Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. Dr. João Coin UNIDADE II Realidade Institucional das Práticas Sociais Leitura obrigatória TOROSSIAN; XAVIER. Contar e brincar entre a dor e o prazer: intervenção e política no campo da assistência social. In: O psicólogo e as políticas públicas de assistência social. Petrópolis: Vozes, 2014. p. 205-227. Leitura complementar BENELLI, S. J. O atendimento socioassistencial para crianças e adolescentes: perspectivas contemporâneas [on-line]. São Paulo: Editora Unesp, 2016. 342p. ISBN 978-85-6833-475-1. Disponível em: http://books.scielo.org/id/yzs9w/epub/benelli-9788568334751.epub. Acesso em: 15 mai. 2022. Desafios da Psicologia na Assistência Social Historicamente marcada pelo paradigma da carência, jeito de nomear a população em situação de miséria ou pobreza. Hoje, trata de fatores contextuais, estudo de processos (de exclusão) e relações sociais, para além da questão socioeconômica. Vulnerabilidade: quebra de vínculos, falta de acesso a trabalho e a lazer, violência e uso de drogas. Tarefa do trabalhador social: trabalhar e investigar o movimento entre o cenário social e os sujeitos (subjetividades) que nele circulam. Contexto, história, recursos na Assistência Social Forma organizada com começo, meio e fim, tema, desenvolvimento e desfecho. Narrativa curta e de impacto. Seu impacto pode ser realizado pela leitura em voz alta [tal como na poesia]. Composição entre letras, imagens e percepções. O conto infantil Risco de intenção pedagógica e higienista. Potência de expressão, elaboração e transformação. Processo de reconhecimento, transgressão, reinvenção. Falar e ir além do que está escrito: improvisar, imaginar. Contar histórias: voz, ritmo, entonação, imaginação. Efeito sobre quem ouve, mas também sobre quem conta, revivendo experiências, afetos, sensações. Produzir um “encantamento” (memórias da fala materna...). O conto Estratégia de intervenção no campo da Assistência Social. Oficina com crianças em processo de subjetivação em situação de alta vulnerabilidade. Intervenção na infância vulnerável procurando “produzir desvios” sobre o processo de vulnerabilização. Prática: leitura de um conto escolhido pelas crianças e pelos oficineiros. Outros momentos de expressão (desenhos, pinturas, invenção de outras histórias etc.). Trabalhar com os técnicos e usuários simultaneamente. Integração, interação: encontro. Música, musicalidade (voz). Caminho: passagem do real ao imaginário e vice-versa. Ritual: “Era uma vez...”. Proteção: reviver a experiência pelo faz de conta. Falar de algo vivido/sofrido com alguém com quem se tem vínculo. Enfrentamento: através da arte e do lúdico, em cenário coletivo, atravessar movimentos e “processos paralisantes”. Oficinas de contos com crianças em vulnerabilidade social Processos paralisantes: aqueles que implicam o sofrimento do outro – e do trabalhador – para os quais o trabalho cotidiano exige mais do que apenas “conhecimento” e “técnica”, e no qual todos precisam ser cuidados. A oficina é uma oportunidade de promover saúde, aprendizagem, assistência e cuidado. Brincadeira: paradigma da alegria (x “paradigma da angústia”). Preconceito midiático sobre o prazer e a alegria como frívolos e “não profundos”. Processos paralisantes A história é a do patinho feio, eles gostam desta história. Eles a escolhem para ser contada. Gritam ao ponto de ninguém escutar ninguém. Passamos, então, da leitura à dramatização da história. As vozes vão diminuindo de volume, os olhos começam a se dirigir na nossa direção. Desenham enquanto prestam atenção à história. Quando o patinho do conto vai em busca de outros patinhos com quem quer compartilhar sua vida, ele – na nossa pele – se aproxima das crianças e pergunta: “Posso brincar com você?”. Uns o acolhem, fazem-lhe um lugar para sentar e desenhar, outros o maltratam, “sai daqui, patinho horroroso, vai buscar a sua turma, feio, sai daqui”. Brinca-se de violência (TOROSSIAN; XAVIER, 2014, p. 224). É possível transportar a relação violência para o plano do BRINCAR, para o plano do faz de conta: a brincadeira de violência será diferente da ação violenta. Cena Leitura obrigatória SCISLESKI, A.; FERNANDES, V. Além das fronteiras da Psicologia, o estrangeiro: a coordenação. In: CRUZ, L. R.; GUARESCHI, N. O psicólogo e as políticas públicas de assistência social. Petrópolis: Vozes, 2014. p. 113-124. Leituras complementares CAMPOS, G. W. F. A construção da clínica ampliada na atenção básica. In: Tratado de saúde coletiva. São Paulo: Hucitec, 2005. CRUZ, L. R.; GUARESCHI, N. Políticas públicas e assistência social: diálogo com as práticas psicológicas. Petrópolis: Vozes, 2009. Desafios da Psicologia na Assistência Social Promoção de cidadania. Convivência com a comunidade. Relações com outros profissionais. Trabalho administrativo (formulários e relatórios). Neste lugar, a psicóloga é uma profissional obrigatória, de acordo com a Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS (BRASIL, 2006). A psicóloga pode ser coordenadora do CRAS. Questão: como fiscalizar e acolher? Como fiscalizar de uma forma acolhedora? Desafio do trabalho no CRAS Quando se trata de somar ao trabalho de psicóloga a função de coordenação, a responsabilidade duplica (aumenta qualitativamente). Como coordenadora, a responsabilidade da psicóloga não é mais apenas sobre seu próprio fazer, mas também pelo fazer de suas colegas, as outras trabalhadoras do serviço. Questão: o curso de Psicologia prepara a profissional para a coordenação, ou para trabalhar como gestora? A gestão é uma posição “estrangeira” para a Psicologia? Coordenação e Psicologia estão mais entrelaçadas do que se poderia pensar. Desafio proposto por Gastão Wagner, mas que aqui também tem lugar na Psicologia, que é formar alunos e profissionais a partir da realidade da política pública. Conclusão: essas duas funções não podem ser contrapostas, elas podem e vão coexistir. Responsabilidade CRAS: a psicóloga não faz a clínica tradicional, mas a clínica ampliada. Ampliação estaria para a capacidade de análise, compreensão e intervenção sobre si mesmo. Organização das relações no meio em que vive. Preocupação: tornar-se outro. Outra psicóloga, outra profissional. Outra que vai se inserir numa política pública. Que promove autonomia. Não só da própria comunidade, mas também da própria profissional da Psicologia. E de seus saberes. Desafio: também realizar sua própria autonomia profissional. Ação: promover e produzir ferramentas de acompanhamento e acolhimento, considerando uma diversidade de propostas e as especificidades da comunidade que atende. Uma nova profissional – uma nova Psicologia A gestora-psicóloga pode se sentir uma estrangeira dentro do seu próprio país, exercendo uma função que não condiz com sua formação. A partir daí, há uma exigência: inventar para o fazer, para a comunidade, para a equipe. Nessa posição: tornar-se outro. Ferramenta para isso: cartografia (ROLNIK, 2016): absorver a posição inicial de estrangeiro e a tornar parte de seu corpo, aliando a sensibilidade da psicóloga à organização da gestora. Cartógrafo é um ser errante. Ele é um inventor. Refletindo sobre um itinerário descontínuo: As políticas públicas exigem novas práticas e, assim, no CRAS, a Psicologia tem que ser reinventada. Mas se a Psicologia reinventa a prática de gestão no CRAS, a demanda de organização que o CRAS solicita da Psicologia também reinventa a própria Psicologia. O estrangeiro e a cartografia A violência está relacionada a um ato moralmente reprovável, causando danos na vítima em diversos aspectos de sua vida. Considerando a importância do tema para a atuação do profissional de Psicologia com crianças, é correto afirmar que: a) A violência só pode ser detectada pelo psicólogo ematendimento clínico. b) Todos devem ficar atentos a mudanças que ocorram com a criança, uma vez que lesões físicas, mudanças psicológicas, comportamentais e cognitivas podem indicar que ela está sofrendo violência. c) Devido ao sigilo profissional, quando o psicólogo se deparar com situação de violência, não deve notificar nenhum órgão de proteção, pois esse procedimento fere a ética profissional. d) O profissional só poderá auxiliar nos casos em que a violência já tenha ocorrido, em nível de atenção à saúde. e) Quando os pais praticam violência contra a criança, os profissionais devem protegê-la, tratá-la e, acima de tudo, procurar outro lugar para que ela se desenvolva longe da presença dos familiares. Interatividade A violência está relacionada a um ato moralmente reprovável, causando danos na vítima em diversos aspectos de sua vida. Considerando a importância do tema para a atuação do profissional de Psicologia com crianças, é correto afirmar que: a) A violência só pode ser detectada pelo psicólogo em atendimento clínico. b) Todos devem ficar atentos a mudanças que ocorram com a criança, uma vez que lesões físicas, mudanças psicológicas, comportamentais e cognitivas podem indicar que ela está sofrendo violência. c) Devido ao sigilo profissional, quando o psicólogo se deparar com situação de violência, não deve notificar nenhum órgão de proteção, pois esse procedimento fere a ética profissional. d) O profissional só poderá auxiliar nos casos em que a violência já tenha ocorrido, em nível de atenção à saúde. e) Quando os pais praticam violência contra a criança, os profissionais devem protegê-la, tratá-la e, acima de tudo, procurar outro lugar para que ela se desenvolva longe da presença dos familiares. Resposta Leitura obrigatória BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. 2. ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_praticas_producao_saude.pdf. Acesso em: 15 mai. 2022. Acolhimento e processos institucionais na saúde Acolher é dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender, admitir (BRASIL, 2010, p. 6); ação de aproximação; “estar com” e “estar perto de”. O acolhimento é uma das diretrizes da Política Nacional de Humanização do SUS e tem: Uma dimensão ética: compromisso com o reconhecimento do outro, na atitude de acolhê-lo em suas diferenças, suas dores, suas alegrias, seus modos de viver, sentir e estar na vida; Uma dimensão estética: traz para as relações e os encontros do dia a dia a invenção de estratégias que contribuem para a dignificação da vida e do viver e, assim, para a construção de nossa própria humanidade; Uma dimensão política: implica o compromisso coletivo de envolver-se neste “estar com”, potencializando protagonismos e vida nos diferentes encontros. O que se entende por acolhimento? A noção de acolhimento no campo da saúde tem sido identificada: Como uma dimensão espacial (recepção administrativa e ambiente confortável); Como uma ação de triagem administrativa e repasse de encaminhamentos para serviços especializados. Mas precisa ser diferente: Acolhimento nos processos de produção de saúde. Diretriz ética/estética/política constitutiva dos modos de se produzir saúde. Ferramenta tecnológica de intervenção (encontro): qualificação de escuta; construção de vínculo; garantia do acesso com responsabilização/resolutividade nos serviços. O acolhimento não é espaço/local, mas uma postura ética. Não é um momento, mas o que caracteriza todo o trabalho. É atenção à diversidade: cultura, etnia, gênero, religião. Como o acolhimento deve chegar no SUS (e para quê) O protagonismo dos sujeitos envolvidos no processo de produção de saúde. A valorização e a abertura para o encontro entre o profissional de saúde, o usuário e sua rede social no processo de produção de saúde. Uma reorganização do serviço de saúde a partir da problematização dos processos de trabalho, possibilitando a intervenção de toda a equipe multiprofissional na escuta e resolução do problema do usuário. Elaboração de projetos terapêuticos individuais e coletivos com equipes de referência em atenção diária que sejam responsáveis e gestoras desses projetos. Mudanças estruturais na gestão do serviço de saúde, ampliando espaços democráticos de discussão e decisão. Compromisso em dar respostas às necessidades de saúde trazidas pelo usuário. Uma construção coletiva de propostas com a equipe local e com a rede de serviços e gerências centrais e distritais. O que o acolhimento implica Na mudança de objeto, da doença para o sujeito; Numa abordagem integral do sujeito; Na escolha da solidariedade e da cidadania como parâmetros (dimensão política); No trabalho em equipe (interdisciplinaridade). O processo de acolhimento significa trazer para o serviço de saúde uma postura capaz de: Receber; Escutar; Dar respostas adequadas aos usuários. Onde o acolhimento se apoia Uma usuária indígena dá entrada numa unidade de saúde e, após o atendimento e a realização do diagnóstico, é indicada para ela uma cirurgia (laparoscopia) urgente, a ser realizada pelo umbigo. Após a comunicação do procedimento indicado, a usuária se recusa a realizar o procedimento, dizendo que ela não pode deixar que mexam no seu umbigo, pois (segundo a sua concepção, herança de sua cultura) este é a fonte de onde brota a vida. Se assim o fizesse, infortúnios diversos poderiam recair sobre ela, conforme acredita. Diante da recusa e frente à urgência para a realização do procedimento, a equipe entra em contato com o cacique ou a liderança política do grupo e, juntos, decidem que a usuária seria levada para uma unidade mais perto de sua aldeia. Decidem, também, que, antes do procedimento, o pajé realizaria um ritual direcionado à preservação de sua integridade, de acordo com o ponto de vista da concepção de saúde da própria sociedade e cultura. Isso foi realizado e acolhido pela equipe, que, posteriormente, teve sucesso na realização da cirurgia (BRASIL, 2010, p. 21-22). Exemplo Leitura obrigatória FALEIROS, Vicente de Paula. Desafios de cuidar em serviço social: uma perspectiva crítica. Rev. Katálysis, Florianópolis, v. 16, n. spe, p. 83-91, 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 49802013000300006&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 25 out. 2020. Leituras complementares SAWAIA, B. B. O sofrimento ético-político como categoria de análise dialética exclusão/inclusão. In: SAWAIA, B. B. (org.). As artimanhas da exclusão. Petrópolis: Vozes, 2008. p. 97-118. SILVA, L. W. S. et al. O cuidado na perspectiva de Leonardo Boff, uma personalidade a ser (re)descoberta na enfermagem. Rev. Bras. Enferm., Brasília, v. 58, n. 4, p. 471-475, ago. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script= sci_arttext&pid=S0034-71672005000400018&lng=em &nrm=iso. Acesso em: 15 mai. 2022. Desafios do cuidar No texto, o cuidado é entendido na perspectiva emancipadora de empoderamento, como mudanças das relações de poder. Historicamente, a compreensão sobre o cuidado e o cuidar tinha uma perspectiva funcionalista e adaptativa, em que o profissional era percebido como aquele que ajuda, buscando maximizar as potencialidades e o melhor funcionamento social do indivíduo. Alguns autores (assim como na Psicologia) fizeram a crítica a esse modelo e propuseram uma nova perspectiva de atuação, rompendo com a centralidade do indivíduo e com as práticas de ajuda ou de benefícios. A nova perspectiva compreende um olhar crítico e de práticas complexas. Desafiosde cuidar em Serviço Social: uma perspectiva crítica “Nas relações institucionalizadas de atendimento, é necessário considerar, inclusive, a violência do poder exercida pelos próprios serviços por ação ou omissão” (p. 84). Isso significa considerar os abusos cometidos por conta do desequilíbrio do poder entre usuários e profissionais. Tais abusos envolvem “desrespeito, humilhação, desconsideração da fragilidade da pessoa, infantilização, sonegação da informação, falta de escuta e negação da autonomia” (FALEIROS, 2013, p. 84). A prestação da assistência como política de proteção social voltada para a garantia de direitos deve garantir a sobrevivência (rendimento e autonomia), a acolhida e o convívio ou vivência familiar. A atenção aos pobres, historicamente, esteve atrelada ao assistencialismo, numa estratégia de misericórdia ou beneficência de caráter moral. Ela deve passar a ser considerada a partir da perspectiva dos direitos, rompendo com o modelo de adesão ao projeto de cura, passando para um modelo de consensualidade. Instituições e cuidado O cuidado real e simbólico tem sido relacionado com a mulher em sua vida concreta e ao trabalho privado de preocupação, educação, apoio e assistência: “não se pode dissociar a discussão do cuidar da questão de gênero e da questão moral ou ética” (FALEIROS, 2013, p. 85). Tradicionalmente, o cuidado é vinculado ao voluntariado, dedicação, atividade missionária. Na perspectiva da defesa dos Direitos Humanos: “equidade é fundamental para o cuidado público” (p. 85). Cuidado é direito. Assim, é preciso tomar o cuidado como valor político, e não apenas moral. O fundamento do cuidado são os direitos humanos, que se expressam no sistema de proteção social, entendidos como norma universal da dignidade do ser humano. A rede de proteção expressa o pacto democrático, envolvendo recursos, pessoas e compromissos com a justiça e a redução das desigualdades. Visões críticas O cuidado ético-democrático tem como ponto de partida as necessidades históricas dos sujeitos, articuladas aos direitos, ancorado numa relação de escuta, acolhida e interpretação compartilhada da situação. Os conflitos do cuidar são expressão da desigualdade do poder, socioeconômicas e de relações institucionais. Cuidar num processo de relação emancipatória. “O pressuposto dessa atenção é de que o outro deva existir como outro e diferente, mas com suas necessidades históricas atendidas. Marx considera o ser humano como um ser de necessidades que devem ser satisfeitas socialmente e que se estabelece no próprio intercâmbio social relativo à vida como pessoa e como trabalhador.” (FALEIROS, 2013, p. 86) Cuidado e relação política de responsabilidade O cuidado é um valor que se agrega ao trabalho profissional, não apenas um estilo de relação. Faz parte de uma relação de escuta e reconhecimento, acolhimento e qualidade. Há que se considerar a interdependência entre quem cuida e quem é cuidado, pois o cuidar se fundamenta em troca, comunicação e contribuição mútua entre profissional e público atendido. “O cuidado político e crítico inscreve-se numa perspectiva de ressignificação do sujeito e da estrutura na co-construção da relação democrática e cidadã entre profissional e público atendido (...) um processo que precisa estar articulado às condições e às estratégias objetivas de fortalecimento da ética, da crítica e da mudança, valorizando as expressões dos sujeitos em relação à garantia de seus direitos.” (FALEIROS, 2013, p. 89) Cuidado e relação profissional Na discussão sobre o processo de acolhimento na Saúde e na Assistência Social, há um embate sobre o que veio sendo feito tradicionalmente sob essa noção e aquilo que se insere em uma perspectiva crítica e alinhada ao desenvolvimento de uma política pública de direitos. Pode-se reconhecer como pertencente a esta segunda concepção: a) A noção de acolhimento identificada como uma dimensão espacial. b) A noção de acolhimento associada à recepção administrativa e ambiente confortável. c) A noção de acolhimento como uma ação de triagem administrativa. d) A noção de acolhimento como encaminhamento para serviços especializados. e) A noção de acolhimento como ferramenta tecnológica de intervenção. Interatividade Na discussão sobre o processo de acolhimento na Saúde e na Assistência Social, há um embate sobre o que veio sendo feito tradicionalmente sob essa noção e aquilo que se insere em uma perspectiva crítica e alinhada ao desenvolvimento de uma política pública de direitos. Pode-se reconhecer como pertencente a esta segunda concepção: a) A noção de acolhimento identificada como uma dimensão espacial. b) A noção de acolhimento associada à recepção administrativa e ambiente confortável. c) A noção de acolhimento como uma ação de triagem administrativa. d) A noção de acolhimento como encaminhamento para serviços especializados. e) A noção de acolhimento como ferramenta tecnológica de intervenção. Resposta BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Acolhimento nas práticas de produção de saúde. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. 2. ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_praticas_producao_saude.pdf. Acesso em: 15 mai. 2022. BRASIL. Secretaria de Assistência Social. Norma operacional básica de recursos humanos do SUAS – NOB-RH/SUAS. Disponível em: https://crpsp.org/uploads/impresso/454/lwJCJAc9FsgdR0FQcylWfd6ajTLylgP3.pdf. Acesso em: 07 jun. 2022. FALEIROS, Vicente de Paula. Desafios de cuidar em serviço social: uma perspectiva crítica. Rev. Katálysis, Florianópolis, v. 16, n. spe, p. 83-91, 2013. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414- 49802013000300006&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 25 out. 2020. Referências ROLNIK, S. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. 2. ed. Porto Alegre: Sulina, 2016. TOROSSIAN; XAVIER. Contar e brincar entre a dor e o prazer: intervenção e política no campo da assistência social. In: O psicólogo e as políticas públicas de assistência social. Petrópolis: Vozes, 2014. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar