Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DOCÊNCIA EM SAÚDE COMUNICAÇÃO E A EDUCAÇÃO 1 Copyright © Portal Educação 2012 – Portal Educação Todos os direitos reservados R: Sete de setembro, 1686 – Centro – CEP: 79002-130 Telematrículas e Teleatendimento: 0800 707 4520 Internacional: +55 (67) 3303-4520 atendimento@portaleducacao.com.br – Campo Grande-MS Endereço Internet: http://www.portaleducacao.com.br Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - Brasil Triagem Organização LTDA ME Bibliotecário responsável: Rodrigo Pereira CRB 1/2167 Portal Educação P842c Comunicação e a educação / Portal Educação. - Campo Grande: Portal Educação, 2012. 189p. : il. Inclui bibliografia ISBN 978-85-8241-391-3 1. Comunicação na educação. I. Portal Educação. II. Título. CDD 371.1022 2 SUMÁRIO 1 COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO ............................................................................................... 4 2 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE FORA PARA DENTRO ............................................................................................................................................... 6 3 COMO UTILIZAR OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO NA SALA DE AULA ............................... 43 4 COMUNICAÇÃO DA EDUCAÇÃO ........................................................................................... 53 5 OS DESAFIOS NAS AÇÕES EDUCATIVAS................................................. ..................... 55 6 CONDICIONAMENTOS E PERSPECTIVAS...................................................... .................... 64 7 SABER USAR A COMUNICAÇÃO COM SEUS ALUNOS EM SALA DE AULA ..................... 84 8 O MICRO E SEUS ALIADOS....................................................................... .................... 87 9 A TV PROPICIA O QUE AOS EDUCANDOS?.............................................. ..................... 89 10 A TECNOLOGIA: O QUE ELA INFLUENCIA NA EDUCAÇÃO ............................................... 97 11 MUDANÇAS EDUCACIONAIS ATINGIDAS ............................................................................ 122 11.1 A constituição e a ldb tratam a educação como? ................................................................ 122 11.2 Escolas e reprodução tecnológica ........................................................................................ 125 11.3 Crianças especiais e informática .......................................................................................... 127 12 A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA NO EXERCÍCIO E FORMAÇÃO .................... 133 12.1 O nosso jeito de caminhar ..................................................................................................... 133 13 EDUCAÇÃO CRÍTICA: PONTO DE VISTA DOS RECEPTORES ........................................... 145 3 14 O QUE SE ESPERADA COMUNICAÇÃOE EDUCAÇÃO ....................................................... 146 15 CONTRIBUIÇÕES CRÍTICAS PEDAGÓGICAS ...................................................................... 151 16 MERGULHO DO PASSADO .................................................................................................... 158 17 EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA NA FORMAÇÃO CULTURAL .................................................. 164 18 A MAGIA DO BOI NA CULTURA POPULAR .......................................................................... 182 19 O VAREJAR DOS POETAS POPULARES NORDESTINOS .................................................. 184 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 187 4 1 COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO A comunicação e a educação devem andar lado a lado em função do processo transformador da vivência comunitária. A comunicação explora a realidade dentro de uma necessidade de educação libertadora. Os novos rumos do ensino analisam uma transmissão de conhecimento que serviu como experiências significativas à expansão da comunicação. A pedagogia problematizadora conseguiu diante de cooperação envolvente no processo ensino aprendizagem. Para esse avanço já se começa a observar, mediante os trabalhos conduzidos por meios de métodos e pesquisas de ação, o exercício da condução na prática. A comunicação e educação é uma soma de pensamentos que sintetizam na dialética da contemporaneidade. Para analisar a comunicação e sua extensão em avanços na informação comunicativa é preciso verificar a clientela na qual está inserida para usufruir das inovações pedagógicas. A referência do conceito em destaque é voltada para entrelaçar o conhecimento das inovações da mídia. A produção dos processos está voltada para considerar o significado sócio-cultural e sócio-econômico da propaganda na atualidade e determinar a relação existente entre o processo da cultura em todos os aspectos. A comunicação e educação poderiam ser abordadas de várias formas, a depender do ângulo que se pretende salientar. Uma abordagem possível seria a teoria da comunicação com objetivo de explicar sua incidência sobre a educação em geral. A influência educativa que ora exerce sobre a população os modelos da comunicação e os reflexos que isto gera para as atividades escolares quando se voltam para o estudo do homem e da sociedade, seja ela na estruturação ou reestruturação da prática de formação de professores. As extensões tendem a assumir várias tarefas tradicionalmente reservadas à educação escolar. O caminho é longo e este exerce influências sobre as pessoas, especialmente sobre as crianças. Essas questões estão incumbidas da formação de professores. Entretanto, essa perspectiva discute o significado dos modernos recursos de comunicação que hoje são colocados à disposição de professores e alunos pela tecnologia educacional. A figura tradicional do professor de quadro-negro e giz, agora substituído pela máquina que apresenta conteúdos muito mais atraentes. O modernismo do antigo autoritarismo pedagógico movido a castigo, substituído por imagens e cores expressivas. Sabemos que essas 5 inovações em algumas realidades se mostram desconhecidas, e para introduzi-las levaria certo tempo. A essa necessidade se dá o conhecimento cultural sócio- econômico de um aproveitamento mais sistemático das técnicas acumuladas pela área de comunicação, por parte dos educadores. 6 2 IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE FORA PARA DENTRO O termo "meio de comunicação" refere-se ao instrumento ou à forma de conteúdo utilizados para a realização do processo comunicacional. Quando referido à comunicação de massa, pode ser considerado sinônimo de mídia. Entretanto, outros meios de comunicação, como o telefone, não são massivos e sim individuais (ou interpessoais). Sonoro: telefone, rádio; Escrita: jornais diários e revistas; Audiovisual: televisão, cinema; Multimídia: diversos meios simultaneamente. Hipermídia: NTICs, CD-ROM, TV digital e internet, que aplica a multimídia (diversos meios simultaneamente, como escrita e audiovisual) em conjunto com a hipertextualidade (caminhos não-lineares de leitura do texto). Media é a palavra que provém do latim "media", plural de "medium", e que significa "aquele que está a meio". No Brasil, usa-se mais comumente a palavra "mídia", derivando da pronúncia inglesa - ainda que alguns gramáticos brasileiros prefirama forma portuguesa, por ter mais correlação com a origem latina da palavra, idioma do qual provém o português. Por isso, surgiram os meios de comunicação de massa que implicam nas organizações geralmente amplas, complexas, com grande número de profissionais e extensa divisão do trabalho. Notamos o quanto as notificações vêm crescendo, que engrandece a comunicação e a educação no contexto geral. Uma característica básica dos meios de comunicação de massa é o fato de que eles necessariamente se comunicam de maneira relevante, possibilitando a leitura das mensagens impressas (jornal, revistas, livros) ou gravadas (CDs, rádio). A transmissão e recepção das mensagens audiovisuais (rádio, TV) vão formando a curiosidade pelo novo, sabemos que essa comunicação foi formada nos primeiros contatos com seus genitores (crianças) e pessoas que circulavam no seu ambiente natural. http://pt.wikipedia.org/wiki/Instrumento http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o_de_massa http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o_de_massa http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%ADdia http://pt.wikipedia.org/wiki/Telefone http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o_interpessoal http://pt.wikipedia.org/wiki/Telefonia http://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A1dio_%28comunica%C3%A7%C3%A3o%29 http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornal http://pt.wikipedia.org/wiki/Revista http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o_audiovisual http://pt.wikipedia.org/wiki/Televis%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Cinema http://pt.wikipedia.org/wiki/Multim%C3%ADdia 7 Essa audiência em que seus leitores se envolvem geograficamente defini-se a fonte de mensagem dirigida a um determinado público. A carência, às vezes, dificulta que a criança se envolva na formação e busque aprimorar seus conhecimentos dentro do tema, ou temas, que deseja estudar , pesquisar e aprender. Os “Meios de Comunicação” não podem ser confundos com canal, que se refere ao aparato tecnológico utilizado para realizar o processo da comunicação, incluindo por exemplo: fala, discurso, gestos,gravações, cartas, jornais, revistas, televisão, rádio, DVDs etc. Internet é um híbrido entre Comunicação de Massa e Comunicação Interpessoal. Evolução histórica - os primeiros meios de comunicação de massa foram os livros (principalmente didáticos), que existem há muito tempo. Mas, normalmente, a difusão da mídia se deu no século passado. Em tal período não havia a idéia de que a difusão da informação da parte da mídia deveria ocorrer em tempo real, mas que deveria haver um intervalo de tempo limitado entre a emissão da mensagem e a sua recepção. No século XX, o desenvolvimento e a expansão capilar dos meios de comunicação de massa seguiram o progresso científico e tecnológico. Esses meios de comunicação , além de serem meios para veicular as informações, são também os objetos tecnológicos com os quais o usuário interage. O objetivo educacional de integração do cidadão à sociedade é trazer o conhecimento globalizado, visando melhorar a capacidade de raciocínio e iteração de cada um. Embora possua o direito de votar, o analfabeto sente dificuldades de integração e de exercer plenamente seus direitos de cidadão, em face de não saber ler nem escrever. A essa problemática se deve a realidade que encontramos em muitos seguimentos da leitura da comunicação visual, sem entender a comunicação interpretativa. Como a escrita é um dos meios de se comunicar, na era moderna, a falta dela faz com que o processo de comunicação do analfabeto, por exemplo, seja prejudicado. Quando os pais não têm o domínio da escrita o desenvolvimento do filho na sala de aula é muito lento. A carência da informação precisa do acompanhamento da família, pois esse é muito importante para que a comunicação de fora para dento da escola funcione bem. Em qualquer seguimento hoje já se pode notar a importância da modernidade e as novas categorias de analfabetos: os que não sabem usar os computadores, os que não possuem endereço eletrônico. Principalmente, no mercado de trabalho, a incorporação das novas 8 tecnologias ocorre numa velocidade tão intensa que se torna difícil acompanhá-las. Porém, presenciamos o modernismo mesmo nos que não sabem ler nem escrever: gozam dos direitos de cidadão, mas sentem-se, cada vez mais, isolados pela falta do domínio das novas tecnologias de comunicação. É comum observar pais em situações-problema quando precisam usar o computador. Eles sentem-se impotentes, isolados do mundo moderno, e relembram o tempo em que cada um podia resolver seus negócios “na conversa”, ou seja, na comunicação verbal. O jovem hoje já busca, dentro de suas possibilidades, comunicar-se e chega até a criticar, mesmo não sabendo corretamente a utilização de cada meio, mas é uma questão de se posicionar diante da exigência dos tempos atuais. O trabalho propõe uma análise das possíveis contribuições de alguns meios de comunicação para o processo educativo, e verificar como o homem moderno está enfrentando o contato com as novas tecnologias de comunicação. Aprender é um requisito fundamental para a existência sustentada, para pessoas e para organizações. As dúvidas sobre isto, principalmente num ambiente onde os dados e informações da comunicação para educar quando fluem com muita velocidade. Conhecimento depende da capacidade de aprender e ensinar o conceito - aprendizagem é muito discutido atualmente retomado com grande intensidade, nos grandes pilares do desenvolvimento das organizações educacionais. O lado da aprendizagem caminha para as discussões sobre "aprender e organizar". Localizar a aprendizagem de uma pessoa é fazer o mesmo em relação às organizações para aprender. Isto é o que se aprende tal qual podemos dizer de uma pessoa nas teorias da aprendizagem para responder a demanda dos nossos alunos que aprendem na produção do conhecimento do outro ( educador ). Décadas de estudos produziram algumas idéias sobre a aprendizagem humana. Psicólogos, lingüistas e educadores estudam com entusiasmo esse tema e fazem descobertas a respeito das limitações cognitivas para a aprendizagem e dos meios de estimular o desenvolvimento cognitivo. O foco de Piaget nos processos do desenvolvimento cognitivo de crianças e o trabalho de Lewin sobre a pesquisa da ação e do treinamento em laboratório forneceram muitas perspectivas sobre como aprendemos individualmente e em grupos. Algumas linhas teóricas baseiam-se no "estímulo-resposta", como Skinner, e outras trazem as contribuições da Gestalt ou mesmo da Psicanálise. A evolução do processo de comunicação mostra a responsabilidade mais cedo para nossas crianças: 9 A saída necessária dos pais; A exigência das disciplinas escolares; A vontade de descobrir, conhecer, fazer contato, ou se divertir. E a substituição da comunicação escrita, a busca pelos livros didáticos, estórias infantis, romances, as interpretações, e fichas de leitura são substituídas pelas novas tecnologias da comunicação. O papel educativo dos meios de comunicação para se concluir, entre outras coisas, que a velocidade com que as novas tecnologias estão sendo incorporadas ao processo da comunicação humana aponta um futuro cada vez mais incerto. A sala de aula pode auxiliar o homem a absorver o impacto da velocidade com que as novas tecnologias passam a fazer parte do dia-a-dia das pessoas. Porém, perdem o estímulo pela busca de informações em diversos livros, revistas, enciclopédias etc. Aprender é uma decisão "de dentro para fora" e, isto, definitivamente, descarta o instrucionismo. Os fundamentos são essencialmente biológicos e, por extrapolação, afetam as ciências humanas, como cognição, sociologia e até o direito. Como Varela, Maturana conclui que o próprio ser vivo é um sistema fechado, constituído pelacircularidade de seus processos. A percepção da realidade exterior, ou seja, o fenômeno "conhecer", é exatamente o próprio fenômeno "viver", ou seja, é um operar (interior) adequado ao ambiente (exterior), ou ainda, o conhecer é um fenômeno do operar do ser vivo em congruência com suas circunstâncias. A mudança radical no tipo de mensagem a ser transmitida oralmente mostrava- se um sinal de desgaste. Era necessário inovar, criar um novo tipo de linguagem, despertar a disposição daqueles que necessitavam ler posteriormente o que havia sido dito. Se ensinar passa a ser uma quase impossibilidade, de outro lado isto não elimina a importância da aprendizagem. Mas, como a aprendizagem é auto-determinada, as condições que a desencadeiam nos organismos é que deveriam ser objeto de profundo interesse tanto de quem "ensina" quanto de gerentes e tutores de modo geral. A responsabilidade passa a ser mais seriamente na "compreensão" das particularidades dos organismos e não nas tecnologias disponíveis. A concepção do ser vivo - como individualidade e não dependente do meio - confere legitimidade ao ser em si, cada sistema é único em si, cada qual opera sua autonomia, sua auto- 10 organização e sua estratégia unicamente em função de si. Mas precisava sair totalmente do mundo habitual e viver o novo, mesmo que não conhecesse totalmente? Acredito que o reflexo em crianças, que não têm o contato com acompanhamento necessário, é contraditório aos que vivem num mundo de informação nova (Tecnologia). O acompanhamento pedagógico e as famílias são fundamentais nesses casos. Mesmo porque sabemos que existem seguimentos escolares carentes de tudo, e é neles que precisamos nos empenhar para mudarmos o quadro que a educação registra. A Tecnologia precede uma preocupação política e social, apesar de muitas vezes os especialistas também terem essa preocupação, mas não é o foco central da atenção, como é na "Educação para a Comunicação", porém, essa segunda subárea se preocupa em reunir os especialistas que estão interessados com a aplicação dos instrumentos tecnológicos na melhoria do ensino, com a capacitação de sujeitos no processo educativo. É possível, inclusive, dizer que a primeira tem como objeto de estudo a leitura crítica dos meios, a segunda o uso instrumental da comunicação para melhoria do ensino escolar. O objetivo da segunda subárea é auxiliar tanto o professor quanto o aluno a utilizarem os recursos tecnológicos, no sentido de tornar os ensinos mais dinâmicos, interativos, lúdicos, tornando tanto o docente como o discente hábeis no uso desses recursos. A questão principal é a melhoria do ensino- aprendizagem, onde os recursos tecnológicos são colocados como auxiliares do processo. Essa terceira subárea trabalha com a ação comunicacional no processo educativo, entende-se por processo educativo aquele que ocorre na escola e fora dela, bem como todas as ações sociais que têm como pressuposto melhorar a qualidade de vida, diminuir a exclusão social, garantir a democracia e principalmente formar cidadãos ou garantir a cidadania. Essa vertente representa os trabalhos realizados na área da inter-relação comunicação/educação e social, ampliando tanto o conceito da comunicação para além das mídias como também tentou reunir ações voltadas para mobilizar grupos que apresentem as suas experiências quando utilizam a Internet, se melhora o desempenho da aprendizagem. Os novos vínculos de reconhecimentos, de identidade profissional, propiciando novas reflexões teóricas criam muitas vezes uma análise de estudo. A nova técnica deveria ter clareza, daria 11 àqueles que a possuíssem a capacidade de ler, reler, meditar e analisar o que fosse produzido e registrado. A partir dessa necessidade, foi criada a escrita. A escrita foi se desenvolvendo muito rapidamente, mais precisamente na Grécia. A partir daí, houve necessidade de se facilitar a comunicação, dando nomes às letras, como as consoantes e vogais. No século XV, os indivíduos já se preocupavam em preparar e reproduzir os livros através da técnica de copiar, à mão, os livros já existentes. Infelizmente, porém, esses livros ficavam restritos às pessoas que possuíam recursos financeiros suficientes para ter em mãos tal reprodução. 1870 - Thomas Edison Consegue gravar e conservar a voz humana em um fonógrafo. Esse instrumento conseguia levar às casas um novo som, capaz de se tornar uma alternativa de comunicação. 1906, Reginald A. Fessenden Construiria uma aparelhagem capaz de irradiar sinais. Pessoas falavam através de um transmissor e as vozes eram recebidas em um aparelho receptor, dando origem à radiotelefonia. 1843, Bain e Backwell Transmissão de imagens à distância. Segundo Ball-Rokeach, DeFleur (1997) A televisão herdou as tradições do rádio e promoveu conseqüentemente uma grande mudança social. Sua tecnologia, já bem avançada, passou a ajudar na fabricação em série e a servir um público que ansiava por novas tecnologias. 1923 e 1926 Muitos países dão início às transmissões no rádio. A internet, a rede mundial de computadores que interliga pessoas de todos os continentes na modernidade, atribui ao homem contato como mundo. Quando o homem primitivo caçava, para sua sobrevivência, seus métodos eram baseados em respostas herdadas 12 por seus ancestrais ou por seu próprio instinto. O comportamento adquirido através do processo de comunicar era quase nenhum, pois os grupos não sentiam falta desse tipo de coisa. À medida que as transformações foram ocorrendo e a capacidade cerebral dos primitivos foi se desenvolvendo, tornou-se necessário que novos instrumentos auxiliares ao processo de comunicação humana fossem desenvolvidos. Daí foi surgindo suas inovações, dentro das mudanças que os próprios seres humanos descobriam intuitivamente. A necessidade psicológica que o homem apresenta, em criar, inventar é natural. Mas notamos que as mudanças foram tornando, os mais exigentes, mais críticos e mais interessados em realizar tarefas, inteligentes. Muito tempo depois, a gesticulação e alguns outros sinais vêm se comunicar. Aprender é conhecer e conhecer é aprender, sempre decisões de dentro para fora. Mas não conseguimos "instruir" um organismo em relação à "quais ruídos assimilar". Carl Rogers, independente dos conceitos de Maturana, há muito afirmava que "ninguém ensina ninguém". Mas existe aprendizagem, pois os organismos continuam sua marcha na direção da auto-criação. As perspectivas do desenvolvimento parecem colocar mais e mais responsabilidades nas relações com base na compreensão e empatia, e na habilidade de organizar ambientes que consigam despertar interesse por aprendizagem. Organizações "perenes", que há décadas sobrevivem, como descrevem Collins e Porras, não são determinadas por seus ambientes e, sim, suas organizações são decorrentes de suas identidades que, contudo, precisam se atualizar para não perder a congruência com o ambiente. O que há em comum entre essas organizações é exatamente a falta de uma "visão", uma clara idéia de futuro. A esses sinais foram apreendidos, compartilhados, dando o sentido de participação, pois já sentiam necessidade de se comunicar, a comunicação que desse às futuras gerações mecanismos capazes de indicar como havia sido o processo de comunicação de seus ancestrais, ou seja, necessitavam descobrir uma forma de registrar os símbolos e os sinais usados na comunicação. A "Educação para a Comunicação" é o espaço que tem pensado e estudado o desenvolvimento e domínio cognitivo e existencial do receptor, principalmente no uso que a recepção faz dos meios de comunicação de massa, a partir de objetivos políticos e sociais, 13 principalmente com a intenção de formar cidadãos que possam, a partir da análise crítica dos meios, optar não só comoquerem o mundo da comunicação, mas como esse deve ser. O sentido próprio, que significa promover a produção de conhecimento entre os receptores (alunos) em sala de aula com o conhecimento de fora para dentro e que os meios de comunicação se desenvolvem para as estratégias metodológicas e análises das mídias, onde propicia ao receptor os instrumentos de análise que os motiva para utilizar as mídias no âmbito da produção e formação educacional. Na prática a "Educação para a Comunicação" se consolida em formar professores com estratégias de leituras críticas dos meios, receptores que saibam ler os meios, bem como alunos que saibam não apenas ler os meios, mas também produzirem mensagem com e através dos meios, envolvendo a preocupação com o desenvolvimento e aprimoramento do aluno no uso dos meios na sua prática e formação escolar. Embora fossem criados para progredir o homem recriar seus hábitos para interação com o mundo, e viver suas origens e culturas a que estão inseridos. Naquela época já se buscava maneiras de simplificar a vida em grupo. A troca de mercadorias necessária para se ter uma vida equilibrada, gritos (ecos com os instrumentos criados por eles) para avisarem dos perigos. As pinturas e desenhos tinham uma relação muito grande com o dia-a-dia. Pintavam nos muros das cavernas, figuras de caça. A técnica da pintura já dava sinais de que as novas tecnologias não eram apenas formas de registrar o modo de vida daqueles povos. Eram, também, os primeiros indícios do processo evolutivo de educação e comunicação dos seres humanos. A comunicação artística e destaque dos grupos faziam com que a relação dos grupos se destacasse pelos méritos comunicar pela arte da pintura ou expressão de gestos realizados. Na civilização da suméria o uso da escrita chegou cedo, somente os sacerdotes tinham o domínio das técnicas de escrever. Os egípcios, que foram os inovadores do sistema hieróglifo ou como um sistema de símbolos. Os sumérios foram os responsáveis pelo início de uma escrita mais estilizada. Os desenhos produziam imagens e caracteres, com significados determinados. Quanto à escrita fonética ela foi se desenvolvendo rapidamente, a comunicação, dava nomes às letras, como as consoantes e vogais. O papel educativo dos meios de comunicação será iniciado primeiro pelo 14 contato direto com os seres humanos, e na escrita sabemos que o jornal, ou seja, a forma de comunicação de massa escrita é a mais tradicional. O meio de comunicação de massa é fruto da convergência de vários fatores históricos dentre os quais se podem citar o surgimento do papel, dos correios, da tipografia, da carta, do livro, etc. Esses eventos marcavam, historicamente, o processo evolutivo das técnicas de comunicação humana, a função era apenas a de transmissão de informações através de um meio impresso. Os meios impressos de comunicação, mais como uma estratégia (vendas), e o estímulo aos professores no apoio didático-pedagógico. Facilitava a comunicação da fala e escrita na sala de aula e desenvolvimento do aprendizado. O jornal funciona como fonte de consulta atualizada, aproxima os alunos da realidade. As escolas que recebem da Editora Abril, a revista Veja, Nova Escola, Ciência Hoje, que serve como fonte de pesquisa para os alunos se integrarem com as notícias do mundo. O rádio, leva às casas de todas as pessoas uma nova forma de transmitir informações, que foi capaz de se tornar uma alternativa de comunicação com as notícias, informações precisas e musicalidade. A percepção musical procura trabalhar a leitura e a escrita, já que a forma de se comunicar é feita pelo impulso e raciocínio (ouvir / cantar / interpretar). No Brasil, o rádio procura incrementar a educação a distância, as informações transmitidas educacionalmente com finalidade de oferecer à população um ensino a distância. Existem fundações como: Padre Anchieta criada em 1967, pelo Estado de São Paulo, formou pessoal especializado para realizar pesquisas que elaboravam e adaptavam textos para as linguagens televisivas e radiofônicas, incluindo produção e gravação de programas que não visavam fins lucrativos. Em 1992, a Rádio Cultura FM integrou-se no Sistema Radiosat (Embratel) o que possibilitou uma melhor recepção de qualidade superior à anterior, para todo o território nacional. Atualmente, o Centro Paulista de Rádio e Televisão Educativa/Fundação Padre Anchieta veiculam a programação educativa através da Rádio Cultura AM e FM. Tanto a programação AM e FM são veiculadas de segunda a domingo, só que a primeira das cinco da manhã à meia noite. 15 Na concepção governamental, os meios eletrônicos (Rádio/Televisão) solucionam os problemas educacionais existentes. A cadeia de Rádio e Televisão educativas para a educação de massa dos telecursos por meios de métodos e instrumentos de ensino. O meio de comunicação visa atingir as pessoas para desenvolver suas potencialidades, com orientação educacional, pedagógica e profissional, inclusive a programação cultural de interesse das audiências. E o incentivo pelo estudo, para garantir suas qualificações profissionais. Fundação Roberto Marinho, com o apoio a Federação Nacional das Indústrias, levam ao ar o Telecurso 2000, um projeto de educação. TV Escola, que tem por objetivo principal formar, capacitar e valorizar os professores, na tentativa de melhorar consideravelmente a qualidade de ensino nas escolas públicas de todo o país. É uma nova tentativa de se utilizar os meios de comunicação a serviço da Educação. A programação da TV Escola é composta de programas oriundos de várias partes do mundo. A programação é transmitida pela Brasilsat. Como são gravados em fitas, os programas da TV Escola ficam disponíveis para o professor. Para participar do Projeto TV Escola, tem uma exigência: as escolas públicas necessitariam ter no mínimo 100 alunos. Outra tentativa de uso dos meios de comunicação na Educação vem da iniciativa privada. A TV Cultura é o Canal de Educação da televisão brasileira. A Cultura tem fontes informativas adaptadas para utilização em sala de aula, com informações atualizadas para professores. Moran (1991) analisa os meios de comunicação como um instrumento didático-pedagógico: "Os meios podem ser utilizados também como instrução, informação, formas de passar conteúdos organizados, claros e seqüenciados. Principalmente o vídeo instrucional, educativo, é útil para o professor, porque lhe dá chance de completar as informações, reforçar os dados passados pelo vídeo. Eles não eliminam o papel do professor. Antes o ajudam a desenvolver sua tarefa principal que é a de educar para uma visão mais crítica da sociedade". Segundo José Manuel Moran, “o autor discute a relação entre escola e meios de comunicação, e as várias formas que ela pode assumir de maneira direta e inovadora. Propõe 16 que a escola incorpore os meios de comunicação como motivação, conteúdo de ensino ou análise crítica.” Fornece também sugestões concretas de utilização dos meios de comunicação em sala de aula. Do ponto de vista metodológico, o educador precisa aprender a equilibrar processos de organização e de “provocação” na sala de aula. Uma das dimensões fundamentais do ato de educar é ajudar a encontrar uma lógica dentro do caos de informações que temos e organizá-las numa síntese coerente, mesmo que momentânea, compreendê-las. Compreender é organizar, sistematizar, comparar, avaliar, contextualizar. Uma segunda dimensão pedagógica procura questionar essa compreensão, criar uma tensão para superá-la, para modificá-la, para avançar para novas sínteses, outros momentos e formas de compreensão. Para isso, o professor precisa questionar, precisa criar tensões produtivas e provocar o nível da compreensão existente. No planejamento didático, predomina uma organização fechada e rígidaquando o professor trabalha com esquemas, aulas expositivas, apostilas, avaliação tradicional. O professor que “dá tudo mastigado” para o aluno, de um lado, facilita a compreensão; mas, por outro, transfere para o aluno, como um pacote pronto, o conhecimento de mundo que ele tem. Predomina a organização aberta e flexível no planejamento didático, quando o professor trabalha a partir de experiências, projetos, novos olhares de terceiros: artistas, escritores, etc. Em qualquer área de conhecimento, podemos transitar entre uma organização inadequada da aprendizagem e a busca de novos desafios, sínteses. Há atividades que facilitam a má organização, e outras, a superação dos métodos conservadores. O relato de experiências diferentes das do grupo ou uma entrevista polêmica podem desencadear novas questões, expectativas, desejos. E há também relatos de experiências ou entrevistas que servem para confirmar nossas idéias, nossas sínteses, para reforçar o que já conhecemos. Precisamos saber escolher aquilo que melhor atende ao aluno e o traz para uma contemporaneidade. Há professores que privilegiam a organização questionadora, o questionamento, a superação de modelos e não chegam às sínteses, nem mesmo parciais, provisórias. Vivem no incessante fervilhar de provocações, questionamentos, novos olhares. Nem o sistematizador, nem o questionador podem prevalecer no conjunto. É importante equilibrar organização e inovação; sistematização e superação. 17 A matéria-prima da aprendizagem é as informações organizadas, significativas: a informação transformada em conhecimento. A escola pesquisa a informação pronta, já consolidada, e a informação em movimento, em transformação, que vai surgindo da interação, de novos fatos, experiências, práticas, contextos. Existem áreas com bastante estabilidade informativa: fatos do passado, que só se modificam diante de alguma nova evidência. E existem áreas, as mais ligadas ao cotidiano, que são altamente susceptíveis de mudança, de novas interpretações. As tecnologias nos ajudam a encontrar o que está consolidado e a organizar o que está confuso, caótico, disperso. Por isso é tão importante dominar ferramentas de busca da informação e saber interpretar o que se escolhe, adaptá-lo ao contexto pessoal e regional e situar cada informação dentro do universo de referências pessoais. Muitos se satisfazem com os primeiros resultados de uma pesquisa. Pensam que basta ler para compreender. A pesquisa é um primeiro passo para entender, comparar, escolher, avaliar, contextualizar, aplicar de alguma forma. Cada vez temos mais informação e não necessariamente mais conhecimento. Quanto mais fácil é achar o que queremos, mais tendemos a acomodar-nos na preguiça dos primeiros resultados, na leitura superficial de alguns tópicos, na dispersão das muitas janelas que abrimos simultaneamente. Hoje consumimos muita informação, isso não quer dizer que conheçamos mais e que tenhamos mais sabedoria - que é o conhecimento vivenciado com ética, praticado. Pela educação de qualidade avançamos mais rapidamente da informação para o conhecimento e pela aprendizagem continuada e profunda chegamos à sabedoria. O foco da aprendizagem é a busca da informação significativa, da pesquisa, o desenvolvimento de projetos e não predominantemente a transmissão de conteúdos específicos. As aulas se estruturam em projetos e em conteúdos. A Internet está se tornando uma mídia fundamental para a pesquisa. O acesso instantâneo a portais de busca, a disponibilização de artigos ordenados por palavras-chave facilitaram em muito o acesso às informações necessárias. Nunca como até agora professores, alunos e todos os cidadãos possuíram a riqueza, variedade e acessibilidade de milhões de páginas WEB de qualquer lugar, a qualquer momento e, em geral, de forma gratuita. 18 O educador continua sendo importante, não como informador nem como papagaio repetidor de informações prontas, mas como mediador e organizador de processos. O professor é um pesquisador – junto com os alunos – e articulador de aprendizagens ativas, um conselheiro de pessoas diferentes, um avaliador dos resultados. O papel dele é mais nobre, menos repetitivo e mais criativo do que na escola convencional. Os professores podem ajudar os alunos incentivando-os a saber perguntar, a enfocar questões importantes, a ter critérios na escolha de sites, de avaliação de páginas, a comparar textos com visões diferentes. “Os professores podem focar mais a pesquisa do que dar respostas prontas.” Entendemos que a escola assimila conhecimentos, habilidades úteis e necessárias à vida do indivíduo dentro da vida social, as diversas versões sobre o papel desempenhado pela educação em geral. Muito já se discutiu a respeito do núcleo central de ação escola. A escola tradicional deu muita ênfase ao conteúdo de conhecimentos acumulados pela humanidade, colocando o professor como mediador entre a cultura estabelecida e o educando. O objetivo de possibilidades da apropriação dos conhecimentos e habilidades que interessam. Trazendo para sala de aula o conhecimento de fora para dentro. Na medida em que a escola transformou-se em uma instituição de classe, operou os conhecimentos e habilidades que interessavam. O profissional que trabalha com a educação pela comunicação, mais do que conhecimentos específicos e técnicos numa área ou em outra, deve ter uma formação abrangente, senso crítico, flexibilidade. Tem que ser um investigador inquieto, estabelecer relações com seus alunos, com a comunidade, com outros educadores, criar oportunidades em que o jovem possa se expressar livremente, ser capaz de organizar projetos e espaços educativos que sejam verdadeiros pontos de encontro de uma rede de relações , em que seja possível aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. Assim pode-se conhecer a história de cada aluno, deixando que eles possam expor seus próprios conhecimentos. O educador, ou facilitador, ou agente cultural, ou animador, mais do que ser capaz de transmitir conhecimentos ou de habilitar os jovens no uso de uma linguagem específica, é capaz de comunicar e fazer-se comunicar. É, portanto, preciso dominar as questões, teorias, 19 processos, relações e políticas que determinam a comunicação na sociedade de hoje, pois esse profissional tem o grande desafio de viver numa época em constante mudança, e a enorme responsabilidade de apoiar as novas gerações na construção de uma nova sociedade. A educação e a comunicação é um campo novo de conhecimentos e de práticas. Quando analisamos a postura do aluno diante de suas culturas, podemos identificar a construção de formação adquirida externamente para ser trabalhada na sala de aula. Essas experiências, nos estudos e as pesquisas, começam a se estruturar e a definir seu corpo teórico, seu universo, suas ferramentas e práticas, e até procuram definir seu próprio nome no decorrer de sua aprendizagem. A idéia da comunicação na educação é nova e as estruturas educacionais vão sendo formadas, moldadas de acordo com o que ela recebe dos seus alunos, e procura envolver a experiência adquirida e a teoria em função do desenvolvimento da didática aplicada. Os desafios, confrontados todo o tempo com enormes crises de paradigmas, de identidades e de objetivos. Como assegurar o acesso das novas gerações ao vasto capital da informação e do conhecimento acumulado pela sociedade contemporânea? Como estabelecer novas relações entre a escola e os meios de comunicação? Quais processos educativos melhor se aplicam ao conhecimento crítico da comunicação? Como capacitar os professores para se tornarem comunicadores? O que é usar criativamente a mídia dentro da escola? A essas questões procura-se trabalhar com a educação pela comunicação. O mais importante é saber aplicar a comunicação.O conhecimento da realidade encontrado na sala de aula é desafio irresistível, e o dialogo procura resgatar a auto-estima para envolvimento social e educativo. Segundo Margarida Maria Krahling, a escola transformou-se em uma instituição de classes, operou os conhecimentos e habilidades que interessavam. A escola espartana, destinada à nobreza militar, cuidava da arte militar, porque este era o conhecimento que interessava. Na Idade Moderna, a partir da Revolução Industrial, é preciso aprender a profissão socialmente útil. Ao longo do tempo, tem servido para possibilitar a apropriação do conhecimento que interessa e isso tem sido um instrumento útil, caso contrário, ter-se-ia inventado outro mecanismo mediador. Qual é o conhecimento que interessa hoje? Será o conhecimento que 20 está sendo apropriado em nossas escolas públicas, ou o que está sendo apropriado em nossas chamadas escolas de elite (nos colégios)? Certamente o conhecimento que interessa não tem permeado a escola pública que foi invadida pelas massas populares, que hoje temos um crescimento da zona urbana vegetativa em função do êxodo rural para as cidades. A competência técnica ao lado da política pode não ser interessante para as classes dominantes. Diante do ideal de universalização do ensino, alguém defenderia o ponto de vista idealizador que qualifica o ensino destinado às camadas populares. Conhecimento não poderá ser um pequeno conjunto de informação no processo de compreensão da realidade ou, para tanto, é utilizar o que há de disponível de acúmulo de entendimentos já produzidos e registrados para utilização da capacidade humana, avançada em novos entendimentos da realidade. O recurso ao conhecimento já estabelecido pela humanidade como instrumento da compreensão da realidade instrumental auxiliar, para que este educando específico se aproprie do conhecimento intelectual dos meandros da realidade e do mundo. O conhecimento acumulado pela humanidade seja suficiente caminhe em direção a novas compreensões e entendimentos. O limite do conhecimento, como compreensão da realidade, é a própria realidade. Cabe à escola, que se quer comprometida com a preparação do educando para a conquista da cidadania, possibilitar e criar condições para que os educandos se apropriem da realidade, através do conhecimento e das habilidades necessárias para transformar a realidade em função do bem-estar da sociedade. O educando apropria-se através da escola, do conhecimento como forma de compreensão da realidade e está se preparando não só para o enfretamento dos desafios da natureza propriamente dita (parte do mundo), mas também para enfrentar as mazelas sociais que envolvem. O uso dos meios de comunicação, em geral, do ponto de vista pedagógico, exige um esforço que vai além daquilo que se manifesta pela própria comunicação. Segundo Luckesi, em primeiro lugar, deveríamos tomar o tema de uma forma abrangente e radical, no sentido de discutir fundamentos e não na perspectiva de discutir em especificidade um ou alguns meios de comunicação na escola. “O tratamento específico das 21 inter-relações dos meios de comunicação e a prática educacional seria objeto de trabalho de muitos outros estudos no decorrer do evento como um todo.” O ponto de vista abordado no desenvolvimento seria dos componentes do próprio título, ou seja, meios de comunicação, escola e preparação para a cidadania. O desvio de formação intelectual e por “desvios” de hábitos profissionais hierarquiza tópicos de maneira abrangente fundamental. Quando discutimos a questão preparação para a cidadania, buscamos expressar os meios de comunicação utilizáveis na escola em e se preparar o sujeito para realizar-se. Convencidos de que seria desenvolver análise e por entendimento essencial a escola prepara para a cidadania, procura estabelecer indicadores nos meios de comunicação que pedagogicamente mostram esforços de encaminhar o educando para integra-se com o mundo. A estrutura centralizada é planejada fora da realidade que encontrarmos nas escolas brasileiras, e nós criticamos, mas obedecemos. À medida que a realidade vai se distanciando dos grandes centros, o professor vai tendo dificuldade em identificá-lo, causando um tormento vivido pela realidade que lhe é imposta na estrutura do ensino irreal. Acredito que os educadores da labuta diária no ensino, haja um consenso sobre a necessidade e uma absoluta reformulação deste ensino, adequado às necessidades de cada bairro, região ou país. Sabem da necessidade de reformular o ensino a partir de propostas que atuam em diversos níveis. É possível que ao coletar as informações e sugestões não tenhamos um retrato pintado com a realidade brasileira. A televisão comercial conhece seu público para vender seus produtos. Mas quem é esse público consumidor dos programas educativos? "A escola pode e precisa estabelecer pontes com os Meios de Comunicação”. Pode utilizá-los como motivação do conteúdo de ensino, como ponto de partida mais dinâmico e interessante diante de um novo assunto a ser estudado. Podem os meios de apresentar o próprio conteúdo de ensino “(...) bem como ser, eles próprios, objeto de análise, de conhecimento.". "Os Meios de Comunicação - o jornal, o rádio, a televisão, o cinema - podem ser 22 utilizados como ponto de partida de um novo assunto, como pesquisa prévia para debates, como motivação, como estímulo." O que torna possível a educação é a socialização decorrente da educação que os homens tem de influírem uns nos comportamentos dos outros,modificando-se mutuamente, no processo de integração social. A grande influência nos padrões sociais de vida, em geral, difere das instituições escolares. Característica que cada instituição tem é favorecer as possibilidades dentro dos padrões e normas exigidos da organização a esse comportamento da busca de informação de fora para dentro da escola. A educação escolar distingue-se, portanto, da educação informal que acontece fora da escola. Dentro da instituição têm-se horários a cumprir, normas estabelecidas que criam conhecimento escolar produzidos no dia-a-dia em condições produzidas e transmitidas. Fora da escola o conhecimento é produzido a partir da necessidade imediata da vida, na sobrevivência nas ruas dos centros urbanos, no campo - o menino na feira aprende a fazer o troco sem nunca ter ido à escola; o pedreiro, o cortador de cana sabe as braças que deve receber na colheita, etc. Já o saber escolar embora possa e deva ter relação com a vida dos que freqüentam a escola, muitas vezes se apresentam distante dela. Se conhecimento da escola se distancia da vida dos alunos, impedindo que eles o assimilem, o resultado escolar será marcado necessariamente pela exclusão daqueles que deveriam dominar esse conhecimento, reproduzindo de forma conservadora a vida desigual dessa sociedade, onde poder traz saber. A escola sempre foi defendida como instituição da classe dominante, da classe que domina o poder, tanto o econômico, quanto político. Para isso vemos que: "Os Meios podem ser utilizados também como conteúdo de ensino, como informação, como forma de passar conteúdos organizados, claros e seqüenciados, principalmente o vídeo instrucional educativo, o qual é útil para o professor, porque lhe dá a chance de completar as informações, de reforçar os dados passados pelo vídeo. Eles não eliminam o papel do professor; ao contrário, ajudam-no a desenvolver sua tarefa principal, que é a de obter uma visão de conjunto, educar para uma visão mais crítica." "A escola precisa, enfim, no seu Projeto Educativo, considerar a questão dos Meios de Comunicação e da comunicação 23 como parte integrante - e não marginal - do processo educativo integral do novo aluno-cidadão, visando construir uma sociedade realmente democrática." As afirmaçõesbásicas que têm o poder de embasar as manifestações e o artigo conseguem, (localizar hoje), o significado do comunicar e educar na sala de aula com mais desempenho por parte do educador e educando. Há uma certa confusão de funções, atribuições e tarefas, porque os termos são usados indistintamente ao se referir aos profissionais que atuam nas comunidades virtuais, principalmente nas que se propõem a serem comunidades de prática, e mais ainda as de fundo educacional. Preocupa-nos aqueles que não têm o cesso a esse tipo de comunicação virtual, ficando fora da realidade da mídia e alheio à informação virtual. O trabalho do professor fica cada vez mais sobrecarregado em atender essa demanda carente da informação e em muitas vezes escassa de materiais que supram a necessidade existente. Não basta a prática, precisa-se da teoria, e dentro das políticas administrativas que estão questões que devem ser abordadas, questionadas, debatidas sempre para que haja a inclusão de forma geral. A comunicação é a base da informação para se fazer acontecer uma educação de qualidade, sem ela não tem condição de desenvolver projetos que melhorem a conscientização, o estímulo e força de vontade em aprender dos nossos jovens. Conhecer os conceitos clássicos de comunidades é se voltar para a leitura de um trabalho comunitário, onde se pode observar: Abordagem da comunidade em oposição à sociedade; Conceito estudado e trabalhado; Questionamento dos conceitos acerca de comunidades, e a busca da integração na sociedade. A comunidade baseia-se na orientação da ação social, que espera ser desenvolvida em função da necessidade apresentada onde se fundamenta em qualquer tipo de ligação emocional, afetiva ou tradicional e para quem chamamos de “comunidade da orientação”, da 24 ação social, na média da solidariedade, onde cada um se volta para entender o novo, sem precisar fugir de suas origens nem culturas. A integração do conhecimento externo para o trabalho de desenvolvimento interno são métodos e critérios baseados e estudados emocionalmente dos participantes que, ora, apresentam para descobrir e entender. Não temos uma receita pronta para a comunicação e educação, realidades diferem geograficamente, mas, temos a capacidade de entendermos a importância de comunicar para o bem comunicar-se. O desenvolvimento do aluno se dá pela maneira como ele foi conduzido desde cedo. A conclusão que se pode chegar é que quando se trabalha para mudar, trocar, ou até mesmo impor limites, pois é isso que a educação precisa fazer diante da indisciplina, é apresentar os limites e seus direitos. No momento em que se desenvolvem as regras a comunicação é repassada e espera-se que seja entendida. Mas temos que pensar psicologicamente que as mudanças precisam de tempo. A comunicação verbal é nata, quando essa comunicação passa a ser entendida virtualmente, ela parece criar outra forma de entendimento e interpretação. O acompanhamento e observação são muito importantes, pois eles firmam as bases no entender e interpretar para aplicar no desenvolvimento da aprendizagem. Creio que interessa esclarecer a figura da função que considero essencial numa comunicação, chamada de "fontes inovadoras inteligentes", ou mais, comunicações virtuais das comunidades escolares. A prática dessas comunidades é pesquisar e estudar o tema. O elemento é existente apenas enquanto as pessoas realizarem trocas e estabelecerem laços sociais. Quando agregados sociais surgem da rede (Internet), leva para essas discussões os sentimentos humanos, troca de informação, os bate papos informativos na rede de relações pessoais. Até onde sabemos o nível das informações passadas e como elas são entendidas e trabalhadas na didática da sala de aula. A aprendizagem colaborativa online vem tomando força nos últimos anos como uma possibilidade de estratégia em educação e vem, dessa forma, contribuindo para uma nova gestão da aprendizagem, uma vez que tem propiciado a alteração de modos de operar até então impraticáveis, observações, como já foi dito anteriormente, no cuidado em acompanhar as informações passadas e interpretadas em quem está se formando e criando seus próprios destinos. 25 No mundo atual, parece transformar-se na criação de fórmulas que permitam manipular a realidade com acentuado reducionismo. A pesquisa imaginativa, pelo contrário, deve se nutrir no sentido de captar os múltiplos encadeamentos de um mesmo objeto, num esforço constante para manter-se nessa unidade integral, não se restringindo à mera busca do conhecimento. Ela se esforça para abrigar as várias correntes de pensamento, e teorias programadas voltadas para sua dimensão colaborativa/conflitiva. O processo cumulativo, por meio do qual o exercício reflexivo é expresso e ampliado, onde o conhecimento científico assume, a um só tempo, sua dimensão humana e histórica. É entendido em dois sentidos: individual e social, exercida não só na escolha, mas nas transformações por ele operadas. Se a natureza e os frutos do acaso são passíveis de interpretação, de tradução em palavras comuns, no vocabulário absolutamente artificial que construímos a partir de vários sons e rabiscos, criados e apresentados para serem adaptados à realidade; Experiências humanas (processo, reflexões elaboração) com base em um emaranhado de idéias, experiências coletivas e individuais, nas relações com outros homens e com a natureza, Assim sendo, ao invés de destacarmos algum desses elementos como variáveis independentes, o social ou o econômico, acentua em todas as variáveis que dependem das relações humanas trabalhadas no contexto geral. Weber (1992), ao analisar o método das ciências históricas e sociais acredita ser impossível eliminar as pré-noções ou os juízos de valor no trabalho investigativo, daí a necessidade de: "integrá-los conscientemente na ciência e fazer deles instrumentos úteis na investigação da verdade objetiva" (Goldmann, 1967, p.34). 26 As opiniões e os valores do pesquisador, estando fincados em um substrato coletivo que compõe sua subjetividade, são aspectos constitutivos da atividade intelectual. Pois: [...] a ilusão começa quando imaginamos que, de um lado, há os fatos e, de outro, a teoria, e quando dissimulamos a posição em razão da qual esta divisão aparece. Somos então forçados a descrever o movimento do conhecimento como se nele não tomássemos parte, e fixar sua origem de um lado ou do outro. (Lefort, 1979, p.256). A esse entendimento real os fenômenos percebidos pelos sentidos incorporam, no enfoque, as dimensões: objetiva e subjetiva, o objeto e sua carga de significados, a gama de valores do aprender, é assumir uma postura de análise desafiadora dos aspectos de conflitos (dificuldades em conhecer o novo) pelo aspecto em deixar transparecer o conhecimento de fora para o entendimento do meio. Isso não significa, no entanto, que determinada teoria possa oferecer uma compreensão completa acerca da realidade. A teoria atribui uma característica realizável historicamente do homem para adaptação comunicativa do próprio homem. A interpretação verdadeira da realidade, na prática, realiza versão historicamente possível ao próprio entendimento da comunicação da educação. Tendo a aprendizagem colaborativa e facilitado a formação da comunicação virtual, a aprendizagem permite que cada participante possa expressar suas idéias, defendê-las e redefini-las, contribuindo para a construção do conhecimento para um futuro cheio de perspectivas inovadoras. A essas mudanças, oferecem-se possibilidades para que o mediador situações próximas da vida real, possibilite contatos com práticas reais, além da efetiva interação, troca, convivência e aprendizado colaborativo. Trabalha de maneira inovadora a aprendizagem, é por sua vez defender a postura de queintroduzir a tecnologia por si só na comunidade escolar suficiente para gerar transformações na educação. Para as escolas pressupõe pensar em um conjunto, trabalhar para dento de si mesmo, ao mesmo tempo em que se conhece a possibilidade de mudanças de nossos alunos, já que são os nossos parceiros e sujeitos da ação. As tecnologias da comunicação e informação vêm 27 provocando profundas mudanças na maneira como os seres humanos vivem, pensam e trabalham. O cidadão precisa aprender a navegar num mundo de informações que muitas vezes não tem conhecimento sobre o mesmo, chegam a sofrer com isso. E a escola, o lugar tradicionalmente dedicado ao ensino e à aprendizagem, à transmissão de informações, tem que introduzir a comunicação. Entretanto algumas só podem trabalhar a comunicação através do material didático que a mesma possui. Algumas das profissões bem remuneradas estão ligadas à comunicação. Informação é poder. Temos que aprender não só a comunicar, como a ler criticamente as informações que recebemos. A importância da leitura flexível em sala de aula favorece a posição do aluno na leitura de mundo. Quando isso não acontece, surgem os bloqueios e impedem o entendimento das mudanças tecnologias. Não há maneira mais simples e prática de fazer isso do que criando produtos de comunicação. Ao produzir um jornal em sala de aula, o chamado “jornal do estudante” com as edições feitas por eles, recadinhos e participação de todo grupo, a escola está não só trabalhando a comunicação, mas a socialização. Nas histórias em quadrinhos, o aluno tem a facilidade de ler o texto interpretando e criando sua própria história, aprendendo a se comunicar e socializar-se. Ao comunicarmos, aprendemos a “gramática” dos meios de comunicação – além de sermos obrigados a organizar as informações. Quem produz um vídeo nunca mais vê televisão passivamente. Para fazer um bom jornal é preciso saber português, matemática, história, geografia, biologia, design, informática, etc. A educação pela comunicação é um ótimo jeito de formar cidadãos para uma sociedade em que a informação e o conhecimento valem cada vez mais. A condição de atuar em desenvolver a aprendizagem na gestão do conhecimento exige o uso de ferramentas de informação e comunicação, modelos organizacionais e a contribuição de todos para a construção do conhecimento. A escola vem possibilitar aprendizado colaborativo quando conhece a realidade de fora de cada aluno, e é essa Experiência de Aprendizagem Colaborativa que permite aos participantes construírem o conhecimento através da discussão, da reflexão, da tomada de decisões, na qual os recursos das tecnologias de informação e comunicação atuam como mediadores do processo da gestão da aprendizagem, ativa como motivação para melhorar a 28 construção do diálogo em aprender para rever princípios básicos e fundamentais na formação do cidadão. É a metodologia constituída num ambiente virtual que propicia particularmente a aprendizagem colaborativa, por sua flexibilidade no que se refere ao tempo, espaço e diversidade de percursos, permitindo a interação de todos com todos, em um processo similar ao que ocorre tomar as próprias interações. É fundamental a colaboração, ela favorece uma combinação dos objetivos pessoais com os objetivos coletivos, desempenha a comunicação social e desenvolve a solidariedade dos alunos entre si. A escola não tem somente a responsabilidade de repassar a didática dos livros ou exigir que o aluno prove que sabe o conteúdo na cobrança das avaliações, ela procura conhecer o ser humano, suas origens, suas culturas, e seus próprios limites para integração do ser humano na sociedade. A construção do conhecimento abre espaços para que os participantes compreendam os pontos de vista de cada um, respeitem a diversidade, aprendam a questionar as próprias certezas e incertezas, reconstruam conceitos e fortaleçam as próprias práticas. A experiência de aprendizagem gera conhecimento, a troca de experiências vem enriquecer a convivência. E produz a de responsabilidade de todos exerce um papel que favorece o seu pensar para refletir. Se pensarmos que o papel do professor, em todas as situações de aprendizagem, tende a se modificar bastante, sendo cada vez mais o de um facilitador e mediador da aprendizagem, de um provocador de situações educativas, estamos certos de que encontramos o caminho para resgatar o ânimo e trabalhar a auto-estima dos alunos. Em várias situações a perspectiva do professor se amplia significativamente, do informador que dita conteúdos e se transforma em orientador da aprendizagem, em gerenciador de pesquisa e comunicação para o aprendiz, enquanto ele mesmo se desenvolve aprendendo a conhecer, para construir seu próprio ser individual e coletivo organizador de sua aprendizagem. A intervenção do professor precisa garantir que o aluno conheça o objetivo da atividade, situe-se em relação à tarefa, reconheça os problemas que a situação apresenta, e que seja capaz de resolvê-los. Para tal, é necessário que o professor proponha situações didáticas com objetivos e determinações claros, para que os alunos possam tomar decisões pensadas sobre o 29 encaminhamento de seu trabalho, além de selecionar e tratar ajustadamente os conteúdos. A complexidade da atividade também interfere no envolvimento do aluno. Um nível de complexidade elevado, ou muito baixo, não contribui para a reflexão e o debate, situação que indica a participação ativa e compromissada do aluno no processo de aprendizagem. As atividades propostas precisam garantir organização e ajustes às reais possibilidades dos alunos, de forma que cada uma não seja nem muito difícil, nem muito fácil. Os alunos devem poder realizá-las numa situação desafiadora. Aprender é uma tarefa árdua na qual se convive o tempo inteiro com o que ainda não é conhecido. Para o sucesso, é fundamental que exista uma relação de confiança e respeito mútuo entre professor e aluno, de modo que a situação escolar possa dar conta de todas as situações afetivas. Quando não se instaura na classe um clima favorável de confiança, compromisso e responsabilidade, os encaminhamentos do professor ficam comprometidos. A consciência é concebida como produto social da ação e da necessidade humana em relação à natureza e aos outros homens. Esse esforço de entendimento da totalidade conduz o: “Apreender os fenômenos em sua auto-relação e hetero-relação, em suas relações com a multiplicidade de seus próprios ângulos e de seus aspectos intercondicionados, em seu movimento e desenvolvimento, em sua multiplicidade e condicionamento recíproco com outros fenômenos ou grupo de fenômenos. (Joja, 1965, p.55) A estrutura das atividades realizadas escolhe o material multimídia, formulando questões, apresentando situações e atividades concretas facilitadoras de aprendizagem. A construção do seu conhecimento é direcionada por ele próprio nas discussões, do processo de aprendizagem colaborativa. Nesta rede de comunicação e colaboração cada participante se torna presente simultaneamente, envolvendo-se na produção colaborativa de conhecimentos, reconstruindo conceitos e significados, constituindo um nó que propaga experiências, onde revelam uma perspectiva direcionada, as competências para o desenvolvimento humano. 30 Paulo Freire enfatiza a necessidade de uma reflexão crítica sobre a prática educativa, sem a qual a teoria pode se tornar apenas discurso e a prática uma reprodução alienada, sem questionamentos. Defende ainda que a teoria deve ser adequada à prática cotidiana do professor, que passa a ser um modelo influenciador de seus educandos, ressaltando que na verdadeira formação docente devem estar presentes a prática da criticidade ao lado da valorização das emoções. O autor afirma que o professor deverá também ensinara pensar certo, sendo a prática educativa em si um testemunho rigoroso de decência e pureza. Para Freire, faz parte do pensar certo a "disponibilidade ao risco, a aceitação do novo e a utilização de um critério para a recusa do velho", estando presente a rejeição a qualquer tipo de discriminação. Ainda destaca a importância de propiciar condições aos educandos, em suas socializações com os outros e com o professor, de testar a experiência de assumir-se como um ser histórico e social, que pensa, que critica, que opina, que tem sonhos, se comunica e que dá sugestões. Acredita que a educação é uma forma de transformação da realidade, que não é neutra e nem indiferente mas que tanto pode destruir a ideologia dominante como mantê-la. Freire ressalta o quanto um determinado gesto do educador pode repercutir na vida de um aluno (afetividade e postura) e da necessidade de reflexão sobre o assunto, pois segundo ele ensinar exige respeito aos saberes do educando. A construção de um conhecimento em parceria com o educando depende da relevância que o educador dá ao contexto social. O alvo principal destas empresas nunca foi, por exemplo, a "conquista de um mercado", mas a construção de um sentido para a organização de sua identidade, expressa em princípios e não em objetivos. Assim como as empresas, os indivíduos criam um ambiente para suas ações e não se pode descrever um ambiente sem interagir com ele. As condições da aprendizagem e a necessidade do indivíduo já estão nele contidos (tal como nas organizações). Dentro de sistemas auto-organizáveis, a cognição é sempre um ato criativo, de construção da realidade, pois não toma o mundo como previamente dado. Assim, a "instrução" externa não tem significado em si para organismos autopoiéticos. As "instruções" são internas. O ato de dar um livro para alguém diz muito pouco a respeito do conhecimento que essa pessoa irá adquirir. http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Alliena%C3%A7%C3%A3o&action=edit http://pt.wikipedia.org/wiki/Ideologia 31 Ao ler o livro, a pessoa terá, primeiro, de ser capaz de distinguir o livro da mesa onde está apoiado, depois distinguir a tinta (letras) do papel, depois distinguir o conteúdo do livro (a respeito do que é o livro), depois se o conteúdo é "bom" ou "ruim", se é aplicável ou não, e assim por diante. Todas estas distinções são feitas de acordo com normas próprias, pessoais, ainda que tidas como legítimas por uma comunidade. Ainda mais, sendo o ser vivo estruturalmente determinado, o que vem de fora apenas desencadeia o processo de percepção, mas este é efetivado por correlações internas do "observador" (organismo). Enquanto aprender é, de alguma forma, assimilar o externo, esta assimilação é uma conformidade do organismo com os estímulos, e nunca uma imposição do meio sobre o organismo. Maturana considera: "Quando, na vida cotidiana comum, respondemos a nós mesmos ou a alguém uma pergunta que nos exige uma explicação de uma experiência (situação ou fenômeno) particular, sempre a respondemos propondo uma reformulação daquela experiência. Se a reformulação proposta é aceita como tal pela pessoa que fez a pergunta, ela se torna literalmente uma explicação, e tanto a pergunta quanto o desejo de formulá-la desaparecem. A explicação torna-se uma experiência que pode ser usada para outras explicações. Esta aceitação, por parte do ouvinte, é uma aprendizagem, e é uma decisão interna do organismo, na medida em que acomoda ou não a explicação.” Se as condições da aprendizagem "estão lá", no organismo, então o desafio está na habilidade para interagir com os organismos, compreendê-los, nas particularidades, nas necessidades, e em adequar condições ambientais. O "coaching" aproxima-se desta idéia, na medida em que através da interação busca-se elevar a aprendizagem de um organismo para que este gere melhor desempenho. Mas, é necessário compreender e não instruir. A mesma reflexão se dá para sistemas de ensino e aprendizagem. Muitas organizações investem em universidades corporativas, mas repetem o mesmo dilema cartesiano da cisão entre instrutor e aprendiz. As organizações precisam rever, em muito, critérios de geração de aprendizagem e de compreensão auto-organizativa das pessoas. A crença nas tecnologias de informação e sistemas de ensino à distância pouco poder tem em gerar o tipo de aprendizagem desejada. Parte desta arte do ensinar e aprender tem a ver com as condições de empatia nas interações, de modo a que os organismos reconheçam similaridades e possibilidades de aprendizagens distintivas 32 A experiência de aprendizagem desenvolvida na aprendizagem, de um conceito inovador, da organização que aprende os principais meios de ferramentas e técnicas específicas adotadas para o desenvolvimento do processo educativo que envolve o compartilhamento do saber, de vivências e práticas com outras pessoas, partindo da visão individual para a compartilhada, do todo para ver os inter-relacionamentos, para que estas possam desenvolver o bom senso coerente, diminuir a distância entre o discurso e a prática, julgar a sua autoridade na sala de aula e a autonomia, para ensinar exigir os direitos dos educandos e exigir também a compreensão da realidade. A apropriação indireta da realidade é a compreensão intelegível que adquirimos da mesma através de um entendimento já produzido por outro ( o próprio sistema que informatiza ) . E a compreensão da realidade que adquirimos por meio de entendimento que outros tiveram da realidade e nos relataram através de alguns veículos de comunicação qualquer que seja ele, oral ou escrito, na via indireta, a apropriação do conhecimento se dá através do mediador que nos diz que a realidade é assim, porque ele a interpretou assim e para tanto apresenta argumentos que devem nos convencer. É possível, mediado por uma comunicação, chegar a um entendimento da realidade. O conhecimento é o mais utilizado na prática escolar, especialmente quando se usa livros como mediador ( sujeito) e o educando na realidade. Indiquei o livro por ser o mediador dentro da escola não quero privilegiá-lo, apenas ele faz parte do dia-a dia do aluno, visto que a comunicação informatizada está dentro de realidade encontrada por áreas geográficas. O livro traz os textos que favorecem a comunicação do aluno, e serve como lente de interpretação da realidade , o educando deveria apropriar-se de um entendimento da sua realidade e facilidade de uso com o mesmo. O que importa, na apropriação direta ou indireta do conhecimento, muitas vezes, é que o intermediário do conhecimento é a compreensão da realidade, porque é ela que cada sujeito tem que enfrentar. Sabendo que a competência é quem fala por ele. Trabalhar textos flexíveis ao entendimento do aluno, os textos que apresentam uma certa dificuldade de compreensão passa a ser dificuldade para o aluno e não para mundo que o texto pretende expressar. Não é somente o texto em si que precisa ser entendido, mas a realidade que ele veicula. O pensamento do educando, como manifestação do conhecimento http://pt.wikipedia.org/wiki/Autoritarismo 33 apropriado, não será um pensamento sobre objetivo próprio do conhecimento, mas sobre discurso feito sobre o objeto. O educador deve exercer sua autoridade e sua liberdade. Liberdade esta que deve ser vivida em sua totalidade com a autoridade, em uma relação dialética, centrada em experiências estimuladoras de decisão e responsabilidade. Freire salienta ainda que a educação tem a política como uma característica inerente à sua natureza pedagógica, e alerta para a necessidade de nos precavermos dos discursos ideológicos, dos quais a educação também faz parte, pois ameaçam confundir a curiosidade, além de distorcer a leitura e interpretação dos fatos e acontecimentos. Para compreender o papelque os meios de comunicação podem desempenhar numa aprendizagem significativa, é importante aprofundar o que está por trás da relação entre emissor e receptor. O emissor é o detentor de alguém (entendimento da realidade). A compreensão do objeto que vai falar. O receptor recebe a mensagem e espera aprender o novo, aprofundando-se no entendimento da realidade. A realidade é a mediação entre o entendimento e realidade. Quanto à questão da mediação na relação de comunicação, importa dizer que a própria comunicação em seu aspecto formal, pode ser mediadora entre o emissor e realidade. A observação na comunicação apropria do conhecimento sobre o objeto, pois o que está interessado, em última instância, é o objeto de conhecido e não a comunicação em si. A comunicação desta concepção quanto maior for a possibilidade da comunicação por parte do receptor, maior será a possibilidade de se apropriar do conhecimento (ele). Na escola o objeto fundamental da ação pedagógica é propiciar ao educando condições de entendimento da mesma. A comunicação deveria pautar-se pelo conjunto de variáveis que garantissem alcançar esse objetivo. A clareza da comunicação auxilia o educando no desenvolvimento da criticidade para o efetivo senso da realidade. A comunicação é um processo em curso de trabalhos voltados para as ligações humanas em toda sua amplitude. Na tecnologia temos os avanços disponibilizados para usar em benefício do conhecimento didático pedagógico. O ambiente funcional educativo busca o diálogo entre receptor e emissor. http://pt.wikipedia.org/wiki/Autoridade http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberdade http://pt.wikipedia.org/wiki/Dial%C3%A9tica 34 A esfera social mostra-se inovadora, com mensagens de textos escritos para que a própria comunicação possa ser mais usada na escola, sendo ela apenas uma mediadora da realidade, não da própria realidade, mas tem que ser vista e usada criticamente em relação a ela (realidade). O educando e o educador não se devem submeter acriticamente aos ditames do livro-texto. O limite da verdade não está no texto, que é o meio de comunicação. Para exemplificar, os livros são usados e são assumidos como se estivessem dizendo a verdade. O educando precisa saber tais acontecimentos históricos do nosso país, registrados nos livros. Querendo ou não (D. Pedro I, José Bonifácio) a independência do Brasil ia acontecer, as condições objetivas históricas apontavam para isso. É preciso ter ciência de que o meio de comunicação transmite uma “visão” da realidade e não a realidade. Entretanto, ela transmite a mensagem de quem criou , podendo ou não estar próxima ou distante da realidade. O que importa é o entendimento de fato, a realidade interpretada conhecida. O vídeo, DVDs, o Cinema, os visuais estáticos (...) são meios de comunicação que: mediam o educando, ou receptor, e a realidade. Tudo isso é uma análise para se chegar a uma síntese. Os meios de comunicação utilizados e elaborados solucionariam os problemas da aprendizagem, (pensamento histórico). Chegou-se mesmo a considerar, que sem a utilização de materiais didáticos (os meios visuais e audiovisuais) não ocorreria uma boa aprendizagem. Os meios de comunicação não resolvem a questão da aprendizagem, eles auxiliam, se forem bem utilizados. Cada um destes meios, sendo bem utilizados, desempenha um papel fundamental na aprendizagem pedagógica na medida em que cada um deles possui virtudes diferentes à realidade e ao educando. O cinema, por exemplo, mostra a imagem física do mundo, importa a comunicação do entendimento para conhecer que ali está a recriação, segundo a visão daqueles que conseguem ver o mundo na montagem da comunicação do produto inserido. Diante desta colocação pode-se argumentar que o meio de comunicação, como um filme, origina múltiplas interpretações, além daquela que o próprio autor lhe quis dar. Abordar questões de multiplicidade dos seres humanos é trabalhar os sentimentos interpretativos. Todavia, não podemos esquecer de que estamos falando do uso pedagógico – didático - do meio de comunicação. 35 A esse objetivo a escola propicia ao educando a apropriação mais objetiva possível. Interage no conhecimento da sua realidade para o desenvolvimento pedagógico didático com os educandos, mostrando que a comunicação é fruto do conhecimento adquirido e estuda para serem interpretados e aplicados. A unidade de ensino sobre a mensagem da comunicação, por qualquer meio que seja não pode permitir múltiplas interpretações do mundo físico. Mesmo que a ciência venha mostrar, mas a realidade é esta que já está. O que faz a diferença entre a comunicação e a interpretação é que : Transmitem-se conhecimentos, direcionados para o novo; Integra a visão dos modelos desvendados nas multiplicidades dos seres humanos; Comunicação do ponto de vista pedagógico. A disposição interativa permite fazer a comunicação não apenas do trabalho da emissão, mas a própria mensagem da comunicação. A participação entendida educando como troca de ações, controle sobre acontecimentos e modificação de conteúdos, já faz parte do entendimento da comunicação recebida. O educando pode ouvir, ver, ler, gravar, voltar, ir adiante, selecionar, tratar e enviar qualquer tipo de mensagem para qualquer lugar, (comunicação do conhecimento didático - pedagógico). E em interatividade permite ultrapassar a condição que se manifesta pela própria comunicação. Os papéis sociais são definidos levando em consideração as instituições onde se desenvolvem a prática do sujeito. O educador desenvolve sua prática no espaço da escola - enquanto instituição social - é tarefa da escola a transmissão/criação sistematizada da cultura entendida como o resultado da intervenção dos homens na realidade, transformando-a e transformando a si mesmo. A experiência que quer ter, criando na ação em tempo real, a sua intervenção implica não só a apreensão da mensagem, mas, sobretudo, o entendimento do que foi comunicado. É necessário esforço de comunicação ou da intercomunicação, e um esforço pessoal de apropriação. 36 Os meios de comunicação servem de apropriação do conhecimento, mas eles não realizam. A apropriação do entendimento é realizada pelo sujeito do conhecimento com sua intimidade cognitiva. A competência significa falar e saber fazer bem. Apesar das diferenças entre diversas concepções de educação e de escola presentes em nós, elas sem dúvida concordam em definir desse modo a competência para desenvolvimento das ações aplicadas. Entretanto, é preciso (o alerta da crítica) ao explicar o que se quer dizer quando se faz essa afirmação, uma vez que é essa a tônica do discurso da maior pane dos educadores. Diante disso, como os meios de comunicação poderão auxiliar, pedagogicamente, na preparação do educando para a cidadania? Em todas as suas modalidades tem um papel imprescindível de mediador da realidade no processo pedagógico da apropriação do conhecimento, pois tem a possibilidade de registrar e transmitir o acúmulo de conhecimentos já produzidos pela humanidade, fato que significa deter resultados do esforço histórico. O desafio explícito que mais aparece na distribuição em massa, é próprio também da fábrica e da escola, são as novidades digitais. A modernização criada para este público, "educação para todos", tornou-se instituição de massa, dispensando ao conjunto da população, a ser instruído, um tratamento uniforme, garantido por um planejamento centralizado. Quando programas de TV investem no treinamento de profissionais que terão que se adaptar à linguagem digital, para se aplicarem na sala de aula, ela está, na realidade, trabalhando a percepção futura dos educadores na função pedagógica e exercício da didática. E, procuram desenvolver alternativas interativas em seus programas para atender o novo espectador. Tudo isso, traduzido
Compartilhar