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Filosofia: Aristóteles, Tomás de Aquino e Patrística

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RPA UFU 
FILOSOFIA 
 
RESOLUÇÃO 
Em Categorias, Aristóteles concebe a 
substância apenas como indivíduos e 
define distinções lógicas importantes 
entre tipos de atributos que se referem a 
estas substâncias, já em Metafísica, o 
filósofo engendra uma análise fundante 
sobre a substância mesma e a posiciona 
diferentemente como um complexo de 
matéria e forma. De maneira geral 
podemos tomar a substância como o ser 
dito de várias maneiras: 1) ela é o 
princípio da realidade e do 
conhecimento, 2) é a causa por 
excelência sendo em todos os sentidos 
causa formal, material, eficiente e final, 
3) é o suporte de propriedades 
essenciais e 4) é a essência, ou seja, 
aquilo sem o qual a coisa deixa de ser o 
que é. 
ALTERNATIVA C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESOLUÇÃO 
A filosofia medieval é movida por 
querelas intelectuais nas quais de um 
lado encontramos os teólogos e de outro 
os filósofos, ou de um lado os 
defensores do conhecimento pela fé e de 
outro os defensores do conhecimento 
pela razão, ou de um lado a revelação 
bíblica e de outro a investigação dos 
filósofos gregos. A partir do século XII, 
com as traduções feitas pela escola de 
Toledo das obras de Aristóteles, essas 
disputas se acirraram. À primeira vista, o 
aristotelismo era incompatível com a 
doutrina cristã. No aristotelismo, por 
exemplo, não havia nenhuma noção de 
deus criador, de providência divina, de 
alma imortal, de queda e redenção do 
homem – todas estas noções caras à 
doutrina cristã. Essa incompatibilidade 
levou à censura da obra de Aristóteles. 
Porém, a capacidade intelectual de 
Tomás de Aquino aliada a sua inabalável 
fé cristã resolveram tais 
incompatibilidades com uma 
cristianização efetiva da filosofia 
aristotélica. Um exemplo da capacidade 
de Tomás está na sua apropriação da 
tese de Aristóteles sobre o Primeiro 
Motor (para haver um móvel é 
necessário que exista um imóvel, para 
que exista a passagem da potência para 
o ato é necessário haver algo que seja 
ato puro), e transformação desta em 
prova da existência do Deus cristão; 
essa é uma das cinco provas da 
Exercício 2 Exercício 1 
 
existência de Deus aceitas por Santo 
Tomás. 
Porém, a questão do vestibular possui 
um problema grave, pois a alternativa: 
“por meios metafísicos, resultantes de 
investigação intelectual”, é correta 
segundo esta afirmação do texto citado: 
“existem verdades que podem ser 
atingidas pela razão: por exemplo, que 
Deus existe”. 
ALTERNATIVA B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESOLUÇÃO 
Primeiramente, é um tanto incorreto 
chamar a articulação entre os conceitos 
de ato e de potência de teoria, pois a 
teoria aristotélica é a metafísica, é a 
física, etc. A articulação entre os 
conceitos é uma parte daquilo que é a 
teoria de fato e, sendo assim, esta 
articulação é apenas uma parte do 
argumento geral proposto por Aristóteles. 
De todo modo, o desenvolvimento da 
potencialidade em atualidade é um dos 
aspectos mais importantes da filosofia 
aristotélica. A intenção dessa articulação 
conceitual era resolver alguns problemas 
existentes na relação entre a unidade e a 
multiplicidade. Em geral, tal articulação 
se dá em termos de causalidade, isto é, 
algo passa de potência ao ato como 
efeito de uma causa material, formal, 
eficiente e final. Por exemplo, uma 
estátua de bronze: 1) sua causa material 
é o próprio bronze; 2) sua causa formal é 
a ideia que se tem da escultura; 3) a 
causa eficiente é o escultor capaz de dar 
forma à matéria informe; 4) a causa final 
é consolidação da forma na matéria 
informe e a realização da ideia que 
motivou a feitura da escultura. 
ALTERNATIVA B 
 
 
 
 
 
Exercício 3 
 
 
RESOLUÇÃO 
Santo Tomás de Aquino separa a fé e a 
razão, garantindo que cada uma tenha o 
seu mérito. A fé é meritosa quando trata 
das questões relacionadas com o divino; 
já a razão é meritosa quando trata das 
questões relacionadas com a natureza. A 
fé não possui mérito para tratar das 
questões que a razão é capaz de indicar 
provas suficientes, do mesmo modo a 
razão não possui mérito para tratar 
daquilo que é questão de fé. 
Porém, Tomás de Aquino também afirma 
que as verdades doutrinais – aquelas 
que dependem da fé – são geralmente 
confirmadas pela razão, de tal maneira 
que a razão pode ser útil para o 
fortalecimento da fé. O uso da razão 
persuasiva pode, então, servir à fé, 
fortalecendo a crença ou convencendo o 
descrente da verdade revelada cristã. 
ALTERNATIVA D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESOLUÇÃO 
A Patrística é o estudo dos chamados 
"Patronos da Igreja", ou seja, é o estudo 
dos escritos daqueles primeiros 
escritores dos primórdios do cristianismo. 
Esse período é geralmente delimitado 
entre o fim do Novo Testamento ou o 
final da Era Apostólica até a data do 
Concílio da Calcedónia (451 d.C.) ou até 
o século VIII d.C. no segundo Concílio de 
Niceia. Basicamente, esses escritos 
pretendem justificar, defender e propagar 
as verdades da fé cristã. 
ALTERNATIVA D 
 
RESOLUÇÃO 
O homem é uma entidade que combina 
características mutuamente exclusivas, a 
saber, o ser para-si e o ser em-si. O ser 
em-si se diz pela identidade, pela inércia, 
já o ser para-si se diz pela diferença, 
pela dinâmica, isto é, o ser para-si 
depende da negação do ser em-si. 
Dessa maneira, a essência, ou seja, 
aquilo que define a identidade não 
garante a exposição daquilo que é livre. 
Isso que é livre apenas é não sendo 
aquilo que lhe define 
circunstancialmente. O homem sendo 
livre é um projeto, um vir a ser 
dependente da sua escolha a qual está 
condenado a realizar devido a sua 
condição fundamental. 
ALTERNATIVA C 
 
Exercício 6 
Exercício 5 Exercício 4 
 
 
RESOLUÇÃO 
O lema da filosofia socrática é: conheça-
te a ti mesmo; e como o próprio Sócrates 
diz na sua Apologia: “a vida sem 
inspeção não vale a pena ser vivida pelo 
homem”. Seguindo esse lema e essas 
palavras, podemos dizer que o 
pensamento de Sócrates se desenvolve 
como uma investigação metódica cuja 
única finalidade é esclarecer através 
deste exame minucioso a ignorância 
daquele que diz saber sem, todavia, 
saber realmente. O segredo dessa 
investigação metódica (a dialética) de 
Sócrates está no conceito de ironia que 
garante para cada interlocutor um 
discurso particular a respeito das suas 
suposições sobre seu próprio 
conhecimento. Por esse discurso, o 
filósofo esclarece seu interlocutor sobre 
sua ignorância e o faz assumir, ou pelo 
menos considerar a possibilidade de 
uma postura distinta da inicial, mais 
elevada, mais sábia e, portanto, capaz 
de se reconhecer a si mesmo. 
ALTERNATIVA C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESOLUÇÃO 
Em terminologia kantiana, a boa vontade 
é uma vontade cujas decisões são 
totalmente determinadas por demandas 
morais ou, como ele normalmente se 
refere a isso, pela Lei Moral. Os seres 
humanos veem essa Lei como restrição 
dos seus desejos e, por conseguinte, 
uma vontade decidida por seguir a Lei 
Moral só pode ser motivada pela ideia de 
Dever. Hipoteticamente, se houvesse 
uma vontade divina, ela seria, embora 
boa, não seria boa porque é motivada 
pela ideia de Dever, pois uma vontade 
divina seria livre de qualquer desejo 
imoral. Apenas a presença dos desejos 
imorais, ou de ação que opera 
independentemente da moralidade, exige 
a bondade da vontade e faz da Lei Moral 
coerciva, faz dela parte essencial da 
ideia de dever. 
ALTERNATIVA D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercício 8 Exercício 7 
 
 
RESOLUÇÃO 
O homem é uma entidade que combina 
características mutuamente exclusivas, a 
saber, o ser para-si e o ser em-si. O ser 
em-si se diz pela identidade, pela inércia, 
já o ser para-si se diz pela diferença, 
pela dinâmica, isto é, o ser para-si 
dependeda negação do ser em-si. 
Dessa maneira, a essência, ou seja, 
aquilo que define a identidade não 
garante a exposição daquilo que é livre. 
Isso que é livre apenas é não sendo 
aquilo que lhe define 
circunstancialmente. O homem sendo 
livre é um projeto, um vir a ser 
dependente da sua escolha a qual está 
condenado a realizar devido a sua 
condição fundamental. 
ALTERNATIVA C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESOLUÇÃO 
Hume começa sua teoria dividindo todas 
as percepções mentais entre ideias 
(pensamentos) e impressões (sensações 
e sentimentos) e, então, faz duas 
alegações fundamentais sobre a relação 
entre elas. Primeiramente, ele alega que 
todas as ideias são, no final das contas, 
cópias das impressões, ou seja, para 
qualquer ideia que nós tomarmos, 
encontraremos seus componentes nas 
sensações externas ou nos sentimentos 
internos. Segundamente, ele alega que a 
única diferença entre uma ideia e uma 
impressão está na vivacidade de uma e 
de outra, isto é, a única diferença entre a 
impressão da árvore e a ideia da árvore 
está na força da sua presença no 
intelecto. Desse modo, ideias são cópias 
das impressões e as ideias e impressões 
diferem na vivacidade da sua presença 
intelectual. 
ALTERNATIVA B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercício 10 Exercício 9 
 
 
RESOLUÇÃO 
A estrutura da lógica hegeliana é triádica, 
que reflete a organização de um sistema 
filosófico mais amplo e da lógica sobre 
sua variedade de motivos internos e 
externos. A divisão da lógica é esta: 1) a 
doutrina do ser, 2) a doutrina da 
essência e 3) a doutrina da noção (ou do 
conceito). Na doutrina do ser, por 
exemplo, Hegel explica o conceito de 
"ser-por-si" como uma autorrelação que 
resolve a oposição entre o próprio e o 
outro na "idealidade do finito". Na 
doutrina da essência, Hegel explica as 
categorias de ato e liberdade. Ele diz que 
ato é a unidade de "essência e 
existência" e argumenta que isso não 
descarta a atualidade de ideias que se 
tornam atualizadas, realizando-se na 
existência externa. Também define a 
liberdade como a "verdade da 
necessidade", ou seja, a liberdade 
pressupõe a necessidade no sentido de 
que a própria ação e a reação 
providenciam uma estrutura da ação 
livre. Na doutrina do conceito trabalha-se 
o conceito em função da subjetividade, 
da objetividade e da articulação entre 
subjetividade e objetividade. O conceito 
subjetivo contém três funcionalidades: 
universalidade, particularidade e 
individualidade. Essas três funções 
operam de acordo com um movimento 
"dialético" progressivo do primeiro para o 
terceiro e na totalidade expressam o 
conceito de individualidade. As funções 
relacionam logicamente os juízos, porém 
não dizem respeito apenas às operações 
mentais, mas também explicam as 
próprias relações reais. 
ALTERNATIVA B 
 
RESOLUÇÃO 
O pensamento de Maquiavel define de 
acordo com a sorte as nossas ações de 
todo tipo, sendo em um momento a 
própria sorte um árbitro e noutro uma 
preocupação com a qual nos 
conformamos. Agir bem é agir 
efetivamente perante as circunstâncias. 
Não por outro motivo a história é muito 
importante para Maquiavel, pois é 
através dela que encontramos exemplos 
de homens que agiram efetivamente 
perante as adversidades e obtiveram 
resultados que contornaram o poder 
devastador da sorte. Neste contexto, 
virtù não pode ser a virtude de um 
homem bom como a filosofia antiga 
especulou, mas sim aquelas qualidades 
que o homem possui capazes de fazê-lo 
superar os eventuais percalços e se 
impor perante qualquer sorte. No caso 
do Príncipe, a virtù constitui aquele 
conjunto de qualidades pessoais 
necessárias para a manutenção do 
estado e a realização de grandes feitos, 
mesmo que estas qualidades sejam 
eventualmente cruéis. 
ALTERNATIVA D 
 
 
Exercício 12 
Exercício 11 
 
 
RESOLUÇÃO 
O objetivo de um governo legítimo é: 
1) preservar, o quanto possível, o direito 
à vida, à liberdade, à saúde e à 
propriedade de seus cidadãos; 
2) processar e punir aqueles cidadãos 
que violarem os direitos dos outros; 
3) perseguir o bem público até nos 
momentos em que isto entrar em conflito 
com os direitos individuais. Assim, o 
governo provê algo não disponível no 
estado de natureza, a preservação dos 
direitos naturais através da intervenção 
de uma autoridade racional, isto é, um 
juiz imparcial para determinar a 
severidade do crime e definir uma 
punição proporcional. Esses são os 
motivos fundamentais por que a 
sociedade civil é um avanço sobre o 
estado de natureza. 
ALTERNATIVA C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESOLUÇÃO 
O estado de natureza é "natural" em 
apenas um sentido específico. Para 
Hobbes, a autoridade política é artificial e 
em contrapartida o estado anterior à 
instituição do governo é natural. Na sua 
condição "natural", o ser humano carece 
de governo, que é uma autoridade 
artificial, pois a única autoridade natural 
é aquela da mãe sobre o filho – dado 
que a mãe tem a vida do filho. Entre 
adultos, inevitavelmente o caso difere e 
surge a necessidade do artifício. 
Naturalmente, todo homem tem direito 
igual a todas as coisas, porém, de fato, 
cada homem difere um do outro em força 
e, talvez, até em inteligência. Todavia, 
cada homem tem poder suficiente para 
ameaçar a vida de qualquer outro, de 
modo que invariavelmente o estado de 
natureza é uma disputa de todos contra 
todos por tudo que é direito de todos. O 
estado de natureza é forçosamente uma 
guerra de todos contra todos. Entre 
outras inúmeras funções, Hobbes, com 
essa teoria, se opõe à teoria monarquista 
do direito divino ao trono. 
ALTERNATIVA A 
 
 
 
 
 
 
 
Exercício 14 Exercício 13

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