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HÉRNIAS INGUINAIS E FEMORAIS

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Bittencourt 
HÉRNIAS INGUINAIS E FEMORAIS 
CONCEITOS 
• Hérnia = protusão anormal de um órgão ou tecido 
por um defeito em suas paredes circundantes. 
• Hérnia redutível = quando seus conteúdos podem 
ser reposicionados por entre a musculatura 
circundante. 
• Hérnia irredutível ou encarcerada = quando não 
pode ser reduzida 
• Hérnia estrangulada = tem suprimento sanguíneo 
comprometido por seus conteúdos, sendo uma 
complicação grave/fatal. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
Hérnia da parede abdominal: 5% da população. Sua 
prevalência aumenta com a idade. 
• 75%: Hérnia inguinal – mais comum em ambos os 
sexos 
o Homens (25:1) 
o 2/3 Indireta 
o Lado direito 
• 25% Hérnia femoral 
o Mulheres (10:1) 
o Lado direito 
 
INGUINAL FEMORAL 
Acima do ligamento 
inguinal 
Abaixo do ligamento 
inguinal 
Homem Mulher 
Lado direito + comum Lado direito + comum 
 
Hérnias inguinais: 
INDIRETA DIRETA 
Mais comum 
Homens jovens Homens jovens 
Não obliteração do 
conduto peritônio vaginal 
Fraqueza da fáscia 
transversalis 
Lateral aos vasos 
epigástricos inferiores 
Medial aos vasos 
epigástricos inferiores 
 
ANATOMIA DA REGIÃO INGUINAL 
• Contém o canal inguinal (acima do ligamento 
inguinal) e canal femoral (abaixo do ligamento 
inguinal) 
• Ligamento inguinal = é formado pelo espessamento 
da aponeurose do músculo oblíquo externo na sua 
porção inferior. Origina da espinha ilíaca antero-
superior e se insere no tubérculo púbico. 
 
Canal inguinal 
O canal é o conjunto de todas as aponeuroses, ligamentos, 
músculos e fáscias da porção inferior do abdome, que 
permite a passagem de estruturas abdominais através da 
parede abdominal para a bolsa escrotal (sexo masculino) ou 
para a região dos grandes lábios (sexo feminino). 
 
 
Paredes do canal inguinal: 
1. Anterior: aponeurose do músculo obliquo externo 
e músculo oblíquo interno 
2. Posterior: fáscia transversal + tendão conjunto (m. 
oblíquo interno + m.transverso) + ligamento 
inguinal reflexo 
3. Teto: músculo oblíquo interno + m. transverso do 
abdome 
4. Assoalho: ligamento inguinal (de Poupart) + 
ligamento lacunar 
 
 
 
Visão de dentro do canal inguinal. 
 
Conteúdo 
• Homem = funículo espermático 
o Músculo cremaster 
o Ducto deferente 
o Plexo venoso pampiniforme 
o Artérias e veias testiculares 
o Ramo genital do nervo genitofemoral 
o Nervo Ilioinguinal 
 
• Mulher = ligamento redondo do útero 
 
 
Anéis inguinais 
Onde ocorrem as hérnias inguinais INDIRETAS (laterais ao 
triângulo de Hasselbach) 
• Interno ou profundo = permite a entrada das 
estruturas abdominais para o canal inguinal 
• Externo ou superficial = permite a saída das 
estruturas para a região mais externa 
 
 
Vista anterior 
 
Vista posterior da parede abdominal. Anel inguinal interno 
fica LATERAL aos vasos epigástricos inferiores profundos. 
 
Triângulo inguinal (de Hasselbach) 
É uma região de FRAQUEZA das aponeuroses da parede 
abdominal anterior. Aqui que ocorrem as hérnias inguinais 
DIRETAS. 
 
Paredes: 
1. Medial: margem lateral da bainha do reto 
abdominal 
2. Superolateral: vasos epigástricos inferiores 
profundos 
3. Inferolateral: ligamento inguinal (de Poupart) 
 
Orifício miopectíneo (de Fruchaud) 
É uma região de fraqueza → surgimento de hérnia. Ele é 
dividido em duas partes: superior (acima do ligamento 
inguinal) e inferior (abaixo do ligamento inguinal). Na porção 
superior temos o triângulo inguinal e o triângulo lateral (mais 
resistente = tem mais aponeuroses); na porção inferior 
temos o triângulo femoral (contém o canal femoral, que é 
medial aos vasos femorais). 
 
Paredes 
• Medial: reto abdominal 
• Lateral: psoas maior 
• Inferior: ligamento pectíneo (Cooper) 
• Superior: oblíquo interno e transverso (tendão 
conjunto) 
 
 
Canal femoral 
Está localizado medialmente aos vasos femorais e abaixo do 
ligamento inguinal. Limites: 
• Anterior: Trato iliopúbico 
• Posterior: Ligamento de Cooper 
• Lateral: veia femoral 
 
 
 
 
HÉRNIA INGUINAL DIRETA X INDIRETA 
• Direta: MEDIAL aos vasos epigástricos inferiores. 
Defeito é diretamente da parede 
• Indireta: LATERAL aos vasos epigástricos inferiores. 
Hérnia faz um atalho através do canal inguinal 
 
 
 
A – inguinal indireta 
B - inguinal direta 
C - femoral 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE NYHUS 
 
Não é muito usado. Tipo I é a hérnia da criança, congênita → 
o conduto peritônio vaginal não fechou = via de acesso. Tipo 
II é o tipo clássico. 
 
DIAGNÓSTICO 
• Exame físico 
o Abaulamento na parede abdominal com 
ou sem dor (leve) ou desconforto 
o Paciente em ortostatismo 
o Manobra de valsalva → tosse 
• US parede abdominal → alta sensibilidade e 
especificidade 
• TC de abdome → hérnias obscuras ou incomuns 
 
 
Saco herniário (H) penetrando na bolsa escrotal através do 
canal inguinal (T, testículo). 
 
 
Hérnia inguinal direta. Aumento do conteúdo herniário (H) 
após a manobra de valsalva. 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
• Hérnia identificada é hérnia operada (adulto) → 
enfraquecimento progressivo com potencial de 
estrangulamento 
• Tratamento cirúrgico na urgência 
• Cirurgia eletiva 
o Hérnia redutível 
o Hérnia cronicamente encarcerada 
o Laparoscopia x Aberta 
 
CIRURGIA VIDEOLAPAROSCÓPICA 
• Hérnias bilaterais 
• Hérnias recidivantes 
 
Marcos anatômicos 
• Orifício miopectíneo de Fruchaud 
• Y invertido = vasos epigástricos inferiores (pé do Y) 
+ vasos deferentes (perna medial) + vasos 
espermáticos (perna lateral) 
• Vasos epigástricos inferiores dividem as regiões 
inguinal medial e lateral 
o Direta = medial 
o Indireta = lateral 
 
 
 
• Trato iliopúbico: Estende-se da crista ilíaca 
anterosuperior ao ligamento pectíneo (Cooper) e 
divide o espaço inguinal anterior e posterior 
o Anterior = hérnias inguinais (superior) 
o Posterior = hérnias femorais (inferior) 
 
 
 
• Cinco triângulos: 
o Dor (Pain) 
o Desastre (D) 
o Femoral (F) 
o Direta (D) 
o Indireta (I) 
 
 
 
Triângulo da dor (pain) 
Limites 
• Medial: Porção lateral do trato iliopúbico 
• Lateral: Vasos espermáticos 
Conteúdo 
• N cutâneo lateral da coxa 
• Ramo femoral do N genitofemoral 
• Nervo femoral 
 
Triângulo do desastre (D) 
Limites 
• Lateral: Vasos espermáticos 
• Medial: Ducto deferente 
Conteúdo: Artéria e veia ilíaca externa 
 
Triângulo das hérnias femorais (F) 
Não é um triângulo verdadeiro, mas identifica a área 
Limites 
• Superior: Trato iliopúbico 
• Lateral: Veia ilíaca externa 
• Inferior: Ligamento pectíneo (Cooper) 
• Medial: Ligamento lacunar 
 
Conteúdo: Área correspondente às hérnias femorais 
 
Triângulo de Hesselbach ou Hérnias Diretas (D) 
Limites 
• Ligamento inguinal 
• Borda médio-lateral do reto abdominal 
• Vasos epigástricos inferiores 
 
Conteúdo: Área correspondente às hérnias inguinais diretas 
Triângulo das Hérnias Indiretas (I) 
Não é um triângulo verdadeiro 
Limites 
• Vasos epigástricos inferiores 
• Trato Iliopúbico 
 
Conteúdo: Anel inguinal interno ou profundo 
 
CIRURGIA ABERTA 
Nas hérnias estranguladas em que a ressecção do intestino 
é necessária, próteses de malha são contraindicadas e um 
reparo de tecido é necessário, sendo as opções disponíveis: 
 
• Bassine: consiste na aproximação com sutura em 
tripla camada do tendão conjunto (m. obliquo 
interno + transverso) ao ligamento inguinal 
• Shouldice: consiste na abertura da fáscia 
transversal e confecção de quatro planos de sutura 
superpostos. 
• McVay: consiste em suturar a fáscia transversalis ao 
ligamento inguinal e incisar o ligamento de Cooper. 
Muito usada em hérnias femorais. 
 
Existem também as técnicas com reparo livre de tensão, que 
se tornou o método preferido atualmente, uma vez que a 
tensão é a principal causa de recidiva. 
 
• Lichtenstein: colocação sistemática de prótese de 
polipropileno na região inguinal. Éa mais realizada 
atualmente. 
• Plug-patch (tampão e remendo): consiste no uso de 
um tampão (plug) em forma de cone de malha de 
polipropileno que, quando inserido no anel inguinal 
interno arma-se como um guarda-chuva, e oclui a 
hérnia. 
 
Bassini 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Shouldice 
 
 
 
 
McVay 
• Utilizada mais Hérnia Femoral 
• Quando não pode usar a tela 
• Sutura margem da aponeurose do músculo 
transverso ao ligamento de Cooper e trato 
iliopúbico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lichtenstein 
• Técnica mais utilizada 
• Fixação da tela no ligamento inguinal 
 
 
Plug-Patch 
 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO NA URGÊNCIA 
• Dor intensa e abaulamento agudo 
• Se o conteúdo for alça intestinal → Sinais de 
obstrução intestinal (vômito, constipação, 
distensão abdominal) 
• Encarceramento = conteúdo preso, mas sem sinal 
de sofrimento vascular 
o Redução conteúdo + cirurgia na internação 
(< 6 horas do início dos sintomas) + 
analgesia potente 
• Estrangulamento = irredutível 
o Hiperemia local: isquemia, necrose, 
perfuração 
o Indicação de cirurgia de 
emergência/urgência 
▪ Iniciar pela incisão específica 
(inguinotomia), se não for 
possível → laparotomia 
o Contraindicação de tela: perfuração alça, 
peritonite ou abscesso 
 
 
1A 2C 3D 4B 5B 6C 7C 8C 9E