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TEORIA DO CRIME

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Prévia do material em texto

Ruan Silva Rabelo 
1 
 
 
 
CONCEITO 
 Infração penal nada mais é do que toda conduta que está em desacordo com a legislação 
e que a lei comine pena de detenção ou reclusão, cumulada ou não com multa. A infração penal, 
como afirma grande parte dos doutrinadores, adota o chamado critério dicotômico, isto é, que 
se divide em duas “coisas”. Portanto, pode-se afirmar que infração penal é um gênero do qual 
deriva duas espécies: a contravenção penal e o crime (delito). 
 
ESPÉCIES 
 CONTRAVENÇÃO PENAL 
 A contravenção penal trata-se de uma conduta de atinja determinado bem jurídico em 
um menor grau de potencialidade, tendo como punição a prisão simples ou a multa, seja 
cumulativa ou alternativamente. 
 Desse modo, vejamos a sua definição legal prevista no art. 1° da Lei de Introdução ao 
Código Penal: 
 
 
 
 
CRIME 
Ingração penal 
(gênero)
Contravenção 
Penal (espécie)
Crime 
(espécie)
Art. 1º. Considera-se contravenção a infração penal a que a lei comina, 
isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, 
alternativa ou cumulativamente. 
Infração Penal 
 
 
Ruan Silva Rabelo 
2 
Noutro giro, existem vários conceitos de crime, conforme veremos, entretanto, em uma 
primeira análise, pode-se definir crime sendo uma infração de maior potencial ofensivo, punida 
com pena de reclusão ou detenção, podendo, também, cominada a pena de multa, seja 
cumulativa ou alternativamente. 
 
CURIOSIDADE! 
Existe um conceito legal de crime previsto no art. 1° do Decreto-Lei de Introdução ao 
Código Penal, que assim dispõe: 
 
 
 
 Essa disposição legal diz respeito ao critério formal de crime, que veremos a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 Sabe-se que o Direito Penal é o ramo do Direito que se tem por objeto o crime, ou seja, 
todas as nuances que giram em torno do crime são estudadas por este ramo do Direito. 
Art. 1º Considera-se crime a infração penal que a lei comina 
pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer 
alternativa ou cumulativamente com a pena de multa (...) 
 
CESPE - 2014 
Quanto aos elementos e espécies da infração penal, julgue o item a seguir. 
 
Na legislação pátria, adotou-se o critério bipartido na definição das 
infrações penais, ou seja, estas se subdividem em contravenções penais e 
crimes ou delitos, inexistindo diferença conceitual entre as duas últimas 
espécies. 
 
Gabarito: Certo 
Teoria Geral do Crime 
 
 
Ruan Silva Rabelo 
3 
Tendo isso em mente, é lógico que será esse ramo que irá definir os elementos do crime 
para, então, tipificar os crimes e determinar as respectivas sanções penais. A teoria do crime 
vem justamente para explicar quais são os elementos que compõem a estrutura do crime, os 
quais serão detalhadamente trabalhados no decorrer das aulas. 
 Pois bem, tendo isso em mente, vamos começar. 
 Inicialmente, é importante destacar que não existe um conceito único par se definir que 
o que é o crime. A depender da visão, muda-se o seu conceito. Nesse contexto, existem 
basicamente 3 (três) importantes critérios usados para defini-lo, que são: 
 
 Apresentados esses critérios, vamos agora definir cada um deles. 
Critério Material 
 O crime, para esse critério, é toda conduta humana (ação ou omissão) que 
efetivamente cause lesão a um bem jurídico tutelado pelo Direito Penal (vida, patrimônio, 
integridade física, etc.). Trata-se, portanto, de uma violação direta a um direito material. 
Critério Formal 
 Nesse critério, o crime é a oposição entra o fato ocorrido e a norma penal. Em outras 
palavras, é quando o agente, mediante seus atos, afronta diretamente a lei penal. Exemplo: o 
art. 121 do Código Penal Vigente versa sobre o crime de homicídio. Vejamos: 
 
 
 
Suponha que Freeza matou Kuririn. Nessa situação, é claro e evidente que Freeza, ao 
matar Kuririn, transgrediu a lei penal. O critério formal gira em torno justamente disso: a 
transgressão à lei penal. 
Critério Material
Critério Formal
Critério Analítico
Art. 121. Matar alguém. 
Pena – reclusão, de seis a vinte anos. 
 
 
Ruan Silva Rabelo 
4 
Critério Analítico 
 Este critério, senhores, é o mais importante e complexo dos três, pois é ele que o nosso 
ordenamento jurídico adota e o que as bancas, em sua maioria, usam como parâmetro. É em 
torno dele que vamos trabalhar. Nesse conceito, aborda-se o crime elencando alguns 
elementos, que variam de acordo com a teoria adotada. 
No nosso caso, iremos trabalhar com a teoria tripartite de crime, que é a que você 
precisa levar para a sua prova, pois é ela que prevalece, e que será detalhada posteriormente. 
De antemão, temos que para a teoria analítica tripartite, o crime se divide em três elementos, 
que são: fato típico, ilicitude (antijuridicidade) e culpabilidade. 
 
 
 Cada um desses elementos se ramifica em outros subelementos, mas, de início, isso 
nos basta. Iremos passo a passo para compreender essa teoria não é simples. 
Importante mencionar que saber os elementos que compõem o crime à luz do critério 
analítico já foi objeto de prova, senão vejamos: 
 
 
 
 
 
 
Teoria Tripartite
Fato típico
Ilicitude 
(antijuridicidade)
Culpabilidade
(CESPE/2013 – TJDFT – Técnico Judiciário) A respeito do 
direito penal, julgue os itens que se seguem. 
Considera-se crime toda ação ou omissão típica, antijurídica e 
culpável. 
Gabarito: Certo. 
Conforme aduzido acima, temos que o crime, de acordo 
com o critério analítico, é toda conduta (ação ou omissão) 
típica, antijurídica (ilícita) e culpável. 
 
 
Ruan Silva Rabelo 
5 
 
 
PARA MELHOR COMPREENDER 
 Existem várias analogias para melhor entender este conceito de crime. A que eu acho 
mais interessante é a comparação feita entre o crime e uma escada. Mas como assim? 
 É simples. 
Para estar configurado um crime, NECESSARIAMENTE precisam estar presentes todos 
os seus elementos (fato típico, antijurídico (ilícito) e culpável). Imaginemos que o crime seja 
uma escada composta por três degraus. No topo dessa escada está o crime, mas para que 
cheguemos ao topo, precisamos, obrigatoriamente, subirmos todos os degraus da escada, de 
modo que um precede o outro. Portanto, vejamos uma ilustração para ficar mais claro: 
 
Em síntese, temos que obrigatoriamente precisam estar presentes TODOS os elementos 
para a configuração de um crime. Não basta um, nem dois, precisa dos três. 
 
ATENÇÃO! 
Parcela considerável da doutrina adota a chamada teoria bipartite, pois, para eles, o 
crime seria composto apenas por dois elementos fato típico e antijuridicidade. A culpabilidade, 
nessa corrente doutrinária, seria um elemento de aplicação da pena. NÃO é a teoria adotada no 
Brasil. 
 
Com essa explicação, fechamos a análise dos principais conceitos de crime. A partir de 
agora, iremos destrinchar cada um dos elementos do critério analítico, começando pelo 
primeiro deles, que é o fato típico. 
Fato Típico 
 Esse é o primeiro elemento que vamos estudar. Mas, antes disso, precisamos saber o 
que ele significa. Vamos por partes. 
Fato típico
Ilícitude
Culpabilidade
Crime
 
 
Ruan Silva Rabelo 
6 
Um fato é tudo aquilo que acontece na vida. Você, nesse momento, está lendo este 
material, e isso é um fato. Daqui um tempo, com muita dedicação, paciência, resiliência e 
estudo, você irá ser aprovado em um concurso, e isso é um fato. 
Certo, agora que entendemos o que é um fato, precisamos entender o que é típico. 
No Direito Penal, quando encontramos a expressão “típico/tipicidade”, significa dizer 
que algo está escrito (positivado) em alguma lei. Por exemplo, quando abrimos o Código Penal, 
lá está tipificado que matar alguém é um crime, que tem uma pena de reclusão de seis a vinte 
anos. Portanto, um fato típico é um acontecimento que encontra respaldo na legislação. 
Pois bem, compreendido o que fato típico significa, é imperioso destacar que ele se 
divide em conduta, resultado, nexo causal e tipicidade.Portanto, nosso esquema vai ganhando 
forma, de modo que agora ele assim fica disposto: 
 
ELEMENTOS DO FATO TÍPICO 
 Como podemos vê acima, temos que o fato típico se divide alguns elementos, que são 
a conduta, o resultado, o nexo causal entre os elementos anteriores, bem como a tipicidade. 
Cada um desses elementos também possui outros, mas isso nós iremos estudar mais pra 
frente, jovem padawan. Vejamos uma breve espoiler sobre esses componentes: 
• Conduta: trata-se de uma ação ou omissão humana munida de voluntariedade e 
consciência. 
• Resultado: pode ser jurídico ou naturalístico. Resultado jurídico é toda ação que cause 
lesão ou perigo de lesão a um bem jurídico protegido. Já o resultado naturalístico é 
uma alteração no mundo exterior causado pela conduta. 
• Nexo causal: é o elo que vincula a conduta ao resultado. 
• Tipicidade: já conversamos sobre isso. Trata-se da previsão legal de um crime no 
ordenamento jurídico. 
 Portanto, registre-se que TODOS esses elementos precisam estar presentes para a 
caracterização do fato típico. 
Teoria 
tripartite
Fato Típico
Conduta
Resultado
Nexo causal
Tipicidade
Ilicitude
Culpabilidade
 
 
Ruan Silva Rabelo 
7 
 
ATENÇÃO 
 Todas as minúcias pertinentes a cada um dos elementos do fato típico serão 
explanadas. Nós estamos dando uma primeira passada pela teoria analítica finalística tripartite 
do crime, a qual demanda um estudo paulatino. De nada adianta eu jogar as informações de 
uma vez e você não conseguir assimilar e organizá-las na sua cabeça. 
Ruan Silva Rabelo

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