá-las, serão necessários cálculos e estudos. Técnicas mais refinadas de contagem, desen- volvidas ao longo dos séculos, são utilizadas em seu trabalho. O fato é que sabemos contar coisas de imedia- to, mas não tudo. Algumas contagens podem levar anos se forem feitas apenas através da enu- meração. Ao final desse capítulo, esperamos que você seja capaz de, em minutos, ou mesmo em se- gundos, obter resultados de contagens bem mais complexas que o de colheres de açúcar. A análise combinatória é o nome da parte da matemática que estuda as técnicas de contagem, e é isso que estudaremos nesse capítulo. 217875652 Shutterstock gillmar/Shutterstock.com Tup un ga to/ Sh utt ers toc k.c om Tup un ga to/ Sh utt ers toc k.c om MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 8 | 53 A m aior ia d as f orm as d e ar te p ode ser des frut ada por esp ecta dore s. Po sso me dele itar em um con cert o re aliz ado por mús icos tale ntos os, fi car boq uiab erto dian te d e um a be la p intu ra o u prof und ame nte com ovid o pe la lit erat ura. A m atem átic a, p orém , libe ra e ssa carg a emo cion al so men te s obre aqu eles que real men te tr aba lham com ela . Edw ard R. Sc hein erm an, e m se u livro Mat emá tica disc reta 1 , diz : Para compreendermos uma nova lei matemática, é necessá- rio um pouco de solidão e dedicação, exatamente como fazem os artistas ao criarem um trabalho novo. Mas o mais interessan- te é que sentimos alegria, mesmo que não tenhamos criado algo que ninguém havia feito antes; basta termos compreendi- do, ainda que se trate de uma lei descoberta há séculos. Essa compreensão é uma tarefa intransferível, ou seja, ninguém con- segue entender no lugar de outra pessoa. Muitas vezes, essa é uma tarefa difícil, mas arriscamo-nos a dizer que, quanto maior o grau de dificuldade para se chegar a um resultado, maior é o prazer advindo da conquista. 1 SCHEINERMAN, 2011, p. 2. C A PÍTU LO 8 Ev ere tt Hi sto ric al/ Sh utt ers toc k.c om 136 | MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 Unidade 3 Re fle tin do ide ias e At itu de s “N ão se de ixe en ga na r: d e D eu s nã o s e z om ba . P ois o qu e o ho me m se me ar , is so ta mb ém co lhe rá . Qu em se me ia pa ra a su a c ar ne , da ca rn e c olh erá de str uiç ão ; m as qu em se me ia pa ra o Es pír ito , d o Es pír ito co lhe rá a vid a e ter na . E nã o no s c an se mo s d e f az er o b em , p ois no te mp o p ró pr io co lhe rem os , se nã o d es an im ar mo s. P or ta nt o, en qu an to te mo s o po rtu nid ad e, faç am os o be m a t od os , es pe cia lm en te ao s d a f am ília da fé .” Gá lat as 6. 7- 10 (N VI ) A habilidade matemática e a engenhosidade de Alan Turing permitiram que ele e sua equipe des- vendassem o código da Enigma. O reconhecimento do matemático aconteceu, posteriormente, em li- vros e filmes, como na recente produção cinematográfica, O jogo da imitação, um filme em que a ficção se mistura com a realidade. Na cena em que o código da Enigma é finalmente decifrado, é perceptível para o espectador que Turing considera- va ter vencido o grande desafio, quando, na verdade, o desafio estava apenas começando. Tudo porque a cada nova informação interceptada e decifrada, ele e sua equipe precisavam decidir o que fazer. Não bas- tava apenas obter as informações e decifrar o código: para acabar com a guerra era preciso fazer escolhas e, principalmente, saber agir; mesmo que, muitas vezes, fossem decisões difíceis de tomar. É provável que ontem, antes de dormir, você te- nha programado o seu despertador e tenha deixado separado roupas e sapato, a fim de chegar a tempo ao primeiro compromisso do dia. Hoje, talvez, você tenha decidido comer ovos com ba- con no café da manhã, ir de ônibus para a escola, fazer o trabalho de Matemática, e, no final do dia, assistir àquele filme de aventura no cinema. E o que dizer do futuro? Talvez você se pergunte: M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 10 05/07/16 13:53 Em várias páginas, você encontrará ícones e termos como Conceito e Glossário que representam complementos ao tema e assuntos abordados, seja na forma de textos, de atividades, em sugestões de sites, � lmes e livros ou em chamadas à re� exão. Recursos Conceito Traz a sistematização de um conceito-chave que merece destaque em meio à explicação de determinado assunto. Glossário Um pequeno dicionário com termos técnicos presentes no texto. Sugestões bibliográ� cas Sequencia de livros, sites, � lmes e outras fontes de informação para sua pesquisa extra livro. Código QR É um código de resposta (ou leitura) rápida (do inglês, Quick Response Code), indicado junto ao recurso Para acessar. A partir de um aplicativo de celular (que tenha câmera) ou tablet, o código QR pode identi� car rapidamente o site/blog. Na impossibilidade de usar o celular/tablet, você pode digitar o endereço virtual indicado. INTEGRANDO CONHECIMENTOS Tem como objetivo a integração do conteúdo com a cosmovisão cristã através da re� exão sobre uma referência bíblica. PARA ACESSAR Indicação de links, vídeos, � lmes, bibliogra� as, dicas culturais e literárias, dentre outras, para auxiliar na compreensão do tema abordado. PARA REFLETIR No Para re� etir, as perguntas surgem do próprio conteúdo ministrado, sem uma integração explícita com textos bíblicos. No entanto, parte da ideia de que toda verdade tem em Deus sua fonte e origem, onde quer que ela possa ser encontrada. PRODUÇÃO DE PESQUISA Propostas de incentivo à busca de informações em outras fontes (algumas não escritas, como no caso de música ou de monumentos), para ampliação do conhecimento em determinado tema abordado no capítulo e iniciação ao processo de produção cientí� ca (individual ou coletiva). VALE LEMBRAR Resgate de conteúdos trabalhados anteriormente que servem no momento como pré-requisito para o novo saber. VOCÊ SABIA? Apresenta informações complementares e suplementares ao conteúdo abordado no capítulo. CADERNO DE ATIVIDADES Ícone que faz referência ao Caderno de Atividades, onde o aluno encontrará uma lista de exercícios, originais, do Enem e de vestibulares. MATEMÁTICA, TECNOLOGIA, SOCIEDADE E AMBIENTE Relaciona a matemática com as Ciências Humanas e da Natureza, mostrando pontos de conexão entre elas, como também o contexto histórico e/ou sociocultural que levaram aodesenvolvimento de um assunto do capítulo em questão. Ou ainda, conecta o saber matemático, desenvolvido no capítulo, a uma tecnologia. VAMOS PRATICAR Exercícios e/ou atividades de indução para sistematizar/ analisar o conteúdo apresentado e indicação de outros exercícios no caderno de atividades. PENSANDO MATEMÁTICA Apresentação de desa� os matemáticos contemporâneos ou não, relacionados ao mundo da matemática, que necessariamente, não precisam ter aplicação prática atualmente. MTSA Matemática Tecnologia Sociedade e Ambiente M2_ESTRUTURA_2a série_L3.indd 11 11/07/16 08:58 Un ida de 3 Co mb ina çõ es e po ss ibi lid ad es pa ra o dia a dia Li vr o D id át ic o 16 CAPÍTULO 7 Análise combinatória: as técnicas de contagem Princípios de contagem Princípio aditivo da contagem Princípio multiplicativo da contagem Princípio da casa dos pombos Princípio generalizado da casa dos pombos Permutações simples Arranjos simples Combinações simples Permutações com repetição Arranjos com repetição Combinações com repetição 18 25 31 34 40 42 47 20 20 22 23 77 83 52 CA PÍ TU LO 8 Ag ru pa me nt o d e fo rm a o rg an iza da Nú me ro bi no mi al Pro pr ied ad e d os bi no mi ais O tri ân gu lo de Pa sc al Pro pr ied ad es do tr iân gu lo de Pa sca l O bin ôm io de N ew to n Te rm o d o d es en vo lvi me nt o d e 54 60 56 64 Su má rio M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 12 05/07/16 13:53 88 CAPÍTULO 9 Probabilidade: as chances em números Fenômeno aleatório Probabilidade Condições para os valores de probabilidades Eventos complementares Probabilidade da união de eventos Probabilidade condicional Árvore de probabilidades Lei binomial da probabilidade 92 95 99 103 107 114 124 128 Capítulo 9 Probabilidade: as chances em números Primeiras Ideias Pensando Enem Por dentro do vestibular 181 189 197 Caderno de Atividades Capítulo 8 Agrupamento de forma organizada Primeiras Ideias Pensando Enem Por dentro do vestibular 163 168 169 Capítulo 7 Análise combinatória: as técnicas de contagem Primeiras Ideias Pensando Enem Por dentro do vestibular 143 147 150 Alex Staroseltsev/Shutterstock.com M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 13 05/07/16 13:53 UNID ADE 3 Comb inaçõe s e poss ibilida des para o dia a dia Em 1938, britânicos e aliados sofriam consecutivas e importantes der- rotas nas batalhas da Segunda Guerra Mundial. Os alemães planejavam e executavam ataques de maneira engenhosa e precisa. Antes mesmo de se recuperar de um ataque, os britânicos sofriam ou- tro golpe que lhes custava vidas e posições importantes no con� ito. O Quartel General de Comunicações Governamentais (Government Communications Headquarters - GCHQ em inglês), um braço do Serviço de Inteligência Britânica (Secret Intelligence Service ou MI6), era capaz de interceptar as mensagens trocadas pelos ale- mães. Na realidade, interceptá-las era relativamente simples, já que as comunicações eram feitas via rádio; o grande desa� o, porém, era compreender o que diziam. A di� culdade não era o idioma, mas o fato de os alemães possuírem uma máquina chamada enigma. “O ent endim ento é fonte de vid a para aquel e que o têm , mas a inse nsatez traz ca stigo a os ins ensato s.” Prové rbios 16.22 (NVI) M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 14 05/07/16 13:53 Everett Historical/Shut terstock.com Alguns historiadores atribuem decisiva impor- tância à equipe de Turing pela vitória sobre a Alemanha nazista em 1945. Turing, por sua vez, era um matemático e usou a matemática para de- terminar as regras de funcionamento de sua máquina, que foi capaz de analisar milhares de possíveis combinações de caracteres até encon- trar aquela que continha a mensagem procurada. Alguns estudiosos entendem a Máquina de Turing e seus desenvolvimentos matemáticos co- mo precursores do computador moderno, a exemplo do tablet, celular e softwares que depen- dem de senhas e códigos de segurança. Nesta unidade, estudaremos a Análise Combinatória, desenvolvendo ferramentas para efetuar a contagem de grandes quantidades de combinações e a Teoria das Probabilidades, rela- cionada diretamente com a análise formal acerca de chances, o que nos auxiliará para a to- mada de decisões. Máquina alemã en igma, exp osta em Nova York em a bril de 20 15. consideradas impossíveis de decifrar. Contudo, o que reforçava a crença nessa impossibilidade era a quantidade de códigos que a enigma po- dia gerar. Com inúmeras mensagens em mãos, mas in- capazes de compreendê-las, os britânicos assistiam, impotentes, a guerra tomar rumos que poderiam mudar drasticamente o mundo como conhecemos hoje. Mas, em 1939, uma equipe formada por jovens matemáticos e cientistas foi enviada, sob disfarce e em segredo, para uma base da GCHQ, em Bletchley Park, cerca de 80 km a noroeste de Londres. Um dos integrantes da equipe era Alan Turing (1912-1954), brilhante matemático da Universidade de Cambridge, especializado em códigos e criptogra- � a. Foram as ideias de Turing, desenvolvidas com a ajuda de seus companheiros de equipe, que permi- tiram a construção de uma máquina - que � cou conhecida posteriormente como Máquina de Turing - capaz de decifrar o código da enigma. Esse feito histórico permitiu ao Exército britânico e aos Aliados não só interceptar, mas interpretar as men- sagens alemãs, possibilitando que estes se preparassem para os ataques do inimigo. Enigma era uma máquina capaz de criar códigos complexos para mensagens cifradas – processo conhecido como criptografia – M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 15 05/07/16 13:53 6 3 2 2 Me lic a/ Sh utt ers toc k.c om Ale x S tar os elt sev /Sh utt ers toc k.c om Afri ca S tudi o/Sh utter stock .com caPÍT ULO 7 Anális e combi natóri a: as téc nicas de co ntage m M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 16 05/07/16 13:53 16 Monkey Business Images/Shutterstock.com MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 | 17 Certamente, quando você era criança, ouviu al- gum professor dizer que a Matemática surgiu da necessidade, por exemplo, de pastores contarem suas ovelhas. O fato é que estamos tão acostuma- dos a contar e enumerar coisas em nosso dia a dia que nem prestamos mais atenção nisso. Pense, por exemplo, em uma pessoa que mora em um apar- tamento e vai para seu trabalho de ônibus. Seu despertador contou quantas horas e minutos se passaram desde o momento em que ela dormiu. Essa pessoa acordou, checou quantas mensagens havia em seu celular, preparou seu café, contando quantas colheres de pó e de açúcar deveria usar, verifi cou quantos minutos faltavam até que ela tivesse de sair de casa. Arrumou-se, entrou no elevador, que indicava quantos andares ela esta- va distante do térreo. Saiu, tomou seu ônibus, separou seu dinheiro para dar ao cobrador e ve- rifi cou o troco (ou usou seu cartão de passagens e verifi cou o saldo restante), desceu no ponto e chegou ao seu trabalho. As contagens aparece- ram inúmeras vezes em seu dia – que, nesse ponto, mal começou. Para as atividades no início de seu dia, a pes- soa do exemplo nem precisou pensar muito, mas imaginemos que ela trabalha em uma corretora de seguros e sua tarefa é medir os riscos que um novo cliente tem de correr para utilizar sua apó- lice (esses riscos vão determinar o preço que será cobrado do cliente). Para realizar seu trabalho, inúmeras contagens terão de ser feitas e, para realizá-las, serão necessários cálculos e estudos. Técnicas mais refinadas de contagem, desen- volvidas ao longo dos séculos, são utilizadas em seu trabalho. O fato é que sabemos contar coisas de imedia- to, mas não tudo. Algumas contagens podem levar anos se forem feitas apenas através da enu- meração. Ao fi nal desse capítulo, esperamos que você seja capaz de, em minutos, ou mesmo em se- gundos, obter resultados de contagens bem maiscomplexas que o de colheres de açúcar. A análise combinatória é o nome da parte da matemática que estuda as técnicas de contagem, e é isso que estudaremos nesse capítulo. M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 17 05/07/16 13:54 7 ++ 7 7. 18 | MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 Um poema, datado de aproximadamente 1730, é tido como um dos problemas mais antigos de contagem. Leia-o a seguir: Princípios de contagem Quando eu estava indo para St. Ives, Eu encontrei um homem com sete mulheres, Cada mulher tem sete sacos, Cada saco tem sete gatos, Cada gato tem sete caixas, Caixas, gatos, sacos e mulheres, Quantos estavam indo para St. Ives? VASQUEZ, Cristiane Maria Roque; NOGUTI, Fabiane Cristina Höpner. Análise Combinatória: alguns aspectos históricos e uma abordagem pedagógica. Disponível em: <www.sbem. com.br/� les/viii/pdf/05/1MC17572744800.pdf>. Acesso em: jan. 2016. As técnicas de contagem, porém, desenvolveram- se bastante por causa dos cálculos de probabilidade – que serão introduzidos no capítulo 9 – inicialmente usados para jogos, mas, atualmente, indispensáveis em áreas como economia, sociologia, agronomia e medicina entre outras. O jogo de azar mais antigo que se conhece data de aproximadamente 3500 a. C.; foi descoberto em esca- vações arqueológicas e retratado em pinturas egípcias e gregas. Era um jogo feito com uma espécie de dado, feito com um osso retirado de carneiro ou veado. M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 18 05/07/16 13:54 MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 | 19 Segundo Peter L. Bernstein, autor do livro Desafio aos deuses, “com a passagem dos anos, os matemáticos transformaram a teoria das probabilidades de um brinquedo de apostadores em um instru- mento poderoso de organização, interpretação e aplicação das informações”. Vamos, agora, começar a ter contato com as técnicas de contagem que foram úteis no desenvolvimento desse instrumen- to. Considere a situação a seguir para iniciarmos os estudos acerca dos princípios de contagem. Uma pessoa foi sacar R$ 100,00 em um caixa eletrônico que possui apenas notas de R$10,00, R$20,00, R$50,00 e R$100,00. De quantas maneiras esse saque pode ser dispensado pela máquina? Para resolver tal questão, vamos enumerar as opções que podem ser selecionadas pela máquina. Faremos isso através da seguinte tabela: Cada linha do corpo da tabela apresenta uma opção de saque. Como o saque só pode ser feito de uma das maneiras listadas, vemos que o total de maneiras de serem selecionados R$100,00 pela máquina é 11. Valor das notas – R$ 100,00 50,00 20,00 10,00 Quantidade de notas 1 0 0 0 0 2 0 0 0 1 2 1 0 1 1 3 0 1 0 5 0 0 5 0 0 0 4 2 0 0 3 4 0 0 2 6 0 0 1 8 0 0 0 10 M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 19 05/07/16 13:54 Rido/Shutterstock.com 20 | MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 Veja que, na situação apresentada, os saques poderiam ocorrer so- mente com uma nota de R$100,00 (uma maneira), ou apenas com notas de R$50,00 (uma maneira), ou com notas de R$50,00, R$20,00 e R$10,00 (2 maneiras), ou apenas com notas de R$50,00 e R$10,00 (uma maneira), ou apenas com notas de R$20,00 (uma maneira), ou apenas com notas de R$20,00 e R$10,00 (4 maneiras), ou apenas com notas de R$10,00 (uma maneira). O que utilizamos no exemplo dado foi o chamado princípio aditi- vo da contagem ou regra da soma. Vejamos, a seguir, como esse princípio de contagem é enunciado, além de conhecer outros, como: princípio multiplicativo da contagem, princípio da casa dos pombos e princípio generalizado da casa dos pombos. Princípio aditivo da contagem Sejam A e B dois eventos que não podem ocorrer simultaneamente, sendo que A pode ocorrer de maneiras diferentes e B pode ocorrer de maneiras diferentes. O total de maneiras que A ou B podem ocorrer é igual a . EXERCÍCIO RESOLVIDO Um grupo de trabalho da segunda série é compos- to por 3 moças e 2 rapazes. De quantas maneiras pode ser escolhido um representante do grupo? Resolução Pelo princípio aditivo da contagem, o representante do grupo pode ser escolhido de 3 + 2 = 5 maneiras. Princípio multiplicativo da contagem Vamos, agora, supor que, no exercício resolvido que acabamos de ver, fosse obrigatório escolher uma moça e um rapaz para serem representantes do gru- po. De quantos modos tal escolha poderia ser feita? Podemos representar as possibilidades dessa nova situação através do que é denominado de diagrama em árvore. Para isso, vamos denominar as moças A, B e C e os rapazes D e E. Veja como fica o diagrama na ilustração a seguir: M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 20 05/07/16 13:54 MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 | 21 Seguindo-se pelos “galhos” da árvore, obtemos os seguintes pares de alunos: (A;D), (A;E), (B;D), (B;E), (C;D) e (C;E). Logo, são possíveis 6 resultados diferentes para a eleição de uma mo- ça e um rapaz como representantes do grupo. Podemos, também, chegar a esse resultado com o seguinte raciocínio: Para cada uma das 3 moças, há duas possibilidades de um ra- paz como parceiro na representação do grupo. Assim, o total de escolhas de representantes possível é . O que utilizamos foi o chamado princípio multiplicativo da contagem ou princípio fundamental da contagem, que é enunciado do seguinte modo: Sejam A e B dois eventos que ocorrem de maneira independente, sendo que A pode ocorrer de maneiras diferentes e B pode ocorrer de maneiras diferentes. O total de maneiras que A e B podem ocorrer é igual a . EXERCÍCIO RESOLVIDO 1 Um estudante de teatro estava escolhendo o figurino que iria utilizar em sua próxima peça. Ele tinha 3 opções de calça, 4 opções de cami- sa, 2 opções de meias e 2 opções de par de sapatos. De quantas maneiras diferentes, con- siderando-se apenas essas opções, ele pode montar seu figurino completo (calça, camisa, meias e par de sapatos)? Resolução Pelo princípio fundamental da contagem, o número de opções do estudante é igual a . A D D DE E E B C M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 21 05/07/16 13:54 Se casas são ocupadas por ou mais pombos, então pelo menos uma casa é ocupada por mais de um pombo. By Pi ge on s-i n- ho les .jp g b y e n:U se r:B en Fra ntz Da le; th is i ma ge by en :U se r:M cK ay [G FD L ( htt p:/ /w ww .gn u.o rg/ co py lef t/ fdl .ht ml ) o r C C- BY -S A- 3.0 (h ttp :// cre ati ve co mm on s.o rg/ lic en se s/b y- sa /3 .0/ )], vi a W iki me dia Co mm on s EXERCÍCIO RESOLVIDO 2 Com o entendimento do princípio fun- damental da contagem, podemos, agora, resolver o problema do poema citado no início desse capítulo: Quando eu estava indo para St. Ives, Eu encontrei um homem com sete mulheres, Cada mulher tem sete sacos, Cada saco tem sete gatos, Cada gato tem sete caixas, Caixas, gatos, sacos e mulheres, Quantos estavam indo para St. Ives? VASQUEZ, Cristiane Maria Roque; NOGUTI, Fabiane Cristina Höpner. Análise Combinatória: alguns aspectos históricos e uma abordagem pedagógica. Disponível em: <www.sbem. com.br/� les/viii/pdf/05/1MC17572744800.pdf>. Acesso em: jan. 2016. Resolução Total de mulheres: Total de sacos: Total de gatos: Total de caixas: 1 Princípio da casa dos pombos Vejamos outro princípio de contagem chamado princípio da casa dos pombos, que é enunciado por uma afi rmação que parece quase óbvia: 7 7. 7. M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 22 05/07/16 13:54 MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 | 23 EXERCÍCIO RESOLVIDO Uma escola tem 13 professores. Qual é o número mínimo de professores que fazem aniversário no mesmo mês? Resolução No problema apresentado, temos 12 meses no ano que vão conter as datas de aniversário de 13 professores. Logo, pelo menos um mês será o mês de aniversário de mais de um professor. Princípio generalizado da casa dos pombos Ainda considerando o problema do último exercício resolvido,poderíamos, agora, nos perguntar quantos professores, no mínimo, a escola deveria ter se quisés- semos garantir que 3 ou mais professores fizessem aniversário no mesmo mês. Para isso, vamos genera- lizar o princípio da casa dos pombos com o enunciado do princípio da casa dos pombos: Se casas são ocupadas por ou mais pombos, onde é um número natural dife- rente de zero, então pelo menos uma casa é ocupada por pombos. Vamos, então, responder à questão feita. Nela: (número de meses) (pois queremos professores em um mesmo mês) Logo, . Assim, se a escola tiver pelo menos 25 professores, 3 ou mais desses professores aniversariam no mesmo mês. M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 23 05/07/16 13:54 Rob Wilson/Shu tterstock.com 24 | MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 EXERCÍCIO RESOLVIDO Uma urna possui 4 bolas brancas e 5 bolas pretas. Quantas bolas precisam ser retiradas dessa urna, sem reposição, para termos certeza de que foram retiradas 3 bolas da mesma cor? Resolução Podemos considerar as cores como sendo as “casas dos pombos”. Queremos que 3 pombos (bolas) estejam na mesma casa. Logo, e , pois . Assim . Precisamos retirar 5 bolas para termos certeza de que 3 são da mesma cor. 1. Há 3 linhas de ônibus que vão de São Paulo a Belo Horizonte, 2 linhas de ônibus que vão de Belo Horizonte ao Rio de Janeiro e 5 que vão de São Paulo ao Rio de Janeiro. a. De quantas maneiras diferentes uma pessoa pode comprar sua passagem em São Paulo e ir até Belo Horizonte ou até o Rio de Janeiro? b. De quantas maneiras uma pessoa pode comprar sua passagem em São Paulo, com destino ao Rio de Janeiro, pas- sando por Belo Horizonte? 8 6 M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 24 05/07/16 13:54 222222222 33 ku rh an /S hu tte rst oc k.c om Uma família, pai, mãe e 3 fi lhos, vai fazer uma viagem de carro. Somente o pai, a mãe e um dos fi lhos possuem habilitação para dirigir. De quantos modos eles podem se acomodar no carro, que tem 5 lugares, para a viagem? 2. Um estudante do primeiro semestre do curso de Matemática Aplicada da Universidade de São Paulo deve cursar, entre ou- tras, a disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I. O aluno do período diurno se matricula nas disciplinas que irá cursar e o sistema defi ne em qual das 4 turmas disponíveis ele es- tará matriculado. Carlos é um aluno do segundo semestre do período diurno, mas não foi aprovado nessa disciplina no se- mestre anterior e, portanto, terá de cursá-la novamente. Ele sabe que alguns de seus amigos que ingressaram com ele na faculdade também não foram aprovados e gostaria de es- tar na mesma turma que pelo menos um deles, assim teria uma pessoa conhecida com quem estudar. Qual é o número mínimo de amigos de Carlos que devem ter sido reprovados em Cálculo Diferencial e Integral I no primeiro semestre para que o desejo de Carlos seja, necessariamente, realizado? Resolva as questões 346 a 348, 356 a 358 e 362 a 367 do Caderno de Atividades. Permutações simples 4 M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 25 05/07/16 13:54 26 | MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 Observe que a pergunta pode ser respondida utilizando-se o princípio multiplicativo da contagem: • Há 3 opções para o lugar do motorista. • Uma vez escolhido o motorista, há 4 op- ções para se ocupar o banco da frente. • Escolhidas as pessoas que viajarão nos bancos da frente, há 3 opções para alguém ocupar o lugar atrás do motorista. • Feita a escolha anterior, há 2 opções para se ocupar o lugar central no banco de trás. • Após todas as escolhas anteriores, apenas uma pessoa pode sentar-se no lugar restante. Assim, o total de maneiras possíveis para essa família se acomodar no carro para a via- gem é . Vamos, agora, imaginar outra situação. Para isso, vamos definir o que é um anagrama. Um anagrama de uma palavra é qualquer outra palavra, com significado ou não, que po- de ser obtida trocando-se de lugar entre si as letras da palavra original. • BIO • BOI • IBO • IOB • OBI • OIB Observe que não seria necessário escrever todos os anagramas da palavra BOI para saber que são 6 no total. Bastaria utilizarmos o princí- pio fundamental da contagem. • Há 3 possibilidades para a escolha da primeira letra. • Escolhida a primeira letra, sobram 2 possibilidades para a segunda. Assim, o total de anagramas da palavra BOI é Você deve ter observado, nos dois exemplos anteriores, uma conta em que se multiplicava um número natural por todos os seus antecessores naturais não nulos ( e ). Tal conta aparece inú- meras vezes quando utilizamos o princípio fundamental da contagem e é denominada de o fatorial de um número. A definição de fatorial é uma definição recursiva, ou seja, pa- ra se ter o resultado de um dos termos, é necessário ter o resultado do termo anterior: CONCEITO Dado um número natural , denota-se por e denomina-se fatorial, o seguinte: Vamos, então, usar a definição para calcular 4! (lê-se “quatro fatorial”): Na prática, como a definição sempre leva ao cálculo de como último termo da multiplicação, pode-se dizer que o fatorial de um número natural diferente de zero é igual ao produto desse número por todos os seus antecessores naturais não nulos. • Escolhidas as duas primeiras letras, há apenas uma possibilidade para a terceira letra. Assim, por exemplo, os anagramas da palavra BOI são: M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 26 05/07/16 13:54 MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 | 27 EXERCÍCIO RESOLVIDO 1 Calcule ou simplifique as seguintes expressões: Resolução Observe que , pois Observe que . Observe também que, como , não foi necessário escrever todas as multiplicações en- volvidas no cálculo de . Bastou chegar a um fator comum com o denominador da fração e simplificar a expressão antes de calculá-la. Com os exemplos vistos, podemos ve- rificar que quando queremos permutar elementos distintos, ou seja, trocá-los de lugar entre si, o número de permutações possíveis é o fatorial da quantidade de elementos a serem permutados. M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 27 05/07/16 13:54 A B CD E A BC D E 28 | MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 CONCEITO Dados elementos distintos, o total de ordenações possíveis desses elementos, denotado por e denominado permutação simples de elementos, é dado pela fórmula: . EXERCÍCIO RESOLVIDO 2 Cinco estudantes chegaram atrasados a uma aula e deverão ocupar as cinco carteiras ainda vagas. De quantas maneiras diferentes eles podem fazer isso? Resolução Ainda considerando o enunciado do exercício resolvido anterior, vamos, agora, supor que esses cinco estudan- tes devem sentar-se em uma mesa circular com 5 lugares. De quantos modos isso poderá ser feito se não há nenhuma diferenciação entre os lugares? Observe que, agora, o que interessa é apenas saber quem fi ca ao lado de quem, pois, caso denominemos os estudantes de A, B, C, D e E, as duas posições a seguir são equivalentes: Nesse caso, basta um dos estudantes escolher um lugar qualquer e vamos permutar os demais estudan- tes nos lugares restantes. Logo, o total de maneiras possíveis é . M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 28 05/07/16 13:54 MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 | 29 CONCEITO Dados elementos distintos, o total de ordenações circulares possíveis entre esses elementos, denotado por e denominado permutação circular de elementos distintos, é dado pela fórmula: . EXERCÍCIO RESOLVIDO 3 Uma roda-gigante possui 15 cadeiras de um lugar. Indique, sem calcular, de quantas maneiras 15 pessoas podem se sentar nessas cadeiras. Resolução Fatores são os componentes da multiplicação. Assim, por exemplo, em 2 · 5 = 10, os fatores são 2 e 5. A palavra fatorial, que deriva da palavra fator, nos lembra que tal operação é sempre uma multiplicação. 1. Determine o número de anagramasda palavra VERDUGO a. que começam com a letra V; b. que começam com consoante; 720 2 880 M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 29 05/07/16 13:54 30 | MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 c. que começam e terminam com consoante; d. que começam ou terminam com consoante; e. que começam com vogal e terminam com consoante; f. sem nenhuma restrição. 2. Quantas senhas de 5 algarismos distintos, escolhidos do conjunto {1,3,5,7,9}, podem ser formadas? 3. Indique de quantas maneiras um carrossel de 20 lugares pode ter seus lugares ocupa- dos por 20 alunos de uma turma de 4º ano. Resolva as questões 349, 350, 359, 368 e 369 do Caderno de Atividades. 1 440 4 320 1 440 5 040 120 19! M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 30 05/07/16 13:54 mi ch ae lju ng /S hu tte rst oc k.c om MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 | 31 Um professor ganhou 3 livros diferentes de uma edi- tora e decidiu doá-los a seus alunos. Para não haver nenhum favorecimento, o professor decidiu sortear os 3 livros para 3 de seus 20 alunos. De quantas ma- neiras distintas os alunos podem ser presenteados? Arranjos simples Mais uma vez, podemos utilizar o princípio fundamental da contagem para obter a resposta desse problema. Há 20 possibilidades para o resultado do primeiro sorteio, 19 possibilidades para o resultado do segundo sorteio e 18 possibilidades para o resultado do terceiro sorteio. Sendo assim, o total de maneiras possíveis para se presentear os alu- nos é . Poderíamos, nesse caso, utilizar , mas como não serão 20 os alunos sorteados, teríamos que dividir o resultado obtido pela permutação dos alunos que não serão sorteados: . Assim, a conta feita, utilizando-se apenas a fórmula das permutações, é . Esse modo de resolução nos conduz a mais uma fórmula da análise combinatória, a fórmula dos arranjos simples. M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 31 05/07/16 13:54 32 | MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 A diferença entre uma permutação simples e um arranjo simples é que, na permutação, são ordenados todos os elementos disponíveis ( ) e, no arranjo, há uma escolha (de elementos) que precede a or- denação dos elementos escolhidos. Tanto os casos de arranjos simples como os de permutações sim- ples são apenas aplicações do princípio fundamental da contagem. Também podemos observar que , ou seja, a per- mutação simples de elementos é igual ao arranjo simples de elementos, tomados a . CONCEITO O número total de maneiras de se escolher e ordenar elementos distintos dentre elementos distintos é dado por . Tal fórmula é denominada arranjo simples de elementos, tomados a . EXERCÍCIO RESOLVIDO Sete candidatos concorrem a duas vagas de pro- fessor em uma universidade. Um dos professores selecionados será o chefe da cadeira e o outro se- rá seu adjunto. De quantas maneiras diferentes pode sair o resultado desse concurso, supondo que todos os candidatos estão qualificados para ambas as vagas? Resolução 1. Calcule: a. 720 M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 32 05/07/16 13:54 MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 | 33 b. c. d. 2. Quantos números de 4 algarismos distintos podem ser formados com os algarismos do conjunto ? 3. Quantos números pares de 4 algarismos distintos podem ser formados com os al- garismos do conjunto ? 4. Quantos números de 4 algarismos distintos podem ser formados utilizando-se o sistema decimal de numeração? 20 6 1 840 4 536 360 M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 33 05/07/16 13:54 an ya iva no va /S hu tte rst oc k.c om 34 | MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 Um cientista está estudando a contamina- ção de um grupo de 30 ratos com um vírus. Quantas amostras distintas de 3 ratos po- dem ser retiradas de seu grupo de cobaias? 5. Quantos números múltiplos de 5, de 4 algarismos distintos, podem ser formados utilizando-se o sistema decimal de numeração? Resolva a questão 351 do Caderno de Atividades. Combinações simples 952 M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 34 05/07/16 13:54 MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 | 35 No problema apresentado, a ordem de retirada dos ratos escolhidos não interfere na amostra, ou se- ja, se forem escolhidos os ratos A, B e C, as seguintes amostras são equivalentes: ABC, ACB, BAC, BCA, CAB e CBA Para chegar a essa conclusão, foi feita uma rela- ção de todas as permutações possíveis entre as letras A, B e C. Nesse caso, como a ordem dos ele- mentos escolhidos não interfere no resultado, devemos dividir o resultado do arranjo de 30 ele- mentos, tomados 3 a 3, pela permutação dos 3 elementos escolhidos. Para isso, vamos definir mais uma importante fórmula da análise combinatória: Observe que , ou seja, a combinação simples de elementos tomados a , é igual à divisão entre o arranjo sim- ples de elementos tomados a e a permutação simples de elementos. Tal divisão é feita pelo fato de que a ordem dos elementos escolhidos em uma combinação simples não inter- fere no resultado final. CONCEITO O número total de maneiras de se escolher elementos distintos dentre elementos distintos, sem importância da ordem, é dado por . Tal fórmula é denominada combinação simples de elementos, tomados a . Usando-se a fórmula da combinação simples para se de- terminar o total de amostras possíveis do exemplo, temos: Logo, há 4 060 amostras distintas de cobaias que o cientista poderá escolher. EXERCÍCIO RESOLVIDO 1 Sobre uma circunferência, são marcados 7 pontos distintos. • Qual é o número de segmentos de reta com extremidades nesses pontos? • Qual é o número de triângulos com vértices nesses pontos? • Qual é o número de heptágonos convexos com vértices nesses pontos? M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 35 05/07/16 13:54 36 | MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 Resolução EXERCÍCIO RESOLVIDO 2 Uma professora tem uma turma de 20 alunos e decidiu sor- tear presentes entre eles. De quantas maneiras é possível sair o resultado do sorteio se a. a professora dispõe de apenas 3 presentes diferentes? b. a professora dispõe de apenas 3 presentes iguais? c. a professora dispõe de 20 presentes diferentes? Observe que todas as fórmulas apresentadas nesse capítulo são decorrência do princípio fundamental da contagem. Elas são apresentadas porque podem tornar o cálculo de diversas situações mais imediato. Para isso, vamos relembrar que: • Nas permutações simples, não há escolha a ser feita, só nos interessa de quantas maneiras vamos colocar em ordem os elementos. • Nos arranjos simples, há escolhas a serem feitas e, além disso, a ordem dos elementos escolhidos é importante. • Nas combinações simples, há escolhas a serem feitas, mas a ordem dos elementos escolhidos não é importante. a. Nesse caso, vão ser escolhidos 3 alunos a serem premia- dos e, além disso, como os presentes são diferentes, a ordem dos presentes dados a cada aluno sorteado in- terfere no resultado. Temos, então, um caso de arranjo simples e o total de resultados possíveis do sorteio é: Resolução M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 36 05/07/16 13:54 MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 | 37 b. Agora, serão escolhidos 3 alunos, mas como os presentes são iguais, a ordem dos alunos escolhidos não interfere no resultado. Assim, temos um caso de combinação sim- ples e o total de resultados possíveis do sorteio é: c. Por fim, todos os alunos serão escolhidos e só interessa a ordem em que serão presenteados. Assim, temos uma permutação simples: . 1. Juliana saiu para fazer compras com sua mãe e sele-cionou 10 peças de roupa que gostaria de adquirir. Sua mãe, porém, só lhe permitiu levar 3 peças. Qual é o total de escolhas possíveis para Juliana? 2. Um professor montou uma prova com 13 questões, mas disse aos seus alunos que deveriam escolher 10 dessas questões para resolverna prova. Qual é o número de tipos diferentes de prova que pode ser gerado seguindo-se o critério dado pelo professor? 120 286 M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 37 05/07/16 13:54 38 | MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 3. Uma criança se esqueceu de levar seu material de pintura para a aula de Artes e, para que ela pudesse realizar suas tarefas, a professora lhe emprestou 3 potes de tinta guache, com as três cores primárias. Com quantas cores diferentes essa criança poderá realizar seu trabalho? 4. Juliana decidiu pintar o rodapé de seu quarto, formado por 30 ladrilhos, inician-do a pintura do lado direito da porta e pintando sempre no mesmo sentido. Ela tem cinco cores e quer utilizá-las da seguinte maneira: os 5 primeiros ladrilhos serão pintados com cores diferentes e os ladrilhos que se seguem repetirão, de 5 em 5, a mesma ordem de cores dos ladrilhos iniciais. Calcule o total de manei- ras que Juliana pode pintar o rodapé de seu quarto. 5. Um grupo de 10 pessoas precisa eleger, entre si, um presidente, um secretário e três conselheiros. Quantos são todos os resultados possíveis dessa eleição? Resolva as questões 352, 360, 370 a 377 do Caderno de Atividades. No livro Uma senhora toma chá, de David Salsburg, o autor nos conta que, quando os primeiros astrônomos começaram a estudar os movimentos dos corpos celestes, sabiam que seus cálculos de funções continham imprecisões e atribuíam isso a erros de observação. Acreditava-se que, com instrumentos mais precisos, tais erros diminuiriam. No final do século XIX, no entanto, com o avanço da tecnologia dos instrumentos de medição, foi observado que os erros eram maiores ainda do que se tinha imaginado e que o que as leis que Newton e Laplace descobriram eram apenas aproximações da realidade. Isso levou os cientistas a adotarem um modelo probabilístico para o universo, ou seja, não há a certeza de que os planetas se comportam de determinada maneira, apenas uma grande chance de que isso ocorra. 7 120 5 040 M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 38 05/07/16 13:54 MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 | 39 Sobre esse fato, o cientista e ganhador de um prêmio Nobel Kenneth Arrow afirmou que “nosso conhecimento do funcionamento das coisas, na sociedade ou na natureza, vem a reboque de nuvens de imprecisão”. O fato é que vivemos uma época em que muitos depositam sua fé e esperança no progresso da ciência e do conhecimento científico, que são coisas boas em si, mas o que conhecemos é infinitamente menor do que aquilo que ignoramos. Tomamos muitas de nossas decisões cotidianas baseando-nos, por vezes, em probabilidades e cálculos, feitos por nós mesmos ou por máquinas, mas nem por isso estamos significativamente mais seguros que os primeiros seres humanos que habitaram a Terra. Curiosamente, enquanto complexos cálculos matemáticos revelam grande imprecisão, há algumas certezas cuja realidade é difícil de duvidar. Por exemplo, a de que, de fato, existimos como pessoas pensantes e de que a realidade existe de fato. Você já havia pensado nisso? Que argumento você usaria para justificar que podemos ter certeza de algumas coisas? Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem do seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou. Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Romanos 8.28-31 (NVI) Em uma época em que muitos depositam sua esperança no progresso do conhecimento científico, é comum vermos a Ciência ser associada à certeza da verdade. Entretanto, um estudo mais detalhado da natureza nos leva a perceber que vivemos em um mundo repleto de fenômenos de previsão incerta. A incerteza faz parte do universo criado, porém isto não significa que não haja nele regularidades. Ao lançarmos uma moeda não viciada, por exemplo, podemos não saber com certeza o resultado do lance, mas podemos afirmar que a probabilidade de sair cara ou coroa será sempre de 50%. A regularidade existente no mundo é um reflexo da imutabilidade e sabedoria do Criador no controle e manutenção do universo. Mas o que dizer quando a regularidade da vida é interrompida, por exemplo, por eventos trágicos? Como o conhecimento que temos de Deus nos ajuda a retomar a regularidade? M2_EM_U3_C7_LD_3a prova.indd 39 06/07/16 09:59 O L S N A C B 40 | MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 No bairro representado a seguir, as ruas são segmentos de re- tas, o ponto A é onde mora Cláudia, o ponto B é um banco e o ponto C é um supermercado, todos localizados em esquinas. Cláudia precisa ir ao supermercado, mas, antes, deve passar no banco. De quantas maneiras Cláudia pode fazer isso, utili- zando sempre um dos menores caminhos possíveis? Permutações com repetição Na situação apresentada, vemos que, para se percorrer as ruas do ponto A ao ponto B, sem percorrer quarteirões desnecessários, é pre- ciso percorrer 5 quarteirões no sentido norte e dois quarteirões no sentido leste. Para se chegar do ponto B ao ponto C, economizando- se percurso, é necessário andar 2 quarteirões para o leste e 3 quarteirões para o sul. O problema apresentado é um problema de contagem, com cami- nhos geométricos, mas que pode ser transformado em um problema puramente algébrico se aplicarmos o seguinte raciocínio: denomina- mos cada quarteirão percorrido nos sentidos leste, norte e sul, respectivamente, pelas letras L, N e S. Alguns dos menores caminhos possíveis para se ir de A a B são: Podemos observar, então, que os menores caminhos podem ser representados pelas permutações de 5 letras N e duas letras L, totalizando 7 letras. N N N L L N N N N L N L N N L N N N N N L N N L L N N N M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 40 05/07/16 13:54 MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 | 41 Estamos, então, em uma situação em que as permutações não são mais simples, pois há ele- mentos repetidos. Devemos, então, permutar as 7 letras, o que resultaria em . Porém muitas dessas permutações conterão resultados iguais, uma vez que quando permutamos Ns ou Ls entre si, obtemos resultados sem variação. Para obter o número correto, devemos, então, dividir o resultado pelas permutações dos Ns e Ls entre si. Assim, o total de menores caminhos para ir de A a B é: Com raciocínio análogo, podemos concluir que os menores caminhos para se percorrer de B a C podem ser representados por permutações de 5 letras, sendo 2 letras L e 3 letras S, e que o total de menores caminhos é: Usando-se o princípio fundamental da con- tagem, concluímos que Cláudia pode ir ao banco e depois ao supermercado, sempre uti- lizando um dos menores caminhos possíveis, de maneiras diferentes. EXERCÍCIO RESOLVIDO Determine o número de anagramas da palavra MACACADA. CONCEITO Dados elementos distintos, sendo que dentre esses elementos são repetidos, o total de ordenações possíveis desses elementos, denotado por e denominado permutação de elementos com repetição de , é dado pela fórmula: Resolução Como a palavra dada possui 8 letras, com repetição de quatro As e dois Cs, o total de anagramas é a permutação de 8 elementos, com repetição de 4 e 2 elementos: O que utilizamos na situação descrita chama-se permutação com repetição, que é definida a seguir: 1. Encontre o número de anagramas que podem ser formados com as letras da palavra ASSASSINATO. 277 200 M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 41 05/07/16 13:54 42 | MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 Se você perguntar a seus pais ou seus avós sobre quantos dígitos formavam os números de telefone brasileiros,sem contar o DDD, quando eles tinham sua idade, talvez eles respondam 7 dígitos, 6 dígitos ou até mesmo 5 dígitos. Atualmente, os telefones fi xos de boa parte das cidades brasileiras possuem 8 dígitos. Quantos números de telefone, excluindo-se o DDD, podem ser cria- dos com 7 dígitos? E com 8 dígitos? Observe que estamos calculando quantos números podem existir, e não aqueles que, de fato, existem. Por exemplo, ninguém, no Brasil, tem o número de telefone 0000-0000 (talvez porque, caso alguém possuísse esse número, receberia muitas ligações falsas!), mas esse seria um possível número. Então, devemos utilizar o princípio fundamental da contagem para calcular o número de possíveis linhas telefônicas com 7 e com 8 algarismos. Para cada um dos algarismos, há 10 possibilidades (os algarismos de 0 a 9). 2. Cinco amigos, sendo dois brasileiros e três italianos, fi zeram um grupo no Facebook e querem colocar como foto de capa uma re- presentação deles com bonequinhos, parecida com a ilustração que se segue, mas querem que os brasileiros fi quem representa- dos pela cor amarela e os italianos pela cor vermelha. De quantos modos pode ser feita a ilustração seguindo-se esses parâmetros? Resolva as questões 353, 378 e 379 do Caderno de Atividades. Arranjos com repetição 10 M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 42 05/07/16 13:54 MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 | 43 Logo, para linhas de telefone com 7 algaris- mos, teremos 107 possibilidades, e para linhas com 8 algarismos, teremos 108 possibilidades. Assim, o acréscimo de um algarismo nos nú- meros telefônicos permite que se criem 10 vezes mais linhas telefônicas. Ao resolvermos a questão apresentada, o que fizemos foi escolher 7 ou 8 algarismos de um total de 10 possibilidades, podendo repetir uma escolha já feita. Além disso, a ordem dos elementos escolhidos interfere no resultado fi- nal, uma vez que o número 8822-1335 é diferente do número 8821-2335. Você deve se lembrar que a fórmula que nos permitia contar número de escolhas e ordenações de elemen- tos era a fórmula do arranjo simples. Desta vez, porém, temos um arranjo com repetição, pois os elementos escolhidos podem se repetir. A se- guir, definimos o que é arranjo com repetição: EXERCÍCIO RESOLVIDO No banco em que tenho conta, é necessário escolher uma senha de 6 dígitos, usando-se quaisquer algarismos do sistema decimal de numeração. Há, porém, dois tipos de restrição, que são basea- dos em escolhas muito comuns feitas pelos clientes: a senha não pode ter todos os algarismos iguais e não pode se iniciar com zero. Quantas são as opções de senha que tenho à minha escolha? Resolução Vamos calcular todas as senhas que não se iniciam com zero e retirar aquelas que são formadas por todos os algarismos iguais. Total de senhas possíveis que não se iniciam com zero: . (Observe que o primeiro algarismo só tem 9 opções, por não poder utilizar o zero, mas cada um dos demais algarismos tem 10 opções de escolha.) Total de senhas que têm todos os algarismos iguais: 9 (as senhas 111 111, 222 222, 333 333,..., 999 999). CONCEITO O número total de maneiras de se escolher e ordenar elementos dentre elementos, podendo haver repetição nas escolhas feitas, é dado por . Tal fórmula é denominada arranjo com repetição de elementos, tomados a . Total de opções à minha disposição: 900 000 – 9 = 899 991. M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 43 05/07/16 13:54 Ev ere tt Co lle cti on /S hu tte rst oc k.c om 44 | MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 MTSA Matemática, Tecnologia, Sociedade e Ambiente UM POUCO DA HISTÓRIA DOS NÚMEROS DE TELEFONE Quando os telefones surgiram, havia poucas linhas disponíveis. Para se ligar para uma pessoa qualquer, fazia-se uma ligação para a telefonista, que fazia as ligações diretamente de uma pessoa para outra, conectando cabos. Isso gerava um problema: caso a telefonista, que conhecia os nomes de todos os possuidores de telefone, precisasse ser substituída por outra, quem a substituísse levaria algum tempo para memorizar tudo o que fosse necessário para repassar as ligações corretamente. Alexander Graham Bell, considerado o inventor do telefone, por sugestão de um amigo, implementou, então, a utilização de códigos numéricos, o que resolveria o problema. A quantidade de algarismos dos códigos numéricos foi aumentando com a popularização das linhas telefônicas. Para se ter uma ideia, na cidade de São Paulo, no início da década de 1990, havia telefones com 6, 7 ou 8 algarismos, dependendo da região. Isso ocorria porque os primeiros algarismos de cada telefone identificavam a região à qual o número pertencia. Inicialmente, os dígitos que identificavam a região da cidade possuíam apenas 2 algarismos, mas logo surgiram regiões identificadas por 3 e, depois, por 4 algarismos. Por exemplo, os moradores do bairro do Ipiranga, em São Paulo, que tinham números com 6 dígitos, iniciados por 63, passaram a ter números de 7 dígitos, iniciados por 263. No ano 2000, todas as linhas da cidade de São Paulo passaram a ter 8 dígitos. M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 44 05/07/16 13:54 MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 | 45 1. Um hacker está tentando descobrir uma senha para acessar um sistema. Qual é o máximo de tentativas que ele deve fazer? (não é necessário fazer os cálculos, apenas indicá-los) a. cada senha tem 6 algarismos? b. cada senha possui 6 letras? c. cada senha possui 6 letras, mas diferencia maiúsculas de minúsculas? d. cada senha possui 6 dígitos, podendo ser algarismos ou letras, com diferenciação de maiúsculas e minúsculas? e. cada senha possui 6 dígitos, podendo ser algarismos ou letras (com diferen- ciação entre maiúsculas e minúsculas) e também os seguintes caracteres es- peciais @, #, $, %, &, *, − e +? 2. Suponha que o hacker, tentando decifrar a senha descrita no item “e” do exercício anterior, leve 15 segundos para testar cada senha. Quantos anos, aproximadamente, seriam necessários para ele testar todas as senhas possíveis? Resolva as questões 354, 361, 380 e 381 do Caderno de Atividades. 55 959 anos 106 266 526 626 706 M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 45 05/07/16 13:54 ne fta li/ Sh utt ers toc k.c om 46 | MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 COMO A MATEMÁTICA AJUDOU NA ANTECIPAÇÃO DO TÉRMINO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL No livro O livro dos códigos, de Simon Singh, temos a narrativa da história da criptografia desde os primórdios até as tentativas de criptografia quântica. Um fato curioso relatado nessa obra é o da quebra das mensagens criptografadas alemãs, feita por uma equipe de ingleses, durante a Segunda Guerra Mundial. Tal fato é representado, também, no filme O jogo da imitação, cuja direção é de Morten Tyldum. Os alemães tinham criado uma máquina refinada de códigos criptográficos, que dependia de uma chave que relacionava cada letra a uma outra e, em seguida, determinava a posição que alguns cabos deveriam ser conectados para que as mensagens pudessem ser decifradas. A chave de criptografia era modificada a cada dia, então, mesmo que uma equipe de espiões conseguisse decifrar os códigos das mensagens de um dia, deveria retomar tudo novamente no dia seguinte. Os ingleses conseguiram, através de uma equipe de espiões internacionais, acesso a uma das máquinas alemãs, mas, como o sistema era, de fato, bem feito, eles, ainda assim, não conseguiriam testar todas as combinações possíveis até o fim de suas vidas. Foi então que Alan Turing, que trabalhava no King’s College, em Cambridge, juntou-se à equipe de decifradores e começou a criar uma máquina que seria capaz de testar as cifras com velocidade bem mais alta que os seres humanos. Era o início dos computadores. M2_EM_U3_BOOK_Professor.indb 46 05/07/16 13:54 MATEMÁTICA | 2a SÉRIE | UNIDADE 3 | CAPÍTULO 7 | 47 Uma oficina recebeu 4 carros iguais
Compartilhar