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o Século XIX: instrumentos precários, grosseiro, matéria prima imprópria e a limpeza realizada em qualquer pano ou avental do cirurgião (quando limpo) Descentralizada Semi- centralizada (década 50) Centralizada (atual) Cada unidade ou conjunto delas era responsável por preparar e esterilizar os materiais que utilizada Cada unidade prepara seus materiais, mas o encaminha para serem esterilizados Os artigos são processados no mesmo local, ou seja, são limpos, preparados, esterilizados, distribuídos e controlados quantitativa e qualitativamente o 1846: 1º cirurgia indolor o Necessidade de um profissional para cuidar dos instrumentais o Responsabilidade do Enfermeiro do Centro Cirúrgico (CC) o Diferenciação das atividades: CC x CME o RDC nº 15/2012: Segurança do Paciente o Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providencias Processamento: conjunto de ações relacionadas à pré-limpeza, recepção, limpeza, secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição para as unidades consumidoras Produtos para a saúde: fabricado a partir de matérias primas e conformação estrutural, que permitem repetidos processo de limpeza, preparo e desinfecção ou esterilização, até que percam a sua eficácia e funcionalidade Definição: unidade funcional destinada ao processamento de produtos para a saúde dos serviços de saúde, o que consiste no conjunto de ações relacionadas a pré-limpeza, recepção, limpeza, secagem, avaliação da integridade e da funcionalidade, preparo, desinfecção ou esterilização para as unidades consumidoras dos serviços de saúde Missão: promover todos os serviços assistenciais e de diagnóstico, com produtos para a saúde, garantindo a qualidade e quantidade necessárias para uma assistência segura Localização: o Dentro ou fora da EAS o Sistema de Comunicação efetivo o Centro Cirúrgico: monta carga limpo e sujo Art. 2° - Este Regulamento tem o objetivo de estabelecer os requisitos de boas práticas para o funcionamento dos ricos que realizam o processamento de produtos para a saúde visando à segurança do paciente e dos profissionais envolvidos Art. 3° - Este Regulamento se aplica aos Centros de Material e Esterilização – CME dos serviços de saúde públicos e privados, civis e militares, e às empresas envolvidas no processamento Art. 6° - A responsabilidade pelo processamento dos produtos no serviço de saúde é do Responsável Técnico Área física do CME: o Paredes: cerâmica, inox e vidro. Não podem conter materiais particulados ou fibrosos, índice de absorção de água inferior a 4% o Pisos: antiderrapantes, nivelado, sem porosidade, resistentes a abrasão e limpeza diária o Iluminação: algumas bancadas exigem maior acuidade visual. Pode haver iluminação natural com proteção o Cores: não há padrão o Bancadas: não podem conter materiais particulados ou fibrosos. Índice de absorção de água inferior a 4% o Acústica: buscar equipamentos eficientes que produzam menor ruído o Ventilação/ exaustão/ ar-condicionado: área limpa requer condicionamento de ar. Área suja pode ser ventilação ou exaustão. Não ocorrer choques térmicos devido ao calor liberado pelos equipamentos o Água/ energia: muitos equipamentos levam um grande consumo de água e energia. Manter uma adequada instalação elétrica e controle de qualidade de água Classificação do CME: CME Classe I: o Processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação não complexa, passíveis de processamento o Materiais: superfícies internas e externas podem ser atingidas por escovação e tenham diâmetros superiores a 5mm o Consultórios e Unidades Básicas de Saúde CMC Classe II: o Processamento de produtos para a saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação complexa e não complexa, passíveis de processamento o Materiais: lúmen inferior a 5mm ou com fundo cego, espaços internos inacessíveis para a fricção direta, reentrâncias ou válvulas o Hospitais e Endoscopia o Deve possuir, os seguintes ambientes: → Sala de recepção e limpeza (setor sujo) → Sala de preparo e esterilização (setor limpo) → Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo) → Área de monitorização do processo de esterilização (setor limpo) → Sala de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor limpo) o É obrigatória a separação da área de recepção e limpeza dos produtos para saúde das demais áreas o A empresa processadora não poderá utilizar desinfecção química por imersão como processo de desinfecção Observações: Art. 46 º: O CM Classe I deve possuir minimamente barreira técnica entre setor sujo e os setores limpos → Barreira técnica: conjunto de medidas comportamentais dos profissionais de saúde visando à prevenção de contaminação cruzada entre o ambiente sujo e ambiente limpo, na ausência de barreiras físicas CME Classe II → barreira física Produtos para saúde: Críticos → ESTERILIZAÇÃO Utilizados em procedimentos invasivos com penetração de pele e mucosas adjacentes, tecidos subepteliais, sistema vascular e todos que estejam diretamente conectados com esses sistemas (ex.: instrumentos cirúrgicos e de endoscopia) Semi críticos → DESINFECÇÃO Produtos que entram em contato com pele não integra ou mucosas integras colonizadas (ex.: materiais inalatórios e anestesia) Não críticos → LIMPEZA Produtos que entram em contato com pele integra ou não entram em contato com o paciente (ex.: comadre, papagaio, estetoscópio, termômetro) 1. Área de recepção e limpeza (setor sujo) 2. Área de preparo e esterilização (setor limpo) 3. Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo) 4. Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo) 5. Área de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor limpo) Áreas de apoio: sala administrativa, secretaria, sala de descanso dos funcionários, copa, depósito de material de limpeza, vestiários com sanitários para funcionários Área de recepção e limpeza o Os produtos para saúde devem ser submetidos ao processo de limpeza, antes de sua desinfecção ou esterilização o A limpeza de produtos não críticos pode ser realizada em outras unidades do serviço de saúde, desde que de acordo com o Procedimento Operacional Padronizado do CME LIMPEZA Remoção de sujidades e redução da carga microbiana presente nos produtos através da utilização de água, detergentes, produtos e acessórios de limpeza, por meio da ação mecânica (manual ou automatizada), atuando em superfícies internas (lúmen) e externas, de forma a tornar o produto seguro para manuseio e preparo para desinfecção ou esterilização o Orgânicas: proteínas, sangue, tecidos, fezes, biofilme e endotoxinas o Inorgânicas: minerais, gesso, resinas e produtos químicos Obs.: Biofilme → comunidade de células aderidas a uma superfície e entre si embebecidas por uma matriz de substancias extracelulares poliméricas (produzidas pelo próprio microorganismo com a finalidade de aumentar a sua chance de sobrevivência em um determinado meio). 60% das infecções relacionadas a assistência a saúde tem participação de algum tipo de biofilme em sua patogênese Limpeza manual: o Pré limpeza: remoção da sujidade visível o Limpeza por meio da fricção com escovas de cerdas firmes e macias e solução detergente, seguida por água corrente ou sob pressão o A fricção deve ser realizada com acessórios não abrasivos e que não liberam partículas o Deve ser utilizada em materiais delicados o Encaminhar para checagem o Utilizar EPI oÉ limitada o Sofre variações técnicas entre os profissionais, reduzindo a efetividade do processo FLUXO UNIDIRECIONAL o Requer supervisão periódica para controlar o cumprimento dos protocolos Limpeza automatizada: o Possibilita a reprodutividade do processo, monitoramento e reduz a exposição a riscos ocupacionais biológicos o Desenvolvidas por meio de equipamentos que operam em diferentes condições de temperatura e tempo o Reduz o risco de acidentes, mas deve-se utilizar EPI o Prever tratamento da água o Consultar fabricante do equipamento quanto ao uso do detergente Química da limpeza: o Ação química: detergente o Ação mecânica: fricção ou jatos de água o Ação térmica: temperatura o Solvente: água o Tempo Detergentes: o Composto por moléculas organizas de alto peso molecular, geralmente sais e ácidos graxos o Possui substancias não solúveis em água, que possuem afinidade com gordura, e solúveis em água. Essa combinação promove a remoção da sujidade o Fácil enxague, sem deixar resíduos e danificar o instrumental Detergente enzimático: o Ação de enzimas (proteases, lipases, amilases e carboidrases) sobre a matéria orgânica, as quais decompõem o sangue e fluidos aderidos aos artigos o Tem pH neutro, não correm, são atóxicos e permitem enxague simples o Ter cautela quanto ao tempo de exposição pois as enzimas podem ser usadas como fonte de energia pelos microorganismos Lavadoras automatizadas: Termodesinfectadora: o Limpam e desinfectam, por meio térmico ou químico, diversos materiais o Limpeza e termodesinfecção no final do ciclo Etapas: 1. Pré lavagem com água fria 2. Lavagem com detergente enzimático 3. Enxágue intermediário com águia 45°C por 3 min 4. Desinfecção térmica a 93°C por 10 min 5. Enxágue com água deionizada ou de mineralizada 6. Secagem com ar quente Cuidados com a lavadora termodesinfectante: → Cargas compatíveis com o tamanho da lavadora → Manter pinças abertas → Desmontar materiais complexos → Escolher ciclo, rack, detergente adequado → Evitar obstruções de orifícios de saída dos jatos de água Ultrassônica: o Produção de ondas sonoras inaudíveis (entre 20 e 120 kHz) o Fenômeno da cavitação: bolhas microscópicas que, ao entrarem em contato com o material, estouram e geram uma área localizada de vácuo que removem a sujidade aderida no material ENXÁGUE o Objetivo de remover a matéria orgânica, microorganismos e detergente o Deve ser realizada com água que atenda aos padrões de potabilidade definidos em normatização especifica o Enxague abundante com água potável o O enxague final de produtos para saúde cítricos utilizados em cirurgias de implantes ortopédicos, oftalmológicos, cirurgias cardíacas e neurológicas devem ser realizadas com água purificada o Momento: imediatamente após a lavagem ultrassônica ou manual o Solução: água corrente (filtrada, osmose reversa, estéril) → imersão em água, com volume suficiente para cobrir o instrumental o Em lúmens → jatos de água com pistola de água o Ao término, deve desprezar a água SECAGEM o Utilizar pistola de água sob pressão para limpeza manual de produtos com lúmen e ar comprimido medicinal, gás inerte ou ar filtrado, seco e isento de óleo para secagem dos produtos o Utilizar EPI, luvas sem talco o Umidade favorece o crescimento microbiano, interfere na esterilização e dilui desinfetantes o Atenção a recontaminação MONITORAMENTO DA LIMPEZA Qualidade da água: o Mensuração da dureza da água, pH, íos cloreto, cobre, ferro, manganês e a carga microbiana o A qualidade insatisfatória pode levar: oxidação das câmeras lavadoras, mudanças nos Componetes das lavadoras, oxidação e manchas instrumentais cirúrgicos Água deionizada: é utilizado resinas de troca iônica especiais com o intuito de remover ânions e cátions presentes na água. Não remove bactérias ou endotoxinas Osmose: é um fenômeno natural que ocorre quando duas soluções de concentrações diferentes são separadas por uma membrana semipermeável (permeável para solventes e impermeável para solutos). A osmose-reversa- ultrapura é a inversão desse sentido de fluxo através da aplicação de uma pressão maior que a PO. Nesse caso, a membrana permitirá a passagem apenas do solvente (água), retendo os solutos (contaminantes) CLIMATIZAÇÃO o Manter temperatura ambiente entre 18° e 22°C o Garantir vazão mínima de ar total de 18 m3/h/m2 o Manter diferencial de pressão negativo entre os ambientes adjacentes, com pressão diferencial mínima de 2,5 Pa o Promover exaustão forçada de todo ar da sala com descarga para o exterior da edificação o O ar de reposição pode ser proveniente dos ambientes vizinhos, exceto da área suja Área de recepção: o Pelo menos uma bancada com dimensões que permitam a conferencia dos materiais de forma a garantir a segurança do processo o Possuir recipientes para descarte de materiais perfurocortantes e de resíduos biológicos o Instrumental cirúrgico e produtos consignados → deve existir uma área exclusiva para recepção, conferencia e devolução Área de limpeza: os equipamentos destinados à limpeza automatizada devem ser instalados em área que não obstrua a circulação da sala de recepção e limpeza, obedecendo às especificações técnicas do fabricante Área de limpeza e esterilização Preparo e acondicionamento: o Material rigorosamente limpo o Ser preparado de modo a facilitar e manter a esterilização o Utilizar técnicas padronizadas e funcionais para os pacotes o Possibilitar conservação, prevenindo quebra ou desgaste o Sistema de barril estéril (embalagens): permite esterilização do conteúdo e mantém esterilizado até a utilização (as embalagens precisam ser compatíveis com o método de esterilização) o Não é permitido: embalagens de papel kraft, papel toalha, papel manilha, papel jornal, lâminas de alumínio ou caixas metálicas sem furos o Embalagens de tecido de algodão: possuir um plano contendo critérios de aquisição e substituição do arsenal de embalagem de tecido mantendo os registros desta movimentação o Embalagem ideal: → Identificação obrigatória → Rótulo: capaz de se manter legível e afixado durante todo o processo → nome do produto; nº do lote; data de esterilização; data limite de uso; método de esterilização; nome do responsável pelo preparo) → Barreira para microorganismos, partículas e fluídos → Resistente (tempo de prateleira) → Permitir penetração e remoção do agente esterilizante e ar → Livre de ingredientes tóxico, corantes e desprender o mínimo de partículas → “Memória” mínima → Tampas dos contêineres removíveis → Permitir acomodação segura, visualização e técnica asséptica → Ser inviolável e capaz de selar uma única vez → Ter indicador químico → Custo-benefício Tipos de embalagem: Tecido de algodão Papel cirúrgico – baixo custo Tyvek – alta resistência a tração e excelente barreira microbiana Papel crepado – biodegradável e flexível SMS – repelente a líquidos, excelente barreira microbiana e diferentes tamanhos Contêiner rígido Caixas metálicas perfuradas Métodos e controle de esterilização: Morte microbiana: Schimdt (1954): falha do organismo em se reproduzir → Incapacidade de iniciar germinação → Incapacidade de duplicar macromoléculas críticas para seu metabolismo ESTERILIZAÇÃO o Processo físico, físico-químico ou químico que destrói todas as formas de vida microbiana (bactérias em forma vegetativa e esporuladas, fungos e vírus) o Os microorganismos são mortos a tal ponto que não seja mais possível detectá-los no meio de cultura padrão no qual previamente haviam proliferado Esterilidade:probabilidade de cada item estar esterilizado o Nível de segurança de esterilidade → Sterility Assurance Level – SAL o Número definido para a margem de segurança nos processos de esterilização o Food and Drug Administration (FDA) – SAL 10 -6 Características ideais para um método de esterilização: o Alta eficácia: virucida, bactericida, micobactericida, fungicida e esporicida o Rápido: curto tempo o Alta penetrabilidade o Compatível com materiais o Atóxico o Resistente a matéria orgânica o Adaptável o Monitorável o Custo-efetivo Fatores que interferem na ação do esterilizante: o Natureza do item o Número de microorganismos o Resistência intrínseca dos microorganismos o Quantidade de matéria orgânica e inorgânica o Tipo e concentração do germicida o Tempo e temperatura da exposição Métodos de esterilização: Físicos: vapor saturado sob pressão (calor úmido), radiação (raios gama e feixe de elétrons) Físico-químico: óxido de etileno, plasma de peróxido de hidrogênio, vapor a baixa temperatura e formaldeído Químico: imersão em germicida líquido, como aldeídos e ácido peracético (manual ou automatizado) → proibido no Brasil Físicos: Vapor saturado sob pressão (calor úmido) → Autoclave O mecanismo de ação é obtido através da termo coagulação e da desnaturação de proteínas, isto é, perda de função vital das células Para uma população inicial de 1.000.000 e para obter-se um SAL 10-6 deverá ocorrer uma redução de 12 ciclos logaritmos, ou seja, uma probabilidade de um item não estéril em de itens 121°C – 15 min 134°C – 7 min Elementos essenciais para garantir o processo de esterilização: temperatura, pressão, tempo de saturação do vapor, remoção do ar da câmera, disposição da carga Mecanismo de ação do Calor Úmido: o O calor é recebido durante uma mudança de estado físico, mantendo-se na mesma temperatura o A esterilização está fundamentada nessa troca de calor entre o meio e o objeto a ser esterilizado o O que esteriliza é o vapor o Vapor não se mistura com o ar. O ar, por ser menor, tem uma tendência de penetrar no material com mais facilidade, por isso tem que ser retirado gradativamente (retira o ar → injeta vapor) o É preciso retirar o ar e pré-aquecer o material o Secagem do material antes de abrir a porta da autoclave (vapor se condensa em superfície fria) 1. Drenagem do ar 2. Entrada do vapor e exposição dos artigos 3. Exaustão do vapor 4. Secagem Calor Latente: o Calor recebido durante uma mudança de estado físico, mantendo-se a mesma temperatura o O vapor saturado sob pressão em contato com a superfície fria dos artigos que estão dispostos na autoclave sofre uma condensação, que libera o calor latente aquecendo e molhando simultaneamente os materiais o Assim, o calor latente através da termocoagulação das proteínas provocará a morte letal dos microorganismos e ea esterilização está fundamentada nessa troca de calor entre o meio e o objeto a ser esterilizado Invólucros compatíveis: papel grau cirúrgico, papel grua cirúrgico com filme plástico, tecido não cirúrgico (SMS), papel crepado, tyvec, contêineres Falhas no processo: embalagens incompatíveis, qualidade dos pacotes, cancelamento do ciclo, guarda de pacotes demasiadamente quente, má qualidade da água (resíduos), falhas no equipamento Físico-químico Óxido de Etileno (ETO) Físico → autoclave Químico → C2H4O o Gás incolor, inflamável, explosivo e carcinogênico o Toxicidade o Presença de resíduos e subprodutos Vapor saturado sob pressão Superfície fria dos artigos Condensação Libera calor latente aquecendo e molhando simultanemanete os materiais Termocoagulação das proteinas provocara a morte dos micorooganismos o Concentração de 450 a 1200 mg/dl o Temperatura de 37 a 64°C – umidade relativa de 40 a 80% o Tempo de exposição de 1 a 6 horas o Aeração de 8 a 12 horas – temperatura de 60 a 50°C Mecanismo de ação: alquilação de proteínas microbianas e sua letalidade depende da temperatura, da umidade relativa e do tempo de exposição Fases: 1. Carregamento da câmara 2. Aquecimento da câmara 3. Programação do ciclo de esterilização 4. Remoção do ar por alto vácuo 5. Injeção do gás óxido de etileno 6. Tempo de exposição 7. Remoção do gás 8. Aeração Vantagens: o Baixa temperatura – artigos termossensíveis o Alta difusibilidade com capacidade de penetração em artigos de lúmens longos, estreitos e de fundo cego Plasma de Peróxido de Hidrogênio o O plasma é um estado físico da matéria definido como uma nuvem de íons, elétrons e partículas neuras, as quais são altamente reativas o É produzido através da aceleração de moléculas de peroxido de hidrogênio e ácido peracético o Seu mecanismo de eliminação microbiana é obtido através da oxidação através de radicais livres (destruição de membranas celulares de microorganismos, ligações especificas com enzimas, fosfolipídios, DNA e RNA) o O parâmetros utilizados para realização deste processo são: temperatura, pressão, concentração de peroxido de hidrogênio, energia do plasma, tempo Fases: 1. Vácuo: remoção do ar 2. Injeção da ampola de peroxido de hidrogênio – o cassete de pH é com a forma liquida perfurado e vaporiza-se 3. Difusão: o gás se espalha por toda câmara e penetra em toda superfície interna e externa das embalagens. A bomba é acionada por radiofrequência que emite onda eletromagnética, a qual permite a formação do plasma 4. Plasma – morte microbiana. Os radicais livres com ação esterilizante são formados 5. Ventilação: nivelação das pressões intra e extra câmara 6. Registro do processo realizado Desvantagens: o Incompatível com celulose, líquidos, lumens de fundo cego e tamanho do material de comprimento > 1 ou 2 metros o Custo: necessidade de climatização, embalagens e indicadores do processo próprios Vantagens: o Ao final do processo não apresenta resíduos tóxicos, apenas água e oxigênio o Rápido: 28 a 75 minutos (conforme ciclo programado e materiais) Sala de desinfecção química Desinfecção: processo de eliminação de microorganismos presentes nos produtos utilizados para assistência à saúde, porém com menor poder letal que a esterilização, pois não destrói todas as formas de vida microbiana, principalmente os esporos Processos: Físico: ação térmica (termodesinfecção) Químicos: aldeídos, ácido peracético, soluções cloradas e álcool Físico-químico: água eletrolisada, por exemplo Níveis: Alto nível: o Capaz de atravessar as paredes dos endósporos (forma vegetativa de alguns esporos) Nível intermediário: o Conseguem penetrar na membrana celular das micobactéria (bactérias vegetativas, bacilo da tuberculose, fungos) o Fenóis sintéticos e álcool etílico ou isopropílico Baixo nível o Conseguem penetrar na membrana (bactérias vegetativas e vírus lipídicos) o Quaternário de amônia Tipos de desinfecção: Físicos: ação térmica como a pasteurização e a termodesinfecção Químicos: desinfetantes químicos como o álcool e ácido peracético Físico-químico: agentes químicos fisicosautomatizados Desinfecção química: o Dispor de uma sala exclusiva e adotar as medidas de segurança preconizadas pelo fabricante, em relação ao uso de saneantes e saúde do trabalhador o Enxágue: água que atenda aos padrões de potabilidade o Transporte: embalagem ou recipiente fechado o Monitorização dos parâmetros indicados de efetividade dos desinfetantes para artigo semicrítico, como contração, pH ou outros, no mínimo 1 vez ao dia, antes do início das atividades o Desinfetantes para artigo semicrítico devem ser utilizados de acordo com os parâmetros definidosno registro do produto com os parâmetros, inicial e subsequentes, registrados e arquivados pelo prazo mínimo de 5 anos o Todos os germicidas devem ser aprovados pela ANVISA Área de monitoramento do processo de esterilização Monitorização: Verificar se todas as partes da carga atingem as condições de esterilização através dos processos físicos, biológicos e químicos Indicadores físicos: o O monitoramento deve ser utilizado para verificar tempo, temperatura e pressão durante todo o ciclo de esterilização → Registro manual → Impressora acoplada ao esterilizador → Sistema de dispositivo eletrônico o Deve ser registrado a cada ciclo, verificado e arquivado o Manutenção preditiva, preventiva e corretiva Indicadores químicos: Classe 1: indicadores de processo → indicadores externos de exposição o São fitas termocrômicas impregnadas em fitas adesivas o Utilizadas para diferenciar itens processados dos itens não processados o Devem ser utilizados em todos os pacotes ou caixas de instrumental o Observar antes de utilizar um material estéril o Algumas embalagens já contêm esse indicador Classe 2: indicadores para uso em testes específicos – Bowie Dick o Verificam a remoção do ar nas autoclaves com pré-vácuo confirmam a capacidade de penetração do vapor de modo uniforme nos pacotes o Realizar diariamente, antes da primeira carga ou no mesmo horário, com autoclave pré- aquecida e vazia o Colocar perto da porta e sobre o dreno de 3,5 a 4 minutos a 134°C, sem fase de secagem Classe 3: indicadores de parâmetro único o Designado para reagir com um parâmetro especifico do ciclo de esterilização o Exemplo: temperatura na autoclave o Não é utilizado Classe 4: indicadores dois ou mais parâmetros do ciclo de esterilização o Exemplo: temperatura e tempo de exposição Classe 5: integradores o Designado para reagir com todos os parâmetros críticos do ciclo de esterilização o Autoclave: temperatura, tempo mínimo de exposição, qualidade do vapor (< 95% de umidade) o Colocar no local de maior desafio (centro geométrico dos pacotes) o Utilizado para liberação da carga Classe 6: emuladores (simuladores) o São utilizados para aumentar a confiabilidade na obtenção de um nível de garantia de esterilidade e assegurança que os parâmetros de esterilização foram alcançados Indicadores biológicos: o Controlam ciclos de esterilização por meio de preparação padronizados de esporos bacterianos comprovadamente resistentes ao método a que se propõe monitorar, contendo em torno de 10 UFC por umidade de papel filtro o Esporos Primeira geração: o Tiras ou dispositivos de papel impregnados com esporos o Análise no laboratório clinico o 7 dias ou 168 horas Segunda geração (autocontidos): o Suporte impregnados com esporos é acondicionado no fundo de um frasco, separado do meio de cultura contido em uma apola de vidro. Após a esterilização a ampola é quebrada e o meio de cultura entra em contato com o suporte o qual os esporos estão impregnados o 48 horas de incubação a 37 ou 56°C, observando a mudança de cor Terceira geração (autocontidos): o Baseia-se na interação de uma enzima (alfa-D- glicosidade) que é associada à germinação do esporo bacteriano sobrevivente, com um substrato presente no meio de cultura o 1 a 3 horas de incubação, a 37 a 56°C o Ausência de fluorescência indica que os esporos foram destruídos Área de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados Área de armazenamento: o Restrita aos funcionários da área o Paredes e pisos resistentes aos agentes químicos usados para limpeza o Boa ventilação o Proteção contra pó, umidade, insetos, temperatura e umidade extremas o Pacotes podem ser armazenados em prateleiras abertas ou cestos aramados, sem empilhamento Distribuição de materiais esterilizados: o Recipientes fechado e em condições que garantam a manutenção da identificação e a integridade da embalagem o Transporte de produto CME/empresa: recipiente exclusivo para este fim, rígido, liso, com sistema de fechamento estanque, contendo a lista de produtos a serem processados e o nome do serviço solicitante Responsável técnino: o Planejar, organizar, coordenar, orientar, supervisionar, gestão de pessoas e materiais e capacitação da equipe o Nível superior, legalmente habilitado, cuja formação contemple disciplinas relacionadas ao processamento de produtos para a saúde e que seja, preferencialmente o enfermeiro o Jornada de trabalho exclusiva no CME o Receber, desinfetar e separar os produtos para a saúde o Lavar o Receber roupas vindas da lavanderia o Preparar os produtos e roupas o Esterilizar o Realizar o controle microbiológico e o prazo de validade dos produtos o Armazenar o Distribuir o Zelar pela proteção e segurança dos operadores Recebimento Limpeza Preparo EmbalagemEsterilização Armazenamne to Distribuição
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