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Lucas Santolin 1º Período Tics 8 - Por que a anemia falciforme é mais comum em populações africanas? Por muitos anos acreditava-se que a anemia falciforme estava relacionada a uma doença racial, típica da população negra afrodescendente, porém, depois de vários estudos comparativos percebeu-se que se tratava de uma doença geográfica, na qual possuía relação com locais africanos em que eram focos de doenças como a malária. Por essa doença ser localizada principalmente no continente africano, e a população predominante ser de origem negra, fazia com que as pessoas associassem a patologia a raça e não a o ambiente na qual elas estavam inseridas. E o principal motivo da anemia falciforme afetar mais essa população negra ocorre devido a uma mutação genética causada pela malária, em específico ao parasita Plasmodium falciparum que modifica os alelos genéticos, fazendo a substituição de uma valina por um ácido glutâmico (GAG → GTG) na sexta posição da cadeia betaglobina. Podendo ser encontrado em uma pessoa contaminada a presença do alelo beta S ou HbSS. Toda essa modificação na estrutura genética faz com que as hemácias desenvolvam o formato comumente conhecido de “foice”, prejudicando a passagem de oxigênio entre as hemácias. É possível observar no mapa acima, que o gene da anemia falciforme (alelo beta S ou HbSS) não é visto nas populações de regiões geográficas da África nas quais a malária não é endêmica, a exemplo temos a região da África Meridional e algumas porções da África ocidental, setentrional e central que não são afetadas. “Em 1954, o médico inglês Anthony C. Allison publicou resultados de sua pesquisa sobre malária e anemia falciforme em Uganda. Ele observou que, em crianças pequenas com malária, as densidades do parasita Plasmodium falciparum no sangue eram quatro vezes menores em heterozigotos AS do que em homozigotos normais AA. Ele calculou que as crianças AS tenham uma chance 76% maior de sobreviver ao primeiro ataque de malária do que crianças AA.” Referências: https://cienciahoje.org.br/coluna/anemia-falciforme-uma-doenca-geografica/ https://cienciahoje.org.br/coluna/anemia-falciforme-uma-doenca-geografica/ “A forma mais prevalente da DF no Brasil é a homozigose da HbS (HbSS – anemia falciforme). Sua natureza molecular é a substituição de uma valina por um ácido glutâmico (GAG → GTG) na sexta posição da cadeia betaglobina. As moléculas de HbS se organizam em longos polímeros, formando "cristais" intraeritrocitários, o que ocasiona a deformação das células e a forma de foice característica da doença.” Referências: http://scielo.iec.gov.br/pdf/rpas/v8n1/2176-6223-rpas-8-01-00039.pdf http://scielo.iec.gov.br/pdf/rpas/v8n1/2176-6223-rpas-8-01-00039.pdf
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