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Sistema respiratório, reprodutor feminino e masculino, neoplasias e linfoma - Clínica de cães e gatos

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DOENÇAS RESPIRATÓRIAS – CAVIDADE NASAL 
INFECCÇÃO DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR EM FELINOS 
Muito comum em gatos – 90% dos casos são causados por herpesvírus e calicevírus 
felino. Outros agentes podem causar a doença como vírus, e bactérias – patógenos 
secundários 
Infecção: Portadores 
 Gatos doentes 
 Fômites 
Mais susceptíveis: Animais jovens, imunossuprimidos e estressados 
Após a resolução dos sinais o animal se torna portador (semanas a anos) 
Manifestações: Aguda 
 Crônica ou intermitente 
 Crônica e persistente 
SINAIS CLÍNICOS 
- Aguda: Febre, espirros, secreção nasal serosa ou mucopurulenta, conjuntivite e 
secreção ocular, hipersalivação, anorexia e desidratação; 
Caso causado por herpesvírus felino: Podem desenvolver úlcera de córnea, aborto 
e morte neonatal 
Quando causado por Calicevírus: Podem desenvolver úlcera oral, pneumonia 
intersticial e poliartrite 
FCV (cepas muito virulentas): Doença severa, edema facial e nos membros – 
vasculite, altas taxas de mortalidade 
Bordetella – Tosse e pneumonia intersticial leve em filhotes 
Pode haver recorrência periódica em felinos estressados e imunossuprimidos 
Alguns gatos podem apresentar sinais crônicos e persistentes → secreção nasal 
DIAGNÓSTICO 
Histórico + achados de exames 
A identificação dos agentes é difícil, sendo mais útil em gatis 
Recomendado fazer quando há suspeita de Chlamydophila 
Testes: 1. Imunofluorescência 
 2. Isolamento viral 
 3. Cultura bacteriana 
 4. PCR 
 5. Titulação de anticorpos 
TRATAMENTO 
Em muitos animais a doença é limitante, então pode ser feito o tratamento de 
suporte: hidratação, necessidades nutricionais, remoção das secreções (sala 
vaporizada 2x ao dia) 
Descongestionantes tópicos pediátricos: Fenilefrina 0,25% ou oximetazolina 
0,025% → 1 gota em cada narina por no máximo 3 dias 
Antibioticoterapia – Sinais mais graves → Ampicilina ou amoxicilina 
Em caso de Bordetella, Chlamydophila ou Mycoplasma → Doxiciclina 
Azitromicina – gatos difíceis de medicar 
Antivirais: Em casos de HVF 
Lisina – pode antagonizar a arginina, o qual é promotor da replicação do HVF – 
mg/gato/h ou interferon ômega e interferon alfa 2-b 
Úlceras de córnea: Antivirais tópicos (2 a 3 semanas) 
- Trifluridina, Idoxuridina e Adenina arabinosida (difíceis de achar) 
Antibióticos tópicos: Cloranfenicol 
Alívio da dor → Atropina 
Em caso de Chlamydophila: 
- Pode ocorrer conjuntivite 
- Antibióticos orais → 3 semanas 
- Colírio oftálmico – até 14 dias após a resolução dos sinais 
*Cloranfenicol 
*Tetraciclina 
PREVENÇÃO 
1 . Evitar a exposição aos agentes infecciosos 
 2. Fortalecer a imunidade 
 3. A maioria é relativamente resistente a problemas prolongados 
Vacinação regular: 6 a 10 semanas de idade, repetir em 3/ 4 semanas 
 Reforço anual ou a cada 3 anos 
 Reprodutoras devem ser vacinadas antes da gestação 
 Diminui a gravidade dos sinais clínicos, mas não previne 
 Vacinas contra Bordetella ou Chlamydophila em gatis 
RINITE BACTERIANA 
Pode ser ocasionada por: 
Bordetella bronchiseptica → ocasionalmente em gatos, raro em cães 
Mycoplasma 
A maior parte é de causas secundárias 
DIAGNÓSTICO 
Secreção nasal mucopurulenta 
Culturas: Muitas colônias de apenas 1 a 2 espécies = POSITIVO 
Muitos organismos diferentes = FLORA NORMAL 
Mycoplasma requer meio especial 
Biópsias 
Resposta a antibióticos 
TRATAMENTO 
Fazer cultura e sensibilidade bacteriana 
Pode ser necessário tempo prolongado em doenças crônicas 
Na possibilidade da cultura e antibiograma – caso não haja resposta em uma 
semana → descontinuar 
PROGNÓSTICO 
É bom, mas depende da correção da doença subjacente, caso essa exista (como 
por exemplo um corpo estranho) 
RINITE POR AFECÇÃO DENTAL 
Afecção periodontal 
Abcesso periapical associado 
Cáries 
Fratura dental 
Tratamento → remoção do dente enfermo e curetagem do alvéolo 
Fístula oronasal 
MICOSES NASAIS 
Cryptococcus neoformans – Mais comum em gatos 
Criptococose: Penetra pelo trato respiratório e pode se disseminar para outros 
órgãos: Cavidade nasal, SNC, olhos, pele e subcutâneo, pulmão (raro) 
O tratamento da Criptococose: Anfotericina B – apenas em doenças disseminadas, 
Cetoconazol, Itraconazol, Fluconazol, 5-Flucitosina – SNC 
Até 1 a 2 meses após a resolução da doença clínica 
Aspergillus fumigatus – Mais comum em cães 
Aspergilose pode: ser oportunista; apresentar outra condição nasal que predispõe 
o animal a infecções secundárias ou uma exposição excessiva – animais saudáveis 
O Penicillium – pode causar sinais semelhantes 
A aspergilose pode causar sensibilidade a palpação da face, despigmentação ou 
ulceração da parte externa das narinas, e envolvimento pulmonar não é esperado. 
Na radiografia → pode ocorrer destruição dos ossos nasais na doença avançada 
Rinoscopia → Placas brancas a verdes de bolo 
É possível fazer citologia, histologia e cultura fúngica (difícil de interpretar) 
Lavagem nasal 
Tratamento da Aspergilose: Clotrimazol tópico – cateter nasal 
 Itraconazol oral 5mg/kg/12 h/90 dias pós cura 
Prognóstico – bom a reservado 
FENDA PALATINA 
Ocasionais no cão e raras em gatos 
A sucção é praticamente impossível 
O tratamento é cirúrgico → 2 a 3 meses 
NEOPLASIAS 
Adenocarcinoma é o mais comum em cães 
Linfossarcoma é o mais comum nos gatos 
Fibroma possui causa desconhecida 
Carcinoma epidermóide – Animais brancos/9 anos → focinho e orelhas 
Sinais clínicos: Corrimento sanguinolento/purulento 
 Episódios de epistaxe 
TUMORES NASAIS 
Diagnóstico: Raio -x – pode confundir com rinite (fazer rinoscopia/rinotomia) 
Tratamento: Excisão cirúrgica 
 Quimioterapia/radioterapia 
Prognóstico: desfavorável 
Exemplo de doenças → TVT 
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS – LARINGE 
PARALISIA DE LARINGE 
Rara em gatos 
Falha na abdução das cartilagens aritenoides durante inspiração, levando à 
obstrução das vias aéreas superiores 
A causa mais comum é idiopática, mas também pode ser causada por traumas, 
neoplasias, polineuropatia/polimiopatia 
SINAIS CLÍNICOS 
Se apresenta em qualquer idade ou raça, porém a maioria ocorre em idosos e 
raças grandes 
Causa – Angústia respiratória 
 Estridor 
 Mudança na voz do animal 
 Exercícios, estresse, calor – descompensar 
➔ Cianose 
➔ Síncope 
➔ Morte 
DIAGNÓSTICO 
Laringoscopia 
Movimento das cartilagens aritenóides durante o plano superficial de anestesia 
Verificar presença de corpos estranhos, neoplasia ou outras alterações 
TRATAMENTO 
Alívio da obstrução das vias aéreas superiores – emergência → Cirurgia 
Raramente observa-se resolução completa dos sinais → tratamento de suporte 
Prognóstico: varia conforme a causa 
Prognóstico 
Reservado a bom 
14% morrem por pneumonia por aspiração (assim como as cartilagens não se 
abrem corretamente para a respiração, não fecham corretamente durante a 
deglutição) 
Estudo realizado → 1800 dias de sobrevida em 140 cães 
SÍNDROME DOS BRAQUICEFÁLICOS 
Aspectos clínicos: Ruídos respiratórios altos, estertor, aumento do esforço 
inspiratório, cianose e síncope (todos esses sinais são exacerbados com o 
exercício, excitação e altas temperaturas 
Narinas anormais → espaços aéreos nasal e faríngeo reduzidos → excesso de 
palato mole → distorção e colapso de laringe = DISPNÉIA 
DOENÇAS DA TRAQUÉIA 
TRAQUEOBRONQUITE 
Pode ser infecciosa ou não infecciosa 
Geralmente autolimitante – curso de 7 a 14 dias 
Conhecida como ‘tosse dos canis’, é aguda e muito contagiosa 
Alguns agentes envolvidos: 
1. Adenovírus canino 2 – CAV-2 
2. Parainfluenza – PIV3. Coronavírus respiratório canino 
4. Bordetella bronchiseptica 
5. Patógenos secundários 
Sinais clínicos – Tosse acentuada (em sua maioria seca, mas quando há infecção 
pode se tornar produtiva) 
O início é súbito e os animais tem histórico de acesso a rua, ou que tenha contato 
com outros animais doentes 
Tosse induzida pela palpação na traquéia 
Outros sintomas: engasgos, náusea e secreção nasal 
Forma não complicada: Sem alterações sistêmicas 
Complicada: Complicações respiratórias graves 
Pneumonia bacteriana secundária – animais muito jovens, com baixa imunidade 
ou anormalidades pulmonares preexistentes, como a bronquite crônica canina 
Diagnóstico: Clínico na maioria das vezes. Quando a doença é mais grave é 
necessário: 
1. Hemograma 
2. Radiografias torácicas 
3. Análise do lavado traqueal (inflamação aguda) 
4. Cultura bacteriana e antibiograma 
5. PCR 
6. Sorologia 
7. Testes para influenza canina 
Tratamento: Autolimitante, logo → repouso de 7 dias 
Antitussígenos → NÃO UTILIZAR EM TOSSE PRODUTIVA 
Tosse seca → é possível prescrever: 
Codeína 0,25% /kg/VO/BID a QID 
Dextrometorfano 1-2mg/kg TID ou QID VO 
Butorfanol 0,5mg/kg QID ou BID VO -Torbutrol 
Bitartarato de hidrocodona 0,25mg/kg TID ou BID VO 
-- Broncodilatadores: Aminofilina, Terbutalina, Albuterol 
CASO HAJA MUITA SECREÇÃO PODE-SE FAZER VAPORIZAÇÃO OU 
NEBULIZAÇÃO COM SOLUÇÃO FISIOLÓGICA 
Antibióticos – Caso haja suspeita de pneumonia bacteriana secundária 
Bordetella (não eliminam o agente das vias aéreas comprovadamente) 
Fluoroquinolonas 
Amoxicilina com clavulonato 20-25mg/kg TID 
5 dia após a resolução clínica ou mínimo de 14 dias 
NÃO USAR GLICOCORTICÓIDE!! NÃO FUNCIONA NESSE CASO!! 
Prevenção: Evitar exposição 
Vacinação: 1. B. bronchiséptica → 2 doses e reforço anual 
 2. Parainfluenza e B. bronchiséptica – 1 dose + reforço anual 
 3. CAV – 2, Parainfluenza e B. bronchiséptica 
Prognóstico: excelente! 
 
COLAPSO DE TRAQUÉIA 
Causa comum de tosse em cães, sendo rara em gatos, mas quando ocorre está 
relacionada a traumas e neoplasias 
É uma anormalidade inerente à cartilagem traqueal 
Pode afetar a traqueia cervical, intratorácica ou a parede bronquial em uma ou 
muitas regiões, nas porções dorsoventral ou lateral 
Grau 1 a 4 (broncoscopia) 
Tosse → inflamação traqueal crônica → lesão na mucosa traqueal → tosse ... 
PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO: 
Raro em felinos 
Poodle miniatura, Yorkshire terrier, Chihuahua, lulu da pomerânia, shi-tzu e lhasa 
apso 
Aparecimento dos sinais: 4 > anos (mais comum) 
 < 1 ano – geralmente bem grave 
ASPECTOS CLÍNICOS 
Manifestações agudas → progressão aguda (leva até anos) 
A tosse é seca e alta – som de ‘grasnar de ganso’ 
Agravantes: Agitação, calor, umidade, exercício, obesidade, obstrução das vias 
superiores e tosse (além do uso de coleiras cervicais) 
Sinais clínicos sistêmicos são incomuns (quando há são: perda de peso, anorexia e 
depressão) 
Casos graves: Angústia respiratória, cianose sincope, sibilos e crepitações 
Exame físico: Tosse facilmente produzida 
Comum a associação com bronquite crônica canina 
DIAGNÓSTICO 
Sinais clínicos + Raio x cervical e torácico (principalmente diagnósticos e imagem) 
Inspiração → cervical 
Expiração → torácica 
Fluoroscopia – produzir tosse 
Broncoscopia (o melhor) 
Lavado traqueal (para citologia e cultura bacteriana) 
TRATAMENTO 
Medicamentoso por no mínimo 1 ano 
Perda de peso (obesos) 
Coleiras peitorais sempre 
Repouso 
Evitar superaquecimento 
FÁRMACOS 
Antitussígenos para quando não houver pneumonia 
Broncodilatadores – cães com sinais de bronquite crônica 
Anti-inflamatórios esteroides – por curto período de tempo (prednisona) 
Sulfato de condroitina 6% - 3 mg/kg SC a cada 3 dias 
Antibióticos somente se existir infecção secundária evidente 
Tratamento cirúrgico quando não houver resposta ao tratamento clínico 
PROGNÓSTICO 
É variável 
DOENÇAS DAS VIAS RESPIRATÓRIAS INFERIORES 
➔ BRONQUITE FELINA IDIOPÁTICA 
Origem – idiopática 
As vias aéreas dos gatos são mais reativas e predispostas à broncoconstrição que 
as dos cães; 
Necessário fazer um vasto diagnóstico diferencial 
1. Parasitas pulmonares 
2. Dirofilariose 
3. Bronquite alérgica 
4. Bronquite bacteriana ou viral 
5. Toxoplasmose 
6. Fibrose pulmonar 
7. Carcinoma 
8. Pneumonia por aspiração 
Acomete qualquer idade (geralmente adultos jovens e meia idade) 
ASPECTOS CLÍNICOS 
Sibilos audíveis, tosse ou angústia respiratória ou ambos 
Frequentemente tem progressão lenta, e não ocorrem manifestações sistêmicas 
É importante pesquisar alérgenos ou irritantes potenciais que possam levar ao 
agravamento de bronquite, independentemente da etilogia 
- Areia nova 
- Cigarros 
- Fumaça de lareira 
- Limpadores de carpetes 
- Spray para cabelo 
- Modificações no meio 
- Estresse → taquipneia 
DIAGNÓSTICO 
Anamnese + exame físico 
Alterações radiográficas do tórax (não detecta sinais discretos) 
Eliminação de diagnósticos diferenciais 
Gatos em angustia respiratória não devem ser submetidos a exames que causem 
estresse 
Lavado traqueal → para citologia e cultura (inflamação e muco) 
Pesquisa de parasitas pulmonares (Dirofilaria) 
Hemograma – eosinofilia – não especifico 
TRATAMENTO 
Estabilização de emergência – O² 
Meio ambiente (melhorar a qualidade do ar, evitar areia perfumada, limpeza da 
casa) 
Glicocorticoides de ação rápida (Succinato sódico de prednisolona – até 10 
mg/kg/IV 
Podem aliviar as manifestações clínicas na maioria dos gatos e proteger as vias 
aéreas dos efeitos prejudiciais da inflamação crônica 
Ação curta → prednisolona (menor dose eficaz) 
0,5 – 1mg/kg/12h 
Dobra-se a dose em uma semana se não houver resposta 
Após o controle, reduz-se novamente 
0,5 mg/kg em dias alternados 
Broncodilatadores: Indicados para gatos que não respondem aos 
glicocorticoides, ou que necessitam de doses altas deles, ou que ainda sofram de 
exacerbações periódicas das manifestações 
→ Terbutalina SC (ótimo em emergências) 
Se necessário albuterol ou salbutamol → via inalatória ou oral (xarope) 
Antibiótico: Contra Mycoplasma → Doxiciclina (14 dias + água) 
PROGNÓSTICO 
É bom para a maioria dos pacientes 
A cura é improvável (recidivas) 
Risco de morte súbita 
Alterações permanentes e enfisema 
BRONQUITE ALÉRGICA 
É uma resposta de hipersensibilidade das vias aéreas a um alérgeno: inalados ou 
alimentos 
Cães tem tosse aguda ou crônica, e angústia respiratória ou sibilos (raro) 
DIAGNÓSTICO 
Pode evoluir: Bronquite crônica → cães 
 Bronquite felina idiopática → Gatos 
Exame físico + achados radiográficos 
Inflamação eosinofílica no fluido do lavado traqueal 
Diferencial: Dirofilariose e parasitas pulmonares 
TRATAMENTO 
Identificação do alérgeno → resolução das manifestações 
Testes com dietas diferentes 
Glicocorticóides e broncodilatadores 
BRONQUITE CRÔNICA CANINA 
Síndrome que ocorre na maioria dos dias durante 2 ou mais meses consecutivos 
do último ano na ausência de outra doença ativa 
Inflamação neutrofílica e evidente produção de muco 
Presume-se: infecção, alergia, irritantes ou toxinas inaladas 
ASPECTOS CLÍNICOS 
Cães de meia idade a idosos, geralmente de raças pequenas (principalmente com 
predisposição a insuficiência da mitral – aumento do átrio esquerdo e 
compressão dos brônquios) 
Principal sinal: tosse com evolução progressiva (alta e ruidosa) 
Há também: Hipersecreção de muco 
 Tosse produtiva ou não produtiva 
 Sem manifestações sistêmicas 
Intolerância a exercícios (nem sempre) 
Complicações: Infecção bacteriana ou por Mycoplasma 
 Traqueobroncomalácia 
 Hipertensão pulmonar 
 Bronquiectasia (dilatação permanente→ pneumonia bacteriana) 
Anamnese + exame físico: 
1. Sons respiratórios 
2. Crepitações 
3. Sibilos 
4. Angústia respiratória 
5. Febre – pneumonia 
DIAGNÓSTICO 
Por eliminação das causas, logo, fazer um bom diferencial 
Raio x torácico – padrão bronquial com  do interstício e sensibilidade de 50 a 
85% 
Fluido traqueal – inflamação eosinofílica ou mista e maior quantidade de muco 
geralmente estão presentes 
Cultura (para Mycoplasma) e antibiograma 
Broncoscopia 
Dirofilariose 
Parasitas pulmonares 
Ecografia 
Avaliação sistêmica 
OBS: Nesses pacientes é recomendável fazer escovação dentária devido a 
aspiração da flora da orofaringe 
Hidratar as vias aéreas para facilitar a depuração mucociliar (não é recomendado 
diuréticos) 
Vaporização diária (pode não ajudar) 
Nebulização salina + fisioterapia respiratória 
Dieta em obesos + exercícios brandos 
Broncodilatadores: Teofilina → não associar com fluoroquinolonas e cloranfenicol 
ou reduzir a dose a 1/3 
Glicocorticóides de ação curta – menor dose 
Prednisona: dose inicial 0,5 – 1,0 mg/kg/ 12 hrs 
Fluticasona 10-20mg/kg – borrifada na máscara 2x ao dia (5 a 10 movimentos 
respiratórios na máscara) 
Dipropionato de beclometasona – 30 a 50 x mais potente que a prednisona oral – 
250 mg BID – 5 a 10 mov resp 
Diabetes - inaladores 
Supressores da tosse → Administração menos frequente – cautela (podem causar 
sedação) 
Hidrocodona → tosse grave 
PNEUMONIA FÚNGICA 
✓ Blastomicose 
✓ Histoplasmose 
✓ Coccidiomicose 
✓ Criptococose 
A infecção pode ser eliminada sem que o animal apresente manifestações 
respiratórias transitórias e também pode progredir e acometer os pulmões, 
isoladamente, ou se espalhar, sistemicamente para vários órgãos-alvo ou ainda, 
ambos os processos podem ocorrer. 
SINAIS CLÍNICOS 
▪ Manifestações respiratórias 
▪ Febre 
▪ Perda de peso 
▪ Linfadenopatia 
▪ Coriorretinite 
▪ Envolvimento sistêmico 
DIAGNÓSTICO 
Radiografias torácicas – padrão pulmonar difuso, nodular e intersticial 
Nódulos frequentemente miliares 
Lesões pulmonares calcificadas - histoplasmose 
Cultura fúngica – negativo não exclui 
TRATAMENTO 
Antifúngicos devem ser específicos para os agentes 
▪ Anfotericina B 
▪ Fluconazol 
▪ Itraconazol 
PARASITAS PULMONARES 
Entre os principais parasitas pulmonares estão os nematódeos: 
ANGIOSTRONGYLUS VASORUM: 
Hospedeiros: Cães 
Localização: ventrículo direito, artéria pulmonar, parênquima pulmonar, e é 
considerado uma zoonose 
Infecção: Moluscos são HI, e os cães se infectam ao ingerirem os moluscos 
infectados ou hospedeiros paratênicos 
❖ Os parasitas adultos provocam irritação mecânica no endotélio arterial, 
gerando problemas circulatórios 
❖ Pneumonia moderada a grave 
❖ Tromboembolismo pulmonar 
❖ Migrações erráticas → rins, cérebro, olhos, artéria femoral e bexiga 
Sinais clínicos: Dispneia, tosse, emagrecimento, anemia, pneumonia e ICC 
Tratamento: Levamisol 10 mg/kg/VO SID por 2 dias 
ANGIOSTRONGYLUS ABSTRUSUS: 
Hospedeiros: Gatos e felídeos silvestres 
Localização: Artéria pulmonar, suas ramificações e parênquima pulmonar 
Infecção: Ingestão de moluscos terrestres (ou da secreção deixada por estes) ou 
hospedeiros paratênicos que ingeriram os moluscos 
Larvas infectantes → mucosa do sistema digestivo → sistema linfático → pulmões 
→ evoluem para adultos 
As infecções geralmente são assintomáticas, mas podem provocar: 
✓ Pneumonia 
✓ Efusão pleural 
✓ Piotórax 
✓ Morte na ausência de tratamento 
Diagnóstico: Exame das fezes – técnica de Baermann (método ouro) 
 Exame do lavado traqueobroncoalveolar 
Tratamento: Ivermectina 0,4mg/kg SC dose única 
 Fenbendazol 50mg/kg VO BID de 10-14 dias 
DIROFILARIA IMMITIS: 
Hospedeiros: Cães e gatos (gatos geralmente são mais resistentes) 
Localização: Ventrículo direito e artéria pulmonar 
❖ Transmitidos por insetos como Culex, Anopheles e Aedes 
Quadro clínico: 
1. Classe I: subclínico – pequenas alterações na parede das artérias e do 
parênquima pulmonar 
2. Classe II – moderada – aumento das artérias pulmonares, aumento da 
câmara cardíaca direita, anemia 
3. Classe III – grave – agravamento da classe II 
Gatos → quadro pulmonar agudo (asma brônquica) 
Diagnóstico: 
✓ Histórico de origem do animal 
✓ ELISA 
✓ Exame direto de sangue fresco 
✓ Ecocardiografia 
✓ Radiografias – não são específicas 
Opções de tratamento: 
Tiacertasamida sódica – 2,2 mg/kg/IV/BID/2 dias – adulticida 
Melasarmida sódica – classe I e II – 2,5 mg/kg/SID/2 dias, classe III – 2,5 mg/kg dose 
única e após 30 dias duas aplicações com intervalo de 24 horas 
Ivermectina 0,05kg ou milbemicina oxima 0,5 mg/kg a cada 30 dias → eliminação 
rápida das microfilárias 
Ivermectina 0,006 – 0,012 mg/kg - duas doses com intervalo de 14 dias dias → 
eliminação gradual das microfilárias 
Selamectina – 6 mg/kg 
Moxidectin 0,003 mg/kg/VO 
Programas preventivos 
TOXOCARA CANIS, T. CATI, ANCYLOSTOMA CANINUM, A. BRASILIENSE 
Migração pelo parênquima pulmonar de cães e gatos 
Geralmente assintomáticos 
Infestações maciças – lesões e reação inflamatória 
Tosse e taquipneia em filhotes 
Infecção bacteriana – antibióticos 
PNEUMONIA POR ASPIRAÇÃO 
Doença pulmonar inflamatória decorrente da inalação de quantidades substanciais 
de material sólido ou líquido para os pulmões 
➢ O mais comum é o conteúdo gástrico 
Complicação comum de animais com regurgitação 
❖ Megaesôfago 
❖ Esofagite de refluxo 
❖ Obstrução esofágica 
Doença neurológica que interfere no refluxo de deglutição da laringe ou faringe 
Causas: Coma ou anestesia, tumores, síndrome braquicefálica, fenda palatina, 
alimentação forçada e óleo mineral 
Aspiração → ácido gástrico → injúria química → necrose tecidual, hemorragia, 
edema e broncoconstrição → resposta inflamatória aguda → redução da 
ventilação → hipoxemia → pode levar ao óbito 
O material sólido inalado deflagra uma reação inflamatória que inclui abundância 
de macrófagos. Essa resposta pode se tornar organizada, resultando na formação 
de granulomas 
A inalação de óleo mineral provoca reação inflamatória crônica – sinais 
frequentemente discretos 
ASPECTOS CLÍNICOS 
❖ Manifestações respiratórias graves e agudas 
❖ Anorexia 
❖ Depressão 
❖ Choque 
Outros: tosse crônica intermitente ou progressiva devido ao aumento de esforço 
respiratório, e ocasionalmente depressão. Pode haver ainda febre, auscultação – 
crepitação, e sibilos em alguns casos 
DIAGNÓSTICO 
✓ Achados radiográficos sugestivos + evidência de condição predisponente 
✓ Hemograma (frequentemente é normal) 
✓ Lavado traqueal 
✓ Cultura e antibiograma 
✓ Broncoscopia – apenas para materiais grandes 
✓ Diagnóstico específico – causa 
TRATAMENTO 
Sucção de baixa pressão – apenas nos anestesiados e imediatamente após a 
aspiração 
Angústia respiratória grave: 
❖ Fluidoterapia 
❖ Oxigenioterapia 
❖ Broncodilatadores 
❖ Glicocorticoides – choque 
❖ Antibióticos – lavado, cultura e antibiograma 
PROGNÓSTICO 
Manifestações leves → excelente 
Doença grave → reservado a desfavorável 
EFUSÃO PLEURAL 
Classificação do líquido: por radiografia ou toracocentese 
❖ Não forçar o animal a ficar em decúbito lateral!! 
❖ A ultrassonografia causa menos estresse (usar para confirmação) 
Avaliar a angústia respiratória (animal chega dispneico) 
Análise citológica do líquido pleural coletado 
CLASSIFICAÇÃO X DOENÇA COMUM 
1. Transudatos 
2. Transudatos modificados → IC direita, pericardiopatia, hipoalbuminemia – 
TP, neoplasia, hérnia diafragmática 
3. Exsudatos sépticos → Piotórax 
4. Exsudatos assépticos → PIF, neoplasia, hérnia diafragmática, torção do 
lobo pulmonar 
5. Efusão quilosa – Quilotórax 
6. Efusões hemorrágicas – traumatismo, distúrbio de sangramento, neoplasia 
e torção de lobo pulmonar 
7. Efusões causadas por neoplasias 
Concentraçãoproteica e na contagem de células nucleadas 
PIOTÓRAX 
Presença de exsudato séptico na cavidade pleural 
Mais frequentemente de origem idiopática: corpos estranhos, feridas penetrantes 
da cavidade torácica e rupturas esofágicas 
Aspectos clínicos: 
❖ Agudo ou crônico 
❖ Taquipneia 
❖ Diminuição dos ruídos pulmonares 
❖ Febre 
❖ Letargia 
❖ Anorexia 
❖ Perda de peso 
❖ Choque séptico 
Diagnóstico: radiografia torácica – antes e após a drenagem 
Citologia do líquido pleural: exsudato séptico 
Tratamento: 
❖ Antibióticos → fazer cultura e antibiograma 
❖ Fármacos: Amoxicilina + clavulanato – VO 
 Ampicilina + sulbactam – IV 
 De 4 a 6 semanas após a melhora 
❖ Drenagem da cavidade pleural 
❖ Suporte 
❖ Toracotomia exploratória em alguns casos, principalmente quando 
suspeitar de corpos estranhos 
QUILOTÓRAX 
Acumulo de quilo dentro da cavidade torácica 
Se origina do ducto torácico, que transporta um líquido rico em triglicérides dos 
vasos linfáticos intestinais e extravasa no sistema venoso torácico anterior 
Causas: rupturas, neoplasias, massas e obstrução do fluxo linfático 
Ocorre em cães ou gatos de qualquer idade 
Sinais clínicos: desconforto respiratório, letargia, anorexia, perda de peso e 
intolerância aos exercícios 
Diagnóstico: radiografias torácicas e citologia do líquido 
Tratamento: 
✓ Toracocentese 
✓ Dieta pobre em gorduras 
✓ Fluidoterapia 
✓ Remover a causa 
✓ Pode haver remissão espontânea 
✓ Tratamento cirúrgico – após 2 a 3 meses → ligadura do ducto torácico 
Prognóstico: Reservado, exceto por trauma ou condição reversível 
PNEUMONIAS VIRAIS 
Doenças no parênquima e vias respiratórias posteriores causadas por agentes 
virais são raras, mas podem ocorrer em pacientes imunocomprometidos e 
costumam ser contagiosas 
Mecanismos de defesa: 
❖ Clearance mucociliar 
❖ Imunoglobulinas 
❖ Fixação do complemento 
❖ Interferons 
❖ Linfócitos 
❖ Macrófagos alveolares 
 
FISIOPATOLOGIA 
Defesas antivirais inadequadas, demoradas ou excessivamente ativadas = 
pneumonia viral pode ocorrer 
Lesão inicial causada pelo vírus no trato respiratório → influxo de neutrófilos 
A lesão direta e a posterior resposta inflamatória levam à descamação de células 
epiteliais e o lúmen dessas regiões fica preenchido por células descamadas, 
macrófagos, neutrófilos e mononucleares 
O dano tecidual também promove a perda de fluido rico em proteína para o espaço 
de ar (broncopneumonia) 
FISIOPATOLOGIA 
Lesões difusas (bacteriana – cranioventral) 
Gravidade variável: 
▪ Pneumonia viral não complicada – doença moderada e autolimitante 
▪ Infeção bacteriana secundária – complicação mais comum 
EPIDEMIOLOGIA 
Animais jovens 
Fatores ambientais: - Superpopulação 
 - Ambientes pouco ventilados 
 - Estresse 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
▪ Histórico clínico do paciente 
▪ Manifestações clínicas 
▪ Exames laboratoriais 
▪ Testes sorológicos 
▪ Isolamento do agente 
▪ Achados histopatológicos 
 
 
 
Diagnóstico definitivo: 
✓ Imuno-histoquímica 
✓ Isolamento viral 
✓ Reação em cadeia pela polimerase 
TRATAMENTO 
De suporte, e caso seja necessário (animal sintomático) 
PROGNÓSTICO 
Variável 
 
 
 
PNEUMONIA BACTERIANA 
Incidência: comum em cães e pouco frequente em gatos 
Fatores de risco: 
❖ Estado imunitário 
❖ Idade 
❖ Estado nutricional inadequado 
❖ Distúrbios congênitos ou adquiridos (bacteremia, flebite, periodontite, 
megaesôfago, discinesia ciliar, miastenia gravis e paralisia de laringe) 
❖ Ambientais 
❖ Exposição a agrupamentos de cães 
❖ Coinfecção 
ETIOLOGIA 
Podem ser causadas por bactérias aeróbias gram - positivas e negativas 
(anaeróbios são menos comumente relatados) 
Pode ocorrer infecção polimicrobiana 
 
A maioria resulta de bactérias da cavidade oral e faringe: 
▪ Lobos pulmonares ventral e cranial dependentes da gravidade 
▪ Via hematógena – padrão caudal ou difuso 
 
Adultos – anormalidade predisponente: 
▪ Pneumonia por aspiração 
▪ Megaesôfago 
▪ Fenda palatina 
▪ Bronquite crônica 
▪ Corpos estranhos 
ASPECTOS CLÍNICOS 
Manifestações sistêmicas: 
▪ Letargia 
▪ Anorexia 
▪ Febre – 50% dos casos 
▪ Perda de peso 
▪ Pode ter histórico de doença crônica das vias aéreas ou de regurgitação 
 
 
 
 
 ASPECTOS CLÍNICOS: 
Exame físico: 
▪ Respiração rápida e superficial 
▪ Sibilos expiratórios e crepitações 
▪ Assimetria dos sinais 
▪ Sons pulmonares anormais - mais proeminentes sobre o campo pulmonar 
cranioventral 
DIAGNÓSTICO 
Hemograma - variadas 
▪ Radiografias torácicas – variam com a doença subjacente 
 → Distribuição cranioventral da doença alveolar 
 → Achados variáveis 
▪ Padrão alveolar 
▪ Citologia do lavado traqueal e cultura 
▪ Confirmação histológica – padrão ouro 
▪ Buscar causa subjacente 
Lavado traqueal 
▪ 5 a 7 dias para processamento 
▪ Avaliação citológica (leucócitos com bactérias intracelulares, contagem de 
neutrófilos elevada com mudanças degenerativas) 
▪ Cultura 
TRATAMENTO 
▪ Oxigenioterapia - sintomas de desconforto respiratório e hipoxemia: 
1. Ansiedade 
2. Cabeça e pescoço estendidos 
3. Respiração de boca aberta 
4. Membros torácicos abduzidos 
5. Esforços respiratório e abdominal aumentados 
6. Taquipneia 
7. Cianose – nem sempre presente 
▪ Deve ser umidificado para não causar ressecamento das vias aéreas e piora no 
quadro: 
✓ Máscaras - 1l/min pequeno porte /5 a 10l/min grade porte 
✓ Mangueira – 2-4cm do nariz ou boca 
✓ Colar elizabetano – 1l/min 
✓ Gaiola de oxigênio – 40-60% 
▪ Fluidoterapia: 
✓ Para tratar hipoperfusão, desidratação e distúrbios acidobásicos e 
eletrolíticos 
✓ Monitoração cuidadosa para não causar hiper-hidratação 
✓ Velocidade de manutenção - somente 
▪ Antibióticos: 
Manifestações clínicas leves a moderadas 
✓ Amoxicilina+clavulanato 
✓ Cefalexina 
✓ Fluoroquinolonas – Gram negativos resistentes 
✓ Bordetella – amoxicilina+clavulanato, doxicilina ou fluoroquinolonas 
 
Manifestações clínicas graves ou possibilidade de sepse 
✓ IV 
✓ Meropeném 
✓ Ampicilina+sulbactam + Fluoroquinolona 
✓ Ampicilina+sulbactam + Aminoglicosídeo 
Até uma semana após a resolução das manifestações clínicas 
Filhotes – duração de 5 a 7 dias pode ser suficiente 
▪ Hidratação das vias aéreas: 
✓ Fluidoterapia – dose de manutenção 
✓ Não utilizar diuréticos 
✓ Nebulização – duas a seis vezes ao dia – 10-30min cada – 10-15ml de 
NaCl0,9% 
✓ Seguida por fisioterapia para promover a expectoração do exsudato 
▪ Fisioterapia: 
✓ Alternar decúbito 
✓ Tapotagem 
✓ Massagem vibratória 
▪ Broncodilatadores: Broncoespasmo pode ocorrer secundariamente à 
inflamação, particularmente em gatos. Utilizar quando houver aumento do 
esforço respiratório – sibilos 
Monitorar os pacientes pois broncodilatadores podem levar à piora do 
desequilíbrio da relação ventilação/perfusão, exacerbando a hipoxemia 
São descontinuados se não houver melhor ou se houver piora 
Metilxantinas – teofilina 
➔ Cães – 10mg/kg/VO/BID 
▪ Gatos – 15mg/kg (comprimidos) e 9mg/lg (cápsula)/VO/SID 
➔ Não utilizar se estiver administrando fluoroquinolonas 
▪ Beta-agonistas – terbutalina, albuterol 
▪ Outros tratamentos: Glicocorticóides – contraindicados 
 Expectorantes – valor questionável 
▪ Monitorização: Frequência respiratória, esforço respiratório, coloração das 
mucosas e hemograma e radiografias torácicas – a cada 24-72 horas 
➔ Se não houver melhora em 72 horas – alterar o tratamento 
➔ Se houver melhora – alta e reavaliação em 10 a 14 dias 
PROGNÓSTICO 
Geralmente é bom 
Reservados em animais com problemas subjacentes 
DOENÇAS DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
VAGINITES 
❖ É a inflamação e infecção da vagina 
❖ Muito comuns em cadelas (qualquer idade, castradas ou não), 
rara em gatasSinais clínicos: 
Lambedura constante da vulva 
Hiperemia da mucosa 
Presença de vesículas, úlceras, hipertrofia dos folículos linfóides, malformações, 
corpo estranho, restos fetais ou neoplasias 
DIAGNÓSTICO 
✓ Citologia vaginal – apenas auxilia no diagnóstico, pois a secreção pode ser 
vaginal, uterina ou de vias urinárias 
✓ Cultura e antibiograma 
✓ Urinálise 
✓ Ultrassonografia 
TRATAMENTO 
Antibióticos → antibiograma 
NEOPLASIA VAGINAIS 
Comum em cadelas, incomum em gatas 
Acima de 6 anos de idade (exceto para o TVT) 
Neoplasias benignas 
▪ Liomioma 
▪ Fibropapiloma (pólipos) 
▪ Fibroma 
▪ Fibroliomioma 
▪ Lipoma 
▪ Adenoma sebáceo 
▪ Histiocitoma 
▪ Melanoma benigno 
▪ Mixoma 
▪ Mixofibroma 
 
 
 
 
Neoplasias malignas 
▪ Liomiossarcoma 
▪ Adenocarcinoma 
▪ Hemangiossarcoma 
▪ Osteossarcoma 
▪ Mastocitoma 
▪ Carcinoma epidermóide 
▪ Carcinoma de células escamosas com possibilidade de metástases 
distantes 
SINAIS CLÍNICOS 
❖ Aumento de volume 
❖ Vaginite 
❖ Desconforto 
❖ Os tumores em vagina cranial podem causar aumento de volume 
abdominal e retenção de urina 
DIAGNÓSTICO 
▪ Palpação 
▪ Raio x ou US – metástases 
▪ Citologia aspirativa 
▪ Exame histopatológico 
TRATAMENTO 
Cirurgia/quimioterapia 
TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL (TVT) 
É um tumor de células redondas de origem incerta e acomete principalmente a 
genitália 
externa e, com menor frequência, as regiões extragenitais de cães sexualmente 
ativos. 
Transmissão: 
A célula neoplásica é transmitida de indivíduo para indivíduo durante a cópula 
Pode ser transmitida também pelo hábito de cheirar ou lamber 
Crescimento do tumor começa entre 15 e 60 dias após a implantação 
Diferentes linhagens celulares 
➔ Plasmocitoide – mais agressivo 
➔ Linfocitoide 
DIAGNÓSTICO 
É feito por citologia 
TRATAMENTO 
Primeira escolha – sulfato de vincristina IV semanalmente, 0,5-0,7mg/m2 de 
superfície corporal: Remissão completa – 4 a 16 aplicações 
❖ Casos resistentes: Associação – ciclofosfamida, metotrexato, 
doxorrubicina + radioterapia e cirurgia seguida por ao menos 3 sessões 
de quimioterapia 
Efeitos colaterais: 
✓ Necrose perivascular 
✓ Distúrbios digestivos 
✓ Neuropatia periférica 
✓ Mielotoxicidade – leucopenia – hemograma semanal: Leucócitos – 
inferior a 4000mm3 – adiar 4 a 5 dias até que a produção de leucócitos 
normalize 
PROGNÓSTICO 
Favorável 
FALSA PRENHEZ 
Fenômeno clínico no qual a fêmea que não está prenhe exibe comportamento 
maternal tal como aninhamento, a adoção de objetos inanimados, 
desenvolvimento das glândulas mamárias e lactação 
É considerada normal em cadelas e rara em gatas, ocorrendo depois do diestro 
(fase lútea), quando as concentrações de progesterona caem (causa aumento 
abrupto na secreção de prolactina 
Cadelas magras são menos propensas que as em condição corporal ideal 
SINAIS CLÍNICOS 
✓ Aumento das glândulas mamárias 
✓ Lactação 
✓ Comportamento de aninhamento → mais comum 
✓ Adotar “coisas” 
✓ Agitação 
✓ Irritabilidade 
✓ Aumento abdominal 
✓ Anorexia 
✓ Vômitos 
DIAGNÓSTICO 
Histórico + achados do exame físico 
Exames de imagem para descartar prenhez – US 
TRATAMENTO 
Geralmente autolimitante - 2 a 3 semanas 
A estimulação das glândulas mamárias – aleitamento 
Jejum de 24 horas + aumento gradual até 5 dias – pode reduzir a lactação 
Fármacos que inibem a liberação de prolactina: Agonistas dopaminérgicos e 
antagonistas da serotonina 
• Cabergolina 
• Metergolina – não causa vômito 
 Hiperexcitabilidade 
 Agressividade 
 Choramingos 
Pode ocorrer após OSH → remoção da fonte ovariana de progesterona 
✓ Mais persistente 
✓ A retirada dos ovários durante o período de falsa prenhez não é 
recomendada 
Falsa prenhez após OSH – hipotireoidismo 
✓ Hormônio tireoidiano 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
TRAUMATISMO PENIANO 
Causas – brigas, atropelamentos, saltos, e traumatismos de acasalamento 
Lesões – fratura do osso peniano, hematomas e lacerações 
Diagnóstico – inspeção + radiografia (avaliar a integridade da uretra) 
Sinais - Geralmente são muito dolorosas, causando - 
❖ Edema 
❖ Contusão 
❖ Hemorragia 
❖ Prepúcio pode ser afetado, dependendo da exposição peniano no 
momento do trauma 
Tratamento 
❖ Limpeza das feridas 
❖ Desbridamento, se necessário 
❖ Antibióticos tópicos 
❖ Deve-se protrair o pênis duas vezes ao dia para evitar 
aderências, até que as lesões cicatrizem 
❖ Evitar estímulos sexuais, pois a ereção pode resultar em 
hemorragias e deiscência 
❖ Se houver fratura de osso peniano – avaliar a uretra 
❖ Sonda uretral fixa 
❖ Cirurgia, se necessária (uretra e osso peniano) 
❖ Antibióticos sistêmicos 
PRIAPISMO 
Ereção anormal persistente que não está associada à excitação sexual 
Ocorre raramente em cães e gatos, algumas causas são: 
❖ Lesões no cordão espinhal 
❖ Anestesia geral 
❖ Fenotiazínicos 
❖ Tromboembolismo 
Tratamento – É variável e muitos proprietários não procuram tratamento até que 
o caso seja grave. 
É importante proteger a área até que o problema seja resolvido 
Alguns casos são cirúrgicos 
 
DISTÚRBIOS PENIANOS DIVERSOS 
Adquiridos 
❖ Vesículas 
❖ Úlceras 
❖ Verrugas 
❖ Neoplasias 
❖ TVT 
Congênitos 
❖ Persistência de frênulo peniano 
❖ O Hipospadia 
DISTÚRBIOS PREPUCIAIS 
Pênis é impedido de se retrair para a cavidade prepucial 
Ocorre mais frequentemente após a ereção em cães 
Gatos – apenas nos de pelos longos – raro 
Sinais clínicos - dependem da duração 
❖ Após alguns minutos – edemaciado e cada vez mais dolorido 
❖ Lesão por má circulação contínua 
❖ Quanto mais exposto mais propenso a traumatismos 
❖ Superfície torna-se ressecada e pode desenvolver fissuras 
A uretra normalmente não é prejudicada 
Quando é de longa duração → necrose → amputação 
Tratamento - Retorno do prepúcio à configuração normal, restabelecimento da 
circulação e reposição na cavidade prepucial 
Caso ocorra exposição da glande – Fazer manobra para “desvirar” e expor o 
orifício prepucial → com o tempo há melhora da circulação e o edema começa a 
desaparecer 
Importante fazer uma limpeza da superfície 
Creme antibiótico tópico caso a mucosa esteja lesada 
Se não for possível corrigir → compressa de água gelada 
Muito raramente é feita a cirurgia 
FIMOSE 
Condição na qual o pênis fica preso na cavidade prepucial 
Geralmente é congênito 
Incomum em cães e gatos 
O tratamento é cirúrgico 
DISTÚRBIOS TESTICULARES – CRIPTORQUIDISMO 
Falha na descida de um ou ambos os testículos para o escroto, podendo estar: 
▪ Cavidade abdominal 
▪ Canal inguinal 
▪ Tecido subcutâneo 
O Monorquidismo – ausência congênita de um testículo – extremamente raro 
Gatos – descida ocorre antes do nascimento 
Cães – 10 a 42 dias após o nascimento 
Diagnóstico → até os 6 meses de idade 
Incidência - Gatos – 1,2 – 1,7% 
 Cães – 1,2 – 5% 
Geralmente associado a linhagem familiar 
Predisposição racial - Boxer – 10,7% 
Machos (heterozigotos não manifestam) e fêmeas carreiam o gene 
Espermatogênese pode não ser recuperada completamente, mesmo com 
posterior descida do testículo 
Libido e características sexuais – permanecem normais 
Tratamento cirúrgico - Tem risco aumentado de neoplasia testicular do testículo 
retido (probabilidade 13 x maior), logo a cirurgia é necessária 
Ultrassonografia pode ajudar na localização 
NEOPLASIAS TESTICULARES 
Muito comuns em cães com mais de 10 anos 
Raros em gatos 
Tumores mais comuns: 
▪ Tumores testiculares de célula de Sertoli 
▪ O Tumores de células de Leydig 
▪ O Seminomas 
ORQUITE E EPIDIDIMITE 
Mais comum nos cães que nos gatos 
Bactérias aeróbicas mais frequentes 
▪ Mycoplasma 
▪ Brucella canis 
▪ Blastomyces 
▪ Ehrlichia 
▪ Febre maculosa das Montanhas Rochosas 
▪ PIF 
Diagnóstico 
▪ Exame físico 
▪ Ultrassonografia 
▪ Citologia e cultura – aspiraçãoe sêmen 
▪ Pode ser negativa nos casos crônicos 
▪ Sorologia para B. canis 
▪ Avaliar também a próstata 
Tratamento 
▪ Antibióticos 
▪ Antibiograma 
▪ Unilatateral – antibióticos + cirurgia 
AFECÇÕES DA PRÓSTATA 
Comuns em cães e muito rara em gatos 
Sinais clínicos mais comuns 
▪ Gotejamento de sangue independente da micção 
▪ Infecções recorrentes do trato urinário 
▪ Tenesmo 
Outros sinais 
Infecção bacteriana e neoplasia 
▪ Febre 
▪ Mal-estar 
▪ Dor abdominal caudal 
Adenocarcinoma prostático 
▪ O Metástase na pelve e vértebras lombares → Anormalidades de 
locomoção 
Diagnóstico 
 
Realizar a palpação retal e observar: 
▪ Tamanho 
▪ Forma 
▪ Simetria 
▪ Consistência 
▪ Desconforto 
Diagnóstico por imagem (Não diferenciam uma alteração das outras) 
Radiografia – Tamanho, forma e posição 
US – Extremamente importante! 
Citologia prostática – urinálise – pré e pós 
▪ Massagem prostática 
▪ Técnica da escova uretral 
Cultura bacteriana - normal - <100 UFC/ml 
Biopsia (caso suspeite de tumor) – pode ser feita guiada por US, mas não é um 
método muito fácil de ser feito 
Na US, pode-se observar: 
▪ Homogeneidade do parênquima prostático 
▪ Diâmetro da uretra 
▪ Natureza da doença focal ou difusa 
Citologia do ejaculado: É mais confiável se os cães estiverem com cistite 
 Coletar terceira fração 
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA 
Mais comum nos cães, e em machos inteiros aos 6 anos 
Causa - estimulação androgênica (pode ser subclínica) 
ASPECTOS CLÍNICOS 
▪ Tenesmo 
▪ Gotejamento sanguíneo uretral na ausência da micção 
▪ Hematúria 
▪ Hemospermia 
Retenção urinária é rara 
DIAGNÓSTICO 
Palpação retal → aumento de forma simétrica (difuso) e próstata não dolorida 
(na prostatite tem dor e na HPB não 
Por imagem → Radiografia – prostatomegalia 
Ultrassonografia: Acometimento difuso e relativamente simétrico da próstata 
 É comum haver pequenas estruturas císticas, múltiplas e difusas 
 Hiperplasia glandular que progride para hiperplasia cística 
Citologia e cultura 
Biópsia prostática 
Urinálise 
TRATAMENTO 
Casos assintomáticos – não é necessário tratar 
O melhor tratamento é a castração, mas caso o animal seja destinado a 
reprodução, pode-se aplicar um tratamento medicamentoso que é feito através 
de: 
Terapia antiandrogênica + aspiração dos cistos, cultura e antibiograma 
Estrógenos não são utilizados já que causam metaplasia escamosa, aumentam as 
alterações císticas e diminuem a espermatogênese, além de provocar efeitos 
tóxicos na medula óssea 
Progestágenos: Possuem efeitos antiandrogênicos; Não intereferem na libido dos 
cães 
▪ Acetato de megestrol – 0,5mg/kg/VO/SID/10-30 dias 
▪ Acetato de delmadinina – 1,5mg/kg/SC nas semanas 0, 1 e 4 
▪ Acetato de medroxiprogesterona –3mg/kg, dose única 
▪ Funciona em 84% dos cães tratados 
▪ Possuem efeito na função das adrenais, secreção do hormônio 
do crescimento e na homeostasia da insulina e da glicose 
Altas doses: 
▪ Deprimem a espermatogênese e a motilidade espermática 
▪ Aumentam os defeitos morfológicos nos espermatozóides 
▪ Suprimem as concentrações de testosterona 
Finasterida 
▪ Inibe a 5-α-redutase mediante a inibição da conversão de testosterona 
em diidrotestosterona 
▪ 0,1-0,2mg/kg/SID/VO até 5mg/kg/dia 
▪ Pode ser administrada por vários meses 
▪ Resposta a partir de 1 semana 
▪ 8 semanas – diminuição significativa 
▪ Teratogênica – caso a proprietária esteja gestante, não deve manipular 
esse fármaco 
▪ Volume do líquido prostático diminui, mas não há efeito aparente sobre a 
qualidade do sêmen 
▪ Libido e ejaculação não são afetadas 
Cirúrgico: Involução completa em 12 semanas 
 Sangramento prostático – 4 semanas 
Toxina botulínica é um fármaco quem vem sendo utilizado para essa finalidade 
METAPLASIA ESCAMOSA 
CAUSAS 
▪ Tumores das células de Sertoli secretores de estrógeno 
▪ Criptorquidismo 
▪ Tumores de adrenais (raramente) 
▪ Terapia estrogênica 
▪ Aumento no tamanho da próstata 
 
DIAGNÓSTICO 
Anamnese e exame físico - Criptorquidismo 
 - Sinais idênticos aos de HPB 
Aumento do número de células epiteliais escamosas no ejaculado ou aspirado 
Biopsia 
 
SINAIS DE HIPERESTROGENISMO 
▪ Alopecia 
▪ Pigmentação 
▪ Feminização dos machos 
▪ Ginecomastia 
▪ Escroto e prepúcio pendulares 
▪ Supressão de medula óssea 
▪ Espermatogênese deprimida 
▪ Atrofia testicular 
 
 
TRATAMENTO 
Remoção da fonte de estrógeno 
Castração (tumores testiculares) 
Descontinuidade dos fármacos 
PROSTATITE BACTERIANA E ABCESSO PROSTÁTICO 
Prostatite é uma das doenças mais perigosas para os pequenos animais, podendo 
levar os animais a óbito e muitas vezes ocorre de forma silenciosa. 
 
Proteção da próstata 
A próstata é protegida contra a colonização bacteriana: 
▪ Produção local de IgA 
▪ Fator prostático antibacteriano 
▪ Remoção de microrganismos – micção 
 
 
 
Disseminação: 
 
DIAGNÓSTICO 
❖ Histórico agudo de doença grave 
❖ Dor abdominal 
❖ Corrimento prepucial hemorrágico 
❖ Febre, desidratação, dor à palpação da próstata (normal ou 
❖ aumentada) 
❖ Septicemia e endotoxemia 
Palpação – Assimetria 
 Prostatomegalia 
 Áreas flutuantes 
Citologia - Fluido prostático → 103 a 105 unidades formadoras de colônia/ml 
 Aspirado da próstata 
Cultura da urina - Hematúria, piúria e bacteriúria 
Ultrassonografia - Espaços intraparenquimatosos preenchidos por líquido que 
são compatíveis com abscesso 
Hemograma - Leucocitose neutrofílica 
 Sinais de toxicidade nos neutrófilos 
 Monocitose 
TRATAMENTO 
Casos graves → cultura e antibiograma → antibióticos 
Antibioticoterapia: Quinolonas 
 Ampicilina 
 Cefalosporinas de 1° geração 
Duração: Mínimo 4 semanas 
 Cultura 2 a 4 semanas após o término. 
 Crônica – 4 semanas – repetir culturas por vários meses 
 Castração – 10% recidivam 
O tratamento deve ser imediato e agressivo, através de: 
▪ Fluidoterapia 
▪ Abscessos grandes – cirurgia 
▪ Cultura e antibiograma 
CISTOS PARAPROSTÁTICOS 
Se localizam fora do parênquima, mas ligadas por um pedúnculo ou aderências 
Podem se tornar extremamente grandes 
Os sinais são compressivos 
Tratamento → excisão do cisto e castração 
NEOPLASIAS 
Adenocarcinoma 
Cães idosos 
Altamente invasivo – metastatiza para linfonodos sublombares, pelve e vértebras 
lombares 
Prognóstico – ruim, mas é melhor quando os animais são castrados antes do 
aparecimento do tumor 
LINFOMA EM CÃES E GATOS 
Linfossarcoma ou Linfoma maligno 
Definição → Neoplasia das células linfóides que acometem linfonodos ou órgãos 
hematopoiéticos sólidos, como o fígado ou o baço 
Cães: 
▪ 7 a 24% - Tumores malignos 
▪ 3° neoplasia mais comum 
▪ Idade 
▪ Predisposição racial - Boxer, Golden, Rottweiller, Labrador, São Bernardo, 
Beagle, Chow Chow, Poodle 
Gatos: 
▪ Apresentação - 4 a 19 anos 
▪ FIV (+) - 6X mais predisp. 
▪ FeLV (+) - 75X mais predisp. 
▪ 70% animais com diagnóstico 
 
ETIOLOGIA 
▪ É multifatorial 
▪ Infecções Virais / Tabagismo 
▪ Exposições a herbicidas 
▪ Aberrações cromossômicas 
▪ Predisposição genética 
▪ Exposição a radiação 
Classificação anatômica: 
▪ Multicêntrico 
▪ Alimentar 
▪ Mediastínico 
▪ Extranodal 
▪ Nasal, renal e SNC 
Síndrome paraneoplásica – hipercalcemia de 20 a 40 % 
Células neoplásicas - síntese protéica (similar ao PTH) - reabsorção de cálcio ósseo 
— hipercalcemia!!! — lesão glomerular e tubular pelo acúmulo de Ca — perda da 
capacidade de concentração da urina — insuficiência renal. 
DIAGNÓSTICO 
Exame Citológico → 90% dos cães é conclusivo (gatos 70%) 
Exame histopatológicoe imunoistoquímica 
Diagnóstico + estadiamento clínico 
❖ Anamnese 
❖ Exame Físico 
❖ Exames Complementares: hemograma – linfócitos atípicos, 
trombocitopenia, anemia 
❖ Função renal e hepática 
❖ Urina tipo 1 
❖ Cálcio e fósforo séricos 
❖ Mielograma 
❖ Radiografia abdominal e torácica 
❖ Ultrassonografia 
❖ Eletro/Ecocardiograma 
❖ FIV/FeLV 
❖ Ressonância / Tomografia Computadorizada 
❖ Análise de Liquor 
 
Estadiamento clínico para o linfoma em felinos 
 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
Outras causas de linfadenomegalia 
▪ Infecciosas - Erliquiose, Leishmaniose, Toxoplasmose 
▪ Imunomediadas - Lúpus e Pênfigo 
▪ Outros tumores metastáticos 
Pacientes com sinais de efusão pleural 
▪ ICC; Hemotórax, Quilotórax, Piotórax 
▪ Outras neoplasias 
▪ Doença intestinal inflamatória, enterite linfoplasmocitária 
▪ Piodermites 
TRATAMENTO 
Fatores que determinam o tratamento 
▪ Paciente — Espécie, raça e estado geral 
▪ Neoplasia — Localização, estágio 
▪ Proprietário — $$$, Disponibilidade para o tratamento 
▪ Veterinário — Experiência, Recursos para tratamento 
Estratégias para aumentar efetividade do tratamento 
▪ Estadiamento adequado da doença 
▪ Cuidado com o intervalo entre as medicações 
▪ Exame físico minucioso - acompanhamento redução dos nódulos 
▪ Avaliação da melhora após a indução 
▪ Redução completa - Tumor indetectável 
▪ Remissão parcial - redução > 50% 
▪ Detecção de recidivas em fases iniciais 
Quimioterapia 
▪ Óculos protetores 
▪ Luvas 
▪ Máscaras 
▪ ✓ Avental com mangas longas 
▪ Descarte do material em 
▪ Local apropriado 
Tratamento: 1. Indução 
 2. Manutenção 
 3. Reindução 
 4. Resgate 
Protocolos quimioterápicos disponíveis: 
Poliquimioterapia 
Monoterapia (Doxorrubicina; Prednisona) 
Resgate 
▪ Drogas não utilizadas durante a indução ou reindução 
▪ Lomustina, L-asparaginase 
Toxicicidade: 
▪ Mielossupressão e Sepse 
▪ Anorexia e letargia 
▪ Náuseas e êmese 
▪ Diarreia 
▪ Cardiotoxicidade 
▪ Alopecia 
 
 
Controle da quimioterapia: 
▪ Hemograma completo pré-quimioterapia 
▪ Urinálise periódica 
▪ Período de manutenção – realização de hemograma e bioquímicos em 
intervalos regulares 
▪ Reajustar dose quando necessário 
Complicações hematológicas: 
▪ Neutropenia acentuada - Neutrófilos < 2.000 
▪ Aval. temperatura 
▪ Animais idosos - ausência de febre 
Complicações gastrointestinais - terapia de suporte: 
▪ Metoclopramida – 0,5 mg/kg 
▪ Omeprazol – 0,7 mg/kg 
▪ Ranitidina – 2 mg/kg 
▪ Ondansetrona – 0,5 mg/kg 
PROGNÓSTICO 
Taxa de remissão - 65 a 75% nos gatos (4 meses) 
 80 a 90% nos cãess (8 meses) 
Expectativa de vida com tratamento - Gatos - 6 a 9 meses 
 Cães - 12 a 16 meses 
Animais não tratados - 4 a 12 semanas 
Estágio clínico da doença - estágios avançados - menor tempo de remissão 
Tratamento prévio com prednisona 
Imunofenotipagem - Céls. T - Pior prognóstico (20 a 30%), e hipercalcemia - Alta 
relação com tumores de céls. T

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