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Dentística CIV

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Dentística – CIV (Cimento de ionômero de vidro)
Estes materiais também chamados de cimento de polialceonato, são baseados na reação de solução aquosa de co-polímeros do ácido poliacrílico, com o pó composto basicamente por um vidro de flúor-alumínio-silicato. 
O CIV é um material temporário e não provisório, que permite a mastigação do paciente e faz a
liberação de flúor.
>> Cimento restaurador híbrido;
>> Para ser considerado cimento é essencial que o material apresente reação química do tipo ácido-base, gerando como produtos uma base de sal e água.
>> Inicialmente surgiu como uma alternativa de restauração estética de dentes anteriores classe III e V. 
>> Atualmente são também indicados como:
· Agentes protetores do complexo dentina-polpa
· Na adequação do meio bucal
· Na técnica restauradora atraumática (ART)
· Material restaurador de dentes decíduos
· Agente de cimentação
· Selamento de fóssulas e fissuras
· Confecção de núcleo de preenchimento
· Material restaurador de dentes permanentes
*Classe IV e II convencional → não recomendadas pois o CIV é friável em margens/cristas/ângulos;
>> Restrições
 >> Classe IV, classe VI com perda de cúspide
>> Amelo ou dentinogenese imperfeita
>> Proximidade com a polpa – reação ácido-base é toxica para a polpa
>> COMPOSIÇÃO
>> Temos o pó e o líquido. O pó é atacado por um ácido que vai dissolver a camada externa das partículas, provocando a geleificação da camada mais externa. Essas partículas se fundem formando a massa de união.
Características
· Adesão à estrutura dental, por meio de radicais carboxílicos;
· Biocompatibilidade, devido a presença de ácidos fracos e de composição macromolecular;
· Liberação de íons flúor à estrutura dental adjacente minimizando a recidiva de cárie
· Capacidade de recarga de flúor (é contínua ao longo da vida do material;
· Coeficiente de expansão térmica semelhante à estrutura dental – Baixa alteração dimensional, não sofre contração de polimerização
· Apresenta adesividade dentina/esmalte e metais;
· Alta carga inorgânica (não se desgasta tão rápido);
· Alta solubilidade;
· Superfície não polida;
· Acabamento marginal de difícil obtenção.
Benefícios para o dentista:
>> Uso rápido e fácil;
>> Adesão química à estrutura dental;
>> Não necessita de etapas complementares (pré e pós restauração).
Benefícios para o paciente:
>> Cavidade conservadora;
>> Libera flúor e recarga flúor;
>> Processo rápido.
>> AGLUTINAÇÃO
>> Pó deve ser armazenado em recipiente fechado para não ser contaminado pela umidade
>> O líquido não deve ser armazenado em refrigerador, pois isto pode resultar na sua geleificação;
>> Apresentação comercial: Em forma de 2 frascos, pó e líquido; ou em forma de cápsulas, onde pó e líquido encontram-se separados por uma película no interior da cápsula. 
>> A proporção de pó e líquido é fundamental para obtenção de propriedades mecânicas adequadas. 
>> Pouco pó mistura fluida, maior solubilidade e reduzida resistência abrasão; muito pó Reduz tempo de trabalho e presa, diminui adesividade e translucidez, mais opaco. 
>> MISTURAS
● Manual: Pó e líquido sendo espatulados com espátula de plástico/ágata em bloco de papel com a parte brilhante voltada para cima.
>> Não devemos utilizar placa de vidro, pois as partículas de vidro podem se misturar ao CIV, modificando sua formulação ideal. O mesmo ocorre com as espátulas de metal, partículas de metal vão se desgastar, incorporando suas partículas no CIV, deixando-o com uma cor acinzentada. Recomenda-se utilizar papel especial
para espatulação.
** Jamais usar espátulas de resina para posicionar CIV. Essas espátulas têm acabamento de ouro, tungstênio ou teflon. O CIV em contato com essa
superfície arranha a espátula, tornando-a ruim.
● Cápsulas pré-dosadas: Pó e líquido já vêm dentro da cápsula, é só colocar no misturador;
● Pasta/pasta; difícil de manter a qualidade ideal.
>> REAÇÃO DE PRESA
● Espatulação deve obter consistência de “Puxar fio”;
● Ao preencher a cavidade com espátula, irá formar bolha de ar, e com a Centrix, coloca-se de dentro para fora, evitando assim bolhas;
● O mínimo para colocar na seringa Centrix são duas porções;
● O líquido agirá na superfície externa da partícula, dando origem a uma fase gelatinosa;
● A união de todas as partículas forma uma massa única, através de uma reação ácido-base, que resulta em sal (material restaurador) + água (disponibilizada no ambiente oral);
>> Durante a fase hidrogel, que se entende por 5 a 7min, é altamente susceptível a:
● Sinérese: perda de líquido para o ambiente bucal;
● Embebição: absorção de líquido pelo CIV; Portanto, as restaurações com CIV devem ter a superfície protegida com algo que evite a troca de umidade → vaselina é a mais utilizada, entretanto, estudos mostram esmalte de unha como a melhor solução, por durar mais tempo. Adesivo convencional polimerizado também funciona, assim como verniz específico para aplicação em cima da restauração de Ionômero de Vidro.
>> ADESIVIDADE
>> A química de adesão dos cimentos ionoméricos à estrutura se baseia na troca iônica entre o material e a estrutura dental.
>> Um dos pré-requisitos para a adesão é a presença de grupos carboxílicos livres provenientes do líquido (ácido poliacrílico).
>> Os radicais ionicamente negativos se unem aos íons cálcio bivalentes presentes no esmalte e dentina pelo processo de quelação. 
>> Pela difusão do ácido na estrutrura dental, forma-se uma camada ionicamente enriquecida com considerável resistência 
>> União química de caráter iônica-polar.
...
Reação de presa:
1. Reação ácido-base: dissociação do ácido e os íons de hidrogênio atacam as partículas de vidro (sílica), misturando os dois, o líquido começa a agredir externamente uma partícula, amolecendo a camada mais externa desta partícula, ao lado tem mais uma que sofreu o amolecimento, e mais outra ao seu lado, então estas partes amolecidas se unem, formando um corpo único, que é a matriz orgânica. Usar seringa centrix para evitar micro-bolhas, com uma espátula, o material por ser pegajoso, fica indo e vindo com a mesma, por isso depositar com a seringa.
2. Geleificação: é o momento de estabilização, não se deve ficar mexendo, pois nesta fase, o material está se aderindo ao dente.
3. Reação de presa: formação da matriz de polissais entre os íons de cálcio, alumínio e as cadeias carboxílicas - ligações cruzadas.
4. Estabilização: formação de uma matriz sílica rígida ao redor das partículas de pó não totalmente
reagidas (partículas de carga).
Quando o material já estiver na cavidade, não ficar mexendo com uma espátula de metal, se não
as ligações do material com o dente começam a se romper. O CIV tem uma adesão química ao dente,
não é necessário nenhum tipo de adesivo previamente.
>> MECANISMO DE LIBERAÇÃO DE FLÚOR
1- O CIV é colocado no dente, liberando íons flúor para esmalte e dentina;
2- Há um equilíbrio entre os íons flúor que estão ao redor da superfície restaurada e o material restaurador;
3- Passado algum tempo, a saliva ou os ácidos consumidos começam a remover os íons flúor, pois esses íons também são liberados na saliva, deixando o meio hipotônico em relação à quantidade de flúor;
4- Passa a sair flúor do dente para repletar o material restaurador;
** Quanto mais flúor tiver no ambiente oral, menos quantidade se perde em flúor do material restaurador.
** Quando temos o flúor somente dentro do material restaurador, sem a repletação (feita através de bochechos fluorados e pasta de dente), esse flúor vai saindo, portanto o dentista tem que fazer uma nova aplicação de flúor, que vai penetrar/recarregar, recomeçando o ciclo.
>> Evolução
1. CIV convencional:
 Curto tempo de trabalho;
 Sensibilidade a variações de umidade (sinérese e embebição) pode-se utilizar um adesivo paraprotegê- lo;
 Longo tempo de presa (8min);
 Baixa resistência mecânica;
 Opaco e rugoso ao longo do tempo - não estético;
 1º grande modificação: liofilização do ácido poliacrílico - incorporado ao pó devido sua baixaestabilidade em meio aquoso. Líquido passou a ser composto apenas deágua destilada ou umasolução aquosa de ácido tartárico.
2. CIV modificado por resina:
 Também chamados de ionômeros híbridos;
 Civ convencional - reação ácido-base tradicional foi mantida e foi introduzido um segundo processo depresa iniciado pela luz;
 Possuem pequena quantidade de monômeros resinosos, HEMS e o BIS-GMA e fotoiniciadores;
 Tempo de trabalho - presa parcialmente controlada;
 Diminuição do tempo de presa e da sensibilidade à umidade;
 Melhora nas propriedades mecânicas;
 Melhora das características estéticas - mantendo as vantagens da liberação de flúor e adesão.
3. CIV de alta viscosidade (HV):
 Maior viscosidade;
 Redução do tamanho e distribuição mais heterogênea das partículas de vidro;
 Melhora das propriedades mecânicas;
 Maior incorpotação de carga;
 Aumento proporção pó:líquido - liberação inferior de flúor;
 Aceleração de reação de presa.CIV - menor estética, maior liberação de flúor, durabilidade menor
Resina composta - maior estética, menor liberação de flúor, durabilidade maior
OBSERVAÇÕES: 
Jamais deixar os materiais abertos pelo contato com o meio externo, eles estragam. Dar preferência pelos CIV encapsulados, pois são livres de umidade, torna o processo mais rápido etc. Ele possui uma reação ácido-base, que vai formar um gel, que irá ficar duro (cimento), essa reação é importante para fazer a adesão do material ao dente. O ácido presente, é um ácido mais básico, para que as impurezas sejam removidas, e a base presente é a sílica.
QUESTÃO DE PROVA: Em um dente, onde há uma restauração com civ, que não tem mais a sua
quantidade inicial de flúor, terá uma aplicação de flúor tópico no mesmo, qual flúor deverá ser utilizado, 1,23% ácido ou 2% neutro? 2% neutro pois o civ é altamente solúvel, e colocando o 1,23% ácido a sua solubilidade tende a acelerar.
QUESTÃO DE PROVA: Se eu colocasse resina do vestibular para lingual em uma camada só, o que aconteceria? Não haveria o fator C (fator de contração), provocando uma bolha, assim o paciente pode tersensibilidade, por isso é necessário depositar a resina em pequenos incrementos.

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