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Direito das Coisas - POSSE

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DIREITO DAS COISAS 
 
Elaborado por: Giovanna Calvano da Silva 
Fonte: Aulas dos professores Daniel Carnacchioni, Beatriz Cunha e Sandro Amaral. 
 
Direitos Reais e Código Civil ........................................................................................................................................ 1 
Posse ............................................................................................................................................................................... 1 
Caracterização da posse .......................................................................................................................................... 2 
Aspecto ESTRUTURAL ........................................................................................................................................ 2 
Detenção ................................................................................................................................................................. 3 
Aspecto Funcional .................................................................................................................................................. 5 
Desdobramento da Posse ou Posses Paralelas ............................................................................................... 5 
Composse ............................................................................................................................................................... 6 
Aquisição e Perda .................................................................................................................................................. 6 
Exceção de Domínio .............................................................................................................................................. 7 
Qualificação da posse ............................................................................................................................................... 7 
De acordo com os vícios objetivos ...................................................................................................................... 7 
De acordo com os vícios subjetivos .................................................................................................................. 10 
Outras qualificações ............................................................................................................................................ 12 
 
 
Direitos Reais e Código Civil 
 
● Art. 1.225, CC - a propriedade; a superfície; as servidões; o usufruto; o uso; a habitação; o direito do 
promitente comprador do imóvel; o penhor; a hipoteca; a anticrese; a concessão de uso especial 
para fins de moradia; a concessão de direito real de uso; e a laje. 
● Direitos das coisas (gênero) x direitos reais (espécie); 
 
Posse 
 
● Posse é fenômeno FÁTICO - pressupõe exercício de poderes fáticos em relação a determinados 
objetos → Esse poder de fato se exterioriza no mundo real (exercício fático de poderes sobre a 
coisa); 
● Poder físico sobre coisas a fim de satisfazer necessidades inerentes ao ser humano – direito 
natural acolhido pelo ordenamento jurídico: por ser um fenômeno fático, se distancia dos direitos 
reais (que estão condicionados à previsão legal); 
○ Fato produzido por um comportamento humano = ato fato; 
○ Nem sempre o poder sobre a coisa será posse = pode ser que se trate de detenção; 
● Definição de posse depende da teoria adotada (objetiva e subjetiva); 
● A compreensão da matéria depende da divisão em dois aspectos: 
○ Identificar a posse e o possuidor por meio da concepção: 
■ Estrutural - elementos que integram a posse (corpus e animus); 
■ Funcional - função social da posse; 
○ Qualificação da posse (não altera o fenômeno possessório, mas repercute nos efeitos da 
posse); 
 
Caracterização da posse 
Aspecto ESTRUTURAL 
 
● Composto por corpus e animus - elementos explicados por duas teorias: Objetiva e Subjetiva; 
○ Savigny (Subjetiva): dissocia corpus e animus; 
○ Ihering (Objetiva): estuda o corpus de maneira associada ao animus; 
 
 TEORIA SUBJETIVA TEORIA OBJETIVA 
Autor Savigny Ihering 
Natureza 
da posse 
Fato Direito 
Efeitos Múltiplos 
Teoria da unicidade - posse faz presumir a 
propriedade 
Posse é 
Controle material e possibilidade de influência 
imediata + vontade de ser dono (animus 
domni – espécie de affectio tenendi) 
Comportamento de dono (visibilidade de domínio 
por meio dos exercícios de poderes) 
Affectio tenendi – exercício de comando faz 
presumir vontade in re ipsa (dar função social) 
Corpus 
Controle material da pessoa sobre a coisa. 
• Em primeiro momento, exigia-se o contato 
propriamente dito; 
• O contato evoluiu para a disponibilidade 
física - disposição imediata sobre a coisa 
Destinação econômica = agir como proprietário 
para finalidade econômica; 
Visibilidade da propriedade por seus elementos 
Animus 
Vontade de ter a coisa para si - todos os 
“ários” seriam detentores (comodatário, 
locatário, depositário) 
É o elemento mais importante 
O elemento anímico (querer ser dono) é 
irrelevante – o modo ou a forma como o poder de 
fato sobre a coisa se revela exteriormente é o 
que interessa para a posse; 
Fundament
o 
Proteger o possuidor (proprietário ou não) 
contra atos de violência (interdição da 
violência) 
Defesa da propriedade 
Detenção 
O que diferencia da posse é a ausência o 
animus de possuidor 
A diferença entre detenção e posse é a distinção 
estabelecida pela norma 
Prós 
Autonomia entre posse e propriedade, que se 
verifica ainda que as duas estejam associadas 
a um mesmo titular (a pessoa que tem posse 
e propriedade 
As formas de tutela da posse e propriedade 
estão em âmbitos diversos 
Ampliação da dimensão econômica da posse; 
Desdobramento da posse; 
Posse por outrem; 
Dispensa a enumeração dos modos de aquisição 
e perda da posse. 
Contras 
Incompatível com o desdobramento da 
posse; 
Subjetivismo exagerado – vai de encontro à 
tendência de objetivização dos institutos; 
Hierarquiza posse e propriedade (é o ponto de 
divergência em relação à teoria sociológica, que 
defende a inexistência de hierarquia1) 
Posse não é autônoma em relação à 
 
1 Art. 5º, XXII, 170, 183, 184, 191 da CF e 1228, §1º, CC; Estatuto da Cidade, 5 a 8. 
Pouco refinada na distinção entre detenção e 
posse; 
Diminuição do âmbito de aplicação da posse; 
Reduz a dimensão econômica da posse por 
diminuir o rol de possuidores (buscava 
desvincular totalmente a posse em relação à 
propriedade - autonomia) 
propriedade (encontra óbices na ideia de 
funcionalização da posse e usucapião) 
Como a teoria objetiva explicaria a tutela 
possessória mesmo diante do proprietário, no 
caso de desdobramento da posse (admitido pela 
própria teoria objetiva)? 
Como a teoria objetiva explica a proibição de 
exceção de domínio em ação possessória? 
No CC 
Institutos que demandam autonomia entre 
posse e propriedade2 
Usucapião – modo de constituição de 
propriedade 
Conceito de posse na perspectiva estrutural (art. 
1.196, CC) 
 
● Posse é, portanto, situação jurídica autônoma: elementos da teoria objetiva + fundamento da teoria 
subjetiva + função social; 
○ Direito real ou obrigacional? 
■ Posse civil: 
● Possuidor proprietário = direito real, proteção no âmbito do direito de 
propriedade; 
● Posse decorrente de relação obrigacional (comodato, locação, depósito) = 
direito obrigacional; 
■ Posse natural: nem real nem obrigacional - autônoma; 
● #JURISPRUDÊNCIA: Dada a autonomia existente entre o direito de propriedade e o direito 
possessório, a existência de expressão econômica do direito possessório como objeto de partilha e 
a existência de parcela significativa de bens que se encontram em situação de irregularidade por 
motivo distinto da má-fé dos possuidores, é possível a partilha de direitos possessórios sobre bem 
edificado em loteamento irregular,quando ausente a má-fé, resolvendo, em caráter particular, a 
questão que decorre da dissolução do vínculo conjugal, e relegando a segundo momento a discussão 
acerca da regularidade e formalização da propriedade sobre o bem imóvel. (REsp 1739042/SP, Rel. 
Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 08/09/2020, DJe 16/09/2020) 
Detenção 
 
• Importante distinguir a posse da detenção pois a detenção não produz efeitos jurídicos; 
• “Posse degradada” – obstaculizada por alguma razão; 
• Como identificar, no caso concreto, a posse e a detenção? 
 
Teoria 
subjetiva 
Controle material SEM ânimo de dono 
Teoria objetiva 
Há detenção quando a lei define 
• O problema é que, no mundo fático, o comportamento daquele que é considerado 
detentor pode ser incompatível com a lei (ex.: caseiro que se comporta como dono) 
 
 
2 V Jornada de Direito Civil - Enunciado 492: A posse constitui direito autônomo em relação à propriedade e deve expressar o 
aproveitamento dos bens para o alcance de interesses existenciais, econômicos e sociais merecedores de tutela. 
• Situações de detenção identificadas pelo CC: 
 
o Detenção dependente: detentor tem algum tipo de relação com o possuidor (atuação nos 
limites da autorização, da ordem); 
▪ A) DESINTERESSADA: o detentor age em nome do possuidor, não extrai vantagem 
para si; 
• Detentor é mero executor material, não há desdobramento da posse; 
o Detenção e veículo deixado em mecânica – Info 610/STJ: não pode 
reter o bem por falta de pagamento. 
• Fâmulo da posse (art. 1.198, CC) - Ex.: caseiro; 
• Conversão em posse (transmudação) → o poder de fato não cessa, mas se 
transforma: o exercício dos poderes em nome alheio passa a ser exercido em 
nome próprio; 
o A detenção é presumida até que se prove o contrário – a prova da 
transmudação é ônus de quem arguir (1.198, p.u.); 
o Causas LÍCITAS – ex.: o detentor adquire o bem (compra, doação, 
permuta); 
o Causas ILÍCITAS - IV JDC - Enunciado 3013 (c/c 1.204); 
▪ Mudança unilateral de comportamento por parte do detentor 
(a despeito da vontade do proprietário); 
▪ Lapso temporal prolongado. 
▪ B) INTERESSADA: o detentor extrai proveito para si, dentro dos limites fixados pelo 
proprietário; 
• Art. 1.208, 1ª parte, CC; 
• Permissão (expressa) ou tolerância (tácita); 
• A linha entre detentor e possuidor é extremamente tênue; 
• Cabível a transmudação nos mesmos moldes; 
• Permissão x Comodato verbal: a distinção é casuística, devendo ser 
analisado o grau de precariedade (permissão é revogável ad nutum e gera 
detenção; comodato é contrato, tem regras próprias de extinção e gera posse 
direta); 
o Detenção independente/autônoma: não há relação entre possuidor e detentor (inclusive, 
há conflito entre ambos); 
▪ Poder de fato exercido de modo violento ou clandestino → poder de fato é 
ininterrupto; 
▪ Art. 1.208, 2ª parte, CC; 
▪ Ocupação CONTRA a vontade do possuidor - violência ou clandestinidade (enquanto 
houver violência ou clandestinidade); 
• Enquanto o esbulhado não tem ciência do esbulho – SÓ HÁ DETENÇÃO 
(1.224); 
▪ Cessados os vícios = haverá posse, ainda que injusta (vide art. 1208); 
 
3 É possível a conversão da detenção em posse, desde que rompida a subordinação, na hipótese de exercício em nome próprio dos 
atos possessórios. 
Situações de detenção
Detenção dependente
Relação entre 
possuidor e detentor
Servo da posse
Poder de fato exercido 
em nome alheio
Permissão/Tolerância
Poder de fato exercido 
em nome alheio
Detenção autônoma
Inexiste relação entre 
possuidor e detentor
• Exceção – quando o esbulhado não tomar ciência por tempo razoável e motivo 
injustificado. O tempo de detenção é contado como posse com base na teoria 
sociológica; 
o Bens ilícitos: A questão não é a origem do bem, mas o bem em si é ilícito (animais silvestres, 
armas, drogas, etc); 
o Ocupação irregular de área pública; 
▪ Incompatível com a posse natural/autônoma (mas a posse civil é possível - relação 
jurídica com a ADM Pública); 
▪ Súmula 619/STJ: “A ocupação indevida de bem público é mera detenção de bem, 
(desdobramentos lógicos) inexistindo indenização por benfeitorias”. 
▪ Defender que o particular faz jus à indenização por benfeitorias com base na 
vedação ao enriquecimento sem causa (886, CC); 
▪ Venosa e MH Diniz: admitem a posse em relação a bens dominicais 
(desafetados); 
▪ Tepedino: cabe posse em relação a qualquer bem público pois a CRFB veda a 
USUCAPIÃO, não a posse. Conclui-se, portanto, que a vedação se limita à posse ad 
usucapionem e não alcança a posse ad interdicta – ex. MP 2220/01; 
▪ Proteção possessória x Bens Públicos: 
• 1ª corrente – incabível pois é mera detenção; 
• 2ª corrente – cabível em face de outro particular, mas não em face do Estado 
(Precedentes do STF anteriores à súmula 619/STJ, não tem nada posterior 
que confirme ou retifique); 
 
Aspecto Funcional 
 
● Posse como meio de concretização de direitos fundamentais; 
● A teoria a respeito da posse é conformada pela função social da posse – Função social como 
CONDIÇÃO DE LEGITIMIDADE; 
● Atualmente, tendo em vista a funcionalização da posse, nenhuma das teorias é capaz de explicar o 
fenômeno possessório; 
● Abuso do direito de propriedade (1.228, §2º): precisa demonstrar a intenção de prejudicar? 
○ Literalidade da lei: sim – teoria dos atos emulativos; 
○ Doutrina: NÃO, interpretação conforme, compatibilização com o art. 187, do CC – abuso do 
direito não exige intenção, sob pena de esvaziar a função social + enunciado 49, CJF; 
● Relativização da teoria objetiva - adotam-se os elementos (corpus e animus), mas a necessidade 
de funcionalização da posse demanda o reconhecimento da autonomia entre posse e propriedade 
(Savigny); 
○ Possibilidade de defesa da posse inclusive contra o proprietário - pressupõe autonomia; 
○ Redução dos prazos para usucapião (em razão da função social) - autonomia da posse e 
valorização da posse funcionalizada em detrimento da propriedade antifuncional; 
○ Desapropriação judicial - autonomia da posse e valorização da posse funcionalizada em 
detrimento da propriedade antifuncional; 
○ Acessão invertida - autonomia da posse e valorização da posse funcionalizada em detrimento 
da propriedade antifuncional; 
○ Proibição da exceção de domínio - autonomia entre os institutos; 
 
Desdobramento da Posse ou Posses Paralelas 
 
• Art. 1.197, CC; 
• Decorre da transferência temporária do poder de fato por força de vínculo jurídico4 - que pode ser 
de direito pessoal (contrato de locação, comodato) ou real (usufruto, propriedade superficiária); 
o TEMPORÁRIA porque há dever de restituir5; 
o É uma posse DERIVADA: o conteúdo da posse está delimitado pela relação jurídica; 
o A relação jurídica concede direito à posse, mas não confere a posse propriamente dita (pois 
posse é FÁTICA, depende da exteriorização de poderes). Só quem pode transferir posse é 
quem a tem de fato; 
o Teoria do fato jurídico = o desdobramento decorre de relação jurídica (diferente da posse 
natural, que é um ato-fato); 
• Quem é possuidor e proprietário é possuidor direto? NÃO, quem é proprietário&possuidor 
tem posse PLENA – só de fala em possuidor direto e indireto se houver desdobramento. 
• Posse direta ≠ Poder de fato: a posse direta é exercício do poder de fato, realmente, mas é um 
exercício temporário e decorrente de uma relação jurídica prévia. Contudo, pode ser que quem 
exerça o poder de fato não tenha posse direta (ex.: quem tem a posse plena, quem invade); 
• Em regra, o possuidor indireto é o proprietário (salvo nos casos de verticalização em graus da posse 
– ex.: sublocação – só o sublocatário será possuidor direto; o locatário e o locador serão indiretos); 
• O possuidor direto tem ação contra o indireto e vice versa (ausência de hierarquia entre posse e 
propriedade e impossibilidade de arguir exceção de domínio); 
• Desdobramento de posse e quitaçãode promessa de compra e venda: em não havendo cláusula 
de arrependimento, com a quitação cessa o desdobramento; 
• POSSE DIRETA NÃO TEM, prima facie, ANIMUS DOMNI – Savigny, inclusive, não reconhece a 
posse indireta como posse; 
• Rompimento com o pensamento de Ihering – posse, na teoria objetiva original, é visibilidade de 
domínio. Contudo, a posse indireta existe apenas no plano jurídico; 
 
Composse 
 
• Exercício de poderes de fato simultaneamente por diversas pessoas sobre um mesmo bem em 
estado de indivisão6 (art. 1.199, CC); 
• Não se confunde com a coisa indivisível nem com o fenômeno de posses paralelas (desdobramento 
da posse); 
 
Aquisição e Perda 
 
AQUISIÇÃO PERDA 
Momento em que se torna possível o exercício, em nome 
próprio, de poderes inerentes à propriedade (1.204, CC) 
A aquisição pode ser feita por terceiro, com ou sem 
autorização (necessária a ratificação - gestão de negócio, 
art. 873, CC) 
Quando cessa (contra a vontade ou 
voluntariamente) o exercício 
 
Soma de posses (acessio possessionis): 
 
 
4 Excepcionalmente pode decorrer de relação jurídica putativa, quando houver boa-fé (Bezerra de Melo): Ex. locação de imóvel 
decorrente de venda a non domino. 
5 Exceção: se houver aquisição do bem durante enquanto o possuidor direto estiver na posse = tradição FICTA, encerra o 
desdobramento; 
6 impossibilidade de determinar a fração material de cada compossuidor 
● Posse decorrente da sucessão causa mortis ou de atos inter vivos; 
● Requisito - Homogeneidade das posses: posses com as mesmas características; 
● Soma de posses = gênero, sendo duas as espécies (arts. 1.206 e 1.207, CC): 
○ Sucessio Possessionis: sucessão a título universal (HERDEIRO): A soma de posse é efeito 
automático da saisine (1.784, CC) - se torna possuidor e proprietário com a abertura da 
sucessão; 
■ Estatuto da Cidade, art. 9º, §3º - Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo 
continua, de pleno direito, a posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel 
por ocasião da abertura da sucessão. 
○ Acessio Possessionis: 
■ Sucessão a título singular (LEGATÁRIO): aquisição da propriedade com a abertura 
da sucessão, mas não da posse: a soma com a posse do antecessor é facultativa. 
■ Atos inter vivos: cessão de posse, por exemplo. 
● Manutenção das características anteriores: 1.203 c/c 1.206, CC - Cuidam do caráter da posse 
segundo a presença ou não dos vícios objetivos da violência, clandestinidade ou precariedade. 
○ JDC, Enunciado 494:A faculdade conferida ao sucessor singular de somar ou não o tempo 
da posse de seu antecessor não significa que, ao optar por nova contagem, estará livre do 
vício objetivo que maculava a posse anterior - A soma da posse (ou a opção por não somar) 
não altera sua natureza; 
● Impossibilidade de soma de posses em usucapião ESPECIAL (em razão do requisito da 
pessoalidade); 
 
Exceção de Domínio 
 
● Art. 1.210, §2º, CC; 
● Decorre da autonomia da posse em relação à propriedade - não se discute propriedade em ações 
possessórias; 
● IMPORTANTE (súmula “recente”): Súmula 637-STJ: O ente público detém legitimidade e 
interesse para intervir, incidentalmente, na ação possessória entre particulares, podendo deduzir 
qualquer matéria defensiva, inclusive, se for o caso, o domínio. 
 
Qualificação da posse 
 
• Para que seja possível qualificar uma posse, é condição essencial que se trate de posse; 
• A qualificação influencia apenas nos efeitos da posse; 
 
De acordo com os vícios objetivos 
 
• Exame de conduta – o exercício do poder de fato lesa o direito de alguém? Posse justa (NÃO) ou 
injusta (SIM); 
• Influencia apenas no aspecto do exercício da tutela possessória em face de outrem; 
• O que torna a posse justa ou injusta é a forma de aquisição material da posse - art. 1.200, CC: 
o A) VIOLÊNCIA ( contra pessoa – violência contra a coisa é diferente); 
▪ Violência contra a coisa não configura posse injusta; 
▪ Vício objetivo originário (presente desde o início); 
▪ Não há que se falar em posse violenta (pois durante a violência, trata-se de 
detenção), mas apenas em posse injusta → Violenta é a maneira de aquisição; 
o B) CLANDESTINIDADE - atos ardilosos, sorrateiros, sem que o possuidor tenha 
conhecimento; 
▪ Vício objetivo originário (presente desde o início); 
▪ Não há que se falar em posse clandestina (pois durante a clandestinidade, trata-se 
de detenção), mas apenas em posse injusta → Clandestina é a maneira de aquisição; 
▪ Cessa quando a ocupação se torna pública e ostensiva ( mas há quem defenda 
que a clandestinidade só cessa quando o proprietário toma conhecimento); 
o C) PRECARIEDADE - pressupõe relação jurídica prévia (desdobramento da posse); 
▪ Exercício temporário de poder de fato (posse direta) → justa expectativa de 
restituição do poder de fato (posse indireta); 
▪ A precariedade corre quando não há restituição do bem após o término da relação 
jurídica → Vício superveniente, nascimento da lesão, inversão do caráter da posse; 
▪ Antes da clandestinidade, havia posse justa, fundada em relação jurídica; 
▪ NÃO é cabível a autodefesa da posse quando o vício for de precariedade (1210, §2º); 
• O Rol do 1.200 é taxativo? 
o 1ª Corrente: Não. Rol do art. 1.200 é exemplificativo. Posse injusta é a que resulta da violação 
ao direito de propriedade ou a outros direitos menores (ex.: quebrar janelas, arrombar porta). 
Ao dizer que “é justa a posse...” não limita a amplitude da interpretação: as situações de 
violência, precariedade e clandestinidade são exemplos (incontestáveis) de situações 
injustas; 
o 2ª Corrente (CHAVES, ROSENVALD – minoritária): Sim. Rol é taxativo. Justa é a posse que 
obedece à função social da propriedade (art. 5.º, XXIII, CRFB), com base na teoria sociológica 
da posse; 
• Características dos vícios: 
o A) São RELATIVOS - o possuidor só é considerado injusto em relação ao ex-possuidor de 
quem se adquiriu a posse; 
▪ A posse é injusta em relação à vítima e justa em relação a qualquer outra pessoa: 
Não há posse injusta com caráter erga omnes 
▪ Por essa razão, o possuidor injusto não pode se defender por meio dos interditos em 
relação ao ex-possuidor. Contudo em relação a qualquer outra pessoa, é possível o 
manejo da tutela possessória; 
▪ Transmissão da posse injusta a terceiro permite manejo de interditos pelo 
possuidor esbulhado? – se o terceiro recebeu de má-fé, SIM. Se o terceiro recebeu 
de BOA-FÉ, não, restando apenas a tutela no âmbito petitório (se houver título - 
reivindicatória) ou ação indenizatória em relação ao esbulhador; 
• I JDC - Enunciado 80: É inadmissível o direcionamento de demanda 
possessória ou ressarcitória contra terceiro possuidor de boa-fé, por ser parte 
passiva ilegítima diante do disposto no art. 1.212 do novo Código Civil. Contra 
o terceiro de boa-fé, cabe tão-somente a propositura de demanda de natureza 
real. 
• Se a transmissão for feita após a citação - coisa litigiosa, a boa-fé do 
terceiro não impede a evicção; 
o B) TEMPORARIEDADE - os vícios são temporários, em algum momento a posse deixa de 
ser injusta; 
▪ O caráter da posse não é alterado de maneira unilateral (1.203, CC). 
▪ SUPRESSIO e SURRECTIO; 
▪ JDC, Enunciado 237: É cabível a modificação do título da posse - interversio 
possessionis - na hipótese em que o até então possuidor direto (quem esbulhou e 
está na posse) demonstrar ato exterior e inequívoco de oposição ao antigo 
possuidor indireto, tendo por efeito a caracterização do animus domini. 
Interversão da posse 
 
• Alteração do caráter da posse (boa-fé ↔ má-fé; justa ↔ injusta); 
o Interversão/inversão não se confunde com a transmudação: Transmudação é a 
situação de não ser possuidor (detentor, por exemplo) e depois se tornar. 
o Conversão da posse justa em injusta deve ser analisada sob o viés objetivo: não restituição 
ao término do vínculo – a lesão nasce do comportamento;• Pode se dar por: 
o Relação jurídica entre o ex-possuidor e o esbulhador (compra do imóvel esbulhado); 
o Função social + omissão da vítima (abuso de direito por não exercer o direito de reaver a 
posse); 
• INTERVERSÃO DA POSSE PRECÁRIA (divergência doutrinária): 
o 1ª Corrente (RIZARDO, VENOSA, RODRIGUES): Não. 1) Posse precária é desprovida de 
animus domini e não convalesce. 2) Art. 1.208 do CC só previu em caso de violência e 
clandestinidade. 
o 2ª Corrente (ROSENVALD, MARCO AURÉLIO BEZERRA DE MELO, CJF - majoritária): Sim, 
quando houver interversão da posse. 
▪ Art. 1203 fala em “salvo prova em contrário” c/c Enunciado 237, JDC – ou seja, se 
houver prova de mudança do caráter da posse, é possível; 
• O ônus da prova da inversão (em injusta) é de quem alega (Princípio da 
manutenção do caráter da posse); 
▪ Interpretação sistemática do 1198, § único.: se admite-se a alteração da situação de 
detentor para possuidor – e a detenção é uma situação de posse degradada -, não há 
lógica em inadmitir a interversão em posse precária; 
▪ Interpretação do 1244 c/c 202, VI: o proprietário teve ciência e nada fez; 
▪ Teoria sociológica – inexistência de hierarquia entre posse e propriedade; 
▪ Requisitos: 
• Oposição clara e inequívoca do possuidor direto + Inércia do possuidor 
indireto; ou 
• Transcurso do tempo prolongado (REsp 154733); 
Tutela da Posse 
• Ações possessórias (1.210): medidas típicas; 
o Reintegração de posse: 
▪ Reintegração da posse = PEDIDO; Esbulho = CAUSA DE PEDIR (é o que deve ser 
provado); 
▪ Esbulho total ou parcial; 
▪ Esbulho de bem abandonado? Não há que se falar em esbulho quando o bem 
for abandonado; necessária a comprovação da atualidade da posse ao tempo do 
esbulho; 
▪ É possível o manejo de ação possessória sem prévio exercício da posse? 
SIM, nos casos de tradição ficta, com a inserção de cláusula de constituto 
possessório; 
▪ Ameaça de esbulho permite a autotutela da posse? não, a defesa deve ser 
judicial (manejo de interdito proibitório); 
o Manutenção de posse: 
▪ Turbação (incômodo e dificuldade no exercício da posse); 
▪ Manutenção = PEDIDO; Turbação = CAUSA DE PEDIR; 
o Interdito proibitório - ameaça; 
• Natureza dúplice – dado que o objetivo é a proteção da melhor posse, o juiz poderá conceder a 
posse tanto em favor do autor quanto do réu. 
o O problema é que o CC/02 não estabelece critérios para identificar a melhor posse, ao 
contrário do anterior – 507, p.u., CC/16 (posse documental ou, caso ninguém tivesse título, 
ficaria com o mais antigo); 
o Pela ótica da CF e pela lacuna do CC/02: Enunciado 239, CJF: Função social, sendo os 
critérios do CC/16 aplicáveis subsidiariamente no caso de “empate”; 
▪ Função social (Dignidade, direito fundamental de moradia, exercício da cidadania) + 
consolidação do direito em razão do tempo (surrectio) = posse JUSTA 
▪ “Interversão inversa” em decorrência da função social7: surgimento do vínculo em 
razão da sentença. 
• O procedimento da ação possessória: 
o Posse NOVA = rito especial: ajuizamento da ação em até um ano e dia após o esbulho/a 
turbação; 
o Posse VELHA = rito comum: ajuizamento da ação após um ano e dia após o esbulho/a 
turbação; 
• Instrução da PI: prova da posse do autor; prova de esbulho/turbação e da data da ocorrência; prova 
da manutenção ou da perda (561, CPC); 
o (Posse Nova) A ordem liminar de reintegração/manutenção pode ser determinada de ofício 
e deve ser concedida inaudita altera parte. Insuficiência de prova = Audiência de justificação; 
o (Posse velha) Ordem de reintegração/manutenção demanda prova dos requisitos de praxe 
da antecipação de tutela (probabilidade do direito e perigo da demora) – Enunciado 238, 
CJF; 
• Autotutela da posse: (1.210, §1º) exige imediatismo e moderação (proporcionalidade); 
o “Contanto que o faça logo” = conceito jurídico indeterminado; 
▪ 1ª corrente: Imediata no plano JURÍDICO – assim que o esbulhado tiver notícia. Tem 
base no 1.224; 
▪ 2ª Corrente: Imediata no plano FÁTICO – assim que o esbulho foi PRATICADO; 
• Enunciado 495 - entendida restritivamente, apenas como a reação imediata 
(após isso, só pela via judiciária) + Bezerra de Melo. 
o Cabível ainda que a posse seja injusta (em face de terceiro) e nos casos de detenção 
dependente – permissão/tolerância e fâmulo da posse (Enunciado 493) 
o Fundamentos: art. 1.208, 1.210 §1º e Enunciado 495, CJF; 
o Desforço necessário = retomada da posse esbulhada; 
o Legítima defesa = manutenção na posse turbada; 
• Juízo petitório (jus possidendi): 
o O juízo é petitório ou possessório em razão da natureza da demanda, não por opção do 
autor; 
o A posse é entregue a quem prova domínio – gira em torno da discussão e prova do direito 
real DO AUTOR x Caráter injusto do poder DO RÉU sobre o objeto; 
o Enunciado 79, JDC e art. 557, CPC – fim da exceção de domínio em juízo possessório; 
o Reivindicação de posse e imissão na posse – na primeira, o autor pretende ver reconhecida 
a propriedade. Na segunda, o objetivo é o reconhecimento do direito de posse; 
o Por ser uma decorrência do direito real (reivindicar), a legitimidade ad causam é AMPLA 
(Enunciado 80, JDC); 
▪ A possessória, por outro lado, não pode ser ajuizada em face do terceiro de boa-fé, 
por ex.; 
▪ A análise probatória do juízo petitório é mais simples: prova de propriedade e injustiça 
da posse. 
 
De acordo com os vícios subjetivos 
 
• Posse de BOA ou MÁ-FÉ; 
• Reflete nos demais efeitos; 
 
7 Interversão é quem tinha a posse direta e passa a ter animus domni: a inversa é a pessoa que tinha animus domni passar a ter posse 
direta; 
• Critério subjetivo (Concepção PSICOLÓGICA): é de boa-fé o possuidor que ignora o vício 
objetivo; 
o Concepção moderna (Concepção ética): ignorar o vício + boa-fé objetiva; 
• Erro de direito justifica a posse de boa-fé? (Ex.: não saber que invadir é proibido) 
o SIM – aplicação analógica do inciso III do art. 139, CC; 
o NÃO – art. 3º da LINDB; 
• Interversão: 
o É possível que um possuidor de boa-fé se torne de má-fé: geralmente, por meio da citação 
válida ou interpelação judicial; 
o Os desdobramentos da boa-fé (direito à indenização por benfeitorias, frutos etc) permanecem 
até o momento que a posse passa a ser de má-fé8; 
o Com o trânsito em julgado, se a sentença for: 
▪ Desfavorável ao possuidor – todo aquele tempo de trâmite judicial (a partir da 
DISTRIBUIÇÃO) não será contado para fins de usucapião; 
▪ Favorável ao possuidor – todo aquele tempo de trâmite judicial será contado para 
fins de usucapião; 
• Justo título - acarreta a presunção relativa de boa-fé; 
o Título justo (o que realmente tem aptidão de transmitir domínio) x Justo título (documento que 
é apto a induzir a crença9 de que a aquisição foi justa – Enunciado 303, CJF): 
• Efeitos da posse: 
 BOA-FÉ MÁ-FÉ 
Percepção de 
Frutos 
Tem direito aos percebidos e às despesas de 
produção e custeio em relação aos pendentes e 
aos percebidos por antecipação10 
Tem direito às despesas de 
produção e custeio 
Deve devolver os pendentes e antecipadamente 
colhidos, abatido o custo de despesas 
Responde pelos colhidos, 
percebidos e pelos que deixou de 
perceber (percipiendos) por culpa 
Responsabilizaçã
o por danos 
Só responde por aquilo que deu causa (subjetiva - 
dolo ou culpa) 
Responde de forma objetiva; 
A única defesa é provar que o dano 
teria acontecido ainda se o bem 
estivesse com o reivindicante 
Direito à 
indenização por 
benfeitorias 
Úteis e necessárias; 
Tem direito de levantar as voluptuárias (se não 
causar prejuízo à coisa) ou ser indenizado – mas 
não permitem a retenção 
Enunciado 81 (CJF): O direito de retenção previsto 
no art. 1.219 do CC, decorrente da realização de 
benfeitorias necessárias e úteis, também se aplica 
às acessões (construções e plantações) nas 
mesmas circunstâncias. 
A indenização depende de PEDIDO EXPRESSO 
(Info680/STJ, 2020) 
 Valor ATUAL da benfeitoria 
Necessárias SOMENTE 
O reivindicante pode optar: valor 
atual ou valor de custo (obrigação 
alternativa) 
Direito de 
Retenção 
SIM NÃO 
 
 
8 Ex.: Todas as benfeitorias úteis realizadas durante a posse de boa-fé seguem o regime da boa-fé, ou seja, permitem o direito de 
retenção e devem ser indenizadas; 
9 Crença observada na perspectiva da pessoa que recebeu o título (análise subjetiva) 
10 Ex.: Um possuidor injusto de boa-fé recebe um ano de aluguel adiantado, mas é citado em junho – do dia da citação em diante, o 
valor dado a título de adiantamento pertence ao reivindicante. 
• Compensação de Benfeitorias x Danos: ( caso raro de compensação legal) art. 1.221, CC - As 
benfeitorias compensam-se com os danos, e só obrigam ao ressarcimento se ao tempo da 
evicção ainda existirem. 
 
Outras qualificações 
 
• Ad interdicta e ad usucapionem: 
o Ad interdicta - pode ser protegida por interditos possessórios, mas não permite a aquisição 
por usucapião; posse decorrente de relação jurídica prévia; 
o Ad usucapionem - além de permitir a tutela pela via possessória, é passível de ser usucapida; 
• Posse civil x natural: 
o Civil - decorre de relação jurídica (obrigacional ou real); implica desdobramento ou 
transmissão de posse; 
▪ O que eventualmente se discute não é a posse, mas a relação jurídica da qual a posse 
é derivada; 
▪ A posse sempre será acompanhada de uma questão prejudicial; 
▪ O título que fundamenta a posse apenas transmite o direito à posse, não a posse 
propriamente dita: é necessário o exercício de poderes no mundo dos fatos - o título 
apenas legitima o início dos atos possessórios; 
o Natural ou Autônoma - aquisição originária, nenhuma relação entre o possuidor anterior e 
atual; 
• Constituto possessório: mudança do título que fundamenta a situação fática, mas esta permanece 
inalterada; 
o Transferência da posse no mundo jurídico e manutenção da situação fática (que pode ser por 
meio de detenção ou desdobramento posse);

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