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Direito Penal Pena A pena é uma resposta estatal (sanção penal) ao infrator da norma incriminadora (crime ou contravenção penal), consistente na privação ou restrição de determinados bens jurídicos do agente (liberdade e patrimônio). Finalidade da Pena no Brasil Finalidade preventiva – prevenir práticas criminosas Retributiva – retribuir o mau causado pelo crime pelo mau causado pela pena (vingança) está no CP brasileiro Rossocializatoria – para o indivíduo ser reinserido na sociedade Teoria mista ou tríplice para a pena e deve cumprir as 3 finalidades. Pena x medida de segurança Pena: culpabilidade como pressupostos (imputáveis e semi-imputáveis sem periculosidade). Imputável Medida de segurança: periculosidade como pressuposto (inimputáveis e semi-imputáveis perigosos). Inimputável (doente mental), 26 CP Menor de 18 anos não responde criminalmente Brasil adotou um sistema unitário, ou seja, a pena e a medida de segurança não podem ser usadas juntas. Fundamentos 1º) Político-estatal: sem a pena, o ordenamento jurídico deixaria de ser coativo. 2º) Psicossocial: a pena satisfaz o desejo de justiça (e maior segurança) da comunidade na qual o crime ocorreu. 3º) Ético-individual: permite ao próprio delinquente livrar-se de algum sentimento de culpa. Princípios informadores da pena Na tarefa de aplicar apena, o Estado-Juiz deverá observar os princípios (expressos e implícitos) previstos na CF/88. Princípio da reserva legal ou da estrita legalidade emana do brocardo nulla poena sine lege, ou seja, somente a lei pode cominar a pena. Foi previsto como cláusula pétrea no art. 5.º, XXXIX, da Constituição Federal, e também encontra amparo no art. 1.º do Código Penal. Princípio da anterioridade A lei que comina a pena deve ser anterior ao fato que se pretende punir. Não basta, assim, o nulla poena sine c) d) e) f) lege. Exige-se um reforço, a lei deve ser prévia ao fato praticado: nulla poena sine praevia lege (CF, art. 5.º, XXXIX, e CP, art. 1.º). Pessoalidade, personalidade, intransmissibilidade ou intranscendência da pena Art. 5° , XLV/CRFB: nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido. (se deixar herança pode debater da indenização) Individualização da pena Art. 5° , XLVI/CRFB: a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos. *A gravidade em abstrato do crime e ou a edondes não pode ser utilizada para estabelecer um regime mais grave de cumprimento da pena, o que acarretaria na violação do principio da individualização da pena consequente inconstitucionalidade A individualização da pena três momentos: 1 - Fase Legislativa: na definição do crime e na cominação da pena – na fase Legislativa o Quantum da pena é definido em abstrato no seu patamar mínimo e máximo 2 - Fase Judicial: na imposição da pena -na fase Judicial a dosimetria da pena 3 - Fase de Execução: art. 5°/LEP. – durante o cumprimento da pena ela será indidualizada. Proporcionalidade Princípio constitucional implícito, desdobramento do princípio da individualização da pena. Segundo tal princípio, a resposta penal deve ser justa e suficiente para cumprir o papel de reprovação do ilícito, bem como pra prevenir novas infrações penais. Ex: Art.273 e a inconstitucionalidade reconhecida pelo STJ da pena prevista em comparação com o tráfico de drogas. Dignidade da pessoa humana (art. 1° , III/CFRB). A ninguém pode ser imposta pena que ofensa a dignidade da pessoa, vedando-se sanção indigna, cruel, desumana e degradante. Art. 5° , XLVII/CRFB: não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis. Art. 5° , CADH: 1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua integridade física, psíquica e moral. 2. Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes. Toda pessoa privada da liberdade deve ser tratada com o respeito devido à dignidade inerente ao ser humano. Cálculo da pena 1 - Dosimetria – 3 fases 1ª Circunstancias Judiciais ou Pena Base PENA BASE 59, CP. Ao realizar o calculo da pena deve-se buscar qual a condenação e considerar eventuais qualificadoras. Art. 59, CP Culpabilidade – depende da profissão e contexto, prejudicial ou não Antecedência – ficha que a pessoa já tem, se já cometeu algum crime, mas não confundir com reincidência. Personalidade do agente – como é visto no aspecto interno (personalidade agressiva) família que sabe Conduta social - como se apresenta na sociedade Motivos - o que levou a cometer o crime (se um elemento fático já foi utilizado não deve ser considerado duas vezes) Circunstancias e consequências – como foi cometido ex: em uma greve, consequências que extrapole a consequência normal do crime Comportamento da vítima – para beneficiar o réu Cálculo diferença entre a pena mínima e máxima dívida pelos conceitos no caso 8. Ou aumenta e diminui em 1/6 Tem que aumentar ou diminuir na mesma proporção 2ª Agravantes e Atenuantes (61 ao 66, CP) Agravantes são taxativas (não pode criar nova) Atenuante é rol exemplificativo. Art. 66, CP Agravantes são circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituírem o crime. Embriaguez preordenada o l) do art. 61 do CP somente é aplicada quando o agente consome substâncias entorpecentes com a finalidade de cometer o crime. REINCIDÊNCIA Art. 63, CP Reincidência só é caracterizado após o trânsito em julgado comete novo crime. Se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior a 5 (cinco) anos, NÃO HÁ REINCIDÊNCIA, não são considerados crimes militares próprios e políticos. Atenuantes Preponderantes – Confissão e menoridade relativa (menor de 21) Nas fases 1 e 2 é proibido exceder além do máximo da pena em abstrato ou para o mínimo, devendo ser respeitados os limites. 3ª Pena Definitivas, causas de aumento e diminuição da pena (majorantes e minorantes) tudo que for fração 2 – Análise do regime ( REGRA PRIMÁRIO )Art. 33, CP Fechado: + 8 anos Semiaberto: + 4 anos até 8 anos Aberto: até 4 anos 3 - Benefícios legais Art. 44, CP Substituição de pena privativa de liberdade (PPL) por pena restritiva de direito (PRD) Se o crime imputado for culposo não há limite da pena para aplicar substituição. Em caso de crime doloso a pena tem que ser menor que 4 anos. Apesar do § 2 afastar a substituição em caso de reincidência dolosa o paragrafo terceiro do mesmo artigo detalha que somente não pode ser reincidência especifica (pelo mesmo crime), vale ressaltar que a reincidência em crime culposo permite a substituição. ou Suspensão condicional da pena. Art. 77, CP.
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