Buscar

Dinâmica e Organização do CME

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

o Século XIX: instrumentos precários, grosseiro, 
matéria prima imprópria e a limpeza realizada 
em qualquer pano ou avental do cirurgião 
(quando limpo) 
 
Descentralizada Semi-
centralizada 
(década 50) 
Centralizada 
(atual) 
Cada unidade 
ou conjunto 
delas era 
responsável 
por preparar e 
esterilizar os 
materiais que 
utilizada 
Cada 
unidade 
prepara 
seus 
materiais, 
mas o 
encaminha 
para serem 
esterilizados 
Os artigos são 
processados no 
mesmo local, ou 
seja, são limpos, 
preparados, 
esterilizados, 
distribuídos e 
controlados 
quantitativa e 
qualitativamente 
 
o 1846: 1º cirurgia indolor 
o Necessidade de um profissional para cuidar 
dos instrumentais 
o Responsabilidade do Enfermeiro do Centro 
Cirúrgico (CC) 
o Diferenciação das atividades: CC x CME 
o RDC nº 15/2012: Segurança do Paciente 
o Dispõe sobre requisitos de boas práticas para 
o processamento de produtos para saúde e 
dá outras providencias 
 
Processamento: conjunto de ações relacionadas 
à pré-limpeza, recepção, limpeza, secagem, 
avaliação da integridade e da funcionalidade, 
preparo, desinfecção ou esterilização, 
armazenamento e distribuição para as unidades 
consumidoras 
Produtos para a saúde: fabricado a partir de 
matérias primas e conformação estrutural, que 
permitem repetidos processo de limpeza, 
preparo e desinfecção ou esterilização, até que 
percam a sua eficácia e funcionalidade 
 
Definição: unidade funcional destinada ao 
processamento de produtos para a saúde dos 
serviços de saúde, o que consiste no conjunto de 
ações relacionadas a pré-limpeza, recepção, 
limpeza, secagem, avaliação da integridade e da 
funcionalidade, preparo, desinfecção ou 
esterilização para as unidades consumidoras dos 
serviços de saúde 
 
Missão: promover todos os serviços assistenciais 
e de diagnóstico, com produtos para a saúde, 
garantindo a qualidade e quantidade necessárias 
para uma assistência segura 
 
Localização: 
o Dentro ou fora da EAS 
o Sistema de Comunicação efetivo 
o Centro Cirúrgico: monta carga limpo e sujo 
 
 
 
Art. 2° - Este Regulamento tem o objetivo de 
estabelecer os requisitos de boas práticas para 
o funcionamento dos ricos que realizam o 
processamento de produtos para a saúde 
visando à segurança do paciente e dos 
profissionais envolvidos 
Art. 3° - Este Regulamento se aplica aos Centros 
de Material e Esterilização – CME dos serviços 
de saúde públicos e privados, civis e militares, e 
às empresas envolvidas no processamento 
 
Art. 6° - A responsabilidade pelo processamento dos 
produtos no serviço de saúde é do Responsável 
Técnico 
Área física do CME: 
o Paredes: cerâmica, inox e vidro. Não podem 
conter materiais particulados ou fibrosos, 
índice de absorção de água inferior a 4% 
o Pisos: antiderrapantes, nivelado, sem 
porosidade, resistentes a abrasão e limpeza 
diária 
o Iluminação: algumas bancadas exigem maior 
acuidade visual. Pode haver iluminação 
natural com proteção 
o Cores: não há padrão 
o Bancadas: não podem conter materiais 
particulados ou fibrosos. Índice de absorção 
de água inferior a 4% 
o Acústica: buscar equipamentos eficientes que 
produzam menor ruído 
o Ventilação/ exaustão/ ar-condicionado: área 
limpa requer condicionamento de ar. Área 
suja pode ser ventilação ou exaustão. Não 
ocorrer choques térmicos devido ao calor 
liberado pelos equipamentos 
o Água/ energia: muitos equipamentos levam 
um grande consumo de água e energia. 
Manter uma adequada instalação elétrica e 
controle de qualidade de água 
 
Classificação do CME: 
CME Classe I: 
o Processamento de produtos para a saúde 
não-críticos, semicríticos e críticos de 
conformação não complexa, passíveis de 
processamento 
o Materiais: superfícies internas e externas 
podem ser atingidas por escovação e tenham 
diâmetros superiores a 5mm 
o Consultórios e Unidades Básicas de Saúde 
 
CMC Classe II: 
o Processamento de produtos para a saúde 
não-críticos, semicríticos e críticos de 
conformação complexa e não complexa, 
passíveis de processamento 
o Materiais: lúmen inferior a 5mm ou com 
fundo cego, espaços internos inacessíveis 
para a fricção direta, reentrâncias ou válvulas 
o Hospitais e Endoscopia 
 
 
 
 
 
 
o Deve possuir, os seguintes ambientes: 
→ Sala de recepção e limpeza (setor sujo) 
→ Sala de preparo e esterilização (setor limpo) 
→ Sala de desinfecção química, quando 
aplicável (setor limpo) 
→ Área de monitorização do processo de 
esterilização (setor limpo) 
→ Sala de armazenamento e distribuição de 
materiais esterilizados (setor limpo) 
o É obrigatória a separação da área de recepção 
e limpeza dos produtos para saúde das 
demais áreas 
o A empresa processadora não poderá utilizar 
desinfecção química por imersão como 
processo de desinfecção 
 
Observações: 
Art. 46 º: O CM Classe I deve possuir 
minimamente barreira técnica entre setor sujo e 
os setores limpos 
→ Barreira técnica: conjunto de medidas 
comportamentais dos profissionais de saúde 
visando à prevenção de contaminação 
cruzada entre o ambiente sujo e ambiente 
limpo, na ausência de barreiras físicas 
 
CME Classe II → barreira física 
 
 
 
 
 
Produtos para saúde: 
Críticos → ESTERILIZAÇÃO 
Utilizados em procedimentos invasivos com 
penetração de pele e mucosas adjacentes, 
tecidos subepteliais, sistema vascular e todos que 
estejam diretamente conectados com esses 
sistemas (ex.: instrumentos cirúrgicos e de 
endoscopia) 
 
Semi críticos → DESINFECÇÃO 
Produtos que entram em contato com pele não 
integra ou mucosas integras colonizadas (ex.: 
materiais inalatórios e anestesia) 
 
Não críticos → LIMPEZA 
Produtos que entram em contato com pele 
integra ou não entram em contato com o 
paciente (ex.: comadre, papagaio, estetoscópio, 
termômetro) 
 
1. Área de recepção e limpeza (setor sujo) 
2. Área de preparo e esterilização (setor limpo) 
3. Sala de desinfecção química, quando 
aplicável (setor limpo) 
4. Área de monitoramento do processo de 
esterilização (setor limpo) 
5. Área de armazenamento e distribuição de 
materiais esterilizados (setor limpo) 
Áreas de apoio: sala administrativa, secretaria, 
sala de descanso dos funcionários, copa, depósito 
de material de limpeza, vestiários com sanitários 
para funcionários 
 
Área de recepção e limpeza 
o Os produtos para saúde devem ser 
submetidos ao processo de limpeza, antes de 
sua desinfecção ou esterilização 
o A limpeza de produtos não críticos pode ser 
realizada em outras unidades do serviço de 
saúde, desde que de acordo com o 
Procedimento Operacional Padronizado do 
CME 
 
LIMPEZA 
Remoção de sujidades e redução da carga 
microbiana presente nos produtos através da 
utilização de água, detergentes, produtos e 
acessórios de limpeza, por meio da ação 
mecânica (manual ou automatizada), atuando em 
superfícies internas (lúmen) e externas, de forma 
a tornar o produto seguro para manuseio e 
preparo para desinfecção ou esterilização 
o Orgânicas: proteínas, sangue, tecidos, fezes, 
biofilme e endotoxinas 
o Inorgânicas: minerais, gesso, resinas e 
produtos químicos 
 
Obs.: Biofilme → comunidade de células aderidas 
a uma superfície e entre si embebecidas por uma 
matriz de substancias extracelulares poliméricas 
(produzidas pelo próprio microorganismo com a 
finalidade de aumentar a sua chance de 
sobrevivência em um determinado meio). 60% 
das infecções relacionadas a assistência a saúde 
tem participação de algum tipo de biofilme em 
sua patogênese 
 
Limpeza manual: 
o Pré limpeza: remoção da sujidade visível 
o Limpeza por meio da fricção com escovas de 
cerdas firmes e macias e solução detergente, 
seguida por água corrente ou sob pressão 
o A fricção deve ser realizada com acessórios 
não abrasivos e que não liberam partículas 
o Deve ser utilizada em materiais delicados 
o Encaminhar para checagem 
o Utilizar EPI 
oÉ limitada 
o Sofre variações técnicas entre os 
profissionais, reduzindo a efetividade do 
processo 
FLUXO UNIDIRECIONAL 
o Requer supervisão periódica para controlar o 
cumprimento dos protocolos 
 
Limpeza automatizada: 
o Possibilita a reprodutividade do processo, 
monitoramento e reduz a exposição a riscos 
ocupacionais biológicos 
o Desenvolvidas por meio de equipamentos que 
operam em diferentes condições de 
temperatura e tempo 
o Reduz o risco de acidentes, mas deve-se 
utilizar EPI 
o Prever tratamento da água 
o Consultar fabricante do equipamento quanto 
ao uso do detergente 
 
Química da limpeza: 
o Ação química: detergente 
o Ação mecânica: fricção ou jatos de água 
o Ação térmica: temperatura 
o Solvente: água 
o Tempo 
 
Detergentes: 
o Composto por moléculas organizas de alto 
peso molecular, geralmente sais e ácidos 
graxos 
o Possui substancias não solúveis em água, que 
possuem afinidade com gordura, e solúveis 
em água. Essa combinação promove a 
remoção da sujidade 
o Fácil enxague, sem deixar resíduos e danificar 
o instrumental 
Detergente enzimático: 
o Ação de enzimas (proteases, lipases, amilases 
e carboidrases) sobre a matéria orgânica, as 
quais decompõem o sangue e fluidos aderidos 
aos artigos 
o Tem pH neutro, não correm, são atóxicos e 
permitem enxague simples 
o Ter cautela quanto ao tempo de exposição 
pois as enzimas podem ser usadas como fonte 
de energia pelos microorganismos 
 
Lavadoras automatizadas: 
Termodesinfectadora: 
o Limpam e desinfectam, por meio térmico ou 
químico, diversos materiais 
o Limpeza e termodesinfecção no final do ciclo 
 
Etapas: 
1. Pré lavagem com água fria 
2. Lavagem com detergente enzimático 
3. Enxágue intermediário com águia 45°C 
por 3 min 
4. Desinfecção térmica a 93°C por 10 min 
5. Enxágue com água deionizada ou de 
mineralizada 
6. Secagem com ar quente 
 
Cuidados com a lavadora termodesinfectante: 
→ Cargas compatíveis com o tamanho da 
lavadora 
→ Manter pinças abertas 
→ Desmontar materiais complexos 
→ Escolher ciclo, rack, detergente adequado 
→ Evitar obstruções de orifícios de saída dos 
jatos de água 
 
Ultrassônica: 
o Produção de ondas sonoras inaudíveis (entre 
20 e 120 kHz) 
o Fenômeno da cavitação: bolhas microscópicas 
que, ao entrarem em contato com o material, 
estouram e geram uma área localizada de 
vácuo que removem a sujidade aderida no 
material 
 
ENXÁGUE 
o Objetivo de remover a matéria orgânica, 
microorganismos e detergente 
o Deve ser realizada com água que atenda aos 
padrões de potabilidade definidos em 
normatização especifica 
o Enxague abundante com água potável 
o O enxague final de produtos para saúde 
cítricos utilizados em cirurgias de implantes 
ortopédicos, oftalmológicos, cirurgias 
cardíacas e neurológicas devem ser realizadas 
com água purificada 
o Momento: imediatamente após a lavagem 
ultrassônica ou manual 
o Solução: água corrente (filtrada, osmose 
reversa, estéril) → imersão em água, com 
volume suficiente para cobrir o instrumental 
o Em lúmens → jatos de água com pistola de 
água 
o Ao término, deve desprezar a água 
 
SECAGEM 
o Utilizar pistola de água sob pressão para 
limpeza manual de produtos com lúmen e ar 
comprimido medicinal, gás inerte ou ar 
filtrado, seco e isento de óleo para secagem 
dos produtos 
o Utilizar EPI, luvas sem talco 
o Umidade favorece o crescimento microbiano, 
interfere na esterilização e dilui desinfetantes 
o Atenção a recontaminação 
 
MONITORAMENTO DA LIMPEZA 
Qualidade da água: 
o Mensuração da dureza da água, pH, íos 
cloreto, cobre, ferro, manganês e a carga 
microbiana 
o A qualidade insatisfatória pode levar: 
oxidação das câmeras lavadoras, mudanças 
nos Componetes das lavadoras, oxidação e 
manchas instrumentais cirúrgicos 
Água deionizada: é utilizado resinas de troca 
iônica especiais com o intuito de remover ânions 
e cátions presentes na água. Não remove 
bactérias ou endotoxinas 
Osmose: é um fenômeno natural que ocorre 
quando duas soluções de concentrações 
diferentes são separadas por uma membrana 
semipermeável (permeável para solventes e 
impermeável para solutos). A osmose-reversa-
ultrapura é a inversão desse sentido de fluxo 
através da aplicação de uma pressão maior que a 
PO. Nesse caso, a membrana permitirá a 
passagem apenas do solvente (água), retendo os 
solutos (contaminantes) 
 
 
 
 
 
CLIMATIZAÇÃO 
o Manter temperatura ambiente entre 18° e 
22°C 
o Garantir vazão mínima de ar total de 18 
m3/h/m2 
o Manter diferencial de pressão negativo entre 
os ambientes adjacentes, com pressão 
diferencial mínima de 2,5 Pa 
o Promover exaustão forçada de todo ar da sala 
com descarga para o exterior da edificação 
o O ar de reposição pode ser proveniente dos 
ambientes vizinhos, exceto da área suja 
 
Área de recepção: 
o Pelo menos uma bancada com dimensões que 
permitam a conferencia dos materiais de 
forma a garantir a segurança do processo 
o Possuir recipientes para descarte de materiais 
perfurocortantes e de resíduos biológicos 
o Instrumental cirúrgico e produtos 
consignados → deve existir uma área 
exclusiva para recepção, conferencia e 
devolução 
Área de limpeza: os equipamentos destinados à 
limpeza automatizada devem ser instalados em 
área que não obstrua a circulação da sala de 
recepção e limpeza, obedecendo às 
especificações técnicas do fabricante 
 
Área de limpeza e esterilização 
Preparo e acondicionamento: 
o Material rigorosamente limpo 
o Ser preparado de modo a facilitar e manter a 
esterilização 
o Utilizar técnicas padronizadas e funcionais 
para os pacotes 
o Possibilitar conservação, prevenindo quebra 
ou desgaste 
o Sistema de barril estéril (embalagens): 
permite esterilização do conteúdo e mantém 
esterilizado até a utilização (as embalagens 
precisam ser compatíveis com o método de 
esterilização) 
o Não é permitido: embalagens de papel kraft, 
papel toalha, papel manilha, papel jornal, 
lâminas de alumínio ou caixas metálicas sem 
furos 
o Embalagens de tecido de algodão: possuir um 
plano contendo critérios de aquisição e 
substituição do arsenal de embalagem de 
tecido mantendo os registros desta 
movimentação 
o Embalagem ideal: 
→ Identificação obrigatória 
→ Rótulo: capaz de se manter legível e afixado 
durante todo o processo → nome do 
produto; nº do lote; data de esterilização; 
data limite de uso; método de esterilização; 
nome do responsável pelo preparo) 
→ Barreira para microorganismos, partículas e 
fluídos 
→ Resistente (tempo de prateleira) 
→ Permitir penetração e remoção do agente 
esterilizante e ar 
→ Livre de ingredientes tóxico, corantes e 
desprender o mínimo de partículas 
→ “Memória” mínima 
→ Tampas dos contêineres removíveis 
→ Permitir acomodação segura, visualização e 
técnica asséptica 
→ Ser inviolável e capaz de selar uma única vez 
→ Ter indicador químico 
→ Custo-benefício 
 
Tipos de embalagem: 
Tecido de algodão 
 
 
Papel cirúrgico – baixo custo 
 
Tyvek – alta resistência a tração e excelente 
barreira microbiana 
 
Papel crepado – biodegradável e flexível 
 
SMS – repelente a líquidos, excelente barreira 
microbiana e diferentes tamanhos 
 
 
 
 
 
Contêiner rígido 
Caixas metálicas 
perfuradas 
 
Métodos e controle de esterilização: 
Morte microbiana: 
Schimdt (1954): falha do organismo em se 
reproduzir 
→ Incapacidade de iniciar germinação 
→ Incapacidade de duplicar macromoléculas 
críticas para seu metabolismo 
 
ESTERILIZAÇÃO 
o Processo físico, físico-químico ou químico que 
destrói todas as formas de vida microbiana 
(bactérias em forma vegetativa e esporuladas, 
fungos e vírus) 
o Os microorganismos são mortos a tal ponto 
que não seja mais possível detectá-los no 
meio de cultura padrão no qual previamente 
haviam proliferado 
 
Esterilidade:probabilidade de cada item estar 
esterilizado 
o Nível de segurança de esterilidade → Sterility 
Assurance Level – SAL 
o Número definido para a margem de 
segurança nos processos de esterilização 
o Food and Drug Administration (FDA) – SAL 10 
-6 
 
Características ideais para um método de 
esterilização: 
o Alta eficácia: virucida, bactericida, 
micobactericida, fungicida e esporicida 
o Rápido: curto tempo 
o Alta penetrabilidade 
o Compatível com materiais 
o Atóxico 
o Resistente a matéria orgânica 
o Adaptável 
o Monitorável 
o Custo-efetivo 
 
Fatores que interferem na ação do esterilizante: 
o Natureza do item 
o Número de microorganismos 
o Resistência intrínseca dos microorganismos 
o Quantidade de matéria orgânica e inorgânica 
o Tipo e concentração do germicida 
o Tempo e temperatura da exposição 
 
Métodos de esterilização: 
Físicos: vapor saturado sob pressão (calor 
úmido), radiação (raios gama e feixe de elétrons) 
Físico-químico: óxido de etileno, plasma de 
peróxido de hidrogênio, vapor a baixa 
temperatura e formaldeído 
Químico: imersão em germicida líquido, como 
aldeídos e ácido peracético (manual ou 
automatizado) → proibido no Brasil 
 
Físicos: 
Vapor saturado sob pressão (calor úmido) → 
Autoclave 
O mecanismo de ação é obtido através da termo 
coagulação e da desnaturação de proteínas, isto 
é, perda de função vital das células 
 
 
 
 
 
Para uma população inicial de 1.000.000 e 
para obter-se um SAL 10-6 deverá ocorrer uma 
redução de 12 ciclos logaritmos, ou seja, uma 
probabilidade de um item não estéril em de 
itens 
 
121°C – 15 min 134°C – 7 min 
Elementos essenciais para garantir o processo de 
esterilização: temperatura, pressão, tempo de 
saturação do vapor, remoção do ar da câmera, 
disposição da carga 
 
Mecanismo de ação do Calor Úmido: 
o O calor é recebido durante uma mudança de 
estado físico, mantendo-se na mesma 
temperatura 
o A esterilização está fundamentada nessa 
troca de calor entre o meio e o objeto a ser 
esterilizado 
 
 
 
 
o O que esteriliza é o vapor 
o Vapor não se mistura com o ar. O ar, por ser 
menor, tem uma tendência de penetrar no 
material com mais facilidade, por isso tem 
que ser retirado gradativamente (retira o ar 
→ injeta vapor) 
o É preciso retirar o ar e pré-aquecer o material 
o Secagem do material antes de abrir a porta da 
autoclave (vapor se condensa em superfície 
fria) 
 
1. Drenagem do ar 
2. Entrada do vapor e exposição dos artigos 
3. Exaustão do vapor 
4. Secagem 
 
Calor Latente: 
o Calor recebido durante uma mudança de 
estado físico, mantendo-se a mesma 
temperatura 
o O vapor saturado sob pressão em contato 
com a superfície fria dos artigos que estão 
dispostos na autoclave sofre uma 
condensação, que libera o calor latente 
aquecendo e molhando simultaneamente os 
materiais 
o Assim, o calor latente através da 
termocoagulação das proteínas provocará a 
morte letal dos microorganismos e ea 
esterilização está fundamentada nessa troca 
de calor entre o meio e o objeto a ser 
esterilizado 
 Invólucros compatíveis: papel grau cirúrgico, 
papel grua cirúrgico com filme plástico, tecido 
não cirúrgico (SMS), papel crepado, tyvec, 
contêineres 
Falhas no processo: embalagens incompatíveis, 
qualidade dos pacotes, cancelamento do ciclo, 
guarda de pacotes demasiadamente quente, má 
qualidade da água (resíduos), falhas no 
equipamento 
 
 
 
Físico-químico 
Óxido de Etileno (ETO) 
Físico → autoclave 
Químico → C2H4O 
o Gás incolor, inflamável, explosivo e 
carcinogênico 
o Toxicidade 
o Presença de resíduos e subprodutos 
Vapor saturado sob 
pressão
Superfície fria dos 
artigos
Condensação
Libera calor latente 
aquecendo e 
molhando 
simultanemanete os 
materiais
Termocoagulação 
das proteinas 
provocara a morte 
dos 
micorooganismos
o Concentração de 450 a 1200 mg/dl 
o Temperatura de 37 a 64°C – umidade relativa 
de 40 a 80% 
o Tempo de exposição de 1 a 6 horas 
o Aeração de 8 a 12 horas – temperatura de 60 
a 50°C 
 
Mecanismo de ação: alquilação de proteínas 
microbianas e sua letalidade depende da 
temperatura, da umidade relativa e do tempo de 
exposição 
 
Fases: 
1. Carregamento da câmara 
2. Aquecimento da câmara 
3. Programação do ciclo de esterilização 
4. Remoção do ar por alto vácuo 
5. Injeção do gás óxido de etileno 
6. Tempo de exposição 
7. Remoção do gás 
8. Aeração 
 
 
 
Vantagens: 
o Baixa temperatura – artigos termossensíveis 
o Alta difusibilidade com capacidade de 
penetração em artigos de lúmens longos, 
estreitos e de fundo cego 
 
Plasma de Peróxido de Hidrogênio 
o O plasma é um estado físico da matéria 
definido como uma nuvem de íons, elétrons e 
partículas neuras, as quais são altamente 
reativas 
o É produzido através da aceleração de 
moléculas de peroxido de hidrogênio e ácido 
peracético 
o Seu mecanismo de eliminação microbiana é 
obtido através da oxidação através de radicais 
livres (destruição de membranas celulares de 
microorganismos, ligações especificas com 
enzimas, fosfolipídios, DNA e RNA) 
o O parâmetros utilizados para realização deste 
processo são: temperatura, pressão, 
concentração de peroxido de hidrogênio, 
energia do plasma, tempo 
 
 
Fases: 
1. Vácuo: remoção do ar 
2. Injeção da ampola de peroxido de hidrogênio 
– o cassete de pH é com a forma liquida 
perfurado e vaporiza-se 
3. Difusão: o gás se espalha por toda câmara e 
penetra em toda superfície interna e externa 
das embalagens. A bomba é acionada por 
radiofrequência que emite onda 
eletromagnética, a qual permite a formação 
do plasma 
4. Plasma – morte microbiana. Os radicais livres 
com ação esterilizante são formados 
5. Ventilação: nivelação das pressões intra e 
extra câmara 
6. Registro do processo realizado 
 
Desvantagens: 
o Incompatível com celulose, líquidos, lumens 
de fundo cego e tamanho do material de 
comprimento > 1 ou 2 metros 
o Custo: necessidade de climatização, 
embalagens e indicadores do processo 
próprios 
 
Vantagens: 
o Ao final do processo não apresenta resíduos 
tóxicos, apenas água e oxigênio 
o Rápido: 28 a 75 minutos (conforme ciclo 
programado e materiais) 
 
 
Sala de desinfecção química 
Desinfecção: processo de eliminação de 
microorganismos presentes nos produtos 
utilizados para assistência à saúde, porém com 
menor poder letal que a esterilização, pois não 
destrói todas as formas de vida microbiana, 
principalmente os esporos 
 
Processos: 
Físico: ação térmica (termodesinfecção) 
Químicos: aldeídos, ácido peracético, soluções 
cloradas e álcool 
Físico-químico: água eletrolisada, por exemplo 
 
Níveis: 
Alto nível: 
o Capaz de atravessar as paredes dos 
endósporos (forma vegetativa de alguns 
esporos) 
Nível intermediário: 
o Conseguem penetrar na membrana celular 
das micobactéria (bactérias vegetativas, 
bacilo da tuberculose, fungos) 
o Fenóis sintéticos e álcool etílico ou 
isopropílico 
Baixo nível 
o Conseguem penetrar na membrana (bactérias 
vegetativas e vírus lipídicos) 
o Quaternário de amônia 
 
Tipos de desinfecção: 
Físicos: ação térmica como a pasteurização e a 
termodesinfecção 
Químicos: desinfetantes químicos como o álcool e 
ácido peracético 
Físico-químico: agentes químicos 
fisicosautomatizados 
 
Desinfecção química: 
o Dispor de uma sala exclusiva e adotar as 
medidas de segurança preconizadas pelo 
fabricante, em relação ao uso de saneantes e 
saúde do trabalhador 
o Enxágue: água que atenda aos padrões de 
potabilidade 
o Transporte: embalagem ou recipiente 
fechado 
o Monitorização dos parâmetros indicados de 
efetividade dos desinfetantes para artigo 
semicrítico, como contração, pH ou outros, no 
mínimo 1 vez ao dia, antes do início das 
atividades 
o Desinfetantes para artigo semicrítico devem 
ser utilizados de acordo com os parâmetros 
definidosno registro do produto com os 
parâmetros, inicial e subsequentes, 
registrados e arquivados pelo prazo mínimo 
de 5 anos 
o Todos os germicidas devem ser aprovados 
pela ANVISA 
Área de monitoramento do processo de 
esterilização 
Monitorização: 
Verificar se todas as partes da carga atingem as 
condições de esterilização através dos processos 
físicos, biológicos e químicos 
 
Indicadores físicos: 
o O monitoramento deve ser utilizado para 
verificar tempo, temperatura e pressão 
durante todo o ciclo de esterilização 
→ Registro manual 
→ Impressora acoplada ao esterilizador 
→ Sistema de dispositivo eletrônico 
o Deve ser registrado a cada ciclo, verificado e 
arquivado 
o Manutenção preditiva, preventiva e corretiva 
 
 
 
 
 
 
Indicadores químicos: 
Classe 1: indicadores de processo → indicadores 
externos de exposição 
o São fitas termocrômicas impregnadas em fitas 
adesivas 
o Utilizadas para diferenciar itens processados 
dos itens não processados 
o Devem ser utilizados em todos os pacotes ou 
caixas de instrumental 
o Observar antes de utilizar um material estéril 
o Algumas embalagens já contêm esse 
indicador 
 
 
Classe 2: indicadores para uso em testes 
específicos – Bowie Dick 
o Verificam a remoção do ar nas autoclaves 
com pré-vácuo confirmam a capacidade de 
penetração do vapor de modo uniforme nos 
pacotes 
o Realizar diariamente, antes da primeira carga 
ou no mesmo horário, com autoclave pré-
aquecida e vazia 
o Colocar perto da porta e sobre o dreno de 3,5 
a 4 minutos a 134°C, sem fase de secagem 
 
 
 
 
Classe 3: indicadores de parâmetro único 
o Designado para reagir com um parâmetro 
especifico do ciclo de esterilização 
o Exemplo: temperatura na autoclave 
o Não é utilizado 
 
Classe 4: indicadores dois ou mais parâmetros do 
ciclo de esterilização 
o Exemplo: temperatura e tempo de exposição 
 
Classe 5: integradores 
o Designado para reagir com todos os 
parâmetros críticos do ciclo de esterilização 
o Autoclave: temperatura, tempo mínimo de 
exposição, qualidade do vapor (< 95% de 
umidade) 
o Colocar no local de maior desafio (centro 
geométrico dos pacotes) 
o Utilizado para liberação da carga 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classe 6: emuladores (simuladores) 
o São utilizados para aumentar a confiabilidade 
na obtenção de um nível de garantia de 
esterilidade e assegurança que os parâmetros 
de esterilização foram alcançados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indicadores biológicos: 
o Controlam ciclos de esterilização por meio de 
preparação padronizados de esporos 
bacterianos comprovadamente resistentes ao 
método a que se propõe monitorar, contendo 
em torno de 10 UFC por umidade de papel 
filtro 
o Esporos 
 
Primeira geração: 
o Tiras ou dispositivos de papel impregnados 
com esporos 
o Análise no laboratório clinico 
o 7 dias ou 168 horas 
 
Segunda geração (autocontidos): 
o Suporte impregnados com esporos é 
acondicionado no fundo de um frasco, 
separado do meio de cultura contido em uma 
apola de vidro. Após a esterilização a ampola 
é quebrada e o meio de cultura entra em 
contato com o suporte o qual os esporos 
estão impregnados 
o 48 horas de incubação a 37 ou 56°C, 
observando a mudança de cor 
 
Terceira geração (autocontidos): 
o Baseia-se na interação de uma enzima (alfa-D-
glicosidade) que é associada à germinação do 
esporo bacteriano sobrevivente, com um 
substrato presente no meio de cultura 
o 1 a 3 horas de incubação, a 37 a 56°C 
o Ausência de fluorescência indica que os 
esporos foram destruídos 
 
 
 
 
Área de armazenamento e distribuição de 
materiais esterilizados 
Área de armazenamento: 
o Restrita aos funcionários da área 
o Paredes e pisos resistentes aos agentes 
químicos usados para limpeza 
o Boa ventilação 
o Proteção contra pó, umidade, insetos, 
temperatura e umidade extremas 
o Pacotes podem ser armazenados em 
prateleiras abertas ou cestos aramados, sem 
empilhamento 
 
Distribuição de materiais esterilizados: 
o Recipientes fechado e em condições que 
garantam a manutenção da identificação e a 
integridade da embalagem 
o Transporte de produto CME/empresa: 
recipiente exclusivo para este fim, rígido, liso, 
com sistema de fechamento estanque, 
contendo a lista de produtos a serem 
processados e o nome do serviço solicitante 
 
Responsável técnino: 
o Planejar, organizar, coordenar, orientar, 
supervisionar, gestão de pessoas e materiais e 
capacitação da equipe 
o Nível superior, legalmente habilitado, cuja 
formação contemple disciplinas relacionadas 
ao processamento de produtos para a saúde e 
que seja, preferencialmente o enfermeiro 
o Jornada de trabalho exclusiva no CME 
 
 
 
o Receber, desinfetar e separar os produtos 
para a saúde 
o Lavar 
o Receber roupas vindas da lavanderia 
o Preparar os produtos e roupas 
o Esterilizar 
o Realizar o controle microbiológico e o prazo 
de validade dos produtos 
o Armazenar 
o Distribuir 
o Zelar pela proteção e segurança dos 
operadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Recebimento Limpeza Preparo
EmbalagemEsterilização
Armazenamne
to
Distribuição

Continue navegando