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3. Ansiedade e insônia

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Gabriella Comerlatto – T3
• O diagnóstico de Transtorno de ansiedade generalizada (TAG) requer ansiedade e preocupação excessivas na maioria dos dias, por diversos eventos, durante pelo menos seis meses
• Deve haver pelo menos três dos seguintes sintomas: inquietação, fatigabilidade fácil, dificuldade em concentrar-se, irritabilidade, tensão muscular e perturbação do sono
• Sintomas psicológicos e cognitivos: ansiedade excessiva; preocupações difíceis de controlar; sensação de estar “ligado” ou extremamente tenso; dificuldade de concentração ou “brancos”. Sintomas 
• Sintomas Físicos: inquietação; fadiga; tensão muscular; perturbação do sono e irritabilidade
 Objetivos do tratamento: consistem em reduzir a gravidade, a duração e a frequência dos sintomas e melhorar a função global. O objetivo em longo prazo consiste em sintomas mínimos de ansiedade ou nenhum sintoma, ausência de prejuízo funcional, prevenção de recidiva e melhora da qualidade de vida
• As modalidades não farmacológicas consistem em psicoterapia, aconselhamento em curto prazo, manejo do estresse, terapia cognitiva, meditação, terapia de suporte e exercícios
• Idealmente, os pacientes com TAG devem fazer psicoterapia, isoladamente ou em associação com tratamento farmacológico
• Padrão ouro: Anti depressivos (AD)
Fármacos associados a sintomas de ansiedade
• Uso de alguns medicamentos podem desencadear ansiedade – corticoide (aumenta mt a agitação, irritabilidade, insônia), não quer dizer que precisa suspender esse medicamento, vai ter que conviver e as vezes usar dois fármacos. Usar outro medicamento pode dar exacerbação da ansiedade que já existia 
BUSPIRONA (Buspar , Ansitec ) 
• Não tem no SUS
• Trata-se de uma opção para pacientes que não respondem a outras terapias ansiolíticas ou para aqueles com história de abuso de álcool ou de substâncias
• Não produz efeitos ansiolíticos rápidos -> 2,3 semanas para ter seu efeito ótimo
• Indicação: TAG
• Boa alternativa aos benzodiazepínicos no tratamento prolongado da ansiedade generalizada
 Mecanismo de ação: 
• Agonista parcial (ativa o receptor, mas a resposta não é tão intensa) de receptores pré-sinápticos 5HT1A: diminui a frequência de disparos (por causa da menor liberação de Cálcio), dos neurônios serotoninérgicos do núcleo da rafe inibindo a liberação de serotonina com consequentes efeitos ansiolíticos - aumenta 5HT por causa do mecanismo de inibição, mas aumento de 5HT é bem menor relacionado ao AD 
• Agonista de receptores pós-sinápticos 5HT1A: quando ativado inibe a adenilato ciclase (ligado a proteína Gi/G0 ) regulam a velocidade de disparos das células nervosas, incluindo diminuição da liberação de dopamina
• Também afinidade pelos receptores dopamínicos D2 cerebrais
• Cria arvore dendrítica, porém mais lenta que o AD 
• Vantagem em relação ao AD: poucos relatos de disfunção sexual, sem relato com álcool, não causa dependência, só mantem o padrão de latência, piora no início do tratamento (igual AD)
• Desvantagem: meia vida curta, tomar 2 vezes ao dia. Alto custo $ e tempo de latência 
OBS: O padrão de dose é 3 vezes ao dia, a maioria não consegue tomar tantas vezes. Alto custo $
Administrar com as refeições: aumenta a biodisponibilidade porque reduz efeito de 1° passagem 
• Apresentação: 5 e 10 mg 
• Contraindicação: glaucoma agudo, lactação. • É rapidamente absorvida por via oral, porém sofre extenso metabolismo de primeira passagem por reações de hidroxilação e desalquilação (CYP3A4), com formação de vários metabólitos ativos
• Vários metabolitos ativos, cuidar com IM – CYP3A4, essa é a CYP que forma metabolismo ativo, se algo interferir nela, ela desvia pra outras CYPS que formam metabolitos inativos 
• Administrar com as refeições: aumenta a biodisponibilidade porque reduz efeito da primeira passagem
• Efeitos adversos: tontura, sonolência, nervosismo, zumbido, palpitações, desconforto gastrintestinal, constrição pupilar (especifico do fármaco, aumenta a pressão dos olhos) 
• Tratamento ansiedade se usa anti depressivo, a buspirona é o único que é aprovado para TAG, resposta efetiva 30-40 dias depois, por isso se associa os benzodiazepínicos, pelo menos para as crises (uso continuo de 30-60 dias e depois vai diminuindo), principalmente pra quem tem exacerbação e crise de pânico (para ter uma resposta mais rápida, por causa da depressão do SNC mais efetiva)
• Os benzodiazepínicos constituem os fármacos de segunda linha para o transtorno de pânico, exceto quando é essencial obter uma resposta rápida 
• Na ansiedade generalizada usar benzodiazepínicos para deprimir o SNC, diminuir a excitabilidade neural, eles são tratamento SINTOMATICO da ansiedade, NÃO tratam a ansiedade, porque o tratamento aumenta a árvore dendrítica, ação essa que o benzodiazepínico não faz, ele apenas resolve o sintomas na hora – por isso é difícil fazer o controle, a pessoa ficou nervosa já quer tomar clonazepam e alprazolam pra tudo 
• O alprazolam e o clonazepam são os benzodiazepínicos usados com mais frequência. Em geral, obtém-se uma resposta terapêutica em 1 a 2 semanas
Benzodiazepínicos
Alprazolam
• Dose inicial: 0,25 a 0,5 mg três vezes ao dia (ou 0,5 mg uma vez ao dia de alprazolam de liberação prolongada)
• Com aumento lento da dose no decorrer de várias semanas, se necessário
• A maioria dos pacientes necessita de 3 a 6 mg/dia
• Podem ocorrer sintomas de escape entre as doses
• O uso de alprazolam de liberação prolongada ou clonazepam evita esse escape
Clonazepam
• Dose inicial: 0,25 mg duas vezes ao dia
• Com aumento da dose para 1 mg no terceiro dia
• Se necessário, podem ser efetuados aumentos de 0,25 a 0,5 mg a cada três dias até alcançar uma dose de 4 mg/dia
Insônia
• A insônia é uma insatisfação com a qualidade ou quantidade de sono associada a um sintoma noturno (dificuldade de iniciar o sono, em manter o sono ou despertar matinal precoce), situação esta que traz prejuízo no funcionamento diurno deste indivíduo na esfera física (sonolência, fadiga), mental (atenção, concentração, alterações comportamentais e de memória) ou social (familiar e laboral)
• Os sintomas devem ter duração de pelo menos três meses, ocorrer pelo menos três vezes na semana e não ser melhor explicado por outro transtorno de sono (narcolepsia, parassonias, movimentos das pernas, ritmo circadiano, etc.)
• Auto potencial para dependência química 
• Dados de insônia pós covid aumentou, porque muita gente com ansiedade 
• Quando vem desde criança com insônia precisa ser investigada
 Impacto saúde pública: 
* Qualidade de vida 
* Potencial de provocar ou agravar outras comorbidades clínicas e psiquiátricas
• Destaque: doenças cardiovasculares, diabetes, ansiedade, depressão, dislipidemia, hiperglicemia, forte candidato a obesidade 
• A insônia pode ser classificada quanto a duração (aguda ou crônica) e quanto a etiologia. 
Estágios do sono
Estágios: 
1- Começa adormecer, relaxa a musculatura, período curto. Pessoa normal tem 5 minutos, quem tem insônia fica 15 minutos, se a insônia não adormeceu precisa sair da cama (higiene do sono)
2- já soltou os músculos FR e temperatura diminuem, é quando se acorda por tudo, a fase é leve, mas está sonolento então não se levanta. Fase que mais se gasta tempo 
3 e 4- Sono que não se acorda, limpeza na memoria, deleta algumas informações na mente, onde ocorre o bruxismo, sonambulismo e proteínas do cérebro 
5 – REM, movimentos das pálpebras, onde se sonha, é a fase de consolidação das memórias do que se viu no dia 
Neurotransmissores 
• Favorecem o sono: GABA (principal), melatonina, adenosina 
• Estímulo do cérebro: NE, DA, 5HT, histamina (vigília), ACHT, orexina 
OBS: Neurotransmissor relacionado com a memória: Acetilcolina, predomina M1. Ovo é o principal na alimentação para os processos de memória
• 5HT- duplas funções no sono, alguns receptores são excitatórios e outros inibitórios
• Adenosina – no SNP tem ação imunossupressora, no SNC promove o sono. 
• Acetilcolina – ficar mais acordado, poucas modelações, nem se fala muito
Tratamento 
• Insônia Primária:não detectou uma fonte secundária para esse insônia, precisa de medidas de higiene da insônia, tem plantas, principalmente pra quem nunca tomou remédios e a insônia é aguda, se for crônica não ajuda muito 
• Insônia Secundária: causa bem estabelecida, precisa de medicação
• Terapia Cognitiva-comportamental (TCC) –reduz a latência do sono e do tempo acordado após adormecer, o que aumenta eficiência do sono, além de combater os vínculos negativos relacionados à frustração e ansiedade em não conseguir dormir
• Higiene do Sono - visa educar os hábitos relacionados à saúde (dieta, exercício físico, substâncias) e ao comportamento (luz, barulhos, temperatura e o colchão) que sejam benéficos ou prejudiciais ao sono
* Terapia de controle de estímulos (ir para o quarto somente quando tiver sono)
* Relaxamento muscular progressivo 
* Restrição do sono (consolidar o sono com aumento progressivo do tempo deste)
* Treinamento de imaginação (tentar permanecer acordado o maior tempo possível)
* Biofeedback (aprender a reconhecer a ativação com feedback de monitores na pele, nos músculos e no cérebro)
Farmacoterapia
Três principais vias de mecanismos de ação: 
* via Gabaérgica 
* ação melatonérgica 
* antagonizar os efeitos da orexina
• Quem tem luta a muito tempo com insônia não adianta usar um fármaco mais leve, não vai funcionar usar
• Se a insônia começou agora por algum medicamento, usar fármaco com potencial menor para desenvolver dependência
Orexina: 
• Hormônio quando aumentado deixa a pessoa desperta e da fome, quanto mais acordado mais orexina, por isso geralmente obeso dorme mal e come 2 vezes a noite 
Lemborexant – antagoniza os receptores de orexinas, não tem disponível no Brasil , foi pedido para anvisa, está chegando no BR. Orexina se liga em orexina 1 e orexina 2 que quando ativos vai ter insônia, aumento da ingesta de alimentos e altera o metabolismo da glicose e o paciente fiquei mais calmo, adormeçe e perde peso
MA: A neurotransmissão orexininérgica é mediada por dois tipos de receptores pós-sinápticos acoplados às proteínas G, o receptor de orexina 1 (Ox1R) e o receptor de orexina 2 (Ox2R). A orexina A é capaz de interagir com ambos os receptores, enquanto a orexina B liga-se seletivamente ao Ox2R. A ligação da orexina A aos receptores Ox1R leva ao aumento do cálcio intracelular, bem como à ativação do permutador de sódio/cálcio. A ligação das orexinas A e B ao NMDA leva ao aumento da expressão dos receptores glutamatérgicos NMDA (N-metil-D-aspartato), bem como à inativação dos canais de potássio
• A glândula pineal é uma pequena estrutura localizada entre os hemisférios cerebrais, à frente do cerebelo, na posição pósterodorsal do diencéfalo. O principal tipo celular da glândula é o pinealócito, apresenta a propriedade e fotorreceptora e função endócrina: produção de melatonina
• Melatonina – hormônio principal para relaxar e manter o sono
• Bastante utilizada porque não causa dependência - suplemento alimentar
• O período de maior síntese é a noite, na ausência de luz
• A melatonina atua como agonista dos receptores MT1, MT2
• MT1 faz a inibição de neurônios no núcleo supraquiasmático (NSQ), isso ajuda a promover o sono ao diminuir as ações promotoras de vigília ciclo circadiano que funciona nesse local, talvez ao atenuar os sinais de alerta do NSQ. Isso possibilita o predomínio dos sinais de sono, induzindo-o
• MT2 induz a mudança de fase e os efeitos do ritmo circadiano 
• Indicação: insônia com alteração do ciclo circadiano – trabalho, viagem e para algumas síndromes do retardo da fase do sono
• Pouco efetivo para doença crônica
• Grande dúvida: o tempo pode usar até suprimir a melatonina endógena
• Ajuda a iniciar e manter o sono 
• Prática: pessoas com insônia 1°, nunca antes medicados, antes de entrar com benzodiazepínicos tentar com melatonina
• Tem os sublinguais pra entrar mais rápido o efeito. Não tem efeito hipnótico 
Ramelteona (Rozerem®) 
• 8 mg 
• Agonista MT1/MT2 
• Aumenta a qualidade do início de sono. 
• Induz o sono e ajuda na manutenção do sono – poucos dados sobre manutenção do sono
• Síndrome de retardo da fase do sono 
• Ciclos sono-vigília alterados (percepção da luz) 
• Jet lag - 
• Rapidamente absorvido após administração oral e sofre extenso metabolismo de primeira passagem, formando um metabólito ativo com meia-vida mais longa (2 a 5 horas) do que o fármaco original
• A isoforma CYP1A2 do citocromo P450 é principalmente responsável pelo metabolismo da ramelteona, porém a isoforma CYP2C9 também está envolvida
• Categoria C: gestante pode usar
EA: cefaleia, sonolência, tontura, náuseas, fadiga, alterações endócrinas, bem como diminuição dos níveis de testosterona e aumento da prolactina 
Hipnótico 
• Na dificuldade em iniciar o sono, usar hipnótico (induz o sono, deprime o SNC rapidamente) – 15 min depois fica sonolenta e dorme em 30 min, por isso ao prescrever precisa já estar na cama, depois de 10, 15 minutos fica tonta e entra em ‘’transe’’
• Faz migrar rapidamente do estágio 01 para o estágio 02 e perturba menos os últimos ciclos, porque já está sendo eliminado por ter duração menor. Afeta um pouco a memória
• TODOS (hipnóticos e sedativos) produzem amnesia anterógrada, não memoriza nenhuma formação enquanto está sobre o efeito dessas substâncias, por isso sempre serão usados quando se faz algum procedimento - porque aumentam o tempo do estágio 02 de forma que achate os outros ciclos (fica pouco tempo no sono REM). Além disso, outra reticular ascendente que deve ser ativada, por fibras serotoninérgicas, mas antes precisa aprender e para isso é necessário ter atenção durante o dia (noradrenalina), como o benzodiazepínico deprime o SNC esse sistema reticular está menos ativo, então ele prejudica a memória porque a apreensão está prejudicada assim como o sono Rem
• Hipnóticos também causam delírios
• Ação curta, de 4, 5 horas para o paciente ao acordar não ficar com ‘’ressaca’’
• Sedativos: deprime o SNC mas relaxa o SNC lenta e gradualmente, é para quem tem dificuldade na manutenção do sono
• Sedativo em alta dose vira hipnótico e mantem sua ação sedativa
• Duram 20, 30, 50 horas até serem metabolizados, logo nos primeiros dias que tomar acordará com muito sono, isso ocorre até a neuroadaptação 
Benzodiazepínicos 
• Sedativos mais usados: alprazolam, clonazepam, diazepam e lorazepam 
• SUS: Diazepam, clonezapeam gotas
 Mecanismo de Ação
• Os BDZ ligam-se ao receptor GABA-A e atuam como moduladores alostéricos do receptor Gabaérgico - promovem um aumento na frequência e duração de abertura dos canais de cloro, e consequente diminuição na excitabilidade neuronal.
• Potencializam a resposta GABAergicas
• Na fibra pós tem o receptor de GABA. O GABA se liga no seu receptor no seu sitio ativo quando faz isso o Cl entra e polariza, o encaixe não é perfeito, quando o fármaco se liga no sitio alostérico, o receptor sofre uma mudança conformacional, o GABA se encaixa perfeitamente e a resposta é de GABA aumentada 
• Promovem ação sedativa-hipnótica: reduzem a latência para o sono e/ou promovem aumento do tempo total de sono e na redução dos despertares. 
• Alteram a estrutura do sono: promovem aumento de estágio 2 do sono não-REM (lapsos de memória)
Propriedades farmacocinéticas 
• A maioria dos benzodiazepínicos passam por reações de fase I - Metabolizados por P450, alguns formam metabolitos ativos, quanto mais vezes passar por P450 com metabolitos ativos, maior sua ação (CYP3A4)
• Então, os metabólitos são conjugados (reações de fase II) para formar glicuronídeos, que são excretados na urina
• Único que não passa por metabolismo de fase I passa é o Lorazepam (boa alternativa para usar quando se tem outro medicamento na via do P450)
• Alprazolam – não forma metabólito ativo mas demora pra ser conjugado e eliminado
• Na neuroadaptação aumentam expressão de receptores excitatórios– por isso tem pessoas q tomam Rivotril e conseguem ir trabalhar
• Se amanhã não tomar Diazepam, a via não está mais aumentada, tem pouca ativação de GABA e superesposta de Glutamato, nãoconsegue nem fechar os olhos, fica irritado, nervoso pode convulsionar 
• Álcool potencializa resposta GABAergica – tolerância cruzadão, quando vai usar o medicamento a dose tem que ser super aumentada, isso em pacientes alcoólatras
• Uso crônico de benzodiazepínicos 10, 15 anos não dá pra fazer o desmame 
• Quanto mais flechas eles tem, mais metabolitos ativos, mais tempo duram e mais IM fazem, depois de uso crônico não altera mais nada 
Efeitos dos Benzodiazepínicos 
• Arquitetura do Sono 
• Os efeitos gerais dos sedativo-hipnóticos sobre os padrões do sono normal são os seguintes: 
1) a latência até o início do sono é reduzida (tempo até adormecer)
2) a duração do estágio 2 do sono NREM (movimento ocular não rápido) aumenta
3) a duração do sono REM (movimento ocular rápido) diminui
4) a duração do estágio 4 do sono NREM de ondas lentas é reduzida. Todos os hipnóticos diminuem a latência até o sono persistente. O zolpidem diminui o sono REM, porém exerce efeito mínimo sobre o sono de ondas lentas
Hipnóticos de segunda geração 
* Não benzodiazepínicos - Agonistas seletivos do receptor GABA-A subunidade α1. Bem tolerados. Baixo potencial dependência
* Zolpidem: ½-vida de 2,4 horas
Indicação: rápida indução do sono, com algum efeito na consolidação sono. Sua eliminação é renal
* Zopiclona: ½-vida de 5,3 horas e é menos seletivo (α1 ; α2 ) → maior potencial de sonolência residual pela manhã
* Zaleplona: ½ vida ultracurta (0,9 horas) e perfil de ligação ao receptor GABA-A similar ao zolpidem. Indicação: rápida indução de sono, com pouco efeito em sua manutenção
* Na rename está midazolam, mas alguns municípios adotaram zolpidem
EA: sedação diurna, incoordenação motora, fala arrastada, amnésia anterógrada (comprometimento cognitivo), delírios
• Raro: exantemas, excitação SNC. BDZ - 
• Categoria D na gravidez (proibido)
• Zolpidem categoria C
• Buspirona categoria B
• Exercem depressão aditiva do SNC quando administrados com outras substâncias, incluindo o etanol
• A tolerância é uma característica comum, podendo levar à necessidade de aumentar a dose requerida para manter uma melhora sintomática ou para promover o sono
• Processo de tolerância é o mais comum e não pode ter retirada abrupta 
• Síndrome de retirada de BZD e álcool pode ser fatal porque produz convulsões tanto em BZD como para álcool 
• Cuidar da potencialização da depressão do SNC. Não pode beber junto com o diazepan, deixa de tomar o diazepan e bebe álcool então, nunca os dois juntos se não vai dar sedação tóxica 
Usos
➢ Para alívio da ansiedade
➢ Para tratamento da insônia
➢ Para sedação e amnésia antes e no decorrer de procedimentos médicos e cirúrgicos
➢ Para o tratamento da epilepsia e dos estados convulsivos
➢ Como componente da anestesia balanceada
➢ Para o controle dos estados de abstinência de etanol e outros sedativo-hipnóticos
➢ Para relaxamento muscular em distúrbios neuromusculares específicos
➢ Como auxiliares diagnósticos ou para tratamento em psiquiatria
Interrupção de Uso
Podem ocorrer três eventos após a interrupção abrupta dos benzodiazepínicos: 
1) os sintomas de rebote, que consistem em um retorno imediato, porém transitório, dos sintomas originais, com maior intensidade em comparação com as condições basais
2) a recorrência ou recidiva dos sintomas originais com a mesma intensidade daquela observada antes do tratamento
3) a abstinência, que é o aparecimento de novos sintomas e agravamento dos sintomas preexistentes. Os sintomas de abstinência surgem dentro de 24 a 48 horas após a interrupção dos benzodiazepínicos com meia-vida de eliminação curta e dentro de 3 a 8 dias após a interrupção dos fármacos com meia-vida de eliminação longa
-> As estratégias de interrupção incluem: 
✓ Redução da dose de 25% por semana até alcançar 50% da dose; em seguida, a dose é reduzida em um oitavo a cada 4 a 7 dias. Se a duração do tratamento ultrapassar oito semanas, recomenda-se uma redução gradual durante 2 a 3 semanas; entretanto, se a duração do tratamento for de seis meses, devese efetuar uma redução gradual durante 4 a 8 semanas. Os tratamentos de maior duração podem exigir uma redução gradual no decorrer de 2 a 4 meses
✓ O uso adjuvante de carbamazepina ou pregabalina pode ajudar a reduzir os sintomas de abstinência durante a redução gradual do benzodiazepínico
Princípios básicos do tratamento farmacológico 
• Na insônia crônica, deve-se evitar o uso continuado do indutor de sono com a utilização de dosagens intermitentes (ex: duas a quatro vezes por semana)
• Deve-se prescrever, sempre que possível, um único fármaco (para reduzir os custos e o risco de interação medicamentosa) e na menor dose efetiva
• Em pacientes idosos, deve-se iniciar o tratamento com doses menores do que as utilizadas habitualmente em adultos jovens e evitar medicações com meia-vida longa; 
• Deve-se descontinuar a medicação de forma gradual (para evitar sintomas de abstinência) ou, antes da suspensão, substituir um fármaco de curta ação por um de ação intermediária ou longa
• Deve-se ficar alerta para a insônia de rebote que pode seguirse à descontinuação abrupta dos fármacos
• Deve-se utilizar, sempre que possível, agentes com meia-vida de eliminação mais curta (para diminuir a sedação diurna)
• Nos países fora são a primeira linha para tratamentos, o problema no Brasil é o acesso 
• Se o registro é MS é medicamento, se for MA é ministério agricultura, é suplemento, suplemento não é bom, precisa ser medicamento 
• Valeriana: usar 3 a 6 meses no máximo, é hepatotoxica, ela é muito boa, precisa usar as cápsulas, se usar o cha é insuportável o cheiro. Induz o sono, ações mais lentas que o psicotrofico 
Passiflora incarnata
• Os flavonoides são a classe de fitocompostos de maior expressividade em P. incarnata. Vitexina e a isovitexina - efeito sedativo e ansiolítico
• Os fitoterápicos são comercializados padronizados em 1,5 a 7% de flavonoides totais expressos em vitexina de extrato seco de Passiflora incarnata
• Mecanismo de ação não esclarecido – muitas substâncias ativas – proposta de ação receptores Gabaérgicos; inibição de aromatase (regulação na produção de estrógeno e testosterona), entre outras. EA: náuseas, vômitos, cefaleia, sedação
Ansiedade
Piper Metysticum G. Forst
• Popularmente conhecida como Kava-Kava – principal indicação TGA. Também auxilia em casos leves a moderados de insônia em curto prazo (1-8 semanas de tratamento). 
• A dose diária recomendada varia de acordo com a concentração de Kavapironas, de 60 a 210mg ao dia
• O uso crônico pode causar hepatotoxicidade – entre 6 meses 
• É contraindicado no caso de afecções hepáticas, gestação e lactação
• Ansiedade (ajudando na insônia) 
Valeriana Officinalis 
• Indicação – tratamento da insônia, ação hipnótica 
• Marcador químico: ácido valerênico
• O fitoterápico é recomendado para distúrbios do sono associado à ansiedade e deve ser consumido na dosagem de 45 à 125mg de extrato padronizado em ácido valerênico 1 vez à noite antes de dormir. Induz sono
• Efeitos colaterais: distúrbios gastrintestinais
• Contraindicado para gestantes e lactantes
Fitoterapia Clássica Chás 
• Infusão – 1-2 colheres de droga vegetal seca em 200 ml água fervente. 2 a 3 vezes ao dia ou antes de deitar
• Atuam como ansiolíticas e leve ação sedativa: Camomila (Matricaria Chamomilla L.), Erva Cidreira (Melissa Officinalis), Maracujá (Passiflora incarnata L); Hortelã (Mentha sp.); Capimlimão (Cymbopogon citratus)
• Essas plantas são consideradas seguras e amplamente utilizadas pela população, no entanto destaca-se que não são recomendadas para gestantes principalmente do primeiro trimestre e, em crianças menores de três anos a dose deve ser de 1∕ 6 a 1∕4 da dose do adultoTranstorno de ansiedade Generalizada
Melatonina
Fitoterápicos
 
2022.2

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