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RESUMO - ESTATUTO DA CIDADE

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estatuto da cidade
Lei 10.257 de 10 de julho de 2001
definições
o estatuto da cidade é uma legislação federal, o
que emerge para a formação das leis municipais.
• lei absolutamente fundamental que concretizou
por intermédio de instrumentos interventivos na
organização territorial da cidade as ideias
fomentadas na constituição federal de 1988, tais
como:
- função social da cidade;
- função social da propriedade;
- indispensabilidade da participação popular no
planejamento urbano;
- reconhecimento do direito das favelas e
periferias.
diretrizes gerais
o estatuto das cidades fora criado com os
intentos de estabelecer normas de ordem pública
e de interesse social, regulando o uso da
propriedade urbana em prol do coletivo
- tenciona a ordenação plena acerca do
desenvolvimento das funções sociais da cidade e
da propriedade urbana;
- assegura o direito a cidades sustentáveis,
garantido por intermédio do direito à terra
urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à
infraestrutura urbana, ao transporte e aos
serviços públicos, ao trabalho e ao lazer para as
hodiernas e futuras gerações, bem como posto na
seguinte afirmação:
desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento
capaz de suprir as necessidades da geração
atual, sem comprometer a capacidade de
atender as necessidades das futuras gerações. é
o desenvolvimento que não esgota os recursos
para o futuro. [comissão mundial sobre meio
ambiente e desenvolvimento - nações unidas]
- é compreendida por uma gestão democrática,
abarcando a participação popular e associações
representativas dos diversos segmentos;
- cooperação entre os governos, a iniciativa
privada e os demais setores da sociedade no
processo de urbanização, em atendimento ao
interesse social; 
a gestão das cidades não pode ficar sob o poder
pleno de apenas um segmento da sociedade, isto
implica na necessidade de haver uma
cooperação entre os variáveis segmentos. 
- planejamento do desenvolvimento das cidades,
da distribuição espacial da população e das
atividades econômicas do Município e do
território sob sua área de influência, de modo a
evitar e corrigir as distorções do crescimento
urbano e seus efeitos negativos sobre o meio
ambiente;
a ordenação e controle do uso do solo tende a
evitar problemáticas quanto a terra urbana,
dentre estas: o uso inadequado dos imóveis
urbanos, a utilização demasiada e/ou indevida da
infraestrutura urbana, e a retenção especulativa
de tais imóveis urbanos. 
*a retenção especulativa é aferida quando o
proprietário compra um terreno e não faz nada
com ele, não vende e tampouco constrói,
esperando a valorização futura deste.
dos instrumentos da política urbana
instrumentos do planejamento municipal
- imposto sobre a propriedade predial e
territorial urbana - IPTU;
- incentivos e benefícios fiscais e financeiros
institutos tributários e financeiros
- concessão de direito real de uso;
- parcelamento, edificação ou utilização
compulsórios;
- usucapião especial de imóvel urbano;
- direito de superfície;
- direito de preempção;
- outorga onerosa do direito de construir e
de alteração de uso;
- transferência do direito de construir;
- operações urbanas consorciadas.
institutos jurídicos e políticos
- plano diretor;
- plano plurianual;
- gestão orçamentária participativa.
@arqanacarvalho
plano diretor
municipal
o plano diretor contém algumas especificidades,
tais como:
- formato de legislação;
- de ordem municipal;
- possuir mais de 20mil habitantes;
- integrantes de regiões metropolitanas;
- integrantes de áreas turísticas ou com obras
que promovam risco ambiental, até modificações
de maior amplitude para a região, bem como
aeroportos, rodovias, barragens ou hidrelétricas.
definições
de modo amplo, tem-se que o plano diretor
como instrumento a nível municipal tende a
organizar o crescimento e o funcionamento
da urbe, com indicativos ideais para o
crescimento favorável desta.
a base que rege o plano diretor municipal
está centrada nas diretrizes dispostas no
estatuto da cidade, referidas ao uso da
propriedade urbana sob a ótica da
coletividade, na segurança, no bem-estar do
corpo social e no equilíbrio ambiental. dentro
desse contexto introduz-se que o plano
diretor define-se como um instrumento
central do planejamento das cidades no
Brasil. 
com base na lei 10.257, o plano diretor é
definido como 'instrumento básico da
política de desenvolvimento e expansão
urbana'. esta delega ainda ao plano diretor a
função de determinar condições a que a
propriedade deve conformar-se para o
cumprimento da função social, assegurando
o acesso à terra urbana, de maneira que
todos os cidadãos tenham o direito à
moradia digna e aos serviços urbanos. 
da elaboração 
poder executivo [prefeitura];
poder legislativo [câmara de vereadores];
população.
a criação do plano diretor compete a três esferas:
1.
2.
3.
a participação popular deve ser estimulada a fim
de que o plano diretor responda de maneira
coesa à realidade e especulações futuras. 
conquanto, o documento em questão parte de
um estudo científico, resultando em um plano de
ações com tempo estimado entre curto, médio ou
longo prazo. 
*o estatuto da cidade, aponta que o plano diretor
deve ser revisado a cada 10 anos, para que
acompanhe de forma precisa as transfigurações
e possíveis necessidades no decorrer do período.
etapas de um plano diretor 
Portanto, o Plano Diretor é de inteira importância
para a administração de uma cidade, pois ele é o
instrumento essencial para o desenvolvimento
dos centros urbanos brasileiros, e é com ele que
serão definidos os rumos de crescimento do
município.
Para poder planejar é preciso saber onde se quer
ir e o Plano Diretor deverá definir o caminho a ser
seguido.
para a elaboração do plano diretor, deve-se inicialmente montar uma equipe técnica para a criação do
termo de referência - TR, que leva em cerca de 10 meses para a sua finalização. após isso, a empresa
licitada aplicará a produção do plano o que fora aferido no termo de referência. 
iptu - progressivo
no tempo
de forma a combater o uso especulativo do solo
urbano e assegurar a adequada utilização dos
imóveis, a constituição trouxe mecanismos de
efetivação da função social da propriedade
urbana, facultando ao pode público municipal
desde que com lei específica em área inclusa ao
plano diretor, exigir nos termos do estatuto da
cidade, do proprietário do solo o seu devido
aproveitamento sob pena de parcelamento ou
edificação compulsórios, imposto predial e
territorial urbana progressivo no tempo e
desapropriação. 
conquanto, o município aplica o IPTU progressivo
no tempo através da majoração da alíquota pelo
prazo de cinco anos consecutivos. a ação do IPTU
progressivo no tempo é basicamente punir com
um tributo de valor crescente, ano a ano, os
proprietários de terrenos cuja ociosidade ou mal
aproveitamento acarrete prejuízo à população.
Aplica-se aos proprietários que não atenderam à
notificação para parcelamento, edificação ou
utilização compulsórios.
parcelamento,
edificação ou utilização
compulsórios
é considerado subutilizado o imóvel cujo
aproveitamento seja inferior ao mínimo definido
no plano diretor ou em legislação dele
decorrente. o critério da subutilização aplica-se
tanto a glebas passíveis de parcelamento -
possibilitando ampliar o acesso à terra urbana
para fins de moradia -, quanto à ocupação de
lotes com construções para diferentes usos.
cabe ao poder público municipal: utilizar o
instrumento de parcelamento, edificação ou
utilização compulsório como forma de induzir a
ocupação de imóveis urbanos, providos de
infraestrutura e equipamentos, que não estão
edificados, que estão sendo subutilizados ou não
utilizados. [Art° 117, LEI ° 4.669].
desapropriação com
pagamento em títulos
decorridos cinco anos da majoração da alíquota
[cobrança] do IPTU progressivo no tempo, sem
que o proprietário tenha cumprido a obrigação
de parcelamento, edificação ou utilização, o
poder público municipal poderá proceder à
desapropriação do imóvel, com pagamento em
títulos da dívida pública de emissão previamenteaprovada pelo Senado Federal, com prazo de
resgate de até dez anos, em parcelas anuais,
iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais.
direito de superfície 
Possibilita que o proprietário de terreno urbano
conceda, a outro particular, o direito de utilizar o
solo, o subsolo ou o espaço aéreo de seu terreno,
em termos estabelecidos em contrato - por tempo
determinado ou indeterminado - e mediante
escritura pública firmada em cartório de registro
de imóveis.
com o objetivo de incentivar o exercício da
função da propriedade urbana, sem transferir o
direito de propriedade do terreno, tornando
flexível o uso do espaço.
consórcio imobiliário
direito de preempção
é um instrumento previsto pelo estatuto da
cidade, que garante em determinadas situações
o direito de preferência, mediante compra, de um
imóvel urbano, dado ao poder público.
para que o executivo municipal concorde ou não
com o valor pedido pelo imóvel, é necessário que
se faça um procedimento de avaliação do valor
do imóvel, que é um requisito necessário para o
poder público poder adquirir um imóvel, seja por
licitação ou desapropriação.
tal mecanismo tenciona maior facilidade quanto
a aquisição, por parte do poder público, de áreas
de seu interesse, para a elaboração de projetos
específicos. 
outorga onerosa do
direito de construir
é também conhecida como “solo criado”, refere-
se à concessão emitida pelo município para que o
proprietário de um imóvel edifique acima do limite
estabelecido pelo coeficiente de aproveitamento
básico, mediante contrapartida financeira a ser
prestada pelo beneficiário.
*coeficiente básico: é o índice que indica o
quanto pode ser construído no lote (relação entre
a área edificável e a área do terreno).
tal instrumento visa recuperar parte dos
investimentos a serem realizados pelo poder
público para suprir as demandas geradas pelas
altas densidades.
Art.26. o direito de preempção será exercido
sempre que o poder público necessitar de áreas
para:
I- regularização fundiária;
II - execução de programas e projetos de
habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;
IV – ordenamento e direcionamento da expansão
urbana;
V – implantação de equipamentos urbanos
comunitários.
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas
de verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou
proteção de outras áreas de interesse ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse de cultural,
histórico ou paisagístico;
IX – (vetado) este inciso permite outras finalidades
de interesse social ou de utilidades públicas
definidas pelo plano diretor.
O plano diretor deverá indicar as áreas onde o
direito de preempção pode incidir e o prazo de
vigência para o exercício deste direito é de 5 anos
no máximo. Outra forma de implantação possível,
pode ser em processos de regularização de
loteamentos e urbanização de bairros periféricos.
das finalidades
da implantação
das finalidades
o estatuto da cidade no seu artigo 31 estabelece
que esse instrumento pode ser utilizado em áreas
que o poder público considere necessárias para:
I – regularização fundiária;
II – execução de programas e projetos
habitacionais de interesse social;
III – constituição de reserva fundiária;
IV – ordenamento e direcionamento da expansão
urbana;
V – implantação de equipamentos urbanos e
comunitários;
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas
verdes;
VII – criação de unidades de conservação ou
proteção de outras áreas de interesse ambiental;
VIII – proteção de áreas de interesse histórico,
cultural ou paisagístico.
*vale ressaltar que o recurso acima só poderá ser
efetivado caso a cidade possa suportar a
construção a ser implantada;
*o limite geral é igual até 4x a área do terreno, isto
é, locais que podem ter o coeficiente de
aproveitamento máximo. 
a outorga onerosa fora pensada como um
mecanismo para redistribuição da valorização da
terra. 
outorga onerosa do
direito de construir
conjunto de intervenções e medidas,
coordenadas pelo poder público municipal, com
a finalidade de preservação, recuperação ou
transformação de áreas urbanas contando com a
participação dos proprietários, moradores,
usuários permanentes e investidores privados. é
um dos principais instrumentos para a geração
de recursos e depende para sua viabilização de
lei municipal específica, baseada no plano
diretor, que delimitará área para aplicação.
de acordo com o estatuto da cidade (art. 33), a lei
específica que aprovar a operação urbana
consorciada deve conter no mínimo:
- definição da área a ser atingida; 
- programa básico de ocupação da área; 
- programa de atendimento econômico e social
para a população diretamente afetada pela
operação; 
- finalidades da operação; 
- contrapartida a ser prestada pelos
beneficiados;
- forma de controle da operação.
o principal impulso das operações urbanas
consorciadas é o alcance em uma área
transformações urbanísticas estruturais,
melhorias sociais e a valorização ambiental,
assim definida pelo artigo 32 do estatuto da
cidade.
outras medidas 
1. a modificação de índices e características de
parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo,
bem como alterações das normas edilícias,
considerado o impacto ambiental delas
decorrente;
2. a regularização de construções, reformas ou
ampliações executadas em desacordo com a
legislação vigente.
operações urbanas
consorciadas
fraquezas
- podem acontecer em qualquer localização
dentro do município. é necessário atenção,
entretanto, para garantir que os benefícios
advindos da aplicação desse instrumento sejam
distribuídos de forma justa pelos diversos setores
da sociedade.
- funcionam onde já existe interesse do mercado
imobiliário, fazendo com que os investimentos se
concentrem nas regiões atrativas do ponto de
vista do capital, aumentando assim, as
disparidades intraurbana (exclusão e segregação
sócio - espacial).
transferência do
direito de construir
é um instrumento de política urbana previsto no
plano diretor e no estatuto da cidade que
consiste no direito dado ao proprietário de imóvel
urbano, privado ou público, que sofreu algum tipo
de limitação em sua propriedade em função de
preservação histórica, ambiental, paisagística,
social ou cultural de exercer em outro local,
mediante escritura pública, o potencial
construtivo, a que teria direito, previsto no plano
diretor.
*o direito de construir encontra-se limitado por
uma quantidade mínima de potencial construtivo,
definido em lei (coeficiente de aproveitamento);
*transferência do direito de construir, é a
transferência do potencial construtivo do lote,
deve ser utilizada, portanto em áreas que o poder
público, tenha por qualquer motivo, interesse de
manter com baixa densidade.
transferência do direito
de construir
o mecanismo acima objetiva viabilizar a
preservação de imóveis ou áreas de importante
valor histórico ou ambiental.
o estatuto da cidade, no seu artigo 35 estabelece
que esse instrumento pode ser utilizado em áreas
que o poder público considere necessárias para:
- implantação de equipamentos urbanos e
comunitários;
- preservação, quando o imóvel for considerado
de interesse histórico, ambiental, paisagístico,
social ou cultural;
- servir a programas de regularização fundiária,
urbanização de áreas ocupadas por população
de baixa renda e habitação de interesse social.
das finalidades

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