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DPC3_T2_Teoria Geral da Execução_Defesa

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR - UCSAL
FACULDADE DE DIREITO
DIREITO PROCESSUAL CIVIL III
 Tema 02: 	TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO II
PROCEDIMENTO. Defesa do Executado. Impugnação e Embargos. Execução de título judicial e extrajudicial. Execução definitiva e provisória. Legitimidade.
DEFESA DO EXECUTADO
Após as alterações que o legislador procedeu no CPC, não mais se realiza a execução de títulos judiciais na forma como era anteriormente nos termos da Lei nº. 11.232/2005.
A matéria de defesa, ou resistência, do executado por titulo judicial se realiza por via de impugnação nos próprios autos do processo de conhecimento, parecendo que o procedimento executório é seqüência da cognição. Todavia, não é bem isto. Pode se dizer que é uma seqüência procedimental, especial, constituindo-se em fase própria da execução, até porque a fase cognitiva já está ultrapassada com a sentença transitada em julgado. Nessa seqüência pode ocorrer inclusive que haja necessidade de liquidação do titulo judicial, se o “decisum” for ilíquido. 
Em se tratando de titulo executivo extrajudicial, a defesa, ou resistência, do executado se fará por meio de embargos à execução, diante do processo executório.
Observando-se que os Embargos e a Impugnação não se constituem propriamente uma defesa, mas tão somente em uma resistência do Executado à pretensão do Exeqüente, quando couber e nos casos previstos no Código.
Tudo isto, portanto, de conformidade com a legislação própria: 
Títulos executivos judiciais
“	Houve, revogação expressa do art. 584, do CPC (art. 9º da Lei nº 11.232/2005) mas, na verdade, o que na prática ocorreu foi simples transmutação para o processo de conhecimento dos provimentos jurisdicionais que constituem títulos executivos judiciais, o que reforça a idéia de que não houve transformação da execução em mera fase do processo de conhecimento, mas sim em forma especial e diversa do processo autônomo, para lhe conferir a respectiva realização.
	Os títulos executivos judiciais, definidos, agora, no art. 475-N, I a VII, são os mesmos do art. 584: 
I - a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia (art. 475-N, I);
II –	a sentença penal condenatória transitada em julgado;
III –	a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo;
IV – 	a sentença arbitral;
V –	o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente;
VI –	a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
VII – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal.”
IMPUGNAÇÃO. EXCECUÇAO DE TITULO JUDICIAL 
Impugnação do devedor. Causas.
O devedor, no prazo de quinze dias após a intimação da penhora e avaliação poderá apresentar impugnação (art. 475-J, § 1º). Se intimado for o advogado, o prazo começará a correr após a efetivação na forma admitida, inclusive pela imprensa, quando for o caso (arts. 236 e 237); se o representante legal, ou o devedor pessoalmente, a partir da juntada aos autos do mandado respectivo ou do aviso de recebimento (art 241, I e II), da carta precatória, de ordem ou rogatória (art. 241, IV), se for o caso, ou da dilação prevista no edital (art. 241, V), mas, com relação a vários executados, quando houver, continuam as execuções a correr independentemente, não se aplicando o inciso III, do art. 241.
A impugnação é defensiva, sem natureza de ação, mas fica restrita à motivação do art. 475-L. O incidente, porém, pode exigir atividade instrucional, com produção irrestrita de provas.”
- 	In Ernane Fidelis dos Santos - Manual do Direito Processual Civil, Volume 1, Editora Saraiva, 266/267 e 280 – obra citada
Obs.: Observar que o mencionado art. 584, foi revogado pela mencionada Lei nº 11.232/2005 e que o art. 475-N substituiu o artigo revogado.
Conforme o art. 475-L, a defesa do executado, por via de impugnação, em título judicial, poderá fundar-se nas seguintes razões: 
“I – Falta ou nulidade da citação, se o processo correu a revelia; II – inexigibilidade do título; III – penhora incorreta ou avaliação errônea; IV – ilegitimidade de partes; V – excesso de execução; VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente a sentença.”
Por força dos §§ 1º e 2º desse mesmo artigo, no que tange ao inciso II, considera-se também inexigível: o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação de lei ou ato normativo, tidas pelo Supremo Tribunal Federal como incompatíveis com a Constituição Federal.
EMBARGOS. EXECUÇÃO DE TITULO EXTRAJUDICIAL
Consoante já sabido, somente cabe embargos, a título de defesa, ou resistência, quando se trata de execução de titulo extrajudicial, cujo procedimento será examinado no tema seguinte.
Cabe aqui, o exame doutrinário da matéria:
Títulos executivos extrajudiciais
“Não há possibilidade de instauração de processo executório sem o título executivo. Este se informa exclusivamente pela lei e tem validade formal.
Títulos executivos são apenas os que a lei enumera, não sendo permitida a criação de outros pela vontade dos particulares. Os tribunais, às vezes, vacilam em tal entendimento. Dá-se exclusivamente, por exemplo, a saldo de contas bancarias dos chamados ‘cheques especiais’, quando o depositante fornece declaração de que aceita a conta posterior, o que não é reconhecido em lei, principalmente quando se sabe que o interessado não participa de nenhuma apuração feita unilateralmente e sem forma nem figura de juízo pela empresa bancária.
....................................................................................................
Interpretação restritiva dos títulos extrajudiciais
O título extrajudicial, em razão de encontrar seus fundamentos no acertamento dos particulares e não na atividade jurisdicional, é de restrita interpretação. Ou seja, não se concebe a existência de título executivo extrajudicial que não esteja definido em lei.
A jurisprudência tem exagerado um pouco quanto à admissibilidade de títulos executivos extrajudiciais embora não uniformemente. O cartão de crédito, por exemplo, já foi considerado título executivo, bem como o saldo bancário negativo de contas especiais (Cheque Ouro do Banco do Brasil, por exemplo), desde que haja contrato subscrito por duas testemunhas, como o devedor reconhecendo antecipadamente a diferença apresentada, ao que, aliás, faltaria o requisito da certeza do título.”
	- 	In Ernane Fidelis dos Santos - Vol. 2, págs. 8, 36/37 – 
Diante de tais assertivas e para melhor compreensão e fixação no aprendizado, convém dizer quais são os títulos que a lei determina serem executivos. Isto está prescrito no CPC:
”Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais: I - A letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, o debênture e o cheque; II – a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores; III – os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro de vida; IV – o crédito decorrente de foro ou laudêmio; V – o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; VI – o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial; VII – a certidãode dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei; VIII – todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva”.
Assim, sempre que ocorrer inadimplemento dessas obrigações poderá haver a execução forçada e, neste caso, a defesa o devedor far-se-á por via de embargos à execução: “ Quando a execução se fundar em titulo extrajudicial, o devedor poderá alegar, em embargos, além das matérias previstas no art. 741, qualquer outra que lhe seria lícito deduzir como defesa no processo de conhecimento (art. 745 do CPC)”. 
Como se vê, a defesa ou resistência do devedor se consubstancia nos embargos de forma ampla e irrestrita como se processo de conhecimento fosse.
“O titulo executivo extrajudicial poderá ter por objeto qualquer espécie de obrigação, mas, para ser admitido como tal, tem de atender à formalidade essencial, conforme prevista em lei. Nesse caso, em face da enumeração casuística da lei, para as obrigações de fazer ou de não fazer e para as de entrega de coisa, o único titulo possível será o documento público ou particular assinado por duas testemunhas, mas, para as de pagamento de quantia certa, o desdobramento é maior, envolvendo também as cambiais, contratos e tudo enfim que a lei considera como tal. Para toda a execução, assim, instaurada e processada autonomamente, haverá possibilidade de embargos, em forma especifica de defesa, atendendo eles à procedimentabilidade de acordo com a obrigação respectiva”.
	- 	In Ernane Fidelis dos Santos - Vol. 2, págs. 38 – obra citada - 
EXECUÇÃO DEFINITIVA E PROVISÓRIA
( SENTENÇAS ( 
A lei permite que se proceda a execução definitiva ou provisória, conforme seja o efeito do recurso recebido contra a decisão judicial. 
Se o recurso, geralmente de apelação, for recebido tão somente no efeito devolutivo, cabe a execução provisória da sentença, ressalvados os casos em que o relator suspende os efeitos do “decisum”, a requerimento do apelante, e com fundamento nos arts. 558 e 520 do CPC, combinados entre si.
Aplica-se a suspensão dos efeitos da decisão, no Agravo, com o mesmo fundamento do art. 558 do CPC.
No caso em que o recurso de apelação, por exemplo, é recebido em ambos os efeitos, quais sejam suspensivo e devolutivo, prevalece a suspensividade, o que não permite a execução provisória da sentença. Neste caso a execução só poderá ser definitiva após o transito em julgado.
Invocando, mais uma vez, a doutrina, temos :
“Como já se disse, a finalidade da execução é satisfativa, ou seja, satisfazer a obrigação consagrada num título. Para tanto, o Poder Judiciário, determina atos concretos cogentes que vão culminar com a entrega da coisa, com o pagamento do credor, etc. Para que tal ocorra e se extinga a execução é preciso que o título seja definitivo, ou seja, sentença transitada em julgado ou título extrajudicial.
	A fim de não protrair demais a satisfação do credor, a lei autoriza o adiantamento de certos atos executórios mesmo enquanto pendente recurso contra sentença exeqüenda, obstando, contudo, a consumação de atividade executória porque o recurso pode provocar a reforma da decisão e, portanto, a modificação ou o desaparecimento do título.”
- 	In Vicente Greco Filho - Direito Processual Civil Brasileiro, Volume 3, Editora Saraiva, 17ª Edição - pág. 33/34 – 
 
....................................................................................................................................
 
“A Lei nº 10.444/02, modificando o art. 588 do CPC, continuou a estabelecer a mesma forma de execução definitiva para a provisória, mas alterou sensivelmente suas condições de realização, inclusive permitindo a alienação de bens, em qualquer hipótese. Agora, como fase subseqüente do processo de conhecimento, a nova disciplina é abrangida pelo art. 475-O . . . .
	Com a modificação da sentença, objeto da execução, por acórdão posterior, restituem-se as partes ao statu quo ante, inclusive rescindindo-se os atos alienatórios, devendo os eventuais prejuízos ser liquidados por arbitramento nos mesmos autos (art. 475-O, II). É preciso atentar, porém, para a natureza dos prejuízos que possam advir da nulificação do título judicial, quem os sofre e quem por eles devem responsabilizar-se. E, neste particular, é mister fixar a situação do credor, do devedor e de eventual terceiro que veio a participar de atos de disposição.
	Com relação ao devedor, a responsabilidade da execução provisória é do credor que fica obrigado a lhe ressarcir os danos sofridos, quando a sentença, em grau de recurso, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação que deu lugar à execução (art. 475-O,I)”
- 	In Ernane Fidelis dos Santos, Volume 1, pág. 161/162 – 
L E G I T I M I D A D E
A legitimidade, passiva e ativa, é encontrada na lei processual, mais precisamente nos arts. 566 a 568, do CPC (de consulta obrigatória), com a complementação doutrinaria que adiante de lê :
“Legitimação ativa no processo executório. Credor, substituto processual, Ministério Público, espólio, herdeiros, viúva meeira, legatário, cessionário, sub-rogado. Terceiro interessado e não interessado. Sub-rogação convencional.
	No processo executório, a situação é a mesma. No que relaciona com a regra geral de legitimação ativa, o critério é o de atribuí-la sempre ao credor que figure como tal no título executivo (art. 566, I). Mas, subsidiariamente ao processo de conhecimento (art. 598), são também adotados no caso de legitimação anômala, ou substituição processual, quando a lei o permitir. Assim, o marido pode também usar da ação executória em defesa dos bens dotais da esposa.
...............................................................................................................................................
O adquirente do imóvel hipotecado pode também sub-rogar-se do mesmo direito do credor hipotecário, inclusive com as garantias acessórias, como aval e fiança, quando lhe pagar a divida (CC/2002, art. 346, II).”
 - In Ernane Fidelis dos Santos, Volume 2 , pág. 62/63 – 
Em contra partida, a legitimação passiva pode recair sobre : 
“ Devedor, espólio, inventariante ou herdeiros, legatários...”
O pólo passivo do procedimento executório também incidirá sobre: 
“Novação subjetiva antes ou no curso do processo. Fiador convencional e judicial”.
A disciplina no CPC é encontrada no art. 568: 
“ São sujeitos passivos na execução:
I – o devedor, reconhecido como tal no título executivo;
II – o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor;
III - o novo devedor, que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo;
IV – o fiador judicial;
V – o responsável tributário, assim definido na legislação própria.”
________________________________________________________
APOSTILA DE RESPONSABILIDADE DO PROFº. LUIZ SOUZA CUNHA.
AUTORES CITADOS E CONSULTADOS
Ernane Fidelis dos Satnos	Manual de Direito Processual Civil
	 Vols. 1 e 2 - 11ª Edição - 2006
Vicente Greco Filho 	Direito Processual Civil Brasileiro
	 Vol 3 . - 17ª Edição
Nelson Neru Junior 	Código de Processo Civil Comentado
Rosa Maria de Andrade Nery	Vol. único - 9ª Edição 
Atenção:	A apostila é, tão somente, um resumo da matéria que pode ser aprendida pelo aluno. Ela deve servir de guia do ensino-aprendizado, sob orientação pedagógica.
	
	Esta apostila se destina, pois, exclusivamente ao estudo e discussão do texto em sala de aula, como diretriz do assunto, podendo substituir os apontamentos de sala de aula, a critério do aluno.
 	
	Consulte a bibliografia anteriormenteindicada além de outros autores.
Atualização janeiro/2012
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DPC3_T2_Teoria Geral da Execução II_Defesa

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