Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Consumado: reúne todas as defesas legal. É necessário que preencha todos os requisitos do tipo descritos no artigo (art. 14 I/CP). Ex: matar alguém. Tentado: após iniciar a execução há uma não consumação alheia, ou seja, não se completou, pois, algo externo impediu, não porque o agente quis. Ex: o indivíduo pretende matar alguém, porém na hora que iria matar ele avista uma viatura da polícia. (art.14 II/CP). Desistência Voluntária: o agente inicia o ato e poderia executa-lo, mas por sua vontade desiste de praticar tal ato. (art.15/CP) Arrependimento Eficaz: o agente executa o ato e após iniciada, por sua vontade desiste e consegue impedir a consumação. Irá responder somente pelos atos já praticados, se, forem crimes. Ex: X atira em Y, porem após o disparo X se arrepende e leva Y para o hospital e salva a vida dele, com isso fica comprovado que Y só conseguiu escapar por conta de X, assim X só responderá pelos atos praticados - lesão corporal- e não por tentativa de homicídio. (art.15/CP) Arrependimento Posterior: crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, visando a reparação dos danos mesmos após o crime ser consumado, a decisão de arrependimento deve partir do agente, diminuindo assim sua pena de um a dois terços. (art.16/CP) Crime Impossível: não existe possibilidade de se chegar à consumação, é absolutamente ineficaz. Ex: X vai assaltar Y com uma arma de brinquedo. O crime impossível por impropriedade absoluto do objeto é quando o agente vai matar uma pessoa e a mesma já estava morta, ou seja, não morreu por decorrência do ato do agente. (art.17/CP) Crime Omissivo: • Próprio: o agente não tem dever/obrigação com aquele fato/ato. • Impróprio: o agente tem o dever/obrigação sobre aquele ato/fato. Teoria do Crime Excludentes Ilicitude: é uma consumação - reúne todas as defesas legais para que haja um crime- porém não criminaliza a conduta do indivíduo, se refere ao fato. Exemplo de ilicitude: matar alguém em legítima defesa, ou seja, a pessoa não comete um crime. Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - Em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - Em legítima defesa; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (Vide ADPF 779) III – Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7. Estado de Necessidade (requisitos) • Existência de perigo atual; • Ameaça a direito próprio ou alheio; • Uma situação não provocada pelo agente • Inevitabilidade do comportamento; Estado de Necessidade • É considerado estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não foi provocado por sua vontade (Art. 24/CP) • Execessão em casos onde a pessoa tinha o dever legal de enfretar o perigo(paragrafo 1; 24/CP). Exemplo: policiais, bombeiros, salva- vidas, os quais lidam com o perigo para salvar cidadãos. Legitima Defesa • Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. (Art. 25/CP). Teoria do Crime • Razoabilidade do sacrifício; • Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo; • Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo; • Conhecimento da situação justificante. Legitima Defesa (requisitos) • Agressão atual ou iminente e injusta: é necessário que agressão tenha acontecido atualmente, nunca no passado ou futuro pois estaria sendo configurada como vingança. A agressão deve ser injusta pois é contraria ao ordenamento jurídico. • Uso dos meios necessários e de forma proporcional: o indivíduo deve optar pelo recurso menos lesivo, mas que pare tal agressão de maneira proporcional. • Direito próprio ou alheio: o individuo pode agir em legitima defesa para se proteger e também pode agir para proteger outra pessoa (terceiro). • Animus defendendi: A legítima defesa, além de ser objetivamente necessária, deve ser subjetivamente orientada à vontade de se defender. Formas de legitima defesa • Legitima real ou própria: é a legítima defesa onde representa todos os seus requisitos. • Legitima defesa putativa: o individuo imagina estar agindo em legitima defesa, reagindo contra uma agressão inexistente. • Legitima defesa sucessiva: há uma repulsa ao excesso, ou seja, é a reação contra o excesso injusto. • Legitima defesa recíproca: é quando ocorre uma agressão entre ambas as partes, ou seja, ataque e defesa ao mesmo tempo, mas não se sabe ao certo qual dos envolvidos deu início a agressão. Diferença entre estado de necessidade e legitima defesa. Estado de Necessidade Legitima Defesa Há um conflito de interesses legítimos. Não há. A preservação do direito se faz através do ataque. A preservação do direito se faz através da defesa. O indivíduo age (ação). O indivíduo defende (defesa) O estado de necessidade pode ser recíproco Não há reciprocidade. Estrito Cumprimento do Dever Legal • Estrito cumprimento: somente os atos rigorosamente necessários irão justificar o comportamento permitido, exigindo que obedeça às condições objetivas a que a ação se subordina. • De dever legal: é necessário que o dever seja legal, ou seja, tem que decorrer da lei (sentido amplo). • Elemento subjetivo: ordena que o agente tenha o conhecimento de que age em face de um dever imposto legalmente. Culpabilidade: é o juízo de censura que recai sobre a conduta e possibilita que alguém seja culpado pela prática de uma infração penal. Confere se o agente pode ser ou não julgado pelo crime cometido. Elementos da Culpabilidade. Imputabilidade: é a plena capacidade de entender a natureza dos fatos e de se autodenominar de acordo com seu entendimento, verifica se o agente tem conduções de tomar decisão conforme esse conhecimento. • Biopsicológico ou misto: o legislador deve analisar no caso concreto se o agente era ou não capaz de compreender o caráter ilícito da conduta. Inimputabilidade: os inimputáveis não cometem crime e não recebem pena. A análise do agente da inimputabilidade deve ser feita no momento da prática da conduta. EXCETO na embriaguez voluntária, pois, a análise deve feita no momento anterior a “ingestão” da substância. (Art. 28 inciso II/CO). Causas de Inimputabilidade. Doenças mentais e o desenvolvimento mental incompleto: estão enquadrados aqueles que tenham problemas mentais, problemas psicológicos, sendo de origem patológica ou não, como loucos, indivíduos com retardos ou debilidade mentais, dependentes químicos, psicopatas e etc. (Art. 26/CP). Esses indivíduos receberam uma medida de segurança que visa a proteção da sociedade e a do mesmo, essa medida não possui prazo máximo definido em lei. Menoridade penal (Art. 27/CP): o autor menor de 18 (dezoito) anos será inimputável independente de qualquer outro fator especifico quanto a sua sanidade mental, mesmo o menor tendo noção do mundo a sua volta. O mesmo não comete crime e não recebe pena, pois pratica um ato infracional e recebendo assim uma medida socioeducativa. Embriaguez acidental completa (Art. 28/CP): para a embriaguez afastar a culpabilidade ela dever ser involuntária, ou seja, o individuo não escolheu e não desejava, a situação pode ser dada por: Caso fortuito onde o agente não sabe que ingeriu a substancia entorpecente, ou desconhece os efeitos daquilo que ingeriu (Ex: os efeitos colaterais de um medicamento). Força maior ocorre quando o indivíduo é obrigado a ingerir certa substancia, seja por coação física (violência),ou por coação moral (grave ameaça). Embriaguez dolosa e culposa não são consideradas acidentes, pois o agente agiu de forma voluntaria e por vontade própria em ingerir entorpecentes. Embriaguez preordenada é aquela em que o agente ingere a substancia com o intuito de cometer o crime, ingere como uma forma de “criar coragem”, tem sua pena agravada (Art. 61 II “l” /CP). Potencial conciencia de ilicitude: para haver reprovação sobre a conduta do agente o mesmo deverá conhecer o caráter ilícito/proibido daquilo que está fazendo, pois aquele que pratica um fato tipico e ilícito, mas não sabe, não cometerá crime ficando insento de pena. Exigibilidade de conduta diversa: deve ser possivel se exigir do agente um comportamento diferente, uma conduta diversa, daquele fato típico e ilícito por ele realizado no caso concreto. Emoção e Paixão Emoção: é um estado efetivo que gera perturbação psíquica temporária no agente, como medo, vergonha, raiva, etc. Paixão: é um sentimento intenso e duradouro, como o ódio, vingança, ciúmes, etc., fazendo com que o agente aja de forma Acidental: é o sinônimo de embriaguez involuntária, ou seja, aquela em que o agente não escolheu estar embriagado, seja porque não optou pela ingestão da substância entorpecente, ou por não conhecer seus efeitos. impulsiva. Ambos não excluem a imputabilidade penal, somente a emoção pode ser causa de redução de pena. Ex: O marido chega em casa e encontra a esposa com outro, comete um homicídio. Foi movido por forte emoção. Semi-Imputabilidade (Art.26/CP): o agente não é inteiramente capaz de compeender o caráter ilícito dos fatos, mas possue algum discernimento de seua atos, tendo sua pena reduzida de 1/3 a 2/3.
Compartilhar