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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE FÍSICA DISCIPLINA: FÍSICA II EXPERIMENTAL TURMA 04 1º SEMESTRE DE 2022 TÍTULO: MOVIMMENTO ONDULATORIO: PÊNDULO DATA DA REALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO: 11 DE JULHO DE 2022 GRUPO 4 ALUNOS: Rafael Alves de Souza Santos – 211034399 Wesley Teixeira Sabino – 211043360 1. Objetivo Observar e analisar o movimento ondulatório de um pêndulo, e as condições nas quais este se comporta como um pêndulo simples. Analisar matematicamente a graficamente o comportamento deste sob diversas condições. 2. Introdução teórica O tema apresentado nesse experimento será o movimento ondulatório de um pêndulo simples. No estudo das ondas, a parte da física que se interessa ao estudar as ondas é conhecida como movimento harmônico simples, ou MHS, que trata das oscilações. Os movimentos oscilatórios são aqueles que se repetem em intervalos regulares ou indefinidos e esses movimentos são encontrados facilmente no nosso dia-a-dia por exemplo (de uma corda de violão.), esses movimentos oscilatórios realizam movimentos de vaivém em torno de uma posição de equilíbrio, sendo caracterizados por um período e por uma frequência. E a frequência é o número de oscilações na unidade de tempo. Um dos primeiros fenômenos oscilatórios que se tem conhecimento é o comportamento do pêndulo. Um pêndulo tem uma importância para os seres humanos, usado como parâmetro de medição no Sistema Internacional de Medidas (SI). O pêndulo tem seu comportamento descrito como um movimento harmônico simples, ou seja, é o movimento executado por uma partícula sujeita a uma força de módulo proporcional ao deslocamento da partícula e orientada no sentido oposto, existe uma força de restauração, que cresce enquanto se afasta de uma determinada posição e aponta sempre em direção a essa posição, conhecida como posição de equilíbrio, e a força cresce proporcionalmente com a distância de afastamento da posição de equilíbrio. No caso do pêndulo, a variável que oscila é o ângulo θ em torno da linha vertical e sobre o corpo que está oscilando atuam a força peso e a tensão da corda que o sustenta por isso seu estudo se torna tão importante. O experimento utilizara duas equações para que sejam feitas as analises, a equação (1) de onde se deduz que o período de um pêndulo simples no limite de pequenas amplitudes, não depende da amplitude, e a equação (2), que demonstra a dependência do período com a amplitude. 𝑇 = 2𝜋√ 𝐿 𝑔 (1) 𝑇 = 2𝜋√ 𝐿 𝑔 (1 + 1 4 sin2 ( 𝜃 2 ) + ⋯ . ) (2) Usaremos ao registrar e manipular os dados obtidos a equação (3), para a propagação de erros em soma; (4) e (5), para a propagação de erros em multiplicação e divisão, respectivamente; (6), para a propagação de erros em multiplicação por número inteiro e (7), em uma função arbitrária. A+B=A+B±(ΔA+ΔB) (3) A×B=A×B±(ΔA×B+ΔB×A) (4) AB=A÷B±(ΔA×B+ΔB×A) /B2 (5) A×C=A×B±(C×ΔA) (6) F(A)=F(A)±(FΔA=∣∣∣dFdΔA∣∣∣) (7) 3. Material Utilizado • Pêndulo físico com uma massa acoplado a sensor de ângulo; • Sensor de movimento rotativo PASCO PASPORT; • Software de aquisição de dados PASCO Capstone; • Computador; • Balança de precisão; • Régua milimetrada. 4. Procedimentos experimentais • Parte 1: Medindo o angulo de oscilação do pêndulo simples. A primeira parte do experimento foi feita por meio de um de programa chamado "PASCO Capstone", onde permite ao computador fazer uma leitura da posição angular do pêndulo (em radianos), para iniciar o experimento utilizamos um pêndulo de massa 0,347kg e um corda não elástica de tamanho 90cm para segurar o pêndulo. O procedimento feito no primeiro momento foi para analisar o efeito do grau de amplitude θ no período de oscilação T. Para realizar essa etapa foram examinados os períodos quando as amplitudes variando com o tempo repetindo esse procedimento até a amplitude diminuir, e ficar menor que 5◦, com as demais grandezas se mantendo constante nos valores de 90cm (comprimento da haste), 0,347kg (massa do pêndulo). Foram feitas algumas médias até que essa a amplitude fique menor que 5° coletando os valores que o software nos fornecia, foi possível fazer o esboço do gráfico e comparar os coeficientes proporcionados pelo gráfico com os valores esperados para o período T. que são fornecidos pela equação (8). 𝑇0 = 2𝜋√ 𝐿 𝑔 (8) No segundo momento do experimento foi feito para estudar o efeito da variação do comprimento do pêndulo L no período de oscilação T. Nesse momento do experimento as medições do período foram realizadas com os valores 0,87, 0,80, 0,73, 0,67, 0,60, 0,54, 0,48, 0,41, 033, 0,26, ,019, 0,15, 0,056 metros para o comprimento, os valores de amplitude, massa se mantiveram constante. Tanto essa etapa da primeira parte como a anterior foi utilizado o software "PASCO Capstone" disponibilizado pelo laboratório para medir os períodos de oscilação. 5. Dados experimentais O primeiro procedimento teve como objetivo analisar o efeito da amplitude no período de oscilação do pêndulo, assim foram feitas 9 medições pelo programa PASCO, iniciando a contagem com a amplitude de 45°, e sendo feitas novas medições de 5° em 5° até a um mínimo de 5° de amplitude. As medições feitas pelo programa envolveram as duas seguintes equações, (9) e (10), calculadas automaticamente pelo computador, e que forneceram os seguintes dados: Período, amplitude, velocidade angular, o ângulo de fase 𝜑 , e a constante C. Porém, para efeito do objetivo deste relatório, somente o período e a amplitude serão utilizados e descritos. Assim a tabela 1 abaixo fornece os dados calculados pelo programa de acordo com a variação da amplitude. O erro experimental também foi calculado automaticamente pelo programa. 𝐴 × 𝑆𝑒𝑛(𝑤𝑡 + 𝜑) + 𝐶 (9) (𝐴° × 𝜋 180 ) × 𝐶𝑜𝑠 (( 2𝜋 𝑇 ) × 𝑡 + 𝜑) + 𝐶 (10) Tabela 1: Período em função da variação da amplitude Amplitude (°) Período (Hz) 45,3 ± 0,05 1,95 ± 2,2e-4 40,7 ± 0,04 1,94 ± 2,3e-4 33,6 ± 0,06 1,92 ± 3,6e-4 32,6 ± 0,04 1,91 ± 2,4e-4 22,9 ± 0,07 1,89 ± 5,9e-4 17,5 ± 0,005 1,88 ± 6,0e-5 15,4 ± 0,004 1,88 ± 5,8e-5 11,1 ± 0,003 1,88 ± 5,6e-5 4,68 ± 0,006 1,87 ± 2,5e-4 Para o segundo procedimento, que objetiva avaliar se a distância entre a massa e o eixo do pêndulo influenciam no período deste. A massa neste, de 0,347 kg, foi tendo a posição trocada, aproximando esta do eixo gradativamente, e tendo as medições feitas pelo programa PASCO, com amplitude 5° e o cálculo da equação (10) do procedimento anterior sendo realizados. Assim na tabela 2 encontram-se os valores da distância entre a massa e o eixo do pêndulo, e os valores para o período. Tabela 2: Distância da massa para o eixo do pêndulo em relação com a velocidade angular Distância para o eixo de pêndulo (m) Período (Hz) 0,87 1,88 ± 1,4e-3 0,80 1,81 ± 7,9e-4 0,73 1,74 ± 1,0e-3 0,67 1,67 ± 9,8e-5 0,6 1,59 ± 3,6e-4 0,54 1,52 ± 2,3e-4 0,48 1,44 ± 2,2e-4 0,41 1,35 ± 3,8e-4 0,33 1,25 ± 2,0e-4 0,26 1,16 ± 9,4e-5 0,19 1,08 ± 1,2e-4 0,15 1,03 ± 1,5e-4 0,056 1,09 ± 2,6e-4 Erro instrumental distância: 0,0005m 6. Análise de dados Para o primeiro procedimento, que visa demostrar que o período e amplitude são proporcionais e provar a veracidade da equação (2), foi montado um gráfico do período em função do seno ao quadrado da metade da amplitude, gráfico (1), com os valores dados na tabela 3. Para os cálculos de erros experimentais foram utilizadas as equações (4), (5), (7). Tabela 3: valores para a confecção do gráfico Período (Hz) Sen2(𝜃 /2) (Rad) 1,95 ± 2,2e-4 0,1483 ± 2e-5 1,94 ± 2,3e-4 0,1211 ± 2e-5 1,92 ± 3,6e-4 0,0834 ± 2e-5 1,91 ± 2,4e-4 0,0788 ± 1e-5 1,89 ± 5,9e-4 0,0395 ± 2e-5 1,88 ± 6,0e-5 0,0232 ± 2e-5 1,88 ± 5,8e-5 0,0178 ± 2e-5 1,88 ± 5,6e-5 0,0094 ± 2e-5 1,87 ± 2,5e-4 0,0017 ± 2e-5 Gráfico 1: Período em função do seno ao quadrado da metade da amplitudeFonte: Confeccionado pelo autor (2022) Para verificar a equação (2), o coeficiente angular obtido no gráfico tem de se aproximar do valor de um quarto da equação (8). O valor deste foi de 0,4678. No segundo procedimento, com objetivo de observar o efeito que a distância da massa para o eixo do pêndulo afeta no período deste, foi confeccionado um gráfico de período em função da raiz quadrática da distância para o eixo, para analisarmos se este obedece a equação (1). O gráfico 2 encontra-se abaixo. Gráfico 2: Período em função da raiz quadrada da distância Fonte: Confeccionada pelo autor (2022) 7. Conclusão A partir dos objetivos propostos, no experimento esperou-se avaliar a equação (2), e o comportamento do pêndulo com a variação da posição da massa, e se este obedecia a equação (x). Para o primeiro procedimento observamos que por meio do gráfico 1, o coeficiente angular deste se aproxima do resultado esperado, apesar de não ser acurado. Porém devido a variação das leituras não sendo de 5°, com algumas leituras sendo feitas com variações muito diferentes, isso pode ter causado esta diferença entre o resultado esperado, e o obtido graficamente. Para o segundo experimento foi possível observar que com a variação da distância entre a massa e o eixo, o período cresce proporcionalmente. Assim é possível dizer que este comportamento não previsto pela equação (1). Segundo está o coeficiente angular seria de 2π/√𝑔. Aproximadamente 2. Este erro pode ocorrer devido a amplitude baixa para a qual esta equação é válida, assim sendo difícil de fazer as medições na amplitude correta. 8. Referências Fundamentos de física, volume 1: mecânica / David Halliday , Robert Resnick , Jearl Walker; tradução Ronaldo Sérgio de Biasi. – 10. ed. – Rio de Janeiro: LTC, 2016
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