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· Pergunta 1 0,25 em 0,25 pontos A gestação é um fenômeno fisiológico e deve ser vista pelas gestantes e equipes de saúde como parte de uma experiência de vida saudável que envolve mudanças dinâmicas do olhar físico, social e emocional. No entanto, devido a alguns fatores de risco, algumas gestantes podem apresentar maior probabilidade de evolução desfavorável. São as chamadas “gestantes de alto risco”. Com o objetivo de reduzir a morbimortalidade materno-infantil e ampliar o acesso com qualidade, é necessário que se identifiquem os fatores de risco gestacional o mais precocemente possível. Todas as alternativas a seguir são considerados fatores de risco que permitem a realização do pré-natal pela equipe de atenção básica, exceto: Resposta Selecionada: e. Abortamento habitual. Respostas: a. Idade menor do que 15 e maior do que 35 anos. b. Nuliparidade e multiparidade. c. Infecção urinária. d. Baixa escolaridade (menor do que cinco anos de estudo regular). e. Abortamento habitual. Comentário da resposta: Resposta: E Comentário: O pré-natal de alto risco abrange cerca de 10% das gestações que cursam com critérios de risco, o que aumenta significativamente nestas gestantes a probabilidade de intercorrências e óbito materno e/ou fetal. Atenção especial deverá ser dispensada às grávidas com maiores riscos, a fim de reduzir a morbidade e a mortalidade materna e perinatal. Desta forma, gestantes com história obstétrica de abortamento habitual podem indicar encaminhamento ao pré-natal de alto risco. · Pergunta 2 0,25 em 0,25 pontos As consultas de pré-natal poderão ser realizadas na unidade de saúde ou durante visitas domiciliares. O calendário de atendimento durante o pré-natal deve ser programado em função dos períodos gestacionais que determinam maior risco materno e perinatal. O calendário deve ser iniciado precocemente e deve ser regular, garantindo-se que todas as avaliações propostas sejam realizadas e que tanto o Cartão da Gestante quanto a Ficha de Pré-Natal sejam preenchidos. Assinale a alternativa correta sobre o número de consultas mínimas estipulado pelo Ministério da Saúde. Resposta Selecionada: b. 6 consultas. Respostas: a. 5 consultas. b. 6 consultas. c. 7 consultas. d. 8 consultas. e. 9 consultas. Comentário da resposta: Resposta: B Comentário: O número mínimo de consultas de prénatal deve ser seis, sendo com acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro. Sempre que possível, as consultas devem ser realizadas da seguinte maneira: até a 28ª semana – mensalmente; da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente; da 36ª até a 41ª semana – semanalmente. · Pergunta 3 0,25 em 0,25 pontos Em 25.05.2021, M.C., 34 anos, GII PNI A0, compareceu à unidade básica de saúde para consulta de enfermagem de pré-natal. Durante o atendimento, informou que vinha seguindo as orientações recebidas anteriormente e se sentindo bem, porém com sensação de cansaço e peso nas pernas. Ao analisar os dados existentes no prontuário, o enfermeiro constatou que a data da última menstruação (DUM) de M.C. foi em 21.01.2021 e que seus ciclos menstruais eram regulares, com intervalo de 28 dias. No momento da consulta, a idade gestacional (IG) e a data provável do parto (DPP) de M.C. são: Resposta Selecionada: a. IG = 17 5/7 semanas; DPP = 28/10/2021. Respostas: a. IG = 17 5/7 semanas; DPP = 28/10/2021. b. IG = 18 semanas; DPP = 27/10/2021. c. IG = 17 5/7 semanas; DPP = 28/09/2021. d. IG = 18 semanas; DPP = 27/09/2021. e. IG = 17 6/7 semanas; DPP = 28/10/2021. Comentário da resposta: Resposta: A Comentário: O cálculo da data provável de parto consiste na regra de Naegele, onde soma-se sete dias ao primeiro dia da última menstruação e subtrai-se três ao mês em que ocorreu a última menstruação (ou adicionar nove meses, se corresponder aos meses de janeiro a março). Caso a DUM seja de abril a dezembro, deve-se somar um ao ano também. Nos casos em que o número de dias encontrado for maior do que o número de dias do mês, passe os dias excedentes para o mês seguinte, adicionando 1 (um) ao final do cálculo do mês. Para a idade gestacional, basta somar os dias no intervalo entre a DUM e a data do dia da consulta e dividir o resultado por sete. Teremos o resultado por semanas e o resto dessa divisão será o número de dias. · Pergunta 4 0,25 em 0,25 pontos A palpação obstétrica é uma etapa importante da consulta de pré-natal e deve ser realizada antes da medida da altura uterina, iniciando-se pela delimitação do fundo uterino, bem como de todo o contorno da superfície uterina (esse procedimento reduz o risco de erro da medida da altura uterina). A identificação da situação e da apresentação fetal é feita por meio da palpação obstétrica, procurando reconhecer os polos cefálico, pélvico e o dorso fetal, o que ocorre facilmente a partir do 3º trimestre. Pode-se, ainda, estimar a quantidade de líquido amniótico. Diante disso, observe as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta. I - A situação fetal que pode ser encontrada é: cefálica, pélvica ou de ombro. II - A apresentação fetal que pode ser encontrada é: longitudinal, transversa ou oblíquas. III - O diagnóstico da situação e da apresentação fetal é realizado por meio das manobras de Leopold. IV - A medida da altura uterina possibilita identificar o crescimento normal do feto e suas alterações, além de determinar a idade gestacional. Resposta Selecionada: c. Somente III e IV estão corretas. Respostas: a. Somente I e II estão corretas. b. Somente II e III estão corretas. c. Somente III e IV estão corretas. d. Somente I e III estão corretas. e. Somente II e IV estão corretas. Comentário da resposta: Resposta: C Comentário: Em relação à situação fetal que se pode encontrar: longitudinal, transversa ou oblíqua. A situação transversa reduz a medida de altura uterina, podendo falsear sua relação com a idade gestacional. Já a apresentação fetal pode ser cefálica, pélvica ou de ombro. · Pergunta 5 0,25 em 0,25 pontos Durante a gestação, recomenda-se ganho de peso adequado para suprir as necessidades da mãe e do feto. Considerando-se que o ganho de peso deve ser proporcional ao IMC pré-gestacional, a gestante deverá ganhar: Resposta Selecionada: a. Entre 12,5 e 18 kg, caso apresente IMC pré-gestacional < 18,5 kg/m2. Respostas: a. Entre 12,5 e 18 kg, caso apresente IMC pré-gestacional < 18,5 kg/m2. b. Entre 10,5 e 15 kg, caso apresente IMC pré-gestacional ≥ 30 kg/m2. c. Entre 12,5 e 15 kg, caso apresente IMC pré-gestacional de 28 kg/m2. d. Entre 7 e 9 kg, caso apresente IMC pré-gestacional de 20 kg/m2. e. Entre 10 e 12 kg, caso apresente IMC pré-gestacional de 29 kg/m2. Comentário da resposta: Resposta: A Comentário: Gestantes de baixo peso (IMC < 18,5 kg/ m²) deverão ganhar entre 12,5 e 18,0kg durante toda a gestação, da mesma forma, gestantes com IMC adequado (18,5 – 24,9kg/m²) devem ganhar até o fim da gestação, entre 11,5 e 16,0kg. Aquelas com sobrepeso (25,0 – 29,9kg/m²) devem acumular entre 7 e 11,5kg e as obesas devem apresentar ganho em torno de 5 a 9kg. · Pergunta 6 0,25 em 0,25 pontos Para um bom acompanhamento pré-natal, é necessário que a equipe de saúde efetue os procedimentos técnicos de forma correta e uniforme durante a realização dos exames complementares, assim como a realização dos exames clínico e obstétrico. Do contrário, ocorrerão diferenças significativas, prejudicando a interpretação dos dados e a comparação entre eles. De acordo com o protocolo do Ministério da Saúde (2012), devem ser solicitados na primeira consulta os seguintes exames complementares: Resposta Selecionada: a. Hemograma; Tipagem sanguínea; Fator Rh; Glicemia em Jejum; Sorologia para sífilis, HIV, Hepatite B e Toxoplasmose; Urina 1 e Urocultura; Parasitológico de fezes; USGobstétrico; Eletroforese de hemoglobina (se a gestante for negra, tiver antecedentes familiares de anemia falciforme ou apresentar história de anemia crônica); Citopatológico de colo de útero (se necessário); Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica); Coombs indireto (se for Rh negativo). Respostas: a. Hemograma; Tipagem sanguínea; Fator Rh; Glicemia em Jejum; Sorologia para sífilis, HIV, Hepatite B e Toxoplasmose; Urina 1 e Urocultura; Parasitológico de fezes; USG obstétrico; Eletroforese de hemoglobina (se a gestante for negra, tiver antecedentes familiares de anemia falciforme ou apresentar história de anemia crônica); Citopatológico de colo de útero (se necessário); Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica); Coombs indireto (se for Rh negativo). b. Hemograma; Tipagem sanguínea; Fator Rh; Glicemia em Jejum; Sorologia para sífilis, HIV, Hepatite B, Toxoplasmose, Rubéola; Urina 1 e Urocultura; Estreptococos B e USG obstétrico. c. Hemograma; Tipagem sanguínea; Fator Rh; Teste de tolerância a glicose; Sorologia para sífilis, HIV, Hepatite B, Toxoplasmose, Rubéola; Urina 1 e Urocultura; Parasitológico de fezes e USG obstétrico. d. Hemograma; Tipagem sanguínea; Fator Rh; Glicemia em Jejum; Sorologia para sífilis, HIV, Hepatite B, Toxoplasmose, Rubéola e USG obstétrico somente. e. Hemograma; Tipagem sanguínea; Fator Rh; Teste de tolerância a glicose; Sorologia para sífilis e HIV; Parasitológico de fezes e USG obstétrico somente. Comentário da resposta: Resposta: A Comentário: Geralmente, cabe ao enfermeiro solicitar os exames laboratoriais de rotina e a colpocitologia oncótica, conforme protocolo da atenção básica. Outros exames, como a ultrassonografia obstétrica são solicitados pelo médico. O exame de rubéola é solicitado somente quando houver sintomas sugestivos, não fazendo parte do protocolo de primeira consulta. O teste de tolerância à glicose deve ser realizado no segundo trimestre e o estreptococos B no terceiro trimestre, entre a 35ª e 37ª semana gestacional. · Pergunta 7 0,25 em 0,25 pontos Primigesta, 30 anos, 18 semanas de idade gestacional, comparece à UBS para abertura de SIS pré-natal e quando questionada sobre a carteira de vacinação, relata ter perdido durante a mudança de um Estado para outro. A enfermeira encaminha a gestante para a sala de vacinação e a auxiliar de enfermagem verifica no sistema que não há registro de nenhuma dose. De acordo com o calendário vacinal do Ministério da Saúde, mediante a esta situação, quais vacinas esta gestante deverá receber neste momento, considerando o período gestacional? Resposta Selecionada: e. 1 dose de hepatite b, 1 dose de dT e 1 dose de influenza. Respostas: a. 1 dose de influenza, 1 dose de dT e 1 dose de dTpa. b. 1 dose de hepatite b, 1 dose de dTpa e 1 dose de influenza. c. 1 dose de febre amarela, 1 dose de influenza e 1 dose de dTpa. d. 1 dose de tríplice viral, 1 dose de hepatite b e 1 dose de dT. e. 1 dose de hepatite b, 1 dose de dT e 1 dose de influenza. Comentário da resposta: Resposta: E Comentário: A vacina dT é indicada para a proteção da gestante contra o tétano acidental e a prevenção do tétano neonatal. Gestante não vacinada e/ou com situação vacinal desconhecida, deve-se iniciar o esquema o mais precocemente possível, independentemente da idade gestacional. Duas doses de dT e uma dose de dTpa, sendo que a dTpa deve ser aplicada a partir da 20ª semana de gestação. Respeitar intervalo mínimo de um mês entre elas. No esquema recomendado constam três doses: dT, dT e dTpa. A vacina contra a influenza é recomendada a todas as gestantes em qualquer período gestacional. A vacina contra hepatite B deve ser administrada às gestantes após o primeiro trimestre de gestação, sendo três doses com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda e de 180 dias entre a primeira e a terceira. · Pergunta 8 0,25 em 0,25 pontos Constitui medida de prevenção primária para a prevenção de defeitos do tubo neural, devendo ser prescrita pelo enfermeiro: Resposta Selecionada: a. A ingestão de ácido fólico no período pré-gestacional. Respostas: a. A ingestão de ácido fólico no período pré-gestacional. b. A inclusão na dieta de seis porções de cereais, de preferência integrais, diariamente. c. A realização de exame de ultrassom morfológico por volta da 8ª semana de gestação. d. A ingestão de sulfato ferroso, por via oral, a partir da 8ª semana de gestação. e. A realização de exame de cariótipo fetal a partir da 11ª semana de gestação. Comentário da resposta: Resposta: A Comentário: Deve ser prescrito para prevenção de defeitos do tubo neural o ácido fólico 5 mg, por via oral, 1 comprimido por dia, assim que diagnosticada a gravidez. Caso a gestante esteja tentando engravidar e tenha história de malformação do tubo neural em outras gestações ou esteja utilizando anticoncepcional combinado hormonal oral ou algum anticonvulsivante, o ácido fólico deve ser prescrito três meses antes da gestação. · Pergunta 9 0,25 em 0,25 pontos O trabalho de parto compreende o conjunto de fenômenos fisiológicos que conduzem à dilatação do colo uterino e à progressão do feto por meio do canal de parto até sua expulsão para o exterior. Observe as afirmações a seguir e assinale a sequência correta encontrada. ( ) O primeiro período do trabalho de parto é a dilatação. Esse período é dividido em fase latente e fase ativa, durando em torno de 12 h nas nulíparas e 9 h nas multíparas. ( ) O segundo período do trabalho de parto é chamado de dequitação. Iniciase imediatamente após a expulsão do feto e termina uma hora após a dequitação da placenta. ( ) O terceiro período do trabalho de parto é chamado de expulsivo. Durante esse tempo a equipe de saúde monitora a mulher, pois o útero continua a se contrair e é importante atentar para a possível ocorrência de sangramento ou hemorragia. ( ) O quarto período do trabalho de parto é chamado de Greenberg. Iniciase após a dequitação da placenta e dura uma hora. Resposta Selecionada: b. V, F, F e V. Respostas: a. V, V, V e V. b. V, F, F e V. c. F, F, F e F. d. V, V, V e F. e. F, V, F e V. Comentário da resposta: Resposta: B Comentário: O primeiro período do trabalho de parto é a dilatação. Dentro desse período existe a fase latente, que é a fase inicial e mais lenta da dilatação do colo de até 3 cm e a fase ativa, que iniciase com 4 cm de dilatação do colo e vai até a dilatação completa. Nesse período ocorrem de 2 a 3 contrações uterinas em 10 minutos, cada uma com duração entre 30 a 90 segundos, de intensidade moderada a forte, e o colo dilata aproximadamente 1 a 1,5 cm por hora. Esse período pode durar até 12 h nas nulíparas e 9 h nas multíparas, é nesse período que se rompem as membranas. O segundo período do trabalho de parto é chamado de expulsivo. Iniciase com a dilatação completa do colo e termina com a expulsão total do feto. Dura em média 60 minutos na primeira gestação e de 15 a 30 minutos nas gestações seguintes. O terceiro período do trabalho de parto é chamado de dequitação. Iniciase imediatamente após a expulsão do feto e termina com a expulsão da placenta. Após o parto, as contrações cessam, mas durante esse período, que dura em torno de 30 minutos, ocorrem duas ou três contrações para expelir a placenta. O quarto período é chamado de Greenberg e iniciase após a dequitação da placenta e dura uma hora. Durante esse tempo a equipe de saúde monitora a mulher, pois o útero continua a se contrair e é importante atentar para a possível ocorrência de sangramento ou hemorragia. · Pergunta 10 0,25 em 0,25 pontos Complicações hipertensivas na gravidez são a maior causa de morbidade e mortalidade materna e fetal no Brasil. A gestante, com mais de 20 semanas de gestação e diagnóstico de hipertensão arterial, proteinúria e convulsão sem causa associada, apresenta quadro de:Resposta Selecionada: a. Eclâmpsia. Respostas: a. Eclâmpsia. b. Pré-eclâmpsia. c. Hipertensão gestacional. d. Hipertensão arterial crônica. e. Hellp Síndrome. Comentário da resposta: Resposta: A Comentário: Em pacientes com préeclâmpsia que apresentam convulsões e/ou coma é diagnosticada eclâmpsia. A gestante deverá ser removida imediatamente para o hospital de referência após contato prévio, implementandose os cuidados imediatos como a administração do sulfato de magnésio que é a droga anticonvulsivante de escolha, devido à sua eficácia se comparada aos outros anticonvulsivantes. Sugere-se que o magnésio possa ainda exercer um importante papel na regulação da pressão sanguínea por modulação da reatividade do tono vascular e da resistência periférica total.
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