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ASSISTENTE DE FATURAMENTO MÓDULO 2 A nota fiscal nada mais é que o registro de uma transação comercial. Neste documento deve constar as principais informações de quem está vendendo e comprando nessa transação, tal como o nome da empresa, CNPJ, descrição do produto ou serviço vendido, valor unitário, valor total e as tributações incididas em cima daquela venda. A estrutura de uma Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) comporta as seguintes informações: Informações Gerais da NF-e - Data em que foi emitida - Identificação da NF-e [número de série e número da NF-e] - QR Code Informações do Emitente (ou Prestador de Serviços) - CNPJ Olá, cursista! Neste segundo módulo você aprenderá o conceito geral de Nota Fiscal, especificações e seus tipos, visando assim desenvolver o correto trabalho para o funcionamento eficaz das empresas; irá conhecer e aprender a diferenciar os conceitos de Receita, Faturamento e Lucro, aplicando assim de forma correta seus cálculos. Ao final deste módulo você estará apto para: • Desenvolver/emitir a Nota Fiscal; • Desempenhar atividades diárias para crescimento da receita, faturamento e lucro exigidas na função e juntamente desenvolver os cálculos de cada um. • Buscar continuamente o crescimento/lucro empresarial de forma correta e eficaz. Bons estudos! - Inscrição Municipal - Razão Social / Nome Fantasia - Endereço - Município / UF - E-mail Informações do Recebedor - CNPJ - Inscrição Municipal - Razão Social / Nome Fantasia - Endereço - Município / UF - E-mail Dados Complementares - Município em que o serviço foi prestado - Regime de Tributação - Código de Serviço (Ex: 17.19 – Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares) - CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) (Ex: 6920601 – Atividades de Contabilidade) Discriminação dos Serviços - Espaço para descrever o que foi vendido Ex: Última parcela do serviço de assessoria contábil para o Projeto X Valores da NF-e - Valor do Serviço - Valor Líquido da Nota Impostos - Base de Cálculo - Deduções Ao efetuar uma venda, é preciso recolher impostos que serão repassados ao Município, ao Estado ou a União, como vimos no módulo anterior. Alguns impostos incidem em todas as vendas, independentemente do tipo do item que está sendo comercializado, e outros são exclusivos, dependendo do produto/serviço que está sendo vendido. A utilização da nota fiscal é uma maneira do governo assegurar que os impostos ou taxas de tributos estejam sendo computados e coletados da maneira correta. Para assegurar a arrecadação e a fiscalização é cada vez mais frequente a utilização de diversos tipos de nota fiscal eletrônica (MENDES, 2015). De acordo com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a sonegação fiscal gira em torno de 500 bilhões ao ano. Uma quantia que poderia garantir ajuste fiscal, estímulo da economia e diminuição dos tributos. Desse modo, emitir a nota fiscal é o meio legalmente aprovado para registrar as operações efetivas de uma organização. Ela é uma obrigação legal prevista na lei 8.846/94. Vale destacar que Nota Fiscal é um documento brasileiro de fiscalização, expedido para registrar todas as transações de compra e venda de produtos, transferência de bens e prestação de serviços. Lembre-se que, ao realizar qualquer operação comercial, a recusa em sua emissão caracteriza crime de sonegação fiscal. Desse modo, a tecnologia se alia ao negócio para aumentar a produtividade e trazer segurança. Pensando nisso, é essencial o uso da Nota Fiscal Eletrônica, seja ela de produto ou serviço. Emitir corretamente a Nota Fiscal eletrônica traz as seguintes vantagens para o vendedor, comprador, sociedade e administração tributária, segundo Mendes (2015): Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e) - Redução de custos de impressão; - Redução de custos de aquisição de papel; - Redução de custos de envio do documento fiscal; - Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais; - Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira. Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e) - Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias; - Planejamento de logística de entrega por conta da recepção antecipada da informação da NF-e; - Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de notas fiscais. Benefícios para a Sociedade - Redução do consumo de papel, com impacto ecológico; - Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias; - Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas. Benefícios para as Administrações Tributárias - Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal; - Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio e compartilhamento de informações com o fisco; - Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação. Agora que já visualizamos as vantagens de se emitir uma Nota Fiscal Eletrônica, vamos então conhecer os tipos de notas fiscais existentes, essenciais para que o assistente de faturamento consiga realizar o seu trabalho com tranquilidade e eficiência. NF-e (Nota Fiscal Eletrônica de Produtos ou Mercadorias) Esse documento substitui o modelo tradicional. É a versão digital, emitida e armazenada eletronicamente. A NF-e limita-se a registrar a venda de produtos físicos, com cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e deve ser expedido junto às Secretarias Estaduais da Fazenda. Utilizada sempre em casos de circulação de mercadorias, geralmente este tipo de nota fiscal é usado entre pessoas jurídicas. Ao emitir a NF-e para o comprador, para atestar a operação, a empresa deve enviar um Documento Auxiliar da Nota Fiscal (DANFE) junto com o produto, o qual veremos detalhadamente mais adiante. NFS-e (Nota Fiscal Eletrônica de Serviços) Como vimos, a NF-e foi desenvolvida para recolher tributos para o Estado. No entanto, temos um imposto em particular que é repassado ao município, visto no módulo anterior, chamado de Imposto Sobre o Serviço, ou simplesmente ISS. Como o próprio nome diz, este imposto é destinado apenas aos prestadores de serviços, para isso, desenvolveu-se a NFS-e. A NFS-e é um documento fiscal digital necessário para confirmação de prestação de serviço de uma empresa para outra ou para pessoa física. Esse modelo de nota deve ser expedido junto à prefeitura em que está registrado o CNPJ da empresa prestadora de serviço. A NFS-e se diferencia por necessitar apenas da Inscrição Municipal, que gera o DANFSE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica) e tem como característica ser um modelo mais flexível. Esse modelo é usado para serviços de assinatura, produtos digitais, como livros eletrônicos, cursos on-line, entre outros. Ou seja, é emitida por qualquer operadora de serviço, como creches, hotéis, academias e afins. NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica) A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica é a versão digital do Cupom Fiscal, sendo emitida apenas quando o comprador é uma Pessoa Física. Supondo que um funcionário vá ao supermercado, representando a Pessoa Jurídica em que trabalha, e ao efetuar uma compra receba uma NFC-e ou Cupom Fiscal (que não tem importância alguma para Pessoa Jurídica), é necessário que o funcionário se dirija ao guichê do supermercado e solicite uma NF-e, para a empresa conseguir registrar legalmente aquela transação que ocorreu entre pessoas jurídicas. A NFC-e é bastante utilizada pelo varejo para documentar as vendas realizadas para pessoas físicas. Como dito, caso a transação ocorra com uma pessoa jurídica, é preciso, além da NFC-e, emitir uma NF-e. Nota Fiscal Complementar Documento emitido para corrigir quantidade de mercadoria ou valor de imposto inferior ao correto. A nota fiscal complementar deve explicar o motivo dessa diferença nas seguintes situações: • Reajuste de preços ou aumento do valor original do serviço ou do produto; •Variação na cotação da moeda em exportações; • Erro no lançamento. No final, a nota fiscal “original” somada à nota fiscal complementar deve representar a operação correta, em quantidade e valor do produto e impostos pagos. Por exemplo, imagine que determinada empresa vendeu 20 unidades de um produto, mas, ao preencher a nota, registrou apenas 12. Nessa situação, é preciso emitir uma nota complementar, a fim de acrescentar os itens que faltam e pagar os impostos que não constaram na nota fiscal “original”. Nota Fiscal Denegada Trata-se de um documento gerado quando for constatado que existem irregularidades fiscais de uma das partes envolvidas na transação. Uma nota fiscal é denegada quando: • O emitente está irregular; • O destinatário está irregular; • O destinatário não está habilitado para realizar transações no estado. DICA: É preciso ter atenção com uma nota fiscal denegada, pois a sua numeração não poderá ser mais utilizada. Nota Fiscal Avulsa (NFA-e) A Nota Fiscal Avulsa Eletrônica é a alternativa utilizada por MEIs que não fazem vendas com frequência e precisam documentar uma venda. A NFA-e é um comprovante voltado para empresas que não realizam vendas com frequência, ou para aqueles que não têm como uma de suas obrigações a emissão da Nota Fiscal de Produto (NF-e) e de Serviço Eletrônica (NFS-e). Diante disso, tomamos como exemplo as atividades de micro e pequenas empresas, profissionais autônomos (sem CNPJ) e o Microempreendedor Individual (MEI). Para exemplificar, vamos imaginar a seguinte situação: Determinado microempreendedor realiza um total de duas vendas por mês para uma pessoa jurídica. Esta pessoa jurídica exige a emissão de uma nota fiscal para legitimar a transação. Diante dessa situação, a NFA-e aparece como a solução do MEI que não emite notas fiscais. A NFA-e pode ser emitida pelo MEI no site da Secretaria da Fazenda (Sefaz). DICA: A Nota Fiscal Avulsa também pode ser gerada em papel, não apenas no formato eletrônico. Entretanto, a decisão final é estabelecida pela legislação estadual ou municipal, responsável por fazer essa regulamentação. Para melhor compreensão, vamos ver como funciona a tributação na prática. A Indústria de Sorvetes Kaskata Ltda, localizada no Espírito Santo, vendeu 350 caixas de sorvetes para uma lanchonete, ao preço total de R$ 2.250,00. Sabemos que a alíquota do ICMS no estado do Espírito Santo é de 17%, enquanto a alíquota do IPI do sorvete é de 5%. Vamos calcular o valor dos impostos para saber o valor final da nota fiscal dessa venda. Para calcular o ICMS é preciso encontrar os 17% da alíquota em cima do valor da venda (2250,00). 17% de 2250,00 = 382,50 O mesmo deve ser feito para encontrar os 5% referentes ao IPI. 5% de 2250,00 = 112,50 Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é: 2250,00 (sorvete) + 382,50 (ICMS) + 112,50 (IPI) = R$ 2.745,00 Desses R$ 2.745,00, R$ 382,50 vão ser destinados ao Estado e R$ 112,50 serão recolhidos pela União. Para fixar de vez, vamos ver um exemplo de tributação agora na venda de um serviço. Vamos supor que uma loja de eletroeletrônicos, localizada no município de Vitória/ES, tenha realizado uma venda de um ar-condicionado no valor de R$ 1.200,00 e um celular no valor de R$ 700,00. A loja cobra R$ 100,00 pela instalação do ar-condicionado. Sabemos que a alíquota do ICMS no Espírito Santo é de 17% e o a do ISS é de 5% no município de Vitória. Com essas informações, conseguimos calcular o valor fiscal da nota fiscal que será emitida pelo faturamento da loja. Primeiro, vamos calcular quanto incidirá de ICMS nessa venda. Para isso, vamos tirar 17% (alíquota ICMS) de R$ 1.900,00 (ar-condicionado + celular): 17% de 1900 = R$ 323,00 Agora, para descobrir quanto de ISS será recolhido, é preciso calcular 5% (alíquota ISS) de R$ 100,00 (serviço prestado): 5% de 100 = R$ 5,00 Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é o somatório de todos os serviços e produtos vendidos mais os impostos de cada um deles. 1900,00 (ar-condicionado + celular) + 100,00 (serviço de instalação) + 323,00 (ICMS) + 5,00 (ISS) = R$ 2.328,00 Do valor total da nota de R$ 2.328,00, o Estado irá recolher R$ 323,00 pelo produto vendido e o Município vai recolher R$ 5,00 pelo serviço prestado. Vale a pena lembrar e fixar que o ICMS é o imposto referente a venda de produtos e o ISS é o imposto referente a prestação de serviços. Estudando esse exemplo vimos uma palavra nova e muito comum na vida de um faturista: receita. Vamos então compreender melhor do que se trata, suas características e variações. 2 Nota Fiscal A nota fiscal nada mais é que o registro de uma transação comercial. Neste documento deve constar as principais informações de quem está vendendo e comprando nessa transação, tal como o nome da empresa, CNPJ, descrição do produto ou serviço vendido, valor unitário, valor total e as tributações incididas em cima daquela venda. A estrutura de uma Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) comporta as seguintes informações: Informações Gerais da NF-e - Data em que foi emitida - Identificação da NF-e [número de série e número da NF-e] - QR Code Informações do Emitente (ou Prestador de Serviços) - CNPJ Fonte: Freepik - Inscrição Municipal - Razão Social / Nome Fantasia - Endereço - Município / UF - E-mail Informações do Recebedor - CNPJ - Inscrição Municipal - Razão Social / Nome Fantasia - Endereço - Município / UF - E-mail Dados Complementares - Município em que o serviço foi prestado - Regime de Tributação - Código de Serviço (Ex: 17.19 – Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares) - CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) (Ex: 6920601 – Atividades de Contabilidade) Discriminação dos Serviços - Espaço para descrever o que foi vendido Ex: Última parcela do serviço de assessoria contábil para o Projeto X Valores da NF-e - Valor do Serviço - Valor Líquido da Nota Impostos - Base de Cálculo - Deduções Ao efetuar uma venda, é preciso recolher impostos que serão repassados ao Município, ao Estado ou a União, como vimos no módulo anterior. Alguns impostos incidem em todas as vendas, independentemente do tipo do item que está sendo comercializado, e outros são exclusivos, dependendo do produto/serviço que está sendo vendido. A utilização da nota fiscal é uma maneira do governo assegurar que os impostos ou taxas de tributos estejam sendo computados e coletados da maneira correta. Para assegurar a arrecadação e a fiscalização é cada vez mais frequente a utilização de diversos tipos de nota fiscal eletrônica (MENDES, 2015). De acordo com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a sonegação fiscal gira em torno de 500 bilhões ao ano. Uma quantia que poderia garantir ajuste fiscal, estímulo da economia e diminuição dos tributos. Desse modo, emitir a nota fiscal é o meio legalmente aprovado para registrar as operações efetivas de uma organização. Ela é uma obrigação legal prevista na lei 8.846/94. Vale destacar que Nota Fiscal é um documento brasileiro de fiscalização, expedido para registrar todas as transações de compra e venda de produtos, transferência de bens e prestação de serviços. Lembre-se que, ao realizar qualquer operação comercial, a recusa em sua emissão caracteriza crime de sonegação fiscal. Desse modo, a tecnologia se alia ao negócio para aumentar a produtividade e trazer segurança. Pensando nisso, é essencial o uso da Nota Fiscal Eletrônica, seja ela de produto ou serviço. Emitir corretamente a Nota Fiscal eletrônica traz as seguintes vantagens para o vendedor, comprador, sociedade e administração tributária, segundo Mendes (2015): Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e) - Redução de custos de impressão; - Redução de custos de aquisição de papel; - Redução de custos de envio do documento fiscal; - Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais; - Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira.Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e) - Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias; - Planejamento de logística de entrega por conta da recepção antecipada da informação da NF-e; - Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de notas fiscais. Benefícios para a Sociedade - Redução do consumo de papel, com impacto ecológico; - Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias; - Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas. Benefícios para as Administrações Tributárias - Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal; - Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio e compartilhamento de informações com o fisco; - Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação. Agora que já visualizamos as vantagens de se emitir uma Nota Fiscal Eletrônica, vamos então conhecer os tipos de notas fiscais existentes, essenciais para que o assistente de faturamento consiga realizar o seu trabalho com tranquilidade e eficiência. NF-e (Nota Fiscal Eletrônica de Produtos ou Mercadorias) Esse documento substitui o modelo tradicional. É a versão digital, emitida e armazenada eletronicamente. A NF-e limita-se a registrar a venda de produtos físicos, com cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e deve ser expedido junto às Secretarias Estaduais da Fazenda. Utilizada sempre em casos de circulação de mercadorias, geralmente este tipo de nota fiscal é usado entre pessoas jurídicas. Ao emitir a NF-e para o comprador, para atestar a operação, a empresa deve enviar um Documento Auxiliar da Nota Fiscal (DANFE) junto com o produto, o qual veremos detalhadamente mais adiante. NFS-e (Nota Fiscal Eletrônica de Serviços) Como vimos, a NF-e foi desenvolvida para recolher tributos para o Estado. No entanto, temos um imposto em particular que é repassado ao município, visto no módulo anterior, chamado de Imposto Sobre o Serviço, ou simplesmente ISS. Como o próprio nome diz, este imposto é destinado apenas aos prestadores de serviços, para isso, desenvolveu-se a NFS-e. A NFS-e é um documento fiscal digital necessário para confirmação de prestação de serviço de uma empresa para outra ou para pessoa física. Esse modelo de nota deve ser expedido junto à prefeitura em que está registrado o CNPJ da empresa prestadora de serviço. A NFS-e se diferencia por necessitar apenas da Inscrição Municipal, que gera o DANFSE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica) e tem como característica ser um modelo mais flexível. Esse modelo é usado para serviços de assinatura, produtos digitais, como livros eletrônicos, cursos on-line, entre outros. Ou seja, é emitida por qualquer operadora de serviço, como creches, hotéis, academias e afins. NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica) A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica é a versão digital do Cupom Fiscal, sendo emitida apenas quando o comprador é uma Pessoa Física. Supondo que um funcionário vá ao supermercado, representando a Pessoa Jurídica em que trabalha, e ao efetuar uma compra receba uma NFC-e ou Cupom Fiscal (que não tem importância alguma para Pessoa Jurídica), é necessário que o funcionário se dirija ao guichê do supermercado e solicite uma NF-e, para a empresa conseguir registrar legalmente aquela transação que ocorreu entre pessoas jurídicas. A NFC-e é bastante utilizada pelo varejo para documentar as vendas realizadas para pessoas físicas. Como dito, caso a transação ocorra com uma pessoa jurídica, é preciso, além da NFC-e, emitir uma NF-e. Nota Fiscal Complementar Documento emitido para corrigir quantidade de mercadoria ou valor de imposto inferior ao correto. A nota fiscal complementar deve explicar o motivo dessa diferença nas seguintes situações: • Reajuste de preços ou aumento do valor original do serviço ou do produto; • Variação na cotação da moeda em exportações; • Erro no lançamento. No final, a nota fiscal “original” somada à nota fiscal complementar deve representar a operação correta, em quantidade e valor do produto e impostos pagos. Por exemplo, imagine que determinada empresa vendeu 20 unidades de um produto, mas, ao preencher a nota, registrou apenas 12. Nessa situação, é preciso emitir uma nota complementar, a fim de acrescentar os itens que faltam e pagar os impostos que não constaram na nota fiscal “original”. Nota Fiscal Denegada Trata-se de um documento gerado quando for constatado que existem irregularidades fiscais de uma das partes envolvidas na transação. Uma nota fiscal é denegada quando: • O emitente está irregular; • O destinatário está irregular; • O destinatário não está habilitado para realizar transações no estado. DICA: É preciso ter atenção com uma nota fiscal denegada, pois a sua numeração não poderá ser mais utilizada. Nota Fiscal Avulsa (NFA-e) A Nota Fiscal Avulsa Eletrônica é a alternativa utilizada por MEIs que não fazem vendas com frequência e precisam documentar uma venda. A NFA-e é um comprovante voltado para empresas que não realizam vendas com frequência, ou para aqueles que não têm como uma de suas obrigações a emissão da Nota Fiscal de Produto (NF-e) e de Serviço Eletrônica (NFS-e). Diante disso, tomamos como exemplo as atividades de micro e pequenas empresas, profissionais autônomos (sem CNPJ) e o Microempreendedor Individual (MEI). Para exemplificar, vamos imaginar a seguinte situação: Determinado microempreendedor realiza um total de duas vendas por mês para uma pessoa jurídica. Esta pessoa jurídica exige a emissão de uma nota fiscal para legitimar a transação. Diante dessa situação, a NFA-e aparece como a solução do MEI que não emite notas fiscais. A NFA-e pode ser emitida pelo MEI no site da Secretaria da Fazenda (Sefaz). DICA: A Nota Fiscal Avulsa também pode ser gerada em papel, não apenas no formato eletrônico. Entretanto, a decisão final é estabelecida pela legislação estadual ou municipal, responsável por fazer essa regulamentação. Para melhor compreensão, vamos ver como funciona a tributação na prática. A Indústria de Sorvetes Kaskata Ltda, localizada no Espírito Santo, vendeu 350 caixas de sorvetes para uma lanchonete, ao preço total de R$ 2.250,00. Sabemos que a alíquota do ICMS no estado do Espírito Santo é de 17%, enquanto a alíquota do IPI do sorvete é de 5%. Vamos calcular o valor dos impostos para saber o valor final da nota fiscal dessa venda. Para calcular o ICMS é preciso encontrar os 17% da alíquota em cima do valor da venda (2250,00). 17% de 2250,00 = 382,50 O mesmo deve ser feito para encontrar os 5% referentes ao IPI. 5% de 2250,00 = 112,50 Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é: 2250,00 (sorvete) + 382,50 (ICMS) + 112,50 (IPI) = R$ 2.745,00 Desses R$ 2.745,00, R$ 382,50 vão ser destinados ao Estado e R$ 112,50 serão recolhidos pela União. Para fixar de vez, vamos ver um exemplo de tributação agora na venda de um serviço. Vamos supor que uma loja de eletroeletrônicos, localizada no município de Vitória/ES, tenha realizado uma venda de um ar-condicionado no valor de R$ 1.200,00 e um celular no valor de R$ 700,00. A loja cobra R$ 100,00 pela instalação do ar-condicionado. Sabemos que a alíquota do ICMS no Espírito Santo é de 17% e o a do ISS é de 5% no município de Vitória. Com essas informações, conseguimos calcular o valor fiscal da nota fiscal que será emitida pelo faturamento da loja. Primeiro, vamos calcular quanto incidirá de ICMS nessa venda. Para isso, vamos tirar 17% (alíquota ICMS) de R$ 1.900,00 (ar-condicionado + celular): 17% de 1900 = R$ 323,00 Agora, para descobrir quanto de ISS será recolhido, é preciso calcular 5% (alíquota ISS) de R$ 100,00 (serviço prestado): 5% de 100 = R$ 5,00 Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é o somatório de todos os serviços e produtos vendidos mais os impostos de cada umdeles. 1900,00 (ar-condicionado + celular) + 100,00 (serviço de instalação) + 323,00 (ICMS) + 5,00 (ISS) = R$ 2.328,00 Do valor total da nota de R$ 2.328,00, o Estado irá recolher R$ 323,00 pelo produto vendido e o Município vai recolher R$ 5,00 pelo serviço prestado. Vale a pena lembrar e fixar que o ICMS é o imposto referente a venda de produtos e o ISS é o imposto referente a prestação de serviços. Estudando esse exemplo vimos uma palavra nova e muito comum na vida de um faturista: receita. Vamos então compreender melhor do que se trata, suas características e variações. 3 A nota fiscal nada mais é que o registro de uma transação comercial. Neste documento deve constar as principais informações de quem está vendendo e comprando nessa transação, tal como o nome da empresa, CNPJ, descrição do produto ou serviço vendido, valor unitário, valor total e as tributações incididas em cima daquela venda. A estrutura de uma Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) comporta as seguintes informações: Informações Gerais da NF-e - Data em que foi emitida - Identificação da NF-e [número de série e número da NF-e] - QR Code Informações do Emitente (ou Prestador de Serviços) - CNPJ - Inscrição Municipal - Razão Social / Nome Fantasia - Endereço - Município / UF - E-mail Informações do Recebedor - CNPJ - Inscrição Municipal - Razão Social / Nome Fantasia - Endereço - Município / UF - E-mail Dados Complementares - Município em que o serviço foi prestado - Regime de Tributação - Código de Serviço (Ex: 17.19 – Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares) - CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) (Ex: 6920601 – Atividades de Contabilidade) Discriminação dos Serviços - Espaço para descrever o que foi vendido Ex: Última parcela do serviço de assessoria contábil para o Projeto X Valores da NF-e - Valor do Serviço - Valor Líquido da Nota Impostos - Base de Cálculo - Deduções Ao efetuar uma venda, é preciso recolher impostos que serão repassados ao Município, ao Estado ou a União, como vimos no módulo anterior. Alguns impostos incidem em todas as vendas, independentemente do tipo do item que está sendo comercializado, e outros são exclusivos, dependendo do produto/serviço que está sendo vendido. A utilização da nota fiscal é uma maneira do governo assegurar que os impostos ou taxas de tributos estejam sendo computados e coletados da maneira correta. Para assegurar a arrecadação e a fiscalização é cada vez mais frequente a utilização de diversos tipos de nota fiscal eletrônica (MENDES, 2015). De acordo com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a sonegação fiscal gira em torno de 500 bilhões ao ano. Uma quantia que poderia garantir ajuste fiscal, estímulo da economia e diminuição dos tributos. Desse modo, emitir a nota fiscal é o meio legalmente aprovado para registrar as operações efetivas de uma organização. Ela é uma obrigação legal prevista na lei 8.846/94. Vale destacar que Nota Fiscal é um documento brasileiro de fiscalização, expedido para registrar todas as transações de compra e venda de produtos, transferência de bens e prestação de serviços. Lembre-se que, ao realizar qualquer operação comercial, a recusa em sua emissão caracteriza crime de sonegação fiscal. Desse modo, a tecnologia se alia ao negócio para aumentar a produtividade e trazer segurança. Pensando nisso, é essencial o uso da Nota Fiscal Eletrônica, seja ela de produto ou serviço. Emitir corretamente a Nota Fiscal eletrônica traz as seguintes vantagens para o vendedor, comprador, sociedade e administração tributária, segundo Mendes (2015): Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e) - Redução de custos de impressão; - Redução de custos de aquisição de papel; - Redução de custos de envio do documento fiscal; - Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais; - Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira. Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e) - Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias; - Planejamento de logística de entrega por conta da recepção antecipada da informação da NF-e; - Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de notas fiscais. Benefícios para a Sociedade - Redução do consumo de papel, com impacto ecológico; - Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias; - Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas. Benefícios para as Administrações Tributárias - Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal; - Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio e compartilhamento de informações com o fisco; - Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação. Agora que já visualizamos as vantagens de se emitir uma Nota Fiscal Eletrônica, vamos então conhecer os tipos de notas fiscais existentes, essenciais para que o assistente de faturamento consiga realizar o seu trabalho com tranquilidade e eficiência. NF-e (Nota Fiscal Eletrônica de Produtos ou Mercadorias) Esse documento substitui o modelo tradicional. É a versão digital, emitida e armazenada eletronicamente. A NF-e limita-se a registrar a venda de produtos físicos, com cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e deve ser expedido junto às Secretarias Estaduais da Fazenda. Utilizada sempre em casos de circulação de mercadorias, geralmente este tipo de nota fiscal é usado entre pessoas jurídicas. Ao emitir a NF-e para o comprador, para atestar a operação, a empresa deve enviar um Documento Auxiliar da Nota Fiscal (DANFE) junto com o produto, o qual veremos detalhadamente mais adiante. NFS-e (Nota Fiscal Eletrônica de Serviços) Como vimos, a NF-e foi desenvolvida para recolher tributos para o Estado. No entanto, temos um imposto em particular que é repassado ao município, visto no módulo anterior, chamado de Imposto Sobre o Serviço, ou simplesmente ISS. Como o próprio nome diz, este imposto é destinado apenas aos prestadores de serviços, para isso, desenvolveu-se a NFS-e. A NFS-e é um documento fiscal digital necessário para confirmação de prestação de serviço de uma empresa para outra ou para pessoa física. Esse modelo de nota deve ser expedido junto à prefeitura em que está registrado o CNPJ da empresa prestadora de serviço. A NFS-e se diferencia por necessitar apenas da Inscrição Municipal, que gera o DANFSE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica) e tem como característica ser um modelo mais flexível. Esse modelo é usado para serviços de assinatura, produtos digitais, como livros eletrônicos, cursos on-line, entre outros. Ou seja, é emitida por qualquer operadora de serviço, como creches, hotéis, academias e afins. NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica) A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica é a versão digital do Cupom Fiscal, sendo emitida apenas quando o comprador é uma Pessoa Física. Supondo que um funcionário vá ao supermercado, representando a Pessoa Jurídica em que trabalha, e ao efetuar uma compra receba uma NFC-e ou Cupom Fiscal (que não tem importância alguma para Pessoa Jurídica), é necessário que o funcionário se dirija ao guichê do supermercado e solicite uma NF-e, para a empresa conseguir registrar legalmente aquela transação que ocorreu entre pessoas jurídicas. A NFC-e é bastante utilizada pelo varejo para documentar as vendas realizadas para pessoas físicas. Como dito, caso a transação ocorra com uma pessoa jurídica, é preciso, além da NFC-e, emitir uma NF-e. Nota Fiscal Complementar Documento emitido para corrigir quantidade de mercadoria ou valor de imposto inferior ao correto. A nota fiscal complementar deve explicar o motivo dessa diferença nas seguintes situações: • Reajuste de preços ou aumento do valor original do serviço ou do produto; • Variação na cotação da moeda em exportações; • Erro no lançamento. No final, a nota fiscal “original” somada ànota fiscal complementar deve representar a operação correta, em quantidade e valor do produto e impostos pagos. Por exemplo, imagine que determinada empresa vendeu 20 unidades de um produto, mas, ao preencher a nota, registrou apenas 12. Nessa situação, é preciso emitir uma nota complementar, a fim de acrescentar os itens que faltam e pagar os impostos que não constaram na nota fiscal “original”. Nota Fiscal Denegada Trata-se de um documento gerado quando for constatado que existem irregularidades fiscais de uma das partes envolvidas na transação. Uma nota fiscal é denegada quando: • O emitente está irregular; • O destinatário está irregular; • O destinatário não está habilitado para realizar transações no estado. DICA: É preciso ter atenção com uma nota fiscal denegada, pois a sua numeração não poderá ser mais utilizada. Nota Fiscal Avulsa (NFA-e) A Nota Fiscal Avulsa Eletrônica é a alternativa utilizada por MEIs que não fazem vendas com frequência e precisam documentar uma venda. A NFA-e é um comprovante voltado para empresas que não realizam vendas com frequência, ou para aqueles que não têm como uma de suas obrigações a emissão da Nota Fiscal de Produto (NF-e) e de Serviço Eletrônica (NFS-e). Diante disso, tomamos como exemplo as atividades de micro e pequenas empresas, profissionais autônomos (sem CNPJ) e o Microempreendedor Individual (MEI). Para exemplificar, vamos imaginar a seguinte situação: Determinado microempreendedor realiza um total de duas vendas por mês para uma pessoa jurídica. Esta pessoa jurídica exige a emissão de uma nota fiscal para legitimar a transação. Diante dessa situação, a NFA-e aparece como a solução do MEI que não emite notas fiscais. A NFA-e pode ser emitida pelo MEI no site da Secretaria da Fazenda (Sefaz). DICA: A Nota Fiscal Avulsa também pode ser gerada em papel, não apenas no formato eletrônico. Entretanto, a decisão final é estabelecida pela legislação estadual ou municipal, responsável por fazer essa regulamentação. Para melhor compreensão, vamos ver como funciona a tributação na prática. A Indústria de Sorvetes Kaskata Ltda, localizada no Espírito Santo, vendeu 350 caixas de sorvetes para uma lanchonete, ao preço total de R$ 2.250,00. Sabemos que a alíquota do ICMS no estado do Espírito Santo é de 17%, enquanto a alíquota do IPI do sorvete é de 5%. Vamos calcular o valor dos impostos para saber o valor final da nota fiscal dessa venda. Para calcular o ICMS é preciso encontrar os 17% da alíquota em cima do valor da venda (2250,00). 17% de 2250,00 = 382,50 O mesmo deve ser feito para encontrar os 5% referentes ao IPI. 5% de 2250,00 = 112,50 Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é: 2250,00 (sorvete) + 382,50 (ICMS) + 112,50 (IPI) = R$ 2.745,00 Desses R$ 2.745,00, R$ 382,50 vão ser destinados ao Estado e R$ 112,50 serão recolhidos pela União. Para fixar de vez, vamos ver um exemplo de tributação agora na venda de um serviço. Vamos supor que uma loja de eletroeletrônicos, localizada no município de Vitória/ES, tenha realizado uma venda de um ar-condicionado no valor de R$ 1.200,00 e um celular no valor de R$ 700,00. A loja cobra R$ 100,00 pela instalação do ar-condicionado. Sabemos que a alíquota do ICMS no Espírito Santo é de 17% e o a do ISS é de 5% no município de Vitória. Com essas informações, conseguimos calcular o valor fiscal da nota fiscal que será emitida pelo faturamento da loja. Primeiro, vamos calcular quanto incidirá de ICMS nessa venda. Para isso, vamos tirar 17% (alíquota ICMS) de R$ 1.900,00 (ar-condicionado + celular): 17% de 1900 = R$ 323,00 Agora, para descobrir quanto de ISS será recolhido, é preciso calcular 5% (alíquota ISS) de R$ 100,00 (serviço prestado): 5% de 100 = R$ 5,00 Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é o somatório de todos os serviços e produtos vendidos mais os impostos de cada um deles. 1900,00 (ar-condicionado + celular) + 100,00 (serviço de instalação) + 323,00 (ICMS) + 5,00 (ISS) = R$ 2.328,00 Do valor total da nota de R$ 2.328,00, o Estado irá recolher R$ 323,00 pelo produto vendido e o Município vai recolher R$ 5,00 pelo serviço prestado. Vale a pena lembrar e fixar que o ICMS é o imposto referente a venda de produtos e o ISS é o imposto referente a prestação de serviços. Estudando esse exemplo vimos uma palavra nova e muito comum na vida de um faturista: receita. Vamos então compreender melhor do que se trata, suas características e variações. 4 A nota fiscal nada mais é que o registro de uma transação comercial. Neste documento deve constar as principais informações de quem está vendendo e comprando nessa transação, tal como o nome da empresa, CNPJ, descrição do produto ou serviço vendido, valor unitário, valor total e as tributações incididas em cima daquela venda. A estrutura de uma Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) comporta as seguintes informações: Informações Gerais da NF-e - Data em que foi emitida - Identificação da NF-e [número de série e número da NF-e] - QR Code Informações do Emitente (ou Prestador de Serviços) - CNPJ - Inscrição Municipal - Razão Social / Nome Fantasia - Endereço - Município / UF - E-mail Informações do Recebedor - CNPJ - Inscrição Municipal - Razão Social / Nome Fantasia - Endereço - Município / UF - E-mail Dados Complementares - Município em que o serviço foi prestado - Regime de Tributação - Código de Serviço (Ex: 17.19 – Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares) - CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) (Ex: 6920601 – Atividades de Contabilidade) Discriminação dos Serviços - Espaço para descrever o que foi vendido Ex: Última parcela do serviço de assessoria contábil para o Projeto X Valores da NF-e - Valor do Serviço - Valor Líquido da Nota Impostos - Base de Cálculo - Deduções Ao efetuar uma venda, é preciso recolher impostos que serão repassados ao Município, ao Estado ou a União, como vimos no módulo anterior. Alguns impostos incidem em todas as vendas, independentemente do tipo do item que está sendo comercializado, e outros são exclusivos, dependendo do produto/serviço que está sendo vendido. A utilização da nota fiscal é uma maneira do governo assegurar que os impostos ou taxas de tributos estejam sendo computados e coletados da maneira correta. Para assegurar a arrecadação e a fiscalização é cada vez mais frequente a utilização de diversos tipos de nota fiscal eletrônica (MENDES, 2015). De acordo com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a sonegação fiscal gira em torno de 500 bilhões ao ano. Uma quantia que poderia garantir ajuste fiscal, estímulo da economia e diminuição dos tributos. Desse modo, emitir a nota fiscal é o meio legalmente aprovado para registrar as operações efetivas de uma organização. Ela é uma obrigação legal prevista na lei 8.846/94. Vale destacar que Nota Fiscal é um documento brasileiro de fiscalização, expedido para registrar todas as transações de compra e venda de produtos, transferência de bens e prestação de serviços. Lembre-se que, ao realizar qualquer operação comercial, a recusa em sua emissão caracteriza crime de sonegação fiscal. Desse modo, a tecnologia se alia ao negócio para aumentar a produtividade e trazer segurança. Pensando nisso, é essencial o uso da Nota Fiscal Eletrônica, seja ela de produto ou serviço. Emitir corretamente a Nota Fiscal eletrônica traz as seguintes vantagens para o vendedor, comprador, sociedade e administração tributária, segundo Mendes (2015): Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e) - Redução de custos de impressão; - Redução de custos de aquisição de papel; - Redução de custos de envio do documento fiscal; - Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais; - Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira. Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e) - Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias; - Planejamentode logística de entrega por conta da recepção antecipada da informação da NF-e; - Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de notas fiscais. Benefícios para a Sociedade - Redução do consumo de papel, com impacto ecológico; - Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias; - Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas. Benefícios para as Administrações Tributárias - Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal; - Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio e compartilhamento de informações com o fisco; - Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação. Agora que já visualizamos as vantagens de se emitir uma Nota Fiscal Eletrônica, vamos então conhecer os tipos de notas fiscais existentes, essenciais para que o assistente de faturamento consiga realizar o seu trabalho com tranquilidade e eficiência. NF-e (Nota Fiscal Eletrônica de Produtos ou Mercadorias) Esse documento substitui o modelo tradicional. É a versão digital, emitida e armazenada eletronicamente. A NF-e limita-se a registrar a venda de produtos físicos, com cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e deve ser expedido junto às Secretarias Estaduais da Fazenda. Utilizada sempre em casos de circulação de mercadorias, geralmente este tipo de nota fiscal é usado entre pessoas jurídicas. Ao emitir a NF-e para o comprador, para atestar a operação, a empresa deve enviar um Documento Auxiliar da Nota Fiscal (DANFE) junto com o produto, o qual veremos detalhadamente mais adiante. NFS-e (Nota Fiscal Eletrônica de Serviços) Como vimos, a NF-e foi desenvolvida para recolher tributos para o Estado. No entanto, temos um imposto em particular que é repassado ao município, visto no módulo anterior, chamado de Imposto Sobre o Serviço, ou simplesmente ISS. Como o próprio nome diz, este imposto é destinado apenas aos prestadores de serviços, para isso, desenvolveu-se a NFS-e. A NFS-e é um documento fiscal digital necessário para confirmação de prestação de serviço de uma empresa para outra ou para pessoa física. Esse modelo de nota deve ser expedido junto à prefeitura em que está registrado o CNPJ da empresa prestadora de serviço. A NFS-e se diferencia por necessitar apenas da Inscrição Municipal, que gera o DANFSE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica) e tem como característica ser um modelo mais flexível. Esse modelo é usado para serviços de assinatura, produtos digitais, como livros eletrônicos, cursos on-line, entre outros. Ou seja, é emitida por qualquer operadora de serviço, como creches, hotéis, academias e afins. NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica) A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica é a versão digital do Cupom Fiscal, sendo emitida apenas quando o comprador é uma Pessoa Física. Supondo que um funcionário vá ao supermercado, representando a Pessoa Jurídica em que trabalha, e ao efetuar uma compra receba uma NFC-e ou Cupom Fiscal (que não tem importância alguma para Pessoa Jurídica), é necessário que o funcionário se dirija ao guichê do supermercado e solicite uma NF-e, para a empresa conseguir registrar legalmente aquela transação que ocorreu entre pessoas jurídicas. A NFC-e é bastante utilizada pelo varejo para documentar as vendas realizadas para pessoas físicas. Como dito, caso a transação ocorra com uma pessoa jurídica, é preciso, além da NFC-e, emitir uma NF-e. Nota Fiscal Complementar Documento emitido para corrigir quantidade de mercadoria ou valor de imposto inferior ao correto. A nota fiscal complementar deve explicar o motivo dessa diferença nas seguintes situações: • Reajuste de preços ou aumento do valor original do serviço ou do produto; • Variação na cotação da moeda em exportações; • Erro no lançamento. No final, a nota fiscal “original” somada à nota fiscal complementar deve representar a operação correta, em quantidade e valor do produto e impostos pagos. Por exemplo, imagine que determinada empresa vendeu 20 unidades de um produto, mas, ao preencher a nota, registrou apenas 12. Nessa situação, é preciso emitir uma nota complementar, a fim de acrescentar os itens que faltam e pagar os impostos que não constaram na nota fiscal “original”. Nota Fiscal Denegada Trata-se de um documento gerado quando for constatado que existem irregularidades fiscais de uma das partes envolvidas na transação. Uma nota fiscal é denegada quando: • O emitente está irregular; • O destinatário está irregular; • O destinatário não está habilitado para realizar transações no estado. DICA: É preciso ter atenção com uma nota fiscal denegada, pois a sua numeração não poderá ser mais utilizada. Nota Fiscal Avulsa (NFA-e) A Nota Fiscal Avulsa Eletrônica é a alternativa utilizada por MEIs que não fazem vendas com frequência e precisam documentar uma venda. A NFA-e é um comprovante voltado para empresas que não realizam vendas com frequência, ou para aqueles que não têm como uma de suas obrigações a emissão da Nota Fiscal de Produto (NF-e) e de Serviço Eletrônica (NFS-e). Diante disso, tomamos como exemplo as atividades de micro e pequenas empresas, profissionais autônomos (sem CNPJ) e o Microempreendedor Individual (MEI). Para exemplificar, vamos imaginar a seguinte situação: Determinado microempreendedor realiza um total de duas vendas por mês para uma pessoa jurídica. Esta pessoa jurídica exige a emissão de uma nota fiscal para legitimar a transação. Diante dessa situação, a NFA-e aparece como a solução do MEI que não emite notas fiscais. A NFA-e pode ser emitida pelo MEI no site da Secretaria da Fazenda (Sefaz). DICA: A Nota Fiscal Avulsa também pode ser gerada em papel, não apenas no formato eletrônico. Entretanto, a decisão final é estabelecida pela legislação estadual ou municipal, responsável por fazer essa regulamentação. Para melhor compreensão, vamos ver como funciona a tributação na prática. A Indústria de Sorvetes Kaskata Ltda, localizada no Espírito Santo, vendeu 350 caixas de sorvetes para uma lanchonete, ao preço total de R$ 2.250,00. Sabemos que a alíquota do ICMS no estado do Espírito Santo é de 17%, enquanto a alíquota do IPI do sorvete é de 5%. Vamos calcular o valor dos impostos para saber o valor final da nota fiscal dessa venda. Para calcular o ICMS é preciso encontrar os 17% da alíquota em cima do valor da venda (2250,00). 17% de 2250,00 = 382,50 O mesmo deve ser feito para encontrar os 5% referentes ao IPI. 5% de 2250,00 = 112,50 Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é: 2250,00 (sorvete) + 382,50 (ICMS) + 112,50 (IPI) = R$ 2.745,00 Desses R$ 2.745,00, R$ 382,50 vão ser destinados ao Estado e R$ 112,50 serão recolhidos pela União. Para fixar de vez, vamos ver um exemplo de tributação agora na venda de um serviço. Vamos supor que uma loja de eletroeletrônicos, localizada no município de Vitória/ES, tenha realizado uma venda de um ar-condicionado no valor de R$ 1.200,00 e um celular no valor de R$ 700,00. A loja cobra R$ 100,00 pela instalação do ar-condicionado. Sabemos que a alíquota do ICMS no Espírito Santo é de 17% e o a do ISS é de 5% no município de Vitória. Com essas informações, conseguimos calcular o valor fiscal da nota fiscal que será emitida pelo faturamento da loja. Primeiro, vamos calcular quanto incidirá de ICMS nessa venda. Para isso, vamos tirar 17% (alíquota ICMS) de R$ 1.900,00 (ar-condicionado + celular): 17% de 1900 = R$ 323,00 Agora, para descobrir quanto de ISS será recolhido, é preciso calcular 5% (alíquota ISS) de R$ 100,00 (serviço prestado): 5% de 100 = R$ 5,00 Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é o somatório de todos os serviços e produtos vendidos mais os impostos de cada um deles. 1900,00 (ar-condicionado + celular) + 100,00 (serviço de instalação) + 323,00 (ICMS) + 5,00 (ISS) = R$ 2.328,00 Do valor total da nota deR$ 2.328,00, o Estado irá recolher R$ 323,00 pelo produto vendido e o Município vai recolher R$ 5,00 pelo serviço prestado. Vale a pena lembrar e fixar que o ICMS é o imposto referente a venda de produtos e o ISS é o imposto referente a prestação de serviços. Estudando esse exemplo vimos uma palavra nova e muito comum na vida de um faturista: receita. Vamos então compreender melhor do que se trata, suas características e variações. 5 A nota fiscal nada mais é que o registro de uma transação comercial. Neste documento deve constar as principais informações de quem está vendendo e comprando nessa transação, tal como o nome da empresa, CNPJ, descrição do produto ou serviço vendido, valor unitário, valor total e as tributações incididas em cima daquela venda. A estrutura de uma Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) comporta as seguintes informações: Informações Gerais da NF-e - Data em que foi emitida - Identificação da NF-e [número de série e número da NF-e] - QR Code Informações do Emitente (ou Prestador de Serviços) - CNPJ - Inscrição Municipal - Razão Social / Nome Fantasia - Endereço - Município / UF - E-mail Informações do Recebedor - CNPJ - Inscrição Municipal - Razão Social / Nome Fantasia - Endereço - Município / UF - E-mail Dados Complementares - Município em que o serviço foi prestado - Regime de Tributação - Código de Serviço (Ex: 17.19 – Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares) - CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) (Ex: 6920601 – Atividades de Contabilidade) Discriminação dos Serviços - Espaço para descrever o que foi vendido Ex: Última parcela do serviço de assessoria contábil para o Projeto X Valores da NF-e - Valor do Serviço - Valor Líquido da Nota Impostos - Base de Cálculo - Deduções Ao efetuar uma venda, é preciso recolher impostos que serão repassados ao Município, ao Estado ou a União, como vimos no módulo anterior. Alguns impostos incidem em todas as vendas, independentemente do tipo do item que está sendo comercializado, e outros são exclusivos, dependendo do produto/serviço que está sendo vendido. A utilização da nota fiscal é uma maneira do governo assegurar que os impostos ou taxas de tributos estejam sendo computados e coletados da maneira correta. Para assegurar a arrecadação e a fiscalização é cada vez mais frequente a utilização de diversos tipos de nota fiscal eletrônica (MENDES, 2015). De acordo com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a sonegação fiscal gira em torno de 500 bilhões ao ano. Uma quantia que poderia garantir ajuste fiscal, estímulo da economia e diminuição dos tributos. Desse modo, emitir a nota fiscal é o meio legalmente aprovado para registrar as operações efetivas de uma organização. Ela é uma obrigação legal prevista na lei 8.846/94. Vale destacar que Nota Fiscal é um documento brasileiro de fiscalização, expedido para registrar todas as transações de compra e venda de produtos, transferência de bens e prestação de serviços. Lembre-se que, ao realizar qualquer operação comercial, a recusa em sua emissão caracteriza crime de sonegação fiscal. Desse modo, a tecnologia se alia ao negócio para aumentar a produtividade e trazer segurança. Pensando nisso, é essencial o uso da Nota Fiscal Eletrônica, seja ela de produto ou serviço. Emitir corretamente a Nota Fiscal eletrônica traz as seguintes vantagens para o vendedor, comprador, sociedade e administração tributária, segundo Mendes (2015): Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e) - Redução de custos de impressão; - Redução de custos de aquisição de papel; - Redução de custos de envio do documento fiscal; - Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais; - Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira. Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e) - Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias; - Planejamento de logística de entrega por conta da recepção antecipada da informação da NF-e; - Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de notas fiscais. Benefícios para a Sociedade - Redução do consumo de papel, com impacto ecológico; - Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias; - Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas. Benefícios para as Administrações Tributárias - Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal; - Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio e compartilhamento de informações com o fisco; - Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação. Agora que já visualizamos as vantagens de se emitir uma Nota Fiscal Eletrônica, vamos então conhecer os tipos de notas fiscais existentes, essenciais para que o assistente de faturamento consiga realizar o seu trabalho com tranquilidade e eficiência. NF-e (Nota Fiscal Eletrônica de Produtos ou Mercadorias) Esse documento substitui o modelo tradicional. É a versão digital, emitida e armazenada eletronicamente. A NF-e limita-se a registrar a venda de produtos físicos, com cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e deve ser expedido junto às Secretarias Estaduais da Fazenda. Utilizada sempre em casos de circulação de mercadorias, geralmente este tipo de nota fiscal é usado entre pessoas jurídicas. Ao emitir a NF-e para o comprador, para atestar a operação, a empresa deve enviar um Documento Auxiliar da Nota Fiscal (DANFE) junto com o produto, o qual veremos detalhadamente mais adiante. NFS-e (Nota Fiscal Eletrônica de Serviços) Como vimos, a NF-e foi desenvolvida para recolher tributos para o Estado. No entanto, temos um imposto em particular que é repassado ao município, visto no módulo anterior, chamado de Imposto Sobre o Serviço, ou simplesmente ISS. Como o próprio nome diz, este imposto é destinado apenas aos prestadores de serviços, para isso, desenvolveu-se a NFS-e. A NFS-e é um documento fiscal digital necessário para confirmação de prestação de serviço de uma empresa para outra ou para pessoa física. Esse modelo de nota deve ser expedido junto à prefeitura em que está registrado o CNPJ da empresa prestadora de serviço. A NFS-e se diferencia por necessitar apenas da Inscrição Municipal, que gera o DANFSE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica) e tem como característica ser um modelo mais flexível. Esse modelo é usado para serviços de assinatura, produtos digitais, como livros eletrônicos, cursos on-line, entre outros. Ou seja, é emitida por qualquer operadora de serviço, como creches, hotéis, academias e afins. NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica) A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica é a versão digital do Cupom Fiscal, sendo emitida apenas quando o comprador é uma Pessoa Física. Supondo que um funcionário vá ao supermercado, representando a Pessoa Jurídica em que trabalha, e ao efetuar uma compra receba uma NFC-e ou Cupom Fiscal (que não tem importância alguma para Pessoa Jurídica), é necessário que o funcionário se dirija ao guichê do supermercado e solicite uma NF-e, para a empresa conseguir registrar legalmente aquela transação que ocorreu entre pessoas jurídicas. A NFC-e é bastante utilizada pelo varejo para documentar as vendas realizadas para pessoas físicas. Como dito, caso a transação ocorra com uma pessoa jurídica, é preciso, além da NFC-e, emitir uma NF-e. Nota Fiscal Complementar Documento emitido para corrigir quantidade de mercadoria ou valor de imposto inferior ao correto. A nota fiscal complementar deve explicar o motivo dessa diferença nas seguintes situações: • Reajuste de preços ou aumento do valor original do serviço ou do produto; • Variação na cotação da moeda em exportações; • Erro no lançamento. No final, a nota fiscal “original” somada à nota fiscal complementar deve representar a operação correta, em quantidade e valor do produto e impostos pagos. Por exemplo, imagine que determinadaempresa vendeu 20 unidades de um produto, mas, ao preencher a nota, registrou apenas 12. Nessa situação, é preciso emitir uma nota complementar, a fim de acrescentar os itens que faltam e pagar os impostos que não constaram na nota fiscal “original”. Nota Fiscal Denegada Trata-se de um documento gerado quando for constatado que existem irregularidades fiscais de uma das partes envolvidas na transação. Uma nota fiscal é denegada quando: • O emitente está irregular; • O destinatário está irregular; • O destinatário não está habilitado para realizar transações no estado. DICA: É preciso ter atenção com uma nota fiscal denegada, pois a sua numeração não poderá ser mais utilizada. Nota Fiscal Avulsa (NFA-e) A Nota Fiscal Avulsa Eletrônica é a alternativa utilizada por MEIs que não fazem vendas com frequência e precisam documentar uma venda. A NFA-e é um comprovante voltado para empresas que não realizam vendas com frequência, ou para aqueles que não têm como uma de suas obrigações a emissão da Nota Fiscal de Produto (NF-e) e de Serviço Eletrônica (NFS-e). Diante disso, tomamos como exemplo as atividades de micro e pequenas empresas, profissionais autônomos (sem CNPJ) e o Microempreendedor Individual (MEI). Para exemplificar, vamos imaginar a seguinte situação: Determinado microempreendedor realiza um total de duas vendas por mês para uma pessoa jurídica. Esta pessoa jurídica exige a emissão de uma nota fiscal para legitimar a transação. Diante dessa situação, a NFA-e aparece como a solução do MEI que não emite notas fiscais. A NFA-e pode ser emitida pelo MEI no site da Secretaria da Fazenda (Sefaz). DICA: A Nota Fiscal Avulsa também pode ser gerada em papel, não apenas no formato eletrônico. Entretanto, a decisão final é estabelecida pela legislação estadual ou municipal, responsável por fazer essa regulamentação. Para melhor compreensão, vamos ver como funciona a tributação na prática. A Indústria de Sorvetes Kaskata Ltda, localizada no Espírito Santo, vendeu 350 caixas de sorvetes para uma lanchonete, ao preço total de R$ 2.250,00. Sabemos que a alíquota do ICMS no estado do Espírito Santo é de 17%, enquanto a alíquota do IPI do sorvete é de 5%. Vamos calcular o valor dos impostos para saber o valor final da nota fiscal dessa venda. Para calcular o ICMS é preciso encontrar os 17% da alíquota em cima do valor da venda (2250,00). 17% de 2250,00 = 382,50 O mesmo deve ser feito para encontrar os 5% referentes ao IPI. 5% de 2250,00 = 112,50 Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é: 2250,00 (sorvete) + 382,50 (ICMS) + 112,50 (IPI) = R$ 2.745,00 Desses R$ 2.745,00, R$ 382,50 vão ser destinados ao Estado e R$ 112,50 serão recolhidos pela União. Para fixar de vez, vamos ver um exemplo de tributação agora na venda de um serviço. Vamos supor que uma loja de eletroeletrônicos, localizada no município de Vitória/ES, tenha realizado uma venda de um ar-condicionado no valor de R$ 1.200,00 e um celular no valor de R$ 700,00. A loja cobra R$ 100,00 pela instalação do ar-condicionado. Sabemos que a alíquota do ICMS no Espírito Santo é de 17% e o a do ISS é de 5% no município de Vitória. Com essas informações, conseguimos calcular o valor fiscal da nota fiscal que será emitida pelo faturamento da loja. Primeiro, vamos calcular quanto incidirá de ICMS nessa venda. Para isso, vamos tirar 17% (alíquota ICMS) de R$ 1.900,00 (ar-condicionado + celular): 17% de 1900 = R$ 323,00 Agora, para descobrir quanto de ISS será recolhido, é preciso calcular 5% (alíquota ISS) de R$ 100,00 (serviço prestado): 5% de 100 = R$ 5,00 Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é o somatório de todos os serviços e produtos vendidos mais os impostos de cada um deles. 1900,00 (ar-condicionado + celular) + 100,00 (serviço de instalação) + 323,00 (ICMS) + 5,00 (ISS) = R$ 2.328,00 Do valor total da nota de R$ 2.328,00, o Estado irá recolher R$ 323,00 pelo produto vendido e o Município vai recolher R$ 5,00 pelo serviço prestado. Vale a pena lembrar e fixar que o ICMS é o imposto referente a venda de produtos e o ISS é o imposto referente a prestação de serviços. Estudando esse exemplo vimos uma palavra nova e muito comum na vida de um faturista: receita. Vamos então compreender melhor do que se trata, suas características e variações. 6 A nota fiscal nada mais é que o registro de uma transação comercial. Neste documento deve constar as principais informações de quem está vendendo e comprando nessa transação, tal como o nome da empresa, CNPJ, descrição do produto ou serviço vendido, valor unitário, valor total e as tributações incididas em cima daquela venda. A estrutura de uma Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) comporta as seguintes informações: Informações Gerais da NF-e - Data em que foi emitida - Identificação da NF-e [número de série e número da NF-e] - QR Code Informações do Emitente (ou Prestador de Serviços) - CNPJ - Inscrição Municipal - Razão Social / Nome Fantasia - Endereço - Município / UF - E-mail Informações do Recebedor - CNPJ - Inscrição Municipal - Razão Social / Nome Fantasia - Endereço - Município / UF - E-mail Dados Complementares - Município em que o serviço foi prestado - Regime de Tributação - Código de Serviço (Ex: 17.19 – Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares) - CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) (Ex: 6920601 – Atividades de Contabilidade) Discriminação dos Serviços - Espaço para descrever o que foi vendido Ex: Última parcela do serviço de assessoria contábil para o Projeto X Valores da NF-e - Valor do Serviço - Valor Líquido da Nota Impostos - Base de Cálculo - Deduções Ao efetuar uma venda, é preciso recolher impostos que serão repassados ao Município, ao Estado ou a União, como vimos no módulo anterior. Alguns impostos incidem em todas as vendas, independentemente do tipo do item que está sendo comercializado, e outros são exclusivos, dependendo do produto/serviço que está sendo vendido. A utilização da nota fiscal é uma maneira do governo assegurar que os impostos ou taxas de tributos estejam sendo computados e coletados da maneira correta. Para assegurar a arrecadação e a fiscalização é cada vez mais frequente a utilização de diversos tipos de nota fiscal eletrônica (MENDES, 2015). De acordo com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a sonegação fiscal gira em torno de 500 bilhões ao ano. Uma quantia que poderia garantir ajuste fiscal, estímulo da economia e diminuição dos tributos. Desse modo, emitir a nota fiscal é o meio legalmente aprovado para registrar as operações efetivas de uma organização. Ela é uma obrigação legal prevista na lei 8.846/94. Vale destacar que Nota Fiscal é um documento brasileiro de fiscalização, expedido para registrar todas as transações de compra e venda de produtos, transferência de bens e prestação de serviços. Lembre-se que, ao realizar qualquer operação comercial, a recusa em sua emissão caracteriza crime de sonegação fiscal. Desse modo, a tecnologia se alia ao negócio para aumentar a produtividade e trazer segurança. Pensando nisso, é essencial o uso da Nota Fiscal Eletrônica, seja ela de produto ou serviço. Emitir corretamente a Nota Fiscal eletrônica traz as seguintes vantagens para o vendedor, comprador, sociedade e administração tributária, segundo Mendes (2015): Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e) - Redução de custos de impressão; - Redução de custos de aquisição de papel; - Redução de custos de envio do documento fiscal; - Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais; - Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira. Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e) - Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias; - Planejamento de logística de entrega por conta da recepção antecipada da informação da NF-e; - Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação denotas fiscais. Benefícios para a Sociedade - Redução do consumo de papel, com impacto ecológico; - Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias; - Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas. Benefícios para as Administrações Tributárias - Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal; - Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio e compartilhamento de informações com o fisco; - Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação. Agora que já visualizamos as vantagens de se emitir uma Nota Fiscal Eletrônica, vamos então conhecer os tipos de notas fiscais existentes, essenciais para que o assistente de faturamento consiga realizar o seu trabalho com tranquilidade e eficiência. NF-e (Nota Fiscal Eletrônica de Produtos ou Mercadorias) Esse documento substitui o modelo tradicional. É a versão digital, emitida e armazenada eletronicamente. A NF-e limita-se a registrar a venda de produtos físicos, com cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e deve ser expedido junto às Secretarias Estaduais da Fazenda. Utilizada sempre em casos de circulação de mercadorias, geralmente este tipo de nota fiscal é usado entre pessoas jurídicas. Ao emitir a NF-e para o comprador, para atestar a operação, a empresa deve enviar um Documento Auxiliar da Nota Fiscal (DANFE) junto com o produto, o qual veremos detalhadamente mais adiante. NFS-e (Nota Fiscal Eletrônica de Serviços) Como vimos, a NF-e foi desenvolvida para recolher tributos para o Estado. No entanto, temos um imposto em particular que é repassado ao município, visto no módulo anterior, chamado de Imposto Sobre o Serviço, ou simplesmente ISS. Como o próprio nome diz, este imposto é destinado apenas aos prestadores de serviços, para isso, desenvolveu-se a NFS-e. A NFS-e é um documento fiscal digital necessário para confirmação de prestação de serviço de uma empresa para outra ou para pessoa física. Esse modelo de nota deve ser expedido junto à prefeitura em que está registrado o CNPJ da empresa prestadora de serviço. A NFS-e se diferencia por necessitar apenas da Inscrição Municipal, que gera o DANFSE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica) e tem como característica ser um modelo mais flexível. Esse modelo é usado para serviços de assinatura, produtos digitais, como livros eletrônicos, cursos on-line, entre outros. Ou seja, é emitida por qualquer operadora de serviço, como creches, hotéis, academias e afins. NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica) A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica é a versão digital do Cupom Fiscal, sendo emitida apenas quando o comprador é uma Pessoa Física. Supondo que um funcionário vá ao supermercado, representando a Pessoa Jurídica em que trabalha, e ao efetuar uma compra receba uma NFC-e ou Cupom Fiscal (que não tem importância alguma para Pessoa Jurídica), é necessário que o funcionário se dirija ao guichê do supermercado e solicite uma NF-e, para a empresa conseguir registrar legalmente aquela transação que ocorreu entre pessoas jurídicas. A NFC-e é bastante utilizada pelo varejo para documentar as vendas realizadas para pessoas físicas. Como dito, caso a transação ocorra com uma pessoa jurídica, é preciso, além da NFC-e, emitir uma NF-e. Nota Fiscal Complementar Documento emitido para corrigir quantidade de mercadoria ou valor de imposto inferior ao correto. A nota fiscal complementar deve explicar o motivo dessa diferença nas seguintes situações: • Reajuste de preços ou aumento do valor original do serviço ou do produto; • Variação na cotação da moeda em exportações; • Erro no lançamento. No final, a nota fiscal “original” somada à nota fiscal complementar deve representar a operação correta, em quantidade e valor do produto e impostos pagos. Por exemplo, imagine que determinada empresa vendeu 20 unidades de um produto, mas, ao preencher a nota, registrou apenas 12. Nessa situação, é preciso emitir uma nota complementar, a fim de acrescentar os itens que faltam e pagar os impostos que não constaram na nota fiscal “original”. Nota Fiscal Denegada Trata-se de um documento gerado quando for constatado que existem irregularidades fiscais de uma das partes envolvidas na transação. Uma nota fiscal é denegada quando: • O emitente está irregular; • O destinatário está irregular; • O destinatário não está habilitado para realizar transações no estado. DICA: É preciso ter atenção com uma nota fiscal denegada, pois a sua numeração não poderá ser mais utilizada. Nota Fiscal Avulsa (NFA-e) A Nota Fiscal Avulsa Eletrônica é a alternativa utilizada por MEIs que não fazem vendas com frequência e precisam documentar uma venda. A NFA-e é um comprovante voltado para empresas que não realizam vendas com frequência, ou para aqueles que não têm como uma de suas obrigações a emissão da Nota Fiscal de Produto (NF-e) e de Serviço Eletrônica (NFS-e). Diante disso, tomamos como exemplo as atividades de micro e pequenas empresas, profissionais autônomos (sem CNPJ) e o Microempreendedor Individual (MEI). Para exemplificar, vamos imaginar a seguinte situação: Determinado microempreendedor realiza um total de duas vendas por mês para uma pessoa jurídica. Esta pessoa jurídica exige a emissão de uma nota fiscal para legitimar a transação. Diante dessa situação, a NFA-e aparece como a solução do MEI que não emite notas fiscais. A NFA-e pode ser emitida pelo MEI no site da Secretaria da Fazenda (Sefaz). DICA: A Nota Fiscal Avulsa também pode ser gerada em papel, não apenas no formato eletrônico. Entretanto, a decisão final é estabelecida pela legislação estadual ou municipal, responsável por fazer essa regulamentação. Para melhor compreensão, vamos ver como funciona a tributação na prática. A Indústria de Sorvetes Kaskata Ltda, localizada no Espírito Santo, vendeu 350 caixas de sorvetes para uma lanchonete, ao preço total de R$ 2.250,00. Sabemos que a alíquota do ICMS no estado do Espírito Santo é de 17%, enquanto a alíquota do IPI do sorvete é de 5%. Vamos calcular o valor dos impostos para saber o valor final da nota fiscal dessa venda. Para calcular o ICMS é preciso encontrar os 17% da alíquota em cima do valor da venda (2250,00). 17% de 2250,00 = 382,50 O mesmo deve ser feito para encontrar os 5% referentes ao IPI. 5% de 2250,00 = 112,50 Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é: 2250,00 (sorvete) + 382,50 (ICMS) + 112,50 (IPI) = R$ 2.745,00 Desses R$ 2.745,00, R$ 382,50 vão ser destinados ao Estado e R$ 112,50 serão recolhidos pela União. Para fixar de vez, vamos ver um exemplo de tributação agora na venda de um serviço. Vamos supor que uma loja de eletroeletrônicos, localizada no município de Vitória/ES, tenha realizado uma venda de um ar-condicionado no valor de R$ 1.200,00 e um celular no valor de R$ 700,00. A loja cobra R$ 100,00 pela instalação do ar-condicionado. Sabemos que a alíquota do ICMS no Espírito Santo é de 17% e o a do ISS é de 5% no município de Vitória. Com essas informações, conseguimos calcular o valor fiscal da nota fiscal que será emitida pelo faturamento da loja. Primeiro, vamos calcular quanto incidirá de ICMS nessa venda. Para isso, vamos tirar 17% (alíquota ICMS) de R$ 1.900,00 (ar-condicionado + celular): 17% de 1900 = R$ 323,00 Agora, para descobrir quanto de ISS será recolhido, é preciso calcular 5% (alíquota ISS) de R$ 100,00 (serviço prestado): 5% de 100 = R$ 5,00 Portanto, o valor final que vai constar na nota fiscal é o somatório de todos os serviços e produtos vendidos mais os impostos de cada um deles. 1900,00 (ar-condicionado + celular) + 100,00 (serviço de instalação) + 323,00 (ICMS) + 5,00 (ISS) = R$ 2.328,00 Do valor total da nota de R$ 2.328,00, o Estado irá recolher R$ 323,00 pelo produto vendido e o Município vai recolher R$ 5,00 pelo serviço prestado. Vale a pena lembrare fixar que o ICMS é o imposto referente a venda de produtos e o ISS é o imposto referente a prestação de serviços. Estudando esse exemplo vimos uma palavra nova e muito comum na vida de um faturista: receita. Vamos então compreender melhor do que se trata, suas características e variações. 7 A nota fiscal nada mais é que o registro de uma transação comercial. Neste documento deve constar as principais informações de quem está vendendo e comprando nessa transação, tal como o nome da empresa, CNPJ, descrição do produto ou serviço vendido, valor unitário, valor total e as tributações incididas em cima daquela venda. A estrutura de uma Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) comporta as seguintes informações: Informações Gerais da NF-e - Data em que foi emitida - Identificação da NF-e [número de série e número da NF-e] - QR Code Informações do Emitente (ou Prestador de Serviços) - CNPJ - Inscrição Municipal - Razão Social / Nome Fantasia - Endereço - Município / UF - E-mail Informações do Recebedor - CNPJ - Inscrição Municipal - Razão Social / Nome Fantasia - Endereço - Município / UF - E-mail Dados Complementares - Município em que o serviço foi prestado - Regime de Tributação - Código de Serviço (Ex: 17.19 – Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares) - CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) (Ex: 6920601 – Atividades de Contabilidade) Discriminação dos Serviços - Espaço para descrever o que foi vendido Ex: Última parcela do serviço de assessoria contábil para o Projeto X Valores da NF-e - Valor do Serviço - Valor Líquido da Nota Impostos - Base de Cálculo - Deduções Ao efetuar uma venda, é preciso recolher impostos que serão repassados ao Município, ao Estado ou a União, como vimos no módulo anterior. Alguns impostos incidem em todas as vendas, independentemente do tipo do item que está sendo comercializado, e outros são exclusivos, dependendo do produto/serviço que está sendo vendido. A utilização da nota fiscal é uma maneira do governo assegurar que os impostos ou taxas de tributos estejam sendo computados e coletados da maneira correta. Para assegurar a arrecadação e a fiscalização é cada vez mais frequente a utilização de diversos tipos de nota fiscal eletrônica (MENDES, 2015). De acordo com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a sonegação fiscal gira em torno de 500 bilhões ao ano. Uma quantia que poderia garantir ajuste fiscal, estímulo da economia e diminuição dos tributos. Desse modo, emitir a nota fiscal é o meio legalmente aprovado para registrar as operações efetivas de uma organização. Ela é uma obrigação legal prevista na lei 8.846/94. Vale destacar que Nota Fiscal é um documento brasileiro de fiscalização, expedido para registrar todas as transações de compra e venda de produtos, transferência de bens e prestação de serviços. Lembre-se que, ao realizar qualquer operação comercial, a recusa em sua emissão caracteriza crime de sonegação fiscal. Desse modo, a tecnologia se alia ao negócio para aumentar a produtividade e trazer segurança. Pensando nisso, é essencial o uso da Nota Fiscal Eletrônica, seja ela de produto ou serviço. Emitir corretamente a Nota Fiscal eletrônica traz as seguintes vantagens para o vendedor, comprador, sociedade e administração tributária, segundo Mendes (2015): Benefícios para o Contribuinte Vendedor (Emissor da NF-e) - Redução de custos de impressão; - Redução de custos de aquisição de papel; - Redução de custos de envio do documento fiscal; - Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais; - Redução de tempo de parada de caminhões em Postos Fiscais de Fronteira. Benefícios para o Contribuinte Comprador (Receptor da NF-e) - Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de mercadorias; - Planejamento de logística de entrega por conta da recepção antecipada da informação da NF-e; - Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação de notas fiscais. Benefícios para a Sociedade - Redução do consumo de papel, com impacto ecológico; - Incentivo ao comércio eletrônico e ao uso de novas tecnologias; - Padronização dos relacionamentos eletrônicos entre empresas. Benefícios para as Administrações Tributárias - Aumento na confiabilidade da Nota Fiscal; - Melhoria no processo de controle fiscal, possibilitando um melhor intercâmbio e compartilhamento de informações com o fisco; - Diminuição da sonegação e aumento da arrecadação. Agora que já visualizamos as vantagens de se emitir uma Nota Fiscal Eletrônica, vamos então conhecer os tipos de notas fiscais existentes, essenciais para que o assistente de faturamento consiga realizar o seu trabalho com tranquilidade e eficiência. NF-e (Nota Fiscal Eletrônica de Produtos ou Mercadorias) Esse documento substitui o modelo tradicional. É a versão digital, emitida e armazenada eletronicamente. A NF-e limita-se a registrar a venda de produtos físicos, com cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e deve ser expedido junto às Secretarias Estaduais da Fazenda. Utilizada sempre em casos de circulação de mercadorias, geralmente este tipo de nota fiscal é usado entre pessoas jurídicas. Ao emitir a NF-e para o comprador, para atestar a operação, a empresa deve enviar um Documento Auxiliar da Nota Fiscal (DANFE) junto com o produto, o qual veremos detalhadamente mais adiante. NFS-e (Nota Fiscal Eletrônica de Serviços) Como vimos, a NF-e foi desenvolvida para recolher tributos para o Estado. No entanto, temos um imposto em particular que é repassado ao município, visto no módulo anterior, chamado de Imposto Sobre o Serviço, ou simplesmente ISS. Como o próprio nome diz, este imposto é destinado apenas aos prestadores de serviços, para isso, desenvolveu-se a NFS-e. A NFS-e é um documento fiscal digital necessário para confirmação de prestação de serviço de uma empresa para outra ou para pessoa física. Esse modelo de nota deve ser expedido junto à prefeitura em que está registrado o CNPJ da empresa prestadora de serviço. A NFS-e se diferencia por necessitar apenas da Inscrição Municipal, que gera o DANFSE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica) e tem como característica ser um modelo mais flexível. Esse modelo é usado para serviços de assinatura, produtos digitais, como livros eletrônicos, cursos on-line, entre outros. Ou seja, é emitida por qualquer operadora de serviço, como creches, hotéis, academias e afins. NFC-e (Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica) A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica é a versão digital do Cupom Fiscal, sendo emitida apenas quando o comprador é uma Pessoa Física. Supondo que um funcionário vá ao supermercado, representando a Pessoa Jurídica em que trabalha, e ao efetuar uma compra receba uma NFC-e ou Cupom Fiscal (que não tem importância alguma para Pessoa Jurídica), é necessário que o funcionário se dirija ao guichê do supermercado e solicite uma NF-e, para a empresa conseguir registrar legalmente aquela transação que ocorreu entre pessoas jurídicas. A NFC-e é bastante utilizada pelo varejo para documentar as vendas realizadas para pessoas físicas. Como dito, caso a transação ocorra com uma pessoa jurídica, é preciso, além da NFC-e, emitir uma NF-e. Nota Fiscal Complementar Documento emitido para corrigir quantidade de mercadoria ou valor de imposto inferior ao correto. A nota fiscal complementar deve explicar o motivo dessa diferença nas seguintes situações: • Reajuste de preços ou aumento do valor original do serviço ou do produto; • Variação na cotação da moeda em exportações; • Erro no lançamento. No final, a nota fiscal “original” somada à nota fiscal complementar deve representar a operação correta, em quantidade e valor do produto e impostos pagos. Por exemplo, imagine que determinada empresa vendeu 20 unidades de um produto, mas, ao preencher a nota, registrou apenas 12. Nessa situação, é preciso emitir uma nota complementar,