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Resumo AP1 (1)

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RESUMO DE ESTUDOS
Alfabetização 1
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Concepções de alfabetização: a origem do mito
Discussões em torno do sucesso ou fracasso escolar. 
Crença de que um aluno alfabetizado possui melhores condições de obter sucesso na vida.
O que é um aluno bem alfabetizado hoje?
Alfabetização: um conceito em movimento
Pensadores Humanistas – Acreditavam que a educação poderia transformar o homem e permitir controle do próprio destino;
Revolução Francesa – A escolarização passa a ocupar o lugar de via de acesso à cultura; a escola se torna universal e gratuita, e está sob o controle do Estado. Burgueses pensam em um tipo de saber que lhes permitisse exercer o poder.
Reforma Protestante – A educação do povo deveria se elementar: ler, escrever e realizar operações matemáticas básicas.
No Brasil – Os Jesuítas implantaram um sistema de ensino voltado a formação livresca, acadêmica e aristocrática.Marques de Pombal com sua política anticlerical expulsa os jesuítas, mas os professores recrutados eram aqueles formados pelo modelo jesuítico de ensino.
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Positivismo – A nova ordem política do século XIX exigia um modelo de educação de massa, que incluísse o maior número possível de pessoas, pois, para o positivismo, a educação era condição de evolução e garantia de liberdade do homem.
Escola Nova – A educação era vista como um direito e era tratada como uma questão social. Desloca a discussão do plano metodológico para o plano político. Logo após, surge um esvaziamento das discussões que passam a focar na questão da “prontidão e da maturidade psicológica”.
PÓS-2º GUERRA MUNDIAL 
 FORTALECIMENTO DA DEMOCRACIA – O DESAFIO É A UNIVERSALIZAÇÃO DA ALFABETIZAÇÃO NO PAÍS QUE COMEÇA A SE INDUSTRIALIZAR.
ANOS 60 – ALFABETIZAÇÃO FUNCIONAL - CONDIÇÃO FUNDAMENTAL PARA O TREINAMENTO DO TRABALHO E AUMENTO DA PRODUTIVIDADE. MOBILIZAÇÃO SOCIAL EM TORNO DA ALFABETIZAÇÃO.
ANOS 80 – REVISÃO METODOLÓGICA – DESLOCAMENTO DA ATENÇÃO DO SUJEITO QUE ENSINA – MÉTODO – PARA O SUJEITO QUE APRENDE.
ATUALMENTE - ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO – EXERCÍCIO DE PRÁTICAS SOCIAIS DE LEITURA E ESCRITA QUE PERMITA AO SUJEITO A INSERÇÃO NO CONTEXTO DAS EXIGÊNCIAS ATUAIS.
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Alfabetização: uma questão política
O FRACASSO ESCOLAR ESTÁ CONCENTRADO NAS CAMADAS MAIS POBRES DA POPULAÇÃO.
 A INTERDIÇÃO AO ATO DE LER É UM FATOR POLÍTICO DETERMINANTE PARA O FRACASSO ESCOLAR. 
DIFERENTES ABORDAGENS SOBRE O FRACASSO ESCOLAR CULPABILIZAM O ALUNO E SUA CONDIÇÃO SÓCIO-AFETIVA-CULTURAL PELO FRACASSO:
1- ORGANICISTA 
 
Atribui o fracasso escolar a possíveis distúrbios e doenças neurológicas e subnutrição.
2- COGNITIVISTA INSTRUMENTAL 
 Atribui o fracasso associados aos quatro problemas fundamentais percepção, memória, linguagem e pensamento. Suas dificuldades teriam origem em algum conflito emocional.
3- HANDICAP SOCIOCULTURAL 
 O fracasso escolar teria origem no meio sócio cultural e familiar da criança (pobreza). 
4- QUESTIONAMENTOS DA ESCOLA 
 responsabiliza a escola pelo fracasso escolar. Não leva em conta os saberes dos alunos.
Cultura e linguagem: a questão da oralidade
A ESCOLA NÃO RECONHECE COMO LEGÍTIMAS AS VARIEDADES LINGUÍSTICAS FALADAS PELOS DIFERENTES GRUPOS SOCIAIS. TAL PRECONCEITO É FATOR DE DETERMINAÇÃO DO FRACASSO ESCOLAR.
A NARRATIVA TEM IMPORTANTE FUNÇÃO NA PRODUÇÃO E SOCIALIZAÇÃO DO SABER, QUE A ESCOLA NÃO LEGITIMA.
OS MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO NÃO RECONHECEM A CRIANÇA COMO SER HISTÓRICO-CULTURAL PRODUTORA DE SABER. ESTÃO PREOCUPADOS APENAS COM A CODIFICAÇÃO E DECODIFICAÇÃO DE SÍMBOLOS.
 A ALFABETIZAÇÃO É UMA PRÁTICA SOCIAL, MULTIDIMENSIONAL, QUE DEVE SER ABORDADA EM SUAS DIMENSÕES HISTÓRICA, POLÍTICA, PEDAGÓGICA, LINGUÍSTICA, SOCIOCULTURAL, ANTROPOLOGICA E PSICOLOGICA. 
Cultura e linguagem: a questão da escrita
A ESCRITA É UMA PRODUÇÃO CULTURAL DA HUMANIDADE. PERCORREU LONGOS CAMINHOS E SOFREU VÁRIAS MUDANÇAS ATÉ CHEGAR, NO NOSSO CASO, À ESCRITA ALFABÉTICA QUE ADOTAMOS HOJE.
A ESCRITA É UM SUPORTE DE MEMÓRIA. PRIMEIRO REPRESENTAVA A IDÉIA (ESCRITA IDEOGRÁFICA) E AGORA REPRESENTA O SOM (ESCRITA FONÉTICA)
	CONCEPÇÃO	SUJEITO	CONHECIMENTO	RELAÇÃO PROF/ALUNO	ALFABETIZAÇÃO
	INATISTA	SER PRONTO
DETERMINADO GENETICAMENTE	NASCE COM O SUJEITO
É UM DOM	O PROF. AJUDA O DESENVOLVIMENTO DOS DONS DO ALUNO, QUE É O CENTRO DO PROCESSO	CONSISTE EM DEIXAR AFLORAR O QUE O SUJEITO TEM, NATURAMMENTE
	AMBIENTALISTA	SER PASSIVO
TÁBULA RASA	SE DÁ POR ABSORÇÃO DO MEIO.
APRENDIZAGEM = TREINO, REPETIÇÃO, MEMORIZAÇÃO	DOMINAÇÃO, SUBMISSÃO
O PROF. NÃO LEVA EM CONTA AS SINGULARIDADES DO ALUNO.	É CENTRADA NA PRONTIDÃO DO ALUNO.
ESCRITA=CÓPIA
LEITURA= DECIFRAÇÃO DO CÓDIGO ESCRITO
	INTERACIONISTA CONSTRUTIVISTA	SER INTERATIVO
SER COGNOSCENTE	É FRUTO DA INTERAÇÃO DO SUJEITO COM O MEIO
PROCESSO DE ADAPTAÇÃO, ASSIMILAÇÃO, ACOMODAÇÃO	O PROFESSOR TRABALHA A PARTIR DO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO DO ALUNO	A LINGUAGEM ESCRITA É VISTA COMO UM OBJETO DE CONHECIMENTO(RECONSTRUÍDO PELO SUJEITO A PARTIR DO LEVANTAMENTO DE HIPÓTESES.
A ALFABETIZAÇÃO ACOMPANHA O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO.
	INTERACIONISTA
 SÓCIO-HISTÓRICA	SER SOCIAL E 
CRIADOR DE CULTURA	É CONSTRUÍDO E RECONSTRUÍDO NAS INTER-RELAÇÕES SOCIAIS 
DO INTERPSÍQUICO (COLETIVO)
PARA O INTRAPSÍQUICO (INDIVIDUAL)
A APRENDIZAGEM AMPLIA O DESENVOLVIMENTO	O PROFESSOR É O MEDIADOR ENTRE O ALUNO E O MEIO SÓCIO-HISTÓRICO-CULTURAL	LEITURA E ESCRITA SÃO VISTAS COMO PRÁTICAS DISCURSIVAS
Concepções epistemológicas da alfabetização: a perspectiva mecanicista
MECANICISTAS 
USO DE CARTILHAS
MÉTODOS SINTÉTICOS
 (PARTEM DE UNIDADES MENORES: LETRA, SÍLABA OU FONEMAS, PARA CHEGAR AO TEXTO) Ex. soletração, silabação, fonéticos
 MÉTODOS ANALÍTICOS 
(PARTEM DE UNIDADES MAIORES: CONTOS, HISTÓRIAS, FRASES OU PALAVRAS PARA CHEGAR ÀS SÍLABAS E ÀS LETRAS) Ex. contos, setenciação, palavração
CRÍTICAS ÀS CARTILHAS: 
Espaço de ausência de texto 
O conceito de fácil/difícil sob a ótica do adulto
 alfabetizado e da estrutura da língua idealizada
Não respeita as diferenças dialetais e o universo cultural do aprendiz
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Concepções epistemológicas da alfabetização: perspectiva construtivista
Nasce dos estudos das professoras Emília Ferreiro e Ana Teberosky;
Baseia-se no esquema de Assimilação, Acomodação e Equilibração. (Ver página 31 do módulo 2)
Não é um método, mas oferece pistas para como direcionarmos o trabalho levando em consideração os aspectos da Psicolinguística. 
Busca atividades que promovam observação/manipulação e reflexão acerca da leitura e da escrita.
Busca Materiais presentes no cotidiano – diferentes suportes textuais.
O percurso da aprendizagem em uma perspectiva construtivista leva em consideração os níveis de desenvolvimentos, segundo Emilia Ferreiro assim divididos:
	Nível 1 –
 Pré silabico	Nível 2 – Intermediário 1	Nível 3 – Silábico	Nível 4 – Intermediário 2 ou silábico-alfabético	Nível 5 – Alfabético
	Desenhos, letras e números se misturam na reprentação da escrita	Diferenciação letra e número	Início da correspondência entre letra e valor sonoro. Para cada sílaba uma letra.	Período de conflito.Percebe que a sua “escrita” não é entendida. Insere outras letras desnecessárias.	Já se apropriou da correspondência grafofonêmica
Concepção epistemológica da alfabetização: perspectiva sociointeracionista
Propõe uma alfabetização sem receitas tendo como primeiro passo a investigação, conhecimento e escuta da realidade das crianças. Um indicador para a construção dos caminhos.
Baseia-se na construção de projetos para a construção do processo ensino-aprendizagem. Projetos de trabalho fundamentados teoricamente, pensados a partir das necessidades/interesses dos aprendizes

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