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Assistente de Faturamento - Módulo 2 - Qualificar ES

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ASSISTENTE DE FATURAMENTO
MÓDULO 2
A nota fiscal nada mais é que o registro de uma transação comercial. 
Neste documento deve constar as principais informações de quem 
está vendendo e comprando nessa transação, tal como o nome da 
empresa, CNPJ, descrição do produto ou serviço vendido, valor unitário, 
valor total e as tributações incididas em cima daquela venda.
A estrutura de uma Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) comporta as seguintes 
informações:
Informações Gerais da NF-e
- Data em que foi emitida
- Identificação da NF-e [número de série e número da NF-e]
- QR Code
Informações do Emitente (ou Prestador de Serviços)
- CNPJ
Olá, cursista!
Neste segundo módulo você aprenderá o conceito 
geral de Nota Fiscal, especificações e seus tipos, 
visando assim desenvolver o correto trabalho para o 
funcionamento eficaz das empresas; irá conhecer e 
aprender a diferenciar os conceitos de Receita, 
Faturamento e Lucro, aplicando assim de forma 
correta seus cálculos.
Ao final deste módulo você estará apto para:
• Desenvolver/emitir a Nota Fiscal;
• Desempenhar atividades diárias para crescimento 
da receita, faturamento e lucro exigidas na função e 
juntamente desenvolver os cálculos de cada um.
• Buscar continuamente o crescimento/lucro 
empresarial de forma correta e eficaz.
Bons estudos!
- Inscrição Municipal
- Razão Social / Nome Fantasia
- Endereço
- Município / UF
- E-mail
Informações do Recebedor 
- CNPJ
- Inscrição Municipal
- Razão Social / Nome Fantasia
- Endereço
- Município / UF
- E-mail
Dados Complementares
- Município em que o serviço foi prestado
- Regime de Tributação
- Código de Serviço (Ex: 17.19 – Contabilidade, inclusive serviços 
técnicos e auxiliares)
- CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) (Ex: 
6920601 – Atividades de Contabilidade)
Discriminação dos Serviços
- Espaço para descrever o que foi vendido
Ex: Última parcela do serviço de assessoria contábil para o Projeto X
Valores da NF-e
- Valor do Serviço
- Valor Líquido da Nota
Impostos
- Base de Cálculo
- Deduções
Ao efetuar uma venda, é preciso recolher impostos que serão 
repassados ao Município, ao Estado ou a União, como vimos no 
módulo anterior. Alguns impostos incidem em todas as vendas, 
independentemente do tipo do item que está sendo comercializado, 
e outros são exclusivos, dependendo do produto/serviço que está 
sendo vendido.
A utilização da nota fiscal é uma maneira do governo assegurar que 
os impostos ou taxas de tributos estejam sendo computados e 
coletados da maneira correta. Para assegurar a arrecadação e a 
fiscalização é cada vez mais frequente a utilização de diversos tipos 
de nota fiscal eletrônica (MENDES, 2015).
 De acordo com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a sonegação fiscal gira 
em torno de 500 bilhões ao ano. Uma quantia que poderia garantir 
ajuste fiscal, estímulo da economia e diminuição dos tributos.
Desse modo, emitir a nota fiscal é o meio legalmente aprovado para 
registrar as operações efetivas de uma organização. Ela é uma 
obrigação legal prevista na lei 8.846/94. Vale destacar que Nota Fiscal é um 
documento brasileiro de fiscalização, expedido para registrar todas 
as transações de compra e venda de produtos, transferência de bens 
e prestação de serviços.
Lembre-se que, ao realizar qualquer operação comercial, a recusa em 
sua emissão caracteriza crime de sonegação fiscal.
Desse modo, a tecnologia se alia ao negócio para aumentar a 
produtividade e trazer segurança. Pensando nisso, é essencial o uso 
da Nota Fiscal Eletrônica, seja ela de produto ou serviço.
Emitir corretamente a Nota Fiscal eletrônica traz as seguintes 
vantagens para o vendedor, comprador, sociedade e administração 
tributária, segundo Mendes (2015):
Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e)
- Redução de custos de impressão;
- Redução de custos de aquisição de papel;
- Redução de custos de envio do documento fiscal;
- Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais;
- Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de 
Fronteira.
Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e)
- Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de 
mercadorias;
- Planejamento de logística de entrega por conta da recepção 
antecipada da informação da NF-e;
- Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de 
notas fiscais.
Benefícios para a Sociedade
- Redução do consumo de papel, com impacto ecológico;
- Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias;
- Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas.
Benefícios para as Administrações Tributárias
- Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal;
- Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor 
intercâmbio e compartilhamento de informações com o fisco;
- Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação.
Agora que já visualizamos as vantagens de se emitir uma Nota Fiscal 
Eletrônica, vamos então conhecer os tipos de notas fiscais existentes, 
essenciais para que o assistente de faturamento consiga realizar o 
seu trabalho com tranquilidade e eficiência.
NF-e (Nota Fiscal Eletrônica de Produtos ou Mercadorias)
Esse documento substitui o modelo tradicional. É a versão digital, 
emitida e armazenada eletronicamente. A NF-e limita-se a registrar a 
venda de produtos físicos, com cobrança de  ICMS  (Imposto sobre 
Circulação de Mercadoria e Serviços) e  IPI (Imposto sobre Produtos 
Industrializados) e deve ser expedido junto às Secretarias Estaduais da 
Fazenda.
Utilizada sempre em casos de circulação de mercadorias, 
geralmente este tipo de nota fiscal é usado entre pessoas jurídicas.
Ao emitir a NF-e para o comprador, para atestar a operação, a empresa 
deve  enviar um Documento Auxiliar da Nota Fiscal (DANFE) junto com o 
produto, o qual veremos detalhadamente mais adiante.
NFS-e (Nota Fiscal Eletrônica de Serviços)
Como vimos, a NF-e foi desenvolvida para recolher tributos para o 
Estado. No entanto, temos um imposto em particular que é 
repassado ao município, visto no módulo anterior, chamado de 
Imposto Sobre o Serviço, ou simplesmente ISS. Como o próprio nome diz, 
este imposto é destinado apenas aos prestadores de serviços, para 
isso, desenvolveu-se a NFS-e.
A NFS-e é um documento fiscal digital necessário para confirmação de 
prestação de serviço de uma empresa para outra ou para pessoa física. 
Esse modelo de nota deve ser expedido junto à prefeitura em que está 
registrado o CNPJ da empresa prestadora de serviço.
A NFS-e se diferencia por necessitar apenas da Inscrição Municipal, que 
gera o DANFSE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica) e tem 
como característica ser um modelo mais flexível.
Esse modelo é usado para serviços de assinatura, produtos digitais, 
como livros eletrônicos, cursos on-line, entre outros. Ou seja, é 
emitida por qualquer operadora de serviço, como creches, hotéis, 
academias e afins.
NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica)
A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica é a versão digital do Cupom Fiscal, sendo 
emitida apenas quando o comprador é uma Pessoa Física. Supondo que 
um funcionário vá ao supermercado, representando a Pessoa Jurídica 
em que trabalha, e ao efetuar uma compra receba uma NFC-e ou Cupom 
Fiscal (que não tem importância alguma para Pessoa Jurídica), é 
necessário que o funcionário se dirija ao guichê do supermercado e 
solicite uma NF-e, para a empresa conseguir registrar legalmente 
aquela transação que ocorreu entre pessoas jurídicas.
A NFC-e é bastante utilizada pelo varejo para documentar as vendas 
realizadas para pessoas físicas. Como dito, caso a transação ocorra 
com uma pessoa jurídica, é preciso, além da NFC-e, emitir uma NF-e.
Nota Fiscal Complementar
Documento emitido para corrigir quantidade de mercadoria ou valor 
de imposto inferior ao correto. A nota fiscal complementar deve 
explicar o motivo dessa diferença nas seguintes situações:
 • Reajuste de preços ou aumento do valor original do serviço ou do 
produto;
 •Variação na cotação da moeda em exportações;
 • Erro no lançamento.
No final, a nota fiscal “original” somada à nota fiscal complementar 
deve representar a operação correta, em quantidade e valor do 
produto e impostos pagos. 
Por exemplo, imagine que determinada empresa vendeu 20 unidades 
de um produto, mas, ao preencher a nota, registrou apenas 12. Nessa 
situação, é preciso emitir uma nota complementar, a fim de 
acrescentar os itens que faltam e pagar os impostos que não 
constaram na nota fiscal “original”. 
Nota Fiscal Denegada
Trata-se de um documento gerado quando for constatado que 
existem irregularidades fiscais de uma das partes envolvidas na 
transação. 
Uma nota fiscal é denegada quando:
 • O emitente está irregular;
 • O destinatário está irregular;
 • O destinatário não está habilitado para realizar transações no estado. 
DICA: É preciso ter atenção com uma nota fiscal denegada, pois a sua 
numeração não poderá ser mais utilizada. 
Nota Fiscal Avulsa (NFA-e)
A Nota Fiscal Avulsa Eletrônica é a alternativa utilizada por MEIs que não 
fazem vendas com frequência e precisam documentar uma venda. A 
NFA-e  é um comprovante  voltado para empresas que  não  realizam 
vendas com frequência, ou para aqueles que não têm como uma de 
suas obrigações a emissão da Nota Fiscal de Produto (NF-e) e de Serviço 
Eletrônica (NFS-e).
Diante disso, tomamos como exemplo as atividades de micro e 
pequenas empresas, profissionais autônomos (sem CNPJ) e o 
Microempreendedor Individual (MEI). 
Para exemplificar, vamos imaginar a seguinte situação:
Determinado microempreendedor realiza um total de duas vendas 
por mês para uma pessoa jurídica. Esta pessoa jurídica exige a 
emissão de uma nota fiscal para legitimar a transação. Diante dessa 
situação, a NFA-e aparece como a solução do MEI que não emite notas 
fiscais. A NFA-e pode ser emitida pelo MEI no site da Secretaria da Fazenda 
(Sefaz).
DICA: A Nota Fiscal Avulsa também pode ser gerada em papel, não apenas 
no formato eletrônico. Entretanto, a decisão final é estabelecida pela 
legislação estadual ou municipal, responsável por fazer essa 
regulamentação.
Para melhor compreensão, vamos ver como funciona a tributação 
na prática.
A Indústria de Sorvetes Kaskata Ltda, localizada no Espírito Santo, vendeu 
350 caixas de sorvetes para uma lanchonete, ao preço total de R$ 
2.250,00. Sabemos que a alíquota do ICMS no estado do Espírito Santo 
é de 17%, enquanto a alíquota do IPI do sorvete é de 5%.
Vamos calcular o valor dos impostos para saber o valor final da nota 
fiscal dessa venda.
Para calcular o ICMS é preciso encontrar os 17% da alíquota em cima 
do valor da venda (2250,00).
17% de 2250,00 = 382,50
O mesmo deve ser feito para encontrar os 5% referentes ao IPI.
5% de 2250,00 = 112,50
Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é:
2250,00 (sorvete) + 382,50 (ICMS) + 112,50 (IPI) = R$ 2.745,00
Desses R$ 2.745,00, R$ 382,50 vão ser destinados ao Estado e R$ 
112,50 serão recolhidos pela União.
Para fixar de vez, vamos ver um exemplo de tributação agora na 
venda de um serviço.
Vamos supor que uma loja de eletroeletrônicos, localizada no 
município de Vitória/ES, tenha realizado uma venda de um 
ar-condicionado no valor de R$ 1.200,00 e um celular no valor de R$ 
700,00. A loja cobra R$ 100,00 pela instalação do ar-condicionado.
Sabemos que a alíquota do ICMS no Espírito Santo é de 17% e o a do ISS 
é de 5% no município de Vitória. Com essas informações, 
conseguimos calcular o valor fiscal da nota fiscal que será emitida 
pelo faturamento da loja.
Primeiro, vamos calcular quanto incidirá de ICMS nessa venda. Para 
isso, vamos tirar 17% (alíquota ICMS) de R$ 1.900,00 (ar-condicionado 
+ celular):
17% de 1900 = R$ 323,00
Agora, para descobrir quanto de ISS será recolhido, é preciso calcular 
5% (alíquota ISS) de R$ 100,00 (serviço prestado):
5% de 100 = R$ 5,00
Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é o somatório de 
todos os serviços e produtos vendidos mais os impostos de cada um 
deles.
1900,00 (ar-condicionado + celular) + 100,00 (serviço de instalação) 
+ 323,00 (ICMS) + 5,00 (ISS) = R$ 2.328,00
Do valor total da nota de R$ 2.328,00, o Estado irá recolher R$ 323,00 
pelo produto vendido e o Município vai recolher R$ 5,00 pelo serviço 
prestado.
Vale a pena lembrar e fixar que o ICMS é o imposto referente a venda 
de produtos e o ISS é o imposto referente a prestação de serviços.
Estudando esse exemplo vimos uma palavra nova e muito comum 
na vida de um faturista: receita. Vamos então compreender melhor 
do que se trata, suas características e variações.
2
Nota Fiscal
A nota fiscal nada mais é que o registro de uma transação comercial. 
Neste documento deve constar as principais informações de quem 
está vendendo e comprando nessa transação, tal como o nome da 
empresa, CNPJ, descrição do produto ou serviço vendido, valor unitário, 
valor total e as tributações incididas em cima daquela venda.
A estrutura de uma Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) comporta as seguintes 
informações:
Informações Gerais da NF-e
- Data em que foi emitida
- Identificação da NF-e [número de série e número da NF-e]
- QR Code
Informações do Emitente (ou Prestador de Serviços)
- CNPJ
Fonte: Freepik
- Inscrição Municipal
- Razão Social / Nome Fantasia
- Endereço
- Município / UF
- E-mail
Informações do Recebedor 
- CNPJ
- Inscrição Municipal
- Razão Social / Nome Fantasia
- Endereço
- Município / UF
- E-mail
Dados Complementares
- Município em que o serviço foi prestado
- Regime de Tributação
- Código de Serviço (Ex: 17.19 – Contabilidade, inclusive serviços 
técnicos e auxiliares)
- CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) (Ex: 
6920601 – Atividades de Contabilidade)
Discriminação dos Serviços
- Espaço para descrever o que foi vendido
Ex: Última parcela do serviço de assessoria contábil para o Projeto X
Valores da NF-e
- Valor do Serviço
- Valor Líquido da Nota
Impostos
- Base de Cálculo
- Deduções
Ao efetuar uma venda, é preciso recolher impostos que serão 
repassados ao Município, ao Estado ou a União, como vimos no 
módulo anterior. Alguns impostos incidem em todas as vendas, 
independentemente do tipo do item que está sendo comercializado, 
e outros são exclusivos, dependendo do produto/serviço que está 
sendo vendido.
A utilização da nota fiscal é uma maneira do governo assegurar que 
os impostos ou taxas de tributos estejam sendo computados e 
coletados da maneira correta. Para assegurar a arrecadação e a 
fiscalização é cada vez mais frequente a utilização de diversos tipos 
de nota fiscal eletrônica (MENDES, 2015).
 De acordo com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a sonegação fiscal gira 
em torno de 500 bilhões ao ano. Uma quantia que poderia garantir 
ajuste fiscal, estímulo da economia e diminuição dos tributos.
Desse modo, emitir a nota fiscal é o meio legalmente aprovado para 
registrar as operações efetivas de uma organização. Ela é uma 
obrigação legal prevista na lei 8.846/94. Vale destacar que Nota Fiscal é um 
documento brasileiro de fiscalização, expedido para registrar todas 
as transações de compra e venda de produtos, transferência de bens 
e prestação de serviços.
Lembre-se que, ao realizar qualquer operação comercial, a recusa em 
sua emissão caracteriza crime de sonegação fiscal.
Desse modo, a tecnologia se alia ao negócio para aumentar a 
produtividade e trazer segurança. Pensando nisso, é essencial o uso 
da Nota Fiscal Eletrônica, seja ela de produto ou serviço.
Emitir corretamente a Nota Fiscal eletrônica traz as seguintes 
vantagens para o vendedor, comprador, sociedade e administração 
tributária, segundo Mendes (2015):
Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e)
- Redução de custos de impressão;
- Redução de custos de aquisição de papel;
- Redução de custos de envio do documento fiscal;
- Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais;
- Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de 
Fronteira.Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e)
- Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de 
mercadorias;
- Planejamento de logística de entrega por conta da recepção 
antecipada da informação da NF-e;
- Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de 
notas fiscais.
Benefícios para a Sociedade
- Redução do consumo de papel, com impacto ecológico;
- Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias;
- Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas.
Benefícios para as Administrações Tributárias
- Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal;
- Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor 
intercâmbio e compartilhamento de informações com o fisco;
- Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação.
Agora que já visualizamos as vantagens de se emitir uma Nota Fiscal 
Eletrônica, vamos então conhecer os tipos de notas fiscais existentes, 
essenciais para que o assistente de faturamento consiga realizar o 
seu trabalho com tranquilidade e eficiência.
NF-e (Nota Fiscal Eletrônica de Produtos ou Mercadorias)
Esse documento substitui o modelo tradicional. É a versão digital, 
emitida e armazenada eletronicamente. A NF-e limita-se a registrar a 
venda de produtos físicos, com cobrança de  ICMS  (Imposto sobre 
Circulação de Mercadoria e Serviços) e  IPI (Imposto sobre Produtos 
Industrializados) e deve ser expedido junto às Secretarias Estaduais da 
Fazenda.
Utilizada sempre em casos de circulação de mercadorias, 
geralmente este tipo de nota fiscal é usado entre pessoas jurídicas.
Ao emitir a NF-e para o comprador, para atestar a operação, a empresa 
deve  enviar um Documento Auxiliar da Nota Fiscal (DANFE) junto com o 
produto, o qual veremos detalhadamente mais adiante.
NFS-e (Nota Fiscal Eletrônica de Serviços)
Como vimos, a NF-e foi desenvolvida para recolher tributos para o 
Estado. No entanto, temos um imposto em particular que é 
repassado ao município, visto no módulo anterior, chamado de 
Imposto Sobre o Serviço, ou simplesmente ISS. Como o próprio nome diz, 
este imposto é destinado apenas aos prestadores de serviços, para 
isso, desenvolveu-se a NFS-e.
A NFS-e é um documento fiscal digital necessário para confirmação de 
prestação de serviço de uma empresa para outra ou para pessoa física. 
Esse modelo de nota deve ser expedido junto à prefeitura em que está 
registrado o CNPJ da empresa prestadora de serviço.
A NFS-e se diferencia por necessitar apenas da Inscrição Municipal, que 
gera o DANFSE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica) e tem 
como característica ser um modelo mais flexível.
Esse modelo é usado para serviços de assinatura, produtos digitais, 
como livros eletrônicos, cursos on-line, entre outros. Ou seja, é 
emitida por qualquer operadora de serviço, como creches, hotéis, 
academias e afins.
NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica)
A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica é a versão digital do Cupom Fiscal, sendo 
emitida apenas quando o comprador é uma Pessoa Física. Supondo que 
um funcionário vá ao supermercado, representando a Pessoa Jurídica 
em que trabalha, e ao efetuar uma compra receba uma NFC-e ou Cupom 
Fiscal (que não tem importância alguma para Pessoa Jurídica), é 
necessário que o funcionário se dirija ao guichê do supermercado e 
solicite uma NF-e, para a empresa conseguir registrar legalmente 
aquela transação que ocorreu entre pessoas jurídicas.
A NFC-e é bastante utilizada pelo varejo para documentar as vendas 
realizadas para pessoas físicas. Como dito, caso a transação ocorra 
com uma pessoa jurídica, é preciso, além da NFC-e, emitir uma NF-e.
Nota Fiscal Complementar
Documento emitido para corrigir quantidade de mercadoria ou valor 
de imposto inferior ao correto. A nota fiscal complementar deve 
explicar o motivo dessa diferença nas seguintes situações:
 • Reajuste de preços ou aumento do valor original do serviço ou do 
produto;
 • Variação na cotação da moeda em exportações;
 • Erro no lançamento.
No final, a nota fiscal “original” somada à nota fiscal complementar 
deve representar a operação correta, em quantidade e valor do 
produto e impostos pagos. 
Por exemplo, imagine que determinada empresa vendeu 20 unidades 
de um produto, mas, ao preencher a nota, registrou apenas 12. Nessa 
situação, é preciso emitir uma nota complementar, a fim de 
acrescentar os itens que faltam e pagar os impostos que não 
constaram na nota fiscal “original”. 
Nota Fiscal Denegada
Trata-se de um documento gerado quando for constatado que 
existem irregularidades fiscais de uma das partes envolvidas na 
transação. 
Uma nota fiscal é denegada quando:
 • O emitente está irregular;
 • O destinatário está irregular;
 • O destinatário não está habilitado para realizar transações no estado. 
DICA: É preciso ter atenção com uma nota fiscal denegada, pois a sua 
numeração não poderá ser mais utilizada. 
Nota Fiscal Avulsa (NFA-e)
A Nota Fiscal Avulsa Eletrônica é a alternativa utilizada por MEIs que não 
fazem vendas com frequência e precisam documentar uma venda. A 
NFA-e  é um comprovante  voltado para empresas que  não  realizam 
vendas com frequência, ou para aqueles que não têm como uma de 
suas obrigações a emissão da Nota Fiscal de Produto (NF-e) e de Serviço 
Eletrônica (NFS-e).
Diante disso, tomamos como exemplo as atividades de micro e 
pequenas empresas, profissionais autônomos (sem CNPJ) e o 
Microempreendedor Individual (MEI). 
Para exemplificar, vamos imaginar a seguinte situação:
Determinado microempreendedor realiza um total de duas vendas 
por mês para uma pessoa jurídica. Esta pessoa jurídica exige a 
emissão de uma nota fiscal para legitimar a transação. Diante dessa 
situação, a NFA-e aparece como a solução do MEI que não emite notas 
fiscais. A NFA-e pode ser emitida pelo MEI no site da Secretaria da Fazenda 
(Sefaz).
DICA: A Nota Fiscal Avulsa também pode ser gerada em papel, não apenas 
no formato eletrônico. Entretanto, a decisão final é estabelecida pela 
legislação estadual ou municipal, responsável por fazer essa 
regulamentação.
Para melhor compreensão, vamos ver como funciona a tributação 
na prática.
A Indústria de Sorvetes Kaskata Ltda, localizada no Espírito Santo, vendeu 
350 caixas de sorvetes para uma lanchonete, ao preço total de R$ 
2.250,00. Sabemos que a alíquota do ICMS no estado do Espírito Santo 
é de 17%, enquanto a alíquota do IPI do sorvete é de 5%.
Vamos calcular o valor dos impostos para saber o valor final da nota 
fiscal dessa venda.
Para calcular o ICMS é preciso encontrar os 17% da alíquota em cima 
do valor da venda (2250,00).
17% de 2250,00 = 382,50
O mesmo deve ser feito para encontrar os 5% referentes ao IPI.
5% de 2250,00 = 112,50
Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é:
2250,00 (sorvete) + 382,50 (ICMS) + 112,50 (IPI) = R$ 2.745,00
Desses R$ 2.745,00, R$ 382,50 vão ser destinados ao Estado e R$ 
112,50 serão recolhidos pela União.
Para fixar de vez, vamos ver um exemplo de tributação agora na 
venda de um serviço.
Vamos supor que uma loja de eletroeletrônicos, localizada no 
município de Vitória/ES, tenha realizado uma venda de um 
ar-condicionado no valor de R$ 1.200,00 e um celular no valor de R$ 
700,00. A loja cobra R$ 100,00 pela instalação do ar-condicionado.
Sabemos que a alíquota do ICMS no Espírito Santo é de 17% e o a do ISS 
é de 5% no município de Vitória. Com essas informações, 
conseguimos calcular o valor fiscal da nota fiscal que será emitida 
pelo faturamento da loja.
Primeiro, vamos calcular quanto incidirá de ICMS nessa venda. Para 
isso, vamos tirar 17% (alíquota ICMS) de R$ 1.900,00 (ar-condicionado 
+ celular):
17% de 1900 = R$ 323,00
Agora, para descobrir quanto de ISS será recolhido, é preciso calcular 
5% (alíquota ISS) de R$ 100,00 (serviço prestado):
5% de 100 = R$ 5,00
Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é o somatório de 
todos os serviços e produtos vendidos mais os impostos de cada umdeles.
1900,00 (ar-condicionado + celular) + 100,00 (serviço de instalação) 
+ 323,00 (ICMS) + 5,00 (ISS) = R$ 2.328,00
Do valor total da nota de R$ 2.328,00, o Estado irá recolher R$ 323,00 
pelo produto vendido e o Município vai recolher R$ 5,00 pelo serviço 
prestado.
Vale a pena lembrar e fixar que o ICMS é o imposto referente a venda 
de produtos e o ISS é o imposto referente a prestação de serviços.
Estudando esse exemplo vimos uma palavra nova e muito comum 
na vida de um faturista: receita. Vamos então compreender melhor 
do que se trata, suas características e variações.
3
A nota fiscal nada mais é que o registro de uma transação comercial. 
Neste documento deve constar as principais informações de quem 
está vendendo e comprando nessa transação, tal como o nome da 
empresa, CNPJ, descrição do produto ou serviço vendido, valor unitário, 
valor total e as tributações incididas em cima daquela venda.
A estrutura de uma Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) comporta as seguintes 
informações:
Informações Gerais da NF-e
- Data em que foi emitida
- Identificação da NF-e [número de série e número da NF-e]
- QR Code
Informações do Emitente (ou Prestador de Serviços)
- CNPJ
- Inscrição Municipal
- Razão Social / Nome Fantasia
- Endereço
- Município / UF
- E-mail
Informações do Recebedor 
- CNPJ
- Inscrição Municipal
- Razão Social / Nome Fantasia
- Endereço
- Município / UF
- E-mail
Dados Complementares
- Município em que o serviço foi prestado
- Regime de Tributação
- Código de Serviço (Ex: 17.19 – Contabilidade, inclusive serviços 
técnicos e auxiliares)
- CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) (Ex: 
6920601 – Atividades de Contabilidade)
Discriminação dos Serviços
- Espaço para descrever o que foi vendido
Ex: Última parcela do serviço de assessoria contábil para o Projeto X
Valores da NF-e
- Valor do Serviço
- Valor Líquido da Nota
Impostos
- Base de Cálculo
- Deduções
Ao efetuar uma venda, é preciso recolher impostos que serão 
repassados ao Município, ao Estado ou a União, como vimos no 
módulo anterior. Alguns impostos incidem em todas as vendas, 
independentemente do tipo do item que está sendo comercializado, 
e outros são exclusivos, dependendo do produto/serviço que está 
sendo vendido.
A utilização da nota fiscal é uma maneira do governo assegurar que 
os impostos ou taxas de tributos estejam sendo computados e 
coletados da maneira correta. Para assegurar a arrecadação e a 
fiscalização é cada vez mais frequente a utilização de diversos tipos 
de nota fiscal eletrônica (MENDES, 2015).
 De acordo com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a sonegação fiscal gira 
em torno de 500 bilhões ao ano. Uma quantia que poderia garantir 
ajuste fiscal, estímulo da economia e diminuição dos tributos.
Desse modo, emitir a nota fiscal é o meio legalmente aprovado para 
registrar as operações efetivas de uma organização. Ela é uma 
obrigação legal prevista na lei 8.846/94. Vale destacar que Nota Fiscal é um 
documento brasileiro de fiscalização, expedido para registrar todas 
as transações de compra e venda de produtos, transferência de bens 
e prestação de serviços.
Lembre-se que, ao realizar qualquer operação comercial, a recusa em 
sua emissão caracteriza crime de sonegação fiscal.
Desse modo, a tecnologia se alia ao negócio para aumentar a 
produtividade e trazer segurança. Pensando nisso, é essencial o uso 
da Nota Fiscal Eletrônica, seja ela de produto ou serviço.
Emitir corretamente a Nota Fiscal eletrônica traz as seguintes 
vantagens para o vendedor, comprador, sociedade e administração 
tributária, segundo Mendes (2015):
Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e)
- Redução de custos de impressão;
- Redução de custos de aquisição de papel;
- Redução de custos de envio do documento fiscal;
- Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais;
- Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de 
Fronteira.
Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e)
- Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de 
mercadorias;
- Planejamento de logística de entrega por conta da recepção 
antecipada da informação da NF-e;
- Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de 
notas fiscais.
Benefícios para a Sociedade
- Redução do consumo de papel, com impacto ecológico;
- Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias;
- Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas.
Benefícios para as Administrações Tributárias
- Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal;
- Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor 
intercâmbio e compartilhamento de informações com o fisco;
- Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação.
Agora que já visualizamos as vantagens de se emitir uma Nota Fiscal 
Eletrônica, vamos então conhecer os tipos de notas fiscais existentes, 
essenciais para que o assistente de faturamento consiga realizar o 
seu trabalho com tranquilidade e eficiência.
NF-e (Nota Fiscal Eletrônica de Produtos ou Mercadorias)
Esse documento substitui o modelo tradicional. É a versão digital, 
emitida e armazenada eletronicamente. A NF-e limita-se a registrar a 
venda de produtos físicos, com cobrança de  ICMS  (Imposto sobre 
Circulação de Mercadoria e Serviços) e  IPI (Imposto sobre Produtos 
Industrializados) e deve ser expedido junto às Secretarias Estaduais da 
Fazenda.
Utilizada sempre em casos de circulação de mercadorias, 
geralmente este tipo de nota fiscal é usado entre pessoas jurídicas.
Ao emitir a NF-e para o comprador, para atestar a operação, a empresa 
deve  enviar um Documento Auxiliar da Nota Fiscal (DANFE) junto com o 
produto, o qual veremos detalhadamente mais adiante.
NFS-e (Nota Fiscal Eletrônica de Serviços)
Como vimos, a NF-e foi desenvolvida para recolher tributos para o 
Estado. No entanto, temos um imposto em particular que é 
repassado ao município, visto no módulo anterior, chamado de 
Imposto Sobre o Serviço, ou simplesmente ISS. Como o próprio nome diz, 
este imposto é destinado apenas aos prestadores de serviços, para 
isso, desenvolveu-se a NFS-e.
A NFS-e é um documento fiscal digital necessário para confirmação de 
prestação de serviço de uma empresa para outra ou para pessoa física. 
Esse modelo de nota deve ser expedido junto à prefeitura em que está 
registrado o CNPJ da empresa prestadora de serviço.
A NFS-e se diferencia por necessitar apenas da Inscrição Municipal, que 
gera o DANFSE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica) e tem 
como característica ser um modelo mais flexível.
Esse modelo é usado para serviços de assinatura, produtos digitais, 
como livros eletrônicos, cursos on-line, entre outros. Ou seja, é 
emitida por qualquer operadora de serviço, como creches, hotéis, 
academias e afins.
NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica)
A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica é a versão digital do Cupom Fiscal, sendo 
emitida apenas quando o comprador é uma Pessoa Física. Supondo que 
um funcionário vá ao supermercado, representando a Pessoa Jurídica 
em que trabalha, e ao efetuar uma compra receba uma NFC-e ou Cupom 
Fiscal (que não tem importância alguma para Pessoa Jurídica), é 
necessário que o funcionário se dirija ao guichê do supermercado e 
solicite uma NF-e, para a empresa conseguir registrar legalmente 
aquela transação que ocorreu entre pessoas jurídicas.
A NFC-e é bastante utilizada pelo varejo para documentar as vendas 
realizadas para pessoas físicas. Como dito, caso a transação ocorra 
com uma pessoa jurídica, é preciso, além da NFC-e, emitir uma NF-e.
Nota Fiscal Complementar
Documento emitido para corrigir quantidade de mercadoria ou valor 
de imposto inferior ao correto. A nota fiscal complementar deve 
explicar o motivo dessa diferença nas seguintes situações:
 • Reajuste de preços ou aumento do valor original do serviço ou do 
produto;
 • Variação na cotação da moeda em exportações;
 • Erro no lançamento.
No final, a nota fiscal “original” somada ànota fiscal complementar 
deve representar a operação correta, em quantidade e valor do 
produto e impostos pagos. 
Por exemplo, imagine que determinada empresa vendeu 20 unidades 
de um produto, mas, ao preencher a nota, registrou apenas 12. Nessa 
situação, é preciso emitir uma nota complementar, a fim de 
acrescentar os itens que faltam e pagar os impostos que não 
constaram na nota fiscal “original”. 
Nota Fiscal Denegada
Trata-se de um documento gerado quando for constatado que 
existem irregularidades fiscais de uma das partes envolvidas na 
transação. 
Uma nota fiscal é denegada quando:
 • O emitente está irregular;
 • O destinatário está irregular;
 • O destinatário não está habilitado para realizar transações no estado. 
DICA: É preciso ter atenção com uma nota fiscal denegada, pois a sua 
numeração não poderá ser mais utilizada. 
Nota Fiscal Avulsa (NFA-e)
A Nota Fiscal Avulsa Eletrônica é a alternativa utilizada por MEIs que não 
fazem vendas com frequência e precisam documentar uma venda. A 
NFA-e  é um comprovante  voltado para empresas que  não  realizam 
vendas com frequência, ou para aqueles que não têm como uma de 
suas obrigações a emissão da Nota Fiscal de Produto (NF-e) e de Serviço 
Eletrônica (NFS-e).
Diante disso, tomamos como exemplo as atividades de micro e 
pequenas empresas, profissionais autônomos (sem CNPJ) e o 
Microempreendedor Individual (MEI). 
Para exemplificar, vamos imaginar a seguinte situação:
Determinado microempreendedor realiza um total de duas vendas 
por mês para uma pessoa jurídica. Esta pessoa jurídica exige a 
emissão de uma nota fiscal para legitimar a transação. Diante dessa 
situação, a NFA-e aparece como a solução do MEI que não emite notas 
fiscais. A NFA-e pode ser emitida pelo MEI no site da Secretaria da Fazenda 
(Sefaz).
DICA: A Nota Fiscal Avulsa também pode ser gerada em papel, não apenas 
no formato eletrônico. Entretanto, a decisão final é estabelecida pela 
legislação estadual ou municipal, responsável por fazer essa 
regulamentação.
Para melhor compreensão, vamos ver como funciona a tributação 
na prática.
A Indústria de Sorvetes Kaskata Ltda, localizada no Espírito Santo, vendeu 
350 caixas de sorvetes para uma lanchonete, ao preço total de R$ 
2.250,00. Sabemos que a alíquota do ICMS no estado do Espírito Santo 
é de 17%, enquanto a alíquota do IPI do sorvete é de 5%.
Vamos calcular o valor dos impostos para saber o valor final da nota 
fiscal dessa venda.
Para calcular o ICMS é preciso encontrar os 17% da alíquota em cima 
do valor da venda (2250,00).
17% de 2250,00 = 382,50
O mesmo deve ser feito para encontrar os 5% referentes ao IPI.
5% de 2250,00 = 112,50
Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é:
2250,00 (sorvete) + 382,50 (ICMS) + 112,50 (IPI) = R$ 2.745,00
Desses R$ 2.745,00, R$ 382,50 vão ser destinados ao Estado e R$ 
112,50 serão recolhidos pela União.
Para fixar de vez, vamos ver um exemplo de tributação agora na 
venda de um serviço.
Vamos supor que uma loja de eletroeletrônicos, localizada no 
município de Vitória/ES, tenha realizado uma venda de um 
ar-condicionado no valor de R$ 1.200,00 e um celular no valor de R$ 
700,00. A loja cobra R$ 100,00 pela instalação do ar-condicionado.
Sabemos que a alíquota do ICMS no Espírito Santo é de 17% e o a do ISS 
é de 5% no município de Vitória. Com essas informações, 
conseguimos calcular o valor fiscal da nota fiscal que será emitida 
pelo faturamento da loja.
Primeiro, vamos calcular quanto incidirá de ICMS nessa venda. Para 
isso, vamos tirar 17% (alíquota ICMS) de R$ 1.900,00 (ar-condicionado 
+ celular):
17% de 1900 = R$ 323,00
Agora, para descobrir quanto de ISS será recolhido, é preciso calcular 
5% (alíquota ISS) de R$ 100,00 (serviço prestado):
5% de 100 = R$ 5,00
Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é o somatório de 
todos os serviços e produtos vendidos mais os impostos de cada um 
deles.
1900,00 (ar-condicionado + celular) + 100,00 (serviço de instalação) 
+ 323,00 (ICMS) + 5,00 (ISS) = R$ 2.328,00
Do valor total da nota de R$ 2.328,00, o Estado irá recolher R$ 323,00 
pelo produto vendido e o Município vai recolher R$ 5,00 pelo serviço 
prestado.
Vale a pena lembrar e fixar que o ICMS é o imposto referente a venda 
de produtos e o ISS é o imposto referente a prestação de serviços.
Estudando esse exemplo vimos uma palavra nova e muito comum 
na vida de um faturista: receita. Vamos então compreender melhor 
do que se trata, suas características e variações.
4
A nota fiscal nada mais é que o registro de uma transação comercial. 
Neste documento deve constar as principais informações de quem 
está vendendo e comprando nessa transação, tal como o nome da 
empresa, CNPJ, descrição do produto ou serviço vendido, valor unitário, 
valor total e as tributações incididas em cima daquela venda.
A estrutura de uma Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) comporta as seguintes 
informações:
Informações Gerais da NF-e
- Data em que foi emitida
- Identificação da NF-e [número de série e número da NF-e]
- QR Code
Informações do Emitente (ou Prestador de Serviços)
- CNPJ
- Inscrição Municipal
- Razão Social / Nome Fantasia
- Endereço
- Município / UF
- E-mail
Informações do Recebedor 
- CNPJ
- Inscrição Municipal
- Razão Social / Nome Fantasia
- Endereço
- Município / UF
- E-mail
Dados Complementares
- Município em que o serviço foi prestado
- Regime de Tributação
- Código de Serviço (Ex: 17.19 – Contabilidade, inclusive serviços 
técnicos e auxiliares)
- CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) (Ex: 
6920601 – Atividades de Contabilidade)
Discriminação dos Serviços
- Espaço para descrever o que foi vendido
Ex: Última parcela do serviço de assessoria contábil para o Projeto X
Valores da NF-e
- Valor do Serviço
- Valor Líquido da Nota
Impostos
- Base de Cálculo
- Deduções
Ao efetuar uma venda, é preciso recolher impostos que serão 
repassados ao Município, ao Estado ou a União, como vimos no 
módulo anterior. Alguns impostos incidem em todas as vendas, 
independentemente do tipo do item que está sendo comercializado, 
e outros são exclusivos, dependendo do produto/serviço que está 
sendo vendido.
A utilização da nota fiscal é uma maneira do governo assegurar que 
os impostos ou taxas de tributos estejam sendo computados e 
coletados da maneira correta. Para assegurar a arrecadação e a 
fiscalização é cada vez mais frequente a utilização de diversos tipos 
de nota fiscal eletrônica (MENDES, 2015).
 De acordo com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a sonegação fiscal gira 
em torno de 500 bilhões ao ano. Uma quantia que poderia garantir 
ajuste fiscal, estímulo da economia e diminuição dos tributos.
Desse modo, emitir a nota fiscal é o meio legalmente aprovado para 
registrar as operações efetivas de uma organização. Ela é uma 
obrigação legal prevista na lei 8.846/94. Vale destacar que Nota Fiscal é um 
documento brasileiro de fiscalização, expedido para registrar todas 
as transações de compra e venda de produtos, transferência de bens 
e prestação de serviços.
Lembre-se que, ao realizar qualquer operação comercial, a recusa em 
sua emissão caracteriza crime de sonegação fiscal.
Desse modo, a tecnologia se alia ao negócio para aumentar a 
produtividade e trazer segurança. Pensando nisso, é essencial o uso 
da Nota Fiscal Eletrônica, seja ela de produto ou serviço.
Emitir corretamente a Nota Fiscal eletrônica traz as seguintes 
vantagens para o vendedor, comprador, sociedade e administração 
tributária, segundo Mendes (2015):
Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e)
- Redução de custos de impressão;
- Redução de custos de aquisição de papel;
- Redução de custos de envio do documento fiscal;
- Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais;
- Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de 
Fronteira.
Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e)
- Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de 
mercadorias;
- Planejamentode logística de entrega por conta da recepção 
antecipada da informação da NF-e;
- Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de 
notas fiscais.
Benefícios para a Sociedade
- Redução do consumo de papel, com impacto ecológico;
- Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias;
- Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas.
Benefícios para as Administrações Tributárias
- Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal;
- Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor 
intercâmbio e compartilhamento de informações com o fisco;
- Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação.
Agora que já visualizamos as vantagens de se emitir uma Nota Fiscal 
Eletrônica, vamos então conhecer os tipos de notas fiscais existentes, 
essenciais para que o assistente de faturamento consiga realizar o 
seu trabalho com tranquilidade e eficiência.
NF-e (Nota Fiscal Eletrônica de Produtos ou Mercadorias)
Esse documento substitui o modelo tradicional. É a versão digital, 
emitida e armazenada eletronicamente. A NF-e limita-se a registrar a 
venda de produtos físicos, com cobrança de  ICMS  (Imposto sobre 
Circulação de Mercadoria e Serviços) e  IPI (Imposto sobre Produtos 
Industrializados) e deve ser expedido junto às Secretarias Estaduais da 
Fazenda.
Utilizada sempre em casos de circulação de mercadorias, 
geralmente este tipo de nota fiscal é usado entre pessoas jurídicas.
Ao emitir a NF-e para o comprador, para atestar a operação, a empresa 
deve  enviar um Documento Auxiliar da Nota Fiscal (DANFE) junto com o 
produto, o qual veremos detalhadamente mais adiante.
NFS-e (Nota Fiscal Eletrônica de Serviços)
Como vimos, a NF-e foi desenvolvida para recolher tributos para o 
Estado. No entanto, temos um imposto em particular que é 
repassado ao município, visto no módulo anterior, chamado de 
Imposto Sobre o Serviço, ou simplesmente ISS. Como o próprio nome diz, 
este imposto é destinado apenas aos prestadores de serviços, para 
isso, desenvolveu-se a NFS-e.
A NFS-e é um documento fiscal digital necessário para confirmação de 
prestação de serviço de uma empresa para outra ou para pessoa física. 
Esse modelo de nota deve ser expedido junto à prefeitura em que está 
registrado o CNPJ da empresa prestadora de serviço.
A NFS-e se diferencia por necessitar apenas da Inscrição Municipal, que 
gera o DANFSE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica) e tem 
como característica ser um modelo mais flexível.
Esse modelo é usado para serviços de assinatura, produtos digitais, 
como livros eletrônicos, cursos on-line, entre outros. Ou seja, é 
emitida por qualquer operadora de serviço, como creches, hotéis, 
academias e afins.
NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica)
A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica é a versão digital do Cupom Fiscal, sendo 
emitida apenas quando o comprador é uma Pessoa Física. Supondo que 
um funcionário vá ao supermercado, representando a Pessoa Jurídica 
em que trabalha, e ao efetuar uma compra receba uma NFC-e ou Cupom 
Fiscal (que não tem importância alguma para Pessoa Jurídica), é 
necessário que o funcionário se dirija ao guichê do supermercado e 
solicite uma NF-e, para a empresa conseguir registrar legalmente 
aquela transação que ocorreu entre pessoas jurídicas.
A NFC-e é bastante utilizada pelo varejo para documentar as vendas 
realizadas para pessoas físicas. Como dito, caso a transação ocorra 
com uma pessoa jurídica, é preciso, além da NFC-e, emitir uma NF-e.
Nota Fiscal Complementar
Documento emitido para corrigir quantidade de mercadoria ou valor 
de imposto inferior ao correto. A nota fiscal complementar deve 
explicar o motivo dessa diferença nas seguintes situações:
 • Reajuste de preços ou aumento do valor original do serviço ou do 
produto;
 • Variação na cotação da moeda em exportações;
 • Erro no lançamento.
No final, a nota fiscal “original” somada à nota fiscal complementar 
deve representar a operação correta, em quantidade e valor do 
produto e impostos pagos. 
Por exemplo, imagine que determinada empresa vendeu 20 unidades 
de um produto, mas, ao preencher a nota, registrou apenas 12. Nessa 
situação, é preciso emitir uma nota complementar, a fim de 
acrescentar os itens que faltam e pagar os impostos que não 
constaram na nota fiscal “original”. 
Nota Fiscal Denegada
Trata-se de um documento gerado quando for constatado que 
existem irregularidades fiscais de uma das partes envolvidas na 
transação. 
Uma nota fiscal é denegada quando:
 • O emitente está irregular;
 • O destinatário está irregular;
 • O destinatário não está habilitado para realizar transações no estado. 
DICA: É preciso ter atenção com uma nota fiscal denegada, pois a sua 
numeração não poderá ser mais utilizada. 
Nota Fiscal Avulsa (NFA-e)
A Nota Fiscal Avulsa Eletrônica é a alternativa utilizada por MEIs que não 
fazem vendas com frequência e precisam documentar uma venda. A 
NFA-e  é um comprovante  voltado para empresas que  não  realizam 
vendas com frequência, ou para aqueles que não têm como uma de 
suas obrigações a emissão da Nota Fiscal de Produto (NF-e) e de Serviço 
Eletrônica (NFS-e).
Diante disso, tomamos como exemplo as atividades de micro e 
pequenas empresas, profissionais autônomos (sem CNPJ) e o 
Microempreendedor Individual (MEI). 
Para exemplificar, vamos imaginar a seguinte situação:
Determinado microempreendedor realiza um total de duas vendas 
por mês para uma pessoa jurídica. Esta pessoa jurídica exige a 
emissão de uma nota fiscal para legitimar a transação. Diante dessa 
situação, a NFA-e aparece como a solução do MEI que não emite notas 
fiscais. A NFA-e pode ser emitida pelo MEI no site da Secretaria da Fazenda 
(Sefaz).
DICA: A Nota Fiscal Avulsa também pode ser gerada em papel, não apenas 
no formato eletrônico. Entretanto, a decisão final é estabelecida pela 
legislação estadual ou municipal, responsável por fazer essa 
regulamentação.
Para melhor compreensão, vamos ver como funciona a tributação 
na prática.
A Indústria de Sorvetes Kaskata Ltda, localizada no Espírito Santo, vendeu 
350 caixas de sorvetes para uma lanchonete, ao preço total de R$ 
2.250,00. Sabemos que a alíquota do ICMS no estado do Espírito Santo 
é de 17%, enquanto a alíquota do IPI do sorvete é de 5%.
Vamos calcular o valor dos impostos para saber o valor final da nota 
fiscal dessa venda.
Para calcular o ICMS é preciso encontrar os 17% da alíquota em cima 
do valor da venda (2250,00).
17% de 2250,00 = 382,50
O mesmo deve ser feito para encontrar os 5% referentes ao IPI.
5% de 2250,00 = 112,50
Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é:
2250,00 (sorvete) + 382,50 (ICMS) + 112,50 (IPI) = R$ 2.745,00
Desses R$ 2.745,00, R$ 382,50 vão ser destinados ao Estado e R$ 
112,50 serão recolhidos pela União.
Para fixar de vez, vamos ver um exemplo de tributação agora na 
venda de um serviço.
Vamos supor que uma loja de eletroeletrônicos, localizada no 
município de Vitória/ES, tenha realizado uma venda de um 
ar-condicionado no valor de R$ 1.200,00 e um celular no valor de R$ 
700,00. A loja cobra R$ 100,00 pela instalação do ar-condicionado.
Sabemos que a alíquota do ICMS no Espírito Santo é de 17% e o a do ISS 
é de 5% no município de Vitória. Com essas informações, 
conseguimos calcular o valor fiscal da nota fiscal que será emitida 
pelo faturamento da loja.
Primeiro, vamos calcular quanto incidirá de ICMS nessa venda. Para 
isso, vamos tirar 17% (alíquota ICMS) de R$ 1.900,00 (ar-condicionado 
+ celular):
17% de 1900 = R$ 323,00
Agora, para descobrir quanto de ISS será recolhido, é preciso calcular 
5% (alíquota ISS) de R$ 100,00 (serviço prestado):
5% de 100 = R$ 5,00
Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é o somatório de 
todos os serviços e produtos vendidos mais os impostos de cada um 
deles.
1900,00 (ar-condicionado + celular) + 100,00 (serviço de instalação) 
+ 323,00 (ICMS) + 5,00 (ISS) = R$ 2.328,00
Do valor total da nota deR$ 2.328,00, o Estado irá recolher R$ 323,00 
pelo produto vendido e o Município vai recolher R$ 5,00 pelo serviço 
prestado.
Vale a pena lembrar e fixar que o ICMS é o imposto referente a venda 
de produtos e o ISS é o imposto referente a prestação de serviços.
Estudando esse exemplo vimos uma palavra nova e muito comum 
na vida de um faturista: receita. Vamos então compreender melhor 
do que se trata, suas características e variações.
5
A nota fiscal nada mais é que o registro de uma transação comercial. 
Neste documento deve constar as principais informações de quem 
está vendendo e comprando nessa transação, tal como o nome da 
empresa, CNPJ, descrição do produto ou serviço vendido, valor unitário, 
valor total e as tributações incididas em cima daquela venda.
A estrutura de uma Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) comporta as seguintes 
informações:
Informações Gerais da NF-e
- Data em que foi emitida
- Identificação da NF-e [número de série e número da NF-e]
- QR Code
Informações do Emitente (ou Prestador de Serviços)
- CNPJ
- Inscrição Municipal
- Razão Social / Nome Fantasia
- Endereço
- Município / UF
- E-mail
Informações do Recebedor 
- CNPJ
- Inscrição Municipal
- Razão Social / Nome Fantasia
- Endereço
- Município / UF
- E-mail
Dados Complementares
- Município em que o serviço foi prestado
- Regime de Tributação
- Código de Serviço (Ex: 17.19 – Contabilidade, inclusive serviços 
técnicos e auxiliares)
- CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) (Ex: 
6920601 – Atividades de Contabilidade)
Discriminação dos Serviços
- Espaço para descrever o que foi vendido
Ex: Última parcela do serviço de assessoria contábil para o Projeto X
Valores da NF-e
- Valor do Serviço
- Valor Líquido da Nota
Impostos
- Base de Cálculo
- Deduções
Ao efetuar uma venda, é preciso recolher impostos que serão 
repassados ao Município, ao Estado ou a União, como vimos no 
módulo anterior. Alguns impostos incidem em todas as vendas, 
independentemente do tipo do item que está sendo comercializado, 
e outros são exclusivos, dependendo do produto/serviço que está 
sendo vendido.
A utilização da nota fiscal é uma maneira do governo assegurar que 
os impostos ou taxas de tributos estejam sendo computados e 
coletados da maneira correta. Para assegurar a arrecadação e a 
fiscalização é cada vez mais frequente a utilização de diversos tipos 
de nota fiscal eletrônica (MENDES, 2015).
 De acordo com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a sonegação fiscal gira 
em torno de 500 bilhões ao ano. Uma quantia que poderia garantir 
ajuste fiscal, estímulo da economia e diminuição dos tributos.
Desse modo, emitir a nota fiscal é o meio legalmente aprovado para 
registrar as operações efetivas de uma organização. Ela é uma 
obrigação legal prevista na lei 8.846/94. Vale destacar que Nota Fiscal é um 
documento brasileiro de fiscalização, expedido para registrar todas 
as transações de compra e venda de produtos, transferência de bens 
e prestação de serviços.
Lembre-se que, ao realizar qualquer operação comercial, a recusa em 
sua emissão caracteriza crime de sonegação fiscal.
Desse modo, a tecnologia se alia ao negócio para aumentar a 
produtividade e trazer segurança. Pensando nisso, é essencial o uso 
da Nota Fiscal Eletrônica, seja ela de produto ou serviço.
Emitir corretamente a Nota Fiscal eletrônica traz as seguintes 
vantagens para o vendedor, comprador, sociedade e administração 
tributária, segundo Mendes (2015):
Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e)
- Redução de custos de impressão;
- Redução de custos de aquisição de papel;
- Redução de custos de envio do documento fiscal;
- Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais;
- Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de 
Fronteira.
Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e)
- Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de 
mercadorias;
- Planejamento de logística de entrega por conta da recepção 
antecipada da informação da NF-e;
- Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de 
notas fiscais.
Benefícios para a Sociedade
- Redução do consumo de papel, com impacto ecológico;
- Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias;
- Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas.
Benefícios para as Administrações Tributárias
- Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal;
- Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor 
intercâmbio e compartilhamento de informações com o fisco;
- Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação.
Agora que já visualizamos as vantagens de se emitir uma Nota Fiscal 
Eletrônica, vamos então conhecer os tipos de notas fiscais existentes, 
essenciais para que o assistente de faturamento consiga realizar o 
seu trabalho com tranquilidade e eficiência.
NF-e (Nota Fiscal Eletrônica de Produtos ou Mercadorias)
Esse documento substitui o modelo tradicional. É a versão digital, 
emitida e armazenada eletronicamente. A NF-e limita-se a registrar a 
venda de produtos físicos, com cobrança de  ICMS  (Imposto sobre 
Circulação de Mercadoria e Serviços) e  IPI (Imposto sobre Produtos 
Industrializados) e deve ser expedido junto às Secretarias Estaduais da 
Fazenda.
Utilizada sempre em casos de circulação de mercadorias, 
geralmente este tipo de nota fiscal é usado entre pessoas jurídicas.
Ao emitir a NF-e para o comprador, para atestar a operação, a empresa 
deve  enviar um Documento Auxiliar da Nota Fiscal (DANFE) junto com o 
produto, o qual veremos detalhadamente mais adiante.
NFS-e (Nota Fiscal Eletrônica de Serviços)
Como vimos, a NF-e foi desenvolvida para recolher tributos para o 
Estado. No entanto, temos um imposto em particular que é 
repassado ao município, visto no módulo anterior, chamado de 
Imposto Sobre o Serviço, ou simplesmente ISS. Como o próprio nome diz, 
este imposto é destinado apenas aos prestadores de serviços, para 
isso, desenvolveu-se a NFS-e.
A NFS-e é um documento fiscal digital necessário para confirmação de 
prestação de serviço de uma empresa para outra ou para pessoa física. 
Esse modelo de nota deve ser expedido junto à prefeitura em que está 
registrado o CNPJ da empresa prestadora de serviço.
A NFS-e se diferencia por necessitar apenas da Inscrição Municipal, que 
gera o DANFSE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica) e tem 
como característica ser um modelo mais flexível.
Esse modelo é usado para serviços de assinatura, produtos digitais, 
como livros eletrônicos, cursos on-line, entre outros. Ou seja, é 
emitida por qualquer operadora de serviço, como creches, hotéis, 
academias e afins.
NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica)
A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica é a versão digital do Cupom Fiscal, sendo 
emitida apenas quando o comprador é uma Pessoa Física. Supondo que 
um funcionário vá ao supermercado, representando a Pessoa Jurídica 
em que trabalha, e ao efetuar uma compra receba uma NFC-e ou Cupom 
Fiscal (que não tem importância alguma para Pessoa Jurídica), é 
necessário que o funcionário se dirija ao guichê do supermercado e 
solicite uma NF-e, para a empresa conseguir registrar legalmente 
aquela transação que ocorreu entre pessoas jurídicas.
A NFC-e é bastante utilizada pelo varejo para documentar as vendas 
realizadas para pessoas físicas. Como dito, caso a transação ocorra 
com uma pessoa jurídica, é preciso, além da NFC-e, emitir uma NF-e.
Nota Fiscal Complementar
Documento emitido para corrigir quantidade de mercadoria ou valor 
de imposto inferior ao correto. A nota fiscal complementar deve 
explicar o motivo dessa diferença nas seguintes situações:
 • Reajuste de preços ou aumento do valor original do serviço ou do 
produto;
 • Variação na cotação da moeda em exportações;
 • Erro no lançamento.
No final, a nota fiscal “original” somada à nota fiscal complementar 
deve representar a operação correta, em quantidade e valor do 
produto e impostos pagos. 
Por exemplo, imagine que determinadaempresa vendeu 20 unidades 
de um produto, mas, ao preencher a nota, registrou apenas 12. Nessa 
situação, é preciso emitir uma nota complementar, a fim de 
acrescentar os itens que faltam e pagar os impostos que não 
constaram na nota fiscal “original”. 
Nota Fiscal Denegada
Trata-se de um documento gerado quando for constatado que 
existem irregularidades fiscais de uma das partes envolvidas na 
transação. 
Uma nota fiscal é denegada quando:
 • O emitente está irregular;
 • O destinatário está irregular;
 • O destinatário não está habilitado para realizar transações no estado. 
DICA: É preciso ter atenção com uma nota fiscal denegada, pois a sua 
numeração não poderá ser mais utilizada. 
Nota Fiscal Avulsa (NFA-e)
A Nota Fiscal Avulsa Eletrônica é a alternativa utilizada por MEIs que não 
fazem vendas com frequência e precisam documentar uma venda. A 
NFA-e  é um comprovante  voltado para empresas que  não  realizam 
vendas com frequência, ou para aqueles que não têm como uma de 
suas obrigações a emissão da Nota Fiscal de Produto (NF-e) e de Serviço 
Eletrônica (NFS-e).
Diante disso, tomamos como exemplo as atividades de micro e 
pequenas empresas, profissionais autônomos (sem CNPJ) e o 
Microempreendedor Individual (MEI). 
Para exemplificar, vamos imaginar a seguinte situação:
Determinado microempreendedor realiza um total de duas vendas 
por mês para uma pessoa jurídica. Esta pessoa jurídica exige a 
emissão de uma nota fiscal para legitimar a transação. Diante dessa 
situação, a NFA-e aparece como a solução do MEI que não emite notas 
fiscais. A NFA-e pode ser emitida pelo MEI no site da Secretaria da Fazenda 
(Sefaz).
DICA: A Nota Fiscal Avulsa também pode ser gerada em papel, não apenas 
no formato eletrônico. Entretanto, a decisão final é estabelecida pela 
legislação estadual ou municipal, responsável por fazer essa 
regulamentação.
Para melhor compreensão, vamos ver como funciona a tributação 
na prática.
A Indústria de Sorvetes Kaskata Ltda, localizada no Espírito Santo, vendeu 
350 caixas de sorvetes para uma lanchonete, ao preço total de R$ 
2.250,00. Sabemos que a alíquota do ICMS no estado do Espírito Santo 
é de 17%, enquanto a alíquota do IPI do sorvete é de 5%.
Vamos calcular o valor dos impostos para saber o valor final da nota 
fiscal dessa venda.
Para calcular o ICMS é preciso encontrar os 17% da alíquota em cima 
do valor da venda (2250,00).
17% de 2250,00 = 382,50
O mesmo deve ser feito para encontrar os 5% referentes ao IPI.
5% de 2250,00 = 112,50
Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é:
2250,00 (sorvete) + 382,50 (ICMS) + 112,50 (IPI) = R$ 2.745,00
Desses R$ 2.745,00, R$ 382,50 vão ser destinados ao Estado e R$ 
112,50 serão recolhidos pela União.
Para fixar de vez, vamos ver um exemplo de tributação agora na 
venda de um serviço.
Vamos supor que uma loja de eletroeletrônicos, localizada no 
município de Vitória/ES, tenha realizado uma venda de um 
ar-condicionado no valor de R$ 1.200,00 e um celular no valor de R$ 
700,00. A loja cobra R$ 100,00 pela instalação do ar-condicionado.
Sabemos que a alíquota do ICMS no Espírito Santo é de 17% e o a do ISS 
é de 5% no município de Vitória. Com essas informações, 
conseguimos calcular o valor fiscal da nota fiscal que será emitida 
pelo faturamento da loja.
Primeiro, vamos calcular quanto incidirá de ICMS nessa venda. Para 
isso, vamos tirar 17% (alíquota ICMS) de R$ 1.900,00 (ar-condicionado 
+ celular):
17% de 1900 = R$ 323,00
Agora, para descobrir quanto de ISS será recolhido, é preciso calcular 
5% (alíquota ISS) de R$ 100,00 (serviço prestado):
5% de 100 = R$ 5,00
Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é o somatório de 
todos os serviços e produtos vendidos mais os impostos de cada um 
deles.
1900,00 (ar-condicionado + celular) + 100,00 (serviço de instalação) 
+ 323,00 (ICMS) + 5,00 (ISS) = R$ 2.328,00
Do valor total da nota de R$ 2.328,00, o Estado irá recolher R$ 323,00 
pelo produto vendido e o Município vai recolher R$ 5,00 pelo serviço 
prestado.
Vale a pena lembrar e fixar que o ICMS é o imposto referente a venda 
de produtos e o ISS é o imposto referente a prestação de serviços.
Estudando esse exemplo vimos uma palavra nova e muito comum 
na vida de um faturista: receita. Vamos então compreender melhor 
do que se trata, suas características e variações.
6
A nota fiscal nada mais é que o registro de uma transação comercial. 
Neste documento deve constar as principais informações de quem 
está vendendo e comprando nessa transação, tal como o nome da 
empresa, CNPJ, descrição do produto ou serviço vendido, valor unitário, 
valor total e as tributações incididas em cima daquela venda.
A estrutura de uma Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) comporta as seguintes 
informações:
Informações Gerais da NF-e
- Data em que foi emitida
- Identificação da NF-e [número de série e número da NF-e]
- QR Code
Informações do Emitente (ou Prestador de Serviços)
- CNPJ
- Inscrição Municipal
- Razão Social / Nome Fantasia
- Endereço
- Município / UF
- E-mail
Informações do Recebedor 
- CNPJ
- Inscrição Municipal
- Razão Social / Nome Fantasia
- Endereço
- Município / UF
- E-mail
Dados Complementares
- Município em que o serviço foi prestado
- Regime de Tributação
- Código de Serviço (Ex: 17.19 – Contabilidade, inclusive serviços 
técnicos e auxiliares)
- CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) (Ex: 
6920601 – Atividades de Contabilidade)
Discriminação dos Serviços
- Espaço para descrever o que foi vendido
Ex: Última parcela do serviço de assessoria contábil para o Projeto X
Valores da NF-e
- Valor do Serviço
- Valor Líquido da Nota
Impostos
- Base de Cálculo
- Deduções
Ao efetuar uma venda, é preciso recolher impostos que serão 
repassados ao Município, ao Estado ou a União, como vimos no 
módulo anterior. Alguns impostos incidem em todas as vendas, 
independentemente do tipo do item que está sendo comercializado, 
e outros são exclusivos, dependendo do produto/serviço que está 
sendo vendido.
A utilização da nota fiscal é uma maneira do governo assegurar que 
os impostos ou taxas de tributos estejam sendo computados e 
coletados da maneira correta. Para assegurar a arrecadação e a 
fiscalização é cada vez mais frequente a utilização de diversos tipos 
de nota fiscal eletrônica (MENDES, 2015).
 De acordo com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a sonegação fiscal gira 
em torno de 500 bilhões ao ano. Uma quantia que poderia garantir 
ajuste fiscal, estímulo da economia e diminuição dos tributos.
Desse modo, emitir a nota fiscal é o meio legalmente aprovado para 
registrar as operações efetivas de uma organização. Ela é uma 
obrigação legal prevista na lei 8.846/94. Vale destacar que Nota Fiscal é um 
documento brasileiro de fiscalização, expedido para registrar todas 
as transações de compra e venda de produtos, transferência de bens 
e prestação de serviços.
Lembre-se que, ao realizar qualquer operação comercial, a recusa em 
sua emissão caracteriza crime de sonegação fiscal.
Desse modo, a tecnologia se alia ao negócio para aumentar a 
produtividade e trazer segurança. Pensando nisso, é essencial o uso 
da Nota Fiscal Eletrônica, seja ela de produto ou serviço.
Emitir corretamente a Nota Fiscal eletrônica traz as seguintes 
vantagens para o vendedor, comprador, sociedade e administração 
tributária, segundo Mendes (2015):
Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e)
- Redução de custos de impressão;
- Redução de custos de aquisição de papel;
- Redução de custos de envio do documento fiscal;
- Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais;
- Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de 
Fronteira.
Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e)
- Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de 
mercadorias;
- Planejamento de logística de entrega por conta da recepção 
antecipada da informação da NF-e;
- Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação denotas fiscais.
Benefícios para a Sociedade
- Redução do consumo de papel, com impacto ecológico;
- Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias;
- Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas.
Benefícios para as Administrações Tributárias
- Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal;
- Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor 
intercâmbio e compartilhamento de informações com o fisco;
- Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação.
Agora que já visualizamos as vantagens de se emitir uma Nota Fiscal 
Eletrônica, vamos então conhecer os tipos de notas fiscais existentes, 
essenciais para que o assistente de faturamento consiga realizar o 
seu trabalho com tranquilidade e eficiência.
NF-e (Nota Fiscal Eletrônica de Produtos ou Mercadorias)
Esse documento substitui o modelo tradicional. É a versão digital, 
emitida e armazenada eletronicamente. A NF-e limita-se a registrar a 
venda de produtos físicos, com cobrança de  ICMS  (Imposto sobre 
Circulação de Mercadoria e Serviços) e  IPI (Imposto sobre Produtos 
Industrializados) e deve ser expedido junto às Secretarias Estaduais da 
Fazenda.
Utilizada sempre em casos de circulação de mercadorias, 
geralmente este tipo de nota fiscal é usado entre pessoas jurídicas.
Ao emitir a NF-e para o comprador, para atestar a operação, a empresa 
deve  enviar um Documento Auxiliar da Nota Fiscal (DANFE) junto com o 
produto, o qual veremos detalhadamente mais adiante.
NFS-e (Nota Fiscal Eletrônica de Serviços)
Como vimos, a NF-e foi desenvolvida para recolher tributos para o 
Estado. No entanto, temos um imposto em particular que é 
repassado ao município, visto no módulo anterior, chamado de 
Imposto Sobre o Serviço, ou simplesmente ISS. Como o próprio nome diz, 
este imposto é destinado apenas aos prestadores de serviços, para 
isso, desenvolveu-se a NFS-e.
A NFS-e é um documento fiscal digital necessário para confirmação de 
prestação de serviço de uma empresa para outra ou para pessoa física. 
Esse modelo de nota deve ser expedido junto à prefeitura em que está 
registrado o CNPJ da empresa prestadora de serviço.
A NFS-e se diferencia por necessitar apenas da Inscrição Municipal, que 
gera o DANFSE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica) e tem 
como característica ser um modelo mais flexível.
Esse modelo é usado para serviços de assinatura, produtos digitais, 
como livros eletrônicos, cursos on-line, entre outros. Ou seja, é 
emitida por qualquer operadora de serviço, como creches, hotéis, 
academias e afins.
NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica)
A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica é a versão digital do Cupom Fiscal, sendo 
emitida apenas quando o comprador é uma Pessoa Física. Supondo que 
um funcionário vá ao supermercado, representando a Pessoa Jurídica 
em que trabalha, e ao efetuar uma compra receba uma NFC-e ou Cupom 
Fiscal (que não tem importância alguma para Pessoa Jurídica), é 
necessário que o funcionário se dirija ao guichê do supermercado e 
solicite uma NF-e, para a empresa conseguir registrar legalmente 
aquela transação que ocorreu entre pessoas jurídicas.
A NFC-e é bastante utilizada pelo varejo para documentar as vendas 
realizadas para pessoas físicas. Como dito, caso a transação ocorra 
com uma pessoa jurídica, é preciso, além da NFC-e, emitir uma NF-e.
Nota Fiscal Complementar
Documento emitido para corrigir quantidade de mercadoria ou valor 
de imposto inferior ao correto. A nota fiscal complementar deve 
explicar o motivo dessa diferença nas seguintes situações:
 • Reajuste de preços ou aumento do valor original do serviço ou do 
produto;
 • Variação na cotação da moeda em exportações;
 • Erro no lançamento.
No final, a nota fiscal “original” somada à nota fiscal complementar 
deve representar a operação correta, em quantidade e valor do 
produto e impostos pagos. 
Por exemplo, imagine que determinada empresa vendeu 20 unidades 
de um produto, mas, ao preencher a nota, registrou apenas 12. Nessa 
situação, é preciso emitir uma nota complementar, a fim de 
acrescentar os itens que faltam e pagar os impostos que não 
constaram na nota fiscal “original”. 
Nota Fiscal Denegada
Trata-se de um documento gerado quando for constatado que 
existem irregularidades fiscais de uma das partes envolvidas na 
transação. 
Uma nota fiscal é denegada quando:
 • O emitente está irregular;
 • O destinatário está irregular;
 • O destinatário não está habilitado para realizar transações no estado. 
DICA: É preciso ter atenção com uma nota fiscal denegada, pois a sua 
numeração não poderá ser mais utilizada. 
Nota Fiscal Avulsa (NFA-e)
A Nota Fiscal Avulsa Eletrônica é a alternativa utilizada por MEIs que não 
fazem vendas com frequência e precisam documentar uma venda. A 
NFA-e  é um comprovante  voltado para empresas que  não  realizam 
vendas com frequência, ou para aqueles que não têm como uma de 
suas obrigações a emissão da Nota Fiscal de Produto (NF-e) e de Serviço 
Eletrônica (NFS-e).
Diante disso, tomamos como exemplo as atividades de micro e 
pequenas empresas, profissionais autônomos (sem CNPJ) e o 
Microempreendedor Individual (MEI). 
Para exemplificar, vamos imaginar a seguinte situação:
Determinado microempreendedor realiza um total de duas vendas 
por mês para uma pessoa jurídica. Esta pessoa jurídica exige a 
emissão de uma nota fiscal para legitimar a transação. Diante dessa 
situação, a NFA-e aparece como a solução do MEI que não emite notas 
fiscais. A NFA-e pode ser emitida pelo MEI no site da Secretaria da Fazenda 
(Sefaz).
DICA: A Nota Fiscal Avulsa também pode ser gerada em papel, não apenas 
no formato eletrônico. Entretanto, a decisão final é estabelecida pela 
legislação estadual ou municipal, responsável por fazer essa 
regulamentação.
Para melhor compreensão, vamos ver como funciona a tributação 
na prática.
A Indústria de Sorvetes Kaskata Ltda, localizada no Espírito Santo, vendeu 
350 caixas de sorvetes para uma lanchonete, ao preço total de R$ 
2.250,00. Sabemos que a alíquota do ICMS no estado do Espírito Santo 
é de 17%, enquanto a alíquota do IPI do sorvete é de 5%.
Vamos calcular o valor dos impostos para saber o valor final da nota 
fiscal dessa venda.
Para calcular o ICMS é preciso encontrar os 17% da alíquota em cima 
do valor da venda (2250,00).
17% de 2250,00 = 382,50
O mesmo deve ser feito para encontrar os 5% referentes ao IPI.
5% de 2250,00 = 112,50
Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é:
2250,00 (sorvete) + 382,50 (ICMS) + 112,50 (IPI) = R$ 2.745,00
Desses R$ 2.745,00, R$ 382,50 vão ser destinados ao Estado e R$ 
112,50 serão recolhidos pela União.
Para fixar de vez, vamos ver um exemplo de tributação agora na 
venda de um serviço.
Vamos supor que uma loja de eletroeletrônicos, localizada no 
município de Vitória/ES, tenha realizado uma venda de um 
ar-condicionado no valor de R$ 1.200,00 e um celular no valor de R$ 
700,00. A loja cobra R$ 100,00 pela instalação do ar-condicionado.
Sabemos que a alíquota do ICMS no Espírito Santo é de 17% e o a do ISS 
é de 5% no município de Vitória. Com essas informações, 
conseguimos calcular o valor fiscal da nota fiscal que será emitida 
pelo faturamento da loja.
Primeiro, vamos calcular quanto incidirá de ICMS nessa venda. Para 
isso, vamos tirar 17% (alíquota ICMS) de R$ 1.900,00 (ar-condicionado 
+ celular):
17% de 1900 = R$ 323,00
Agora, para descobrir quanto de ISS será recolhido, é preciso calcular 
5% (alíquota ISS) de R$ 100,00 (serviço prestado):
5% de 100 = R$ 5,00
Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é o somatório de 
todos os serviços e produtos vendidos mais os impostos de cada um 
deles.
1900,00 (ar-condicionado + celular) + 100,00 (serviço de instalação) 
+ 323,00 (ICMS) + 5,00 (ISS) = R$ 2.328,00
Do valor total da nota de R$ 2.328,00, o Estado irá recolher R$ 323,00 
pelo produto vendido e o Município vai recolher R$ 5,00 pelo serviço 
prestado.
Vale a pena lembrare fixar que o ICMS é o imposto referente a venda 
de produtos e o ISS é o imposto referente a prestação de serviços.
Estudando esse exemplo vimos uma palavra nova e muito comum 
na vida de um faturista: receita. Vamos então compreender melhor 
do que se trata, suas características e variações.
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A nota fiscal nada mais é que o registro de uma transação comercial. 
Neste documento deve constar as principais informações de quem 
está vendendo e comprando nessa transação, tal como o nome da 
empresa, CNPJ, descrição do produto ou serviço vendido, valor unitário, 
valor total e as tributações incididas em cima daquela venda.
A estrutura de uma Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) comporta as seguintes 
informações:
Informações Gerais da NF-e
- Data em que foi emitida
- Identificação da NF-e [número de série e número da NF-e]
- QR Code
Informações do Emitente (ou Prestador de Serviços)
- CNPJ
- Inscrição Municipal
- Razão Social / Nome Fantasia
- Endereço
- Município / UF
- E-mail
Informações do Recebedor 
- CNPJ
- Inscrição Municipal
- Razão Social / Nome Fantasia
- Endereço
- Município / UF
- E-mail
Dados Complementares
- Município em que o serviço foi prestado
- Regime de Tributação
- Código de Serviço (Ex: 17.19 – Contabilidade, inclusive serviços 
técnicos e auxiliares)
- CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) (Ex: 
6920601 – Atividades de Contabilidade)
Discriminação dos Serviços
- Espaço para descrever o que foi vendido
Ex: Última parcela do serviço de assessoria contábil para o Projeto X
Valores da NF-e
- Valor do Serviço
- Valor Líquido da Nota
Impostos
- Base de Cálculo
- Deduções
Ao efetuar uma venda, é preciso recolher impostos que serão 
repassados ao Município, ao Estado ou a União, como vimos no 
módulo anterior. Alguns impostos incidem em todas as vendas, 
independentemente do tipo do item que está sendo comercializado, 
e outros são exclusivos, dependendo do produto/serviço que está 
sendo vendido.
A utilização da nota fiscal é uma maneira do governo assegurar que 
os impostos ou taxas de tributos estejam sendo computados e 
coletados da maneira correta. Para assegurar a arrecadação e a 
fiscalização é cada vez mais frequente a utilização de diversos tipos 
de nota fiscal eletrônica (MENDES, 2015).
 De acordo com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a sonegação fiscal gira 
em torno de 500 bilhões ao ano. Uma quantia que poderia garantir 
ajuste fiscal, estímulo da economia e diminuição dos tributos.
Desse modo, emitir a nota fiscal é o meio legalmente aprovado para 
registrar as operações efetivas de uma organização. Ela é uma 
obrigação legal prevista na lei 8.846/94. Vale destacar que Nota Fiscal é um 
documento brasileiro de fiscalização, expedido para registrar todas 
as transações de compra e venda de produtos, transferência de bens 
e prestação de serviços.
Lembre-se que, ao realizar qualquer operação comercial, a recusa em 
sua emissão caracteriza crime de sonegação fiscal.
Desse modo, a tecnologia se alia ao negócio para aumentar a 
produtividade e trazer segurança. Pensando nisso, é essencial o uso 
da Nota Fiscal Eletrônica, seja ela de produto ou serviço.
Emitir corretamente a Nota Fiscal eletrônica traz as seguintes 
vantagens para o vendedor, comprador, sociedade e administração 
tributária, segundo Mendes (2015):
Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e)
- Redução de custos de impressão;
- Redução de custos de aquisição de papel;
- Redução de custos de envio do documento fiscal;
- Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais;
- Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de 
Fronteira.
Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e)
- Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de 
mercadorias;
- Planejamento de logística de entrega por conta da recepção 
antecipada da informação da NF-e;
- Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de 
notas fiscais.
Benefícios para a Sociedade
- Redução do consumo de papel, com impacto ecológico;
- Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias;
- Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas.
Benefícios para as Administrações Tributárias
- Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal;
- Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor 
intercâmbio e compartilhamento de informações com o fisco;
- Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação.
Agora que já visualizamos as vantagens de se emitir uma Nota Fiscal 
Eletrônica, vamos então conhecer os tipos de notas fiscais existentes, 
essenciais para que o assistente de faturamento consiga realizar o 
seu trabalho com tranquilidade e eficiência.
NF-e (Nota Fiscal Eletrônica de Produtos ou Mercadorias)
Esse documento substitui o modelo tradicional. É a versão digital, 
emitida e armazenada eletronicamente. A NF-e limita-se a registrar a 
venda de produtos físicos, com cobrança de  ICMS  (Imposto sobre 
Circulação de Mercadoria e Serviços) e  IPI (Imposto sobre Produtos 
Industrializados) e deve ser expedido junto às Secretarias Estaduais da 
Fazenda.
Utilizada sempre em casos de circulação de mercadorias, 
geralmente este tipo de nota fiscal é usado entre pessoas jurídicas.
Ao emitir a NF-e para o comprador, para atestar a operação, a empresa 
deve  enviar um Documento Auxiliar da Nota Fiscal (DANFE) junto com o 
produto, o qual veremos detalhadamente mais adiante.
NFS-e (Nota Fiscal Eletrônica de Serviços)
Como vimos, a NF-e foi desenvolvida para recolher tributos para o 
Estado. No entanto, temos um imposto em particular que é 
repassado ao município, visto no módulo anterior, chamado de 
Imposto Sobre o Serviço, ou simplesmente ISS. Como o próprio nome diz, 
este imposto é destinado apenas aos prestadores de serviços, para 
isso, desenvolveu-se a NFS-e.
A NFS-e é um documento fiscal digital necessário para confirmação de 
prestação de serviço de uma empresa para outra ou para pessoa física. 
Esse modelo de nota deve ser expedido junto à prefeitura em que está 
registrado o CNPJ da empresa prestadora de serviço.
A NFS-e se diferencia por necessitar apenas da Inscrição Municipal, que 
gera o DANFSE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica) e tem 
como característica ser um modelo mais flexível.
Esse modelo é usado para serviços de assinatura, produtos digitais, 
como livros eletrônicos, cursos on-line, entre outros. Ou seja, é 
emitida por qualquer operadora de serviço, como creches, hotéis, 
academias e afins.
NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica)
A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica é a versão digital do Cupom Fiscal, sendo 
emitida apenas quando o comprador é uma Pessoa Física. Supondo que 
um funcionário vá ao supermercado, representando a Pessoa Jurídica 
em que trabalha, e ao efetuar uma compra receba uma NFC-e ou Cupom 
Fiscal (que não tem importância alguma para Pessoa Jurídica), é 
necessário que o funcionário se dirija ao guichê do supermercado e 
solicite uma NF-e, para a empresa conseguir registrar legalmente 
aquela transação que ocorreu entre pessoas jurídicas.
A NFC-e é bastante utilizada pelo varejo para documentar as vendas 
realizadas para pessoas físicas. Como dito, caso a transação ocorra 
com uma pessoa jurídica, é preciso, além da NFC-e, emitir uma NF-e.
Nota Fiscal Complementar
Documento emitido para corrigir quantidade de mercadoria ou valor 
de imposto inferior ao correto. A nota fiscal complementar deve 
explicar o motivo dessa diferença nas seguintes situações:
 • Reajuste de preços ou aumento do valor original do serviço ou do 
produto;
 • Variação na cotação da moeda em exportações;
 • Erro no lançamento.
No final, a nota fiscal “original” somada à nota fiscal complementar 
deve representar a operação correta, em quantidade e valor do 
produto e impostos pagos. 
Por exemplo, imagine que determinada empresa vendeu 20 unidades 
de um produto, mas, ao preencher a nota, registrou apenas 12. Nessa 
situação, é preciso emitir uma nota complementar,

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