Introdução à Teoria de Crescimento Econômico, Flutuações e Desigualdade

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Introdução à Teoria de Crescimento Econômico,
Flutuações e Desigualdade
Prof. Bruno Ottoni
Descrição
Processo de crescimento econômico.
Propósito
O estudo do crescimento econômico ajuda a identificar por que algumas nações prosperam enquanto
outras fracassam; por isso, o conhecimento acerca desse tema é muito valorizado no setor público, na
academia e na iniciativa privada.
Objetivos
Módulo 1
O que é crescimento econômico e como medi-lo?
Definir o que é crescimento econômico e como medi-lo.
Módulo 2
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Módulo 2
Determinantes do crescimento econômico
Descrever os determinantes do crescimento econômico.
Módulo 3
Políticas públicas e sua contribuição
Analisar como a política pública pode contribuir com o crescimento econômico.
Existem grandes diferenças nos padrões de vida ao redor do mundo. Nos países ricos, a população
tem um padrão de vida elevado. Isso significa que as pessoas desses países têm melhor nutrição,
maior expectativa de vida, menor mortalidade infantil, casas mais modernas e acesso a uma grande
variedade de bens. Já nos países pobres ocorre o inverso. A população nesses países tem um baixo
padrão de vida e, consequentemente, tem pior nutrição, menor expectativa de vida, maior mortalidade
infantil, casas de pior qualidade e acesso a uma pequena variedade de bens.
O que explica essas diferenças? Por que alguns países são ricos? O que esses países precisam fazer
para permanecerem ricos? Por que certos países são pobres? Como esses países devem proceder
para sair da pobreza? Essas perguntas são fascinantes e estão entre as mais importantes da ciência
econômica.
Uma das obras pioneiras da ciência econômica, o livro A Riqueza das Nações, de Adam Smith,
publicado em 1776, procura responder a algumas dessas perguntas. É claro que a ciência econômica
mudou muito nesses séculos. Porém, essas perguntas são relevantes até os dias atuais.
Atualmente, a principal explicação da ciência econômica sobre o motivo de alguns países serem
ricos e outros pobres está relacionada à questão da evolução do padrão de vida da população ao
longo do tempo. Mais precisamente, segundo a ciência econômica, aqueles países que conseguem,
ano após ano, melhorar de forma consistente o padrão de vida de sua população tornam-se ricos. Já
os países em que o padrão de vida fica estagnado, ou diminui, ao longo do tempo, tornam-se pobres.
Mas como o crescimento econômico se insere nessa explicação? É que a ciência econômica enxerga
que existe uma relação direta entre crescimento econômico e melhoria do padrão de vida. Por um
lado, se o padrão de vida de um país está evoluindo, então, ele está apresentando crescimento
econômico. Por outro lado, se o padrão de vida de um país está se deteriorando, ele está
Introdução
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1 - O que é crescimento econômico?
Ao �nal deste módulo, você será capaz de explicar o que é crescimento econômico.
INTRODUÇÃO
Neste módulo, vamos aprender mais sobre crescimento econômico. Mais precisamente esse módulo está
dividido em três seções, que são: medindo o crescimento econômico, a importância da produtividade, e
atividades para verificar o aprendizado.
atravessando uma estagnação ou retração econômica. Veja, portanto, que o conceito de crescimento
econômico está no cerne da explicação de por que alguns países são ricos e outros são pobres. Por
isso, vamos discutir o crescimento econômico.
Nossa explicação sobre o crescimento econômico será estruturada em três módulos. No primeiro,
descreveremos o que é crescimento econômico. No segundo, apresentaremos os determinantes do
crescimento econômico. Finalmente, no terceiro, analisaremos como a política pública pode
contribuir com o crescimento econômico.
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MEDINDO O CRESCIMENTO ECONÔMICO
Falamos na introdução sobre crescimento econômico de forma abstrata. Lá nos referimos a crescimento
econômico estando diretamente relacionado a melhorias no padrão de vida de uma sociedade. Mas é
possível medir crescimento econômico de forma mais concreta? A resposta a essa pergunta é sim.
Medimos crescimento econômico a partir de aumentos no Produto Interno Bruto (PIB) per
capita.
Mas o que é PIB per capita? Para entendermos esse conceito, vamos começar explicando o que é o PIB.
O PIB é uma medida de toda a renda gerada em determinada região geográfica, em um intervalo de
tempo específico. Aqui, em termos de região geográfica, vamos olhar sempre para países. No que
tange ao intervalo de tempo, iremos sempre considerar o período de um ano.
Consequentemente, para fins das análises que faremos aqui, o PIB representa toda a renda gerada
em um país ao longo de um ano.
Resta explicar o que é o PIB per capita. A forma de calcular o PIB per capita de determinado país, em certo
ano, é bem simples.
Para isso, basta dividir o PIB do país de interesse, no ano de�nido, pelo número de
habitantes dele, no mesmo período.
Um exemplo ajuda a ilustrar como deve ser calculado o PIB per capita de um país. Vejamos o caso dos
Estados Unidos:
O que é PIB? 
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Em 2019, o PIB daquele país foi de aproximadamente 21,43 trilhões de dólares. Naquele mesmo ano, sua
população totalizava cerca de 328,2 milhões de habitantes.
Por conseguinte, o PIB per capita norte-americano, em 2019, foi de aproximadamente 65.295,55 dólares.
Isso porque, ao dividirmos 21,43 trilhões de dólares por 328,2 milhões de habitantes, chegamos ao valor
aproximado de PIB per capita igual a 65.295,55 dólares.
Atenção
Antes de seguir adiante, vale ressaltar que existe uma forma intuitiva de interpretar o conceito de PIB per
capita. No fundo, esse conceito de PIB per capita é uma medida da renda média que o habitante típico de
cada país pode obter, ao longo de um ano, caso não exista desigualdade. Isso porque o PIB per capita é
obtido justamente a partir da divisão da renda total gerada por cada país, ao longo de um ano, pelo seu
número de habitantes, no mesmo período.
Agora, vamos discutir se o aumento do PIB per capita é de fato uma boa medida de crescimento econômico.
Para ser uma boa medida de crescimento econômico, o aumento do PIB per capita deve estar relacionado
com melhorias no padrão de vida. Mas será que isso ocorre? Isto é, será que existe alguma relação entre
aumento do PIB per capita e melhorias no padrão de vida?
Começaremos a responder essa pergunta verificando se existe uma relação entre PIB per capita e padrão de
vida. Pode parecer estranho, mas de fato o PIB per capita é uma boa medida de padrão de vida. É possível
verificar isso nos gráficos 1 e 2. Primeiro, vemos no gráfico 1, baseado em dados de mais de 150 países, que
existe uma relação positiva entre o PIB per capita e a expectativa de vida. Isso quer dizer que os habitantes
de países com:

PIB per capita mais alto
Possuem maior expectativa de vida.

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
PIB per capita mais baixo
Possuem menor expectativa de vida.
Logo, o gráfico 1 sugere que países ricos, com maior PIB per capita, realmente têm um padrão de vida mais
elevado. Os habitantes desses países ricos têm acesso a um sistema de saúde melhor e,por isso, vivem
mais. Alternativamente, o gráfico 1 indica que países pobres, com menor PIB per capita, têm um padrão de
vida inferior. Os habitantes desses países pobres têm acesso a um sistema de saúde pior e,
consequentemente, vivem menos.
Gráfico 1: PIB per capita e expectativa de vida (2017). 
Elaborado por: Bruno Ottoni
Segundo, vemos no gráfico 2, também baseado em dados de mais de 150 países, que existe uma relação
positiva entre PIB per capita e acesso a saneamento básico. Isso significa que países com:

PIB per capita mais alto
Possuem maior acesso a saneamento básico.

PIB per capita mais baixo

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Possuem menor acesso a saneamento básico.
Portanto, o gráfico 2 sugere que países ricos, com maior PIB per capita, têm mesmo um padrão de vida mais
alto. Os moradores desses países vivem em residências melhores e possuem saneamento básico. Já no
caso dos países pobres, mostra o contrário. O referido gráfico deixa claro que os países pobres, com menor
PIB per capita, têm um padrão de vida mais baixo. A população desses países vive em casas piores, que não
são atendidas por saneamento básico.
Gráfico 2: PIB per capita e acesso a saneamento básico (2017). 
Elaborado por: Bruno Ottoni
Vimos, então, que o PIB per capita é realmente uma boa medida de padrão de vida. Logo, parece razoável
acreditar que o aumento do PIB per capita é uma medida adequada da melhoria do padrão de vida da
população de um país ao longo do tempo. Uma conclusão imediata dessa constatação é que faz sentido
usar o aumento do PIB per capita como medida do crescimento econômico que um país experimenta com o
passar dos anos.
Agora vejamos como podemos, na prática, analisar a evolução do PIB per capita para saber mais sobre o
crescimento econômico de um país ao longo do tempo. Para isso, vamos focar o caso brasileiro:
O gráfico 3 apresenta a trajetória do PIB per capita brasileiro desde 1960 até 2014 (linha sólida). Na referida
figura, é possível notar que o PIB per capita brasileiro aumentou bastante entre 1960 e 2014. Logo, o Brasil
experimentou um crescimento econômico muito razoável no período que aparece no gráfico.
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Gráfico 3: PIB per capita e acesso a saneamento básico (2017). 
Elaborado por: Bruno Ottoni
Apesar de o gráfico 3 deixar claro que houve um crescimento econômico satisfatório no Brasil, entre 1960 e
2014, ele também permite observar que alguns períodos foram melhores que outros:
1960
Na década de 1960, o país cresceu pouco.
1970
Na década de 1970, o país passou por um período de crescimento econômico acelerado.
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A discussão feita acima, acerca do gráfico 3, mostra que é possível separar a evolução do PIB per capita
brasileiro, de 1960 a 2014, entre:
1980-1992
Entre 1980 e 1992, o país voltou a ficar estagnado.
1993-2014
No período posterior, de 1993 a 2014, o país retornou a uma trajetória de crescimento
econômico pujante.
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A tendência, ilustrada pela linha pontilhada que aparece no gráfico em questão, representa a
trajetória de crescimento de longo prazo.
O ciclo consiste nas flutuações de curto prazo que ocorrem em torno da linha de tendência. Isso
pode ser visto pelo fato de que o PIB per capita, linha sólida, oscila ao redor da tendência, linha
pontilhada, ao longo do tempo.
Será que essa distinção entre tendência e ciclo, que observamos no caso brasileiro, é comum? A resposta
a essa pergunta é sim. Ou seja, o comportamento que identificamos no caso brasileiro é mais geral do que
parece. Na verdade, sempre é possível separar o crescimento econômico de um país entre um componente
de longo prazo, a tendência, e um componente de curto prazo, o ciclo. Aqui, vamos estudar somente o
crescimento de longo prazo. Logo, vamos nos preocupar apenas com a tendência. Faremos isso porque o
mais importante para entender a prosperidade de um país é justamente identificar quais elementos são
relevantes para que ele tenha uma tendência de crescimento econômico sustentável ao longo de muitos
anos. É exatamente por esse motivo que vamos focar o estudo dos determinantes de crescimento
econômico de longo prazo, abstraindo das flutuações de curto prazo. Porém, antes de estudarmos os
determinantes do crescimento econômico de longo prazo, vamos debater produtividade.
A IMPORTÂNCIA DA PRODUTIVIDADE
Agora, vamos aprender que o aumento da produtividade é muito importante para gerar crescimento
econômico de longo prazo.
Mas antes precisamos entender o que é produtividade. Simplificadamente, podemos dizer que
produtividade é a renda gerada por uma unidade de trabalho em determinado espaço de tempo. Sendo que
essa unidade de trabalho pode ser medida de diversas maneiras. Por exemplo, a unidade de trabalho pode
ser medida por hora ou por trabalhador.
Aqui, vamos sempre tratar de produtividade como a renda gerada por cada trabalhador no espaço de um
ano. É importante entender a diferença entre PIB per capita e produtividade:
Tendência 
Ciclo 
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PIB per capita
O PIB per capita mede a renda auferida, em um ano, por cada habitante. Logo, no denominador do PIB
per capita aparece a população do ano analisado.
Produtividade
Já a produtividade trata da renda gerada, em um ano, por cada trabalhador. Por isso, no denominador
da produtividade aparece o número de trabalhadores do ano considerado.
Observe como podemos calcular a produtividade de um país. Para isso, vamos voltar ao caso dos Estados
Unidos, no ano de 2019.
Naquele ano, o PIB norte-americano foi de aproximadamente 21,43 trilhões de dólares. O número de
trabalhadores dos EUA, no mesmo ano, era de 157,54 milhões. Logo, a produtividade média do trabalhador
americano, em 2019, era de aproximadamente 136.028,95 dólares.
A produtividade procura captar quanto cada trabalhador gera, em média, de renda em
determinado ano.
Logo:

Trabalhadores com produtividade alta

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Geram mais renda para ser distribuída entre a população.

Trabalhadores com produtividade baixa
Criam menos renda para ser dividida entre todos os habitantes.
A discussão feita até agora sugere que existe uma relação direta entre produtividade e PIB per capita. Essa
relação de fato existe. Na verdade, a produtividade nada mais é do que o PIB per capita multiplicado pela
proporção de trabalhadores na população. Podemos ver isso matematicamente.
Vamos começar definindo PIB como R, população como P e número de trabalhadores como T. Logo, PIB per
capita é igual a R/P. Além disso, produtividade é R/T e a proporção de trabalhadores na população é T/P.
Então, podemos ver, pela equação a seguir, que a produtividade (R/T) multiplicada pela proporção de
trabalhadores (T/P) é igual ao PIB Per Capita (R/P).
Dessa maneira, confirmamos matematicamente que existe uma relação direta entre produtividade e PIB per
capita. O que isso tem a ver com crescimento econômico? Tudo, já que medimos crescimento econômico a
partir de aumentos no PIB per capita. Basicamente, isso significa que aumentos de produtividade são
essenciais para gerar crescimento econômico.
Relembrando
Antesde seguir em frente, vale ressaltar que estamos falando aqui sempre de crescimento econômico de
longo prazo. Isso já foi dito, mas não custa repetir. Na prática, a produtividade é entendida como estando
diretamente ligada à capacidade média de geração de renda de cada trabalhador. Essa capacidade de
geração de renda não costuma flutuar muito, logo, ela está mais ligada à tendência do que ao ciclo.
Portanto, o aumento da produtividade está associado à tendência de crescimento de longo prazo e não às
flutuações de curto prazo.
Resta entendermos quais são os determinantes do crescimento econômico de longo prazo. Para isso,
vamos identificar que fatores ajudam a aumentar produtividade. Faremos isso, adiante, no módulo 2.

R
T
×
T
P
=
R
P
×
T
T
=
R
P
× 1 =
R
P
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Resumo
Assista a um resumo do assunto que você acabou de ler.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
PIB per capita
Módulo 1 - Vem que eu te explico!
Produtividade


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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O que é PIB?
A
É a renda total gerada em determinada região geográfica, em um período específico de
tempo.
B É a renda média de determinada região geográfica, em um período específico de tempo.
C
É a renda gerada por cada trabalhador em determinada região geográfica, em um período
específico de tempo.
D
É calculado a partir da soma dos preços de todas as ações que são negociadas nas
bolsas de valores de determinada região geográfica, em um período específico de tempo.
E
É a soma da riqueza de todas as pessoas que moram em determinada região geográfica,
em um período específico de tempo.
Parabéns! A alternativa A está correta.
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Como estudamos, o PIB é a renda total gerada em determinada região geográfica, em um período
de tempo específico. Note que renda é diferente de riqueza. O dinheiro que um indivíduo deixa
guardado no banco é riqueza. Já o salário que ele recebe é renda. O PIB é medido a partir de
renda e não de riqueza.
Questão 2
Como medimos o crescimento econômico?
A A partir do aumento dos preços das ações transacionadas na bolsa de valores.
B A partir do aumento da inflação.
C A partir da valorização dos imóveis.
D A partir de aumentos no PIB per capita.
E A partir do aumento da expectativa de vida.
Parabéns! A alternativa D está correta.
Medimos crescimento econômico a partir de aumentos do PIB per capita. Note que não medimos
crescimento econômico a partir do aumento da expectativa de vida. É claro que crescimento
econômico tipicamente vai estar relacionado com um aumento da expectativa de vida, mas essa
é uma consequência, não é nossa forma de medição. O mesmo vale para as demais variáveis.

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2 - Determinantes do crescimento econômico
Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever os determinantes do crescimento
econômico.
INTRODUÇÃO
Vamos estudar quais são os determinantes do crescimento econômico de longo prazo. Como explicado no
módulo anterior, o crescimento econômico de longo prazo depende do aumento da produtividade. Então, se
queremos entender quais são os determinantes do crescimento econômico de longo prazo, temos que
identificar quais fatores geram aumento de produtividade.
A produtividade é determinada pelos seguintes fatores:

Capital físico

Capital humano
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
Recursos naturais

Conhecimento tecnológico
Logo, a evolução da produtividade estará associada a mudanças nesses fatores. Por isso, começaremos
este módulo explicando a importância de cada um desses fatores para a determinação da produtividade.
CAPITAL FÍSICO
O capital físico é o estoque de ferramentas e máquinas disponíveis para os trabalhadores. É fácil perceber
que quanto mais capital físico – ferramentas e máquinas – está à disposição dos trabalhadores, mais
produtivos eles são.
Imagine um trabalhador agrícola que deseje plantar soja para depois vendê-la no mercado. Se esse
trabalhador tiver que fazer tudo usando apenas suas mãos, ele certamente terá que se esforçar muito e,
mesmo assim, não produzirá grandes quantidades de soja. Esse trabalhador será pouco produtivo. Veja:
Note que a vida desse trabalhador seria muito melhor se ele tivesse acesso às ferramentas e máquinas
disponíveis, atualmente. A verdade é que as ferramentas e máquinas existentes hoje em dia tornam os
I
Para começar, ele terá que
cavar a terra com as suas
mãos para enterrar as
sementes.
II
Logo, provavelmente plantará
suas sementes em um solo
duro, seco e pobre em
nutrientes.
III
Na colheita, esse trabalhador
arrancará as vagens de soja
manualmente uma a uma.
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trabalhadores muito mais produtivos. Com menos tempo e menos esforço, os trabalhadores conseguem
produzir muito mais, graças ao capital físico ao qual têm acesso.
Hoje, o agricultor tem acesso a máquinas e ferramentas que ajudam em todo o processo produtivo:
Antes do plantio, ele pode utilizar um trator capaz de revirar o solo.
Depois, ele tem a opção de usar máquinas e ferramentas para tornar o solo mais fértil (via
introdução de adubo ou fertilizantes).
Em seguida, ele tem acesso a máquinas que servem para irrigar o solo.
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Na hora da colheita, ele pode utilizar um trator para arrancar as vagens de soja.
Posteriormente, máquinas ajudam a ensacar os grãos.
Finalmente, caminhões auxiliam no transporte dos sacos de soja até as cidades, para serem
vendidos.
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Todas essas máquinas e ferramentas, que ajudam o agricultor a ficar mais produtivo, são o que chamamos
de capital físico. Por esse motivo, o capital físico é um dos fatores determinantes da produtividade.
Quanto mais capital físico estiver disponível para cada trabalhador, maior será a
produtividade média da mão de obra.
CAPITAL HUMANO
O capital humano compreende o conhecimento e as habilidades que os trabalhadores conseguem
acumular ao longo da vida. Geralmente, o capital humano é acumulado na educação formal na escola, em
treinamentos dentro e fora do local de trabalho e na experiência obtida no emprego. É claro que quanto
mais capital humano o trabalhador médio de um país tiver, mais produtivo ele será.
Imagine os trabalhadores de uma fábrica. Eles têm acesso a máquinas modernas. Isso certamente ajuda a
aumentar sua produtividade. Porém, se não souberem como utilizar essas máquinas, seguirão sendo pouco
produtivos. Em geral, para usar uma máquina, o trabalhador precisa saber ler. Ele tem que ser capaz de ler
que um botão desliga e outro liga a máquina.
Além disso, para usar uma máquina é, muitas vezes, necessário ter conhecimento de números. O
trabalhador precisa entender se a temperatura do motorda máquina está muito elevada, necessitando de
alguma manutenção. Se a máquina parar por falta de combustível, o trabalhador tem que saber reconhecer
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esse fato para encher novamente o tanque. Mas note que capital humano compreende exatamente
conhecimentos como saber ler e entender de números.
Logo, esse exemplo do uso da máquina deixa claro que, quanto mais capital humano um
trabalhador tem, mais produtivo ele é.
Antes de seguir, vale fazer uma reflexão sobre as consequências, para o tema do crescimento econômico,
do reconhecimento do capital humano como um dos determinantes da produtividade.
Comentário
Uma consequência direta do reconhecimento do capital humano como fundamental para produtividade é
que muita desigualdade de renda é ruim para crescimento econômico. Isso porque, em uma sociedade com
grande desigualdade de renda, muitos indivíduos não têm acesso a uma educação de qualidade. Logo,
esses indivíduos acumulam menos capital humano e tornam-se menos produtivos. Assim, a produtividade
média de uma sociedade com elevada desigualdade de renda vai ser baixa e isso limita as perspectivas de
crescimento econômico dela.
Como consequência direta do entendimento de que capital humano é importante para produtividade, o
preconceito – seja de gênero, de raça ou de qualquer outra natureza – também é ruim para crescimento.
Vejamos o exemplo do preconceito de raça. Quanto mais preconceito de raça existir em uma sociedade,
menor será o acesso dos negros à educação, prejudicando o acúmulo de capital humano desse grupo e
piorando a produtividade média do trabalhador.
Logo, uma sociedade com muito preconceito de raça terá maior dificuldade de gerar crescimento
econômico de longo prazo. Raciocínios análogos podem ser feitos com preconceitos de outra natureza.
RECURSOS NATURAIS
Os recursos naturais são os elementos disponibilizados pela natureza, como: as árvores, os rios, as jazidas
de minério, os poços de petróleo, a terra para plantar, e outros. Geralmente, os recursos naturais são
divididos em:
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Os recursos naturais renováveis podem ser repostos, após serem utilizados. Um exemplo de recurso
natural renovável é a cana-de-açúcar. Após a colheita, a cana pode ser replantada.
Os recursos naturais não renováveis não podem ser repostos, após serem utilizados. Um exemplo de
recurso natural não renovável é uma jazida de minério de ferro. Após exauri-la, não é possível repor o
minério que foi extraído.
Mas será que os recursos naturais contribuem para a produtividade? A resposta a essa pergunta é sim. O
trabalhador que tem acesso a mais recursos naturais é mais produtivo. Vamos refletir sobre essa
afirmativa.
Imagine um trabalhador da indústria de papel. Ele é responsável por derrubar e transportar árvores de
eucalipto, usadas como insumo na produção de papel. Se esse trabalhador tem acesso a uma grande
floresta de eucaliptos, ele certamente é mais produtivo do que se tiver que ficar procurando por árvores
isoladas. Logo, a disponibilidade farta de recursos naturais contribui para aumentar a produtividade média
do trabalhador.
Renováveis 
Não renováveis 
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No entanto, vale ressaltar que países podem sim ficar ricos mesmo quando não têm acesso a uma grande
quantidade de recursos naturais. Para isso, o país deve utilizar o comércio internacional para adquirir os
recursos naturais de que não dispõe.
Curiosidade
O Japão é um exemplo de país rico mesmo sem ter fartura de recursos naturais. Para ficar rico, o Japão fez
uso do comércio internacional, comprando recursos naturais e vendendo produtos diversos.
Também é importante mencionar que recursos naturais não são garantia de riqueza. É importante fazer
uso adequado desses recursos naturais. O Iraque é um exemplo de país com farto acesso a recursos
naturais: possui muito petróleo, porém tem se destacado no mundo muito mais por seus conflitos bélicos
do que pelo crescimento econômico.
CONHECIMENTO TECNOLÓGICO
O conhecimento tecnológico consiste em tudo o que a humanidade já aprendeu ao longo do tempo sobre
como o mundo funciona. Esse conhecimento tecnológico é transmitido de geração em geração por meio de
livros, vídeos etc. Note que o conhecimento tecnológico pode ser de pelo menos três tipos:
Primeiro
Primeiro, ele pode aparecer na forma de uma tecnologia proprietária. Nesse caso, o conhecimento consiste
em uma tecnologia que é propriedade de apenas uma empresa. Um exemplo é o carro de uma empresa
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automobilística. Somente aquela empresa tem acesso a toda a tecnologia necessária para construir seu
carro. Outras empresas podem tentar copiar, porém nunca serão capazes de produzir exatamente o mesmo
carro. Cada marca terá sempre suas peculiaridades.
Segundo
Segundo, ele pode aparecer como uma tecnologia que é proprietária durante algum tempo. Isso acontece
quando uma empresa desenvolve uma nova tecnologia e recebe uma patente que confere a ela o direito de
ser a única a utilizar aquela inovação durante determinado período de tempo. Exemplos de tecnologias
proprietárias por um período de tempo são muito comuns no ramo farmacêutico. Muitos remédios são
patenteados. Nesse caso, a patente confere o direito à empresa desenvolvedora do remédio de ser a única a
produzir e vender a nova droga, por determinado período de tempo.
Terceiro
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Terceiro, ele pode aparecer na forma de conhecimento comum: algo que está disponível para todos. Um
exemplo de conhecimento comum é dado pelas técnicas de alfabetização. Qualquer um pode aprender
sobre as técnicas de alfabetização já existentes, para adquirir a capacidade de ensinar outras pessoas a ler
e escrever. Esses métodos de alfabetização não são de propriedade exclusiva de nenhuma empresa. Além
disso, não existe nenhuma patente conferindo a uma única empresa, por um período específico de tempo, o
acesso exclusivo às técnicas de alfabetização já existentes.
Mas será que o conhecimento tecnológico tem alguma relação com a produtividade? É fácil ver que sim. Um
país com mais conhecimento tecnológico dispõe de trabalhadores mais produtivos. Vamos pensar sobre
essa frase.
Imagine um motorista de caminhão que entregue produtos por todo o Brasil. Caso esse motorista de
caminhão tenha acesso aos mapas rodoviários do país, ele certamente será mais produtivo, pois, mesmo
que se perca, poderá ir sempre diretamente ao seu destino sem fazer grandes desvios. Logo, a existência de
mapas rodoviários, que contêm o conhecimento já acumulado pelos brasileiros acerca da rede de estradas
do país, ajuda a fazer com que o motorista de caminhão se torne mais produtivo.
Comentário
Vale fazer um último comentário, antes de seguirmos. É importante ressaltar que conhecimento tecnológico
não é o mesmo que capital humano. São conceitos parecidos, porém, não são idênticos. O conhecimento
tecnológico está armazenado em livros, vídeos etc. Ele compreende o conjunto de conhecimentos
disponível para as pessoas. O capital humano está armazenado nas pessoas. Ele compreende aquilo que as
pessoas já conseguiram aprender.
Revisão

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Assista a um resumo do assunto que você acabou de ler.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Capital Físico
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Capital Humano
Módulo 2 - Vem que eu te explico!
Recursos Naturais

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Qual é o principal determinante do crescimento econômico de longo prazo?
A A ampliação do Produto Interno Bruto (PIB) per capita.
B O aumento da produtividade.
C O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
D O aumento do valor das ações transacionadas na bolsa de valores.
E A elevação do padrão de vida da população.
Parabéns! A alternativa B está correta.
O principal determinante do crescimento econômico de longo prazo é o aumento da
produtividade. A elevação do PIB per capita é a forma utilizada para medir crescimento
econômico, porém o aumento do PIB per capita não é um determinante do crescimento
econômico. Isso também vale para a elevação do padrão de vida da população. Sabemos que
crescimento econômico está relacionado com o aumento do padrão de vida da população, mas a
elevação do padrão de vida da população não é um determinante do crescimento econômico. De
modo semelhante, a ampliação do PIB também não é um determinante do crescimento
econômico. Finalmente, a valorização das ações transacionadas na bolsa de valores não é um
determinante do crescimento econômico.
Questão 2
Quais são os quatro determinantes da produtividade?
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A Capital humano, treinamento, aula e petróleo.
B Conhecimento tecnológico, livros, vídeos e recursos naturais.
C Recursos naturais, poços de petróleo, jazidas minerais e conhecimento tecnológico.
D Capital físico, máquinas, ferramentas e recursos naturais.
E Capital físico, capital humano, recursos naturais e conhecimento tecnológico.
Parabéns! A alternativa E está correta.
Vimos que os quatro determinantes da produtividade são: capital físico, capital humano, recursos
naturais e conhecimento tecnológico. Todos são relevantes para definir o quanto cada pessoa é
capaz de produzir.

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3 - Políticas públicas podem ajudar
Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar como a política pública pode contribuir
com o crescimento econômico.
INTRODUÇÃO
Agora, explicaremos o que os governos podem fazer para estimular o crescimento econômico. Ou seja,
vamos descrever alguns exemplos de políticas públicas que podem ser implementadas para gerar mais
crescimento econômico. Já aprendemos que o crescimento econômico de longo prazo depende do
aumento da produtividade. Além disso, estudamos que os quatro determinantes da produtividade são
capital físico, capital humano, recursos naturais e conhecimento tecnológico.
Precisamos agora discutir políticas públicas capazes de aumentar os quatro determinantes da
produtividade. Essas políticas públicas vão elevar a produtividade e, consequentemente, irão se traduzir
em mais crescimento econômico. Vejamos, portanto, como estão estruturadas as seções deste módulo.
Na primeira seção, discutiremos as políticas públicas que podem aumentar capital físico. Em seguida,
analisaremos aquelas iniciativas do governo que podem elevar capital humano. Depois, estudaremos os
programas que o governo pode implementar visando aumentar o acesso a recursos naturais.
Posteriormente, examinaremos as políticas públicas que elevam conhecimento tecnológico.
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POLÍTICAS PARA AUMENTAR CAPITAL FÍSICO
Vamos estudar aqui três tipos de política que um governo pode implementar para aumentar o capital físico
de seu país, que são:
Incentivos ao investimento doméstico;
Estímulo ao investimento estrangeiro;
Garantia dos direitos de propriedade e da estabilidade política, visando gerar mais investimento.
Antes de estudarmos individualmente cada uma dessas políticas, é importante destacar que todas elas
possuem um elemento em comum: visam aumentar o capital físico por meio de investimento. Portanto,
antes de seguir adiante, temos de explicar o que é investimento.
Investimento é dinheiro gasto na compra de máquinas e ferramentas.
Conforme já dissemos, o capital físico é a quantidade de máquinas e ferramentas disponíveis para os
trabalhadores. Logo, o investimento é dinheiro usado para aumentar a quantidade de capital físico à
disposição dos trabalhadores. Por isso mesmo, todas as políticas para aumentar capital físico, que
discutiremos aqui, visam gerar mais investimento. Vejamos essas políticas.
Políticas que procuram incentivar o investimento doméstico
Essas políticas podem ser de diversos tipos, mas todas elas visam gerar incentivos para que as empresas
de um país invistam mais nele. Nesse caso, uma possibilidade é, por exemplo, uma política de simplificação
tributária para as empresas do país.
Esse tipo de política é importante porque regras tributárias muito complexas geram custos elevados e,
consequentemente, inibem investimentos. Portanto, uma política de simplificação tributária é relevante,
porque existe mais investimento doméstico em um país cujas empresas podem se beneficiar de regras
menos complexas na hora de pagar impostos.
Vale ressaltar que quanto mais poupança existe em um país, maior a quantidade de
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recursos disponíveis para serem investidos.
Portanto, outra forma de incentivar o investimento doméstico é por meio de políticas de estímulo à
poupança. Isso ocorre porque se as pessoas de um país poupam mais, então, os bancos têm capital
suficiente para financiar uma grande quantidade de empresas, permitindo que todas consigam levar adiante
seus projetos de investimento.
Vejamos, agora, um exemplo de política que pode ajudar a estimular a poupança. Uma possibilidade é
ampliar o acesso da população a cursos de educação financeira. Esse tipo de curso costuma ressaltar a
importância de poupar dinheiro para a aposentadoria. Isso pode ser uma boa forma de incentivar a
poupança, aumentando os recursos disponíveis para as empresas e elevando o investimento doméstico.
Políticas que visam estimular o investimento estrangeiro
Um país que implementa uma política desse tipo tem o intuito de atrair o investimento de empresas de
outros países. Vejamos um exemplo que ajuda a ilustrar como funciona esse investimento de empresas
estrangeiras.
Imagine uma empresa suíça, do setor de laticínios, que queira construir uma fábrica no Brasil. Para fazer
isso, a empresa suíça precisará comprar as máquinas e as ferramentas que serão utilizadas em sua fábrica.
Quando a empresa suíça comprar as máquinas e as ferramentas para sua fábrica, ela estará realizando um
investimento.
Só que nesse caso específico o investimento será feito no Brasil, por uma empresa de outro país, a Suíça.
Logo, trata-se de um investimento estrangeiro no Brasil. Agora que já explicamos o conceito de
investimento estrangeiro, vejamos um exemplo de política que pode ser utilizada para estimular esse tipo de
investimento.
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Exemplo
Uma políticaque pode incentivar investimento estrangeiro é a realização de uma simplificação tributária
para empresas que remetem lucro ao exterior. Isso porque empresas estrangeiras frequentemente remetem
parte de seus lucros para o país de origem.
No entanto, se para remeter lucros ao país de origem, as empresas estrangeiras tiverem que lidar com um
processo de pagamento de impostos muito complexo, elas ficarão inibidas de realizar novos investimentos.
Alternativamente, se o processo de pagamento de impostos associado à remessa de lucros ao país de
origem for simples, as empresas estrangeiras tenderão a ficar estimuladas a investir mais.
Direitos de propriedade e estabilidade política para gerar investimento
Comecemos analisando como o respeito aos direitos de propriedade é relevante para estimular
investimento.
É fácil ver que nenhuma empresa tem interesse de investir em um país em que não há garantia dos direitos
de propriedade. Sem essa garantia, a empresa poderá perder parte de seu patrimônio, ou todo ele, de uma
hora para outra e sem nenhum ressarcimento.
Uma forma de garantir que os direitos de propriedade sejam respeitados e de
estimular investimentos é implementar políticas que contribuam para o bom
funcionamento da justiça.
Um exemplo é o investimento na capacidade investigativa da polícia, com o intuito de identificar e combater
esquemas de corrupção. Dessa forma, pessoas e empresas saberão que as regras do jogo (leis e normas do
país), incluindo os direitos de propriedade, serão cumpridas.
Vejamos, agora, em que medida a estabilidade política também é importante para estimular o investimento.
É claro que nenhuma empresa vai querer investir em um país com grande instabilidade política. Isso porque
quando existe o risco iminente de que o governo seja deposto, por exemplo, fica difícil de saber o que pode
acontecer. Caso haja um golpe, é complicado até de projetar se os direitos de propriedade serão
respeitados.
Uma maneira de contribuir para a estabilidade política e estimular o investimento é com uma mídia
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independente. Isso ocorre porque a mídia, quando é independente, tem total liberdade para informar a
sociedade sobre aquilo que o governo faz, ajudando a evitar que guinadas autoritárias aconteçam.
Um exemplo de política que contribui para a existência de uma mídia independente é a abertura do setor de
comunicação a grandes conglomerados internacionais, do setor de comunicações, pois eles tendem a
depender menos de governos locais para obter financiamento. Logo, esses grandes conglomerados
internacionais têm maior facilidade para atuar de forma independente.
Até aqui, vimos os três tipos de política que podem ser utilizados para aumentar o capital físico de um país:
Incentivos ao investimento doméstico;
Estímulo ao investimento estrangeiro;
Garantia dos direitos de propriedade e da estabilidade política, visando gerar mais investimento.
Comentário
No entanto, antes de seguirmos, é importante mencionar que o crescimento populacional pode diminuir o
capital físico disponível para cada trabalhador. É que se o capital físico está fixo, mas o número de
trabalhadores cresce, então, cada um fica com uma quantidade menor.
Logo, é importante que países com expansão demográfica acentuada se preocupem em implementar
políticas capazes de incentivar investimentos, para que consigam acumular capital físico a uma velocidade
que iguale, ou supere, a rapidez do seu crescimento populacional. Isso permitiria a esses países evitar uma
diminuição na quantidade de capital físico que conseguem disponibilizar para cada trabalhador. Algumas
das possibilidades, para estimular o investimento, são justamente os três tipos de política já citados
anteriormente.
POLÍTICAS PARA AUMENTAR CAPITAL HUMANO
Existem três tipos de política que um governo pode implementar para aumentar o capital humano de seu
país:
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
Estímulos à educação

Facilitação do acesso à saúde

Incentivos à pesquisa
Vejamos, a seguir, como cada uma dessas políticas pode ajudar o governo a aumentar o capital humano
acumulado por cada trabalhador do seu país.
Políticas que visam estimular a educação
Note que um trabalhador que gasta mais tempo estudando acumula uma quantidade maior de
conhecimento e, portanto, aumenta seu capital humano. Consequentemente, políticas capazes de estimular
a educação aumentam a quantidade de capital humano dos trabalhadores.
Uma forma de estimular o acúmulo de capital humano por parte da população é oferecer uma educação
pública, gratuita e de qualidade. Se as pessoas não precisam pagar para estudar, então, elas terão mais
incentivo para frequentar a escola. Além disso, se a educação é de qualidade, então, as pessoas aprendem
de verdade.
Logo, cada habitante, ao virar trabalhador, terá mais capital humano.
Porém, pode não ser suficiente oferecer uma educação pública, gratuita e de qualidade. Isso porque, em
muitos casos, os pobres não têm dinheiro para pagar pelo transporte para conseguir frequentar a escola.
Logo, é comum ver pobres que não vão à escola, aprendem pouco e acabam acumulando uma quantidade
pequena de capital humano. Uma política que ajude os pobres a pagar pelo transporte escolar tende a
aumentar o capital humano deles.
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Os pontos citados ajudam a demonstrar que a desigualdade excessiva é um limitador da educação e,
portanto, inibe o acúmulo de capital humano por parte dos trabalhadores. Por um lado, isso acontece
porque é caro oferecer educação pública, gratuita e de qualidade. Mas se não há educação de boa qualidade
para todos, em um país muito desigual, então, os pobres terão dificuldade de acumular capital humano, que
ficará restrito aos mais ricos.
Por outro lado, para piorar, vimos que mesmo o oferecimento, em um país muito desigual, de educação de
qualidade para todos pode não ser suficiente para garantir que os pobres consigam frequentar a escola. No
exemplo, os pobres não eram capazes de frequentar a escola, mesmo havendo a oferta para todos de uma
educação pública de qualidade, porque não tinham dinheiro para pagar pelo transporte. Mas se os pobres
não conseguem ir à escola, então, eles não acumulam capital humano.
Atenção
Portanto, o combate à desigualdade excessiva é outro tipo de política que um governo pode implementar
para estimular a educação e aumentar o capital humano de seu país. Raciocínios análogos poderiam ser
implementados para demonstrar que o preconceito, de qualquer natureza, também prejudica o acesso à
escola dos grupos discriminados e, portanto, limita o acúmulo de capital humano deles.
Logo, o combate ao preconceito é mais um tipo de política que um governo pode adotar para estimular a
educação e aumentar o capital humano de seu país.
Políticas que visam facilitar o acesso à saúde
Originalmente, a economia entendia o capital humano como sendo o conhecimento acumulado pelos
trabalhadores. Porém, mais recentemente o conceito de capital humano tem sido ampliado para incluir
também a saúde dos trabalhadores. Isso porque trabalhadores mais saudáveis são mais produtivos. Para
ver isso, imagine um trabalhador que seja pouco saudável e, por isso, esteja sempre doente. É fácil ver que
esse trabalhador terá dificuldade de realizar suas tarefas do dia a dia e, consequentemente, será pouco
produtivo.
Vejamos, então, políticas que podem facilitar o acesso à saúde. Na verdade, todas as políticas discutidas
para o caso da educação podem ser reproduzidas ao tratarmos da saúde.
Por exemplo, uma política para melhorar a saúde dapopulação consiste em garantir o acesso a uma rede de
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assistência médica que seja pública, gratuita e de qualidade. Se as pessoas não precisam pagar por
assistência médica, terão maior facilidade para cuidar da saúde.
Mas, semelhantemente à questão da educação, só a garantia de acesso a uma rede de assistência médica
de qualidade para todos pode não ser suficiente para que pobres consigam cuidar da saúde. Esses
indivíduos, muitas vezes, não têm dinheiro para ir ao hospital ou para comprar medicamentos. Portanto,
políticas específicas para os pobres ajudam a garantir a melhoria da saúde deles.
Novamente, da mesma maneira que acontecia no caso da educação, é possível ver que a desigualdade
excessiva prejudica o acesso de alguns grupos da sociedade à saúde. Quando existe muita desigualdade,
os pobres enfrentam mais dificuldade de cuidar da saúde.
Comentário
O mesmo ocorre no caso do preconceito. Ele dificulta o acesso dos discriminados à saúde. Portanto,
políticas de combate à desigualdade excessiva e ao preconceito contribuem para melhorar a saúde dos
mais pobres e dos discriminados.
Políticas que visam incentivar a pesquisa
Mas qual a relação da pesquisa com o capital humano? É que a realização de pesquisas necessita de
trabalhadores altamente qualificados. Portanto, muitos países incentivam a pesquisa por meio de
investimentos na formação de cientistas, que são os trabalhadores que acumulam grande quantidade de
capital humano. Além disso, o resultado da pesquisa são novos conhecimentos, como veremos na próxima
seção.
Uma política que tem o intuito de contribuir para a pesquisa, por meio de investimentos na formação de
cientistas, é o oferecimento de bolsas de doutorado. Essas bolsas são como salários pagos aos estudantes
de doutorado, enquanto eles estão na universidade. O principal objetivo dessas bolsas é contribuir com a
pesquisa, com a formação de um grande número de cientistas. Logo, as bolsas de doutorado servem de
incentivo para que mais trabalhadores acumulem uma grande quantidade de capital humano.
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POLÍTICAS PARA AUMENTAR RECURSOS NATURAIS
Estudaremos, agora, três tipos de política que um governo pode implementar para aumentar a quantidade de
recursos naturais que seu país consegue oferecer aos trabalhadores:

Aberturas comerciais

Incentivo à adoção de tecnologias mais e�cientes

Estímulo às práticas sustentáveis
Aberturas comerciais
Como dito, alguns países são ricos, mesmo sem dispor de uma grande quantidade de recursos naturais.
Para isso, esses países recorrem a recursos naturais de outras nações por meio do comércio internacional.
Porém, um país que tenha tarifas de importação elevadas, acabará inibindo a importação de produtos, em
geral, e de recursos naturais, em particular. Logo, esse país oferecerá uma quantidade menor de recursos
naturais para seus trabalhadores.
Uma forma de aumentar a quantidade de recursos naturais à disposição dos trabalhadores é implementar
uma política de abertura comercial. Geralmente, uma política de abertura comercial envolve a redução
generalizada de tarifas de importação. Essa diminuição facilita a compra de produtos provenientes de
outros países, possibilitando inclusive a aquisição de recursos naturais no exterior. Logo, um governo que
adota uma política de abertura comercial contribui para aumentar a quantidade de recursos naturais que seu
país consegue oferecer aos trabalhadores.
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Tecnologias mais e�cientes
Note que a escassez de recursos naturais também pode ser evitada a partir do uso mais eficiente daquilo
que a natureza oferece. É exatamente isso que as tecnologias mais eficientes ajudam a fazer. Para ver isso,
basta pensar na evolução da geladeira. Antigamente, as geladeiras consumiam uma grande quantidade de
energia. O avanço da tecnologia ajudou a criar geladeiras bem mais eficientes atualmente, que consomem
muito menos energia.
Mas o que energia tem a ver com recursos naturais? Tudo, visto que nos dias atuais grande parte da
geração de energia é feita a partir da queima de combustíveis fósseis, como o carvão mineral, o petróleo e o
gás natural. Logo, um país que adota uma política de incentivo ao uso de geladeiras modernas, mais
eficientes e com menor consumo de energia, consegue tirar melhor proveito dos recursos naturais de que
dispõe. Na prática, é como se esse país tivesse acesso a uma quantidade maior de recursos naturais.
Estímulo às práticas sustentáveis
Nesse caso, assim como na adoção de tecnologias eficientes, o objetivo não é aumentar a quantidade
disponível de recursos naturais, mas sim fazer melhor uso daquilo que a natureza oferece. Um exemplo de
prática sustentável é a reciclagem. Ela permite que recursos naturais sejam reaproveitados, evitando que
haja escassez. Portanto, um país que adota uma política de incentivo à reciclagem consegue tirar melhor
proveito de seus recursos naturais. Novamente, para efeito prático, é como se esse país tivesse acesso a
mais recursos naturais do que realmente dispõe.
Até aqui, vimos três tipos de política que um governo pode implementar para aumentar a quantidade de
recursos naturais que seu país consegue disponibilizar aos trabalhadores.
Comentário
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Antes de seguirmos, vale ressaltar que o crescimento populacional tende a diminuir a quantidade de
recursos naturais que podem ser utilizados por cada trabalhador: se há mais trabalhadores e a quantidade
de recursos naturais está fixa, então, cada um fica com menos. Logo, países cuja população cresce
rapidamente, devem procurar implementar os três tipos de política descritos aqui, para evitar que haja cada
vez menos recursos naturais para serem utilizados pelos trabalhadores.
POLÍTICAS PARA AUMENTAR CONHECIMENTO
TECNOLÓGICO
Vejamos, agora, dois tipos de política que um governo pode implementar para aumentar o conhecimento
tecnológico existente em seu país:

Aberturas comerciais

Incentivo à pesquisa
Aberturas comerciais
As aberturas comerciais facilitam a importação de produtos de outros países. No entanto, muitos produtos
– como livros, vídeos, áudios etc. – consistem em conhecimento tecnológico. Logo, as aberturas comerciais
ajudam a aumentar o conhecimento tecnológico, visto que permitem que todos os países tenham acesso a
produtos cujo conteúdo está na fronteira da ciência.
Uma forma de um governo aumentar o conhecimento tecnológico de seu país é com uma política de
abertura comercial que reduza a tarifa de importação de livros científicos. Isso aumentaria o conhecimento
tecnológico disponível no país, ao facilitar que toda população tenha acesso a livros que estão na fronteira
do conhecimento tecnológico. Isso deve ser entendido da maneira mais ampla possível, incluindo livros
científicos, áudio-livros, vídeos, e quaisquer outros tipos de mídia.
Incentivo à pesquisa
É fácil ver que o incentivo à pesquisa ajuda a aumentar o conhecimento tecnológico. Basta lembrar que
muitas tecnologias são desenvolvidas com apoio financeiro conseguido por meio de políticas de incentivo à
pesquisa.
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Um exemplo recente consiste no desenvolvimento de vacinas contra a covid-19 por empresas privadas. Para
ser desenvolvida, essas vacinas contaram com a ajuda financeirados governos de seus países de origem.
Logo, uma política que um governo pode implementar, para incentivar a pesquisa e aumentar o
conhecimento tecnológico existente em seu país, é oferecer suporte financeiro para projetos científicos que
sejam importantes.
Até agora, vimos dois tipos de política que um governo pode implementar para aumentar o conhecimento
tecnológico de seu país: aberturas comerciais e incentivo à pesquisa.
Atenção
É importante mencionar que o crescimento populacional pode contribuir para aumentar o conhecimento
tecnológico de um país. Isso acontece porque quanto maior a população, tudo mais constante, maior será o
número de cientistas e pesquisadores. Mas os cientistas e os pesquisadores contribuem para aumentar o
conhecimento tecnológico de um país. Então, quanto maior a população de um país, mais cientistas e
pesquisadores existirão e maior será o avanço do conhecimento tecnológico. Ou seja, uma população maior
não dilui o conhecimento técnico. Afinal de contas, o conhecimento pode ser usado simultaneamente por
todos.
Note que o avanço tecnológico de um país pode ser prejudicado pela desigualdade excessiva e pelo
preconceito. Isso porque a desigualdade elevada e o preconceito dificultam o acesso de certos grupos à
educação, logo, haverá menos cientistas e pesquisadores nesses grupos. Consequentemente, o país como
um todo – em que há desigualdade alta e preconceito – acaba tendo uma quantidade menor de cientistas e
pesquisadores e, portanto, tenderá a dispor de menos conhecimento tecnológico. Uma forma de resolver
esse problema é implementar políticas de combate à desigualdade excessiva e ao preconceito.
Revisão
Assista a um resumo do assunto que você acabou de ler.

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Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Módulo 3 - Vem que eu te explico!
Políticas para aumentar capital físico
Módulo 3 - Vem que eu te explico!
Políticas para aumentar capital humano
Módulo 3 - Vem que eu te explico!
Políticas para aumentar recursos naturais
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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Um governo pode implementar políticas públicas para tentar aumentar a produtividade de seus
trabalhadores? Quais?
A
Sim, um governo pode aumentar a produtividade de seus trabalhadores por meio de
políticas que visem elevar lucro das empresas, preço das ações transacionadas em bolsa
de valores, recursos naturais e conhecimento tecnológico.
B
Não, um governo não pode fazer nada para aumentar a produtividade de seus
trabalhadores.
C
Sim, um governo pode aumentar a produtividade de seus trabalhadores por meio de
políticas que visem elevar capital físico, capital humano, recursos naturais e
conhecimento tecnológico.
D
Sim, vimos que um governo pode aumentar a produtividade de seus trabalhadores por
meio de políticas que visem elevar capital físico, capital humano, desigualdade e
preconceito.
E
Sim, vimos que um governo pode aumentar a produtividade de seus trabalhadores por
meio de políticas que visem elevar recursos naturais, conhecimento tecnológico, inflação,
desigualdade e preconceito.
Parabéns! A alternativa C está correta.
Se o governo de um país deseja aumentar a produtividade de seus trabalhadores, ele deve
implementar políticas que visem elevar capital físico, capital humano, recursos naturais e
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conhecimento tecnológico. Vale ressaltar que no contexto desta questão estão erradas políticas
visando elevar lucro das empresas, preço das ações transacionadas em bolsa de valores,
recursos naturais e conhecimento tecnológico. Os dois primeiros, lucro das empresas e preço das
ações transacionadas em bolsa de valores, estão errados. Isso ocorre porque pode até haver
aumento do lucro das empresas e das ações transacionadas em bolsa como consequência de
um governo que implementa políticas capazes de aumentar a produtividade de seus
trabalhadores, porém, esse crescimento tanto do lucro das empresas quanto do preço das ações
transacionadas em bolsa de valores será consequência das políticas corretas, que são capital
físico, capital humano, recursos naturais e conhecimento tecnológico. Isso porque existem
políticas que um governo pode implementar para aumentar a produtividade de seus
trabalhadores. Além disso, é sempre errado dizer que o aumento de desigualdade e preconceito
ajuda a elevar produtividade.
Questão 2
Indique dois tipos de política que um governo pode usar para aumentar o capital humano de seus
trabalhadores:
A Combater tanto a desigualdade excessiva quanto o preconceito.
B
Simplificar as regras tributárias para remessa de lucro ao exterior e aumentar o imposto
de importação de livros.
C Diminuir o investimento em pesquisa e combater a desigualdade excessiva.
D Reduzir o investimento em saúde e combater o preconceito.
E Diminuir o imposto de importação de livros e reduzir o investimento em educação.
Parabéns! A alternativa A está correta.
Os tipos de política que um governo pode utilizar para aumentar o capital humano de seus
trabalhadores são estimular a educação, facilitar o acesso à saúde e incentivar a pesquisa.
Ademais, um governo também pode aumentar o capital humano de seus trabalhadores
combatendo a desigualdade excessiva e o preconceito. Logo, a alternativa correta cita
31/05/2022 17:08 Introdução à Teoria de Crescimento Econômico, Flutuações e Desigualdade
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Considerações �nais
Vimos que o crescimento econômico é um campo da Economia que estuda por que alguns países ficam
ricos e outros pobres. Mas como fazemos para medir o crescimento econômico? Isto é, como sabemos se
um país está caminhando na direção de ficar rico ou se está em uma trajetória de empobrecimento?
Explicamos que, para medir crescimento econômico, utilizamos o PIB per capita. Um PIB per capita que
aumenta é sinônimo de crescimento econômico. Já um PIB per capita que diminui, ou permanece
constante, é sinônimo de crise, ou estagnação, econômica.
Em seguida, procuramos estudar os determinantes do crescimento econômico. Ou seja, passamos a tentar
entender os fatores que podem contribuir para um país apresentar uma trajetória ascendente de PIB per
capita. Por simplicidade, nosso foco se restringiu aos determinantes de crescimento econômico de longo
prazo. Feita essa restrição do nosso foco, passamos a procurar quais seriam os determinantes do
crescimento econômico de longo prazo.
O que encontramos? Identificamos que o principal determinante do crescimento econômico de longo prazo
é o aumento da produtividade. Logo, um país que consegue aumentar a sua produtividade, por muitos anos,
entra em uma trajetória duradoura de crescimento econômico. Já um país cuja produtividade por muitos
anos diminui, ou permanece constante, tem queda, ou estagnação, econômica duradoura.
Identificada a relevância da produtividade para o crescimento econômico de longo prazo, passamos a tentar
entender quais seriam os determinantes da produtividade. Identificamos os seguintes quatro determinantes
da produtividade: capital físico, capital humano, recursos naturais e conhecimento tecnológico.
Finalmente, explicamos que existem políticas capazes de estimular o aumento dos quatro determinantes da
produtividade elencados acima e que, portanto, podem ajudar a gerar crescimento econômico. Inclusive,
fornecemos alguns exemplos de tipos de política que poderiam incentivar o aumento dos quatrodeterminantes da produtividade mencionados anteriormente.
exatamente políticas de combate à desigualdade excessiva e ao preconceito. São dois tipos de
política que ajudam a aumentar o capital humano dos trabalhadores. Já as demais opções estão
claramente erradas.
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31/05/2022 17:08 Introdução à Teoria de Crescimento Econômico, Flutuações e Desigualdade
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/02541/index.html# 45/45
Resumo
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Referências
MANKIW, N. G. Introdução à Economia. 6. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2018.
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Procure ler os seguintes livros, que aprofundam alguns tópicos de desenvolvimento econômico e discutem
algumas questões relevantes no contexto brasileiro:
Armadilha da renda média: visões do Brasil e da China, organizado por Lia Valls Pereira, Fernando Veloso
e Zheng Bingwen, volume 1, publicado pela editora FGV, em 2013.
Desenvolvimento econômico: uma perspectiva brasileira, organizado por Fernando Veloso et al.,
publicado pela editora Atlas, em 2021.
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