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Curso Preparando e Desenvolvendo Talentos através de Treinamento MÓDULO III Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 61 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. MÓDULO III Levantamento das Necessidades de Treinamento - LNT “São pequenos detalhes que fazem a grande diferença”. Stern & Payment O Levantamento das Necessidades de Treinamento (LNT) é o primeiro processo a ser realizado, para elaboração de Programas/Ações de Treinamento. É por meio do Levantamento de Necessidades que o profissional vai começar a elaborar o diagnóstico e o primeiro “rascunho” do desenho que se tornará o programa/ ação final. Analisemos a figura a seguir que demonstra o que devemos ter em mente como base para a realização de um bom diagnóstico: 62 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. O diagrama demonstra que a aprendizagem está no centro de todo o processo, influenciada por diversos cenários, tais como o tipo de cultura organizacional existente na organização, o modelo de comunicação adotado (transparência, clareza, momento, forma), o modelo de liderança exercida e exemplificada nas ações diárias (autoritário, democrático, participativo – o discurso precisa ser igual à prática) e ainda qual a estratégia delineada pela organização e quais os caminhos propostos para alcançá-la. A questão inicia-se no processo de estabelecimento da estratégia, em conjunto com as lideranças que por meio da posse das informações recebidas e/ou coletadas e/ou construídas possuem o desafio de escolher as ferramentas e processos mais adequados para, em conjunto com seu time, buscar os resultados que lhe foram desafiados. Quando a liderança é eficaz, competente e eficiente, em sua maioria, não possui muitas dificuldades neste processo. No entanto, se for uma liderança com questões mal resolvidas ou que ainda necessita de orientação, acompanhamento ou muito focada somente em resultados, esquecendo-se das relações interpessoais, podem surgir muitos desafios e dificuldades para dar prosseguimento ao processo, em função de ainda não possuir as competências e comportamentos maduros para tal proposição, consequentemente, pode vir a ter sérias dificuldades em conseguir a cooperação de seu time na utilização do melhor de cada potencial intelectual sob sua gestão. Outra questão fundamental que, muitas vezes, passa despercebida é como a organização e as lideranças disseminam pela instituição o modelo de estratégia adotado que deve servir de norteador para todas as ações da companhia, sejam elas de treinamento, desenvolvimento, compras, financeiro, marketing, entre outras. Se não houver unicidade e clareza e, principalmente, clara compreensão de todos que fazem parte da empresa, certamente os resultados não obterão o êxito necessário em sua totalidade. Como podemos perceber, desenvolver ações/processos de treinamento com o objetivo maior de preparar e desenvolver talentos é uma árdua tarefa e exige dos profissionais envolvidos, não somente conhecimento técnico relativo à sua área de atuação, mas, cada vez mais, conhecimentos estratégicos, visões sistêmicas do 63 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. todo, análise de impactos nos mais diversos cenários, identificação e medição de indicadores de eficiência, geração de resultados e comprovação de investimentos. Nos dias atuais, o profissional que ainda atua com foco somente em sua área e na construção básica de ações/ processos/ programas de treinamento sem este direcionamento está fadado a sumir do mercado e ser rotulado como alguém que não possui os conhecimentos, habilidades e atitudes requeridas para exercer com êxito sua função. O Levantamento de Necessidades de Treinamento pode ser desenvolvido em diferentes níveis de análise: 1. Nível da análise da organização total (corporativamente): todo o sistema organizacional. 2. Nível da análise da área de Recursos Humanos: por ferramentas demonstradas no Módulo II (avaliação de desempenho, pesquisa de clima). 3. Nível da análise das áreas requisitantes: por meio da observação e acompanhamento do CHA de cada profissional e também da análise conjunta com os profissionais de RH e demais instrumentos e ferramentas para elaboração de um diagnóstico consistente com base nos objetivos a serem conquistados. 64 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. Observemos a tabela resumo abaixo: Nível de Análise Sistema Envolvido Informações Básicas Análise Organizacional Sistema Corporativo (organizacional). Objetivos corporativos, planejamento estratégico, cultura organizacional. Análise da área de RH Sistemas e Ferramentas Treinamento. Levantamento de Necessidades, Pesquisa de Clima, Avaliação de Desempenho. Análise das áreas clientes Sistema de acompanhamento e adequada definição das Descrições e Perfis de Cargos. Análise dos conhecimentos, habilidades e atitudes requeridas para o bom desempenho versus o demonstrado no dia-a-dia. Importante refletirmos sobre algumas considerações neste processo com relação aos objetivos delineados no caso da necessidade de retorno em curto, médio ou longo prazo. A análise organizacional (corporativa) deve, sempre, em qualquer circunstância, ter como base, além das ferramentas apresentadas no Módulo II como o Ciclo PDCA e o 5W2H, uma clara percepção do clima organizacional atual, da estratégia adotada para o crescimento, como esta estratégia tem sido percebida tanto pelo corpo funcional (capital intelectual) quanto por fornecedores, mercado e concorrentes, de forma que ações/processos ou programas de treinamento propostos façam sentido e de fato não somente alcancem os objetivos propostos, mas superem as expectativas e demonstrem o valor agregado de cada ação para os resultados finais da companhia. 65 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. A análise corporativa envolve uma visão sistêmica e estratégica de toda a organização, aspectos econômicos, análise de investimentos, recursos instrucionais e tecnológicos, impactos internos e externos de forma a obter sustentabilidade e eficácia em suas propostas. Segundo McGehee e Thayer (ANO) uma boa definição de significado para o momento da análise organizacional (corporativa) é: determinação em que dentro da organização se deverá dar ênfase ao treinamento. Seguindo esta conceituação, é o momento de definição e análise de vários fatores tais como: planos; capital intelectual envolvido; dados de eficiência que possam servir de históricos e/ou fotografias para identificação e estabelecimento de métricas; clima; custos envolvidos; benefícios em comparação com outras estratégias possíveis de se atingir os objetivos estabelecidos, que não sejam somente ações/ processos/ programas de treinamento. Observe o diagrama 66 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores.Ao observarmos o diagrama é fácil identificarmos o ponto crucial, no qual as dificuldades podem surgir com relação à adequada identificação das necessidades de treinamento: o ponto crucial é o correto estabelecimento dos objetivos! Se os objetivos forem estabelecidos incorretamente, todo o resultado da ação será invalidado, é a premissa básica para o sucesso do programa, pois é por meio deles que o profissional irá desenhar toda a estrutura de resposta para o desenvolvimento e/ou capacitação de conhecimentos, habilidades e atitudes. O resultado positivo de uma ação/processo ou programa de treinamento está diretamente vinculado à seriedade e assertividade com os quais o profissional de educação/treinamento e as áreas envolvidas percebem, identificam e estabelecem tais objetivos, em sinergia com as estratégias, visão sistêmica e impacto destas ações no êxito dos resultados esperados. Vamos agora, tecer alguns comentários com relação à análise pela área de RH. Esta análise deve procurar verificar se o capital intelectual da organização é suficiente tanto quantitativamente como qualitativamente para as necessidades estratégicas atuais e futuras, já que podemos pressupor que estes profissionais, em diferentes níveis, possuem os conhecimentos, habilidades e atitudes requeridas para exercer de forma adequada suas atividades. É de fundamental importância lançar mão das ferramentas já citadas como Avaliação de Desempenho, Pesquisas de Clima, Descrições de Cargos, dentre outras para mapear possíveis necessidades de ações individuais/específicas, ou até mesmo corporativas relacionadas ao CHA versus os objetivos estratégicos da corporação. 67 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. Vamos observar novo diagrama: Quando observamos o diagrama, focado nas análises da área de RH, é nítido que existem, no mínimo, quatro pontos focais que jamais, sob qualquer hipótese, podem ser negligenciados: • Determinar com clareza e sustentabilidade (fatos e números) as necessidades de treinamento. • Identificar, tendo por base as ferramentas de Avaliação de Desempenho e Descrição das Funções, os possíveis profissionais que necessitam aprimorar ou desenvolver suas potencialidades, e, principalmente, identificar os talentos que devem ser preparados e desenvolvidos para novas posições/desafios. • Propor, projetar, desenhar, estruturar ações que possibilitem agregar valor percebido, bem como o alcance com êxito dos objetivos estratégicos. • Avaliar, acompanhar, ajustar e medir continuamente as ações/processos e programas propostos para a melhoria contínua. 68 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. Para fins de melhoria da compreensão e entendimento, iremos enumerar abaixo algumas ferramentas (existem várias outras) que os profissionais de educação/treinamento podem utilizar para obtenção de sustentabilidade em suas propostas: 1. Descrição de Cargos e Perfis; 2. Índices de Turnover (rotação de mão-de-obra); 3. Avaliação de Desempenho; 4. Idade média do corpo funcional; 5. Tempo médio de retenção de Talentos e Capital Intelectual; 6. Nível da qualificação requerido para cada função versus o nível de capital intelectual do ocupante; 7. Atitudes do corpo funcional perante adversidades; 8. Horas per capta investidas em ações/processos/programas de treinamento; 9. Nível de investimento versus resultados mensurados; 10. Nível de motivação do corpo funcional. A análise contínua destes dados e de outros permite gerar históricos e gráficos que possibilitam justificar lacunas atuais ou projetadas dentro de espaços de tempo específicos que propiciem maior efetividade de resultados com custo mais acessível. Vamos, então, para a análise realizada pelas áreas clientes. Este é um processo muito focado na percepção e avaliação das lideranças tendo por base a descrição de cargos, o desempenho diário, o CHA observado in loco pelos resultados demonstrados versus as responsabilidades exigidas, o nível de pressão, a condução e a busca de solução de problemas, o uso da criatividade e da inovação, o nível de ousadia, dentre outros. O ponto nevrálgico desta análise é que ela pode ocorrer por meio da “análise da pessoa” e da “análise das atividades”. O contraste é que quando a área analisa pessoas focaliza o desempenho, as emoções, as atitudes e, quando analisa atividades, o foco é o conhecimento aplicado nas atividades e a 69 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. habilidade para realização destas. A grande questão é que ambas devem ser analisadas conjuntamente, não é indicado avaliar separadamente e propor ações distintas, o ideal para obtenção de êxito com investimentos adequados é uma avaliação e uma proposta que contemple ambas, fechando o CHA. Lembra? Não adianta ter só o C sem o HA, ou só o A sem o CH e assim sucessivamente. Vamos observar o diagrama: Em muitos momentos, a análise das áreas possui fundamental importância para a identificação de ações pontuais, favorecendo o desenvolvimento de talentos específicos, o nível de responsabilidades e exigências, bem como possíveis discrepâncias entre as competências descritas nos modelos de Descrição de Cargos e Funções e os reais conhecimentos, habilidades e atitudes de seu ocupante. 70 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. Em sua maioria, a identificação de ações/processos/programas de treinamento individuais, é realizada pelas áreas clientes que em parceria com a área de Educação Corporativa/Treinamento estabelecem quais são as atividades a serem desenvolvidas, prazos, investimento, avaliação e controle, bem como, o acompanhamento de forma a garantir os resultados esperados. Este é um momento crucial com foco direcionado para a preparação e desenvolvimento de talentos por ferramentas de treinamento. Resumindo, todas as questões discutidas até o momento sobre a importância do adequado Levantamento de Necessidades e elaboração de um diagnóstico, chegamos à figura abaixo: Requisitos exigidos pelo cargo. CHA relativo ao ocupante do cargo – competências. Necessidades de Treinamento pontuais e específicas. 71 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. A partir deste momento, faremos uma breve reflexão sobre os quatro pilares sugeridos no diagrama apresentado como referência para elaboração de um bom diagnóstico: Estratégia; Liderança, Comunicação e Cultura. Vamos refletir um pouco sobre cada um deles: • Estratégia: ações estabelecidas pelas organizações com o propósito de alcançar vantagens competitivas em uma economia globalizada e mutável em sua área de atuação, perseguindo a excelência no alcance dos objetivos, estabelecendo o nível de risco que permita a projeção futura de forma sistemática, com proatividade e inovação sem, contudo, alterar de forma extremada o rumo a ser seguido. Precisa ser o caminho, a direção com a flexibilidade necessária para ajustes conforme alteração de cenários. Fonte: David Lobato, Administração Estratégica. 72 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. Como podemos observar no Mapa de Transformação acima, compreendemosque há necessidade de intervalos de adaptação aos novos cenários, no entanto, atualmente, as mudanças constantes, já não permitem aos gestores que esperem demais para tomar suas decisões, é um jogo de sobrevivência e daí a importância do profissional de Educação Corporativa/ Treinamento possuir esta habilidade desenvolvida no sentido de apoiar e orientar ações/processos/programas de treinamento direcionados e adequados ao corpo funcional. Como disse Tom Peters: ”Estamos no meio da mudança mais profunda que já houve com relação ao crescimento das organizações” (Ano, página). Fonte: David Lobato, Administração Estratégica. 73 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. Cada vez mais, não somente as lideranças, mas todo o capital intelectual das organizações precisa ter o conhecimento, a habilidade e a atitude do pensar de forma estratégica, por meio das informações e levantamentos corretos, de acompanhamento e demonstrações métricas versus o individualismo e o trabalho em células, em equipe, onde cada qual agrega valor conforme suas potencialidades em prol de um objetivo comum e resultados melhores. • Liderança, Comunicação e Cultura: é sabido por todos que existem vários e diferentes estilos de liderança e que cada gestor atua conforme o estilo por ele estudado ou desenvolvido por exemplos vivenciados ou ações de desenvolvimento gerencial. A questão é que existem estilos que propiciam melhores ou piores resultados junto à equipe na obtenção de resultados, na implantação da estratégia, na comunicação e até mesmo forte impacto no clima organizacional, podendo gerar profundos abalos na cultura da mesma. Alguns estudiosos do assunto acreditam que alguns elementos focados no HA do CHA podem fazer a grande diferença em todo este processo, visto que estes elementos têm o poder de influenciar diretamente o processo de liderança entre líderes e liderados, tanto na percepção do líder sobre eles, como o inverso. Não podemos afirmar, sob hipótese alguma, que um dos elementos é mais ou menos importante do que os demais, na verdade, a questão é o equilíbrio e o elo entre eles para que o processo flua. Fonte: Tânia Amorim, Eu Líder. 74 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. As Lideranças precisam possuir minimamente estes cinco elementos para que possam, por seu conhecimento, aplicar as habilidades e atitudes necessárias para extrair o melhor de cada profissional de seu time, identificar talentos e contribuir com o crescimento do time, de sua área, de si mesmo e da organização. O elemento CARISMA é considerado de extrema força para o alcance da eficácia, pois é o resultado das percepções que a equipe tem com relação às qualidades e os comportamentos do líder, influenciadas pelo contexto e pelas necessidades individuais de cada profissional. O líder carismático geralmente consegue vitórias e resultados positivos não apenas para ele, mas para toda a equipe, e termina por ser admirado por ela. O elemento CREDIBILIDADE perante a organização e a equipe vem de fatos e dados, da postura, dos exemplos e ações, do discurso ser igual à prática e não o inverso. O Líder precisa ser percebido como alguém que propicia benefícios, que exerce influência por seu próprio exemplo de liderança. Os liderados não seguem o conhecimento, a técnica, elas seguem o exemplo, a habilidade, a atitude, a mensagem e a ação. Eles seguem VOCÊ! 75 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. Fonte: Tânia Amaral, Eu Líder. O conhecimento técnico tem um papel fundamental para a credibilidade, visto que contribui para a formação, orientação, direcionamento das atividades da equipe com segurança, muitas vezes, lançando mão de alternativas criativas e inovadores e outras de soluções óbvias, mas necessárias. A credibilidade se instala a partir de uma relação aberta, integrada e em prol de resultados que todos possam usufruir: líderes e liderados (Arnold e Plas, 1996). Para que o gestor consiga estabelecer credibilidade junto ao seu time, pares e subordinados recomendamos a ideia de Bornstein e Smith (1996), na prática dos Cs da liderança, ou, se preferir, as seis atitudes que contribuem para a obtenção da Credibilidade: 1. Convicção 2. Caráter 3. Cuidado 4. Coragem 5. Compostura 6. Competência 76 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. É de suma importância que o líder demonstre convicção em suas colocações, saiba aonde quer chegar e por qual motivo, deixe transparecer estas convicções em suas atitudes diárias em seu caráter, o que constantemente pode exigir cuidado, alto grau de coragem para vencer suscetibilidades e minimizar conflitos, no entanto, em casos extremos é necessário demonstrar compostura e competência para justificar razões, ações e decisões, sejam elas compreendidas, aceitas ou não. O Líder que demonstra tais habilidades refletidas em suas atitudes certamente obtém credibilidade dos liderados, pares e demais profissionais. O elemento COMUNICAÇÃO é inerente à posição de liderança. O líder tem por obrigação saber se comunicar adequadamente com os mais diferentes níveis hierárquicos e diferentes profissionais. Precisa ser persuasivo, saber o que quer, por que quer e qual o melhor caminho para transmitir aos demais suas necessidades e como e quanto cada um pode agregar de valor neste processo. O domínio da comunicação exige esforço, prática e estudo, nela devem estar inseridas as comunicações escrita, falada, eletrônica, gráfica, comportamental, atitudinal, corporal, emocional ou qualquer outra forma de sensibilizar, motivar, orientar e incentivar outros para o alcance dos objetivos e propósitos delineados. O processo de comunicação é o responsável por como os outros entendem e reproduzem o que entenderam do que você disse ou quer nos resultados de suas ações. 77 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. Sabemos que os principais objetivos de um processo de comunicação é se fazer entender de forma correta e consistente pelo ouvinte, no entanto, dependendo dos objetivos, também é necessário estar alerta com relação ao ritmo, melodia, tom, dicção, forma, local, hora na qual estamos nos comunicando. Se um destes fatores for esquecido, por mais habilidade de comunicação que tenhamos, pode haver ruídos de entendimento com impactos até irreversíveis para o time, para a organização e para o líder. O principal é ser simples, direto, sincero e delicado ao tratar de assuntos que possam envolver sentimentos, pessoas, lógica de raciocínio. Às vezes, o que parece simples para uns pode ser extremamente complexo para outros. É fundamental ter sensibilidade para perceber as diferenças e trabalhar com elas a favor da comunicação e não contra ela. 78 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. Portanto, saiba quando se comunicar; há necessidade de fazê-lo com domínio de causa. Pense em como se fazer compreender de forma correta, verifique se todos de fato entenderam corretamente o que você desejou comunicar. Olhe nos olhos! Construa sentimentos que podem apoiá-lo em seu processo de liderança como cumplicidade,colaboração, afinidade e harmonia. 79 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. A Liderança também utiliza em seus relacionamentos o que chamamos de VÍNCULO SOCIAL, isto é, a inter-relação entre líder e liderados, onde ambos usufruem uma interação dinâmica. Este é um processo de influência mútua, a partir de objetivos previamente acordados. Para que seja estabelecido vínculo é necessário realizar associações por meio de ideias comuns, troca de conhecimentos, sabendo ouvir com respeito e dignidade opiniões adversas, diferentes formas de olhar e pensar uma mesma situação, ser flexível, incentivar desafios e, assim, proporcionar maior autonomia e consequentemente maior comprometimento oriundo da participação de todos na construção do caminho, da decisão ou da solução. É isso que se deve constantemente buscar com seus liderados para se transformar em um verdadeiro líder, ou melhorar sua capacidade de liderança. Vamos, então, para o elemento PERCEPÇÃO. Trata-se de um processo complexo e delicado, varia de pessoa para pessoa, por experiências passadas e expectativas futuras. 80 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. A posição de liderança é um espelho olhando o tempo inteiro pelos seus liderados que o percebem e julgam conforme suas próprias convicções e percepções, sejam estas verdadeiras ou falsas. A vida não é a simples repetição de fatos e atos, mas a ocorrência de fatos e dados, até mesmo semelhantes em essência, mas nunca iguais. As necessidades e anseios de cada indivíduo variam tão rápido quanto as mudanças organizacionais, sendo os alicerces, as forças que organizam suas percepções, e seus julgamentos de cada situação. O líder precisa ter a habilidade de “ouvir o inaudível”, o que não é expresso em palavras, de entender nas entrelinhas ditas, o real sentimento ali escondido, para que, então, possa agir e/ou reagir de forma a contribuir para o aprendizado e crescimento de profissionais de sua equipe, pares e de si mesmo. O Líder precisa ter em mente que a percepção que possa ter de uma determinada situação pode influenciar em como os demais irão perceber esta mesma situação e outras posteriores. Precisa buscar entender o que está acontecendo livre de preconceitos, com neutralidade e abstenção de valores próprios, somente desta forma poderá demonstrar real liderança. Lembre-se que o líder não é somente o profissional que ocupa posições de gestão, há lideranças em todos os níveis, desde a base até a cúpula, em qualquer organização. 81 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. Meios Para o Levantamento das Necessidades de Treinamento - MLNT Ao longo de nossa aprendizagem, vimos que são necessários termos como base para informações relevantes e consistentes, cuidadosamente coligidas e agrupadas sistematicamente para que possamos propor ações eficazes de treinamento e, desta forma, preparar e desenvolver talentos adequadamente. O Research Committee of the American Society of Training and Development relaciona algumas técnicas/meios para efetuar o levantamento destas necessidades: Fonte: Idalberto Chiavenato, Treinamento & Desenvolvimento. Os meios mais comumente utilizados para levantamento das necessidades de treinamento e identificação de oportunidades de diagnósticos para preparar e desenvolver talentos são: 1. Avaliação de Desempenho: por meio desta ferramenta é possível identificar os profissionais que possuem desempenhos satisfatórios ou não, bem como oportunidades de ações pontuais e/ou corporativas. 82 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. 2. Observação: verificar onde há evidência de resultados ineficientes, insatisfações no clima, pouca motivação, alto absenteísmo. 3. Questionários: por meio da realização de pesquisas utilizando questionários que possam colocar em evidência, ou trazer a tona situações veladas e necessidades de treinamento não identificadas. 4. Solicitação das áreas: identificação da necessidade pelos próprios gestores das áreas em função de observações e identificação de resultados nas atividades e responsabilidades requeridas versus desejadas. 5. Entrevistas: contato direto com gestores e/ou profissionais com o objetivo de identificar referências e/ou oportunidades de melhoria em sua área de atuação frente aos desafios propostos no planejamento estratégico. 6. Reuniões entre áreas: conversas entre áreas acerca de processos concernentes aos objetivos organizacionais, problemas operacionais, impactos de ações, interligação de processos. 7. Avaliações Técnicas: exames de conhecimentos técnicos aplicados nos profissionais para verificação e medição de conhecimento específico para execução de determinada atividade, ou posição. 8. Modificação de processos: sempre que houver mudança de processos, ou procedimentos, sejam parciais ou totais, é imprescindível a adequada preparação dos profissionais. 9. Entrevistas de desligamento: é uma excelente fonte para obtenção de informações, já que o profissional pode dar uma opinião sincera, contribuindo para a identificação de oportunidades de melhorias corporativas, de área e até de liderança. 10. Análise e descrição de cargos e perfis: avaliar o que é requerido neste instrumento versus o apresentado pelo profissional ocupante da posição. 11. Relatórios: informações fornecidas pelas mais diversas áreas da empresa tais como reclamações no SAC, cumprimento de prazos, índice de Turnover. 83 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. É importante ressaltar que cada profissional e organização deve encontrar a forma e/ou os meios mais adequados a sua cultura para realizar o levantamento de necessidades de treinamento, e que muitas utilizam formulários previamente desenvolvidos com este objetivo, sejam em papel ou em meio eletrônico, estabelecem prazos e desta forma conseguem montar processos e programas que gerem resultados dentro de um orçamento acessível. Programando/ Planejando Ações/ Processos de Treinamento “Primeiro diga a si mesmo o que deveria ser, depois faça o que tem de fazer”. Epicteto Passada a fase inicial de Levantamento de Necessidade e Diagnóstico, é chegado o momento de começarmos a Pesquisar e Desenvolver o Conteúdo que deve ser aplicado, com a metodologia de ensino-aprendizagem mais apropriada para sanar as necessidades identificadas. Nesta etapa é preciso identificar qual o melhor caminho para a aprendizagem. Segundo Auren Uris (Ano), seriam quatro categorias: 1. Aprender pela experiência; 2. Aprender pela simulação; 3. Aprender pela teoria; 4. Aprender pelo “desenvolvimento do espírito”. 84 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. 85 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. A pesquisa de material suficiente para embasar a aprendizagem desejada e atingir o objetivo do treinamento, pode ser realizada por diferentes mecanismos ou meios. A Pesquisa de conteúdo pode ser via: 1. Livros sobre o assunto; 2. Material do requisitante; 3. Internet;4. Pesquisas estatísticas; 5. Relatórios Internos; 6. Trocas de ideias. O que precisa estar bem definido, sistematizado e fundamentado são os aspectos que devem ser analisados durante a pesquisa e que foram levantados na fase anterior referente ao Levantamento das Necessidades de Treinamento – LNT. Observe o quadro resumo: 86 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. Também é necessário considerar nesta etapa, que necessidades diferentes demandam tipos de ações diferentes, de criatividades diferentes, que por sua vez, demandam estratégias diferentes, como demonstrados abaixo: Fonte: Boog. Gustavo – Manual de T & D. Para iniciar, não alimente qualquer tipo de preconceito a respeito do assunto a ser pesquisado e treinado. É fundamental a neutralidade, calcada em critérios sólidos e bem definidos. Existem critérios prioritários e gerais relativos à elaboração de um correto planejamento, decorrentes do diagnóstico das necessidades de treinamento. Vamos conhecê-los: 1. Cada necessidade deve ser trabalhada de forma independente. 2. É necessário ter uma definição clara do objetivo da ação. 3. É preciso definir se o conteúdo será aplicado/desenvolvido em módulos, pacotes, ciclos ou de forma única. 4. Pesquisar e propor o conteúdo da ação/processo de treinamento, considerando os aspectos de quantidade, qualidade e complexidade identificados no LNT. 87 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. 5. Escolher a metodologia de ensino-aprendizagem mais adequada, considerando a tecnologia disponível e o objetivo estabelecido. 6. Estabelecer os recursos necessários para implementação e execução da ação/processo/programa de treinamento, como o tipo e o nível do instrutor, recursos audiovisuais, equipamentos, material, manuais, apostilas, exercícios, material de apoio. 7. Definição do público-alvo (já pesquisado no LNT) considerando: a. Número total de participantes; b. Número mínimo e máximo de participantes por ação; c. Número de turmas necessárias para cobrir toda a demanda; d. Grau de complexidade com relação a conhecimentos, habilidades e atitudes de cada participante; e. Características pessoais dos participantes (formação, faixa etária, tempo de empresa, expectativas, sexo). 8. Local em que será realizada a ação/processo/programa, considerando-se a possibilidade e os riscos de realização dentro ou fora das dependências da empresa versus benefícios versus disponibilidade de orçamento. 9. Época mais adequada para realização da ação/processo/programa, definição de cronograma, agenda e horários de início e término, bem como carga horária adequada. 10. Cálculo da relação custo versus benefício da ação/processo/programa (“pay-back” – ou seja – em quanto tempo a ação se paga). 11. Forma de avaliação e controle dos resultados, considerando a métricas e os indicadores acordados na fase de LNT e diagnóstico e os ajustes ou modificações que possam vir a ser implementadas para melhorar ainda mais a eficácia do processo. Para obtenção de sucesso na elaboração do Planejamento de Treinamento, sempre verifique se a fase inicial foi bem realizada, pois, caso o diagnóstico não tenha sido corretamente realizado todo o processo daí em diante fica comprometido, pois, todas as etapas seguintes têm por base o LNT. 88 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. Observe o quadro resumo abaixo extraído do Livro Treinamento e Desenvolvimento de RH de Idalberto Chiavenato: 89 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. 90 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. Para ser efetivo, o aprendizado precisa conter três elementos: Informação, Prazer e Prática; isto é, deve ser Cognitivo, Afetivo e Motor. É preciso que, ao final do treinamento, o treinando finalize sabendo, sentindo e fazendo. Resumindo a etapa de Pesquisa e Planejamento de conteúdo, iniciamos o processo a partir de uma demanda básica (LNT/diagnóstico) pensamos na situação, questionamos aspectos e nuances, conhecemos a situação em detalhes e profundamente. Após ter claramente estabelecido qual é o objetivo instrucional, passamos para a fase de estruturação de como deve ser o treinamento para garantir a aprendizagem e o alcance do objetivo. É o momento de escolher a metodologia, avaliar orçamento, tempo, carga horária, nível de aprofundamento do conteúdo, recursos instrucionais, métricas, avaliação dos resultados. É muito importante que toda esta fase seja desenhada, compartilhada e validada pela área cliente. Dando continuidade ao planejamento da ação/ processo, precisamos ter muita atenção em alguns procedimentos que podem contribuir para o sucesso ou fracasso de toda a ação/processo/treinamento, na construção do conhecimento e incentivo da aprendizagem, vejamos alguns exemplos: 91 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. Exercícios para Aquecimento Para escolha da técnica adequada é necessário e fundamental ter prévio conhecimento dos participantes, do tipo de sinergia necessária para o bom desenrolar das atividades e das possíveis situações que possam surgir e como contorná-las. É nesta etapa que buscamos estabelecer a relação de confiança entre o Instrutor e os participantes que deve ser consolidada pela troca de informações, ritmo, prontidão para aprendizagem. Foco da Abordagem Concreta A metodologia adotada deve propiciar que o objetivo e foco sejam abordados de forma concreta, isto é, aplicável na realidade dos participantes, com exemplos do dia-a-dia, desta forma despertando o interesse e comprometimento pelos participantes. Processamento de Atividades e/ou Conteúdo Sobretudo quando utilizar técnicas que mexam com a dinâmica interna por meio de vivências é prioritário que se façam as correlações com o dia-a-dia para que os resultados sejam aproveitados com efetividade. Propor e dirigir um exercício pode não ser tão simples quanto possa parecer, conseguir reunir as ideias de forma lógica e convincente é que irá propiciar a aprendizagem. Definição das Métricas O primeiro passo é compreender a relação existente entre causas, efeitos e consequências das disfunções identificadas (real necessidade) e complexidade de competências dos envolvidos. Estabelecer critérios de medição palpáveis e quantitativos e medir antes e após a ação. 92 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. Registros Importantes Em todas as ações/processos/programas de treinamento é indispensável termos alguns documentos de registro da ação desenvolvida, tais como: Lista de Presença; Avaliação de Reação; Avaliações de aprendizagem antes e depois. Preparação e Adequação dos Instrutores Fundamental que o Instrutor seja um profissional plenamente capacitado para exercer o papel de facilitador neste processo, com total conhecimento, habilidades e atitudes para propiciar adequado ambiente de aprendizagem e construção do conhecimento. Em alguns casos acontece de o instrutor não ser quem desenvolveuo conteúdo, ou ser necessário mais de um instrutor capacitado. Para tanto, é necessário capacitar os instrutores em: 1. Domínio do conteúdo; 2. Domínio da metodologia escolhida; 3. Domínio das técnicas a serem utilizadas; 4. Domínio dos recursos instrucionais; 5. Lidar com adversidades (plano B). Técnicas de Treinamento Determinada a natureza das habilidades, conhecimentos ou comportamentos desejados como resultados do treinamento, o passo seguinte é a escolha correta das técnicas a serem utilizadas a fim de otimizar a aprendizagem com menor dispêndio de tempo, investimento e esforço e maior satisfação, motivação e encantamento dos participantes. 93 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. 94 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. 1. Aula Expositiva: modalidade muito utilizada para transmitir informações. Apresenta como ponto positivo a possibilidade de atingir um número grande de participantes. Sua principal característica é o instrutor proporcionar a informação a um grupo de treinandos que interagem formulando perguntas. Pouca ou nenhuma atividade prática. 2. Filmes, Músicas, Flashes, Games: associam a informação verbal às imagens que podem constituir fator preponderante para entendimento do conteúdo. O link entre o conteúdo e a imagem precisa ser preparado com cuidado para concretizar a aprendizagem desejada. Também podem ser utilizados em programas a distância com efetividade, desde que bem elaborados e com o nível de interatividade adequado. 3. Estudos de Caso: leva-se o treinando a alcançar a competência por meio da análise e discussão de situações reais e concretas. O treinando recebe por escrito o caso que descreve uma situação organizacional, deve estudá-lo de forma individual ou em grupo e apresentar uma solução. O objetivo é que se perceba que sempre existe mais de uma alternativa de solução. 95 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. 4. Discussão em Grupo: reunião bem planejada e com propósitos específicos. Embora possa ser utilizada em uma grande variedade de situações, é particularmente indicada quando o objetivo é criar ou modificar atitudes. A comunicação nos dois sentidos (instrutor-treinandos) propicia maior troca e aprendizagem. As respostas e soluções devem partir dos treinandos com o incentivo do instrutor. 5. Dramatizações (Role Playing): na dramatização, os treinandos assumem papéis e representam as pessoas envolvidas em determinado caso. A dramatização apresenta a vantagem de possibilitar ao treinando a oportunidade de sentir a opinião e os sentimentos dos outros. O instrutor precisa ter habilidade e experiência para conscientizar todos os envolvidos da importância do exercício e que se trata de um treinamento, sem o qual o exercício perde todo o sentido. A dramatização traz a tona aspectos emocionais que fazem parte de questões processuais. 96 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. 6. Simulações: é uma técnica usada para reprodução de um processo. Variam de jogos relativamente simples a altamente complexos (business game). É dividida em etapas, nas quais várias decisões precisam ser tomadas. As consequências das decisões são relevadas e analisadas de imediato de forma a concretizar a aprendizagem versus a aplicabilidade imediata do conceito. 7. Instrução Programada: o conteúdo é apresentado em pequenas doses, por meio de sequências. Cada sequência exige um grau diferenciado do treinando no que concerne ao tipo de resposta, dificuldade e participação. Cada um trabalha no seu ritmo e pode rever as sequências conforme sua necessidade individual. Tecnologia Educacional em Treinamento “A única vantagem competitiva é a habilidade de aprender e mudar rapidamente”. Peter Senge, Peter Drucker e Tom Peters Para abordarmos a importância da tecnologia em ações/ processos/ programas de Treinamento é necessário entender um pouquinho o cenário atual das empresas em níveis organizacionais e seus desdobramentos. • Nível Organizacional: o Forte pressão para utilização de métodos e ferramentas que propiciem aumento da produtividade, conhecimento, desempenho, resultados em espaços de tempo cada vez menores e com orçamentos cada vez mais apertados. o A globalização veio contribuir para alianças, parcerias, mas também para uma competição cada vez mais acirrada. o Expectativas cada vez maiores com relação à participação crítica e construtiva dos participantes, buscando a geração de valor (maior criatividade, adaptação às mudanças, trabalho em equipe). 97 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. o Mudanças na ênfase dada à missão, visão, valores e princípios da organização e sua aplicação e respeito por parte do corpo funcional, tais como ética, responsabilidade, comprometimento. o Maior exigência do papel da área de Educação/Treinamento que precisa ser cada vez mais estratégica para gerar propostas adequadas aos anseios da organização. • Nível área de Educação/Treinamento: o Maior necessidade de parceiras fortes e duradouras, além de eficientes e eficazes. o Orçamentos mais enxutos com maior nível de cobrança de assertividade, qualidade, resultados e geração de capital intelectual. o Maior diversidade de ferramentas e tecnologias (on the job no próprio trabalho, consultores internos, videoconferências, intranet, vídeos interativos, Internet, ensino a distância). o Maior cobrança na sistemática e padronização de posturas e procedimentos para a identificação das necessidades (LNT), especificação e desenho das ações/processos/programas, seleção e contratação de serviços/produtos ou profissionais liberais com uma avaliação clara e objetiva dos resultados desejados (foco nos objetivos versus competências – CHA). o Foco no acompanhamento, controle, estabelecimento e medição de métricas e indicadores, geração de relatórios, desempenho, qualidade dos serviços, alinhamento estratégico. Após as análises de mudanças de cenários apresentadas acima, percebemos o quanto pode ser fascinante e ao mesmo tempo assustador atuar em segmentos e organizações que estão em constante mutação. Muitas vezes, em função de uma situação econômica ou política, a estratégia da organização precisa ser revista/alterada e isto tem impacto direto nas ações/processos/programas já finalizados ou em pleno andamento. Em alguns casos, o impacto é tão forte que todo o trabalho realizado se perde, em outros ainda há tempo de recuperar mesmo 98 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. com a ação/processo/programa já em execução. É preciso muito conhecimento, habilidade e atitude para agir e pensar rápido na busca de soluções e tomadas de decisão que gerem maior retorno e menos perda. Os profissionais precisam acompanhar este ritmo frenético, a velocidade, e estarem sempre antenados com o que há de mais moderno e com o tipo de apoio ou suporte que pode ser utilizado por meio da tecnologia. Não se aceita mais “perder” tempo em deslocamentos, em ações demoradas que requeiram única e exclusivamente a presença física dos participantes ou de alguém em sala de aula como facilitador do processoou orientador e incentivador da construção do conhecimento e do saber. Atualmente, estamos na gestão do conhecimento e na era da aprendizagem digital; ambas estritamente interligadas pela “infraestrutura do conhecimento” que é disponibilizada pelos Educadores/Treinadores nas mais diferentes formas de metodologias de ensino-aprendizagem, nos mais diversos campos do saber. A tecnologia vem contribuir muito, encurtando espaços, criando ambientes de aprendizagem para compartilhamento de uma mesma base de conhecimento, espaços interativos, troca de informações on-line (chats, fóruns), propiciando experiências entre profissionais das mais variadas organizações e países, unidos pela Internet e pelas tecnologias WEB 2.0 (Orkut, Youtube, Mercado Livre, Áreas de Aprendizagem, EAD). O aspecto fundamental em todo o processo de ensino-aprendizagem é que os treinandos sejam estimulados a aprender de forma motivadora. A cada dia isto se torna mais desafiante. Em cursos presenciais, os instrutores precisam ser facilitadores dos processos, não existe mais a figura do dono soberano do saber ou da verdade, o conhecimento é construído ali, em conjunto. Também já não é mais aceitável a elaboração de um conteúdo totalmente expositivo, ou um cd room no estilo interativo de livro eletrônico, é preciso mais, muito mais, é preciso utilizar cada recurso na proporção exata da necessidade, no formato adequado para o tempo, disponibilidade, interesse e orçamento. 99 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. Por outro lado, a simples pirotécnica eletrônica, sem fundamentação pedagógica/instrucional, não ensinará a ninguém! Não há construção de saber e nem geração de novos conhecimentos. A tecnologia pode “inspirar”, contribuir em muito, desafiar, mas sozinha não faz com que a aprendizagem seja excitante, relevante, mantendo o interesse e a motivação de seguir adiante. A multimídia interativa parece ser capaz de melhorar o processo de ensino-aprendizagem, aumentando a retenção e diminuindo o tempo necessário para a aprendizagem (BARRON e ORWIG, 1995), no entanto, ela não possui a capacidade de raciocínio humano que se desloca, em segundos, de um pensamento para outro, de uma descoberta para outra, de uma construção para outra, em um eterno processo de aprender e reaprender para se manter competitivo. A questão primordial é que a tecnologia seja utilizada como uma forma de aprendizagem que permita a exploração pessoal, a navegação por vários caminhos, estimulando descobertas multisensoriais, vários sentidos e formas e não mais uma experiência passiva e sem interatividade ou atratividade. A tecnologia possibilita criarmos cenários e situações reais, personagens vivos que tomam decisões, experimentam, acertam e erram sem gerar perdas diretas para a empresa e, por esta experiência simulada da realidade, enfrentam com maior segurança e assertividade estas mesmas situações em seu dia-a-dia, já não cometendo os erros ali vivenciados e experimentados. É a realidade virtual! Nela, temos sempre a oportunidade do fazer novamente, do voltar e rever, de certificar a decisão, estudar os impactos, voltar e fazer diferente, estudar os resultados e assim sucessivamente. Dentro destes conceitos vamos abordar de forma breve, algumas “tecnologias de aprendizagem” utilizando a informática, as telecomunicações, o ambiente virtual, as redes de relacionamentos, a Internet para disseminar informações e conhecimentos e facilitar o processo de desenvolvimento de habilidades e conhecimentos. 100 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. • Métodos de Apresentação: informação é apresentada aos treinandos. o Texto eletrônico: envio de texto via e-mail. o TBC (Treinamento Baseado em Computador): termo geral utilizado para descrever qualquer atividade de instrução que utilize o computador com método primário de apresentação da informação. o Multimídia: aplicações que utilizam texto, figuras, áudio, animações, vídeos e permite aos usuários interatividade e controle de vários aspectos do autoconhecimento. o Teleconferência: interação em tempo real, utilizando áudio, vídeo ou texto, entre duas ou mais pessoas localizadas em ambientes fisicamente distintos. o Ajuda on-line: aplicativos em computador que fornecem orientações e ajuda para os usuários. o Groupware: aplicativos que possibilitam o trabalho em times por meio do compartilhamento de informações (blogs, sites de relacionamentos, ambientes virtuais, salas virtuais, chats). o Realidade Virtual: aplicações de tecnologia que propiciam interatividade em forma de imersão em ambientes tridimensionais com modelos realistas do conhecimento que se deseja desenvolver. o EAD: programas de treinamento desenvolvidos para a WEB, propiciando o ensino a distância, tendo por base estruturas pedagógicas específicas, desenho instrucional aplicado à WEB, em muitas situações a figura de um TUTOR (podemos associar a figura de um facilitador e orientador) que pode ser on-line (disponível a qualquer momento) ou off-line (disponível em momentos específicos). o Áudio: disseminação unidirecional de som, podendo ser ao vivo ou gravação. o Vídeo: disseminação unidirecional de vídeo, podendo ser ao vivo ou gravação. 101 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. • Métodos de Distribuição: como a informação é distribuída aos treinandos. o CD-ROM: formato em sistema de gravação, armazenagem e reprodução de informações e eletrônicas. o Correio Eletrônico: e-mail. o Extranet: rede interativa que utiliza a tecnologia da Internet para realizar concecções externas. o Internet: rede mundial de computadores que se conectam por meio de diferentes protocolos, lugares, países. o Intranet: rede interna de uma organização, para uso específico de seu corpo funcional. o Rede Local (LAN – Local Área Network): rede de computadores que compartilham recursos em uma mesma área geográfica. o Simulador: dispositivo ou sistema que permite simulações reais em realidade virtual. o Teia Digital (World Wilde Web): conjunto de recursos da Internet que utilizam uma linguagem padrão (HTTP – Hypertext Transfer Protocol) para transmitir arquivos, sejam textos, figuras, animações, vídeos. o TV a Cabo: transmissão de sinais de televisão via tecnologia de cabo. o TV por Satélite: transmissão de sinais de televisão via satélite. Empresas em todo o mundo vêm descobrindo as facilidades do Ensino a Distância (EAD), on-line, e lançando mão deste tipo de metodologia para fortalecimento de sua competitividade e incremento rápido de seu capital intelectual a um custo acessível sem despesas de logísticas necessárias em uma ação presencial e que são responsáveis por grande parte do valor orçado para uma ação de treinamento. Mas, não pense que é simples a elaboração de um treinamento via EAD, on- line, existem muitos aspectos a serem considerados, assim como nas etapas que estudamos referentes às ações presenciais. Vamos conhecê-los: 102 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. 1. Desenvolvimento de Conteúdo: levam-se em conta as teorias de aprendizagem mais adequadas, o projeto instrucional, ou seja, todo o conteúdo a ser explorado e o desenvolvimento do currículo. 2. Componentes de multimídia: são todos os componentes que podem ser usados no ambiente virtual que favoreçam a aprendizagem, a interatividade e o interesse dos participantes, tais como textos egráficos, áudio streaming (real áudio), vídeo streaming (quicktime, infomedia), graphical user interface (GUI) que é o uso de ícones, figuras, janelas ou boxes, tecnologias de compressão (para diminuir o peso). 3. Ferramentas da Internet: podem ser assíncronas (e-mail, listas de discussão, entre outras) ou síncronas (chat, IRC, MSN, Fóruns). Podem utilizar ferramentas para acesso remoto como, por exemplo, o FTP (protocolo para transferência de arquivos). Ferramentas de Navegação que são o acesso ao banco de dados e documentos web (Lynux) Ferramentas de Busca e Utilitários (Google, Cadê, Wikipédia). 4. Computadores e Dispositivos de Armazenamento: são as plataformas computacionais que rodam os sistemas operacionais tais como Windows, Mach. 5. Conexões e Provedores de Serviços: são os roteadores, modems, serviços de conexão banda larga, discada. 6. Programas de Autoria: são as linguagens de programação utilizadas (HTML, JAVA, JAVA SCRIPT). Ferramentas de autoria WEB (Dreamweaver, FrontPage). Sistemas de Autoria CBT (Authowave, Toolbook). Conversores e Editores HTML (MS Office, Acrobat). 7. Servidores: são os servidores http, websites, URL. 8. Navegadores (browsers) e outras aplicações: baseados em textos (Netscape, Explorer). Links (hipertextos, hipermídia, image, maps) e ainda aplicativos tipo plug in que podem ser adicionados aos browseres (Shockwave, Flash). 103 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. O fundamental é ter sempre em mente que a tecnologia é mais uma ferramenta para o desenvolvimento e implementação de uma ação/ processo/ programa de treinamento, que como toda ferramenta possui vantagens enormes, mas também possui desvantagens, principalmente no aspecto referente às relações interpessoais. A questão é que sendo a ferramenta escolhida presencial ou a distância, para o sucesso é necessário um levantamento criterioso de necessidades, um diagnóstico consistente que permita um cuidadoso desenho e planejamento das ações tendo sempre por pilares principais: o público-alvo, as estratégias pedagógico- instrucionais, o conteúdo, os objetivos esperados, o nível de complexidade e aprofundamento e o acompanhamento das métricas. O que hoje possa parecer a única estrada para o treinamento presente ou futuro é, na realidade, parte de uma convergência de vários caminhos alternativos que interligados permitem novas descobertas, novos caminhos e o ciclo assim cresce, se expande e nunca chega ao fim. 104 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. Desafios de Aprendizagem 1) Considerando as diversas opções relativas à Tecnologia Educacional para Treinamento, podemos citar como exemplos de ferramentas de distribuição: a. Servidores, Programas de Autoria; Internet. b. Multimídia, CD ROM, Simuladores. c. TV a cabo, CD ROM, Simuladores. d. Groupwear; EAD; TV Satélite. e. Correio Eletrônico; Internet; Ajuda on-line. 2) Assinale a afirmativa incorreta: a. Em um processo de comunicação o objetivo é se fazer entender de forma correta e consistente pelo ouvinte, no entanto, dependendo dos objetivos, também é necessário estar alerta com relação ao ritmo, melodia, tom, dicção, forma, local, hora na qual estamos nos comunicando. Se um destes fatores for esquecido, pode haver ruídos de entendimentos com fortes impactos. b. Desenvolver ações/processos de treinamento com o objetivo maior de preparar e desenvolver talentos é uma árdua tarefa e exige dos profissionais envolvidos, não somente conhecimento técnico relativo a sua área de atuação, mas cada vez mais, conhecimentos estratégicos, visões sistêmicas/do todo; análise de impactos nos mais diversos cenários; identificação e medição de indicadores de eficiência, geração de resultados e comprovação de investimentos. c. Na etapa de Pesquisa e Planejamento de conteúdo, iniciamos o processo a partir de uma demanda básica (LNT/diagnóstico) pensamos na situação, questionamos aspectos e nuances, conhecemos a situação em detalhes, estabelecemos métricas, definimos metodologia, avaliamos orçamento e finalizamos o processo. d. A Técnica denominada Discussão em Grupo é uma reunião bem planejada e com propósitos específicos, sendo particularmente indicada quando o objetivo é criar ou modificar atitudes. 105 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores. e. O que hoje pode parecer a única estrada para o treinamento presente ou futuro é, na realidade, parte de uma convergência de vários caminhos alternativos que interligados permitem novas descobertas, novos caminhos e o ciclo assim cresce, se expande e nunca termina. 3) São consideradas Técnicas de Treinamento: a. Jogos, Lidar com Adversidades, Estudos de Casos. b. Role playing; Músicas; Simulações. c. Aulas expositivas; Domínio do Instrutor; Discussão em Grupos. d. Recursos Instrucionais; Instruções Programadas; Jogos. e. Simulações; Estudos de Caso; Avaliação de Reação. ----------- FIM DO MÓDULO III -----------