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Guia clinico condicoes e doencas periodontais baseado na nova classificação das condições edoenças periodontais

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Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alagoas – FOUFAL 
Disciplina de Periodontia 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GUIA CLÍNICO 
 
CONDIÇÕES E DOENÇAS PERIODONTAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maceió/AL 
 
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alagoas – FOUFAL 
Disciplina de Periodontia 
2021 
 
Este material didático foi baseado na mais recente Classificação das condições e 
doenças periodontais (2018) e tem o objetivo de compilar informações importantes para 
auxiliar o diagnóstico em ambiente clínico. Foi desenvolvido na disciplina de Periodontia da 
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alagoas (FOUFAL) durante o Período 
Letivo Excepcional (PLE) de 2020, em conjunto com alunos matriculados, monitor e 
professores da disciplina. 
 
Alunos colaboradores: 
Adelyanne Santos Barbosa 
Cecilia Leite de Souza Silva 
Edvania Fernandes Correia 
Erika Katarynne Alves dos Santos 
Jaine Viviane Silva 
Jose Igor Silva Barros 
Liandra Andreza de Oliveira 
Lucas Tavares Maia Sabia 
Maria Clara Moreira Calheiros de Novaes 
Maria Jessiane de Almeida Silva 
Nicholas Newton Queiroz Silva 
Nicoli Micaelle Araújo Gomes 
Rafael Ferreira Oliveira 
Rosália Maux de Carvalho Rodrigues 
Thaisa Maria Barros Crescencio 
 
Monitora: 
Edla Vitória Santos Pereira 
 
 
Professores: 
Ana Regina Oliveira Moreira 
Cristine D’Almeida Borges 
Luiz Alexandre Moura Penteado 
 
 
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alagoas – FOUFAL 
Disciplina de Periodontia 
2021 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES E DOENÇAS PERIODONTAIS 
(Caton et al., 2018) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alagoas – FOUFAL 
Disciplina de Periodontia 
2021 
 
SAÚDE, CONDIÇÕES E DOENÇAS GENGIVAIS 
 
CONDIÇÕES DE SAÚDE 
 
Ausência de doença, visível clinicamente, podendo incluir pacientes com história prévia de 
tratamento de gengivite ou periodontite com sucesso, e que foram capazes de manter a dentição 
sem sinais clínicos de inflamação gengival. Além disso, saúde periodontal clínica inclui 
resposta imune fisiológica que envolva níveis de marcadores biológicos e inflamatórios 
compatíveis com homeostase (Lang NP & Bartold PM, 2018). 
 
Saúde gengival em periodonto íntegro 
Conceito: É o estado de saúde bucal que é 
representado por uma gengiva clinicamente 
saudável em um periodonto sem perda de 
inserção. 
Características clínicas: Sangramento à 
sondagem (SS) < 10% dos sítios e ausência 
de bolsa periodontal. 
Diagnóstico: Periograma e análise 
radiográfica. 
 
Saúde gengival em periodonto reduzido 
Conceito: É o estado de saúde bucal que é 
representado por uma gengiva clinicamente 
saudável em um periodonto que sofreu 
perda de inserção (periodonto reduzido). 
Características clínicas: Presença de perda 
de inserção, profundidade de sondagem 
(PS) de até 3mm, SS < 10% dos sítios e 
possível perda óssea radiográfica. 
Diagnóstico: Periograma e análise 
radiográfica. 
 
Saúde gengival em periodonto reduzido 
com histórico de periodontite 
Conceito: É o estado de saúde bucal que é 
representado por uma gengiva clinicamente 
saudável em um periodonto que sofreu 
perda de inserção em um paciente com 
histórico de periodontite. 
Características clínicas: Presença de perda 
de inserção, PS até 4 mm, SS < 10% dos 
sítios, perda óssea radiográfica e histórico 
de periodontite. 
Diagnóstico: Periograma, análise 
radiográfica e histórico do paciente. 
 
DOENÇAS GENGIVAIS INDUZIDAS POR BIOFILME 
Lesão inflamatória resultante de interações entre o biofilme dental e a resposta imune 
inflamatória do hospedeiro, a qual permanece contida na gengiva e não se estende para a 
inserção periodontal, não ultrapassando a linha mucogengival. É reversível após a redução dos 
níveis de biofilme. É considerada como fator de risco e um pré-requisito necessário para a 
periodontite (Murakami et al., 2017). 
 
Gengivite associada apenas ao biofilme 
 
 
Gengivite em periodonto íntegro 
Conceito: Inflamação limitada à gengiva 
em um periodonto sem perda de inserção 
(íntegro). 
Características clínicas: SS ≥ 10% dos 
sítios, ausência de bolsa periodontal e 
ausência de perda de inserção. 
Diagnóstico: Periograma e análise 
radiográfica. 
 
 
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alagoas – FOUFAL 
Disciplina de Periodontia 
2021 
 
Gengivite em periodonto reduzido 
Conceito: Inflamação limitada à gengiva 
em um periodonto que sofreu perda de 
inserção. 
Características clínicas: SS ≥ 10% dos 
sítios, ausência de bolsa periodontal e 
presença de perda de inserção e possível 
perda óssea radiográfica. 
Diagnóstico: Periograma, análise 
radiográfica e histórico do paciente. 
 
Gengivite em periodonto reduzido com 
histórico de periodontite 
Conceito: Inflamação limitada à gengiva 
em um periodonto que sofreu perda de 
inserção em um paciente com histórico de 
periodontite. Esses pacientes devem 
permanecer em manutenção periodontal e 
devidamente monitorados. 
Características clínicas: SS ≥ 10% dos 
sítios, presença de perda de inserção, PS ≤ 
3 mm e perda óssea radiográfica. 
Diagnóstico: Periograma, análise 
radiográfica e histórico do paciente. 
 
 
Gengivite mediada por fatores de risco locais e sistêmicos 
 
Observar presença dos fatores abaixo: 
 
Fatores de risco sistêmicos (fatores 
modificadores): influenciam negativamente 
a resposta imune inflamatória resultando 
em uma resposta hiper inflamatória. 
o Tabagismo 
o Hiperglicemia 
o Fatores nutricionais 
o Agentes farmacológicos 
o Hormônios esteróides sexuais 
o Condições hematológicas 
 
Fatores de risco locais (fatores 
predisponentes): fatores que facilitam o 
acúmulo ou dificultam a devida remoção do 
biofilme, criando um ambiente que facilite 
o acúmulo do biofilme. 
o Fatores de retenção de biofilme 
o Secura bucal
Gengivite influenciada por medicamentos 
 
Condições gengivais influenciadas por medicamentos que, em conjunto com o biofilme 
bacteriano podem promover resposta do tecido gengival que se apresenta como aumento de 
volume tecidual. As drogas mais comumente relatadas são: antiepiléticos como fenitoína e 
valproato de sódio; bloqueadores dos canais de cálcio como nifedipina, verapamil, diltiazem; 
imunossupressores como ciclosporina; e contraceptivos de alta dosagem. Diagnóstico: 
Periograma, análise radiográfica, anamnese e história do paciente.
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alagoas – FOUFAL 
Disciplina de Periodontia 
2021 
 
DOENÇAS GENGIVAIS NÃO INDUZIDAS POR BIOFILME 
 
Incluem variedades de condições que não são causadas pelo biofilme e, normalmente, não 
são resolvidas em caso de remoção do biofilme. Porém, a severidade das manifestações 
geralmente depende do acúmulo de biofilme e a subsequente inflamação (Holmstrup et al., 
2017). 
Desordens genéticas 
 
Fibromatose gengival hereditária 
Conceito: Condição bucal rara e de herança 
autossômica ainda em debate se dominante 
ou recessiva. 
Características clínicas: Aumento gengival 
fibroso na região da tuberosidade, gengiva 
livre e inserida dos dentes anteriores e 
região retromolar. Associada a mutação do 
gene “Son of Sevenless” 
Diagnóstico: Biópsia excisional para 
histopatologia. 
 
 
Infecções específicas 
 
 Origem bacteriana 
Doenças periodontais necrosantes 
Neisseria gonorrhoeae 
Conceito: A gonorreia é uma doença 
causada pela Neisseria gonorrhoeae, um 
diplococo Gram-negativo de transmissão 
quase que exclusiva pelo contato sexual ou 
perinatal. 
Características clínicas: lesões 
inespecíficas formadas por úlceras e 
mucosa avermelhada, pseudomembrana 
branca, com ou sem sintomas. Pode estar 
associada a faringite e linfadenopatia. 
Diagnóstico: Em casos de alteraçõesperiodontais, além do diagnóstico 
odontológico, é necessária avaliação 
médica e diagnóstico através de 
identificação microbiológica do patógeno. 
 
Treponema pallidum 
Conceito: A sífilis é uma infecção crônica 
causada pelo Treponema pallidum. As 
principais vias de transmissão são o contato 
sexual, de mãe para filho (transmissão 
vertical) e também há a possibilidade de ser 
por transfusão sanguínea. 
Características clínicas: Ulcerações 
vermelhas, edematosas e frequentemente 
dolorosas. 
Diagnóstico: Pode ser confirmado pela 
demonstração dos microrganismos 
espiralados de campo escuro de um 
esfregaço de exsudato de uma lesão ativa. 
Para a cavidade oral, deve-se recomendar 
testes de anticorpos imunofluorescentes 
específicos ou testes sorológicos. 
 
Mycobacterium tuberculosis 
Conceito: A tuberculose é uma doença 
crônica, que predominantemente atinge o 
tecido pulmonar, mas pode ser observada 
em outros tecidos como pele, ossos, 
mucosas e cérebro. 
Características clínicas: Proliferação 
papilar ou nodular de tecidos gengivais 
inflamados. Comumente combinada com 
infecção pulmonar. 
Diagnóstico: Avaliação do escarro, da 
presença de bactérias nos cortes 
 
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alagoas – FOUFAL 
Disciplina de Periodontia 
2021 
 
histológicos e correlação com achados 
clínicos. 
 
Gengivite estreptocócica 
Conceito: É uma inflamação gengival 
causada por estreptococos, a qual pode se 
mostrar como uma manifestação aguda 
com sintomas como mal-estar, dor, eritema 
e febre. 
Características clínicas: A gengiva vai se 
apresentar edemaciada e vermelho-
brilhante associada a dor, linfadenite 
submandibular e febre. Pode gerar infecção 
respiratória. 
Diagnóstico: Achados clínicos, biópsia e 
exames microbiológicos. 
● Origem viral 
Vírus Coxsackie (Doença pé-mão-boca) 
Conceito: Infecção causada pelo vírus 
Coxsackie, normalmente benigna que afeta 
comumente crianças de até 10 anos. 
Características clínicas: Pequenas vesículas 
que após ruptura deixam úlceras. Associada 
a lesões similares na pele das mãos e pés e 
às vezes febre. 
Diagnóstico: Exame clínico da mucosa oral 
e pele. 
 
Herpes Simples 
Conceito: Associada ao herpes tipo 1 e 2. 
Pode causar uma série de doenças, desde 
infecções muco cutâneas leves e não 
complicadas até aquelas com risco de vida. 
Geralmente causa gengivoestomatite 
herpética primária ou herpes simples 
recorrente intrabucal. 
Características clínicas: Caracteriza-se pela 
presença de vesículas esféricas 
acinzentadas delimitadas que coalescem e 
se rompem formando úlceras. Além das 
características orais, pode apresentar 
adenite cervical, febre e astenia. 
Diagnóstico: Exame clínico e histórico do 
paciente. 
 
Vírus Varicela-zoster 
Conceito: Doença viral causada pelo vírus 
varicela-zoster. 
Características clínicas: Na infecção 
primária, o indivíduo apresenta sintomas 
sistêmicos como febre, mal-estar, dor de 
cabeça, náusea e os característicos 
exantemas por todo o corpo. Nessa fase, as 
lesões orais são comuns e acometem 
principalmente o palato e lábios, mas as 
lesões gengivais ocasionalmente podem ser 
observadas e até mesmo confundidas com 
as lesões da infecção primária pelo herpes 
simples. Quando o vírus é reativado, a 
manifestação secundária se apresenta e suas 
características clínicas podem ser divididas 
em três fases: 1) prodrômica: dor, 
queimação, formigamento, coceira, 
incômodo pontiagudo ou cortante no local; 
2) aguda: desenvolve grupos de vesículas 
que pustulam, ulceram e formam crostas. 
As lesões orais ocorrem com o 
envolvimento do nervo trigêmeo, seguem o 
trajeto do nervo e se estendem até a linha 
média; 3) crônica: neuralgia pós-herpética 
que é uma dor persistente por mais de 3 
meses após a manifestação aguda e que 
pode durar meses ou até mesmo décadas. 
Diagnóstico: Exame clínico. 
 
Vírus Molluscum contagiosum 
Conceito: É um poxvírus que infecta 
queratinócitos epidérmicos e gera lesões na 
pele e mucosa. 
Características clínicas: As lesões na pele 
se apresentam como pequenas pápulas 
numerosas, da cor da pele, com aspecto 
perolado, brilhante e com forma de cúpula. 
Os raros exemplos intraorais relatados 
foram observados como pápulas 
eritematosas. 
Diagnóstico: A apresentação clínica do 
molusco contagioso é na maioria dos casos 
suficiente para o diagnóstico. Porém, em 
casos clinicamente não óbvios uma biópsia 
da lesão pode ser feita e a sua análise 
histopatológica é capaz de evidenciar o 
diagnóstico. 
 
 
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alagoas – FOUFAL 
Disciplina de Periodontia 
2021 
 
Papiloma vírus 
Conceito: É um vírus da família 
Papillomaviridae frequente na região 
anogenital e que pode infectar a mucosa 
oral, principalmente, através do contato 
oro-sexual e pela autoinoculação. Afeta 
células epiteliais e gera manifestações orais 
como o papiloma escamoso oral, condiloma 
acuminado, verruga vulgar e hiperplasia 
epitelial focal. 
Características clínicas: O principal sítio 
acometido na cavidade oral é a língua. No 
geral, suas manifestações clínicas são 
lesões verrucosas benignas 
(assintomáticas), apesar de alguns tipos de 
HPV estarem associados com lesões 
malignas. 
Diagnóstico: O diagnóstico do 
papilomavírus humano na mucosa oral é 
dado pelo exame clínico associado à análise 
histopatológica da lesão através de biópsia. 
Entretanto, esse método não evidencia o 
tipo de HPV envolvido, assim, se for 
necessário, é possível identificá-lo por meio 
da hibridização in situ ou PCR. 
 
● Origem fúngica 
Candidose 
Conceito: Associada a várias espécies de 
Candida, mais comumente Candida 
albicans. Algumas vezes o envolvimento 
oral é secundário à infecção sistêmica. 
 Características clínicas: Há diversas 
apresentações clínicas da candidose, como: 
candidose pseudomembranosa, 
hiperplásica, atróficas aguda e crônica. 
Lesões gengivais nodulares são incomuns, 
porém, quando presentes apresentam-se 
com nódulos levemente elevados de cor 
branca ou avermelhada. 
Diagnóstico: Cultura, esfregaço e biópsia 
podem ser realizados para diagnóstico. 
Além disso, os achados clínicos devem ser 
associados. 
 
Histoplasmose 
Conceito: A histoplasmose é causada pelo 
Histoplasma capsulatum, fungo dimórfico, 
crescendo como levedura no hospedeiro 
humano e como mofo no ambiente. 
 Características clínicas: A maioria dos 
casos de histoplasmose apresenta-se 
assintomática ou com sintomas discretos. 
As lesões na mucosa oral são vistas na 
forma disseminada dessa infecção e é 
possível observar uma ulceração solitária, 
com dor de intensidade variável e com 
semanas de duração. Em adição, podem ser 
observadas lesões eritematosas, brancas e 
de superfície irregular, podendo ser 
indistinguíveis de uma ulceração maligna. 
Diagnóstico: Através de informações 
clínicas, histopatológico e cultura. 
 
Aspergilose 
Conceito: Associada ao fungo Aspergillus 
spp. Envolvimento oral é comumente 
secundário a infecção sistêmica mais séria. 
Características clínicas: lesões no estágio 
inicial são caracterizadas por gengiva 
marginal de cor roxa. Lesões mais 
avançadas tornam-se necróticas e cobertas 
por pseudomembrana. No estágio 
avançado, as lesões podem progredir e 
incluir destruição do osso alveolar e 
músculo faciais. 
Diagnóstico: clínico e histopatológico
Lesões e condições inflamatórias e imunes 
● Reações de hipersensibilidade 
Contato alérgico 
Conceito: Causada por reação de 
hipersensibilidade tipo IV a materiais 
restauradores, dentifrícios, colutórios e 
alimentos. 
Características clínicas: Clinicamente, pode 
provocar edema e sensação de queimação 
ou prurido em lábios, língua, gengivas, 
 
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alagoas – FOUFAL 
Disciplina de Periodontia 
2021palato e orofaringe, além de dificuldade 
para engolir e coceira na garganta. A 
anafilaxia não é comum de acontecer. A 
mucosa pode se apresentar avermelhada, 
edemaciada e com aspecto de irritação. 
Diagnóstico: História clínica e achados 
histopatológicos. 
 
Gengivite plasmática 
Conceito: A gengivite plasmática é uma 
condição inflamatória incomum que 
geralmente afeta a gengiva maxilar anterior 
e de etiologia incerta. 
Características clínicas: gengiva 
eritematosa com textura aveludada 
afetando comumente a região anterior de 
maxila. As lesões podem se estender para 
envolver o palato. 
Diagnóstico: O diagnóstico é feito pela 
história clínica e histopatológico com 
evidência de infiltrado de células 
plasmáticas na lâmina própria. 
 
Eritema Multiforme 
Conceito: Condição muco-cutânea bolhosa 
e ulcerativa de etiopatogenia incerta. 
Características clínicas: Lesões arredondas 
com o centro avermelhado, circundada por 
área de rosa pálido e periferia vermelha. 
Também pode ser apresentar apenas com 
eritema, erosão e úlceras. Pode estar 
associada com lesão na pele. 
Diagnóstico: Manifestações clínicas, 
histórico do paciente e biópsia. 
 
 Doenças autoimunes da pele ou 
mucosa 
Pênfigo vulgar 
Conceito: O pênfigo vulgar é uma doença 
autoimune, vesículo bolhosa, crônica e 
grave, caracterizada pela formação de 
autoanticorpos IgG contra as glicoproteínas 
desmogleína 1 e 3, ocasionando a acantólise 
do epitélio. Acomete pele e mucosas, dentre 
elas a mucosa bucal, faríngea, laríngea, 
esofágica, nasal, conjuntiva e genital. 
Características clínicas: gengivite 
descamativa e/ou lesões vesicobolhosas na 
gengiva inserida e livre, associadas a lesões 
na pele. 
Diagnóstico: clínico e confirmação com 
histopatológico. 
 
Penfigóide 
Conceito: O penfigóide é um grupo de 
doenças mucocutâneas causadas por 
autoanticorpos contra antígenos da 
membrana basal, resultando no 
desprendimento do epitélio do tecido 
conjuntivo. 
Características clínicas: lesões 
descamativas causadas pela destruição da 
adesão do epitélio com o conjuntivo. 
Diagnóstico: O diagnóstico pode ser feito 
através das características clínicas e 
histopatológicas. 
 
Líquen plano 
Conceito: É caracterizado por ser uma 
doença mucocutânea, que provoca uma 
reação inflamatória devido a presença de 
um antígeno não identificado na camada 
basal do epitélio. 
Características clínicas: lesões bolhosas, 
papulares, reticulares ou ulcerativas. 
Diagnóstico: O diagnóstico pode ser feito 
através das características clínicas e 
histopatológicas. 
 
Lúpus eritematoso 
Conceito: Autoanticorpos se formam contra 
constituintes celulares do tecido 
conjuntivo. 
Características clínicas: A lesão mais 
comum apresenta área atrófica central com 
pequenos pontos brancos circundados por 
fina estria branca. Ulceração pode ser um 
sinal de lúpus sistêmico. 
Diagnóstico: Diagnóstico clínico e 
histopatológico. 
 
 
Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alagoas – FOUFAL 
Disciplina de Periodontia 
2021 
 
● Condições inflamatórias 
granulomatosas 
Doença de Crohn 
 
Conceito: A doença de Crohn é 
caracterizada por infiltrados 
granulomatosos crônicos da parede da 
última curva do íleo, mas qualquer parte do 
trato gastrointestinal pode ser afetada. 
Características clínicas: Ulcerações e 
crescimento gengival. Associada a 
complicações intestinais, fissuras anais e 
diarreia. 
Diagnóstico: Achados e investigações 
clínicas e histopatológicas. 
 
Sarcoidose 
Conceito: A sarcoidose é uma desordem 
granulomatosa de múltiplos sistemas cuja 
causa é desconhecida. As evidências 
implicam degradações impróprias de 
material antigênico com a formação de uma 
inflamação granulomatosa não-caseosa. 
Características clínicas: edema gengival, 
nódulos, ulceração e recessão gengival, 
perda dentária e aumento de glândulas 
salivares. 
Diagnóstico: Clínico e histopatológico
 
Processos reativos 
 
● Epúlides 
Epúlide fibrosa 
Conceito: É uma massa tumoral de tecido 
conjuntivo fibroso, causada por prótese 
parcial ou total mal adaptada. 
Características clínicas: Massa rósea 
exofítica de consistência fibrosa inserida na 
gengiva. 
Diagnóstico: O diagnóstico é puramente 
clínico, havendo a possibilidade de biópsia 
caso seja da vontade do profissional. 
 
Granuloma Fibroblástico Calcificante 
Conceito: Lesão proliferativa reacional, 
não neoplásica, que ocorre exclusivamente 
na gengiva inserida e papila interdental. 
Pode ser chamado de epúlide fibróide 
ossificante, fibroma periférico com 
calcificação ou granuloma fibroblástico 
calcificante. Sua etiologia é incerta, mas 
está associada a fatores irritantes locais. 
Características clínicas: Clinicamente é 
uma lesão exofítica, que se apresenta como 
uma massa nodular pedunculada ou séssil; 
sua coloração varia do rosa ao vermelho e a 
superfície é geralmente ulcerada. Possui 
alguma consistência quando apalpada, 
chegando por vezes à dureza óssea. 
Diagnóstico: O exame radiográfico é de 
valia para o diagnóstico, visto que focos 
radiopacos centrais correspondendo à 
mineralização podem ser identificados, 
essa área radiopaca pode estar ou não 
associada a uma discreta reabsorção da 
crista do rebordo em sua base. 
 
Granuloma piogênico 
Conceito: O granuloma piogênico é uma 
lesão proliferativa benigna, caracterizada 
pelo crescimento excessivo de tecido 
conjuntivo em resposta a uma agressão 
traumática. 
Características clínicas: é uma massa firme, 
nodulada ou plana e, frequentemente 
indolor, com presença de sangramento 
espontâneo, principalmente ao toque. 
Diagnóstico: Clínico e histopatológico.
 
 
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Disciplina de Periodontia 
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Neoplasias 
 
Pré-malignas: leucoplasia e eritroplasia 
 
Malignas: Carcinoma de células escamosas, leucemia e linfoma 
 
Doenças endócrinas, metabólicas e nutricionais 
Deficiência vitamínicas (Vitamina C) 
Conceito: Etiologia associada a alterações 
do metabolismo do tecido conjuntivo 
devido à redução de ácido ascórbico. 
Características clínicas: Por si só, não causa 
inflamação gengival, mas provoca 
hemorragia, degeneração do colágeno e 
edema do tecido conjuntivo gengival. A 
gengiva apresenta coloração avermelhada, 
mole, superfície lisa e brilhante, 
hemorragia espontânea ou após provocação 
leve. 
Diagnóstico: Realizado pela análise dos 
sintomas e da história de vida do paciente. 
 
Lesões traumáticas 
● Injúria mecânica/física 
Queratose friccional 
Conceito: Lesão relacionada com a atrição 
ou fricção crônica da superfície da mucosa 
bucal. Ocorrem em áreas que são 
constantemente traumatizadas, como os 
lábios, as margens laterais da língua, ao 
longo da linha oclusal da mucosa jugal e em 
rebordos alveolares edêntulos. 
Características clínicas: Lesões brancas 
demarcadas, não removíveis na gengiva 
inserida. 
Diagnóstico: Diagnóstico clínico com 
identificação do trauma e, caso necessário, 
histopatológico. 
 
Ulceração induzida por escovação 
Conceito: Associada a trauma excessivo 
durante escovação. 
Características clínicas: laceração gengival 
com perda de tecido normalmente 
resultando em recessão gengival. 
Diagnóstico: O exame clínico e a história 
do paciente normalmente revelam o 
diagnóstico como uma reação de causa e 
efeito. 
 
Auto injúria 
Conceito: Hábitos como pressionar com as 
unhas, caneta ou outros instrumentos. 
Características clínicas: Ulceração em áreas 
que podem ser facilmente alcançadas pelos 
dedos ou instrumentos. 
Diagnóstico: O diagnóstico é feito pela 
avaliação clínica combinado com o 
histórico do paciente. 
 
 Injúria química: causada por diversas 
substâncias como clorexidina, ácido 
acetilsalicílico, cocaína, peróxido de 
hidrogênio, dentifrícios, 
paraformaldeídoou hidróxido de 
cálcio. 
 
Clorexidina 
Conceito: A clorexidina é um dos agentes 
químicos de controle da placa bacteriana 
mais utilizada e de resultados mais 
significativos. Porém possui também 
alguns efeitos adversos. 
 
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Características clínicas: Na presença de 
efeitos adversos, pigmentação das 
superfícies dos dentes e da língua, 
alterações gustativas e sensoriais podem 
estar presentes. Além disso, pode causar 
erosão da mucosa oral e estimular a 
formação do cálculo supragengival. 
Diagnóstico: Exame clínico, anamnese e 
histórico do paciente. 
 
Dentifrícios 
Conceito: Os dentifrícios possuem em sua 
composição agentes específicos que podem 
causar irritações químicas, gerando um 
padrão distinto de inflamação gengival, 
chamada de gengivite plasmocitária, sendo 
essa inflamação ocasionada por uma reação 
alérgica a esses compostos. 
Características clínicas: Clinicamente é 
observado um rápido surgimento de 
irritação na boca, as quais são geralmente 
intensificadas pelo uso de dentifrícios. As 
gengivas livre e inserida apresentam-se 
com aumento difuso, com eritema brilhante 
e perda do pontilhado normal, pode ocorrer 
ainda, uma expansão para o palato e áreas 
edêntulas apresentam alterações menos 
intensas. 
Diagnóstico: Diagnóstico clínico e 
histórico do paciente. 
● Injúria térmica 
Conceito: A maioria das queimaduras 
térmicas da cavidade oral surge da ingestão 
de alimentos ou bebidas quentes. 
Características clínicas: Geralmente 
surgem no palato ou na mucosa jugal 
posterior. As lesões apresentam-se como 
áreas de eritema e ulceração que 
frequentemente exibem remanescentes 
necróticos do epitélio na periferia. 
Diagnóstico: O diagnóstico pode ser feito 
através de achados clínicos combinados 
com o histórico do paciente. 
 
Pigmentação gengival 
Pigmentação por melanócitos 
Conceito: Na maioria das vezes, é uma 
pigmentação fisiológica em pessoas com 
pele escura. A pigmentação melânica é um 
resultado da deposição de grânulos de 
melanina, produzidos pelos melanócitos 
dispostos entre as células epiteliais, na 
camada basal do epitélio. 
Características clínicas: Áreas de 
pigmentação difusa de marrom a preto. 
Diagnóstico: Diagnóstico clínico. 
 
Pigmentação induzida por 
medicamentos 
Conceito: A pigmentação induzida por 
medicamentos como minociclina. 
Características clínicas: A pigmentação de 
tecidos moles induzida por minociclina 
verdadeira é muito menos comum e ocorre 
principalmente na língua, lábio, mucosa 
bucal e gengiva. 
Diagnóstico: O diagnóstico pode ser feito 
por meio de achado clínico combinado com 
história do paciente. 
 
Tatuagem de amálgama 
Conceito: Ocorre devido ao acúmulo de 
fragmentos de amálgama ou pequenas 
partículas de amálgama. 
Características clínicas: As tatuagens por 
amálgama apresentam-se como manchas 
ou, raramente, como lesões ligeiramente 
elevadas. Elas podem ser pretas, azuis ou 
cinza. As bordas podem ser bem definidas, 
irregulares ou difusas. 
Diagnóstico: O diagnóstico pode ser feito 
através de achados clínicos eventualmente 
combinados com radiografias para 
identificar fragmentos maiores. Nos casos 
em que a tatuagem de amálgama não pode 
ser diferenciada de outras causas de 
 
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pigmentação oral, uma biópsia pode ser 
realizada. 
 
Melanose do fumante 
Conceito: Depósitos de melanina 
sintetizada devido à influência do fumo. 
Características clínicas: Embora qualquer 
superfície da mucosa oral possa ser afetada, 
a melanose do fumante atinge mais 
comumente a gengiva vestibular anterior, 
com áreas acastanhadas. 
Diagnóstico: O diagnóstico pode ser feito 
pela correlação da história de tabagismo 
com a apresentação da história clínica e 
médica. 
 
 
PERIODONTITE 
 
Periodontite como manifestação de doenças sistêmicas 
 
 
A patogênese da doença periodontal é influenciada por fatores do hospedeiro, como a 
resposta imune, fatores anatômicos e estruturais. Muitos desses fatores são determinados por 
perfis genéticos que podem modificar o ambiente e a resposta. Doenças periodontais e algumas 
desordens sistêmicas compartilham fatores etiológicos ambientais e genéticos, podendo o 
indivíduo demonstrar manifestação das duas doenças. 
 
1. Desordens sistêmicas que 
apresentam um grande impacto na 
perda dos tecidos periodontais por 
inflamação gengival 
1.1. Desordens genéticas: causadas 
por mutações gênicas ou 
desordens cromossômicas. 
1.1.1. Doenças associadas com 
desordens imunológicas, dentre 
elas: 
Síndrome de Down: alta prevalência e 
severidade da doença periodontal em 
indivíduos com essa síndrome e a perda de 
inserção periodontal se inicia na 
adolescência. Pesquisas demonstraram 
aumento da migração de linfócitos T e de 
MMP-3, 8 e 9, aumentando o risco de perda 
tecidual nesses pacientes. Moderada 
evidência de associação. 
Síndrome da deficiência da adesão 
leucocitária: neutrófilos são confinados 
nos vasos sanguíneos e estão ausentes no 
periodonto, alterando o mecanismo de 
homeostase. Forte evidência de associação. 
Síndrome de Papillon-Lefévre: 
Inflamação gengival e formação de bolsa 
logo após erupção do dente. A perda de 
inserção evolui rapidamente gerando perda 
da dentição decídua e permanente em 
idades jovens. Forte evidência de 
associação. 
 
Neutropenia severa, Síndrome de Cohen e 
outras. 
 
1.1.2. Doenças que afetam mucosa 
oral e tecido gengival 
 
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Epidermólise bolhosa: Acredita-se que 
defeitos moleculares na síndrome de 
Kindler podem resultar em redução da 
resistência do epitélio juncional, 
predispondo indivíduo a desenvolver 
periodontite, com evidência de associação 
significante. 
Deficiência de plasminogênio: O 
plasminogênio é importante na 
cicatrização, migração celular, 
remodelação tecidual e angiogênese. 
Acredita-se que sua deficiência geraria 
perda de suporte periodontal, mas o 
mecanismo ainda não é claro. 
 
1.1.3. Doenças que afetam o tecido 
conjuntivo 
Síndrome de Ehlers-Danlos: indivíduos 
com essa síndrome apresentam recessão 
gengival e periodontite severa generalizada 
que causam perda do dente. É causada por 
mutação nos genes responsáveis pela 
síntese de colágeno. Significativa 
associação. 
Lúpus eritematoso sistêmico: o tecido 
afetado demonstra aumento no acúmulo de 
células imunes, metaloproteinases e 
produção alterada de citocinas. Isso pode 
causar hiperativação de linfócitos T e B. 
porém o grau de associação entre essas 
doenças ainda é inconclusivo. 
 
1.1.4. Desordens metabólicas e 
endócrinas: Doença do 
armazenamento de glicogênio, 
Doença de Gaucher, 
Hipofosfatasia, Síndrome de 
Hadju-Cheney, Diabetes 
mellitus, Obesidade e 
Osteoporose. 
Diabetes mellitus (DM): Pesquisas 
recentes demonstram significativa 
associação entre hiperglicemia crônica e 
alta prevalência de periodontite severa 
(principalmente DM2). Além disso, a 
inflamação periodontal pode contribuir 
para o início e persistência da 
hiperglicemia. 
Obesidade: Disfunções do tecido adiposo 
podem gerar alteração nos macrófagos, 
células B, Th1, Th17, neutrófilos, 
aumentando as citocinas pró-inflamatórias 
e contribuindo com a inflamação. 
Osteoporose: redução da densidade 
mineral óssea; possível desequilíbrio do 
sistema RANKL-OPG. Estudos escassos 
porém evidências sisgnificantes de 
associação. 
 
1.2. Doenças de imunodeficiência 
adquirida 
Neutropenia adquirida: fraca associação 
Infecção HIV: relação com as doenças 
periodontais necrosantes. 
 
1.3. Doenças inflamatórias 
Epidermólise bolhosa adquirida:caracterizada pela presença de auto 
anticorpos contra colágeno tipo VII. 
Pacientes podem demonstrar inflamação 
gengival, perda óssea e mobilidade 
dentária. 
 
2. Outras desordens sistêmicas que 
influenciam a patogênese das 
doenças periodontais 
Diabetes Mellitus, obesidade, 
osteoporose, artrite, estresse 
emocional, depressão, tabagismo e 
uso de medicações 
 
3. Desordens sistêmicas que podem 
resultar em perda de tecido 
periodontal independente da 
periodontite 
 
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Neoplasmas: Carcinoma oral de células 
escamosas; tumores odontogênicos 
Outros: Histiocitose das células de 
Langerhans, granuloma de células gigantes, 
hiperparatireoidismo e escleroderma 
 
Periodontite 
 
Doença inflamatória crônica multifatorial associada ao biofilme disbiótico e 
caracterizada pela destruição progressiva do aparato de inserção dental. Características 
clínicas incluem perda de inserção clínica, perda óssea radiográfica, presença de bolsa 
periodontal e sangramento gengival. 
Um paciente é considerado um caso de periodontite quando apresentar: 
o Perda de inserção interproximal em dois ou mais dentes não adjacentes; OU 
o Perda de inserção ≥ 3 mm na vestibular ou lingual com PS ≥ 3 mm em pelo menos dois 
dentes. A perda de inserção não pode estar relacionada a fatores como: recessão 
gengival de origem traumática, cárie dental, presença de perda de inserção na face distal 
de um segundo molar e associado ao mau posicionamento ou extração de terceiro 
molar, lesão endoperiodontal, ocorrência de fratura radicular. 
 
A. Estágios 
Relacionado com a severidade. A perda 
de inserção clínica é CARACTERÍSTICA 
DETERMINANTE. Em sua ausência, 
utiliza-se perda óssea radiográfica. Em 
pacientes tratados o estágio não deve 
diminuir. 
 Estágio I – Periodontite inicial 
Característica determinante – 1-2 
mm de perda de inserção interporximal no 
pior sítio ou perda radiográfica no terço 
coronal (< 15%) 
Características secundárias – PS de 
até 4 m, sem perda dental devido à 
periodontite e padrão de perda óssea 
horizontal. 
 
 Estágio II – Periodontite moderada 
Característica determinante – 3-4 
mm de perda de inserção interproximal no 
pior sítio ou perda radiográfica no terço 
coronal (15-33%) 
Fatores que modificam o estágio – 
PS até 5 mm, sem perda dental devido à 
periodontite e padrão de perda óssea 
horizontal. 
 
 Estágio III – Periodontite severa 
com potencial para perda dentária 
Característica determinante – 5 mm 
ou mais de perda de inserção interproximal 
no pior sítio ou perda óssea radiográfica se 
estendendo à metade ou ao terço apical. 
 Fatores que modificam o estágio – 
PS de 6 mm ou mais, com perda dental 
devido à periodontite em até 4 dentes. Pode 
ter perda óssea vertical de até 3 mm, lesão 
de furca grau II ou III e defeito de rebordo 
moderado. 
 
 Estágio IV – Periodontite severa 
com potencial para perda da 
dentição 
 
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Característica determinante – 5 mm 
ou mais de perda de inserção interproximal 
no pior sítio ou perda óssea radiográfica se 
estendendo à metade ou ao terço apical. 
Fatores que modificam o estágio – 
perda de 5 ou mais dentes devido à 
periodontite. Além dos fatores listados no 
estágio III, pode ocorrer disfunção 
mastigatória, trauma oclusal secundário 
(mobilidade grau 2 ou 3), defeito de 
rebordo grave, problemas mastigatórios, 
menos de 20 dentes remanescentes (10 
pares de antagonistas). 
 
B. Extensão e distribuição 
 Localizada – até 30% dos dentes 
afetados 
 Generalizada – 30% ou mais dos 
dentes afetados 
 Padrão molar-incisivo: distribuição 
entre incisivos e molares 
 
C. Grau 
Reflete as evidências ou risco de 
progressão da doença e seus efeitos na 
saúde sistêmica. 
 Grau A – progressão lenta 
 Característica determinante – 
evidência direta de não progressão de perda 
de inserção por 5 anos ou indireta de perda 
óssea/ano de até 0,25 mm. 
Características secundárias – 
grande acúmulo de biofilme, mas pouca 
destruição 
Fatores de risco que podem 
modificar a graduação – sem fatores 
 
 Grau B – progressão moderada 
Característica determinante – 
evidência direta de progressão inferior a 2 
mm em 5 anos ou indireta de perda 
óssea/ano de até 0,25-1 mm. 
Características secundárias – 
destruição compatível com quantidade de 
biofilme 
Fatores de risco que podem 
modificar a graduação – fumantes abaixo 
de 10 cigarros/dia ou HbA1c < 7% em 
pacientes com DM 
 
 Grau C – progressão rápida 
Característica determinante – 
evidência direta de progressão igual ou 
superior a 2 mm em 5 anos ou indireta de 
perda óssea/ano superior a 1 mm. 
Características secundárias – 
destruição excede ao esperado para a 
quantidade de biofilme. Padrões clínicos 
específicos sugerem períodos de rápida 
progressão e/ou acometimento precoce da 
doença (por exemplo, padrão 
molar/incisivo e ausência de resposta 
esperada às terapias de controle do 
biofilme) 
Fatores de risco que podem 
modificar a graduação – tabagismo (10 ou 
mais cigarros/dia) ou HbA1c ≥ 7% em 
pacientes com DM. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FLUOXOGRAMA DE DIAGNÓSTICO CLÍNICO 
 
(Considerando condições e lesões mais frequentes) 
 
 
 
 
 
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https://doi.org/10.1111/jcpe.12945 
https://doi.org/10.1111/jcpe.12945
	Este material didático foi baseado na mais recente Classificação das condições e doenças periodontais (2018) e tem o objetivo de compilar informações importantes para auxiliar o diagnóstico em ambiente clínico. Foi desenvolvido na disciplina de Period...
	CLASSIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES E DOENÇAS PERIODONTAIS (Caton et al., 2018)
	REFERÊNCIAS

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