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EXERCICIOS DIREITO ADMINISTRATIVO

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EXERCÍCIOS DIREITO ADMINISTRATIVO
1. Microssistema legislativo (Lei 5810 – art 217 e Lei 8972 – art 113)
LO nº 8972/2020 
Art. 113. O acusado será notificado para tomar ciência da instauração do procedimento e para oferecer defesa em dez dias úteis, ocasião em que deverá requerer as provas a serem produzidas e indicar até cinco testemunhas, sob pena de preclusão. (Grifos deste subscritor) 
Parágrafo único. A notificação será feita na forma prevista nesta Lei e conterá: 
I - Descrição completa dos fatos que lhe são imputados; *[footnoteRef:1] [1: Súmula 641-STJ: A portaria de instauração do processo administrativo disciplinar prescinde da exposição detalhada dos fatos a serem apurados.
STJ. 1ª Seção. Aprovada em 18/02/2020, DJe 19/02/2020.] 
II - Indicação das normas pertinentes à infração e à sanção aplicável; 
III - Advertência quanto à faculdade de o acusado constituir advogado.
Natureza jurídica do interrogatório segundo STF/STJ: Antes de 2008, o interrogatório era o primeiro ato da instrução. O indivíduo era citado para ser interrogado (prevalecia a ideia de que o interrogatório era um “meio de prova”). Com a edição da Lei nº 11.719/2008, o interrogatório passou a ser o último ato da instrução probatória, isso reforçou a ideia de que o interrogatório possui natureza jurídica de meio de defesa. 
Ao final desta fase, a comissão poderá concluir: 
a) Pelo indiciamento do acusado; 
b) Que não foi o servidor acusado o autor do fato ou não se encontrou provas suficientes para incriminá-lo, sugerindo o arquivamento; 
c) Que os fatos foram cometidos pelo acusado em circunstâncias exculpantes / justificantes. Neste caso, faz-se um despacho fundamentado, chamado de absolvição antecipada, sugerindo o arquivamento do processo.
 O acusado deve ser notificado de todas as audiências, pessoalmente assim como o seu procurador. Ao final da instrução, o presidente faz um despacho de instrução e indiciação, o qual deve conter a síntese do fato imputado ao indiciado e seu respectivo enquadramento disciplinar. 
A seguir, abre-se vista para que o indiciado apresente a sua defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias úteis se for um servidor acusado e 20 (vinte) dias úteis se forem dois ou mais acusados.
2. Eustáquio cometeu uma transgressão passível de demissão. Quem é competente para instaurar e julgar?
As autoridades competentes para aplicar sanções disciplinares aos policiais, nos termos do art. 88 da Lei Orgânica da Polícia (LC nº 022/94) são: 
a) Governador do Estado
Repreensão
Suspensão até 90 dias
Demissão
Cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
b) Delegado Geral da Polícia Civil,
Repreensão
Suspensão até 60 dias; 
c) Corregedor Geral da Polícia Civil
Repreensão
Suspensão até 30 dias; 
d) Coordenadores do Interior e da Região Metropolitana, 
Repreensão
Suspensão até 15 dias.
3. Organograma básico da PC (Dec. 2690/06)
4. Deveres e proibições: Classificação relacionada aos deveres externos do POLICIAL CIVIL. Quais exemplos? 
Os deveres que o policial deve se submeter, classificam-se em: 
a) Internos e externos; 
b) Genéricos e específicos. 
· Os deveres internos são aqueles que o policial observa na relação que mantém com a Administração. EX:
- Assiduidade; Sigilo; Urbanidade; Obediência; Dedicação ao serviço; Residência em sua sede de exercício; Honestidade;
-Ser leal e fiel aos superiores interesses do Estado e da Instituição Policial Civil, dedicando-se inteiramente ao serviço policial, respeitando as Leis, Autoridades, Instituições constituídas e ao Povo; 
- Obedecer às ordens legais[footnoteRef:2] de superiores hierárquicos e promover a sua fiel execução; - Desempenhar as funções específicas com zelo, presteza, eficiência e probidade; [2: Dever de Obediência: 
O servidor não está obrigado a obedecer a ordem manifestamente ilegal. 
Ordem legal é aquela: Emanada de Autoridade competente; Proferida de forma adequada; e Com objeto lícito.] 
- Zelar pela valorização da função policial e pelo respeito aos direitos do cidadão e da dignidade da pessoa humana.
· Os deveres externos são aqueles que o policial observa na relação privada e social, mas vinculada à sua condição de servidor. EX:
- Boa conduta: proceder na vida pública particular de modo a dignificar a função policial; 
- Proibição de Intermediação.
· Os deveres genéricos são aqueles impostos a todos os servidores. EX:
- Probidade; Dedicação; Discrição; Cortesia; Dignidade; Disciplina e Lealdade
· Os deveres específicos são impostos a determinados funcionários, em razão das peculiaridades das atividades que exercem. EX:
- Adotar providências cabíveis em face das irregularidades de que tenha conhecimento no serviço ou em razão dele (Ex. art. 6º do CPP); 
- Guardar sigilo sobre assuntos da administração a que tenha acesso ou conhecimento, em razão do cargo ou da função;
 - O policial civil, mesmo de folga, ao flagrar ou tomar conhecimento de qualquer ilícito penal, deverá tomar todas as medidas legais cabíveis.
5. CPP - Decreto Lei nº 3.689 de 03 de Outubro de 1941
Art. 6ª Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais;  
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais...
Pergunta-se a classificação quanto aos tipos de DEVERES. 
No caso descrito trata-se de um dever específico interno, pois é inerente à autoridade policial (específico) e ligadas ao exercício da função (interna). 
6. Proibições expressas PRAZOS
As proibições expressas estão elencadas nos seguintes dispositivos:
Prazo de desincompatibilização é:
Autoridades policiais, civis ou militares 
· Prefeito e Vice-Prefeito: 4 (quatro) meses anteriores ao pleito;
· Câmara Municipal: 6 (seis) meses para a desincompatibilização. 
Demais categorias de policiais civis, 
· Prefeito ou Vice-Prefeito: 3 meses; 
· Vereador: 3 meses.
7. Sentença criminal interfere na sentença administrativa
A punição interna é autônoma, podendo ser aplicada ao servidor antes do julgamento judicial do mesmo fato.
Entretanto é importante destacar que o Princípio da Independência das Instâncias é relativo. Em algumas hipóteses, a sentença da esfera criminal interfere na órbita administrativa. 
São hipóteses em que a sentença na esfera criminal interfere na órbita administrativa (Art. 386 do CPP): 
- Inexistência do fato; 
- Negativa de autoria;
Súmula 651-STJ: Compete à autoridade administrativa aplicar a servidor público a pena de demissão em razão da prática de improbidade administrativa, independentemente de prévia condenação, por autoridade judicial, à perda da função pública. 
Para o STJ, é possível a demissão de servidor por improbidade administrativa em processo administrativo disciplinar. A pena de demissão não é exclusividade do Poder Judiciário, sendo dever da Administração apurar e, eventualmente, punir os servidores que vierem a cometer ilícitos de natureza disciplina
8. Mévio PC em estágio probatório colidiu em carro de particular. Particular ingressou com uma ação contra Mévio. O Policial Civil está sujeito a que tipo de responsabilidade pela prática irregular de suas funções?
Responsabilidade Civil – Aplica-se a teoria da responsabilidade objetiva do Estado, estabelecida pelo parágrafo 6º, do artigo 37, da Constituição Federal que afirma que o Estado é obrigado a indenizar o particular lesado, independente de dolo ou culpa do servidor, com a possibilidade de ação regressiva em face do servidor apontado em caso de comprovada conduta dolosa / culposa. 
Art. 37, § 6º da CRFB/88: As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
STF: REPERCUSSÃO GERAL (TEMA Nº 940/2019): O agente público não pode ser responsabilizado diretamente na ação de indenização. “O colegiado asseverouque o aludido dispositivo constitucional não encerra legitimação concorrente, ou seja, a ação de indenização também não pode ser proposta contra ambos – o Estado e o agente público. A teor do disposto no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, a ação por danos causados por agente público deve ser ajuizada contra o Estado ou a pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público, sendo parte ilegítima para a ação o autor do ato, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”.
9. Fases do PAD/AAI em ordem cronológica
a) fase da instauração; 
b) fase do inquérito administrativo, com três subfases;
b.1) Subfase da instrução; 
b.2) Subfase da defesa;
b.3) Subfase do relatório. 
c) fase do julgamento
10. Apuração administrativa interna própria, investigativa ou preparatória Não tem servidor não há punição 
Tem natureza de investigação, não constando da portaria instauradora a figura do acusado. Pode ter, ou não, vítima no momento da instauração. Tem o objetivo de esclarecer o fato, conforme a necessidade da investigação. 
O relatório da AAI investigativa não pode sugerir aplicação de punição, mas pode sugerir a instauração de outro procedimento disciplinar para apurar o assunto que foi objeto da investigação, agora, de forma mais aprofundada. Não há necessidade de que a autoridade presidente da AAI seja estável, pois não haverá acusação formal neste procedimento. 
Em restando coligido lastro probatório mínimo suficiente para possível individualização da conduta, bem como, em remanescendo demonstrada materialidade e indícios de autoria transgressiva disciplinar, poderá ocorrer a conversão da apuração investigativa em apuração acusatória ou punitiva, através do pedido de aditamento da portaria instauradora ao Corregedor Geral da Polícia Civil do Estado do Pará, que, após juízo delibatório (conveniência e oportunidade) analisará os fundamentos fáticos e jurídicos constantes.
11. Assinalar alternativa com definições corretas:
i) Citação: Após o Termo de Instrução e Indiciação, em que o servidor foi formalmente indiciado, este será citado pessoalmente para apresentar sua defesa escrita no prazo de 10 dias úteis (mais de um indiciado, prazo de 20 dias úteis). Ressalte-se que a citação para apresentar defesa é pessoal (real), e não apresentando sua defesa no prazo legal será considerado revel, devendo a comissão ou o presidente da apuração administrativa interna, designar um defensor dativo (servidor) ocupante de cargo igual ou superior ao do citando para fazê-lo. Se o indiciado recusar a apor seu “ciente” na cópia da citação, o membro da comissão lavrará uma certidão declarando o acontecido (Art. 35 da Lei de Processos Administrativos: “§ 2º. Na intimação pessoal, caso o destinatário se recuse a assinar o comprovante de recebimento, o servidor encarregado certificará a entrega e a recusa”). 
· CITAÇÃO POR EDITAL (citação ficta): Comprovado que o indiciado se encontra em lugar incerto e não sabido será ele citado por edital para apresentar sua defesa escrita, publicado no Diário Oficial do Estado, e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido do indiciado. O edital deve conter: a) nome do presidente da comissão processante; b) nome do servidor indiciado; c) objetivo da citação.
· CITAÇÃO POR CARTA PRECATÓRIA: Embora o RJU seja omisso, a doutrina entende que pode utilizar esta modalidade de citação, a exemplo do que ocorre no processo penal. Na carta precatória deve constar o nome das autoridades deprecante e deprecada, local onde se encontra instalada a Comissão, a finalidade da citação e o prazo em que o indiciado deve ter vista dos autos para apresentar sua defesa. 
· CITAÇÃO POR HORA CERTA: Espécie de citação ficta, podendo ser usada em casos em que o acusado / indiciado estiver em local certo e conhecido, mas se ocultar para não receber a citação. Nesse caso, as tentativas de entrega da citação devem ser registradas nos autos, com elementos que possibilitem sua comprovação
ii) Notificação: NOTIFICAÇÃO: Tem por finalidade dar ciência ao servidor acusado de que contra ele tramita um procedimento (lato sensu) e que a toda audiência da comissão, poderá comparecer pessoalmente ou através de advogado constituído e habilitado nos autos. A primeira notificação promove a angularização da relação processual disciplinar. Deve constar na notificação, o dia, hora e local da diligência e assinatura do responsável. Toda vez que o acusado for convocado pela comissão, será feito por intermédio de notificação (art. 212 do RJU) retirante a fase do interrogatório, momento em que será comunicado através de intimação (arts. 213 e 215 do RJU).
iii) Intimação INTIMAÇÃO: É o documento que convoca as testemunhas para deporem diante do trio processante ou do presidente da apuração administrativa interna (AAI). Se a testemunha for servidora pública, é necessário que a chefia também seja comunicada do ato (art. 213 do RJU)
12. Deveres são obrigações impostas aos servidores (V ou F)
1- É dever do policial civil em folga... (V)
2- É dever do policial civil indicar advogado (F)
3- É vedado ao policial civil participar da gerencia de empresa (V)
13. Conclusão do AAI resulta em que? (EXCEÇÃO)
R- Exoneração do cargo 
Da conclusão da apuração administrativa interna poderá resultar: 
A) arquivamento do procedimento; 
B) oferecimento / aceitação do TERMO DE AJUSTAMENTO DISCIPLINAR (TAD) instituído com a entrada em vigor da Lei Estadual n° 9.230, de 24 de março de 2021;
C) aplicação das penalidades de repreensão ou suspensão; 
D) instauração de processo administrativo disciplinar - PAD.
No caso de sugestão de instauração de Processo Administrativo Disciplinar para apurar os mesmos fatos, constando indícios de irregularidade, estas provas terão que ser repetidas no PAD, sob o crivo do contraditório. 
Todavia, a Lei Orgânica da Polícia Civil, a exemplo do RJU dos Servidores do Estado, não cuidou de expressar um rito para a Apuração Administrativa Interna, somente o tendo feito para o processo administrativo disciplinar. Tendo em vista que a Apuração Administrativa Interna do tipo acusatória, de que trata este item, pode redundar em punição, torna-se necessária a eleição de um rito, com o fim de se obedecer à máxima do devido processo legal (e, simultaneamente, aos dois princípios dela decorrentes, da ampla defesa e do contraditório). 
Ora, na ausência de específica previsão legal e diante da necessidade de se estabelecer um rito, a solução mais coerente é estender para a AAI acusatória o rito que a própria Lei nº 5.810/94 previu para o processo administrativo disciplinar.
14. 2021 Após publicação do DOE, criou-se TAD que substitui o que?
Art. 201-A. Fica instituído o Termo de Ajustamento Disciplinar (TAD), no âmbito da Administração Pública Estadual, como instrumento substitutivo da penalidade de repreensão, nos termos do art. 188 e demais disposições da Lei Estadual nº 5.810, de 1994. 
§ 1º No TAD, o servidor interessado assume a responsabilidade pela irregularidade a que deu causa, comprometendo-se a ajustar sua conduta e a observar os deveres e proibições previstos na legislação vigente.
§ 2º O TAD poderá ser proposto pelo servidor ou de ofício pela autoridade instauradora da sindicância ou pela comissão processante de sindicância, desde a fase inicial da sindicância e antes do relatório final da comissão, quando se tratar de infração disciplinar leve. (...) 
§ 6º A homologação do TAD impõe o sobrestamento da sindicância e suspende o fluxo da prescrição da ação disciplinar, até seu integral cumprimento. 
§ 7º Competirá à unidade de gestão de pessoas do Poder, órgão ou entidade o acompanhamento e a fiscalização do cumprimento das obrigações estabelecidas no TAD. 
§ 8º A celebração do TAD não constitui direito subjetivo do interessado, somente podendo ocorrer em conformidade com os termos previstos nesta Lei. 
§ 9º A Secretaria de Estado de Planejamento e Administração poderá editar atos normativos visando estabelecer procedimentos relativos à celebração do TAD.15. Fases do Inquérito adm
Esta fase abrange três subfases: 
a) Instrução; 
b) Defesa; 
c) Relatório.
16. Procedimentos administrativos fatos apontados 
Servidos toma conhecimento de PAD instaurado contra sua pessoa em DOE, procura advogados para requerer ação para anular o PAD alegando a inexistência de motivos na publicação. (Entendimento do STJ)
Segundo a súmula 641-STJ a portaria de instauração do processo administrativo disciplinar prescinde da exposição detalhada dos fatos a serem apurados.
17. Segundo o doutrinador Vicente Ferrer, o interrogartório serve de forma (...) De acordo com o contemporâneo (...) o interrogatório depois de 2008 (...)
R-Após a edição da Lei 11719/2008 o interrogatório passou a ser visto como meio de defesa do acusado
Na subfase do PAD de instrução a primeira diligência a ser feita será a notificação do servidor acusado, avisando-o de que contra ele fora instaurado processo disciplinar por tal fato e que, se quiser, poderá comparecer a todas as audiências da comissão. 
A seguir, desencadeiam-se as demais diligências, tais como declarações da vítima ou testemunhas e exames periciais. Por último, procede-se ao interrogatório do acusado. Logo após, se a comissão processante entender que existem provas contra ele, faz o despacho ou termo de instrução e indiciação. A partir deste momento, o acusado adquire a condição de indiciado.
 IMPORTANTE: Natureza jurídica do interrogatório segundo STF/STJ 
Antes de 2008, o interrogatório era o primeiro ato da instrução. O indivíduo era citado para ser interrogado (prevalecia a ideia de que o interrogatório era um “meio de prova”). Com a edição da Lei nº 11.719/2008, o interrogatório passou a ser o último ato da instrução probatória, isso reforçou a ideia de que o interrogatório possui natureza jurídica de meio de defesa. Ao final desta fase, a comissão poderá concluir:
a) Pelo indiciamento do acusado;
b) Que não foi o servidor acusado o autor do fato ou não se encontrou provas suficientes para incriminá-lo, sugerindo o arquivamento; 
c) Que os fatos foram cometidos pelo acusado em circunstâncias exculpantes / justificantes. Neste caso, faz-se um despacho fundamentado, chamado de absolvição antecipada, sugerindo o arquivamento do processo.
18. Segundo o enunciado do STJ (...) a portaria instauradora do PAD não precisa dos seguintes requisitos de validade:
R – Desnecessidade de exposição detalhada do fato, e as iniciais...
19. Seprônio IPC denunciado por ser visto constantemente nas dependências de Escola. 
· Prof de Matemática na Escola
· Houve transgressão ?
Art. 72. Aos Delegados de Polícia, aplicam-se vedações previstas no artigo 181, item II da Constituição Estadual. 
Art. 181. Aos membros do Ministério Público são estabelecidas: 
II - As seguintes vedações: 
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; 
b) exercer a advocacia; 
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; 
e) exercer atividade político-partidária, salvo exceções previstas na lei.
Neste caso, a autoridade instauradora deverá opinar pelo arquivamento do Inquérito administrativo, já que não houve transgressão disciplinar.
20. No que concerne ao tema de apuração administrativa interna (...)
R- o Termo de ajustamento disciplinar surge... substituição ...
AAI julgue os certos
Apontamento do servidor sindicância acusatória
· Apuração administrativa interna acusatória, contraditória ou punitiva 
Neste tipo de procedimento, existe a figura do acusado no momento da instauração, podendo ter, ou não, vítima. Há que se permitir o direito ao contraditório e a ampla defesa. 
No relatório final, a autoridade presidente poderá sugerir sanções ou outras medidas saneadoras do fato investigado. Aqui também deve ser observado que a autoridade presidente não pode ser cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau do acusado, nos termos do art. 205, § 2º do RJU. 
Nesta linha de raciocínio, a autoridade administrativa deverá obedecer às seguintes formalidades no procedimento de uma AAI própria ou acusatória: 
a) portaria instauradora assinada por autoridade competente; 
b) publicação da portaria no Diário Oficial (princípio da publicidade);
c) designação de um servidor ou servidores estáveis na presidência da AAI; 
d) designação de um secretário;
e) notificação do acusado e intimação da vítima e testemunhas; 
f) elaboração do termo de instrução e indiciação, se houver indiciado, abrindo vista para a apresentação da defesa escrita; 
g) apresentada a defesa escrita, elabora-se o relatório final conclusivo; 
h) havendo ou não indiciado, a sindicância será encaminhada à autoridade instauradora para o julgamento.
Sobre as fases 
AAI não sugere indiciamento porque não tem servidor investigativa
21. Eustáquio – PAD que ensejava em pena de demissão. Quem é competente para instaurar e julgar?
Governador
22. Prazos prescricionais
A ação disciplinar prescreverá: 
I - Em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
 II - Em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; 
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à repreensão. 
§ 1° O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido. (Teoria da actio nata). 
§ 2° Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime.
23. São casos de extinção da punibilidade na esfera administrativa, exceto: 
R- Irretroatividade da lei que deixa de considerar fato ilícito
Em determinadas situações o policial civil não pode ser responsabilizado pela prática dos seus atos ilícitos. Neste caso, ocorre a chamada Extinção da Punibilidade Administrativa. São elas:
- Morte do agente: princípio mors ominia solvit (a morte tudo apaga). 
- Anistia Administrativa: é o ato do Governador que releva os ilícitos disciplinares, impedindo ou extinguindo processos instaurados ou ainda tornando sem efeito as punições impostas.
 - Retroatividade de lei que deixa de considerar o fato como ilícito; 
- E a prescrição. 
Qual o conceito de prescrição?
A prescrição é a perda do direito de punir do Estado, resultante da inércia do poder público, durante um determinado prazo, na apuração da infração ou na execução da sanção. O instituto da prescrição tem força jurídica para assegurar a estabilidade social, pois fixa o limite temporal para o exercício de um direito, a fim de evitar que o litígio dure por tempo indeterminado.
§ 3° A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.
24. Direito de defesa é indispensável Falta de defesa técnica não ofende a CF
Concluída a subfase da instrução, o indiciado é citado para apresentar a sua defesa escrita no prazo de 10 (dez) ou 20 (vinte) dias úteis. Se o indiciado está em lugar incerto e não sabido, faz-se a citação por edital, publicada no Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação do último domicílio do indiciado.
O advogado do acusado pode ter vista dos autos dentro ou fora da Repartição Pública (art. 7°, inciso XVI da Lei n° 8906/94). Em caso de revelia, o presidente da comissão solicita à autoridade julgadora que faça a designação de um defensor dativo, recaindo a escolha em um servidor público da mesma categoria ou de categoria superior à do indiciado, nos termos do art. 220, § 2º do RJU. 
Nesta fase dá-se ênfase ao contraditório e a ampla defesa, podendo esta defesa ser elaborada pelo próprio servidor ou por procurador legalmente constituído. O direito de defesa é indisponível, isto é, mesmo que o servidor não queira se defender da acusação, o presidente da comissão designará um defensor dativo para fazer a sua defesa.
25. As fases do Processo Administrativo (...) divide-se em três; a fase de inquérito por sua vez (...) ainda tratando sobre o tema,fases do PAD não configura como subfase do inquérito administrativo
R- Diligência
26. Para a interposição do pedido de sanção disciplinar, são necessárias, exceto: 
R- Que o imputado não tenha sido assistido por defesa técnica
Requisito da revisão disciplinar
Para que possa interpor o pedido de revisão disciplinar são necessários os seguintes requisitos: 
I – Que a punição aplicada não mais comporte reexame por meio do pedido de reconsideração ou recurso hierárquico;
II – Que haja fatos ou circunstâncias novas capazes de contraditar o ato punitivo imposto, trazendo como consequência a inocência do servidor; 
III – Que a pena imposta tenha sido inadequada ao caso concreto.
27. Jordana, advogado de Eraclinton pediu vistas ao processo e o delegado indeferiu(...) A atitude do delegado foi correta? 
R- Não, já que o direito do defensor estendem-se aos PAD’s 
A ação do delegado foi incorreta, pois o direito de acesso aos autos se estendem inclusive aos processos administrativos
O advogado do acusado pode ter vista dos autos dentro ou fora da Repartição Pública (art. 7°, inciso XVI da Lei n° 8906/94). Em caso de revelia, o presidente da comissão solicita à autoridade julgadora que faça a designação de um defensor dativo, recaindo a escolha em um servidor público da mesma categoria ou de categoria superior à do indiciado, nos termos do art. 220, § 2º do RJU
28. Ao final do interrogatório, em sede administrativa (...) poderá concluir, exceto:
- produzir relatório conclusivo à revelia de seu comparecimento/ citação
R – Por promover a determinação dos efeitos da revelia.
Recebidos os autos, a autoridade julgadora poderá adotar as seguintes posições: 
· Concordar com a posição da comissão processante, aplicando a sanção disciplinar cabível;
· Entender que a punição cabível é de atribuição do seu superior hierárquico, remetendo o procedimento para ele adotar providências; 
· Discordar da posição do trio processante, decidindo pela improcedência da acusação (absolvição) e 
· Decidir pela nulidade total ou parcial do PAD, justificando o seu ato, e determinando a instauração de novo procedimento apuratório do fato. 
Esclareça-se que a imposição de penalidade pela autoridade superior, de competência da autoridade subordinada originária não constitui ilegalidade, pois quem pode o mais pode o menos. Por outro prisma, não seria ético violentar a consciência do subordinado impondo-lhe o encargo de aplicar uma sanção contra seu entendimento legal. 
A autoridade julgadora, ao receber o PAD ou Sindicância, deve sempre remetê-lo à Assessoria Jurídica para parecer técnico e detecção de eventuais falhas, retornando ao julgador com sugestão de diligências saneadoras
Antes de julgar, a autoridade deve tomar as seguintes providências:
I. Constatar se as conclusões do trio processante estão de conformidade com as provas carreadas aos autos; 
II. Verificar se alguma prova relevante ao deslinde do fato foi desprezada;
III. Examinar as razões invocadas pela comissão processante para indeferir pedidos de diligências da parte da defesa;
IV. Ter sempre em mente que o depoimento de uma só testemunha não é suficiente nem seguro para sustentar uma decisão de punição ao servidor sem a corroboração de outros elementos de prova, em razão da sua fragilidade; 
V. Sempre considerar que as dúvidas beneficiam os acusados, em razão do princípio “in dúbio pro réu”.
29. PC que tem conhecimento de irregularidade do policial civil está OBRIGADO a comunicar a autoridade competente (...) Corregedor, DG (...) Portaria (...) sob pena de nulidade.
A Lei Orgânica da Polícia Civil do Pará admite somente duas espécies de procedimentos apuratórios de transgressões disciplinares: a Apuração Administrativa Interna e o Processo Administrativo Disciplinar, conforme tratam os artigos 89, 90 e 93. 
O art. 89, afirma verbis:
O Policial Civil que tiver conhecimento de irregularidade praticada por servidor da Instituição será obrigado a comunicar o fato, imediatamente, à Corregedoria Geral da Polícia Civil.
30. Reconsideração, recurso hierárquico, revisional
Pedido de reconsideração: É o instrumento formal de que se vale o servidor inconformado com a punição para provocar o reexame e a reformulação do ato punitivo pela mesma autoridade que a aplicou. É sempre competente para apreciar o pedido de reconsideração a autoridade que proferiu o decisório. Não poderá ser renovado, vale dizer, só poderá ser interposto uma única vez. A legitimidade ativa é personalíssima, podendo ainda ser interposto por procurador legalmente habilitado. Já a legitimidade passiva é funcional, isto é, aquele que substitui o antigo chefe, terá a competência de julgar o pedido de reconsideração. Por outro lado, o pedido de reconsideração exige para o seu cabimento que se apresente novos argumentos elisivos da punição imposta. Reexaminando a sua decisão, a autoridade poderá reformá-la ou mantê-la. Caso entenda pela reforma, despachará neste sentido, publicando nova portaria. Em caso de mantença da decisão recorrida, o servidor recorrente será cientificado do ato, tendo um prazo de 30 (trinta) dias para interpor o respectivo recurso hierárquico.
Recurso hierárquico: É a garantia que se estende ao servidor punido de levar o ato disciplinar contra ele constituído a reapreciação da autoridade administrativa superior que impôs a punição. Para a interposição deste recurso não é necessária à apresentação de novos argumentos, além dos já apresentados na fase de procedimento apuratório, podendo o servidor recorrente insistir nas mesmas razões. Porém, não há impedimento legal para que o recorrente apresente novas provas, haja vista que o recurso hierárquico não exige o requisito do pré-questionamento, isto é, não obriga que o recorrente fique restrito às razões de defesas já apresentadas.
Nos termos do artigo 105 do RJU, caberá recurso hierárquico nos seguintes casos: 
I – Do indeferimento do pedido de reconsideração; 
II – Das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.
Revisão processual disciplinar: Na esfera administrativa, mesmo havendo a decisão transitada em julgado, tornando-se definitiva e irrecorrível, ainda assim o assunto poderá ser revisto através da revisão do processo disciplinar.
Para que possa interpor o pedido de revisão disciplinar são necessários os seguintes requisitos: I – Que a punição aplicada não mais comporte reexame por meio do pedido de reconsideração ou recurso hierárquico;
II – Que haja fatos ou circunstâncias novas capazes de contraditar o ato punitivo imposto, trazendo como consequência a inocência do servidor; 
III – Que a pena imposta tenha sido inadequada ao caso concreto.
31. Ainda sobre as hipóteses (...) Improbidade administrativa
R- Verdadeira (interfere)
Art. 21, §4ª A absolvição criminal em ação que discuta os mesmos fatos (...)
32. 3ª fase do PAD – JULGAMENTO
Reconsideração –precisa de fato novo
Recurso hierárquico – Não precisa de fato novo
Revisão – Precisa de fato novo e pode ser feita a qualquer tempo.
33. A respeito das hipóteses (...) que regra geral as ações disciplinares prescreverão, exceto:
R- a partir da data em que o fato ocorreu 
§ 1° O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido. (Teoria da actio nata). 
§ 2° Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime
§ 3° A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.
34. Leia a afirmação a seguir e marque a melhor (...)
R- O presidente da acusação (...)
35. Concluída a subfase (...) o servidor acusado, agora indiciado (...) se o indiciado estiver em lugar incerto e não sabido 
R – Edital (publicado no diário oficial ou jornal de grande circulação)

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