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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA SAÚDE DO ADULTO Ana Carvalho Ferreira Matrícula UP21102397 Local: Laboratório da Uniplan Manaus- AM 2022 INTRODUÇÃO Neste capitulo busca-se descrever as atividades realizadas no Laboratório da Universidade Paulista – UNIP, a respectiva ocorreu no 03 de novembro das 10:10 as 11:30 horas, no qual ocorreu a ministração, sobre os tipos de sondagem, ressaltando as diferenças, a importância e cuidados necessários com cada uma delas; do papel desempenhado pelo enfermeiro nos procedimentos de: Inserção, manutenção e remoção de sondas, sendo abordados passo a passo, bem como a técnica correta para sua realização, e do cuidados prestado ao paciente nestes referidos procedimentos. Esta prática foi desenvolvida e embasada nos assuntos teóricos de Propedêutica e Processos de Cuidar da Saúde do Adulto ministrado em laboratório pela professora Hosana de Pinho da Silva, dessa forma os temas considerados convergente com os propósitos já explicitados são: Sondagem Nasogástrica, Sondagem Naso entérica, Sondagem Vesical de alívio e de demora. As sondas são dispositivos que são introduzidos em vísceras ocas, como no trato gastrointestinal, para fins específicos como para alimentação ou para desobstrução, nas vias aéreas e vias urinárias. Sendo a aula ministrada em dois temas, este capítulo será abordado as sondas utilizadas para alimentação enteral e as sondas urinárias e suas peculiaridades em dois roteiros. ROTEIRO DA AULA 1 – INSERÇÃO E REMOÇÃO DE SONDA VESICAL DE DEMORA E DE ALIVIO OBJETIVO Cateterismo vesical de alívio ou intermitente: realizado com a sonda uretral (cateter de Nélaton): proporcionar ao paciente alívio para retenção urinária aguda; determinação do resíduo urinário; obter de uma amostra de urina para exame laboratorial; instilação intravesical de medicamentos; exploração da uretra. Cateterismo vesical de demora: realizado com o cateter de Foley (cateter flexível com duplo ou triplo lúmen): Proporcionar segurança ao paciente e controle de infecção; realizar: drenagem vesical por obstrução aguda ou crônica, disfunção vesical (bexiga neurogênica), irrigação vesical; drenagem vesical após cirurgias urológicas e pélvicas; monitorar volume urinário em pacientes graves; realizar controle da incontinência urinária; Assegurar a higiene e a integridade da pele em região perineal. O cateterismo vesical também pode ser de intermitente ou de alívio. Compete ao Enfermeiro executar a rotina. É utilizado para drenar a bexiga por curtos períodos (5 a 10minutos) e deve ser removido imediatamente após o esvaziamento dela. Indicado nos casos de incontinência urinária aguda e/ou temporária ou para pacientes crônicos, é realizado com sondas constituídas de material rígido (Taylor; Lillis; Lemone, 2007). Para os homens, existe um dispositivo não invasivo para melhor controle do débito urinário, que é um tipo de condom adaptado externamente ao pênis, chamado Uripen, o qual é ligado a uma extensão e está ao coletor de urina de sistema aberto. A indicação da troca de sonda deve ser individualizada e não estabelecida como rotina para pacientes que necessitam de cateterização prolongada (p. ex., retenção urinária ou paciente crítico) (Green et al., 2008; Wilson et al.,2009) MATERIAIS PARA SONDAGEM DE ALÍVIO: bolas de algodão ou gazes não estéreis; sabão líquido neutro; água morna; luva de procedimento; cateter uretral de Nélaton, descartável e estéril; um par de luvas de procedimento; um par de luvas estéril; um pacote de gaze; máscara cirúrgica, óculos e avental de procedimento; um kit de sondagem vesical: cuba-rim; cúpula; pinça cheron; campo estéril (0,75 m × 0,75 m); anestésico em gel estéril; antisséptico aquoso (solução de clorexidina aquosa 0,2%). PARA SVD: Cateter vesical de Foley estéril, duplo lúmen (12 a 16 Fr para adultos; 6 a 10 Fr para crianças); coletor de urina de sistema fechado; duas seringas de 20 ml; 20 ml de água destilada; agulha de 30 × 10 mm; anestésico em gel estéril de uso único; antisséptico degermante (solução de clorexidina degermante 2%); solução fisiológica 0,9%; antisséptico aquoso (solução de clorexidina aquosa 0,2%); fita adesiva micropore; um par de luvas de procedimento; um par de luvas estéril; um pacote de gaze (10 unidades); máscara cirúrgica, óculos e avental de procedimento; uma comadre não estéril; kit de sondagem vesical: uma cuba-rim, uma cúpula, uma pinça cheron, um campo estéril (0,75 × 0,75 m). Deve-se utilizar técnica asséptica no procedimento, por profissional adequadamente capacitado, a fim de evitar infeção urinária (Suratt; Gibson, 1995). As possíveis complicações do uso da sonda de demora são: infecção, hematúria, dor a micção, retenção urinária em pacientes portadores de hiperplasia benigna de próstata (Meltzer; Pinneo, 1997). TÉCNICA DA INSERÇÃO DA SVD: É importante certificar-se da identificação do paciente antes de iniciar e orientá-lo sobre o procedimento; promover um ambiente iluminado e privativo, assegura-se que todo material necessário está disponível e organizado, fazer a devida higienização, calçar as luvas de procedimento; colocar o paciente sobre a comadre e higienizar a área perineal e genital do paciente com água morna, sabão líquido neutro e secar com gazes; retirar as luvas e higienizar as mãos; paramentar-se com os EPI: máscara cirúrgica, óculos e avental de procedimento; posicionar o paciente: – masculino: decúbito dorsal horizontal com os membros inferiores afastados; – feminino: posição em decúbito dorsal, com as pernas afastadas, os joelhos fletidos e os pés apoiados sobre a cama e coberta com um lençol; abrir o kit de cateterismo vesical com técnica asséptica; retirar a seringa e a agulha dos seus invólucros e depositá-las no interior do kit de cateterismo, com cuidado para não os contaminar; colocar a solução antisséptica na cuba redonda; colocar lubrificante/anestésico: – para cateterismo feminino: na gaze estéril; – para cateterismo masculino: na seringa luer slip de 20 mL; abrir o invólucro do cateter de Foley e colocá-lo na cuba-rim; realizar a higiene das mãos com solução antisséptica e calçar as luvas estéreis segundo técnica preconizada; conectar a seringa à agulha, solicitando auxílio para aspirar a água destilada contida na ampola; testar o balão e a válvula do cateter de Foley, introduzindo a quantidade de água destilada estéril recomendada pelo fabricante no lúmen do balão e esvaziar o balão; conectar o cateter de Foley (lúmen de drenagem) ao coletor em sistema fechado. Lubrificar a sonda por cerca de 10 cm. Utilizar lubrificante estéril e de uso único para cada paciente; realizar antissepsia do meato uretral. SONDAGEM VESICAL FEMININA: Utilizar os dedos indicador e polegar da mão não dominante para separar os pequenos lábios e visualizar o meato uretral; realizar antissepsia com a pinça e as gazes embebidas em solução antisséptica degermante, no sentido púbis-ânus e, na sequência, grandes lábios, pequenos lábios, meato uretral até o períneo; usar a gaze uma vez e descartá-la; remover o antisséptico degermante da região com soro fisiológico, obedecendo aos mesmos princípios de assepsia descritos; retirar as luvas de procedimento e higienizar as mãos; abrir o campo estéril e calçar as luvas estéreis; realizar antissepsia com as gazes embebidas em solução antisséptica aquosa, no sentido púbis-ânus e, na sequência, grandes lábios, pequenos lábios, meato uretral até o períneo; usar a gaze uma vez e descartá- la, mantendo os grandes e pequenos lábios afastados; inserir o cateter lubrificado através do orifício uretral; introduzir o cateter mais 3 a 4 cm, após a urina começar a fluir, a fim de assegurar que o balão não se encontra na uretra. SONDAGEMVESICAL MASCULINA: Afastar o prepúcio e segurar o pênis com uma gaze com a mão não dominante, mantendo-o perpendicular ao abdome; realizar antissepsia com a pinça e as gazes embebidas em solução antisséptica degermante, do meato uretral para a periferia; remover o antisséptico degermante da região com soro fisiológico, obedecendo aos mesmos princípios de assepsia descritos anteriormente; retirar as luvas de procedimento, higienizar as mãos, abrir o campo estéril e calçar as luvas estéreis; realizar antissepsia com as gazes embebidas em solução antisséptica aquosa, do meato uretral para a periferia; manter o pênis perpendicular ao corpo, retraindo o prepúcio e aplicar o lubrificante/anestésico, lentamente, através do meato uretral com auxílio da seringa luer slip de 20 mL; aguardar alguns segundos para o início da ação do lubrificante/anestésico e introduzir o cateter vesical até encontrar resistência; inclinar o pênis em um ângulo de 45 o em direção ao abdome e continuar introduzindo o cateter, o que facilita a passagem na uretra bulbar. Introduzir o cateter até a bifurcação em ‘Y’, 15 a 20 cm, e até o refluxo de urina. OBSERVAÇÕES: Em caso de mudança de decúbito ou transporte deve-se clampear a SDV para evitar refluxo vesical; No procedimento para ambos os sexos: Deve-se insuflar o balão com a quantidade de água destilada estéril recomendada; tracionar o cateter delicadamente até encontrar resistência, indicando ancoragem do balão no trígono vesical; retirar o campo estéril; fixar o cateter na face interna da coxa do paciente (cerca de 2 cm da linha inguinal), saindo por cima desta; ter cuidado para não tracionar o cateter; fixar a bolsa de drenagem na lateral da cama, abaixo do nível da bexiga; posicionar o paciente confortavelmente. Após término do procedimento, realizar higienização adequada e registrar o procedimento no prontuário, anotando data e hora do cateterismo, tipo e calibre do cateter, volume de água do balão, quantidade, coloração e características da urina, bem como reações do paciente decorrentes do procedimento. SONDAGEM VESICAL DE ALÍVIO: Higienização íntima do paciente, antissepsia e uso de EPI, como descrito no procedimento anterior; utilizar cateter uretral sem balão de fixação, que pode ser de nylon, silicone, teflon ou poliuretano. A numeração mais utilizada é de 10 a 14 Fr; introduzir o cateter no meato urinário até a drenagem da urina e manter o cateter somente enquanto houver drenagem de urina; quantificar o débito; após término de procedimento, realizar higienização adequada e registrar o procedimento no prontuário, anotando data e hora do cateterismo, tipo e calibre do cateter, volume de água do balão, quantidade, coloração e características da urina, bem como reações do paciente decorrentes do procedimento. TÉCNICA PARA REMOÇÃO DA SVD: Deve-se aspirar a água destilada para desinsuflar o balonete. No caso da sonda vesical de alívio todos as etapas descritas acima devem ser seguidas, a diferença está no menor tempo (5 a 10 min) em que a sonda de alívio irá permanecer no paciente em comparação com a sonda de demora e sua retirada deve ser feita após esvaziamento vesical. A sonda vesical de demora permanece no lugar até que o paciente seja capaz de urinar de modo voluntário ou que medições contínuas apuradas não sejam mais necessárias. RESULTADO E DISCUSSÃO No laboratório, durante a aula, iniciamos com a definição e a técnica, e posteriormente, nos foi apresentado os materiais utilizados para executar os respectivos procedimentos. SONDA VESICAL DE ALIVIO E DE DEMORA: Cateterização vesical é a inserção de uma sonda (um cateter) estéril pelo meato uretral até a bexiga para remover a urina. Por ser um procedimento por ser um procedimento invasivo ao paciente, deve ser realizado pelo médico ou enfermeiro – Resolução COFEN n. 450/2013, que requer solicitação médica, dentro de uma estratégia terapêutica ou em casos especiais de problemas renais diagnosticados e deve ser realizado dentro das técnicas assépticas em ambiente hospitalar (Lo et al., 2008; Nazarko, 2008). A cateterização vesical pode permanecer por curto prazo (duas semanas ou menos) ou prolongada (mais de um mês) (Parker et al., 2009 a.) A sonda vesical de demora (SVD) é caracterizada pela presença de lúmen duplo ou triplo. O primeiro lúmen é composto por um balão, inflado com água estéril, para garantir que o dispositivo permaneça na bexiga após sua inserção. O segundo lúmen favorece a drenagem urinária, e o terceiro, quando presente, tem como finalidade a irrigação. A sonda é conectada a um sistema de bolsa de drenagem fechado e estéril, de preferência com válvula antirrefluxo, medidas que reduzem a incidência de infecções. O material que compõe as sondas utilizadas para esse procedimento são látex (Foley), siliconizado, 100% silicone, e algumas apresentam impregnação com antimicrobianos (Taylor; Lillis; Lemone, 2007). Têm por finalidade: aliviar a retenção urinária, monitorar o débito urinário, preparar pacientes para a cirurgia, cuidados pós operatórios ou uma bexiga com esvaziamento inadequado em consequência de uma lesão neurológica, proporcionar conforto aos pacientes incontinentes e coletar urina para exames e tratamentos especiais (Smeltzer; Bare, 1994). O tamanho da sonda irá variar de acordo com o sexo, para homens utiliza-se a sondas de 16-18 cm de comprimento - pois sua uretra é mais extensa - e para as mulheres utiliza-se sondas de 14-16 cm. A escolha do tipo de cateter depende do calibre da uretra, finalidade do procedimento, tempo de uso do cateter, doenças urológicas associadas, entre outros. A utilização de cateteres de grandes dimensões não é recomendada, exceto em situações específicas, pois aumentam o risco de erosão do colo da bexiga e da mucosa uretral, causam formação de estenose e impedem a secreção das glândulas periuretrais, propiciando irritação e infecção do canal. Os calibres de cateteres mais comumente usados nos homens são 16 e 18 Fr. As indicações da SONDAGEM DE ALÍVIO: Paciente com retenção urinária aguda para o alívio da distensão vesical, quando o período de necessidade do cateterismo é pequeno; obtenção de amostra de urina estéril para exame laboratorial; para coleta de exame da urina residual após o esvaziamento da bexiga; instilação intravesical de medicamentos; no tratamento a longo prazo em de pacientes com lesão da medula espinhal, degeneração neuromuscular ou bexiga incompetente. As contraindicações em: pacientes com cistectomia radical; traumatismo de períneo e suspeita de trauma ureteral; portadores de doença renal crônica sem diurese e com hiperplasia prostática grave causando estenose ureteral; prostatite aguda, uretrite e abscessos periuretrais. Existem também as contra indicações relativas nos casos de neoplasia de bexiga e fimose. Nesses casos a relação risco-benefício deve ser avaliada. Nas vantagens vemos que minimiza infecções, pois a sonda é retirada logo após o procedimento e proporciona maior independência e conforto ao paciente. Geralmente é um procedimento rápido e pouco doloroso. A desvantagem é que pode causar lesões traumáticas na uretra e a incidência de infecção urinária é mais elevada em pacientes hospitalizados, grávidas, idosos, pacientes debilitados ou que tenham uma anormalidade urológica; as indicações da SVD: Monitorização contínua da diurese em pacientes graves; Pacientes com retenção urinária obstrutiva ou funcional (bexiga neurogênica); fornecer via para aplicação de fármacos intravesicais; esvaziar a bexiga para facilitar o procedimento cirúrgico e diminuir o risco de lesão; em casos de doenças da uretra, bexiga e da próstata; falta de controle esfincteriano adequado. Nas contraindicações temos nos casos de pacientes com traumatismo de períneo com ou sem fraturas de ossos pélvicos;dificuldade de passagem da sonda; processos infecciosos na região; história de cirurgia na uretra; em pacientes com cistectomia radical; pacientes portadores de doença renal crônica sem diurese. Nessas situações opta-se pela sondagem suprapúbica. Nas vantagens, por ser de maior duração, observamos que o número de cateterizações são menores, diminuindo o risco de traumas uretrais. Nas desvantagens, podem ocasionar uma perda gradativa da tonicidade da musculatura da bexiga pelo fato da bexiga não se encher e não ter a necessidade de se contrair, podendo causar incapacidade de contração do esfíncter uretral interno. A sonda vesical também está relacionada ao maior risco de infecções do trato urinário. ROTEIRO DA AULA 2 - INSERÇÃO E RETIRADA DE SONDA GÁSTRICA E ENTERAL OBJETIVOS A inserção da SNG se usa a técnica limpa. O procedimento é desconfortável, com o paciente experimentando sensações de queimação à medida que a sonda passa pela mucosa nasal sensível. No que compete a equipe de enfermagem: este procedimento é privativo do enfermeiro. No caso de sonda fechada: Realizar alimentação ou hidratar do paciente na impossibilidade da via oral, visando a manutenção do estado nutricional, principalmente nos pacientes idosos, acamados, inconscientes, com reflexos diminuídos e/ou com dificuldade de deglutição; permitir a administração de medicamentos e dieta de maneira mais segura; prevenir obstrução, medir resíduo gástrico. No caso de sonda aberta: realizar drenagem do conteúdo gástrico ou lavagem gástrica. MATERIAIS E MÉTODOS NA SONDAGEM ENTERAL: Luvas para procedimento; máscara; bandeja; sonda nasoenteral (Dobbhoff) de tamanho adequado; equipo, gel hidrossolúvel; seringa de 20 ml; gaze; estetoscópio; fita micropore; soro fisiológico (SF) 0,9%; lanterna e biombo, se necessário. NA SONDAGEM GÁSTRICA: Luva de procedimento; máscara descartável; bandeja; sonda Levine; gel hidrossolúvel; seringa 20ml; gaze; estetoscópio; fita micropore. TÉCNICA DA INSERÇÃO DA SNG: conferir prescrição do tipo de sondagem; explicar o procedimento ao paciente e ao acompanhante, reunir o material, levar próximo ao usuário e higienizar as mãos; reunir o material, SNG: Se necessário, isolar a cama com um biombo; colocar o usuário em posição de “Fowler” 90°, a menos que haja contraindicação como suspeita de traumatismo raquimedular. Nestes casos, deve-se manter o paciente em decúbito lateral esquerdo ou decúbito dorsal horizontal, lateralizando a cabeça e inclinando-a para frente; colocar máscara e luvas para procedimento. No caso de sondagem nasogástrica higienizar a narina com SF 0,9%, se necessário; colocar a máscara, óculos de proteção e luvas para procedimento; mensurar a sonda: a. Sonda nasogástrica: medir do ápice do nariz ao lóbulo da orelha e descer até o apêndice xifoide; observar a curvatura do nariz e pescoço; marcar a posição adequada com micropore; b. Sonda orogástrica: colocar a sonda junto ao canto da boca até o lóbulo da orelha e descer até o apêndice xifoide, observando a curvatura do pescoço; marcar a posição adequada com micropore; posicionar o paciente com o pescoço em posição neutra e introduzir delicadamente da sonda. a. Nasogástrica: pela narina, direcionando-a para trás da orelha; b. Orogástrica: cavidade oral, localizando a sonda na parte posterior da língua, direcionando-a para trás da orelha. Após a introdução de aproximadamente 10 cm, fletir levemente o pescoço em direção ao tórax do usuário. Para auxiliar o processo, se o paciente puder colaborar, peça para que realize movimentos de deglutição; continuar introduzindo a sonda até o ponto marcado com micropore. Importante observar sintomas adversos como tosse, dispneia, cianose e agitação. Nestes casos a sonda deve ser retirada. Testar o posicionamento da sonda injetando 20 a 30 ml de ar com seringa e auscultar com estetoscópio a região epigástrica a fim de ouvir os sons gerados pela infusão do ar. Além disso, pode-se aspirar o conteúdo e medir o pH; fixar a sonda; a. Sonda nasogástrica: na face, do mesmo lado da narina utilizada; b. Sonda orogástrica: na bochecha; verificar o conforto do paciente e solicitar ao usuário que permaneça com a cabeceira elevada a 30 ou 45 graus e na impossibilidade disso, manter-se em decúbito lateral direto; reunir todo o material e desprezá-lo em local apropriado; higienizar a bandeja; retirar as luvas de procedimento e a máscara descartável e higienizar as mãos; TÉCNICA DA INSERÇÃO DA SNE: explicar o procedimento ao paciente e ao acompanhante, reunir o material, levar próximo ao usuário e higienizar as mãos. Se necessário, isolar a cama com um biombo; colocar o usuário em posição de “Fowler” 90º, a menos que haja contra indicação (como suspeita de traumatismo raquimedular). Caso o usuário não possa ter a cabeceira elevada, mantê-lo em decúbito lateral esquerdo ou decúbito dorsal horizontal, lateralizando a cabeça e inclinando-a para frente; colocar máscara e luvas para procedimento. Se necessário, realizar a higienização da narina com SF 0,9%; mensurar a sonda do ápice do nariz ao lóbulo da orelha, descer até o apêndice xifoide, adicionando mais 10 a 15 cm, pois a sonda normalmente ficará localizada na primeira porção do duodeno. É importante levar em consideração as curvaturas do nariz, queixo e pescoço até chegar ao apêndice xifoide. Deve-se então marcar o ponto com micropore; para facilitar a saída do fio guia, lubrificar a sonda internamente com 10 ml de água ou SF 0,9% antes da passagem da sonda; lubrificar a extremidade distal da sonda com o gel lubrificante. Importante ter especial cuidado nessa etapa pelo risco de aspiração. Posicionar o paciente com o pescoço em posição neutra e introduzir delicadamente da sonda pela narina, direcionando-a para trás da orelha. Após a introdução de aproximadamente 10 cm fletir pescoço em direção ao tórax do usuário. Para auxiliar o processo, se o paciente puder colaborar, peça para que realize movimentos de deglutição; continuar introduzindo a sonda até o ponto marcado com micropore. Importante observar sintomas adversos como tosse, dispneia, cianose e agitação. Nestes casos a sonda deve ser retirada. Testar o posicionamento da sonda injetando 20 a 30 ml de ar com seringa e auscultar com estetoscópio a região epigástrica a fim de ouvir os ruídos causados pelo ar. Além disso, pode-se aspirar o conteúdo e medir o Ph para confirmar que o conteúdo é proveniente do estômago. Após confirmação do posicionamento adequado da sonda, retirar o fio guia delicadamente e fixar a sonda na face, do mesmo lado da narina utilizada, com micropore fino. Anotar a data da instalação para controlar a troca quando necessária. Verificar o conforto do paciente e solicitar ao usuário que permaneça com a cabeceira elevada a 30 ou 45 graus e, na impossibilidade disso, manter-se em decúbito lateral direto por algumas horas; guardar o fio guia em embalagem limpa e mantê-lo junto aos pertences do usuário, caso a sonda atual precise ser repassada; reunir todo o material e desprezá-lo em local apropriado; higienizar a bandeja, retirar as luvas para procedimento e a máscara descartável e higienizar as mãos; iniciar a nutrição ou medicação apenas após a confirmação da correta posição da sonda pela radiografia. OBSERVAÇÃO: Não abaixar a cabeceira da cama de pacientes intubados e com alto risco de broncoaspiração; recolher o material utilizado e manter o ambiente em ordem; retirar as luvas e higienizar as mãos; realizar as anotações de enfermagem registrando: hora do procedimento, calibre, volume aspirado (se for o caso), teste auscultatório e intercorrências; o médico deverá solicitar o Raio-X abdominal para verificar o posicionamento da sonda; fixar a sonda com um micropore fazendo o formato de um “I” em algarismosromanos no sentido nariz-bochecha. Este procedimento é privativo do enfermeiro que realiza o teste de ausculta com estetoscópio e introduz de ar com seringa de 20 ml na região hipogástrica, imediatamente antes de administrar dieta ao paciente; inspeciona as narinas para avaliar a necessidade de aliviar pressões da sonda; em caso de dieta intermitente, lavar a sonda com 20 ml de água antes e após a administração de medicamentos e dietas, para eliminar os resíduos de gordura e dieta, que podem obstruir a luz da sonda; manter cabeceira elevada (fowler) enquanto corre a dieta. TÉCNICA PARA REMOÇÃO DA SONDA: se usa luvas de procedimento descampleia-se a abertura da sonda e puxa-se lentamente; se saiu alguma secreção do nariz do paciente deve-se limpar com gaze embebida em soro fisiológico (lembrando de desprezar o primeiro jato); desprezar o material contaminado em sacos de lixo; lavar as mãos; fazer as anotações de enfermagem; manter cabeceira elevada (fowler) enquanto corre a dieta. O ideal é que o paciente esteja em jejum de 4 horas antes da passagem da sonda enteral, pois a presença de alimento no estômago pode causar vômito durante o procedimento e aumentar o risco de broncoaspiração. RESULTADO E DISCUSSÃO SONDA GÁSTRICA: Às vezes a peristalse normal é alterada temporariamente, seja depois de uma cirurgia de grande porte ou por condições que afetam o trato gastrointestinal. Devido à redução ou ausência da peristalse, o paciente não pode comer ou beber fluídos sem que ocorra a distensão abdominal. A inserção temporária de uma sonda nasogástrica (SG) no estômago serve para que a peristalse normal retorne. A sonda gástrica é um tubo rígido composto por polivinil, geralmente curta. Pode ser introduzida pelo nariz (sondagem nasogástrica) ou pela boca (sondagem orogástrica) para alcançar o estômago. A sonda é oca, o que permite a remoção das secreções gástricas e a introdução de soluções no estômago. Às vezes a sonda NG é usada para alimentação enteral, mas uma sonda de alimentação mais macia e com menor diâmetro é preferível para fins de alimentação. As sondas de Levine e Salem são as mais comuns para descompressão estomacal. A sonda de Levine é um tubo de único lúmen com orifícios perto da ponta, com a finalidade de drenar as secreções estomacais, é a mais utilizada, pois possui uma única luz, variando para adultos. A sonda de Salem é preferível para a descompressão estomacal. A sonda tem dois lumens: um para remoção do conteúdo gástrico e um para fornecer ventilação, o que evita a sucção da mucosa gástrica para dentro do orifício na extremidade distal da sonda. SONDA ENTÉRICA: As sondas entéricas são sondas especiais para alimentação enteral, empregadas em pacientes que não podem comer, mas cujos tratos gastrintestinais apresentam uma absorção adequada. A mais utilizada é a sonda Dubhoff, tem 50 a 150 cm de comprimento e diâmetro médio interno de 1,6 mm externo de 4mm. É composta de materiais como poliuretano e silicone, não sofre alteração física na presença de PH ácido, conserva flexibilidade, maleabilidade, e durabilidade, não irrita a mucosa digestiva e, por ser de pequeno calibre, permite o fechamento dos esfíncteres da cárdia e piloro. As sondas entéricas possuem uma ogiva distal de 2 a 3g, confeccionada geralmente de tungstênio. Essa ogiva faz com que o peristaltismo gástrico e intestinal, agindo sobre ela, posicione a sonda corretamente, além do esfíncter piloro, e permite a administração de dietas de maneira mais confortável e segura, principalmente em idosos, acamados e em pessoas com reflexos diminuídos. Em geral, é necessário transcorrer 24 horas para que a sonda migre do estômago para o duodeno (Hudack; Gallo, 1997; Ishii et al., 1996; Unamuno; Marchini, 2002) Por serem bastante maleáveis, guias metálicos e flexíveis são utilizados para facilitar sua introdução. Todas têm marcas numéricas ao longo de sua extensão, que facilitam a verificação do seu posicionamento final. Por serem radiopacas, possibilitam que sua localização seja confirmada por meio de exame radiológico. Na parte proximal, são encontrados adaptadores simples ou duplos. Os duplos facilitam a irrigação da sonda ou a administração de medicamentos, sem necessidade de interromper a infusão de dieta. As indicações da SNE temos em: casos em que o estômago não está funcional; pacientes inconscientes; pacientes com dificuldade de deglutição; administração medicamentos e alimentos; pacientes com alto risco de broncoaspiração e pacientes com pancreatites agudas, fístulas esofágicas ou gástricas. Contraindicações: Nos casos de pacientes com desvio de septo importante; traumatismo crânio-encefálico; obstrução intestinal mecânica; sangramento gastrintestinal; vômitos incontroláveis; diarreia intratável; isquemia gastrintestinal; íleo paralítico prolongado; inflamação do trato gastrintestinal; tumor de boca e hipofaringe e varizes esofágicas. A vantagem de que a sondagem oferece menor risco de refluxo gastroesofágico e broncoaspiração se comparado às sondas gástricas e as desvantagens seriam: desconforto causado pela passagem da sonda; a sonda localizada no jejuno está associada à maior incidência de diarreias; menor absorção dos alimentos e consequentemente uma menor utilização metabólica dos nutrientes. Nas indicações da SNG em casos de: via de escolha em pacientes que necessitem de aporte nutricional e possuem a função gástrica preservada; drenagem de conteúdo gástrico; realização de lavagem gástrica e administração de medicações ou alimentos. Em pacientes com suspeita de traumatismo crânio encefálico é recomendada a sondagem orogástrica. Nas contraindicações em casos de: má formação ou obstrução do septo nasal (no caso da nasogástrica); sangramentos gastroesofágicos; desconforto respiratório importante; em pacientes com traumatismo crânio encefálico (utilizar apenas sonda orogástrica); má formação ou obstrução do trato gastrointestinal; Hérnia de hiato importante; Pancreatite; Neoplasias de boca, faringe, esôfago ou estômago. A vantagem que a SNG é a via habitual e mais próxima da via fisiológica de alimentação e administração de medicamentos, e as desvantagens os casos de maior risco de refluxo e aspiração do conteúdo gástrico e desconforto local pela passagem da sonda. CONCLUSÃO No que compete ao enfermeiro, da sua atuação junto a equipe multidisciplinar e dos cuidados prestados ao paciente no ambiente hospitalar, podemos conhecer na aula prática os procedimentos e os materiais utilizados, estes mencionados neste relatório, assim como métodos e técnicas para realizá-lo de forma eficaz, obtendo assim bons resultados, no que se refere as infecções. Práticas essas que podem ser executadas somente pelo médico ou enfermeiro conforme a Resolução COFEN n. 450/2013, e que requerem solicitação médica. Com isso podemos observar também a importância desses procedimentos que promovem segurança, conforto e bem estar ao paciente e melhoram o seu estado, quanto as patologias em que se indica esses procedimentos. REFERÊNCIA ABREU, R. Cateterismo Vesical. slideshare, 2012. Disponível em: https://pt.slideshare.net/rodrigo_c_abreu/cateterismo-vesical-12708685. Acesso em: 12/02/2021. BOTTURA, A. L. Anamnese e Exame Físico. Artmed Editora SA. 2ª. Edição. 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