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CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE ENFERMAGEM JORNADA DE QUALIFICAÇÃO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO JOSECILDA RODRIGUES DE ALMEIDA ORINETE DA SILVA CARDOSO VANEIDE MARTINS EVANGELISTA Ananindeua-PA 2021 IMPACTOS DA VIOLENCIA OBSTRETICA NA MULHER: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA . Ananindeua-PA 2021 Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado a Faculdade de Enfermagem do Centro de Ciências Biológicas e da saúde (CCBS) da Universidade da Amazônia (UNAMA) como requisito para obtenção do título de Bacharel em enfermagem, sob orientação da professora Msc. Yasmin Martins de Sousa JOSECILDA RODRIGUES DE ALMEIDA ORINETE DA SILVA CARDOSO VANEIDE MARTINS EVANGELISTA IMPACTOS DA VIOLENCIA OBSTRETICA NA MULHER: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA . 1 INTRODUÇÃO Maior compreensão dos impactos que a violência obstétrica promove na saúde da mulher SERRA, 2018 Violência obstétrica, qualquer ato exercido por profissionais da área da saúde no que tange ao corpo e aos processos de reprodução das mulheres Classificada em quatro (4) tipos Violência física Violência psicológica ou/e verbal Violência sexual Negligencia TESSER, 2015 Apresenta na mulher de forma silenciosa na maioria das vezes, provocando sofrimento Pode exteriorizar em impactos negativos como sequelas na saúde mental Por parte do enfermagem, o uso inadequado de tecnologias e usos incorretos de procedimentos Agencia Nacional de Saúde Suplementar (ANS), vem pondo em pratica no Brasil, alternativas para a redução e combate a violência nas salas de parto, como o Projeto Parto Adequado 2 Justificativa A importância da temática para o curso de enfermagem, pois apresenta uma grande relevância para os profissionais da área da saúde. É fundamental ainda, que os estudos sobre a violência obstétrica sejam ampliados e discutidos, para que as mulheres, tenham a compreensão da opressão ao qual são subjugadas, buscando por seus direitos como usuárias do sistema único de saúde/sus, afim de zelarem pela sua saúde e seu bem está. 3 Problemática Como o enfermeiro pode contribuir para humanização do parto, redução de violências obstétricas e impactos negativos para a saúde da mulher? 4.1 Geral 4. OBJETIVOS Analisar as evidencias na literatura sobre os impactos da violência obstétrica na mulher. 4.2 Específicos Identificar as práticas adotadas para o controle da violência obstétrica segundo a literatura Descrever o papel da enfermagem na redução da violência obstétrica segundo a literatura. 5. REVISÃO DA LITERATURA 5.1 Violência obstétrica: Conceitos SERRA, 2018 Cunha 2015 Violência obstétrica é qualquer atitude que possa privar a autonomia da mulher na hora do parto Excesso de intervenções, que levam a mulher a não ter autonomia em suas próprias decisões Uma das formas mais difícil de ter conhecimento e de lidar com esse tipo de violência começa por ser considerada uma violência de gênero e por sua naturalidade BARROS; RUVIARIO; RICHTE, 2017 Se faz necessário o reconhecimento e o respeito aos direitos das mulheres Tornando-as conhecedoras dos seus direitos 5. REVISÃO DA LITERATURA 5.2 Problemas relacionados à violência obstétrica BARBOSA, 2018 NORMAN, 2015 Maiores esclarecimentos quanto ao parto humanizado e seus benefícios Precariedade do ambiente de trabalho desses profissionais Necessário políticas públicas e revisão do modelo de atenção que são oferecidas na hora do parto Maternidades precisam estar adequadas, ao que se refere a sua estrutura física Adequadas a contratação de profissionais da área obstétrica, como enfermeiras obstétricas e doulas REZENDE; MONTENEGRO, 2018 Manobra de Kristeller Aplicação de força externa no útero durante as contrações Relação direta entre violência obstétrica e as condições de trabalho 5. REVISÃO DA LITERATURA 5.3 Equipes de enfermagem e a violência obstétrica PEREIRA, 2016 Cunha 2015 Exemplos de condutas inadequadas apresentadas pelos profissionais de saúde são não a presença de acompanhante na hora do parto e falta de orientações sobre os procedimentos Humanização na obstetrícia é quando os enfermeiros se utilizam dos conhecimentos práticos, científicos e teóricos para oferecer uma melhoria na qualidade do seu trabalho MARTA, 2016 Equipe de enfermagem se apresenta de extrema importância obstétrica e para os recém-nascidos SILVA; 2019 Diante das recomendações dos programas e das políticas públicas, tornou-se visível e necessária e atuação dos enfermeiros obstétricos nas salas de partos 6.1 Tipo de estudo Revisão Integrativa da Literatura (RIL) 6 METODOLOGIA 6.2 Fonte de dados e descritores 6.3 Critérios de inclusão e exclusão 6.4 Coleta de dados 6.5 Analise dos dados 7 RESULTADOS Figura 1- Fluxograma da seleção de artigos 7 RESULTADOS Quadro 1 – Artigos selecionados para análise, conforme ordem, ano, título, autores, Periódico e objetivo, Pará 2019 – 2021 Ordem Ano Título Periódico Objetivo A1 2020 Percepção das parturientes sobre violência obstétrica: a dor que querem calar. TEIXEIRA, P.C.; et al. Nursing (Säo Paulo) Identificar o conhecimento das parturientes sobre violência obstétrica, levantar se conseguem identificar as principais ações presentes na violência obstétrica, detectar os impactos físicos e psicológicos da violência obstétrica. A2 2020 A escolha da via de parto e a autonomia das mulheres no Brasil: uma revisão integrativa. ROCHA, N.F.F.; FERREIRA, J. Saúde debate Os determinantes que envolvem a escolha da via de parto no Brasil. A3 2020 O olhar de residentes em Enfermagem Obstétrica para o contexto da violência obstétrica nas instituições. MENEZES, F.R.; et al. Interface compreender a percepção de residentes em Enfermagem Obstétrica sobre violência obstétrica em uma maternidade referência do município de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais, Brasil. 7 RESULTADOS Quadro 1 – Artigos selecionados para análise, conforme ordem, ano, título, autores, Periódico e objetivo, Pará 2019 – 2021 A4 2019 Parindo no paraíso: parto humanizado, ocitocina e a produção corporal de uma nova maternidade. RUSSO, J.A.; NUCCI, M.F. Interface a denúncia da violência obstétrica e o retorno da a forma natural de parturição e cuidado com o bebê. A5 2018 Cuidados de Enfermagem na prevenção da violência obstétrica. MOURA et al. 2018 Enferm. Foco Identificar, na literatura científica nacional, a assistência de enfermagem na prevenção da violência A6 2017 Violência obstétrica no brasil: uma revisão narrativa. ZANARDO, Z.L.P.; et al. Psicol. Soc. A partir deste pressuposto foi visto que há necessidade de realizar ações de Educação em Saúde como estratégia para aumentar a adesão das mulheres ao exame citopatológico de colo de útero na Policlínica Municipal de São Bento do Una PE. A7 2015 Violência obstétrica como questão para a saúde pública no Brasil: origens, definições, tipologia, impactos sobre a saúde materna, e propostas para sua prevenção. DINIZ, S.G,. et al. Rev. bras. crescimento desenvolv. hum A violência obstétrica, descrita por diferentes termos, cada vez mais é utilizada no ativismo social, em pesquisas acadêmicas e na formulação de políticas públicas, sendo recentemente reconhecida como questão de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde. 8 DISCUSSÃO Para facilitar essa apresentação, os estudos da amostra foram dispostos em duas categorias temáticas: (1) Práticas de violência obstétricas e seus impactos (2); Cuidados de enfermagem para a prevenção da violência obstétrica. Práticas de violência obstétricas e seus impactos A6 A1, A6, A7 a violência obstétrica é considerada uma violação dos direitos das mulheres grávidas em processo de parto atenção mecanizada, tecnicista, impessoal e massificada do parto. violência verbal Violência física Violencia psicologica A6 as mulheres pardas ou negras são as que mais sofrem com a violência obstétrica A2 médico tomar o papel de personagem principal durante este processo, o qual na maioria das vezes acaba por ofuscar o papel da mulher 8 DISCUSSÃO Práticas de violência obstétricase seus impactos A2 A7 A3,A6, A7 Não permissão de que mulheres sejam acompanhadas por uma pessoa de sua escolha em algum período de sua internação, contrariando a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) peregrinação no processo reprodutivo representa uma forma de violência obstétrica Perda de autonomia por falta de informação nos atendimentos de pré-natal e/ou o acesso atrasados das informações referentes ao período gravídico-puerperal A7 implicações sobre a morbimortalidade materna pelo o risco adicional associado aos eventos adversos do manejo agressivo do parto vaginal. danos associados ao uso inapropriado e excessivo de intervenções invasivas e potencialmente danosas no parto vaginal recurso não regulado de ocitocina para indução ou aceleração do parto, manobra de kristeller, fórceps, episiotomia ouvir a paciente e trabalhar em parceria com os colegas e garantir um tratamento ao paciente longe do humilhante promover a paciente o direito de acompanhante de sua escolha no pré-natal e parto garantir o acesso ao leito e uma assistência pautada na equidade orientar a mulher acerca dos direitos relacionados a maternidade e reprodução e investir em si mesmo 8 DISCUSSÃO Cuidados de enfermagem voltados a prevenção da violência obstétrica. A5 A3 A7 esclarecer a função do enfermeiro nos cuidados suporte físico e emocional oferecimento de condições apropriadas de um espaço para que a mulher tenha conforto A5 A6 evitar a realização de procedimentos invasivos, como a pratica de rupturas de membranas, episiotomias, aceleração ou indução do parto, partos instrumentais ou cesarianas orientar e explicar sobre os métodos não farmacológicos e os seus benefícios aconselhar a mulher desde o seu pré-natal 8 DISCUSSÃO Cuidados de enfermagem voltados a prevenção da violência obstétrica. A1 A3 A7 A1 a educação em saúde é vista como de suma relevância por proporcionar momentos informativos às gestantes A3 a formação do enfermeiro obstetra é um dos meios para proporcionar uma assistência humanizada e digna para as pacientes a humanização, a qualidade da atenção, a adoção de medidas e os procedimentos benéficos para o acompanhamento do parto e do nascimento são fundamentais para o bem-estar das mulheres no período gravídico-puerperal Foi possível identificar as ocorrências da violência obstétrica, suas vertentes que permeiam os profissionais, instituições de saúde e parturiente, assim como o sofrimento e consequências em sua saúde, fazendo com que a sua qualidade de vida seja desestruturada. Pôde-se perceber que a enfermagem vem galgando seu papel dentro da sala de parto de modo a adquirir mais autonomia e propriedade para agir em total benefício da parturiente, com capacidade, habilidade e auto confiança. O estudo é de grande valia para que possamos avaliar de forma detalhada a conduta do profissional de saúde mediante a parturiente, além de compreender todas as etapas do processo de parto. Afirma-se que é fundamental que possua o desenvolvimento de ações de sensibilização e orientação para dos profissionais de saúde, voltados imprescindivelmente, para os profissionais de enfermagem que está mais em contado com essas mulheres, através de programas de capacitação e campanhas de prevenção 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BARROS, B.M.C.; RUVIARO, R.; RICHTE, D. A violação dos direitos fundamentais na hora do parto: uma análise da autonomia e empoderamento da mulher. Revista Direitos Sociais e Políticas Públicas, Bebedouro,SP,v.5,.n.1,p.67104,2017. BARBOSA, L.C.; FABRO M.R.E.; MACHADO, G.P.R. Violência obstétrica: revisão integrativa de pesquisa quantitativa. Av Enferm. v.35, n.2, p.190-207, 2017. NORMAN, A.H.; TESSER, C.D. Obstetrizes e enfermeiras obstetras no Sistema Único de Saúde e na Atenção Primária a Saúde: Por uma incorporação sistêmica e progressiva. Rev. Bras. Med. Fam. Comunidade. v.10, n.34, p.1-7, 2015. CUNHA, C.C.A. Violência Obstétrica: uma análise sobreo prima dos direitos fundamentais. 2015. Disponível em: http://bdm.unb.br/hadle/1483/10818. Acesso em: 04 dez. 2019. MARTA, C.B.; JUNIOR, H.C.S.; COSTA, D.J. Et al. A equipe de enfermagem frente aos acionamentos de alarmes em unidade de terapia intensiva neonatal. Care Online. v.8, n.3, p.4773-4779, 2016. DINIZ, S.G,. et al. MENEZES, F.R.; et al. MOURA et al. 2018 PEREIRA, 2016 ZANARDO, Z.L.P.; et al. REFERÊNCIAS SERRA, M.C.M. Violência obstétrica em (des) foco: uma avaliação do Judiciário sob a ótica do TJMA, STF e STJ, 2018. Dissertação (Mestrado em Direito) - Universidade Federal do Maranhão, São Luiz 2018. Disponível em: http://tedebe.ufma.br:8080/jspui/bitstream/tede/2159/2/MaianeSerra. pd. Acesso em: 01dez. 2019. REZENDE, J.F.; MONTENEGRO, C.A.B. Obstétrica Fundamental. 14ª Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. SILVA, A.R. O parto humanizado no contexto do sistema único de saúde (sus): o enfermeiro como mediador e incentivador dessa pratica. Rev. de saúde pública, 2015. ROCHA, N.F.F.; FERREIRA, J RUSSO, J.A.; NUCCI, M.F. TEIXEIRA, P.C.; et al. TESSER, C.D. et al. Violência Obstétrica e prevenção quaternária: o que é e o que fazer. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Rio de Janeiro, v.10, n.35,2015.
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