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transtorno de ansiedade generalizada na adolescência

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RAQUEL DA SILVA NASCIMENTO MENDES
TÍTULO: TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA NA ADOLESCÊNCIA: PERSPECTIVA DA TEORIA COGNITIVA COMPORTAMENTAL
 RESUMO
 A proposta deste artigo é contribuir para o conhecimento acadêmico e a possibilidade de aplicação na prática. Para construção deste artigo Ansiedade Generalizada na adolescência, bem como as estratégias utilizadas no tratamento embasado na teoria cognitivo comportamental, foi realizado levantamento em bancos de dados tendo como exemplo a Revista Brasileira de Terapias Cognitivistas e livros de autores como Judith Beck, Paul Stallard, Maurice Debesse entre outros. O transtorno ansiedade generalizada (TAG) encontra-se entre os transtornos mais comuns na população de adolescentes, estimando que 7% desta população possa apresentar algum quadro patológico de ansiedade durante a adolescência.
Palavra-chave: Adolescência, Ansiedade Generalizada, Estratégias cognitivas e comportamentais
TITLE: GENERALIZED ANXIETY DISORDER IN ADOLESCENCE: PERSPECTIVE OF COGNITIVE BEHAVIORAL THEORY
ABSTRACT
The purpose of this article is to contribute to academic knowledge and the possibility of a future application in practice. For the construction of this article Generalized Adolescent Anxiety, as well as the strategies used in the treatment based on cognitive behavioral theory, a database survey was carried out using the Revista Brasileira de Terapias Cognitivistas and books by authors such as Judith Beck, Paul Stallard, Maurice Debesse and others. Generalized anxiety disorder (GAD) is among the most common disorders in the adolescent population, estimating that 7% of this population may present some pathological picture of anxiety during adolescence.
 Keywords: Adolescence, Generalized Anxiety, Cognitive and behavioral strategies.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontam que 1,2 milhões de brasileiros estavam entre crianças e adolescentes no ano de 2019, grande parte desse número está no período da adolescência ou vai passar futuramente. Sendo a adolescência uma etapa de mudanças cognitivas, biológicas, emocionais, sociais, e consequentemente de transição da infância para a vida adulta, no qual podem ser manifestados transtornos ansiosos que prejudicam consideravelmente esse desenvolvimento, entre as ansiedades o proposto neste artigo é o Transtorno de Ansiedade Generalizada nós adolescentes, tornando-se importante a sua adequada identificação entre a população de adolescentes. Objetivando compreender as principais questões que possam desencadear o Transtorno, descrevendo os pontos que prevalecem no tratamento do adolescente com transtorno de ansiedade generalizada baseado na teoria cognitivo-comportamental. 
 Adolescência e o ponto de vista da teoria cognitivo comportamental
A adolescência foi percebida no decorrer de vários períodos históricos, desde a Antiguidade clássica, passando pela Idade Média, período romântico até chegar à modernidade. O modo como é definida a adolescência depende muito de como cada sociedade lida em particular articulando o contexto sociocultural e histórico. Somente no século XX a adolescência passou a ocupar um lugar cada vez mais importante no imaginário social, através da escolarização prolongada e a introdução de um sistema de ensino segmentado. (MOTTA, 2010)
Ao falarmos da definição cronológica do Adolescência encontramos diferentes demarcações definindo esse período, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta como período cronológico entre 10 e 19 anos, já a Organização das Nações Unidas (ONU) caracteriza adolescente indivíduos entre 15 e 24 anos. No Brasil o Estatuto da criança e do adolescente define a adolescência como o período entre os 12 e os 18 anos, podendo em casos específicos se estender até os 21 anos. A entrada na adolescência marcada pela puberdade provoca processos de mudanças rápidas no crescimento, nos hormônios. O cérebro do adolescente ainda está em formação, com a entrada da puberdade até por volta dos 17 anos, apresentando mudanças drásticas, envolvendo organização, comportamento e autocontrole. 
 A adolescência não é somente uma fase marcada pela transição da faixa etária, como se estivesse apenas se preparando para a vida adulta. A adolescência é um conjunto de mudanças tanto a nível biológico, quanto psicológico e social. Uma fase de transição e busca da consolidação da identidade, desafios para fortalecimento da autonomia em relação aos pais, período onde acontece um aumento das tarefas sociais e a inclusão na comunidade, sendo exigido uma certa independência na tomada de decisões. As mudanças físicas e a maturidade sexual, a aceitação da aparência, aceitação do próprio corpo, conflitos de identidade, tendo necessidade de encontrar um novo sentido para essa identidade, momento esse em que as relações afetivas tornam-se limitantes. (PAPALIA& FELDIMAN,2017). 
O período da adolescência vem carregado de projetos e ambições de uma personalidade em que o indivíduo toma consciência dos objetivos que deseja atingir e parte em busca dos mesmos por meios próprios, “seus traços psíquicos particulares e seu estilo de vida, continua solidamente ligado às fases que o enquadram” (DEBESSE, 1972, p. 104).
 Para Maurice Debesse, a fase do crescimento que demarca a adolescência como o mais sensível, devido às transformações corporais e psíquicas que impressionam e confundem os adolescentes, na medida em que ele se interessa por si, essa evolução manifesta-se em todas as áreas da vida mental, como na personalidade social, e não apenas no domínio corporal e afetivo, todo o conjunto do modo de agir se transforma. (DEBESSE, 1972)
Com as mudanças da adolescência podem surgir um comportamento de oposição aos amigos e aos familiares, como também às atividades que exijam atenção. Os que se sentem mais seguros quanto à aparência física e habilidades têm mais facilidade para relacionar-se e para envolver-se em atividades grupais, mostrando mais entusiasmo em diferentes aspectos. Os que tendem a ter mais dificuldades quanto à sua identidade e aceitação tendem a se isolar, a se distanciar das experiências afetivas e a restringir suas interações sociais. (KRISTENSEN, LEON, D’INCAO & DELL’AGLIO, 2004)
Piaget marca o início dos estudos sobre o desenvolvimento humano, com o modelo teórico sobre o desenvolvimento das habilidades cognitivas, o modelo nos relata que é no final da infância e início da adolescência que os indivíduos tornam-se aptos ao raciocínio hipotético-dedutivo, obtendo a capacidade de estabelecer relações abstratas entre conceitos, além da capacidade de realizar avaliações complexas e projeções futuras, com aquisição do processo abstrato os adolescentes tornam-se aptos a elaborar em uma teoria a respeito de si mesmo integrando valores e propósitos pessoais. É na adolescência que as operações passam a ocorrer no nível puramente verbal. Por isso, este período do desenvolvimento cognitivo foi denominado por Piaget de estágio das operações formais ou das operações hipotético-dedutivas. Ao desligar da realidade física passa a raciocinar com acontecimentos reais ou abstratos, considerando não apenas seus aspectos imediatos e limitantes, mas também hipotetizando as possíveis consequências. Passando a refletir sobre as ideologias, construindo sua concepção de mundo procurando encontrar autonomia moral e princípios éticos. Reconciliar a realidade e o ideal pode levar tempo, porém é este processo que permite a ampliação das categorias de pensamento e a abrangência de conceitos que caracterizam o pensamento do adulto. Sendo o modelo de Piaget criticado por não dar atenção às diferenças individuais. (PIAGET 1960 apund NEUFELD 2017.18p) 
Os pensamentos formais tornam-se possíveis no início dos 11 ou 12 anos, ainda na adolescência o egocentrismo metafísico encontra pouco a pouco uma correlação entre pensamento formal e a realidade. É atingido um equilíbrio reflexivo, passando a compreender que a função não é contradizer, mas se adiantar e interpretar a experiência (PIAGET 1999)
É possível fazer umacomplementação à teoria piagetiana a partir da teoria de processamento de informações, que sugere quais seriam os mecanismos cognitivos subjacentes a mudança para o estágio operacional formal nessa perspectiva, sendo necessários avanços significativos durante a adolescência nas seguintes áreas, capacidade ou eficiência de processamento da memória de trabalho de longo prazo e velocidade de processamento, estratégias de organização e planejamento, conhecimento sobre os próprios processos de pensamentos, metacognição e autorregulação cognitiva, atenção seletiva e dividida, desta maneira é possível uma complexificação do pensamento em operações mais abstratas e hipotecas.(STERNBERG 2005). 
Conceituar o transtorno de ansiedade generalizada em adolescência
 O primeiro estudo realizado no Brasil pelo Instituto Nacional de Psiquiatria do Desenvolvimento para Crianças, abordando o assunto, saúde mental entre os Adolescentes em 2015, já apontava 13% da população jovem entre 6 e 16 anos apresentando transtornos mentais , sendo os mais prevalentes os transtornos de ansiedade com 7%. Entre os brasileiros, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontou em 2019 uma população de 31 milhões de habitantes entre crianças e adolescentes. No mundo esse número está em torno de 1,2 bilhões de pessoas entre a faixa de 10 a 19 anos. A preocupação com a saúde mental desses Adolescentes é de ordem pública, só no espaço entre 2011 a 2016, cerca de quase 4.900 Adolescentes cometeram o suicídio só no Brasil. As consequências de não abordar as condições de saúde mental dos adolescentes faz com que se estenda a vida adulta, interferindo no desempenho físico e mental e desenvolvimento pessoal. (LARCEDA, FERRARO, SENA, 2019)
 As questões mais comuns entre os adolescentes atualmente, dizem respeito ao convívio social com pares, o desenvolvimento de habilidades e competências, e a construção de uma própria identidade, os transtornos de ansiedade são comuns entre os adolescentes causando um efeito significativo no funcionamento diário, o transtorno de ansiedade generalizada corresponde uma sobreposição ao transtorno de ansiedade (CARMEM BEATRIZ, 2017). 
 As mudanças vivenciadas durante a adolescência podem provocar uma desorganização interior, é comum encontrar ansiedade relacionada à competência, às ameaças abstratas e às situações sociais, originando diversos conflitos e questionamentos sobre o mundo e sobre si mesmo. (CARVALHO FILHO, MARIANA SILVA, 2013)
 O término da adolescência tem sido prolongado cada vez mais, a transição para a vida adulta contempla experiências de instabilidade e dificuldades proveniente das mudanças biológicas mas também sendo influenciado por todos os acontecimentos e experiências desde a infância à adolescência, mudanças de carácter cognitivo, comportamental e de personalidade, mas uma multiplicidade de situações pessoais, sociais e culturais vivenciadas pelo adolescente. Mudanças comuns e muito significativas são de nível social e emocional, que resultam da interligação de fatores do desenvolvimento como o prolongamento da escolaridade e consequente término adiado da formação escolar e profissional, a dependência económica dos pais, familiares. (CARVALHO, 2017)
 O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) tem como características a presença de sintomas ansiosos excessivos, que gera condições de perdas importantes no desenvolvimento do adolescente. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais-DSM 5 fica estabelecido o como primeiro critérios para o diagnóstico de transtorno de ansiedade generalizada, a ansiedade e a expectativa apreensivas, estando presente por mais dias do que ausente, permanecendo por uns seis meses prejudicando rendimento profissional e escolar, o indivíduo considera difícil se controlar, crianças e adolescentes com o transtorno tendem a se preocupar excessivamente com seu desempenho e suas competências. O DSM-5 estabelece critérios para o diagnóstico como preocupações excessivas sobre algumas atividades ou alguns eventos associados a três ou mais dos seguintes sintomas: agitação, sensação de nervosismo, tensão, cansaço fácil, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e alterações do sono. (Associação Psiquiátrica Americana, 2013/2014)
 Segundo Stallarrd, existem muitos caminhos que desencadeiam os transtornos ansiosos na adolescência envolvendo fatores biológicos, ambientais e sociais, baseando se nos princípios de multifinalidade, onde um único fator pode conduzir a resultados diferentes e o princípio de equifinalidade onde muitos caminhos podem conduzir ao mesmo resultado. presume-se que uma vulnerabilidade biológica como o temperamento na forma de hipersensibilidade ao estresse e desafios já predispõe um adolescente a ansiedade podendo ser ativado por fatores ambientais, como comportamento parental onde o comportamento ansioso de adolescente pode ser modelado ou reforçado, atrelado a processos cognitivos, como as distorções e a experiência de aprendizagem, como condicionamento de esquiva. O temperamento é um dos constructos emocionais que se refere a forma como o indivíduo por toda sua vida irá responder a acontecimentos em todos os contextos. Os transtornos de ansiedade extremos e incapacitantes são comuns e afetam uma em cada dez crianças durante a infância e adolescência. Os transtornos de ansiedade durante a adolescência conferem um forte risco de transtorno de ansiedade recorrente na vida adulta, existindo o risco de uma comorbidade com a depressão. (STALLARD, 2010) 
Ansiedade generalizada e persistente não é exclusividade de um acontecimento ou acontecimento específico. É uma ocorrência flutuante acompanhada de alguns sintomas essenciais e variáveis, nervosismo persistente, tremores, tensão muscular, transpiração, sensação de vazio na cabeça, palpitações, tonturas e desconforto epigástrico. Medos de que alguém próximo ou o próprio adolescente irá morrer, ficar doente ou sofrer um acidente são frequentemente expressos. São reações extremas e mal-adaptativas ao medo e causam angústia intensa no adolescente. A ansiedade e o medo em si não configuram uma patologia, são uma das estruturas naturais do ser humano, portanto deve ser avaliado se há uma desproporcionalidade, interferência muito incômoda, diminuição de capacidades, prejuízos atuais e cronificação. Um cuidado necessário para o diagnóstico e não se apressar para fazer o diagnóstico. Na ansiedade, como na depressão, há riscos de fazer identificações equivocadas. (Sistema Único de Saúde, SC, 2015).
Especificidade da ansiedade na adolescência
Um ponto de partida para falar das especificações da ansiedade na adolescência é a palestra ministrada pela psicóloga Leila Lima no dia 13 de setembro de 2018, organizada pelo Serviço de orientação educacional e psicologia. Em sua fala Lima apresenta a adolescência como uma fase de transição que se caracteriza tanto no âmbito físico como no psicológico. o movimento atual da adolescência é carregada de informações, expectativas e exigências o adolescente vive um bombardeio de informações, tendo ele a capacidade de explorar, criar e desafiar, porém infelizmente temos que destacar o outro lado vê se desenvolvimento o que são as exigências e as responsabilidades. o fato dos adolescentes estarem hoje muito mais conectados emprega o mundo da fantasia ao mundo real, tendo como consequência um processo de amadurecimento muito mais desafiador, a modernidade tem uma busca de ideal de felicidade onde as frustrações e dificuldade tem sido ignorados combinando em um processo de amadurecimento muito mais lento ponto o amadurecimento saudável faz com que o adolescente começa a compreender o que está na ordem do imaginário e o que está na ordem do real do mundo concreto. 
Piaget registrou surpresa com a capacidade do adolescente e o seu interesse por problemas irreais que não tem relação com seu dia a dia, e o que espanta é sua facilidade de elaborar teorias abstratas. (PIAGET, 1999, p.58)
Leila Lima comenta da necessidadede permitir e conceder autonomia aos adolescentes, convocando-os a serem protagonistas da construção da sua própria identidade. Nesse momento alguns adolescentes podem apresentar a sensação de insegurança e incapacidade em tomadas de decisões e escolhas, são carregadas de muitas dúvidas que geram ansiedade.De acordo com o compêndio de psiquiatria (2017) adolescentes com transtorno de ansiedade generalizada sofrem um grau consideravelmente elevado de estresse durante a realização de suas atividades cotidianas, focando em seus temores de incompetência em muitas áreas, incluindo desempenho escolar e situações sociais (SADOCK; SADOCK; RUIZ, 2017).
Outra condição para aparecimento das angústias e ansiedades na adolescência é a crença de ser tudo ou nada, não ser capaz de mediar um lugar nesse meio termo. Podemos entender que as angústias e as ansiedades passam a ser patológicas ao modo que prejudicam e fazem o adolescente paralisar em diferentes áreas necessárias para o desenvolvimento saudável. (LIMA, 2018)
A revista Gazeta do povo faz um alerta sobre Sintomas de ansiedade em crianças e adolescentes como sendo diferentes dos adultos, chamando a atenção para a ansiedade no contexto atual de pandemia e isolamento social, a publicação atenta os adultos que crianças e adolescentes também podem estar em sofrimento, porém os sintomas dos transtornos de ansiedade nas faixas etárias de crianças e adolescentes podem passar despercebidos ou serem confundidos. Os adultos percebem a ansiedade através da insônia e agitação porém na faixa etária mais nova é comum o distúrbio do sono ser o inverso, observa-se reclusão e retrocesso nas atividades antes consideradas comum para os adolescentes.
 Na ansiedade, sempre temos que estar atentos para o sono, tanto o muito quanto o pouco. Pode haver também alteração no apetite, para mais ou para menos, e às vezes há comportamentos fóbicos específicos, como o medo de ir a determinado lugar, que não tinha antes, ou o medo de dormir devido aos pesadelos. Lista Raquel Heep, médica psiquiatra, mestre em Ensino das Ciências da Saúde e professora de Saúde Mental do curso de Medicina da Universidade Positivo, em Curitiba. (ANANDA MILLEO 2020).
 Estar no período de transição para vida adulta resulta em exigências e mudanças importantes como a conclusão do ensino médio, a escolha profissional e a entrada no mundo adulto, necessidade de pertencer a um grupo, são eventos significativos da adolescência, marcando o processo final dessa etapa. de modo que alguns transtornos, como o Transtorno de Ansiedade Generalizada podem se manifestar ou potencializar durante esse processo. (GRLLI; WAGNER;DALBOSCO, 2017).
Pressupostos da Teoria cognitiva comportamental 
Iniciando a década de 1960, começou uma nova onda com o surgimento da Revolução Cognitiva, os primeiros textos sobre a modificação cognitiva apareceram somente na década de 1970. Durante a onda da revolução, Albert Bandura, realizava uma pesquisa sobre modelos de processamento de informações e aprendizagem vicária, as evidências empíricas na área do desenvolvimento da linguagem motivaram o questionamento sobre o modelo comportamental tradicional, onde apontou as limitações da abordagem comportamental não mediacional para explicar o comportamento humano. Teóricos e terapeutas começaram a se identificar com o pensamento cognitivista, surgindo teorias cognitivas com bases comuns e diferenças consideráveis. As terapias cognitivas comportamentais, que deram início, compartilham três proposições fundamentais. Entre elas o papel mediacional da cognição, que afirma que há sempre um processamento cognitivo e avaliação de eventos internos e externos Podendo influenciar nas respostas aos eventos, outra proposição defende que a atividade cognitiva pode ser monitorada, avaliada e medida, uma terceira proposição defende que a mudança de comportamento pode ser mediada por essas avaliações cognitivas sendo uma confirmação indireta de mudança cognitiva. Ao invés de implicar uma limitação das TCCs, sua natureza focada em problemas reflete um esforço contínuo para documentar efeitos terapêuticos, estabelecer fronteiras terapêuticas e identificar a terapia mais eficaz para um determinado problema. Um terceiro ponto em comum, o pressuposto de controle do paciente, enfatiza que o paciente é o agente ativo de seu tratamento. O pressuposto de controle do paciente é possível pelo tipo de problemas com os quais as TCCs clássicas tipicamente lidam, que incluem transtornos e problemas específicos, problemas de autocontrole e habilidades gerais de solução de problemas. Relacionado com o pressuposto de controle do paciente há um quarto ponto em comum: muitas TCCs são explícita ou implicitamente educativas por natureza, uma vez que o modelo terapêutico pode ser ensinado e a lógica para a intervenção é comunicada ao paciente, o que representa um contraste de outras abordagens psicoterápicas. O quinto ponto em comum deriva diretamente de seu processo educativo, já que a maioria das TCCs estabelece o objetivo implícito de que o paciente aprenderá sobre o processo terapêutico ao longo da terapia. Além de superar os problemas na terapia e, assim, aprender a prevenir recorrências, os pacientes também aprendem habilidades terapêuticas que eles próprios podem aplicar em seu cotidiano, aprendendo a ser seus próprios terapeutas. (KNAPP; BECK 2008) 
 Apesar das semelhanças que as terapias cognitivista compartilham uma série de características teóricas e práticas as diferem. KNAPP e Beck (2008) citam que em geral a teoria cognitivo comportamental desenvolvida por Beck, apresenta um conjunto próprio de princípios e metodologias e técnicas muito específicas, é razoavelmente uniforme.(KNAPP;BECK 2008)
A Terapia Cognitivo Comportamental surgiu no início dos anos 1960, através de Arron T. Beck, por meio de pesquisas com pacientes deprimidos, terapia cognitivo comportamental na definição de Beck, é uma psicoterapia estruturada, que se volta para o presente, e procura solucionar, pensamentos e comportamentos disfuncionais. A terapia pode ser adaptada a diferentes necessidades e situações sem que modifique seus pressupostos teóricos que se baseiam na formulação cognitiva, nas crenças e nas estratégias adaptativas do transtorno, e na conceituação e compreensão de cada paciente. O terapeuta procura produzir de formas para que ocorra mudança cognitiva do pensamento e sistema de crenças, com objetivo de produzir uma mudança emocional e comportamental duradoura.(NEUFELD,2017)
Por volta dos últimos anos da década de 1950 início da década de 1960 o doutor Beck decidiu testar o conceito psicanalítico que que é depressão é resultante de hostilidade voltada contra si mesmo acabou descobrindo que os sonhos dos pacientes deprimidos continham menos temas de utilidade e muito mais temas relacionadas a fracasso privação e perdas, esses temas eram similares a pensamentos de quando os pacientes estavam acordado, Mac acreditava que uma ideia psicanalítica que os pacientes deprimidos têm necessidade de sofrer poderia estar incorreta. Os pacientes de Beck contavam a ele ocasionalmente duas vertentes de pensamento, uma vertente de livre associação e outra de pensamentos rápidos de qualificações sobre si mesmo, percebendo que todos eles tinham pensamentos automáticos negativos como é que essa vertente de pensamento estava intimamente ligada às emoções. Beck iniciou o trabalho estimulando seus pacientes a identificar, avaliar e responder os seus pensamentos e irrealistas e desadaptativos podendo observar melhores rápidos em seus pacientes. para constatar a eficácia da terapia cognitiva comportamental foi feito um estudo através de ensaios clínicos controlados conduzido por Beck e John Rush com pacientes deprimidos, o estudo foi publicado em 1977. Embora a terapia seja adaptativa para cada indivíduo existem os princípios básicos a serem seguidos, sendo eles os seguintes. (BECK, 2013)
O primeiro princípio é a terapia baseada em uma formulação em desenvolvimentocontínuo dos problemas dos pacientes e em uma conceituação individual de cada paciente em termos cognitivos. Avaliação psicológica feita pelo terapeuta cognitivo sempre está em processo de evolução não existindo uma formulação única e definitiva. A avaliação é constantemente revisada, levando-se em conta, também, as mudanças que vão ocorrendo ao longo do tempo, com a sequência das sessões.(BECK, 2013)
Segundo princípio é que a terapia requer uma aliança terapêutica sólida, O terapeuta busca criar uma relação de confiança, para que o paciente se sinta livre para se abrir e contar o que for necessário durante as consultas. A abordagem da terapia cognitiva afirma que, enquanto alguns pacientes têm facilidade de confiar, outros podem apresentar extrema dificuldade, o que torna as sessões não somente mais lentas, mas faz com que a aliança terapêutica segura exija uma preocupação maior. (BECK, 2013)
O Terceiro princípio enfatizar a colaboração e a participação afetiva. O terapeuta e o paciente precisam estar em mútuo acordo, sobre o conteúdo que será trabalhado, o número de sessões semanais que é ideal para a eficácia do tratamento, se é adequado ou não uma determinada “tarefa de casa” a ser realizada pelo paciente. Portanto, o terapeuta tem uma participação ativa no processo da terapia, propondo o seguimento das próximas consultas, bem como o resumo final em cada uma delas. (BECK, 2013)
No quarto princípio a terapia deve ser orientada para os objetivos e focado nos problemas demonstra que há um foco, há uma meta, há um objetivo no tratamento como um todo, mas também em cada sessão deste, demonstrando que há um foco, há uma meta, há um objetivo no tratamento como um todo, mas também em cada sessão deste. (BECK, 2013)
No quinto princípio a terapia precisa enfatizar inicialmente o presente, a terapia cognitiva não desconsidera a história de vida do paciente, mas enfatiza o presente pois quer provocar mudanças aqui-e-agora. O passado é trazido em situações típicas como quando o paciente tem grande interesse nele; quando o foco no presente não provoca mudanças significativas ou quando há a necessidade de entender a relação de causas e efeitos entre o passado e o presente. (BECK, 2013)
No sexto princípio o terapeuta enfatizando a prevenção de recaída ensinando o paciente a seu próprio terapeuta. O paciente não só aprende como funciona a sua própria personalidade como também tem um suporte educativo sobre o problema que está sendo enfrentado no momento. (BECK, 2013)
No sétimo princípio prevê a terapia cognitivo-comportamental como limitada no tempo, existe um limite para a conclusão do tratamento, pois, a partir de estatísticas e modelos das sessões, é possível saber quanto tempo é necessário para cada situação. (BECK, 2013)
Oitavo princípio as sessões da terapia cognitiva comportamental são estruturadas, Ao longo de todo o tratamento, as sessões um padrão de avaliação do humor, revisão do tempo desde o último encontro, definição do problema a ser tratado na sessão atual e criação de uma atividade a ser realizada para sanar o problema específico do presente. (BECK, 2013)
No nono princípio a terapia cognitivo-comportamental precisa ensinar o paciente a identificar avaliar e responder os seus pensamentos e crenças disfuncionais. a terapia cognitiva auxilia o paciente a observar os próprios sentimentos, a avaliar suas crenças e pensamentos que estão influenciando o seu agir e o seu humor para que, entre as sessões e após o fim da terapia, haja a possibilidade de autoavaliação, de autonomia, de conseguir lidar com as próprias dificuldades e problemas. (BECK, 2013)
No décimo princípio é a utilização de uma variedade de técnicas para mudar o pensamento ou o comportamento do paciente. A terapia cognitiva disponibiliza de muitas técnicas para serem utilizadas em cada caso, a habilidade do terapeuta não reside apenas em conhecer centenas de técnicas, mas saber utilizá-las nos momentos apropriados e para os pacientes quando delas precisarem. (BECK, 2013)
Como é direcionado o tratamento de adolescentes com transtorno de ansiedade generalizada, a partir da teoria cognitivo comportamental. 
A TCC com adolescentes consiste em uma fundamentação semelhante ao tratamento de adultos, tanto na teoria quanto na prática. Tendo em vista que o comportamento é adaptativo para cada indivíduo e que existe interação entre os pensamentos, sentimentos e comportamentos. A TCC com adolescentes é promissora no sentido de que reconhece e prioriza a importância das variáveis cognitiva, comportamental, afetiva e socioambiental na etiologia e manutenção de transtornos emocionais. 
 Uma particularidade no tratamento com adolescentes é a influência dos pais ou cuidadores. Os pais costumam buscar tratamento para seus filhos pedindo orientação como lidar com os desafios da idade. Os mesmos são modelos de comportamento muito importantes, pais com pensamentos e crenças adaptativos e que estimulam o filho a enfrentar as situações difíceis de uma forma positiva e funcional, ajudam muito na redução dos sintomas de ansiedade. O contexto interpessoal e social do Adolescente, incluindo pares e familiares, é importante de se considerar no design e desfecho da terapia e devem fazer parte do tratamento. Os problemas na relação pais-filhos têm um impacto na apresentação e manutenção do comportamento desadaptativo do Adolescente, portanto, o envolvimento dos pais no tratamento é um componente fundamental, não podendo ser minimizado. Uma estratégia com os pais dos adolescentes é a psicoeducação, que é feita através de discussões e leituras sobre o tratamento e sobre desenvolvimento. (KONKIEWITZ ,2013) 
Psicoeducação
A psicoeducação é uma das etapas centrais utilizada pela teoria cognitivo-comportamental no tratamento, por meio dela é possibilitado aos adolescente e suas famílias a compreensão sobre os sintomas a forma de tratamento o diagnóstico, para que seja favorecido um processo de mudança, de maneira que o material oferecido na psicoeducação será citado durante todo o processo possibilitando mudanças em sua análise. (NEUFLED apud FRIENDBERG,MCCLURE & GARCIA,2017)
Friendiberg e colaboradores (2009) apresentam dicas importantes para que a psicoeducação com adolescentes seja realizada, uma seria a necessidade de evitar termos técnicos, outra opção é a utilização de materiais educativos de forma online, devido à grande atração que a internet tem para os adolescentes, no primeiro período da adolescência. Na primeira fase da adolescência pode ser interessante utilizar jogos que não apresentam ameaças e são mais familiares ao paciente, jogos com métodos que utilizam diálogo abrangendo a ação e a interação, instruções de jogos são compreendidas sem dificuldade.
Reestruturação Cognitiva
A modificação da cognição é central em todos os tratamentos baseados na TCC, Com a utilização das técnicas de reestruturação cognitiva, tem como intenção identificar as cognições disfuncionais, trabalhando com o adolescente para diminuir ou modificar os pensamentos disfuncionais do adolescente com TAG. Além disso, essas técnicas visam ensinar ao adolescente a responder de forma autônoma a seus pensamentos. O uso de metáforas e histórias vão favorecer no aprendizado e reestruturação cognitiva.( NEUFLED, 2017)
 Intervenções comportamentais
 Os experimentos comportamentais demonstram bastante eficiência, por terem como base aprendizagem experiencial, a codificação da experiência, a excitação emocional, a aquisição, aquisição de conhecimento e a prática de novos hábitos. A experimentação comportamental tem como objetivo modificar os estados emocionais, deixando mais claro as crenças centrais, para que a mudança seja de forma duradoura é importante que a mente do adolescente esteja convicta e segura das novas crenças. Situações como ganhar ou perder são questões que marcam o adolescente com transtorno de ansiedade generalizada podendo ser testados em jogos de tabuleiro e esportivos, quando os adolescentes são perfeccionistas podem evitar desafios pois não aceitam perder,então eles são estimulados a vencer os obstáculos do evitamento mudando suas emoções e modificando as cognições que conduzem evitação. A evitação comparada a uma ferida que criou a casca mas ainda não está cicatrizada é onde é retirado a casca até que seja observado a total cicatrização da ferida. (NEUFELD, CAVENAGE,2010)
Outra técnica utilizada no manejo da ansiedade é a de relaxamento, que inclui o relaxamento muscular progressivo de Jacobson 1938, e exercícios de respiração. (NEUFLED, 2017). O corpo em resposta a ansiedade responde de maneira adaptativa. Nervos do sistema nervoso tensionam os músculos em uma tensão corporal,e em resposta ao sistema nervoso autônomo prepara o corpo internamente alterando a frequência cardíaca e respiratória, o corpo fica parado para luta ou fuga se houver seu acionamento. No organismo saudável o SNA parassimpático regula o corpo para que haja descanso, é como o sistema responde ao risco. Quando a ansiedade é muito elevada o Adolescente em grande parte do tempo com o sistema parassimpático ativado, estado de alerta. (WILHELM;ANDRETTA; UNGARETTI,2015). O relaxamento muscular progressivo proposto pelo médico Edmund Jacobson (1888-1983) , estimula o corpo a uma resposta orgânica, que regula a pressão sanguínea, frequência cardíaca, respiração e circulação. Permite transitar do estado de tensão para o de relaxamento dentro do prazo de poucos minutos.(FREITAS; CALAIS; CARDOSO,2018)
Segundo Paul Stallard (2010) os programas de tratamento dos transtornos de ansiedade geralmente consistem no período de 12 a 16 sessões, o conteúdo do programa será informado por meio de avaliação e da formulação do problema. Esse programa pode ser apresentado através de um esquema da seguinte forma: O primeiro passo é a formulação do problema, definição dos objetivos e psicoeducação, feito no momento da avaliação que pode durar até três sessões; segundo passo o reconhecimento e o manejo das emoções; terceiro aprimoramento cognitivo; solução de problemas, exposição e prática, e prevenção de recaídas.(STALLARD, 2010, p. 30 e 31)
O processo de avaliação digamos que é o mais importante para a construção da intervenção, é feita a avaliação do adolescentes na TCC considera os seguintes aspectos; identificação e compreensão das queixas do adolescente; o processo de conceitualização cognitiva; uma completa entrevista de anamnese, onde se obtém uma melhor compreensão de aspectos emocionais. A prática clínica da TCC demonstra que, quanto mais completa for a anamnese a respeito do adolescente, melhor será o planejamento e a condução do caso. Essa etapa permite a utilização de escalas e questionários a serem respondidos pelos adolescentes e pelos pais ou cuidadores. Em geral, a participação dos pais em um programa de psicoeducação e orientação, sempre que possível, auxilia no manejo e condução e dificuldades apresentadas nos comportamentos que apresentam prejuízos para o adolescente. Os protocolos de terapia parental costumam seguir alguns pressupostos, como: avaliação das características dos adolescentes e da família, apresentação do programa para os pais, processo de psicoeducação parental a respeito das condições clínicas e comportamentais dos adolescentes, ensinamento de técnicas e manejos específicos para cada situação ou quadro clínico, com o objetivo de estimular comportamentos mais adaptativos e saudáveis nos adolescentes e seus pais. (PUREZA, RIBEIRO, PUREZA & LISBOA, 2014,p.92)
Após o comprometimento do adolescente com a terapia a intervenção será encaminhada para um domínio emocional onde o adolescente vai aprender e identificar suas emoções e os sinais que o seu corpo dá para ansiedade, facilitando a compreensão do adolescente sobre o tratamento ele será encorajado a monitorar a ocorrência de desses sinais e avaliar a sua força. Quando alcançado esse objetivo o adolescente junto com o terapeuta encontra habilidades de relaxamento que possam auxiliar no manejo de seus sentimentos ansiosos. É de grande importância que seja adotada essa atitude terapêutica aberta de acordo com a qual seja promovido um clima de curiosidade e experimentação. O adolescente será ensinado a identificar, elogiar e recompensar a si mesmo tendo em vista o objetivo de preparação para que ele possa resolver dificuldades futuras. É importante é formulação uma preparação para a manutenção do transtorno de ansiedade generalizada, essa preparação vai ser mantida em evolução e desenvolvimento ao longo de todo o tratamento conforme surgir novas informações serão identificadas e assinaladas, a formulação da manutenção lá vai servir para destacar as relações entre os eventos desencadeantes os pensamentos automáticos, sentimento e o comportamento. (STALLARD, 2010)
CONCLUSÃO:
Diante do exposto no artigo é possível afirmar que a adolescência transita por uma faixa etária que varia entre 10 anos aos 24 anos, alguns casos a adolescência é estendida, compreendendo-se como adultez emergente. As mudanças genéticas , cognitivas, comportamentais, sociais que são comuns a todos os adolescentes e vão variar de acordo com a cultura e a sociedade em que cada indivíduo é inserido, pode ser o ponto influenciador para desencadear o transtorno de ansiedade generalizada, que caracteriza-se pela presença de sintomas ansiosos excessivos, que gerando condições de perdas importantes no desenvolvimento do adolescente em sofrimento psíquico, como prejuízo no desenvolvimento escolar e no convívio social, alguns sinais fisiológicos e sintomas somáticos. O artigo demonstrou através de levantamento bibliográfico que 7% dos adolescentes têm apresentado transtornos ansiosos, com grande prevalência o Transtorno de ansiedade generalizada. Conforme descrito, as mudanças vivenciadas contribuem com a potencialização da ansiedade, provocando em alguns Adolescentes uma desorganização, insegurança sobre suas competências, ameaças abstratas e situações sociais. 
Mediante os levantamentos conclui-se que a Terapia Cognitivo Comportamental vem apresentando uma estrutura bastante fundamentada para o tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada, tendo em vista que a estrutura do tratamento é conduzida de forma objetiva porém que não exclui as necessidades individuais dos adolescentes. A terapia cognitivo-comportamental trabalha estimulando o adolescente a identificar, avaliar e responder os seus pensamentos desadaptativos, psicoeducando os próprios adolescentes e seus responsáveis, passam a ser capazes de monitorar e manejar a ansiedade, com resultados a curto e longo prazo, resultando na própria manutenção ou eliminação do Transtorno de ansiedade generalizada. Estudos com o ensaio realizado por Bolgels e Siqueland(2006) com 17 pré-adolescentes e adolescentes com transtorno de ansiedade generalizada, recebendo atendimento individual e intervenção das famílias, apresentou ao final do ensaio uma eficácia de 41% de adolescentes livres do diagnóstico de ansiedade, após três meses do término 59% dos adolescentes sem apresentar sintomas e após um ano 71% dos adolescentes sem a presença de Transtorno de ansiedade generalizada. Concluindo ser eficiente a terapia cognitivo comportamental no tratamento e manutenção da ansiedade generalizada em adolescentes.
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