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Teorias e classificação da posse - Resumo

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Teorias da Posse
SURGIMENTO NO DIREITO ROMANO: Corpus (elemento objetivo) e animus (elemento subjetivo).
Teoria subjetiva (Savigny)
- Corpus: o poder físico exercido sobre a coisa;
- Animus domini: é a intenção que o possuidor tem de se tornar dono/proprietário.
Sendo assim, a posse apenas se configura quando é acionada o animus, antes disso é mera
detenção.
Teoria objetiva de Ihering
- Corpus: é a relação entre o proprietário e a coisa;
- Animus tenendi: intenção de proceder como proprietário.
Se transforma em mera detenção apenas quando há um impedimento legal.
O nosso Código Civil Brasileiro adota a teoria subjetiva (art. 1.196/CC) com algumas ressalvas
como a posse ad usucapionem e o princípio da saisine (art. 1.784/CCB).
Natureza jurídica
Posse como fato: A posse não é um direito, mas um exercício fático de um dos domínios
inerentes à propriedade.
Poderes inerentes à propriedade: Uso, gozo e fruição da coisa.
Juridicização da posse: Posse como elemento para o exercício de um direito.
QUANDO NÃO INCIDE A POSSE??? Art. 1.208/CC
1. Atos de mera permissão ou tolerância;
2. Atos violentos ou clandestinos.
Ocupação de bens insuscetíveis de posse
Bens públicos ou dominicais (NÃO podem ser usucapidos).
Entendimento do STJ → Aquele que primeiro invadiu o bem público perante o Poder Público é um
MERO DETENTOR, entretanto, EM FACE DE TERCEIRO, É LEGÍTIMO POSSUIDOR, podendo se valer
de instrumentos possessórios (REsp 1.296.646/DF).
Sendo assim, o particular não é possuidor nem mesmo mero detentor, porque bens públicos são
insuscetíveis de serem possuídos, tendo apenas o contato material com a coisa, num estado de
tença.
↪ apreensão da coisa sem vínculo jurídico e sem proteção possessória, sendo o mero contato
físico.
Jéssica C. França/ 2022.2/ Direito
Classificação da posse
1. De acordo com os vícios
Posse justa: é a que for mansa, pacífica e pública. Art. 1.200/CC
Posse injusta: é a que for violenta (violência física ou moral), clandestina (Às escuras, na
surdina) ou precária (abuso de confiança).
2. Quanto ao desmembramento da posse
Posse direta: da pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente.
ex: locatário, comodatário, usufrutuário.
Posse indireta: daquele que continua tendo o direito de defender a sua posse, contudo NÃO TEM
a relação jurídica próxima do bem.
O possuidor se encontra afastado da coisa, mas obtém vantagens destas ou ainda que possui
poderes sobre a coisa.
ex: locador, comodato etc
Posse plena: direta + indireta.
ex: proprietário que mora no imóvel.
3. Posse ad interdicta e ad usucapionem
Ad interdicta: é defendida pelos interditos, como a do locatário e do comodatário.
Presente no art. 1.196/CC
Ad usucapionem: é a defendida pelo possuidor, cuja posse NÃO apresente os vícios injustos e
que o leve à aquisição da coisa pela usucapião.
↱ Possuidor ignora os vícios da posse.
4. Posse de boa-fé e má-fé: Art. 1.201 e 1.202/CC
↪ Possuidor tem ciência de seus vícios.
5. Posse nova VS. velha
Nova: Menos de 1 ano e 1 dia, autoriza decisão liminar para o reingresso na posse, ainda que não
sejam comprovados os requisitos da tutela de urgência ou evidência.
Velha: Mais de 1 ano e 1 dia, para a concessão de liminar devem ser indicados o fumus bonis iuris
e o periculum in mora (art. 300 e ss/CPC).
Jéssica C. França/ 2022.2/ Direito

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