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resumo de importação e exportação 2022

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INTRODUÇÃO
Para iniciarmos o estudo, é desejável que seja explanada uma noção básica de imposto, gênero onde está incluso o imposto de importação, objeto do estudo atual.
Tal explanação prévia se faz necessária, posto que imprescindível para um entendimento satisfatório da matéria. Sendo assim, o imposto é o tributo com um fato gerador que consiste em situação independente de qualquer atividade por parte do Estado, a qualquer título.
Tal preceito foi estipulado no art. 16 do Código Tributário Nacional, editado em 1966, e vigente até hoje. In verbis: “art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situaçào independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.”
Sendo assim, aqui não há aquela característica de contrapartida do Estado, face ao adimplemento da obrigação tributária. Isto se deve ao fato de que o valor do imposto é de acordo com uma medida geral de capacidade econômica do contribuinte, e é destinado ao Erário Público como forma de captação de recursos. Os impostos podem ser diretos ou indiretos.
1 O IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO: CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
O Imposto de importação consiste na prestação pecuniária, cobrada pelo Estado brasileiro, quando da entrada de mercadorias estrangeiras destinadas ao comércio nacional. O referido imposto, além da arrecadação, possui finalidades extrafiscais, conforme será melhor delineado nos vindouros itens, pois visa à um maior controle da balança comercial, através do aumento ou diminuição de suas alíquotas.
Esse controle de alíquotas é realizado pelo Poder Executivo de forma mais simples do que para outros impostos, objetivando uma agilidade maior para a regulação da economia.
Ressalte-se que, sobre a mercadoria nacional, que é exportada e posteriormente importada para o Brasil, incide o imposto de importação, exceto se enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado, devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou substituição, devido a modificações na sistemática de importação por parte do país importador, por motivo de guerra ou calamidade pública e por outros fatores alheios à vontade do exportador.
2 COMPETÊNCIA
Uma das principais características do Imposto de Importação é que somente a União tem competência para instituí-lo e cobrá-lo, portanto é um imposto federal. Tal assertiva encontra guarida no art. 153 da Constituição Federal, que trata dos impostos da União. Senão vejamos:
“Seção III - DOS IMPOSTOS DA UNIÃO
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.(...)”(grifo nosso).
Ressalte-se que, com o advento da Constituição Federal de 1988, o elenco de impostos federal diminuiu, posto que no ordenamento anterior podia a União Federal dispor de uma gama maior de à sua disposição.
Ainda sobre a competência, outros dispositivos legais são plenamente aplicáveis, tais como o Código Tributário Nacional, arts. 19 a 22, a Lei nº 3.244/57, o Decreto-Lei nº 37/66, e o Decreto-Lei nº 2.472/88.
3 DA FUNÇÃO DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
Conforme a parte introdutória, o imposto em estudo é considerado extrafiscal em sua função, pois ele é regulado não por motivos de arrecadação, mas por razões de política econômica, consistindo em importante instrumento para esta regulação, e por isso mesmo sua alíquota pode ser alterada por decreto presidencial, não incidindo o princípio da legalidade nem anterioridade.
É passível de menção que o princípio da legalidade veda a criação ou majoração de tributo sem lei que o preveja, enquanto que o princípio da anterioridade estabelece que o imposto instituído ou majorado somente pode viger no exercício seguinte à sua publicação, obedecida a regra da noventena.
Tal vedação objetiva uma maior agilidade, assentada na necessidade da política econômica de dar respostas rápidas, face às exigências da economia mundial, que no século XXI é altamente integrada. A Constituição prevê esta faculdade do Poder Executivo no §1o. de seu artigo 153.
Um dos principais motivos da extrafiscalidade do imposto de importação é proteger os produtos nacionais da concorrência dos produtos estrangeiros. É plenamente justificável, pois, com os altos custos de produção nacionais, é certo que o preço final seja maior do que os produtos oriundos de países estrangeiros.
As razões para a baixa capacidade de concorrência de alguns produtos nacionais são várias, mas as principais que podemos citar são os gastos que as empresas brasileiras têm com direitos trabalhistas e a própria tributação, institutos estes que, se por um lado beneficiam a classe trabalhadora e o bem comum, prejudicam a concorrência de nossos produtos, que chegam para o consumidor mais caros do que produtos estrangeiros (que precisam vir de longe e ainda sim chegam mais baratos).
Não podemos deixar de comentar o caso da China, que possui um imenso exército de trabalhadores com o valor de mão de obra mais barato do mundo. Essa situação não deixa de ser um círculo vicioso, pois se o Estado não oferecesse proteção aos produtos nacionais através do alto valor do imposto de importação, nossa indústria pereceria, ante à concorrência de produtos estrangeiros, que são mais baratos, e em muitos casos, de superior qualidade, como é o caso de automóveis, roupas, eletrônicos e instrumentos musicais.
Uma eventual diminuição na alíquota dos impostos de importação poderia levar ao aumento de nosso desemprego, fechamento de empresas, e até o aumento da criminalidade, com a massa de populares sem trabalho. Assim, está plenamente justificada a necessidade do caráter extrafiscal do imposto de importação.
4 DO FATO GERADOR
O imposto de importação, em nosso país, tem como fato gerador a entrada de produtos estrangeiros no território nacional. É mister ressaltar que, ao produto que não se destina ao mercado nacional, mas tão somente de passagem pelo território, não se aplica o imposto de importação.
Conforme o Código Tributário Nacional, a formalização do imposto em estudo se dá quando do desembaraço aduaneiro. É considerado o câmbio do dia do registro da declaração realizada, para a conversão do valor do produto, na repartição fiscal aduaneira.
Existem mais alguns aspectos acerca do fato gerador, que merecem comento. O aspecto material, nos termos da lei vigente, é caracterizado pela entrada física do produto estrangeiro no território nacional.
Mas deve ser pontuado que o produto deve destinar-se ao consumo interno, sob pena de não incidência do imposto ora em análise.
O aspecto espacial delimita o local onde a lei considera consumado o fato gerador. No tocante ao imposto de importação, é o local onde a mercadoria encontra-se armazenada, sob o controle da alfândega (o chamado território aduaneiro).
Para esta condição ser verificada, não é relevante se o produto encontra-se na zona primária ou secundária, bastando estar sob o controle da aduana. O local do fato gerador é verificado pela autoridade através dos documentos “conhecimento de transporte” e “manifesto de carga”, que, além do local alfandegado, igualmente identifica o sujeito passivo da obrigação.
Quando estas informações não puderem ser indentificadas, faz-se necessária a instauração de processo administrativo, a ser formalizado pelo sujeito ativo.
Ressaltamos ainda que, com a falta da documentação necessária, o sujeito passivo está sujeito a penalidade pecuniária. A jurisdição do território aduaneiro está compreendida no Decreto-Lei nº 37/66, conforme transcrito a seguir:
Art.33. A jurisdição dos serviços aduaneiros se estende por todo o território aduaneiro e abrange:
I – Zona Primária – compreendendo as faixas internas de portos, aeroportos, recintos alfandegados e locais habilitados nas fronteiras terrestres, bemcomo em outras áreas nas quais se efetuam operações de carga e descarga de mercadorias ou embarque e desembarque de passageiros, procedentes do exterior ou a ele destinados;
II – Zona Secundária – compreendendo a parte restante do território nacional, nela incluídos as águas territoriais e o espaço aéreo correspondente. Parágrafo único. Para efeito de adoção de medidas de controle fiscal, poderão ser demarcadas, na orla marítima e na faixa de fronteira, zonas de vigilância aduaneiras, nas quais a existência e a circulação de mercadorias estão sujeitas às cautelas fiscais, proibições e restrições que forem prescritas no regulamento.”
O aspecto temporal diz respeito à data de ocorrência do fato gerador, e é verificado na data do registro do documento conhecido como “declaração de importação”. O ilustre jurista Geraldo Ataliba, explica que:
“A lei continente da hipótese de incidência tributária traz a indicação das circunstâncias de tempo, importantes para configuração dos fatos imponíveis. Esta indicação pode ser implícita ou explícita. Na naioria das vezes é simplesmente implícita.(...)
Raramente a lei tributária estabelece condições especiais explícitas de tempo, restringindo o âmbito da hipótese de incidência, e, portanto, limitando a só alguns fatos – cabentes na descrição em que hipóteses de incidência consiste a qualificação de fatos imponíveis.
A mais importante função do aspecto temporal diz respeito à indicação – necessariamente contida na hipótese de incidência – do momento em que se reputa ocorrido o fato imponível (e, pois, nascida a obrigação tributária)”1
5 DAS ALÍQUOTAS
O Poder Executivo é o ente competente para a alteração das alíquotas do imposto em comento, conforme Constituição, em seu artigo 153, §1º, dispositivo este que ainda estabelece que serão respeitadas condições e limites de lei.
A lei editada para a regulação destas condições e limites é a de nº 3.244/57, conforme Lei nº 8.085, de 23-10-90 (DOU, 24-10-90), a qual preleciona o que segue:
“Art. 3º Poderá ser alterada dentro dos limites máximo e mínimo do respectivo capítulo, a alíquota relativa a produto:
cujo nível tarifário venha a se revelar insuficiente ou excessivo ao adequado cumprimento dos objetivos da Tarifa:
cuja produção interna fôr de interêsse fundamental estimular;
que haja obtido registro de similar;
de pais que dificultar a exportação brasileira para seu mercado, ouvido prèviamente o Ministério das Relações Exteriores;
de país que desvalorizar sua moeda ou conceder subsídio exportação, de forma a frustrar os objetivos da Tarifa.
 § 1º Nas hipóteses dos itens a, b e c a alteração da alíquota, em cada caso, não poderá ultrapassar, para mais ou para menos, a 30%(trinta por cento) "ad-valorem".
 § 2º Na ocorrência de "dumping", a alíquota poderá ser elevada até o limite capaz de neutralizá-lo.”
O dumping consiste na prática comercial perpetrada por uma ou mais empresas que, através da baixa exagerada de preço de um produto, eliminam a concorrência para depois impor preços altos. Tal medida é altamente rechaçada pelos governos quando detectada, geralmente pelo aumento das alíquotas incidentes sobre aquele produto.
No imposto de importação incidem dois tipos de alíquotas, quais sejam, específica e ad valorem. A alíquota específica é especificada por uma quantia determinada, em função da unidade de quantificação dos produtos importados e sujeitos ao imposto.
A alíquota ad valorem é calculada através de porcentagem incidente sobre o valor do produto. No caso de produtos que possam desestabilizar o comércio interno, o Estado geralmente impõe alíquotas elevadíssimas, de forma a dificultar a sua entrada no território.
O Estado também pode reduzir as alíquotas, para forçar uma eventual baixa nos preços dos produtos nacionais. Dada a extrafiscalidade do tributo em questão, as alíquotas são fixadas conforme critérios políticos e econômicos, conforme acima explanado.
O órgão competente para fixar as alíquotas de importação, bem como de exportação, é a Câmara de Comércio Exterior – CAMEX – órgão integrante do Conselho de Governo, e é presidida pelo Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, além da participação de outros Ministérios, como o da Casa Civil, Relações Exteriores, da Fazenda, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Planejamento, Orçamento e Gestão.
A competência do referido órgão foi estabelecida pelo Decreto-Lei 4.732/2003, o qual estipula em seu art. 2o., § 1o , incisos I a IV, que na implementação da Política de Comércio Exterior, a CAMEX irá observar os compromissos internacionais assumidos em particular pelo País, com a OMC, o MERCOSUL e ALADI – Associação Latino-americana de Integração.
Além destes compromissos, o referido Decreto-Lei estabelece que o referido órgão irá definir o papel do comércio exterior como instrumento indispensável para promover o crescimento da economia nacional e para o aumento da produtividade e da qualidade dos bens produzidos no País, as políticas de investimento estrangeiro, de investimento nacional no exterior e de transferência de tecnologia, que complementam a política de comércio exterior.
Ainda, as competências de coordenação atribuídas ao Ministério das Relações Exteriores no âmbito da promoção comercial e da representação do Governo na Seção Nacional de Coordenação dos Assuntos relativos à ALCA - SENALCA, na Seção Nacional para as Negociações MERCOSUL - União Européia - SENEUROPA, no Grupo Interministerial de Trabalho sobre Comércio Internacional de Mercadorias e Serviços - GICI, e na Seção Nacional do MERCOSUL.
Verifica-se, portanto, que a criação da Cãmara de Comércio Exterior (entidade vinculada ao Poder Executivo), se por um lado assegura agilidade para o governo, por outro lado o limita, ao celebrar o respeito aos contratos internacionais bilaterais e multilaterais, servindo como um sistema de freios e contrapesos.
Os decretos para alteração de alíquotas, de forma expressa pelo Código Tributário Nacional, somente podem ser do tipo regulamentadores ou de execução (ver artigo 99), o que confirma o enquadramento constitucional dos decretos (Constituição Federal, artigo 49, V, e 84, IV)
6 DA BASE DE CÁLCULO
As normas para definir a base de cálculo do imposto de importação são de caráter geral, não podendo ser calculadas a cada vez de forma diferente. Geralmente é considerado o valor constante na fatura comercial, mas também é admitido o preço de referência, estipulado pelo Conselho de Política Aduaneira, e a pauta do valor mínimo, estipulado pela Comissão Executiva do referido conselho.
No caso da alíquota específica, a base de cálculo corresponde àquela que prevê importâncias fixas, aplicável as modos de quantificação do produto importado, a base de cálculo é expressada pela quantidade de mercadoria expressa em unidades de medida utilizadas pelo ordenamento, conforme ditame do Código Tributário Nacional, art. 20, inciso I e art. 2o. do Decreto-Lei nº 37/66.
Já na alíquota ad valorem, a base de cálculo é o valor monetário da mercadoria, incidindo sobre este valor um percentual.
O valor considerado é o que consta na fatura de comércio, expedida pelo país originário (artigo 20, inciso II do Código Tributário Nacional).
Destaque-se que o Fisco tem a discricionariedade de aceitar ou não o preço indicado na fatura original, podendo atribuir um preço com base no mercado interno, o chamado “preço normal”.
A alíquota mista combina os parâmetros utilizados em ambas as modalidades, quando por exemplo, atribui uma porcentagem de R$50,00 (cinquenta reais) por kilograma (Kg).
No caso de produtos apreendidos ou abandonados, quando levados à leilão, a base de cálculo é o preço da arrematação.
7 O CONTRIBUINTE
O contribuinte, ou seja, a pessoa que deve pagar o imposto de importação, é o importador, ou o equiparado por lei (Código Tributário Nacional, art. 22, “I”). No caso de mercadorias apreendidas ou abandonadas, o contribuinte é o arrematante (Código Tributário Nacional, art. 22, “II”).
Geralmente o contribuinte é pessoa jurídica, no entanto, para finsde cobrança do referido imposto também é admitido pessoa física. O ordenamento jurídico tributário não faz distinção quanto ao formalismo, do sujeito passivo.
8 DO LANÇAMENTO
O lançamento, que é o procedimento administrativo através do qual a autoridade administrativa constitui o crédito tributário, é realizado com a finalidade de tornar a quantia devida para o Erário em líquida e certa. No caso do imposto de importação, o lançamento ocorre por homologação, ou seja, a lei determina o pagamento do tributo antes de qualquer procedimento de fiscalização.
O importador, no caso, deve fazer declaração, oferecendo ao Fisco todos os elementos informativos para o pagamento do imposto.
CONCLUSÃO
O imposto de importação é importante instrumento a serviço do bem comum, que, além de ser responsável por uma grande parte da arrecadação para viabilizar projetos governamentais, possui uma vital função regulatória da economia e da balança comercial (a chamada extrafiscalidade).
•	extrafiscalidade: controlar a economia, aumentando ou reduzindo a importação e exportação dos comerciantes brasileiros;
•	arrecadação: arrecadar capital para que o Governo realize seus investimentos.
A não incidência dos princípios da legalidade e da anterioridade é da natureza da estudada figura tributária, não consistindo de maneira alguma em ilegalidade ou afronta à Constituição Federal.
Sem esta característica, o Poder Executivo não teria como agir com firmeza quando necessário, pois estaria sempre limitado a provocar o legislativo para edição de novas leis, o que demandaria muito tempo, o que é incompatível com as características do comércio internacional.
Isto sem mencionar o prejuízo com a ocorrência da anterioridade, pois a mesma evitaria respostas rápidas, criando inegável insegurança para o campo comercial interno, com prováveis reflexos em outros setores da economia.
Dessa forma, é inegável que as atuais características do imposto de importação são perfeitamente condizentes com as reais necessidades da nação brasileira, necessidades estas que abarcam um instrumento regulatório extrafiscal, para evitar prejuízos e o decréscimo da economia como um todo.
Como forma de expandir o negócio, muitos empreendedores apostam no mercado internacional. No entanto, é importante considerar a cara tributária que envolve esse processo, tendo em vista seus impactos diretos no caixa da empresa. Nesse caso, conhecer os impostos de importação e exportação é essencial.
Contudo, esse é um assunto complicado para muitas pessoas e, por esse motivo, é preciso estar atento a questões como: principais tributos a serem pagos, alíquotas, riscos de erros que podem ser cometidos e demais complicações que podem gerar a inobservância da lei e demais problemas.
Quais são os principais impostos de importação?
Existem diversos impostos que podem ser cobrados nas operações de importação e, por isso, é necessário que você os conheça.
Impostos de Importação — II
Trata-se de um imposto cobrado sobre os produtos de origem estrangeira que dão entrada no país. Nesse caso, o cálculo do II normalmente é realizado com base no valor aduaneiro, caracterizado pela soma do valor do item, frete e seguro. Na maioria dos casos, o percentual varia entre 0 a 35%.
Imposto de Produtos Industrializados — IPI
O IPI é um imposto de competência da União, cobrado sobre todos os produtos industrializados, tanto nacionais quanto estrangeiros. Dessa forma, as mercadorias industrializadas que entram no país também estão passíveis da cobrança do IPI. Ela é feita com base no cálculo que considera a soma do valor aduaneiro à quantia do Imposto de Importação.
Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços — ICMS
O ICMS representa um imposto de competência estadual, cobrado sobre os procedimentos aduaneiros para a entrada do produto no país. Seu cálculo é feito em observância ao valor aduaneiro adicionado às despesas portuárias e aduaneiras e, também, ao Imposto de Importação, PIS, Cofins e IPI.
A alíquota vai variar conforme a lei vigente de cada estado onde a operação aduaneira é realizada. Então, cada estado define sua própria alíquota, sendo que em alguns deles as condições são mais benéficas.
Programa de Integração Social — PIS e Contribuição para Fins Sociais — COFINS
O PIS e a COFINS são de competência federal, com a finalidade de financiar a seguridade social. As quantias pagas na importação poderão ser quitadas pela companhia importadora, que vai compensar o que já quitou com as devidas contribuições.
No caso do PIS, a alíquota gira em torno de 1,65% e vai depender de cada caso, considerando que há alíquotas diferenciadas para certos itens. Já em relação ao Cofins, a alíquota representa em média 7,6%, sendo que também existem alíquotas especiais para determinadas mercadorias.
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza — ISS
Trata-se de um imposto de competência municipal, que recai sobre as prestações de serviços advindos do exterior ou nas operações em que a prestação tenha começado fora do Brasil. Geralmente, a alíquota é de 5%.
Além dos impostos apresentados, é importante estar por dentro de outros custos que fazem parte desse tipo de transação. Afinal, eles precisam ser considerados quando pensar em adquirir algum produto de fora, por exemplo: o valor do item e sua conversão para o real, as despesas bancárias que algumas mercadorias podem ter, as despesas alfandegárias, frete para entrega, seguro internacional e demais.
A Receita Federal publicou uma portaria que ampliou de US$ 500 (R$ 2.815) para US$ 1.000 (R$ 5.630) o limite de valor para que mercadorias trazidas do exterior por via aérea ou marítima tenham isenção tributária, em medida que também eleva cotas de outras modalidades de compras feitas fora do país. 
Segundo o fisco, a cota de isenção de bagagens para viajantes que chegam ao Brasil de avião ou de navio não sofria modificação há mais de 26 anos.
A portaria também eleva os limites de valor para mercadorias compradas em lojas "duty free" por passageiros que entram no país por via terrestre, fluvial ou lacustre. Essa cota de isenção passou de US$ 300 (R$ 1.689) para US$ 500.
De acordo com o Ministério da Economia, a mudança foi realizada para readequar valores de isenção nas fronteiras terrestres após alteração, em 2020, que ampliou o limite em free shops para passageiros de avião de US$ 500 para US$ 1.000. "As alterações efetuadas buscam readequar os valores até então vigentes minimizando o efeito inflacionário ocorrido em todo o mundo nas últimas décadas e gerando benefícios diretos e imediatos para os viajantes", informou a pasta.
Taxação na entrada no país
Os bens que superarem esses valores podem ser taxados pela Receita Federal na entrada no país em 50% sobre o excedente à regra.
Por exemplo: se uma pessoa trouxer produtos que, somados, custam US$ 1.500 (R$ 8.445), pode ter que pagar imposto sobre os US$ 500 excedentes, o que resultaria em uma cobrança de US$ 250 (R$ 1.407,57).
Se o viajante estiver com bens que ultrapassam o limite de isenção, não fizer a e-DBV (declaração eletrônica de bens do viajante) e for pego em uma fiscalização ao desembarcar, recebe também uma multa de 50% sobre o valor excedente das mercadorias. A compra de US$ 1.500 no exterior, então, teria um adicional de US$ 500 em imposto e multa.
Nem todas as compras feitas no exterior entram no cálculo dos US$ 1.000. Itens que são de uso próprio do viajante, como roupas e um aparelho celular, são isentos, desde que estejam usados e sejam compatíveis com a viagem realizada.
Quais são os impostos de exportação?
O Imposto de Exportação (IE) se trata de um tributo de competência federal, no qual o fato gerador é caracterizado pela saída da mercadoria do território Nacional. Pelo fato da exportação ser vista como uma modelo de operação estratégica pelo entendimento do governo, a cobrança do IE tem sido cada vez menor. Por exemplo, é exigido quando o item sai do Brasil, devendo ser pago para gerar a autorização de transporte das mercadorias vendidas.
Entre as suas principais finalidades, estáa viabilização de uma melhor regularização e fiscalização sobre as exportações. Nesse caso, é cobrado com base no preço normal que o produto atingiria em uma venda no mercado internacional, que normalmente é visto como um montante não abaixo do custo de produção ou obtenção do item, adicionando os impostos, contribuições e margem de lucro correspondente ao, no mínimo, 15% dos custos.
Em regra, a alíquota do Imposto de Exportação é de 30% sobre o preço habitual. Contudo, esse percentual pode ser reduzido ou aumentado de acordo com a lei, caso seja preciso realizar ajustes na política cambial e comércio exterior. Essa é uma ação excepcional, tendo em vista o interesse do governo no desenvolvimento das exportações de mercadorias nacionais, assim, a alíquota pode chegar a até 150% incidente sobre o preço normal.
Já em relação aos impostos não incidentes na exportação, podemos citar: IPI, ICMS, PIS, Cofins ou ISS. Outra maneira de motivar a exportação é o conhecido regime de drawback. Nesse caso, o exportador consegue obter os insumos nacionais e internacionais para realizar suas compras sem precisar pagar o ICMS e IPI, caso comprove que vai usar os materiais na elaboração de mercadorias de exportação, que devem ser fabricadas em até um ano.
O imposto de importação e exportação
Primeiramente, é preciso entender que esses tributos são separados em dois: o Imposto de Importação (II) e o Imposto de Exportação (IE). Eles são de competência da União e fiscalizados, administrados e recolhidos pela Receita Federal Brasileira (RFB).
Suas destinações não são específicas, o que significa que são aglomerados com outros tributos do Governo Federal e podem ser utilizados para diferentes fins, como o pagamento de salários de funcionários, conserto de estradas, construção de escolas etc.
Também é importante saber que eles não dependem de uma contraprestação do Estado, isto é, o Governo não precisa beneficiar direta ou indiretamente seus contribuintes. 
Até agora listamos as características comuns de ambos, porém eles têm peculiaridades próprias em relação à forma em que são gerados. Confira as principais no tópico abaixo.
Como os impostos são gerados
Imposto de Importação (II)
Como seu próprio nome indica, trata-se de um imposto cobrado pela importação de produtos estrangeiros. Seu fato gerador (ação que gera a obrigação de pagá-lo) consiste na entrada do produto no território nacional. É responsável pelo recolhimento do tributo:
· o importador ou equiparado pela lei;
· o arrematante, no caso de mercadorias estrangeiras adquiridas em leilões.
São considerados produtos importados aqueles que saíram do país e retornaram posteriormente, salvo:
· envios em consignação e não vendidos no prazo autorizando;
· devoluções por defeito, reparo ou substituição;
· modificação no processo de importação;
· por guerra ou calamidade pública;
· fatores alheios à vontade do exportador.
Esse imposto não incide sobre qualquer mercadoria. A legislação brasileira impõe que os seguintes produtos estão completamente isentos de seus pagamentos:
· livros, revistas, jornais e similares, como também o papel para produzi-los;
· medicamentos para pessoa física;
· amostras de tecidos, materiais e escalas de cor sem valor comercial;
· quaisquer compras de até U$1.000, quando as partes são pessoas físicas;
· produtos de até U$100, quando o exportador é pessoa jurídica.
O importador ainda deve realizar as obrigações acessórias, ou seja, declarar que importou o produto, mas que está desobrigado do pagamento do Imposto de Importação.
Imposto de Exportação (IE)
O fato gerador desse imposto consiste na saída de mercadorias nacionais ou nacionalizadas do território brasileiro. Seu contribuinte é qualquer pessoa que promova a saída do produto.
É importante saber que a maioria dos produtos está imune (desobrigação do pagamento pela Constituição Federal) e isenta (desobrigação por lei) de tributação. Atualmente, esse imposto incide somente sobre algumas mercadorias. Veja quais são elas e suas respectivas alíquotas (percentuais do imposto):
· cigarros contendo fumo e tabaco: 150%;
· couros e peles: 9%;
· armas, munições, suas partes e acessórios, quanto destinados aos países da América do Sul (salvo Argentina, Chile e Equador) e Caribe: 150%;
· leite, creme de leite e concentrados de açúcar: 100%.
Para o IE, a alíquota da regra geral é de 30%. Entretanto, como vimos, somente os produtos listados nos tópicos anteriores estão sujeitos à sua incidência, e cada um deles tem uma alíquota determinada.
Conhecimentos sobre o funcionamento do imposto de importação e exportação, bem como dos processos dessas operações, é uma poderosa ferramenta para que o empreendedor maximize a expansão do seu negócio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BRITO MACHADO, Hugo de. Curso de Direito Tributário, 27a. edição, Malheiros Editore;
2. CALMON, Sacha. Curso de Direito Tributário Brasileiro, Ed. Forense, RJ;
3. CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 6. ed. atual. São Paulo: Saraiva, 1993;
4. NOGUEIRA, Ruy Barbosa. Curso de direito tributário. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 1993;
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INTRODUÇÃO
 
 
Para iniciarmos o
 
estudo
, é desejável que seja explanada uma noção básica 
de imposto, gênero onde está incluso o imposto de importação, objeto do 
estudo atual.
 
Tal explanação prévia se faz necessária, posto que imprescindível para um 
entendimento satisfatório da matéria. Sendo assim, o imposto é o tributo 
com um fato gerador que consiste em situação independente de qualquer 
atividade por parte do Estado, a qualquer título.
 
Tal preceito foi estipulado no art. 16 do Código Tributário Nac
ional, editado 
em 1966, e vigente até hoje. In verbis: “art. 16. Imposto é o tributo cuja 
obrigação tem por fato gerador uma situaçào independente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.”
 
Sendo assim, aqui não há aquela caracter
ística de contrapartida do Estado, 
face ao adimplemento da obrigação tributária. Isto se deve ao fato de que 
o valor do imposto é de acordo com uma medida geral de capacidade 
econômica do contribuinte, e é destinado ao Erário Público como forma de 
captação
 
de recursos. Os impostos podem ser diretos ou indiretos.
 
1 O IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO: CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
 
O Imposto de importação consiste na prestação pecuniária, cobrada pelo 
Estado brasileiro, quando da entrada de mercadorias estrangeiras 
destinad
as ao comércio nacional. O referido imposto, além da arrecadação, 
possui finalidades extrafiscais, conforme será melhor delineado nos 
vindouros itens, pois visa à um maior controle da balança comercial, através 
do aumento ou diminuição de suas alíquotas.
 
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a regulação da economia.
 
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posteriormente impor
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INTRODUÇÃO 
 
Para iniciarmos o estudo, é desejável que seja explanada uma noção básica 
de imposto, gênero onde está incluso o imposto de importação, objeto do 
estudo atual. 
Tal explanação prévia se faz necessária, posto que imprescindível para um 
entendimento satisfatório da matéria. Sendo assim, o imposto é o tributo 
com um fato gerador que consiste em situação independente de qualquer 
atividade por parte do Estado, a qualquer título. 
Tal preceito foi estipulado no art. 16 do Código Tributário Nacional, editado 
em 1966, e vigente até hoje. In verbis: “art. 16. Imposto é o tributo cuja 
obrigação tem por fato gerador uma situaçào independente de qualquer 
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.” 
Sendo assim, aqui não há aquela característica de contrapartida do Estado, 
face ao adimplemento da obrigação tributária. Isto se deve ao fato de que 
o valor do imposto é de acordo com uma medida geral de capacidade 
econômica do contribuinte, e é destinado ao ErárioPúblico como forma de 
captação de recursos. Os impostos podem ser diretos ou indiretos. 
1 O IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO: CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS 
O Imposto de importação consiste na prestação pecuniária, cobrada pelo 
Estado brasileiro, quando da entrada de mercadorias estrangeiras 
destinadas ao comércio nacional. O referido imposto, além da arrecadação, 
possui finalidades extrafiscais, conforme será melhor delineado nos 
vindouros itens, pois visa à um maior controle da balança comercial, através 
do aumento ou diminuição de suas alíquotas. 
Esse controle de alíquotas é realizado pelo Poder Executivo de forma mais 
simples do que para outros impostos, objetivando uma agilidade maior para 
a regulação da economia. 
Ressalte-se que, sobre a mercadoria nacional, que é exportada e 
posteriormente importada para o Brasil, incide o imposto de importação,

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