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Jurisprudência em
Teses, Ed.147.
(Versão Integrada)
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR - VI
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www.legislacaointegrada.com.br
JURISPRUDÊNCIA EM TESES DO STJ
EDIÇÃO N. 147: PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR - VI
Fases do Processo Administrativo Disciplinar.
O Processo Administrativo Disciplinar possui três fases (art. 151 da Lei nº 8.112/90):
1. Instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão;
2. Inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório;
3. Julgamento.
1ª Fase: Instauração.
O Processo Administrativo Disciplinar é instaurado através de portaria, que tem por objetivo dar
publicidade à constituição da comissão processante, informando quem serão os servidores que a
integrarão.
2ª Fase: Inquérito administrativo.
Nesta fase, será feita a instrução do PAD. Após a instrução, é que será possível fazer o indiciamento do
servidor, oportunidade em que a exposição pormenorizada dos acontecimentos e minuciosa descrição dos
fatos imputados deverá ser realizada.
Após o indiciamento (ou indiciação), o servidor poderá apresentar defesa (art. 161 da Lei nº 8.112/90).
Ao final, a comissão processante deverá apresentar relatório. Portanto, o Inquérito Administrativo tem as
seguintes fases:
1. Instrução;
2. Indiciamento (quando deverá ser feita a exposição detalhada dos fatos imputados);
3. Apresentação de defesa;
4. Elaboração do relatório.
3ª Fase: Julgamento.
Nesta fase, a autoridade julgadora decidirá com base no relatório que lhe foi apresentado, que poderá ser
acolhido ou rejeitado.
• Caso resolva acolher o relatório: Será dispensada motivação, podendo encampar a
fundamentação do relatório.
• Caso resolva não acolher o relatório: Neste caso, será indispensável a motivação, com a
demonstração de que o relatório contraria a prova constante nos autos.
Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Súmula 641-STJ. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível
em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/cf866614b6b18cda13fe699a3a6
5661b>. Acesso em: 08/04/2020
Tese 1: Não caracteriza cerceamento de defesa no PAD a ausência de interrogatório para a qual contribuiu o
próprio investigado, ante a impossibilidade de favorecimento a quem deu causa à alegada nulidade.
Legislação pertinente.
Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado,
observados os procedimentos previstos nos arts. 157 e 158. §1º. No caso de mais de um acusado, cada um
deles será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas declarações sobre fatos ou
3
circunstâncias, será promovida a acareação entre eles. §2º. O procurador do acusado poderá assistir ao
interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e
respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do presidente da comissão. 
Em que momento acontece o interrogatório do investigado?
Acontece durante a 2ª Fase do PAD (inquérito administrativo), no final do procedimento instrutório,
realizado somente após a oitiva das testemunhas.
Qual a finalidade do interrogatório?
É uma oportunamente de autodefesa do investigado. Em virtude desta finalidade, é importante ser o
último ato instrutório, posto que o investigado terá acesso ao arcabouço probatório existente nos autos.
A ausência de interrogatório acarreta nulidade?
A ausência de interrogatório acarreta nulidade do PAD por violação aos princípios do contraditório e da
ampla defesa. STJ. MS 7466/DF, Decisão de 25/03/2015.
Inegável reconhecer que a oportunidade de produção de provas orais às partes mostra-se indispensável
para pleno exercício de sua defesa e contraditório, e sua supressão, pela Comissão Processante, evidencia
autêntico cerceamento de defesa, que fulmina de absoluta ilegalidade a decisão condenatória prolatada
em seu desfavor. MS 17.900/DF, Voto do MIN. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO (voto vencido), PRIMEIRA
SEÇÃO, julgado em 23/08/2017, DJe 29/08/2017.
Não é possível aproveitar o interrogatório de outro procedimento.
Depoimentos testemunhais realizados sem a intimação do indiciado e ausência de interrogatório
acarretam nulidades insanáveis. Não poderia a autoridade impetrada, ainda que visando à celeridade do
processo administrativo, reaproveitar aqueles atos, uma vez que eivado de vícios acarretadores de ofensa
à ampla defesa e ao contraditório. STJ. TERCEIRA SEÇÃO. MS 7466 DF 2001/0046337-1. Relator. Ministro
ERICSON MARANHO (convocado). Julgamento 25 /03/2015.
Caso o próprio investigado der causa a ausência de interrogatório, haverá nulidade?
Não. Posto que o ninguém pode ser beneficiado pela nulidade a que deu causa.
Não há que se falar em nulidade no PAD em razão da ausência de interrogatório do impetrante. Apesar de
realizadas diversas tentativas pela Comissão Processante, o impetrante não compareceu, limitando-se a
apresentar atestado médico ou a requerer o adiamento do ato. Foi possibilitada, inclusive, realização de
videoconferência, também frustrada em razão de ato tumultuário do impetrante. MS 21.660/DF, Rel. p/
Acórdão Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em 23/08/2017.
Tese 2: É dispensada a intimação pessoal do servidor representado por advogado, sendo suficiente a
publicação da decisão proferida no PAD no Diário Oficial da União. 
Desnecessidade de intimação pessoal do servidor representado por advogado no PAD.
Não é necessária a intimação pessoal Servidor, representado por Advogado no PAD, do ato proferido pela
autoridade coatora, que determinou a sua demissão, bastando, para a regular cientificação, a publicação
da portaria demissionária no Diário Oficial da União. AgInt no MS 19.073/DF, Rel. Ministro Napoleão
Nunes Maia Filho, Primeira Seção, julgado em 24/08/2016, DJe 31/08/2016.
Tese 3: Diante do silêncio da Lei n. 8.112/1990 e demais diplomas legais sobre processo administrativo
disciplinar, deve ser observada a regra dos art. 26, §2º, e art. 41 da Lei n. 9.784/1999 que impõe o prazo de,
4
no mínimo, três dias úteis entre a notificação do servidor e a realização de prova ou de diligência ordenada
no PAD, sob pena de nulidade.
Lei n. 9.784/1999.
Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do
interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências. §2º A intimação observará a
antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento.
Art. 41. Os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com antecedência mínima de
três dias úteis, mencionando-se data, hora e local de realização.
Finalidade da norma.
A finalidade da norma é garantir ao servidor investigado um prazo mínimo para que ele possa se organizar
para participar realização da diligência, garantindo assim a sua ampla defesa.
Com efeito, devem ser anuladas as ouvidas de testemunha nas quais não tenha sido observado o prazo de
3 (três) dias úteis entre a intimação de cada um dos Impetrantes e a realização do ato, e, por
consequência, considerados nulos os atos delas decorrentes. MS 17.543/DF, Rel. Ministra REGINA HELENA
COSTA, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/05/2017, DJe 15/05/2017.
Caso concreto em que não houve nulidade.
Não merece prosperar a alegação de nulidade em razão de a intimação dos impetrantes para a oitiva de 4
testemunhas (de um total de 25) não ter sido efetuada com antecedência mínima de três dias úteis, nos
termos do art. 26, § 2º, da Lei n. 9.784/1999, por conta dos seguintes motivos: 
a) A intimação se deu com dois dias de antecedência; 
b) As declarações das testemunhas ouvidas naquela data não constaram das razões do relatório final
da comissão nem do parecer final da Consultoria Jurídica do Ministério da Saúde acolhido pela
decisão de demissão; 
c) Mesmo intimados com antecedência mínima detrês dias da data da audiência para oitiva das
demais testemunhas, a elas não compareceram; 
d) Os impetrantes não demonstraram a ocorrência de efetivo prejuízo à defesa, à luz do princípio pas
de nullité sans grief. 
MS 10.239/DF, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 14/11/2018,
DJe 23/11/2018.
Tese 4: A não realização da oitiva de testemunha não constitui cerceamento de defesa no PAD quando há o
esgotamento das diligências para sua intimação ou ainda, quando intimada, a testemunha tenha deixado de
comparecer à audiência.
Lei 8.112/1990.
Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio
de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos,
quando se tratar de prova pericial. §1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados
impertinentes, meramente protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
Casos em que não há cerceamento de defesa na denegação de oitiva de testemunha.
A denegação da oitiva de testemunhas não constitui cerceamento de defesa, quando o indeferimento, por
parte da Comissão Processante, for motivado no satisfatório conjunto probatório para a elucidação dos
fatos ou nas hipóteses em que, não obstante sucessivas diligências, a testemunha não tenha sido
encontrada ou, ainda que intimada, tenha deixado de comparecer à audiência. AgRg no RMS 23.529/SP,
Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 04/08/2015, DJe 20/08/2015.
5
Tese 5: A falta de intimação de advogado constituído para a oitiva de testemunhas não gera nulidade se
intimado o servidor investigado.
Súmula Vinculante 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não
ofende a Constituição.
Ausência de nulidade quando apenas o servidor (e não o advogado) é intimado para a oitiva de
testemunhas.
Considerando que não se faz necessária a presença de advogado no processo administrativo disciplinar,
bem como que o servidor foi intimado da oitiva das testemunhas, não há falar em nulidade pela falta de
intimação do defensor constituído para a oitiva de testemunhas. MS n. 13.955/DF, relatora Ministra MARIA
THEREZA DE ASSIS MOURA, DJe 1°/8/2011.
Tese 6: A simples ausência de servidor acusado ou de seu procurador não macula a colheita de depoimento
de testemunha no PAD, desde que pelo menos um deles tenha sido intimado sobre a realização da
audiência.
Caso em que o investigado e seu advogado, devidamente intimados, não compareceram às oitivas de
testemunhas.
Afasta-se a alegada nulidade em razão da ausência do acusado ou de seu advogado às oitivas de
testemunhas, tendo em vista o absoluto descaso do impetrante em corresponder às convocações da
comissão processante. Nomeação, ademais, de defensor ad hoc em todos os atos do processo nos quais
não esteve presente. RMS 18.220/PB, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em
23/10/2014, DJe 01/12/2014.
Ninguém pode ser beneficiado pela nulidade a que deu causa.
Caso o investigado, devidamente intimado, não compareça a colheita de depoimento de testemunha no
PAD, não haverá nulidade posto que o ninguém pode ser beneficiado pela nulidade a que deu causa.
Basta a intimação um deles: advogado ou servidor.
Sobre o tema, vide a Tese nº 6.
Tese 7: Em processo administrativo disciplinar, a falta de intimação do servidor público após a apresentação
do relatório final pela comissão processante não configura ofensa às garantias do contraditório e da ampla
defesa por ausência de previsão legal.
Princípio da legalidade estrita (ou legalidade administrativa).
CF, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (…).
Lei nº 8.112/1990, Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à
autoridade que determinou a sua instauração, para julgamento.
Lei nº 8.112/1990, Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a
autoridade julgadora proferirá a sua decisão.
Ausência de previsão legal da necessidade de intimação do servidor público acerca do relatório final.
Inexiste nulidade decorrente da falta de intimação do servidor público quanto às conclusões contidas no
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relatório final da Comissão Processante, tendo em vista a ausência de previsão legal para tal providência. 
Caso concreto.
No caso em concreto, houve o registro do relatório final no sistema Sapiens da Instituição, ao qual o
impetrante tinha acesso. Assim, de fato, forçoso reconhecer a inexistência de cerceamento de defesa ou
obstáculo a qualquer pretensão recursal. MS 23.464/DF, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/12/2019, DJe 13/12/2019.
A elaboração do relatório faz parte da fase do Inquérito administrativo (2ª Fase do PAD).
Nesta fase, será feita a instrução do PAD. Após a instrução, é que será possível fazer o indiciamento do
servidor, oportunidade em que a exposição pormenorizada dos acontecimentos e minuciosa descrição dos
fatos imputados deverá ser realizada.
Após o indiciamento (ou indiciação), o servidor poderá apresentar defesa (art. 161 da Lei nº 8.112/90).
Ao final, a comissão processante deverá apresentar relatório. Portanto, o Inquérito Administrativo tem as
seguintes fases:
1. Instrução;
2. Indiciamento (quando deverá ser feita a exposição detalhada dos fatos imputados);
3. Apresentação de defesa;
4. Elaboração do relatório.
Não existe previsão de apresentação de alegações finais após a apresentação do relatório.
Não é obrigatória a intimação do interessado para apresentar alegações finais após o relatório final de
processo administrativo disciplinar, posto a inexistência de previsão na Lei nº 8.112/1990. STF. 1ª Turma.
RMS 28774/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em
9/8/2016 (Info 834). STJ. 1ª Seção. MS 18090-DF, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 8/5/2013 (Info
523).
O julgamento é feito na 3ª Fase.
Nesta fase, a autoridade julgadora decidirá com base no relatório que lhe foi apresentado, que poderá ser
acolhido ou rejeitado.
• Caso resolva acolher o relatório: Será dispensada motivação, podendo encampar a
fundamentação do relatório.
• Caso resolva não acolher o relatório: Neste caso, será indispensável a motivação, com a
demonstração de que o relatório contraria a prova constante nos autos.
Tese 8: O indeferimento de produção de provas pela comissão processante, não causa nulidade do Processo
Administrativo Disciplinar - PAD, desde que motivado nos termos do art. 156, §§ 1º e 2º, da Lei n.
8.112/1990.
Lei nº 8.112/1990.
Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente ou por intermédio
de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular quesitos,
quando se tratar de prova pericial.
§1º O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente
protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
§2º Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de
conhecimento especial de perito.
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Indeferimento fundamentado de produção probatória.
O indeferimento fundamentado de produção de prova considerada impertinente para o esclarecimento
dos fatos não configura cerceamento de defesa, quando suficiente o conjunto probatório do processo
administrativo disciplinar (art. 156, § 1º, da Lei nº 8.112/90). Agravo interno não provido. AgInt no MS
24.765/DF, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/10/2019, DJe
14/10/2019.
Tese 9: É possível o aproveitamentode prova produzida em processo administrativo disciplinar declarado
nulo para a instrução de novo PAD, desde que seja assegurado o contraditório e a ampla defesa, e que o
vício que ensejou referida nulidade não recaia sobre a prova que se pretende aproveitar.
Súmula 591-STJ: É permitida a “prova emprestada” no processo administrativo disciplinar, desde que
devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla defesa.
Prova emprestada e dever de respeitar o contraditório.
É permitida a “prova emprestada” no processo administrativo disciplinar, desde que devidamente
autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla defesa (Súmula 591-STJ).
Natureza jurídica de prova documental.
Prova emprestada é a prova de um fato, produzida em um processo, seja por documentos, testemunhas,
confissão, depoimento pessoal ou exame pericial, que é trasladada para outro processo sob a forma
documental. DIDIER JR. Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Curso de Direito Processual Civil.
Vol. 2. Salvador: Juspodivm, 2013, p. 52.
Prova emprestada de processo declarado nulo.
A nulidade de um processo pode ser declarada por razões diversas e que, não necessariamente, importam
na nulidade de todas as provas obtidas no processo.
A nulidade não pode recair sobre a prova que se pretende utilizar.
É possível, no bojo do novo PAD, o aproveitamento das provas produzidas em PAD anterior e que foi
declarado nulo, desde que assegurado o contraditório e a ampla defesas e que o vício que ensejou a
nulidade do PAD primitivo não recaia sobre a prova que ora se pretende aproveitar. AgRg no MS
13.242/DF, Rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, Terceira Seção do STJ, julgado em 27/02/2008, DJe
26/08/2008.
Tese 10: A acareação entre os acusados, prevista no §1° do art. 159 da Lei n. 8.112/1990, não é obrigatória,
competindo à comissão processante decidir sobre a necessidade de sua realização quando os depoimentos
forem colidentes e a comissão não dispuser de outros meios para a apuração dos fatos.
Lei nº 8.112/1990.
Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório do acusado,
observados os procedimentos previstos nos arts. 157 e 158. §1º No caso de mais de um acusado, cada um
deles será ouvido separadamente, e sempre que divergirem em suas declarações sobre fatos ou
circunstâncias, será promovida a acareação entre eles. §2º O procurador do acusado poderá assistir ao
interrogatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e
respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do presidente da comissão.
Não há direito subjetivo a realização de acareação.
8
Não há direito subjetivo à realização de acareação, que não é obrigatória nos casos como o presente, em
que a Comissão Processante, fundamentadamente, delibera no sentido de que não há necessidade de
realização da diligência. AgInt no MS 24.045/DF, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 24/04/2019, DJe 30/04/2019.
Tese 11: É dispensável a transcrição integral de diálogos colhidos em interceptação telefônica no âmbito do
PAD, pois tal obrigatoriedade não encontra amparo legal. 
Princípio da legalidade estrita (ou legalidade administrativa).
CF, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (…).
Lei nº 9.296/96, que regulamenta a interceptação telefônica.
Art. 6º, § 1º No caso de a diligência possibilitar a gravação da comunicação interceptada, será determinada
a sua transcrição.
Prova emprestada do processo penal.
O STJ reconhece a competência da Comissão Processante para fazer uso de interceptações telefônicas, na
forma de provas emprestadas, derivadas de processo penal, desde que tenha havido autorização judicial
para tanto, conforme a hipótese dos autos, bem como que tenha sido dada oportunidade para o
contraditório em relação a elas, o que se verifica da leitura do Processo Administrativo Disciplinar. MS
17.536/DF, Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe 20.4.2016; MS 17.535/DF, Rel. Min. BENEDITO
GONÇALVES, DJe 15.9.2014; MS 17.534/DF, Rel. Min. HUMBERTO MARTINS, DJe 20.3.2014.
Ausência de exigência legal da degravação.
Revelava-se desnecessária a realização de perícia nas interceptações telefônicas a fim de identificar os seus
interlocutores, na medida em que a Lei n. 9.296/1996 [que trata da interceptação telefônica] não
contempla determinação no sentido de que os diálogos captados nas interceptações telefônicas devem ser
integralmente transcritos, ou de que as gravações devem ser submetidas a perícia, razão pela qual a
ausência dessas providências não configura nulidade. MS 14.501/DF, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO
BELLIZZE, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 26/03/2014, DJe 08/04/2014.
Mesmo no processo penal, não é necessária a transcrição integral dos áudios.
Não é necessária a transcrição integral das conversas interceptadas, desde que possibilitado ao investigado
o pleno acesso a todas as conversas captadas, assim como disponibilizada a totalidade do material que,
direta e indiretamente, àquele se refira, sem prejuízo do poder do magistrado em determinar a transcrição
da integralidade ou de partes do áudio. STF. Plenário. Inq 3693/PA, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em
10/4/2014 (Info 742).
Saliente-se que a transcrição integral dos áudios acarretaria um trabalho desproporcional, o que traria
grande necessidade de recursos humanos sem qualquer efeito prático, já que as partes processuais já têm
acesso as gravações.
Tese 12: O exame de sanidade mental do servidor (art. 160 da Lei n. 8.112/1990) só é imperativo na
hipótese em que haja dúvida razoável de que o investigado tivesse, ao tempo dos fatos, condições de
assumir a responsabilidade funcional pelos atos a ele atribuídos.
Lei n. 8.112/1990.
Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade
9
competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo menos um
médico psiquiatra.
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao processo
principal, após a expedição do laudo pericial.
Caso concreto onde não houve dúvida razoável acerca da sanidade mental do servidor.
O exame do servidor por junta médica (art. 160 da Lei 8.112/90) só é imperativo na hipótese em que haja
dúvida razoável de que o servidor tivesse ao tempo dos fatos condições de assumir a responsabilidade
funcional pelos atos a ele atribuídos.
No caso em exame a Comissão Processante explicitou os motivos pelos quais concluiu que não havia
motivo para duvidar da capacidade mental do impetrante, de modo que não se configura cerceamento de
defesa. AgInt no MS 25.060/DF, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
11/09/2019, DJe 16/09/2019.
Tese 13: A preexistência de doença mental ao tempo do cometimento dos fatos apurados no processo
administrativo disciplinar impede a aplicação da pena disciplinar se constatada, por qualquer meio, a
absoluta inimputabilidade do agente.
Constituição Federal
Art. 40, §1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado: I. por
incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido, quando insuscetível de
readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para verificação da
continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo
ente federativo;
Lei n. 8.112/1990.
Art. 186. O servidor será aposentado: I. por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando
decorrente de acidente em serviço, moléstia profissionalou doença grave, contagiosa ou incurável,
especificada em lei, e proporcionais nos demais casos. §1º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou
incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, tuberculose ativa, alienação mental (…).
A preexistência de doença mental ao tempo da prática do ato de indisciplina impede a aplicação da
pena disciplinar.
A preexistência de doença mental ao tempo da prática do ato de indisciplina impede a aplicação da pena
disciplinar se constatada, por qualquer meio, a absoluta inimputabilidade do agente. MS 13.074/DF, Rel.
Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 27/05/2015, DJe 02/06/2015.
Caso a doença seja incapacitante, o servidor deve ser aposentado.
Sobre o tema, veja o Art. 40, §1º da Constituição Federal e o Art. 186 da Lei nº 8.112/1990.
A superveniência de doença mental não dá direito a revisão do PAD.
Na hipótese dos autos, alega-se a superveniência de incapacidade mental parcial como fato novo a
justificar a revisão da pena de demissão aplicada ao impetrante, numa tentativa de demonstrar sua
inadequação, ao argumento de que, já na época dos acontecimentos investigados no PAD, o impetrante se
encontrava debilitado.
A atual situação de parcial debilidade mental do impetrante não alcança a gênese dos ilícitos
administrativos por ele perpetrado quando no exercício do cargo público, porquanto o documento trazido
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aos autos carece de potencialidade material e jurídica suficiente a causar, ao menos, dúvida quanto à
juridicidade do ato de demissão, que permanece legítimo e adequado aos preceitos constitucionais,
notadamente a legalidade, moralidade, razoabilidade e proporcionalidade. MS 11.441/DF, Rel. Ministro
HAROLDO RODRIGUES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/CE), TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
13/04/2011, DJe 01/07/2011.
Tese 14: Em matéria de demissão por enriquecimento ilícito (art. 132, IV, da Lei 8.112/1990 c/c art. 9º, VII,
da Lei 8.429/1992), compete à administração pública comprovar o incremento patrimonial significativo e
incompatível com as fontes de renda do servidor no PAD e ao servidor acusado o ônus de demonstrar a
licitude da evolução patrimonial constatada pela administração, sob pena de configuração de improbidade
administrativa.
Lei 8.112/1990.
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: IV. improbidade administrativa.
Lei 8.429/1992.
Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer
tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou
atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: VII. adquirir, para si ou para
outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor
seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público.
Ônus probatório no PAD motivado por suposto ato de enriquecimento ilícito do servidor.
• Ônus da Administração: Comprovar o incremento patrimonial significativo e incompatível com as
fontes de renda do servidor.
• Ônus do Servidor: Demonstrar a licitude da evolução patrimonial constatada pela administração.
A jurisprudência deste Superior Tribunal é no sentido de que em matéria de enriquecimento ilícito, cabe à
Administração comprovar o incremento patrimonial significativo e incompatível com as fontes de renda do
servidor. Por outro lado, é do servidor acusado o ônus de demonstrar a licitude da evolução patrimonial
constatada pela administração, sob pena de configuração de improbidade administrativa por
enriquecimento ilícito. MS 20.765/DF, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Seção, DJe 14.2.2017.
Tese 15: O fato de o servidor ter prestado anos de serviços ao ente público, e de possuir bons antecedentes
funcionais, não é suficiente para amenizar a pena a ele imposta se praticadas infrações graves a que a lei,
expressamente, prevê a aplicação de demissão.
Princípio da legalidade estrita (ou legalidade administrativa).
CF, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (…).
A aplicação da pena de demissão é ato vinculado.
Demonstrada a prática de infração aos arts. 117, IX, e 132, IV e XIII, da Lei 8.112/90, o ato de demissão é
vinculado. A Administração Pública, quando se depara com situações em que a conduta do investigado se
amolda nas hipóteses de demissão ou cassação de aposentadoria, não dispõe de discricionariedade para
aplicar pena menos gravosa por tratar-se de ato vinculado. MS 19.995/DF, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES
MAIA FILHO, Rel. p/ Acórdão Ministra ASSUSETE MAGALHÃES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 14/11/2018.
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Bons precedentes funcionais não afastam a imperatividade da pena de demissão.
O fato de os servidores terem prestado anos de serviços ao ente público, e de terem bons antecedentes
funcionais, não é suficiente para amenizar a pena a eles impostas se praticadas, como no caso, infrações
graves a que a lei, expressamente, prevê a aplicação de demissão. STJ, MS 12.176/DF, Rel. Ministra Maria
Thereza de Assis Moura, Terceira Seção, DJE de 08/11/2010.
Impossibilidade de afastar a pena de demissão com base no princípio da proporcionalidade.
Jurisprudência em Teses, STJ. Ed. 142: 7) Na esfera administrativa, o proveito econômico auferido pelo
servidor é irrelevante para a aplicação da penalidade no processo disciplinar, pois o ato de demissão é
vinculado (Art. 117, c/c Art. 132 da Lei 8112/1990), razão pela qual é despiciendo falar em razoabilidade
ou proporcionalidade da pena. 
Tese 16: A regra do crime continuado (art. 71 do Código Penal) não incide por analogia sobre o PAD, porque
a aplicação da legislação penal ao processo administrativo restringe-se aos ilícitos que, cometidos por
servidores, possuam também tipificação criminal.
Código Penal.
Art. 71. Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma
espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os
subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se
idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços.
Há fatos ilícitos administrativos que, se cometidos de forma continuada pelo servidor público, não se
sujeitam à sanção com aumento do quantum sancionatório previsto no art. 71, caput, do CP.
Há fatos ilícitos administrativos que, se cometidos de forma continuada pelo servidor público, são
impassíveis de se sujeitar a sanção com aumento do quantum sancionatório, justamente porque não se
pode tratar de aumento quando a sanção administrativa, por sua natureza, inadmitir a unidade ficta em
favor do agente. STJ. REsp 1.471.760-GO, Rel. Min. Benedito Gonçalves, por maioria, julgado em
22/2/2017, DJe 17/4/2017. (Info 602)
A aplicação da legislação penal ao processo administrativo restringe-se aos ilícitos que, cometidos por
servidores, possuam também tipificação criminal.
Incabível a incidência, por analogia, da regra do crime continuado, prevista no art. 71 do Código Penal,
porque a aplicação da legislação penal ao processo administrativo restringe-se aos ilícitos que, cometidos
por servidores, possuam também tipificação criminal. STJ. RMS 19.853-MS, Rel. Min. Laurita Vaz, DJe
8/2/2010. 
Caso a infração não seja prevista também como crime, será inaplicável o benefício da continuidade
delitiva.
Portanto, caso a infração disciplinar cometida pelo servidor não seja também prevista como crime, este
não poderá ser beneficiado pela continuidade delitiva posto que a aplicação da legislação penal ao
processo administrativo restringe-se aos ilícitos que, cometidos por servidores, possuam tambémtipificação criminal.
QUESTÕES
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1) A ausência de interrogatório do investigado não importa em nulidade. (___)
2) Não caracteriza cerceamento de defesa no PAD a ausência de interrogatório para a qual contribuiu o
próprio investigado. (___)
3) O interrogatório é instrumento de autodefesa do investigado, e, por isso, deve ser realizado somente
após a oitiva das testemunhas. (___)
4) É obrigatória a intimação pessoal do servidor, ainda que representado por advogado, acerca do ato
proferido pela autoridade coatora, que determinou a sua demissão. (___)
5) Devem ser anuladas as ouvidas de testemunha nas quais não tenha sido observado o prazo de 3 (três)
dias úteis entre a intimação de cada um dos Impetrantes e a realização do ato, e, por consequência,
considerados nulos os atos delas decorrentes. (___)
6) A não realização da oitiva de testemunha constitui cerceamento de defesa no PAD quando, intimada, a
testemunha tenha deixado de comparecer à audiência. (___)
7) O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente
protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. (___)
8) Qualquer membro da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente
protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. (___)
9) A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar ofende a Constituição.
(___)
10) A simples ausência de servidor acusado ou de seu procurador não macula a colheita de depoimento de
testemunha no PAD, desde que pelo menos um deles tenha sido intimado sobre a realização da audiência.
(___)
11) Em processo administrativo disciplinar, a falta de intimação do servidor público após a apresentação do
relatório final pela comissão processante não configura ofensa às garantias do contraditório e da ampla
defesa por ausência de previsão legal. (___)
12) Existe previsão legal da apresentação de alegações finais após a finalização do relatório do PAD. (___)
13) O presidente da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente
protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. (___)
14) Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de conhecimento
especial de perito. (___)
15) É permitida a “prova emprestada” no processo administrativo disciplinar, desde que devidamente
autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla defesa. (___)
16) Em nenhuma hipótese é possível o aproveitamento de prova produzida em processo administrativo
disciplinar declarado nulo para a instrução de novo PAD. (___)
17) Sempre que os depoimentos forem colidentes, a comissão processante deverá realizar a acareação.
(___)
18) É indispensável a transcrição integral de diálogos colhidos em interceptação telefônica no âmbito do
PAD. (___)
19) O exame de sanidade mental do servidor (art. 160 da Lei n. 8.112/1990) só é imperativo na hipótese em
que haja dúvida razoável de que o investigado tivesse, ao tempo dos fatos, condições de assumir a
responsabilidade funcional pelos atos a ele atribuídos. (___)
20) A preexistência de doença mental ao tempo do cometimento dos fatos apurados no processo
administrativo disciplinar impede a aplicação da pena disciplinar se constatada, por qualquer meio, a
absoluta inimputabilidade do agente. (___)
21) A superveniência de doença mental possibilita a revisão do PAD. (___)
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22) Em matéria de demissão por enriquecimento ilícito (art. 132, IV, da Lei 8.112/1990 c/c art. 9º, VII, da Lei
8.429/1992), é ônus do Servidor demonstrar que não teve incremento patrimonial significativo e
incompatível com as fontes de renda do servidor no PAD. (___)
23) Na esfera administrativa, ainda que o ato praticado seja punido com demissão, é possível aplicar pena
menos gravosa com base no princípio da razoabilidade ou proporcionalidade da pena. (___)
24) O fato de o servidor ter prestado anos de serviços ao ente público, e de possuir bons antecedentes
funcionais, não é suficiente para amenizar a pena a ele imposta se praticadas infrações graves a que a lei,
expressamente, prevê a aplicação de demissão. (___)
25) A regra do crime continuado (art. 71 do Código Penal) não incide por analogia sobre o PAD, porque a
aplicação da legislação penal ao processo administrativo restringe-se aos ilícitos que, cometidos por
servidores, possuam também tipificação criminal. (___)
26) É incabível a incidência, por analogia, da regra do crime continuado, prevista no art. 71 do Código Penal,
porque a aplicação da legislação penal ao processo administrativo restringe-se aos ilícitos que, cometidos
por servidores, possuam também tipificação criminal. (___)
Gabarito:
1.E 2.C 3.C 4.E 5.C 6.E 7.C 8.E 9.E 10.C 11.C 12.E 13.C 14.C 15.C 16.E 17.E 18.E 19.C 20.C
21.E 22.E 23.E 24.C 25.C 26.C
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